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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA – SOCIESC

INSTITUTO SUPERIOR TUPY – IST


Engenharia Mecânica

RICARDO MULLER
EGM 371

CALDEIRAS

MÁQUINAS TÉRMICAS
Prof Walber Ferreira Braga

Joinville
2012/2
RICARDO MULLER

CALDEIRAS

Trabalho acadêmico referente ao histórico,


tipos e princípios de funcionamento das
caldeiras.

Prof Walber Ferreira Braga

Joinville
2012/2
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 4
2 CALDEIRAS............................................................................................................. 5
2.1 HISTÓRICO........................................................................................................... 5
2.2 TIPOS DE CALDEIRAS........................................................................................ 6
2.2.1 Caldeiras Flamotubulares................................................................................... 8
2.2.2 Caldeiras Aquotubulares.................................................................................. 11
3 CONCLUSÃO........................................................................................................ 14
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 15
1 INTRODUÇÃO

A utilização de vapor como fonte de energia ainda é muito comum nos dias
de hoje. O vapor produzido em um gerador de vapor pode ser usado de diversas
formas: em processos de fabricação e beneficiamento; na geração de energia
elétrica; na geração de trabalho mecânico; no aquecimento de linhas e reservatórios
de óleo combustível e na prestação de serviços.
A geração de energia elétrica através de vapor é obtida nas usinas
termoelétricas e outros pólos industriais. Para isso, os equipamentos são compostos
basicamente de um gerador de vapor superaquecido, uma turbina, um gerador
elétrico e um condensador. O vapor é também utilizado para a movimentação de
equipamentos rotativos, na geração de trabalhos mecânicos.
Nas indústrias onde é usado “óleo combustível pesado”, é necessário o
aquecimento das tubulações e reservatórios de óleo, a fim de que ele possa fluir
livremente e proporcionar uma boa combustão. Isso é feito por meio dos geradores
de vapor. Além desses usos industriais, os hospitais, as indústrias de refeições, os
hotéis e similares utilizam o vapor em suas lavanderias e cozinhas e no aquecimento
de ambientes.
O equipamento industrial que gera este vapor se denomina caldeira. Existem
vários tipos de caldeiras disponíveis no mercado, cada uma com a sua utilização.
Desta forma, serão apresentadas a seguir os principais tipos de caldeiras bem como
seu principio de funcionamento.
2 CALDEIRAS

Macinteryrc em seu livro Equipamentos industriais e de processo define


caldeiras como sendo: “equipamentos destinados a mudar o estado da água, do
líquido para o vapor, a fim de ser utilizado em aquecimento, no acionamento de
máquinas motrizes (turbinas e máquinas alternativas), em processo industriais, em
esterilização, etc.”
A energia necessária para latente a fim de vaporizar a água e mais o calor
de superaquecimento para transformá-la em vapor superaquecido é obtida através
da queima de um combustível.

2.1 HISTÓRICO

O vapor já é largamente empregado desde o século 17, tanto que o inglês


Thomas Savery patenteou em 1698 um sistema de bombeamento de água utilizando
vapor como força motriz.
Em 1711, Newcomen desenvolveu outro equipamento com a mesma
finalidade, aproveitando idéias de Denis Papin, um inventor francês, seu
equipamento consistia em apenas um reservatório esférico, com aquecimento direto
no fundo, também conhecido como caldeira de Haycock.
A precursora das caldeiras utilizadas em locomotivas a vapor foi
desenvolvida por James Watt em 1769 conhecida como caldeira Vagão. Apesar do
grande desenvolvimento que Watt trouxe a utilização do vapor como força motriz,
não acrescentou muito ao projeto de caldeiras pois todos estes modelos provocaram
desastrosas explosões, devido à utilização de fogo direto e ao grande acúmulo de
vapor no recipiente.
O desenvolvimento de caldeiras com tubos de água deu-se nos finais do
século 18 e início do século 19, sendo o modelo de John Stevens que movimentou
um barco a vapor no Rio Hudson.
Stephen Wilcox, em1856, projetou um gerador de vapor com tubos
inclinados, e da associação com George Babcock tais caldeiras passaram a ser
produzidas com grande sucesso comercial. Em1880,Alan Stirling desenvolveu uma
caldeira de tubos curvados, cuja concepção básica é ainda hoje utilizada nas
grandes caldeiras de tubos de água.
Nesta época, tais caldeiras já estavam sendo utilizadas para geração de
energia elétrica. A partir do início deste século o desenvolvimento técnico dos
geradores de vapor e deu principalmente no aumento das pressões e temperaturas
de trabalho,e no rendimento térmico, com utilização dos mais diversos combustíveis.
A aplicação a propulsão marítima alavancou o desenvolvimento de equipamentos
mais compactos e eficientes.

2.2 TIPOS DE CALDEIRAS

Existem diversas maneiras de classificar as caldeiras:


Quanto ao Fluido que Passa Pelos Tubos:
• Flamotubulares;
• Aquotubulares.
Quanto à Fonte de Calor
• Caldeiras Elétricas
• Caldeiras com câmaras de combustão
• Caldeiras de Recuperação
• Caldeiras de Fluido Térmico
Quanto à Movimentação da água nos Tubos
• Caldeiras de Circulação Natural
• Caldeiras de Circulação Forçada
Quanto à Pressão da Câmara de Combustão
• Caldeiras de Pressão Positiva
•Caldeiras de Pressão Negativa
Quanto à Tiragem
• Caldeiras de Tiragem Forçada
•Caldeiras de Tiragem Induzida
•Caldeiras de Tiragem Balanceada
Quanto à Pressão de Operação
• Caldeiras Subcríticas
• Caldeiras Supercríticas
Quanto ao Tipo de Combustível
•Caldeiras a Combustíveis Líquidos
•Caldeiras a Combustíveis Sólidos
•Caldeiras a Combustíveis Gasosos

Porém, A classificação mais usual de caldeiras de combustão refere-se à


localização de água/gases e divide-as em: flamotubulares, aquatubulares e mistas.
As caldeiras flamotubulares ou fogotubulares são aquelas em que os gases
provenientes da combustão (gases quentes) circulam no interior dos tubos, ficando
por fora a água a ser aquecida ou vaporizada, conforme Figura 1:

Figura 1 – Caldeira Flamotubular

O princípio de funcionamento de uma caldeira aquotubular baseia-se no


princípio da Física que diz que quando um líquido é aquecido, as primeiras
partículas aquecidas ficam mais leves e sobem, enquanto que as frias, que são mais
pesadas, descem. Recebendo calor, elas tornam a subir, formando assim um
movimento contínuo, até que a água entre em ebulição.
Na Figura 2 pode-se notar que a água é vaporizada nos tubos que
constituem a parede mais interna, subindo ao tambor de vapor, dando lugar a nova
quantidade de água fria que será vaporizada e assim sucessivamente.
Figura 2 – Caldeira aquotubular

As caldeiras mistas são caldeiras flamotubulares que possuem uma ante-


fornalha com parede d’água. Normalmente são projetadas para a queima de
combustível sólido.

2.2.1 Caldeiras Flamotubulares.

As caldeiras flamotubulares são caldeiras de pequeno porte, porém são


amplamente utilizadas e, apesar de parecerem tão inofensivas, são os
equipamentos de geração de vapor que mais tem causado acidentes com vítimas.
Nas caldeiras flamotubulares os produtos gasosos resultados da queima do
combustível, são adequadamente direcionados para circularem nas partes internas
dos tubos de troca de calor, os quais estão circundados com a água que quer-se
transformar em vapor. Como estes tubos estão totalmente cobertos externamente
pela água, a transferência de calor ocorre em toda a área da superfície tubular.
A superfície de troca de calor das caldeiras é dimensionada pelo projetista
em função da capacidade da geração de vapor que se deseja obter, porém, para
que a troca se torne mais eficiente, dá-se preferência a aplicação de um elevado
número de tubos de diâmetro relativamente pequeno ao invés do uso de uma
pequena quantidade de tubos de grande diâmetro. Estes tubos são posicionados em
feixes tanto verticalmente como horizontalmente, mas estes últimos são mais
freqüentes.
Existe uma infinidade de tipos e formas de caldeiras flamotubulares no
mercado e dentre as características que as distingue temos:
• Caldeiras de fornalha (tubo principal onde ocorre a queima) lisa.
• Caldeiras de fornalha corrugada (tipo sanfonada), característica que aumenta
de forma considerável a área de transferência de calor.
• Caldeiras com um ou múltiplos passes para o percurso dos gases.
• Caldeiras de parede traseira seca (a parede frontal ao queimador é revestida
com material isolante, não tendo nesta superfície troca de calor com a água).
• Caldeiras de parede traseira molhada

As caldeiras flamotubulares são utilizadas apenas para a produção de vapor


saturado, pois a troca de calor é feita sempre entre o tubo com gás quente na parte
interna envolvido completamente com água na forma líquida.
Assim, não havendo troca de calor adicional entre os gases e o vapor já
gerado, exceto em caldeiras de queima combinada na qual uma câmara de queima
adicional é instalada para gerar gases para aquecimento do vapor, tornando-o
superaquecido.
As caldeiras flamotubulares em sua grande maioria possuem capacidade de
geração de vapor reduzida (cerca de 5 toneladas por hora) e pressões inferiores a
20 kg/cm2. Modernamente podemos encontrar caldeiras deste tipo com capacidade
superiores atingindo cerca de 30 toneladas de vapor por hora.
As principais vantagens deste tipo de caldeiras em relação às aquotubulares
são:
• Tamanho compacto permitindo seu fácil transporte desde a fábrica até o local
de uso e futuras relocalizações.
• Melhor eficiência na troca de calor por área de troca térmica.
• Maior flexibilidade para variações bruscas de consumo de vapor.
• Operação simples com reduzido número de instrumentos de supervisão e de
controle.
• Baixo custo de manutenção, as quais se limitam a etapas de limpeza e troca
de tubos.
Como desvantagens, possuem limitada capacidade de geração de vapor, e
só produzem vapor saturado, o que as torna próprias apenas para a geração de
vapor de aquecimento o que muitas vezes não interessa as indústrias de grande
porte que requerem vapor para acionamento de máquinas de processo como
bombas, turbinas, ejetores, etc.
As caldeiras flamotubulares podem ser classificadas quanto à distribuição
dos tubos, que podem ser tubos verticais ou horizontais. Nas caldeiras de tubos
verticais, os tubos são colocados verticalmente num corpo cilíndrico fechado nas
extremidades por placas, chamadas espelhos. A fornalha interna fica no corpo
cilíndrico logo abaixo do espelho inferior. Os gases de combustão sobem através
dos tubos, aquecendo e vaporizando a água que está em volta deles. As fornalhas
externas são utilizadas principalmente no aproveitamento da queima de
combustíveis de baixo poder calorífico, tais como: serragem, palha, casca de café e
de amendoim e óleo combustível.
As caldeiras de tubos horizontais abrangem vários modelos, desde as
caldeiras Cornuália e Lancaster, de grande volume de água, até as modernas
unidades compactas. As principais caldeiras horizontais apresentam tubulões
internos nos quais ocorre a combustão e através dos quais passam os gases
quentes. Podem ter de 1 a 4 tubulões por fornalha.
A Figura 3 mostra os componentes de uma caldeira flamotubular típica.

Figura 3 – Componentes de uma caldeira flamotubular


2.2.2 Caldeiras Aquotubulares

Nas caldeiras aquotubulares a água a ser vaporizada circula no interior dos


tubos de troca térmica, enquanto o calor proveniente da queima do combustível
circula na parte externa. As caldeiras de grande porte que operam em altas e médias
pressões são todas aquotubulares. Existem centenas de projetos diferentes para as
caldeiras deste tipo, adequando-as ao uso a que se destinam.
Devido a sua alta flexibilidade, estas caldeiras foram gradualmente
recebendo inovações visando elevar seu rendimento e confiabilidade. Uma destas
inovações mais importante foi à instalação de uma seção tubular para passagem do
vapor após sua saída da zona de evaporação, permitindo a elevação de sua
temperatura acima da de saturação, ou seja, o seu superaquecimento.
Encontramos nestas caldeiras, geralmente, os seguintes componentes:
Câmara de combustão, Tubos, Coletores, Tubulão, Superaquecedor, Sopradores de
fuligem, Pré-aquecedor de ar, Economizador, Alvenaria (refratários), Queimadores,
Ventiladores, Chaminé, Válvulas de segurança.
A câmara de combustão é a região onde se dá a queima do combustível,
com produção dos gases de combustão que fornecem calor à água.
Os tubos servem para a circulação de vapor e água dentro da caldeira, a fim
de permitir a troca de calor entre os gases quentes de combustão e a água ou vapor.
Os coletores são peças cilíndricas, às quais chegam e saem conjuntos de
tubos, cuja finalidade, como o próprio nome indica, é coletar água ou vapor.
O tubulão é um tambor horizontal, situado no ponto mais alto do corpo
principal da caldeira, ao qual se acham conectados, através de tubos, os coletores,
que se encontram em níveis diferentes dentro da caldeira. A água circula várias
vezes através do conjunto tubulão-coletores descendo pelos tubos externos e
retornando pelos internos. Essa circulação natural é provocada pela diferença de
pressão exercida pelas colunas líquidas e pelas correntes de convecção formadas. A
coluna externa contendo somente água é mais pesada do que a coluna interna
contendo água + vapor, promovendo então a circulação. A parte vaporizada vai se
armazenando no tubulão, enquanto o líquido volta a circular. Além de acumular o
vapor, o tubulão recebe também a água de alimentação, que vem do economizador.
O espaço acima do nível d’água no tubulão chama-se espaço de vapor. Para evitar
o arraste de gotículas de líquido junto ao vapor no espaço de vapor existem
chicanas com a finalidade de separar o líquido arrastado.
O vapor saturado separado no tubulão passa a outro conjunto de
serpentinas, o superaquecedor, onde é obtido o seu superaquecimento.
As serpentinas do superaquecedor têm suas extremidades ligadas a dois
coletores de vapor. O superaquecedor pode situar-se na zona de radiação ou
convecção, conforme o grau de superaquecimento para o qual as caldeiras são
projetadas.
O pré-aquecedor de ar é utilizado para, aproveitando parte do calor dos
gases residuais de combustão, aquecer o ar de alimentação das chamas.
No economizador, a água de a1imentação passa por uma serpentina ou
feixe tubular, a fim de aproveitar também o calor dos gases residuais da combustão,
para depois ir, então, ao tubulão já pré-aquecido, o que representa uma economia
de energia.
As paredes da caldeira são revestidas internamente de tijolos refratários,
resistentes a altas temperaturas, que protegem as partes metálicas estruturais da
caldeira contra deterioração por alta temperatura e produzem homogeneização da
temperatura por reflexão do calor das chamas.
Os maçaricos das caldeiras são semelhantes aos dos fornos.
Os sopradores de fuligem são tubos providos de orifícios, inseridos
transversalmente aos tubos das serpentinas, em diversos locais da caldeira. São
ligados, externamente à caldeira, ao sistema de vapor. Durante a operação da
caldeira, há deposição de fuligem nos tubos, o que dificulta a transferência de calor.
De tempos em tempos, então, é injetado vapor através deste sistema com a
finalidade de remover a fuligem. Para melhorar a atuação dos mesmos, os
sopradores geralmente têm movimento de rotação, atuando assim em maior área.
Os ventiladores têm a finalidade de movimentar o ar de combustão até os
queimadores na câmara de combustão e os gases da câmara de combustão até a
chaminé. Existem dois tipos funcionais de ventiladores: de tiragem forçada, que
apanha o ar atmosférico e o envia através dos dutos da caldeira para os
queimadores e o de tiragem induzida, instalado na saída da caldeira, que succiona
os gases de combustão de dentro da câmara e os conduz à chaminé. A chaminé é a
parte que conduz os gases de combustão à atmosfera (em altura suficientemente
grande para que não venham a ser danosos ao meio ambiente).
As válvulas de segurança são válvulas especiais, instaladas no tubulão, cuja
finalidade é dar saída ao vapor no caso deste atingir uma pressão superior a um
máximo admitido pelas condições de segurança operacional.
A Figura 4 mostra os principais componentes de uma caldeira aquotubular.

Figura 4 - Componentes de uma caldeira aquotubular.


3 CONCLUSÃO

A utilização de caldeiras na indústria é ainda muito grande, logo, torna-se


necessário conhecer seus principais componentes e realizar manutenções
periódicas, visto que se trata de um equipamento de alta periculosidade.
Apesar das caldeiras aquotubulares serem de maior porte, observa-se que
as flamotubulares são as mais empregadas e justamente são as que mais oferecem
riscos de explosão.
REFERÊNCIAS

MACINTYRE, Archibald Joseph. Equipamentos industriais e de processo. Rio de Janeiro


: LTC, 2008

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