O sistema indireto adotado requer dois fluidos refrigerantes, um primário – Amônia (R-717) – e
outro secundário – mistura de etileno glicol com água. O etileno glicol é usado para diminuir a
temperatura de congelamento da água.
A temperatura no condensador deve ser superior à temperatura da sala de máquinas e do
evaporador deve ser inferior à temperatura do etileno glicol no evaporador. Considerando a
temperatura média de Brasília como 26 °C, estipula-se temperatura de condensação de 30 °C.
As vazões são encontradas fazendo um balanço de energia no trocador de calor da câmara fria
e no evaporador.
Assim, obtém-se o calor específico do etilenoglicol para essa concentração 𝐶𝑒𝑔 na temperatura
média de atuação e encontra-se também sua vazão mássica 𝑚̇𝑒𝑔 aplicando a Eq.1:
𝑄𝑓
𝑄𝑓 = 𝑚̇𝑒𝑔 ∙ 𝐶𝑒𝑔 ∙ ∆𝑇𝑒𝑔 → 𝑚̇𝑒𝑔 = 1
𝐶𝑒𝑔 ∙ ∆𝑇𝑒𝑔
𝑘𝑔
A vazão de etilenoglicol 𝑚̇𝑒𝑔 é 0,388 𝑠
.
Vazão do Fluido Primário
A temperatura do evaporador é definida em -35 °C, garantindo a troca de calor com o etilenoglicol
que entra no evaporador a -25 °C e sai a 35 °C. Para tais temperaturas, verifica-se no diagrama
P-h da amônia da Figura 2 a pressão de evaporação 𝑃𝑒𝑣 e condensação 𝑃𝑐 que são, 93,10 kPa
e 1350,8 kPa, respectivamente. Foram definidos graus de subresfriamento de 5 °C e
superaquecimento de 10 °C.
𝑄𝑓
𝑚̇𝑎 = 2
ℎ1 − ℎ4
𝑔
Desse modo, obtém-se vazão de amônia de 6 𝑠 .
Memorial de cálculo:
Vazão de etilenoglicol (50%):
𝑄𝑓 6,342 𝑘𝑊 𝑘𝑔
𝑚̇𝑒𝑔 = = = 0,388
𝐶𝑒𝑔 ∙ ∆𝑇𝑒𝑔 3,27 𝑘𝐽 𝑠
∙ − (−25))°𝐶
𝑘𝑔 °𝐶 (−30
Vazão de amônia:
𝑄𝑓 6,342 𝑘𝑊 𝑘𝑔
𝑚̇𝑎 = = = 0,006
ℎ1 − ℎ4 (1838,228 − 341,757) 𝑘𝐽 𝑠
𝑘𝑔