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pesquisa

Publicado em NOVA ESCOLA 24 de Julho | 2018

Sociedade

Não é só renda: Educação tem mais


impacto no acesso à cultura
Pesquisa mostra que escolaridade é mais determinante no acesso à cultura do que a renda,
apesar de os fatores estarem relacionados
Paula Peres

Crédito: Getty Images

Uma pesquisa conseguiu provar o que até então era só discurso de quem acreditava no poder da Educação: ela é, de fato,
determinante para o acesso à cultura. “Quanto maior a escolaridade, mais as pessoas vão participar de atividades culturais”,
diz o relatório de Cultura nas Capitais, levantamento realizado pela empresa JLeiva Cultura & Esporte.

A pesquisa divulgada na manhã desta terça-feira (24/07) ouviu mais de 10 mil pessoas em 12 capitais brasileiras: Belém, Belo
Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo.

Os entrevistados foram perguntados sobre quais atividades culturais praticaram no último ano. Em dez dos 12 itens, o
número de pessoas de Ensino Superior que responderam afirmativamente sobre as atividades era pelo menos o dobro da
quantidade de entrevistados que também frequentava, mas havia concluído apenas o Ensino Fundamental.

LEIA MAIS: Como trabalhar a competência Repertório Cultural da BNCC

O oposto também vale: quanto menos escolaridade a pessoa tem, maiores são as chances de ela nunca ter participado de
atividades culturais. Cerca de metade dos entrevistados que estudaram até o Ensino Fundamental disseram que nunca foram
a museus, teatros, espetáculos de dança ou bibliotecas na vida. “Mesmo em atividades mais populares, como cinemas ou
shows musicais, o índice de exclusão daqueles que não concluíram a Educação Básica é cerca de dez vezes superior em
relação a dos que possuem formação em alguma faculdade”, diz a pesquisa. Veja nos gráficos abaixo:
Crédito: Lucas Magalhães/adaptação dos gráficos da pesquisa Cultura nas Capitais, de JLeiva Cultura & Esporte

Como os entrevistados podiam marcar quantas atividades quisessem, a pesquisa também mostrou que, quanto maior o nível
de escolaridade, mais variado também é o leque de opções culturais a que o indivíduo tem acesso. Ou seja: ao estudar, o
indivíduo é encorajado a consumir (e de fato consome) cultura de maneiras diferentes. Veja:
Crédito: Lucas Magalhães/adaptação dos gráficos da pesquisa Cultura nas Capitais, de JLeiva Cultura & Esporte

Escolaridade x renda

Quando comparadas as classes socioeconômicas dentro de um mesmo nível de escolaridade, os que têm mais renda
possuem sempre acesso maior. O relatório indica que “no caso de concertos, museus e teatros, o percentual é quatro vezes
maior na classe A do que nas classes D/E”.

LEIA MAIS: Mapa cultural do Brasil

Apesar de haver uma forte relação entre consumo de cultura e renda (quanto mais alta a classe, maior o nível de frequência
das pessoas em todas as manifestações culturais), podemos ver a escolaridade como um fator determinante para esse
acesso. Muitas vezes, mais determinante que a classe socioeconômica. Ou seja: a Educação consegue transpor uma barreira
que a renda, sozinha, não consegue. Veja no gráfico abaixo:
Crédito: Lucas Magalhães/adaptação dos gráficos da pesquisa Cultura nas Capitais, de JLeiva Cultura & Esporte

Pelo gráfico, percebe-se que pessoas de classes média e baixa (C, D ou E) que concluíram o Ensino Superior indicaram ler
mais livros e ir mais ao cinema do que as pessoas de classes A e B, que só estudaram até o Ensino Fundamental ou Ensino
Médio. E a tendência se mantém também na frequência a museus e teatros, atividades consideradas mais caras, que
poderiam afastar as classes mais baixas. “Apesar de a renda maior facilitar o acesso, a baixa escolaridade continua afastando
as pessoas das atividades culturais”, apontam os pesquisadores.

Também nota-se que o acesso ao Ensino Superior é crucial para um salto de visitas a locais como museus e teatros, em todas
as classes sociais (veja pela barrinha cor de esmeralda no gráfico), mas principalmente para as classes D e E, chegando a uma
diferença de até 37% a mais de frequentantes com relação a pessoas que só concluíram o Ensino Médio dessas mesmas
classes.

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Profissionais da Educação acessam mais produtos culturais

Outra descoberta da pesquisa foi de que as pessoas que disseram trabalhar com Educação (ou seja, professores, como você),
em média, consomem mais cultura do que os demais. O único produto em que essa tendência não se mostrou verdadeira
foram jogos eletrônicos:

Crédito: Lucas Magalhães/adaptação dos gráficos da pesquisa Cultura nas Capitais, de JLeiva Cultura & Esporte

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