queza de detalhes das

○
CASO NAVEGANTES ocorrências ufológicas. CASO TIAZINHA

○
○
É impressionante como

○
Apesar do Caso Na- os moradores das regi- É flagrante a má vontade da imprensa

○
vegantes ser interessan- nacional de encarar assuntos importantes

○
ões mais próximas à

○
te, não entendo porque serra consideram co- e inexplicados como o Fenômeno UFO.

○
UFO deu tanto destaque mum o avistamento de Senhores como Gugu Liberato não pos-

○
○
a uma ocorrência anti- estranhos aparelhos suem nenhum valor moral verdadeiro e se

○
ga. Será que não temos voadores. preocupam somente em angariar patroci-

○
em nosso país casos Maurício Sá, nadores, o que é possível atraindo cada vez

○
○
mais recentes? Ou pre- Curitiba (PR) mais telespectadores. No fundo, pessoas

○
cisamos estar tratando, deste tipo compactuam com as idéias das

○
em pleno ano 2002, da Tenho uma propri- grandes potências, segundo as quais o

○
○
casuística ufológica da edade na Serra da Man- povo não precisa saber, apenas consumir.

○
década de 70? tiqueira e sou testemu- Infelizmente, quando algo de interesse pú-

○
○
João Paulo Xavier, nha de que os fatos que blico nos for mostrado, e houver pessoas

○
Manaus (AM) lá ocorrem são real- interessadas, seremos obrigados a ouvir

○
mente impressionan- gente “embasada”, como a senhorita

○
○
É muito bom tomar conhecimento de tes. O artigo de Cláudio Tsuyoshi Sue- Suzana Alves ou o padre Marcelo Rossi,
○

○
uma pesquisa ufológica realizada em San- naga está corretíssimo ao afirmar que a nos dizer exatamente o que já sabemos, e
○

○
○

ta Catarina [Caso Navegantes], em UFO região tem uma das mais intensas casuís- se é certo ou errado acreditar.

○
○

○
79. O Estado é pouco expressivo na ca- ticas ufológicas do país. Günther Natusch,
○

○
suística ufológica brasileira. Mas o artigo Célio Henrique Nunes, Porto Alegre (RS)
○

○
○

é uma prova inequívoca de que nossos vi-

○
Cruzeiro (SP)
○

○
sitantes extraterrestres estão presentes em Tive oportunidade de assistir a entre-
○

todo o país. Pesquisas como a de Carlos ○ vista de Suzana Alves no programa Do-
○

CONTATOS EM IPIRANGA
○

Machado devem ser incentivadas por toda mingo Legal, do SBT, e não sei se está
○

a comunidade ufológica. mentindo. Mas que parece, isso parece! O

○

○
○

Luiz Mendes, Realmente surpreendentes os fenô- que não se faz para atingir alguns ponti-
○
○

Presidente Prudente (SP) menos ufológicos vividos por Sebastia- nhos no ibope? Chega a ser vergonhoso,
○

na do Roncador, descritos em UFO 79. mas típico de uma classe de pessoas que
○

○
○

E o mais impressionante são as conse- está empobrecida de valores legítimos, que

○

ALTA INCIDÊNCIA DE UFOS qüências, como os constantes sonhos de pensa apenas em sucesso, sem pensar no
○

estar sendo abduzida. Parabéns à Socie- que faz e no que afirma. Mas não se pode
○

○
○

O texto de Cláudio Suenaga, Alta Inci- dade para Estudos de OVNIs (SEO)! esperar muito do programa do Gugu.
○

dência de UFOs Aguça Mistérios da Man- Marcos Bezerra de Menezes, Roberto Irineu Alves de Souza,
○

tiqueira, em UFO 79, indica equivocada-

○

Rio de Janeiro (RJ) São Paulo (SP)

○
○

mente Helena Blavatsky como fundadora

○

da Golden Dawn. Na verdade, juntamente

○

UFOS EM MINAS O CASO VARGINHA

○

com Henry Steel Olcott, ela foi uma das pre-

○

cursoras da Sociedade Teosófica. Já a Or-

○

dem da Aurora Dourada, de raízes maçôni- A matéria Pontos de In- Fiquei bastante surpreso
○
○

cas e rosacruzes, surgiu dos esforços do cidência de UFOs Atraem quando recebi o livro O Caso
○

clérigo A. F. A. Woodford e do médico Ufólogos e Turistas, produ- Varginha. Há dois meses ti-
○
○

William Wynn Westcott. MacGregor Ma- zida pelo Centro de Investi- nha feito o pedido e efetuado
○

thers se destacou como o principal líder. gações e Pesquisa de Fenô- o pagamento, mas como hou-
○

Esta ordem teve membros proeminentes, menos Aéreos Não Identifi- ve atrasos na edição, solicitei
○
○

como o poeta W. B. Yeats, o escritor espe- cados (Cipfani), é de uma se- o reembolso. E agora vejo
○

cializado em temas sobrenaturais Algernon riedade impressionante. A que o Grupo Editorial Para-
○

Blackwood, o ocultista A. E. Waite e um investigação de campo, sem científico (GEP) é muito res-
○
○

dos mais influentes nomes da magia no sombra de dúvidas, é a cha- ponsável. Portanto, escrevo
○

século XX, Aleister Crowley. ve para a compreensão do para agradecê-los pela atitu-
○
○

Lúcio Reis, Fenômeno UFO. Parabéns a de e acrescentar que tenho em

○

lucio@unincor.br Revista UFO por apresentar vocês uma ótima referência.

○

a cada edição um material de Parabéns, o Brasil precisa de

○

Biblioteca UFO
○

Felizmente, a espera pela edição 79 excelente nível. pessoas assim!

○

de UFO valeu a pena! A matéria de capa Magno Alcântara, Antônio Carlos Castellan,
○
○

nos prende do início ao fim, graças à ri- magafr@bol.com.br São Paulo (SP)
○

4 Abril 2002
 Recentemente terminei a leitura do li-

○
vro O Caso Varginha, de Ubirajara Fran- OS MINERAIS EM SÃO THOMÉ

○
○

○
co Rodrigues. A obra é simplesmente sur-

○
preendente e elucidativa. O autor estabe- Gostei do artigo Alta Incidência de

○
UFOs Aguça Mistérios da Mantiqueira,

○
lece um verdadeiro diálogo com o leitor e, Chegamos à maioridade! UFO acaba

○
em nenhum momento, nos tenta persuadir escrito pelo mestre em História pela Facul- de completar 18 anos em março passa-

○
a acreditar que as criaturas capturadas dade de Ciências e Letras da Universidade do. E chega até você através da edição

○
○

○
eram mesmo alienígenas. Ubirajara nos Estadual Paulista (Unesp), Cláudio Tsuyo- que leva o número 80. Isso mesmo: são
○

○
apresenta provas contundentes de que shi Suenaga e publicado em UFO 79. O oitenta edições produzidas nos últimos 18
○

○
pelo menos dois seres foram apanhados material foi muito bem pesquisado. Mas anos. Sem incluir nossas outras séries, já
○

○
○

○
em Varginha, mas pouca coisa foi possível fiquei surpreso com as declarações do geó- extintas, entre as quais Ufologia Nacional
○

○
saber devido ao acobertamento de infor- logo Fernando Junqueira, que me contesta & Internacional, PSI-UFO, Temas Avança-
○

○
mações imposto pelos órgãos oficiais. na reportagem ao afirmar que o quartzito dos, Parapsicologia Hoje, UFO Especial,
○

○
○

○
Flávio Luiz Alves, de São Thomé das Letras é uma formação UFO Documento etc. Se contássemos to-
○

○
Campo Belo (MG) muito impura de quartzo, e que não funci- das elas, teríamos mais de 170 edições
○

○
○

○
onaria como um condensador de energias. publicadas nestes 18 anos. Esse é um
○

○
Caro Fernando, não sou formado em recorde mundial inquestionável e jamais
○

○
QUEDAS DE UFOS Geologia e nem tampouco em História e igualado. Simplesmente, nenhuma orga-
○

○
○

○
Arqueologia. Sou um caçador de mim mes- nização ufológica, em lugar algum do mun-
○

○
O livro Quedas de UFOs é uma exce- mo. Mas acredito que para ser perfeito den- do, chegou a tal número. E mais: estas
○

○
lente obra para os adeptos da Ufologia Ci- tro das minhas imperfeições tenho que bus- 170 edições totalizam perto de três milhões
○

○
○

○
entífica, e certamente irá preencher uma car em minha caminhada a síntese de cada de exemplares de revistas produzidos.
○

○
lacuna na bibliografia ufológica mundial. coisa. E isso, não com as minhas próprias Temos motivos para estar orgulhosos
○

○
Essa edição da Biblioteca UFO representa teorias, mas com o auxílio da grande en-
○

○
desses números, mas não vamos deixar
○

○
o êxito profissional do GEP. ciclopédia da vida. Nesta minha busca pelo que nos turvem a visão e nos impeçam
○

Ademar Eugênio de Mello, saber, percebi que não seria necessário ser ○ de ver que nossos resultados podiam ser
○

○
○

São Paulo (SP) um mestre em história e nem tampouco um melhores. No ano passado, por exemplo,
○

geólogo ou arqueólogo. publicamos apenas quatro edições de

○

Foi uma grande satisfação receber o li- “Estudos efetuados pelo Projeto Mi- UFO, contra pelo menos 10 que estavam
○

○
○

vro Quedas de UFOs. Primeiro, por saber nas 2 em amostras representativas do planejadas. Ao mesmo tempo, produzi-
○

que as atividades do GEP estão sendo nor- quartzito São Tomé evidenciaram quart- mos somente três livros, contra os seis
○

○
○

malizadas, como esperávamos, e por con- zo muscovita e turmalina como princi- previstos. Isso significa que ainda temos
○

tarmos agora com mais um ufólogo brasi- pais constituintes mineralógicos. A con- muito a fazer, e apesar de trabalharmos
○

leiro no rol dos que se dedicam à documen- tagem modal desses constituintes, estima- incansavelmente, estamos longe de po-
○

○
○

tação em livro dos assuntos ufológicos. da nas lâminas delgadas através da por- der comemorar os feitos apresentados
○

Arismaris Baraldi Dias, centagem de quartzo, varia de 95% a no parágrafo anterior. Mas garra e obs-
○

São Paulo (SP) 98% e a de muscovita (mica branca), tinação não nos faltam, assim como tam-
○

○
○

entre 2% e 5%. Já a turmalina, também bém não nos falta o apoio e a maciça
○

Venho adquirindo os livros da Biblio- significativa, é encontrada em quantida- participação de um verdadeiro exército
○

○
○

teca UFO regularmente. Ás vezes me abor- de sempre inferior a 1%”. Esse trecho de ufólogos, nossos co-editores, consul-
○

rece a demora para receber os exemplares. foi extraído de um artigo científico pu- tores, colaboradores e tradutores, aju-
○

Mas com Quedas de UFOs foi diferente: blicado na edição 157 da revista Rochas dando-nos o tempo todo.
○

○
○

pedi o livro numa segunda-feira, recebi o de Qualidade, do Projeto Minas Ambi- Ainda que nosso caminho seja longo,
○

boleto bancário na sexta-feira e o paguei ente 2. Diante disso, percebi que realmen- e estejamos muito aquém de nosso desti-
○

○
○

no mesmo dia. Pois na quinta-feira da se- te temos muito a pesquisar. no, UFO é uma vitória de toda a Ufologia
○

mana seguinte o livro estava em minha cai- Oriental Luiz Noronha, Brasileira. Nós, a Equipe UFO, somos ape-
○

xa postal. Parabéns! O Grupo Editorial Pa- São Thomé das Letras (MG) nas os viabilizadores de um projeto que
○

○
○

racientífico (GEP) está provando sua com- tomou forma com a ajuda de muita gen-
○

petência e seriedade. Sem falar na qualida- te, de quem dependemos para continuar
○

ERRATA
○

de da obra, que dispensa comentários. Ago- nossa jornada. Se por um lado as adversi-
○

ra, estou ansioso para ver os próximos lan- dades são muitas e bem robustas, por
○

çamos que vocês anunciarão. E tomo a li- Informamos que os dados da Socie- outro, nossos companheiros nos compe-
○

○
○

berdade de sugerir a reedição de obras im- dade para Estudos de OVNIs (SEO) fo- lem a vencê-las. Este projeto, que já não
○

portantes e históricas da Ufologia Brasilei- ram publicados errados em nossa edição é mais meu há muitos anos, embora seja
○

ra, como o pioneiro Livro Vermelho dos 79. O endereço correto é: Rua Conde imensamente sacrificante, é fonte ines-
○

○
○

Discos Voadores, de Flávio Pereira. D’Eu 196, 84025-400 Ponta Grossa (PR). gotável de alegrias e compensações.
○

Evander Narciso Júnior, Telefone: (42) 243-7450. E-mail: seo- — A. J. GEVAERD

○

○
○

Manacapuru (AM) 2000@bol.com.br.

○

Abril 2002 5
 inscritos os seguintes longas: Lavoura

○
PERU CRIA COMISSÃO PARA INVESTIGAR UFOS Arcaica, de Luiz Fernando Carvalho,

○
○
com Selton Mello, Raul Cortez e Julia-

○
De acordo com o jornal El Comercio, o governo peruano na Carneiro da Cunha; Timor Lorosae –

○
○
organizou um grupo especial para investigar os avistamen- O Massacre que o Mundo Não Viu,

○
tos de discos voadores no país. Em dezembro de 2001, a documentário dirigido por Lucélia San-

○
Força Aérea Peruana criou um novo departamento para a tos; O Mar por Testemunha, de Gustavo

○
○
investigação de fenômenos anômalos. O país torna-se, as- Lipsztein; O Casamento de Louise, de

○
sim, o segundo sul-americano a criar um grupo oficial para Betse de Paula; Conexão Brasil, filme de

○
estudar as ocorrências ufológicas. Seu vizinho, o Chile, fez ação dirigido e estrelado pelo paranaen-

○
○
algo similar em 1997. Ainda conforme o El Comercio, o se Talício Sirino e Cronicamente Inviá-

○
diretor do departamento é o comandante Jose Luis Chamorro, da Força Aérea vel, de Sérgio Bianchi, com Cecil Thiré

○
Peruana. “O mais importante aqui é a segurança. Se uma aeronave não peruana e Beth Golfman. As projeções do 1º Fes-

○
○
entrar no nosso território sem autorização, ela deve ser informada ou intercepta- tival de Cinema de Varginha foram rea-

○
da imediatamente, seja equatoriana, russa ou marciana”, afirmou Chamorro. Se- lizadas no Theatro Municipal Capitólio,

○
○
gundo ele, a missão é destruir o inimigo e capturar a sua tecnologia. Além do com capacidade para 700 espectadores.

○
comandante, integram o grupo o professor Abraham Ramirez Lituma, diretor da Além dele, O Cine Tenda, armado na

○
Academia da Força Aérea do Peru e expert nas leis aeronáuticas, o antropólogo Concha Acústica da cidade, reapresentou

○
○
Fernando Fuenzalida, o físico Mariano Zegarra e o hipnólogo Anthony Choy. os filmes exibidos durante a semana.

○
○
A viagem pelo cosmos oferecida no mu-

○
○

MUSEU EVOCA VIDA EXTRATERRESTRE UFOLOGIA CRESCE NA INTERNET

○
○

seu começa em Marte, onde poderia haver

○
○

água. Em seguida, o espectador é “levado”

○
○

○
A busca de sinais de vida extraterres- para Europa, uma das luas gigantes de Júpi- A internet está repleta de informações
○

○
tre é o tema de uma fantástica exploração ter, que está recoberta por uma camada de para quem estuda e tem interesse em conhe-
○

○
○

virtual do espaço e tempo cósmicos, que gelo, sob a qual também poderiam existir for- ○ cer um pouco mais sobre a Ufologia e seus
○

abre suas portas no vanguardista planetá- mas de vida. “Se chegarmos a encontrar or- fenômenos. Mas um site brasileiro divulga,
○

rio do Museu de História Natural de Nova ganismos em algum desses planetas, isso quer diariamente, as principais notícias espalha-
○

○
○

York. Para sua exposição, o museu mobi- dizer que há vida e que é possível encontrá- das pela imensa rede de informações ufoló-
○
○

lizou cem pesquisadores, astrofísicos, téc- la”, afirmou o diretor do departamento de As- gicas do planeta. O Rastreador News
○

nicos em informática e criadores, que pro- (www.rastreadornews.com), mantido pelo

○

trofísica do museu, Michael Shara.

○
○

duziram um dramático filme de 23 minu- jornalista e consultor de UFO Alexandre

○

tos, que transforma nossa visão do cos- Gutierrez, comemorou um ano de existên-
○

VARGINHA CONCEDE ET DE OURO

○

mos e revela inumeráveis mundos onde cia em fevereiro passado. “Em 2001, foram
○
○

poderia haver vida. “O filme, intitulado A mais de 50 notícias relacionadas à mani-

○

Busca de Vida: Estamos Sós?, constitui Como se já não bastasse a renomada festação de UFOs no planeta. Tudo isso vi-
○

○
○

um hino à vida”, resumiu a presidenta do e intensa casuística ufológica mineira, rou notícia, divulgada em todas as listas de
○
○

museu, Ellen Futter, na apresentação à im- Varginha agora fará parte do circuito ci- discussão do fenômeno e na lista exclusiva
○

prensa deste ambicioso espetáculo, que nematográfico brasileiro. A cidade pro- de assinantes do site”, afirmou o jornalista.
○

○
○

custou US$ 3 milhões. Narrado pelo ator moveu um festival de cinema, de 17 a Para Gutierrez, as aparições de discos
○
○

Harrison Ford, o filme foi exibido na 23 de março último, que concedeu aos voadores nunca estiveram tão freqüentes
○

imensa tela hemisférica de 380 graus melhores filmes o prêmio ET de quanto atualmente. “Recebo diariamente
○
○

do planetário, conhecido como o Cen- Ouro. Isso mesmo: O ET de Vargi- notícias de todas as partes do mundo. O que
○

tro Rose para Terra e Espaço. nha, que já é famoso em todo o impressiona é a total falta de interesse dos
○
○

As imagens e o som de 23 alto-fa- mundo, agora também é prêmio de grandes veículos de comunicação na divul-
○

lantes deixam as pessoas fascinadas. cinema! O projeto é uma iniciati- gação destes fatos, que não deixam de ter
○

Harrison Ford resume o desafio: “Há va do cineasta Marcelo Nascimen- um caráter jornalístico”. Para 2002 estão
○
○

alguns anos, evocar outros planetas era to e conta com o apoio da prefei- previstas algumas mudanças no design e na
○

uma fantasia, mas do campo da ficção tura varginhense. Nessa primeira abordagem editorial das matérias. “O site
PMV

○
○

científica (...) Agora, o número de galá- edição foram inscritos seis longas, vai crescer, mas o foco principal continua-
○

xias onde poderia haver vida é sim- 19 curtas e 12 vídeos, além de rá sendo o Fenômeno UFO”, concluiu.
○

plesmente fantástico”. Segundo uma mostra competitiva de fil- E para os leitores de UFO o site
○
○

Ellen, o novo espetáculo do museu mes relacionados ao tema Di- www.ufo.com.br reserva muitas novidades
○

é baseado nas últimas descobertas ci- reitos Humanos e Liberdade. em 2002, a começar pelo visual. O layout
○

entíficas. “Os avanços dos últimos anos Os cineastas amadores de Vargi- foi totalmente reformulado para abrigar o
○
○

permitem aos cientistas assegurar que ET DE VARGINHA nha também puderam participar maior número possível de informações
○

poderão determinar se existe mesmo agora vira prê- com seus trabalhos relacionados ufológicas, e não somente a versão ele-
○
○

alguma forma de vida fora da Terra”. mio de cinema à Varginha e sua Gente. Foram trônica da revista. A partir de agora, os
○

6 Abril 2002
internautas também terão aces-
so a notícias ufológicas mundi-
ais e poderão interagir na ver-
são impressa de UFO, através
da participação em enquetes e
fóruns de discussão periodica-
mente promovidos pelo site.
Além disso, o sistema de com-
pras pela internet está mais rá-
pido e dinâmico. Ao se cadas-
trar no site, o internauta rece-
berá uma senha com qual po-
derá comprar qualquer produto
do Grupo Editorial Paracientí-
OBJETO Submarino CÍRCULOS INGLESES EM
Não Identificado (OSNI) HOLLYWOOD
observado no Chile
O diretor M. Night Shyama-
lan (de O Sexto Sentido e Cor-
po Fechado) está finalizando o
filme Signs (Página oficial:
http://bventertainment.go.com/
movies/signs/), cuja história gira
em torno do fenômeno dos cír-
culos ingleses. “Esses círculos
são intrigantes e me parece-
ram um bom começo para con-

Ovnivisión
fico (GEP), tranqüilamente e tar uma história apavorante”.
sem burocracia. O diretor afirmou ainda que a
produção se responsabilizou por
Segundo as testemunhas, o objeto subma- fazer os desenhos em todos os campos es-
○

○
UFOS NO CHILE E TURQUIA rino não identificado (OSNI) estava flutu- colhidos. “Nós fizemos tudo. Contratamos
○

○
○

○
ando sobre a água e parecia possuir luzes algumas pessoas de galáxias distantes para
○

○
No último dia 26 de janeiro, às 23:00 h, em suas extremidades. Instantes depois, ajudar”, brincou. Mel Gibson interpreta o
○

○
o Departamento Geral de Polícia de Adiya- alterou sua luminosidade e submergiu. protagonista Graham Hess, um padre que
○

○
○

○
man, Turquia, recebeu um telefonema in- Para o investigador do portal Ovnivi- tem sua fé desafiada quando estranhos cír-

○
○

formando que um objeto voador muito bri- sión Chile (www.ovnivision.cl/index_fi- culos aparecem nas plantações de sua fa-
○

○
lhante estava sendo observado no lado oes- zenda. “O filme diz algo sobre o sobrena-
○

nal.asp), Jaime Tamayo, se trata de um ví-

○
○

te da cidade. Uma patrulha foi deslocada para deo, no mínimo, estranho. “É ○ tural que pode sur-
○

o local e os policiais também testemunha- preciso analisar a fita sem a preender”, adianta
○
○

ram o fenômeno. Logo chegaram mais agen- edição e conversar com as Gibson. A estréia de
○

tes, que passaram a filmar o objeto. Segun- testemunhas. Mas o que ob- Signs está prevista
○

do eles, o artefato girava em torno do pró- servamos pela televisão pa- para o dia 02 de agos-
○
○

prio eixo e disparava luzes coloridas. rece ser muito interessante”, to, nos Estados Uni-
○

Circle Center
Dois dias depois, por volta das 02:00 h, afirmou. A Marinha do Chile dos. No Brasil, deve
○

dois objetos similares foram vistos na mes- ainda não se pronunciou so- chegar algumas sema-
○
○

ma cidade – e filmados por cerca de meia bre o ocorrido. nas depois.

○

hora. O ufólogo turco Haktan Akdogan,

○
○

presidente do Centro de Pesquisa de Ci-

○

ências Espaciais UFO Sirius, telefonou PRÊMIO CINDACTA CONTINUA RECONHECENDO TALENTOS EM 2002
○

para o governador de Adiyaman, Halil Is-

○
○

rik, para falar sobre o incidente. O gover- Em sua segunda edição, o Prêmio Cindacta vem incentivando o trabalho dos
○

nador afirmou que cinco UFOs tinham ufólogos brasileiros, divulgando e premiando as melhores conferências, matérias
○

sido observados, e que cerca de 20 poli- veiculadas na Revista UFO, obras, pesquisas e a principal revelação ufológica do
○
○

ciais e centenas de civis testemunharam ano. Desta vez, até mesmo os que participarem da votação, que se encerra em 1º
○

o evento. Na filmagem, os objetos são de maio, irão concorrer a 20 inscrições para o III Simpósio Ufológico da Baixada
○

vistos em movimento e é possível notar Santista, que acontecerá em julho. Para votar, é só enviar os nomes dos indicados
○
○

que estão girando em torno do próprio nas categorias citadas para Rua Manoel Fernandes Júnior 157, Vila Maia, 11410-
○

eixo. Eles não produziram nenhum som e 110 Guarujá (SP) ou para o e-mail geubs@uol.com.br. Até
○
○

não eram em nada semelhantes aos avi- o momento, os mais votados foram: Abduções e Casos
○

ões conhecidos. Ufológicos Pesquisados com Hipnose, de Mário Rangel,

○

Felizmente, testemunhas de ocorrênci- na categoria Melhor Conferência Ufológica do ano 2001;

○
○

as ufológicas recentes, em todo o mundo, UFOs Registrados Pela Aeronáutica Brasileira, matéria de
○

têm conseguido documentar os avistamen- Jeferson Martinho veiculada na Revista UFO 78; Seqües-
○

tos. Outro exemplo disso foi um misterio- tros Alienígenas, Investigando Ufologia com e sem Hipno-
○
○

so objeto retangular, com mais de 70 m de se [Foto], livro de Mário Rangel que concorre ao prêmio
○

diâmetro, filmado em 17 de fevereiro por de Melhor Obra Ufológica de 2001. Para melhor pesquisa,
○
○

Nora Beytia e Francisco Correa, morado- a mais votada é OVNI Filmado pela TV Bandeirantes, rea-
Biblioteca UFO
○

res de San Gregorio, à 120 km de Punta lizada pela Entidade Brasileira de Estudos Extraterres-
○

Arenas, no Chile [Foto acima]. As imagens tres (EBE-ET) e Josef David é o mais cotado para levar o
○
○

foram divulgadas pelo noticiário 24 Horas. prêmio de Principal Revelação Ufológica.

○

Abril 2002 7
Precisamos tirar a Ufologia da UTI eu tinha a sensação que não havia mais

○
nada a apresentar. Foi então que, num

○
○
dado momento, diante de algumas cir-
Fabiana Silvestre, Equipe UFO

○
cunstâncias muito especiais, que não

○
○
cabe aqui discutir, tomei a decisão de me

○
osso entrevistado desta edição é no- UFO — Quando você começou a se desligar da Ufologia. Em outras palavras,

○
tadamente conhecido no cenário ufo- interessar por Ufologia, o que lhe pare- parei de pesquisar o exterior e passei a

○
○

○
lógico como uma pessoa polêmica. cia mais intrigante? estudar o interior.
○

○
Enfático em suas afirmações e dotado de REIS — Inicialmente, meu gosto pela
○

○
uma sinceridade muitas vezes descon- Ufologia era apenas curiosidade, achava UFO — O que falta para um efetivo
○

○
○

○
certante, o ex-ufólogo Carlos Reis já provo- um tema interessante e por isso sempre o reconhecimento da veracidade dos fenô-
○

○
cava discussões sobre os rumos da Ufolo- olhei com muito respeito e seriedade. Mas menos ufológicos por parte das autori-
○

○
somente passei a pesquisar e a estudar com
○

gia em março de 2000 (e até antes disso), dades brasileiras e mundiais?

○
○

○
quando publicou em UFO 70 o artigo Para mais profundidade quando comecei a ad- REIS — Mas quem disse que as auto-
○

○
Onde Caminha e Qual é o Futuro da Ufo- quirir livros e revistas sobre o assunto. Daí ridades não reconhecem a veracidade dos
○

○
○

○
logia Brasileira, com o qual ganhou o Prê- em diante entrei definitivamente no cir- fenômenos ufológicos? Tanto é verdade
○

○
mio Cindacta na categoria de Melhor Maté- cuito, permanecendo nele até o início dos que é sabido que, em todo o mundo, orga-
○

○
ria desta publicação, naquele ano. “Se a anos 90, portanto, durante 20 anos. Não nismos especialmente criados pelos gover-
○

○
○

○
Ufologia pudesse ser comparada a um pa- dá para destacar o que era mais intrigante nos dedicam-se integralmente a pesquisar
○

○
ciente de hospital, o quadro seria crítico: em um conjunto de dados e informações todos os acontecimentos relacionados ao
○

○
○

internada na UTI, míope, arrítmica, ca- que me eram totalmente desconhecidos à tema. Mas entre pesquisar e vir a público

○
○

○
penga, desorientada, com grave insufici- época, mas um fato me chamava à aten- abrir os arquivos vai uma distância enor-
○

○
ência respiratória, dificuldade de comu- ção: o elevado número de tipos de naves e me. Esqueça. Jamais farão isso, e se por-
○

○
○

nicação e quase surda”, já disparava na seres que eram relatados e mostrados na

○
ventura o fizerem, quem garante que as
○

○
época, demonstrando seu claro ceticismo literatura! Isso para mim era espantoso e informações dadas não terão sido mani-
○

○
○

para com o futuro desta disciplina. deveria haver uma explicação. ○ puladas, forjadas, ocultadas? É do próprio
○

Essa desmotivação com os rumos da interesse dessas autoridades manter o sus-

○

Ufologia, aliada a fatores pessoais, o afas- UFO — Por que você saiu da Ufologia? pense. Vide o Caso Varginha.
○

○
○

tou do circuito ufológico. Reis passou a bus- REIS — Essa é uma longa história,
○
○

car, então, outros conhecimentos que pu- mas vou tentar resumi-la. Na verdade, esse UFO — A população não estaria pre-
○

“abandono” não foi de uma hora para ou-

○

dessem responder às suas inquietantes per- parada para saber a verdade?

○
○

tra, como podem pensar REIS — Preparada para o quê? O que é

○

guntas. E foi “olhando

○

para dentro”, segundo alguns colegas, mesmo que há para revelar que possa causar pâni-
○

ele, que começou a en- porque desde 1986 eu já co, histeria, comoção, medo? Eu sempre
○
○

contrar as respostas. Em demonstrava insatisfa- defendi a hipótese de que as autoridades

○

seu livro Os Portais do ção com os rumos que a sabem tanto quanto os pesquisadores civis.
○

Santuário, lançado re- minha própria pesquisa Talvez um pouco mais, porém nada de
○
○

centemente pela Biblio- vinha tomando. Aos tão extraordinário. Não creio em revela-
○

teca Esotera, ele trata do poucos fui deixando de ções bombásticas.

○
○

exercício e aprendizado pesquisar os UFOs para

○

que motivou sua trans- me ocupar mais com a UFO — Então por que não abrem defi-
○

formação, e convida o análise comportamen-

Cortesia do Entrevistado

nitivamente o jogo e, principalmente, os

○
○

leitor a uma sincera re- tal, psicológica e filosó- arquivos secretos? Por que é tão impor-
○

flexão de suas convic- fica das testemunhas tante manter o suspense?

○

REIS — Jamais farão isso porque não

○

ções e – por que não? – envolvidas.

○

a uma mudança de para- Depois de 20 anos é interessante. Já poderiam ter feito há

○

digmas. Na entrevista a debruçado nos livros, muito tempo se quisessem, não faltou opor-
○
○

“
seguir, Reis nos conta nas pesquisas, na refle- tunidade. Desde 1954 as autoridades enca-
Depois de 20 anos
○

como aconteceu essa xão que o tema exigia, ram a Ufologia como um assunto espinho-
○

debruçado nos livros, nas deduzi que ele não me

○

transformação, trata do so. E a esta altura, como não creio que haja
insistente acobertamen- pesquisas, na reflexão que
○

apresentava nenhum informações explosivas a serem reveladas,

○

to ufológico por parte o tema exigia, deduzi que progresso real, eu esta- abrir os arquivos secretos pode se transfor-
○
○

das autoridades, do uso ele não me apresentava va literalmente andando mar numa retumbante decepção, daí a ne-
○

da hipnose na Ufologia nenhum progresso real, eu em círculos. Como uma cessidade de se manter o suspense.
○

e dos cuidados que os das minhas ocupações

○

estava literalmente
○

pesquisadores devem na Ufologia era fazer UFO — Em seus estudos e pesquisas,

○

ter em seu relacionamen- andando em círculos, sem palestras e escrever ma- qual foi a ocorrência ufológica mais im-
○

chegar a lugar algum

”
○

to com a imprensa. térias para as revistas, pressionante?

○

8 Abril 2002
 REIS — Bem, houve um fato marcan-

○
te para a Ufologia Brasileira que repercu-
Um corajoso convite à reflexão

○
○
tiu favoravelmente em todo o mundo: a

○
aparição de 21 objetos não identificados

○
○
na noite de 21 de maio de 1986 na região Ao contrário do que clamam os profe- é profanado, e os homens são finalmente

○
○
de São José dos Campos (SP). Eles fo- tas do “Ó que saudades que eu tenho da forçados a enfrentar com sentidos mais só-

○
○
ram monitorados pelos radares e perse-

○
aurora da minha vida”, poucas vezes se vi- brios suas reais condições de vida e sua re-

○
○
guidos por caças da Força Aérea. Esse veu uma época tão rica espiritualmente lação com outros homens”. Embora essa re-

○
○
acontecimento provocou um pronuncia- quanto os dias de hoje. Em amplitude e pro- volução constante obedeça a motivos prag-

○
○
mento do próprio ministro da Aeronáu- fundidade, talvez somente a explosão reli- máticos, ela inevitavelmente corrói o dogma-

○
○

○
○

tica e uma tomada de posição sobre o giosa dos primeiros séculos do cristianismo tismo e as estruturas de dominação religio-

○
○

assunto. Mas ficou por isso mesmo. O possa lhe ser comparada. Na época, místi- sa, libertando a centelha de luz que eles apri-

○
○

○
tal relatório oficial que ficou de ser dado cos e pensadores combinavam a filosofia sionavam. Com a dissolução das grandes ins-
○

○
○

em 30 dias nunca apareceu... Mas que grega, o cristianismo nascente, às religiões tituições, a religião não desaparece, como

○
○

foi um momento histórico, foi. mistéricas da Grécia e Egito, magia e her- apregoam os alarmistas, mas refugia-se na-
○

○
○

○
metismo, conceitos hindus e até budistas quele que desde o princípio deveria ter sido
○

○
UFO — E a maior fraude? para produzir sínteses do conhecimento es- o seu lugar de eleição: o coração humano.
○

○
REIS — Em se tratando de uma pes- piritual. Embora vazadas numa linguagem Paralelamente a isso, explodem as pa-
○

○
○

○
quisa pessoal, eu diria que foi o caso da altamente especulativa, conceitual, sua fi- redes dos guetos espirituais nos quais a hu-
○

○
Barra da Tijuca, que, aliás, parece ter sido nalidade era fornecer subsídios para a com- manidade se achava confinada. Um cristão
○

○
definitivamente desmascarado através do preensão de uma experiência interior, de não precisa mais acreditar que as religiões
○

○
○

○
livro Cobras Criadas, de Luiz Maklouf contato imediato com Deus, o espírito, o ditas pagãs são artes do demônio. Reconhe-
○

○
Carvalho. Quando publiquei uma matéria ser, a realidade absoluta. ce-se que todos os deuses
○
○

discutindo o caso, em 1984, depois de ter Esse momento único na são personificações, pseudô-
○

analisado as fotos, obtido uma pesquisa história passou. De escada nimos, máscaras de um mes-
○

feita por computador e corrigido os dese- destinada a nos conduzir em mo espírito divino e universal.
○
○

nhos originais elaborados pela Aeronáu- direção ao seu próprio cen- Deus torna-se aquilo que os
○

tica, muita gente se voltou contra mim, tro, o aparato religioso trans- místicos sempre disseram que
○

dizendo que eu estava prestando um formou-se numa estrutura rí- era: o fundamento da alma.
○
○

desserviço à Ufologia. Parece que o tem- gida que, na maioria das ve- Para encontrá-Lo não é preci-
○

po agora vai me dar razão. Uma outra zes, não tinha outra finali- so vagar pelo mundo, de tem-
○
○

fraude monumental, sem dúvida, é a do dade senão a autopreserva- plo em templo, ouvindo cada
○

Biblioteca Esotera

suíço Eduard Meier. ção – como uma ameba, sacerdote no caminho, mas
○

cujo objetivo mais elevado mergulhar no interior de si

○
○

UFO — Você acredita que seres alie- é produzir novas amebas. mesmo. É lá, no núcleo de
○

nígenas já estejam entre nós? Assim, quando chegamos à cada ser, que Ele se revela.
○

“
REIS — Fisicamente não, em absolu- Idade Média, um vidro obs- Assim, os conceitos e conhe-
○

Com a dissolução
○

to, mas há a possibilidade de outras curecido interpõe-se entre cimentos coligidos pelas reli-
das instituições,
○

entidades estarem convivendo conosco, nós e a iluminação original giões de todo o mundo tor-
○

a religião não
○

porém em outras dimensões ou mundos de um Moisés, um Jesus, nam-se, não fontes de auto-
○

paralelos, se você preferir. Essa sim é uma um Maomé. desaparece, como ridade a serem respeitadas
○

possibilidade plausível, e até poderia ex- É o advento da moder- apregoam os com submissão, mas subsí-
○
○

plicar determinadas e muito esporádicas nidade que vai mudar isso. alarmistas, mas dios, alimentos para o espíri-
○

aparições. Mas dizer que “eles” estão por Não porque as luzes da ra- refugia-se naquele to, mapas do caminho que
○
○

aí se fazendo passar por humanos, na mi- zão nos permitiam ultrapas- não mais se substituem ao
que desde o princípio território. E o critério final que
○

nha opinião, de forma alguma. sar as superstições religio-

○

sas, como alegavam os ilu- deveria ter sido o permite organizar essas infor-
○

seu lugar de eleição:

○

UFO — Em muitas ocorrências ufoló- ministas, mas porque, mações, torná-las novamen-

”
○

gicas a análise é prejudicada pelo fato de como dizia Karl Marx, a Era o coração humano te uma força viva e atuante, é
○
○

que as vítimas não se lembram do que Moderna se caracteriza por a revelação interior, pessoal e
○

aconteceu. Você acredita na hipnose como uma ininterrupta perturbação das relações intransferível, que cada um de nós experi-
○

uma técnica de pesquisa realmente con- sociais: “Todas as relações fixas, imobiliza- menta na própria caverna do coração, onde
○

○
○

fiável, principalmente nesses casos? das, com sua aura de idéias e opiniões ve- reside o guru interior. [Trecho extraído do
○
○

REIS — Eu tive oportunidade de neráveis são descartadas; todas as novas re- livro Os Portais do Santuário, de Carlos
○

acompanhar algumas sessões de hipnose lações, recém-formadas, se tornam obsole- Reis. Os interessados em adquiri-lo po-
○

○
○

e sei da importância e da seriedade dessa tas antes que se ossifiquem. Tudo que é só- dem fazê-lo através do encarte Suprimen-
○
○

prática, quando bem conduzida pelo mi- lido desmancha no ar, tudo o que é sagrado tos de Ufologia, desta edição].
○

○
○

nistrante. Acho que é extremamente útil

○

Abril 2002 9
se puder ajudar uma pessoa supostamen- vá mudar para melhor. Analisando critica- seja, a mesma coisa que já se falava na

○
te envolvida a superar seus medos e pos- mente, pergunto: após 10, 20 ou 30 anos década de 70! Que tipo de renovação é

○
○

○
síveis traumas. Mas a própria hipnose dentro de uma dada linha investigativa, essa?

○
também tem suas limitações e deficiên- que pesquisador teria coragem de jogar

○
cias, e aí há que se ter muito cuidado no tudo para o alto e recomeçar do zero, inici- UFO — A comunidade ufológica ainda

○
○

○
momento da pesquisa, por vários moti- ando seu trabalho por um prisma totalmente estaria investigando o Fenômeno UFO por

○
vos: evitar indução das respostas, não novo? E se tivesse essa coragem, come- uma perspectiva equivocada?

○
REIS — Como o assunto UFO surgiu
○
ultrapassar nem os limites éticos nem a çar por onde? Para quê? Ele (o ufólogo)

○
○

○
própria individualidade do pesquisado, já está tão convenientemente acomoda- de uma forma inesperada, abrupta, sem ne-
○

○
não tirar conclusões precipitadas, não do em seus princípios, já fez seu nome na nhum aviso, as primeiras investigações co-
○

○
○

forçar a pesquisa com o intuito de obter mídia, é reconhecido pelos seus pares, que meçaram naturalmente pendendo para um

○
○

○
as respostas que se deseja. a esta altura dar uma guinada em tudo isso... lado só: se o objeto aparece no céu, voa, e
○

○
Certamente ele não é conhecido, então só
○

UFO — Essa isenção na pesquisa é re-

○

dirá que não vale pode ser extraterrestre, e to-

○

almente possível? a pena. dos os olhos se voltaram, du-

○

REIS — Não só é perfeitamente pos- A Ufologia rante muitos anos, exclusiva-

○
○

sível como absolutamente necessária, im- está e vai ficar mente para essa hipótese. So-
○

prescindível e obrigatória! É uma questão por muito tempo mente com o passar do tem-
○

de princípios, de ética e moral. É óbvio ainda na UTI. po é que outros trabalhos co-
○
○

que essa postura se aplica à pesquisa ufo- Quando, como e meçaram a levantar novas te-
○

Cortesia FIGU
lógica como um todo e não apenas à hip- se vai sair de lá, orias, propor outras linhas de
○

nose. Qualquer interferência, por menor não sei... E é bom pesquisa, mas a base princi-
○
○

que seja, cria uma situação tendenciosa, frisar que essa pal já estava assentada – e a
○

distorcida e que po- grande maioria dos

derá se desenrolar ufólogos ainda se-
por caminhos tortu- gue por essa trilha.
osos. Por isso, todo Não sei se a pala-
cuidado é pouco. vra equivocada é
adequada para de-
UFO — No arti- finir a perspectiva,
go Para Onde Cami- eu diria que é pre-
nha e Qual é o Futu- ciso estar aberto
ro da Ufologia Bra- também a outras
sileira, publicado em possibilidades,
UFO 70 (março de aprofundar a refle-
2000), você afirmou xão sobre o tema.
que durante uma Não é uma tarefa
conferência consta- fácil, realmente,
tou que absoluta- mas se não for fei-
“ Quando eu publiquei uma matéria
Cortesia UFO Photo Archives

mente nada de novo ta, então, como dis-

havia sido acrescen- discutindo o Caso Barra da Tijuca, em se naquela matéria,
tado à Ufologia. 1984, muita gente se voltou contra mim, continuaremos os
“Em outras pala- dizendo que eu estava prestando um próximos 40 anos

”
vras, mudaram só os a ver luzinhas no
nomes, porque os te- desserviço à Ufologia céu.
mas continuaram
exatamente os mes- DUAS FRAUDES ufológicas na opinião de Reis. No detalhe, o caso da Barra da U FO — Uma
mos, reformados pa- Tijuca. Na foto maior, uma das fotos do suposto contatado Eduard Meier revisão das meto-
ra dar uma conota- dologias de pesqui-
ção atualizada ao debate, porém estagna- matéria a que você se refere é uma releitura sa, e até mesmo de convicções no campo
○

dos na essência”, foi o que afirmou. E hoje, de outra mais antiga, portanto, há anos da análise ufológica, um “olhar para den-
○

○
○

após quase dois anos, como você analisa a eu defendo essa posição. Quer um exem- tro”, como o que nos propõe em seu livro
○

conjuntura ufológica? A Ufologia continua plo? Em outubro passado participei de Os Portais do Santuário, poderia apontar
○

internada na UTI? um simpósio ufológico quando do lança- novos caminhos?

○

REIS — Até onde tenho acompanha-

○

mento do meu livro Os Portais do Santu- REIS — Em princípio, eu não apontaria

○

do os acontecimentos, o cenário não mu- ário, e as palestras apresentadas trata- vínculos diretos entre Os Portais e a pesqui-
○

dou em absolutamente nada, e confesso ram de quais assuntos? Tunguska, aco- sa ufológica, mas se considerarmos que
○

○
○

que não vejo nenhuma perspectiva de que bertamento militar e Chupacabras. Ou “olhar para dentro” inevitavelmente resulta
○

10 Abril 2002
 Nossa Homenagem
Rafael Sempere Durá, ufólogo espanhol que imigrou
para o Brasil e se tornou um de nossos principais pioneiros.
Foi o primeiro assinante de UFO, em março de 1985.
Arquivo UFO

em mudança de paradigmas, então, neste sen-

○
tido sim, o livro pode apontar novos cami-
Em memória dos que se foram

○
○
nhos. Nesse caso, o capítulo Admirável

○
Mundo Novo é o melhor referencial, pois

○
○
expressa a importância e a necessidade de Marcos Silva, nosso sem sentido. Ele estava ani-

○
preparar o indivíduo desde a mais tenra ida- querido Marcão, do Grupo madíssimo com a possibili-

○
de para os mistérios da vida, entre os quais de Estudos de Objetos Não dade de formarmos uma ver-

○
○
se inclui naturalmente a Ufologia. Identificados (Geoni), sem- dadeira e harmônica família.
○
pre foi um exemplo de ca- Como ufólogo, Marcão
○
UFO — Ainda no mesmo artigo, você ráter, amizade, desprendi- foi um exemplo a ser se-
○
○

reafirma a importância de trazer a Ufo- mento e um amante da guido: pesquisador nato,

○

logia à ordem do dia, estampar manche- vida, da Ufologia, do Xama- de mente aberta, equili-
○

tes, convocar a mídia, para não deixar nismo e do desconhecido. brado, curioso, sério, ele
○

Arquivo UFO
○

que caia no esquecimento. Mas diante Esposo e pai exemplar, estava sempre atrás da
○

dos últimos acontecimentos (o Caso Tia- Marcão nos surpreendeu, elucidação de ocorrênci-
○
○

zinha, por exemplo) e dos falsos conta- há algum tempo, quando as e fenômenos ligados
○

tados amplamente divulgados pela im- sofreu um terrível acidente MARCÃO, mais do que um aos nossos amigos do es-
○

prensa como privilegiados conhecedores automobilístico, do qual ufólogo, um pesquisador paço, e até mesmo casos
○
○

dos assuntos ufológicos, ainda vale a salvou-se milagrosamente. que contribuiu para a de Chupacabras. Botava o
○

pena buscar respaldo na mídia? Na ocasião, pude sentir o construção da Ufologia pé na lama, dormia no
○

REIS — É importante para a impren- quanto ele era querido por mato, enfim, não media
○
○

sa trazer o assunto à tona, criar a polêmi- todos, pois houve grande mobilização no esforços para fazer a nossa Ufologia um

○
○

ca, porque ela vive disso – de notícias –, sentido de ajudar sua recuperação, que pouco mais séria. Eis então que, surpre-

○
○

○
○

e se nada de interessante estiver aconte- parecia difícil. Felizmente, Marcão sem- endentemente, Marcão nos dá adeus em
○

○
cendo, há que se fabricar os fatos. Por pre foi forte (em todos os sentidos) e gra- pleno carnaval, após um retiro xamâni-
○

isso o papel da imprensa é fundamental ças a isso, aliado às nossas preces, ele ○
co no interior de São Paulo. Aquele co-
○

○
○

como formadora de opinião. Mas a im- voltou ao nosso convívio. ração lindo, enorme e forte resolveu pre-
○

prensa séria, responsável e ética sabe que Estivemos juntos pela última vez no gar-nos uma peça e levar nosso compa-
○

a informação precisa ser repassada com final do ano passado, em Curitiba (PR), nheiro para o lugar de onde veio certa-
○

○
○

honestidade, integridade, isenta de ten- por ocasião do 24º Congresso Brasileiro mente: as estrelas.
○

dências de qualquer natureza. Mas infe- de Ufologia Científica promovido pelo Nú- Escrevo com lágrimas nos olhos, triste
○

○
○

lizmente não é o que ocorre. Por mais que cleo de Pesquisas Ufológicas (NPU), onde com sua partida precoce, porém feliz por
○
○

os ufólogos se empenhem em divulgar conversamos bastante a respeito de um ele ter terminado sua jornada terrena. Este-
○

com consciência os fatos dessa natureza, de seus maiores sonhos: a união da Co- ja onde estiver, uma parte dele ficou em
○

○
○

parte da imprensa sempre vai abordar o munidade Ufológica Brasileira, sem intri- cada coração dos que o conheceram.
○
○

assunto através de manchetes sensacio- gas, briguinhas inúteis, egos e disputas — EUSTÁQUIO PATOUNAS, CONSULTOR
○

nalistas, buscando alcançar elevados ín-

○
○

dices de audiência e vendagem.

Seis anos de saudades do General
○

No caso da Tiazinha, por exemplo, o

○
○

ufólogo Claudeir Covo foi convidado por

○

um conhecido programa de auditório do- Algumas pessoas deixam em nos- e poder “ver”
○

minical a falar sobre o assunto, na pre- sos corações assinaturas luminosas que aquela pessoa
○

○
○

sença da testemunha. Como nos bastido- nunca se diluem. O tempo corre célere, a nos sorrir.
○

res ele antecipou as conclusões de sua mas aquela luz permanece, como a nos “Nossa maior
○

○
○

pesquisa, e elas eram contrárias aos inte- confortar ao longo do caminho, com lem- missão neste
○
○

resses da emissora, sua presença no pal- branças de tantos momentos felizes que plano é unir a
○

Arquivo UFO

co foi abortada sob a alegação de que a elas nos proporcionaram. Exemplos de nossa mente ao
○

○
○

protagonista não chegaria a tempo. Ela vivências, sabedoria avançada e, sobre- nosso coração,
○

não só se apresentou como deu a sua ver- tudo, a virtude da humildade. A assina- para que a
○

○
○

são dos fatos, e tudo ficou por isso mes- tura luminosa toma conta de todo nos- mente pense O SAUDOSO pioneiro
○
○

mo. Isso não é mídia, é circo. Com todo so ser, principalmente nos momentos com amor e o general Uchôa
○

respeito ao Circo. mais críticos de nossa vida. coração ame

○

○
○

Conforta-nos, a certeza de estarmos com inteligência”. São seis anos de sau-

○

na senda correta em busca de uma maior dades do nosso querido irmão e mestre
○

CARLOS ALBERTO REIS pode ser contatado

○

iluminação, a fim de não mais retornar a Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa.

○
○

através do e-mail carlos.reis@atitude.com.br. este plano. Conforta-nos, fechar os olhos — ROBERTO A. BECK, CONSULTOR
○

Seu livro pode ser obtido através do encarte

○
○

Suprimentos de Ufologia, desta edição.

○

Abril 2002 11
 Investigação
Novas informações esclarecem
o macabro Caso Guarapiranga
Polêmico episódio da casuística ufológica brasileira é desmistificado
com o emprego da apropriada investigação científica
Claudeir Covo, co-editor,
Paola Lucherini Covo e Tânia da Cunha
E
m setembro de 1993, a Revista
UFO 25 publicou o artigo Caso
Guarapiranga: Será Esta a Temi-
da Seqüência das Mutilações de
Animais?, de Encarnación Zapa-
ta Garcia, que tratava de uma suposta ocor-
rência ufológica, em que o corpo de um
homem havia sido encontrado às margens
da Represa Guarapiranga, em 29 de setem-
bro de 1988. Um ano depois, na edição 32,
a revista voltou a publicar um novo artigo
de Encarnación sobre o fato – Caso Guara-
piranga: Continuam as Discussões.
A pesquisadora descreveu o corpo de um
homem com muitas mutilações. Estava sem
os olhos, orelhas, lábios, o saco escrotal, sem
o ânus e as vísceras. O corpo apresentava
algumas perfurações nos ombros, pés, na
coxa esquerda e abdômen. Encarnación exa-
minou atentamente as fotos com uma lupa,
teve acesso ao processo e entrevistou várias
pessoas envolvidas, como o médico legista
que fez um laudo extremamente detalhado.
Depois de longo tempo de pesquisa, e após
comparar com outros casos de mutilações de
animais na Ufologia, ela chegou à conclu-
são de que aquele homem havia sido mutila-
do e morto por tripulantes de discos voado-
res. O primeiro e único caso nessas circuns-
tâncias, que em pouco tempo já estava dis-
seminado na comunidade ufológica e até
mesmo na internet.
Posteriormente, com a onda de ocorrênci-
as atribuídas ao Chupacabras, novamente o
caso voltou à tona. Agora se acreditava que o
fato era típico de um terrível predador. Mas
para o Instituto Nacional de Investigação de
Fenômenos Aeroespaciais (INFA) e o Institu-
to Nacional de Pesquisas Ufológicas (INPU),
se tratava da ação de predadores muito bem
conhecidos, tais como cachorros domésti-
cos, do mato, jaguatiricas, onças etc. Assim,
como ataque de tripulantes de discos voa-
dores ou de Chupacabras, o Caso Guarapi-
12
ranga também foi noticiado no jornal Notí- listas acabaram publicando que ETs havi-
cias Populares, de 27 de abril de 1997, am roubado os globos oculares de Olívio.
Diário Popular, de 20 de julho, e na re- Um ano depois, o inquérito policial concluiu
vista Extra, em agosto do mesmo ano. que os olhos do agricultor tinham sido ar-
Outras estranhas ocorrências também fo- rancados por predadores naturais.
ram levadas para a casuística ufológica sem Outro fato semelhante envolveu Alzira
uma pesquisa mais aprofundada. Maria de Jesus. Em 24 de junho de 1999, na
cidade de Santa Izabel, relativamente próxi-
EXTRAÇÃO DE OLHOS — Um desses casos ma a São Paulo, ela foi encontrada morta na
envolveu o agricultor Olívio Correia, de Es- cama, sem o rosto. Autoridades disseram que
tância Velha (RS), que tinha problemas men- a pele, o nariz, a língua, os olhos e a orelha
tais. Em julho de 1995, Olívio bebeu muito e, esquerda tinham sido retirados com precisão
ao retornar para casa, desmaiou no meio da cirúrgica. Os dois médicos legistas do IML,
mata. Talvez tenha entrado em coma alcoó- que assinaram o laudo 473/99, afirmaram que
lico. Quando acordou, estava sem os dois Alzira faleceu devido a uma pneumonia bila-
globos oculares. A própria polícia investi- teral e a um choque séptico. Sua face, segun-
gou a possibilidade do agricultor ter sido do eles, teria sido desfigurada por roedores.
atacado por Sempre que ocorre um apagão, como o
urubus, por de 21 de janeiro último, recebemos dezenas
alguma qua- de telefonemas perguntando se tal fato pode-
drilha de rou- ria ter sido causado pela interferência de al-
bo de órgãos
ou mesmo ter
sido vítima
de rituais de
magia negra.
A polêmica
ficou ainda
maior quan-
do o Institu-
to Médico
Legal (IML)
de Porto Alegre con-
cluiu o laudo, infor-
mando que os olhos
foram retirados cirur-
gicamente – o que foi
desmentido posteri-
ormente pelo doutor
Marco Aurélio Be-
cker, presidente do CENA MACRABRA é o que se vê no cadáver encontrado na Repre-
Conselho Regional sa Billings. Nota-se a remoção da pele e do tecido dos lábios
de Medicina local. e da mandíbula, com cortes cirúrgicos precisos
Assim, alguns jorna-
Abril 2002
 gum disco voa-
dor. Não temos
dúvidas de que o
fenômeno ufoló-
gico é real, com-
pete também aos
cientistas pesqui-
sarem os fatos. Arquivo UFO
Agora, achar que
tudo o que acon-
tece é culpa dos tripulan-
tes de discos voadores
é um enorme exagero.
Muitos casos ufológicos
do passado, por exemplo,
foram mal investigados.
Alguns pesquisadores
forçaram a barra ou deram
um jeitinho de transfor-
mar fatos perfeitamente
explicáveis em casos ufológicos autênticos.
Até mesmo pesquisadores norte-americanos
já declararam que diversos casos de abdução
nunca ocorreram. Muitas vezes, o hipnólogo
induz a testemunha a acreditar que foi abduzi-
da. Esta é uma lamentável verdade...
No Caso Guarapiranga, em específico, a
imprensa distorceu muitas informações.
Isso, aliado aos casos acima resumidos nos
motivaram a reabrir as investigações. Por
diversas vezes publicou-se que o processo
ficou escondido do público, que as fotogra-
fias eram secretas, entre outras coisas. Mas
não aconteceu absolutamente nada disso. O
processo é público e correu como tantos
outros nos trâmites da lei. E como envol-
veu uma pessoa desconhecida, a imprensa
não deu importância. É a mesma coisa que
acontece com os recentes seqüestros relâm-
pagos. Foram centenas nos dois últimos
anos, mas a imprensa só noticiou os que
envolveram pessoas famosas.
UM CURIOSO DESINCHAÇO pôde ser observado com a redução do
volume abdominal do cadáver, ocorrida após a remoção dos
órgãos internos da vítima por predadores
Abril 2002
represa (Billings), os no-
mes dos delegados e
dos peritos criminais?
Na realidade, a pri-
meira surpresa surgiu em
15 de outubro de 1997,
no Programa do Rati-
nho, quando o pesquisa-
dor e jornalista Saulo
Gomes, que também in-
vestigou o Caso Guara-
piranga, anunciou, com
exclusividade para todo
o Brasil, que o caso ocor-
reu na Represa Billings,
e não na Guarapiranga.
Cortesia INPU
Porque então não se in-
vestigou exatamente o
local onde foi encontra-
do o cadáver? Quem
A REPRESA BILLINGS, na Grande São Pau- achou o corpo e em que circunstâncias? O
lo, onde o cadáver foi encontrado. A seta que as testemunhas, a polícia e os bombei-
indica exatamente o local. No detalhe, ros descobriram no local?
a edição 25 de UFO, de 10 anos atrás, Assim, iniciamos a pesquisa. A vítima,
que tratou do Caso Guarapiranga Joaquim Sebastião Gonçalves, sofria do mal
de Chagas e de epilepsia. Ele tomava o medi-
Logo que o primeiro artigo de Encarna- camento Gardenal. Lamentavelmente bebia
ción foi publicado na Revista UFO (edição muito, e quando morreu tinha 53 anos. Ele não
25), tomamos conhecimento que a 25ª Delega- morava próximo do local onde foi encontrado,
cia de Polícia (DP) tinha concluído que o cor- mas sempre ia lá pescar. Estava desaparecido
po havia sido mutilado por urubus e ratos. No havia três dias. Ele chegou em um dos bra-
entanto, só uma investigação mais detalhada ços da Represa Billings, no Jardim Recanto
poderia dar as respostas corretas. do Sol, Bairro Bororó, São Paulo, tirou a rou-
pa, ficando só de cueca, e a colocou em uma
CENSURA PROPOSITAL — Por ter se passa- maleta, que escondeu no meio da mata. Atra-
do muito tempo, foi bem difícil localizar as vessou a represa, que tem uns 80 m, e foi pes-
pessoas envolvidas, bem como os documen- car do outro lado. Contornando-se o braço da
tos, pois os laudos foram censurados pro- represa é possível chegar ao outro lado por
positalmente. Ora, se o processo é público, terra. A mistura
porque os documentos foram censurados, do medicamento
entre eles o número do Boletim de Ocor- com álcool prova-
rência (BO) e dos laudos, o nome correto da velmente provo-
Fotos Cortesia INPU
RETIRADA DO ÂNUS e do reto da vítima, através de um estranho
orifício. No detalhe, pode-se ver como o cadáver ainda possuía
sangue quando encontrado pelos bombeiros
13
cou seu desmaio, no meio
da mata. Sem ninguém
para socorrê-lo, o corpo
ficou à mercê dos ratos e
urubus por cerca de 24 ho-
ras. Como não tinha qual-
quer reação, acabou sen-
do atacado vivo e devo-
rado parcialmente pelos
animais predadores.
Durante o dia, um ga-
roto que estava caminhan-
do na mata, caçando pas-
sarinhos com um estilin-
gue, encontrou o corpo
coberto de urubus. Saiu de
lá rapidamente, contornou o
braço da represa e avisou os
moradores das proximidades.
Um deles ligou para a polícia
e agentes da 25ª DP, de Santo
Amaro, compareceram ao lo-
cal, requisitando em seguida
o Corpo de Bombeiros. Sob o
comando do bombeiro sargen-
to Milton de Souza Guedes, os
sargentos Elifas Morais Alves
e Urban chegaram no local e
atravessaram o braço da repre-
sa com o auxílio de um barco.
Como havia vários curiosos,
Antônio Gomes Filho, que
mora nas proximidades e alu-
ga barcos para pescadores,
emprestou um barco para aquelas pessoas.
Com uma lona e dois caibros, os bombeiros
levaram o corpo de Joaquim para a margem
oposta, onde a polícia o fotografou. Ana Jo-
aquim Bevilaqua Rosa e seu irmão, Alcides
Bevilaqua Joaquim, também acompanharam
tudo de perto.
CAUSA MORTIS — Esse acontecimento foi
registrado no Boletim de Ocorrência número
2.429/88, pelo delegado Oswaldo Borges Pro-
feta. O inquérito policial (IP) recebeu o núme-
ro 381/88. A pedido do 25º DP, o Instituto de
Criminalística (IC) foi acionado. O doutor Éd-
son de Carvalho R. Viegas, delegado de po-
lícia titular do IC, designou o perito criminal
doutor Arlindo de Camargo para investigar
o caso. Ele esteve no local e emitiu o laudo
número 01.072/88. Nele, apenas descreve o
local e, superficialmente, os ferimentos de
Joaquim, mencionando que a causa mortis
seria informada pelo IML do Estado. Tam-
bém foram anexadas ao documento sete fo-
tos do corpo da vítima.
O laudo do exame de corpo de delito
(exame necroscópico), de número 645/88,
assinado pelos médicos legistas Jorge Perei-
ra de Oliveira e Cláudio Roberto Zabeu, ates-
ta que a causa mortis foi hemorragia aguda
e múltiplos traumatismos, além de “estímu-
lo vagal” (nervo vago ou nervo pneumogás-
14
Fotos Cortesia INPU
TESTEMUNHAS que viram os
urubus atacando a vítima,
na Represa Billings. Acima,
Antônio Gomes Filho. Ao
lado, Ana Joaquim Bevila-
qua Rosa e Alcides Bevila-
qua Joaquim. A pesquisa
anterior assinalou que não
havia testemunhas
trico). O laudo descreve ainda
que foi utilizado um instru-
mento cortante e esclarece que
a vítima apresentava lesões
com características de reação
vital, havendo componentes
de tortura. “É sugestiva de
modus operandi a incisão em
partes moles e em orifícios naturais medi-
ante aspiração”. Ou seja, de acordo com o
legista, algum instrumento foi enfiado pelo
buraco na barriga e aspirou os órgãos inter-
nos. Tal quadro deve ser manifestação com-
portamental de insano ou outra hipótese: ri-
tual macabro. No final, os médicos legistas
afirmaram que a morte foi causada por “poli-
traumatismos e inibição vagal”. “Qual a na-
tureza do agente, instrumento ou meio que a
produziu?”, foram questionados. “Agente
mecânico”, responderam. “Foi produzida por
meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia ou
tortura, ou por outro meio insidioso ou cru-
el?”. “Sim, quanto ao meio empregado”.
O laudo número 10.456/88 do exame quí-
mico toxicológico atestou a análise de vinte
mililitros de sangue. Seu resultado foi negati-
vo, não foram encontrados vestígios de pro-
dutos tóxicos. O doutor Marco Antônio Des-
gualdo, da Equipe F da Delegacia de Homicí-
dio e Proteção à Pessoa (DHPP), após receber
o laudo número 645/88 do IML, redigiu um
documento para esclarecer algumas dúvidas
no que dizia respeito ao instrumento utilizado,
manchas e reações vitais, e se existiam casos
semelhantes. Foram feitas quatro perguntas.
Na terceira, se questionou a possibilidade da
ação de animais junto ao corpo. A resposta
nunca foi publicada. Assim, Desgualdo no-
vamente pediu ao IC um laudo complementar.
Edson de Carvalho Ribeiro Viegas designou
o perito criminal Eduardo Roberto Alcânta-
ra Del Campo, que, juntamente com o sar-
gento Guedes, do Corpo de Bombeiros, fez
um levantamento detalhado do local onde a
vítima foi encontrada.
Em seu laudo, Del Campo é taxativo quan-
do narra o depoimento do sargento Guedes.
“Disse que, ao chegar para resgatar o cor-
po, este estava desnudo, apenas trajando
cuecas de malha, e que, sobre o corpo, ha-
via cerca de vinte urubus, aves reconheci-
damente necrófagas”. Aqui é muito impor-
tante ressaltar que os urubus estavam sobre
o corpo, ou seja, em contato físico. As aves
espetam as unhas na carne do corpo e vão
comendo as partes moles. Del Campo requi-
sitou o corpo de um cachorro à prefeitura e o
levou para o local. Durante três dias acompa-
nhou o que estava acontecendo. Os urubus
e os ratos atacaram. Em apenas dois dias não
havia mais nada. Até os ossos desaparece-
ram. Uma das fotos do corpo desse cachorro
foi anexada ao processo.
O doutor Del Campo também afirmou
ter observado um grande número de ani-
mais e insetos necrófagos no local, princi-
palmente pequenos roedores e urubus, que
atacam primeiramente as partes moles e
pregas naturais, pela facilidade de ataque,
ou aquelas onde o odor é mais intenso, pela
atração que exercem nesses animais, como
pálpebras, olhos, orelhas, nariz, lábios, bol-
sa escrotal, ânus, cicatriz umbilical, pre-
gas interdigitais e axilas.
“AQUELE COITADO” — Antônio Gomes Fi-
lho, 83 anos, que mora no local há mais de
quinze, lembra detalhadamente do dia em que
encontraram o corpo. Ele afirma ter visto os
urubus e carcarás comendo “aquele coita-
do”. Fatos semelhantes seriam bastante co-
muns na região. Ana Joaquim Bevilaqua
Rosa, 53 anos, moradora do local há mais de
vinte, também acompanhou tudo de perto.
Ela contou ainda que, há menos de um ano,
viu um cachorro com problemas em uma das
patas, do outro lado da represa, que estava
sendo atacado vivo pelos urubus. Em outra
ocasião, há uns seis meses, um cavalo morreu
às margens da represa. Curiosa, ela se aproxi-
mou para observar. E ficou assustada ao ver a
barriga do cavalo se mexendo. Logo depois,
começaram a sair vários urubus de dentro
dela. “Nunca vi nada igual”. Seu irmão, Al-
cides Bevilaqua Joaquim, 55 anos, acompa-
nhou tudo de longe, e afirmou nunca ter vis-
to nada de estranho na região – nem Chupa-
cabras, nem disco voador.
O doutor Eduardo Roberto Alcântara Del
Campo, que hoje é promotor de justiça da
infância e juventude, e que na época era o
perito criminal do Instituto de Criminalística
do Departamento Estadual de Polícia, nos
recebeu gentilmente e ficou surpreso e in-
Abril 2002
dignado quando contamos que tal caso foi
divulgado como ataque de tripulantes de dis-
cos voadores. Ele afirmou que quando foi
designado para expedir um laudo comple-
mentar fez várias diligências ao local. Con-
versou com testemunhas e verificou que re-
almente a região é repleta de urubus e ratos.
Também pudemos constatar isso nas três
vezes que estivemos lá. O doutor Del Cam-
po nos mostrou ainda vários álbuns com fo-
tos de diversos casos semelhantes. Segundo
ele, Joaquim Sebastião Gonçalves pode ter
desmaiado por estar na região da fulmina-
ção de um raio, que talvez o atingiu parcial-
mente – o que explicaria as partes escuras de
seu rosto. Segundo ele, as informações dos
bombeiros que retiraram o corpo do local, e
dos moradores, bem como a simulação com
um cachorro morto, não deixaram dúvidas
que aquele pobre homem foi atacado por ra-
tos e urubus. “É relativamente comum, em
corpos encontrados nesse estado, na hora
em que o médico legista está abrindo a víti-
ma, descobrir ratos vivos dentro da barriga,
comendo as vísceras”, afirmou Del Campo.
Ele também concedeu entrevista à pesquisa-
dora Encarnación, que, de acordo com o pe-
rito, nada divulgou sobre seu laudo e as res-
pectivas conclusões.
O sargento Guedes nos confirmou que,
quando chegou no local, havia uma grande
quantidade de urubus comendo o corpo da
vítima. Cerca de dez dias depois, atendeu
uma ocorrência exatamente igual, esta sim
na Represa Guarapiranga. Disse ainda que
narrou com detalhes a Del Campo o que viu:
a vítima havia perdido muito sangue pelos
Abril 2002
Cortesia INPU
O TENENTE Humberto César Leão não me-
diu esforços para localizar os bombei-
ros que fizeram parte da equipe que
retirou o corpo do local
diversos buracos existentes em todo seu
corpo. O bombeiro e sargento Elifas, atu-
almente segundo tenente, também con-
firmou que os urubus estavam atacando
o cadáver. Ele ainda ficou muito surpre-
so com a hipótese extraterrestre. Segun-
do ele, naquela época era bastante comum
a desova de cadáveres à beira das Re-
presas Billings e Guarapiranga, o que era
rotina para alguns justiceiros e para o
cabo Bruno (Florisvaldo de Oliveira).
Entre 1970 e 1998, foram mais de mil ca-
UMA DILIGÊNCIA competente
foi o que fez o doutor
Eduardo Roberto A. Del
Campo. De seu trabalho
policial resultou um laudo
técnico que aponta as ver-
dadeiras causas da mor-
te do homem. O documen-
to ao lado, no entanto, foi
censurado sem nenhuma
necessidade
dáveres nessas condições só na grande
São Paulo, sendo uma boa parte à beira
das represas citadas.
Isso explica claramente a resposta dada
pelo IML quando o delegado da 25ª DP,
doutor Marco Antônio Desgualdo enviou
um documento perguntando: “Existem nos
registros da Medicina Legal ocorrências
semelhantes?” A resposta foi: “Sim, exis-
tem vários casos semelhantes”. Quando
este caso foi divulgado, em 1993, essa res-
posta foi publicada com ênfase, dando a
entender que existem muitos casos de hu-
manos mutilados por tripulantes de discos
voadores, o que não é verdade.
FOTOGRAFIAS SECRETAS — Quando o jor-
nal Notícias Populares divulgou o caso,
em 27 de abril de 1997, o jornalista res-
ponsável pela matéria foi até a Universi-
dade de Campinas (Unicamp) e mostrou
as sete fotos ao doutor Fortunato Badan
Palhares. Com o título Fotografias Secre-
tas, o texto anunciava: “As fotografias do
Caso Guarapiranga, sete no total, estão
escondidas em arquivos secretos da polí-
cia de São Paulo. O jornal teve acesso às
fotos e aos documentos do caso através
de pessoas não ligadas ao IML nem ao
Instituto de Criminalística. Após recusa
de chefes do IML em falar sobre o assun-
to, o NP pediu uma análise do caso ao
médico legista Fortunato Badan Palha-
res. Para ele, trata-se de animais preda-
dores, como roedores, formigas, siris, ca-
ranguejos e urubus. ‘Todas as lesões ou
ferimentos encontrados na superfície
Documentos e Foto Cortesia INPU
15
corporal são compatíveis com lesões
produzidas por pequenos roedores’, es-
creveu Palhares. Segundo ele, até os si-
nais de reações vitais no corpo (a víti-
ma estava viva quando foi mutilada) po-
dem ser explicados. Ele pode ter tido um
infarto e caído em agonia por horas, sem
se mexer. Os bichos começariam a
atacá-lo ainda vivo”.
Na Revista UFO número 25, a pesqui-
sadora Encarnación afirma: “Tudo indi-
ca que os urubus
mencionados pelo
delegado de plan-
tão apenas sobre-
voaram o corpo,
sem atacá-lo”. E
mais: “Por outro
lado, se o homem
tivesse sido vítima
de um assassinato
comum, seus restos
com certeza esta-
riam destroçados
pela ação de uru-
bus e outros carni-
ceiros, que, neste
caso, permanece-
ram à distância”.
Em todos os lau-
dos que examina-
mos não há ne-
nhum componente que
sustente uma afirmação
como essa, muito pelo
contrário.
PREDADORES — A con-
clusão de Del Campo é
que realmente esse ho-
mem foi vítima de ataques
de predadores. Existe uma
diferença muito grande
entre afirmar que os uru-
bus estavam lá em cima, no
céu, sobrevoando o cadá-
ver, ou grudados no cor-
po da vítima, comendo as
partes moles. As testemu-
nhas viram isso.
Quando estávamos fechando esta ma-
téria, ligamos para a pesquisadora Encar-
nación Zapata Garcia, a fim de entrevistá-
la. Iríamos mostrar a ela detalhes do ex-
posto acima. No entanto, ela disse que
não iria mais falar sobre esse assunto e
desligou o telefone. Existe uma quantida-
de muito grande de animais necrófagos
na natureza. Pesquisando sobre esse as-
sunto, verificamos que eles têm atração
pelo cheiro dos órgãos sexuais. Os pe-
quenos, como os roedores, entram pelos
orifícios naturais do corpo, o ânus, a boca,
por exemplo, e comem os órgãos internos.
Já os urubus, bicam seguidamente em uma
16
parte mole, a barriga, por exemplo. Após
perfurar, eles entram e vão comendo tudo
por dentro. Tempos atrás, a TV Cultura
apresentou um documentário sobre roe-
dores. Um deles, o Microsorex Hoyi, com
o nome popular de musuranho, mussura-
no ou ainda musaranho, girava a cabeça
como se fosse uma broca e, com os den-
tes incisivos, ia cortando sempre na mes-
ma linha, fazendo um buraco totalmente
circular, tendo acesso às vísceras. Exis-
LAUDO POLICIAL do doutor
Del Campo, com informa-
ções que foram omitidas
do público. Ao lado, aci-
ma, o sargento Milton de
Souza Guedes confirmou
que quando chegou no
local havia uma grande
quantidade de urubus co-
mendo o corpo da vítima.
Abaixo, o segundo-te-
nente Elifas Morais
Alves, que ficou surpre-
so e indignado quando
soube que o caso havia
sido divulgado como um
ataque de ETs
tem tipos de roedores nos desertos que
mantém a cabeça fixa e também giram o
corpo como uma broca, fazendo um furo
totalmente circular. Se um cadáver que foi
atacado por predadores estiver no estado
de lise, ou seja, bem conservado, é possí-
vel identificar que tipo de animal o ata-
cou. Os roedores têm um par de incisivos
grandes nas mandíbulas superiores e in-
feriores, que cortam como faca.
O médico legista constatou que a ví-
tima morreu cerca de 24 horas antes de
ter sido encontrada. Os laudos atestam
que o cadáver já estava em processo de
decomposição. Não sabemos se isso
pode ter interferido nas conclusões dos
dois médicos legistas que assinaram o
laudo. Mas, pelo já exposto, o INFA e o
INPU não têm dúvidas de que Joaquim
Sebastião Gonçalves foi morto por ani-
mais necrófagos.
SEPARANDO O JOIO DO TRIGO — As mu-
tilações de animais por tripulantes de dis-
cos voadores são fatos reais na Ufologia
Mundial, mas, com certeza, muitos casos
de ataques de ani-
mais necrófagos
foram confundidos
com ocorrências
realmente ufológi-
cas. Assim, cada
caso deve ser ana-
lisado detalhada e
individualmente. É
preciso sempre se-
parar de uma vez o
joio do trigo.
Documento e Fotos Cortesia INPU
Nesta pesqui-
sa, é fundamental
o agradecimento
ao primeiro tenen-
te Humberto César
Leão, do Corpo de
Bombeiros, que
não mediu esfor-
ços para nos aju-
dar a localizar os bombeiros que integra-
ram a equipe que retirou o corpo do local.
A Ufologia se baseia em fatos, no plural, e
não em um único fato, no singular. Se fos-
se verdade que tripulantes de discos voa-
dores mutilam seres humanos, com certe-
za teríamos milhares de casos em todo o
mundo, o que não acontece. Houve ca-
sos onde aconteceu morte ou cura. Nos
casos de mortes, as evidências sempre
indicaram algum tipo de reação por parte
dos seres humanos. Um exemplo disso é
o Caso Crixás (GO), em 13 de agosto de
1967. Inácio disparou um tiro na testa de
uma estranha criatura e em seguida rece-
beu um tiro de luz verde em forma de raio,
de dentro de um disco voador, que o atin-
giu no ombro. Em seguida, caiu desfaleci-
do. Ele faleceu em 11 de outubro do mes-
mo ano, com leucemia.
CLAUDEIR COVO é co-editor de UFO e presi-
dente do Instituto Nacional de Investigação
de Fenômenos Aeroespaciais (INFA). Seu e-
mail é: claudeir.covo@uol.com.br. Site:
www.infa.com.br. PAOLA LUCHERINI COVO é
diretora do Instituto Nacional de Pesquisas
Ufológicas (INPU) e também diretora do INFA.
Seu e-mail é: paolalucherini@uol.com.br.
Site: www.inpu.hpg.ig.com.br. E TÂNIA DA
CUNHA é diretora do INPU. Seu e-mail é:
tan8modi@bol.com.br.
Abril 2002
 Quando a Ufologia irá decolar?
Paola Lucherini Covo, convidada especial
D
esde os 10 anos me interesso pelo
Fenômeno UFO. A partir de 1985,
comparando o trabalho de diversos
ufólogos, me identifiquei com as pesquisas
de Claudeir Covo, principalmente pela sua
seriedade. Em 1994, o conheci pessoalmen-
te e passei a freqüentar as reuniões men-
sais do Instituto Nacional de Investigação
de Fenômenos Aeroespaciais (INFA), onde
aprendi muito. Agora, nos últimos três anos,
como esposa de Claudeir, pude acompa-
nhar mais de perto os trabalhos ufológicos
que realiza, indo inclusive a
campo. Mas confesso que às
vezes fico decepcionada quan-
do encontro casos ufológicos in-
ventados ou mal pesquisados no
passado. O fenômeno ufológi-
co é real e deve ser encarado
com discernimento, sem envol-
vimento emocional. É acredi-
tar desacreditando.
Juntamente com o INFA,
quando o Instituto Nacional de
Divulgação
Pesquisas Ufológicas (INPU) ain-
da não existia oficialmente, tive
a oportunidade de investigar o
falso pouso de um disco voador em Mogi
das Cruzes, interior de São Paulo, em 26 de
maio de 1999. Infelizmente, os responsá-
veis pelo pesqueiro Pesque-Pague, onde
ocorreu o fato, inventaram a estória apenas
para atrair clientes, em mais um lamentável
embuste ufológico. Recentemente, já com
o instituto oficializado, investigamos a filma-
gem da Suzana Alves, a Tiazinha. Foi uma
nova decepção, pois o que ela filmou era
apenas o dirigível da Goodyear. Desde o
início ela estava ciente de que não se tra-
tava de um disco voador, mas inventou uma
farsa para se promover.
Mais triste ainda é ver aproveitadores na
Ufologia, que dizendo serem paranormais,
arrancam dinheiro das pessoas, enganan-
do-as com truques banais de prestidigitação.
É o caso de Urandir Fernandes de Oliveira,
que usa de canetas laser, faróis de milha,
balões publicitários (blimps) ou iluminados
por dentro e simples truques de mágica.
Urandir cobra caro para mostrar seus pode-
res, num verdadeiro caso de polícia. E há
ainda aqueles que rezam para que os ETs
venham resolver seus problemas pessoais. O
mais assustador desses casos, envolvendo fa-
natismo, foi a seita Heaven’s Gate, da qual 39
Abril 2002
fanáticos suicidaram-se no início de 1997 numa
mansão nos EUA, acreditando que suas almas
iriam encontrar-se a bordo de um UFO...
Desde que o INPU foi fundado, em 12 de
junho de 2001, decidimos reabrir o Caso Gua-
rapiranga, mas jamais imaginávamos que en-
contraríamos tantas irregularidades – algumas
gritantes. Deixar de investigar o local dos fatos,
por exemplo, é a mesma coisa que analisar um
vídeo ufológico sem assisti-lo ou operar uma
pessoa sem que ela esteja presente. A censura
arbitrária dos documentos do processo, no meu
EMBUSTE E INTERESSE. Tiazinha sustenta
a farsa de que filmou um UFO, quando
sabe que se tratava de um balão. Uran-
dir afirma ter sido escolhido por ETs
para salvar seres humanos. Quando
bem pago, é claro...
entendimento, objetivava única e exclusivamente
dificultar a pesquisa de terceiros. É lamentável.
Errar é humano, mas forçar a barra deve ter
sido conveniente. Em todos os segmentos da
sociedade temos bons e maus profissionais.
Vemos que a primeira geração de ufólogos, que
iniciou seus trabalhos no período de 1950 a
1970, foi precursora de uma futura ciência. Co-
meteram erros, é claro, mas compreensíveis.
SEGUNDA GERAÇÃO — A segunda geração
destes estudiosos, cujos trabalhos se difundi-
ram no período de 1971 a 1990, conta com
nomes como Ademar Eugênio de Mello, Ade-
mar José Gevaerd, Antônio Faleiro, Claudeir
Covo, Daniel Rebisso Giese, Eustáquio Patou-
nas, Luciano Stancka e Silva, Marco Petit,
Mário Rangel, Rafael Cury, Ubirajara Rodrigues,
entre outros. Ela também teve falhas, mas con-
seguiu classificar os fenômenos ufológicos – ti-
pos de contatos imediatos, naves, efeitos físi-
cos etc – com uma expressiva riqueza de
detalhes, avaliando criteriosamente as ocor-
rências. De 1991 a 2010, estaremos vendo
o surgimento de uma terceira geração de
estudiosos, mas, com poucas exceções, nela
observamos uma verdadeira explosão de egos.
Atualmente, dispomos de recursos diver-
sos para quem deseja se dedicar a uma pes-
quisa ufológica séria. No entanto, muitas ve-
zes tais recursos acabam prejudicando o tra-
balho de pessoas bem-intencionadas. A in-
ternet, por exemplo, fez com que a Ufologia
se tornasse “terra de ninguém”.
Uma pessoa que nunca tenha
realizado uma pesquisa ufoló-
gica, após passar alguns dias
navegando por sites ufológicos,
rapidamente se proclama e in-
titula ufólogo. Nesse clima,
fala-se muito em união da co-
munidade ufológica, mas infe-
lizmente não vejo como isso
possa acontecer, pois quase
Arquivo UFO
sempre o ego não deixa.
Em 1983, com a fundação
da Associação Nacional dos
Ufólogos do Brasil (ANUB), os
pesquisadores acreditavam, esperançosos,
que isso aconteceria. Imaginava-se uma ver-
dadeira integração entre as mais diversas
linhas de pesquisa dentro da Ufologia. No-
vamente, em vão! É a mesma coisa que
querermos reunir todos os partidos políti-
cos em um só, o que é impossível, pois
existem muitos interesses envolvidos. O
principal deles é o “estrelismo” de alguns
indivíduos, em detrimento de pesquisas
sérias e bem documentadas.
Sabemos que os ufólogos lutam com di-
ficuldades, e que pesquisar é sinônimo de
gastar. Mesmo assim, é fundamental a rea-
lização de um trabalho coeso, de equipe.
Precisamos perguntar, tirar dúvidas, procu-
rar pessoas certas. No Caso Guarapiranga,
por exemplo, consultamos o advogado e ufó-
logo Ubirajara Rodrigues e o médico e pes-
quisador Luciano Stancka, que nos auxilia-
ram no entendimento dos termos jurídicos e
médicos utilizados. Realizar um trabalho ufo-
lógico sério e reconhecido não é tão fácil
quanto parece. É fundamental deixar o ego
de lado e dedicar-se incansavelmente às
pesquisas, com esforço, discernimento,
união e honestidade. Somente assim a Ufo-
logia poderá, no futuro, decolar.
17
 Movimentos
Forças ocultas podem estar
chegando à Ufologia
Manobras obscuras de ufólogos paulistas pretendiam levar à criação de um
sindicato de ufólogos, sem que a classe tivesse chance de se manifestar
A
expressão “forças ocul-
tas” nunca foi tão bem
aplicada na Ufologia
Brasileira como nos úl-
timos tempos. Recente-
mente, fatos desagradáveis fize-
ram com que se retomasse a dis-
cussão sobre a ética na Ufolo-
gia. Imediata e automaticamen-
te surgiu a proposta de criação do Código
de Ética do Ufólogo (CEU), produto de
exaustivo trabalho do pioneiro Arismaris
Baraldi Dias, que apesar de ter sido lança-
do em meados da década de 90, ainda não
foi realmente implantado. Cientes de que
muitas coisas mudaram na Ufologia nos
últimos anos, vários pesquisadores resolve-
ram fazer uma revisão detalhada do CEU,
incluindo, eliminando e alterando itens para
adaptá-lo à realidade atual. Inesperadamen-
te, no entanto, uma nova proposta dividiu a
opinião de ufólogos e pesquisadores.
A iniciativa foi do grupo Ufo-Gênesis, de
Piracicaba (SP), presidido por Francisco Hen-
rique Conejo Cervello (que se apresenta como
“professor Michel”) e coordenado em São
Paulo por Clóvis Roque Xavier. Este último
disponibilizou um espaço para a realização da
primeira reunião do que se chamou de Comi-
tê de Ética, através de convite aberto a todos
os interessados via listas de discussão na in-
ternet. Areunião foi agendada para o dia 17
de março último. No entanto, numa “atitude
abrupta”, conforme palavras do próprio Cló-
vis, somente em uma lista de discussão foi
divulgado o Edital de Convocação para As-
sembléia Geral de Fundação do Sindicato
dos Pesquisadores Ufológicos, publicado no
jornal Diário de São Paulo. É interessante
notar que apesar da frase “abaixo assinado”,
constante no edital, o mesmo não era assina-
do por ninguém. Instaurou-se, então, verda-
deiro alvoroço entre os ufólogos brasileiros.
“Em princípio, sou contra a formação de
um sindicato”, afirmou o jornalista e editor da
18
Vanderlei D’Agostino
Fotos Arquivo UFO
PESOS PESADOS da Ufologia Brasileira
estiveram presentes nas reuniões em
que se tentou fundar o sindicato: Aris-
maris Baraldi Dias e (no detalhe) Mário
Rangel, ambos consultores de UFO
revista eletrônica Vigília (www.vigilia.com.br),
Jeferson Martinho. Para ele, é necessária a
criação de uma entidade aglutinadora, mas,
tendo em vista que a Ufologia não é uma ati-
vidade profissional, deve ser algo como os
conselhos científicos de Física e Astronomia,
por exemplo, para fiscalizar a conduta ética
dos pesquisadores. “E até mesmo para isso
precisamos amadurecer a discussão de mé-
todos e procedimentos adotados na pesqui-
sa ufológica”, ressalta. A rapidez com que
foi imposta a idéia do sindicato e a despreo-
cupação com a repercussão entre os ufólo-
gos são, no mínimo, suspeitas.
“Isso está parecendo uma grande arma-
ção. Por que ninguém foi consultado?”, in-
dagou Josef David S. Prado, editor do portal
eletrônico BURN (www.burn.com.br). “An-
tes de se criar um sindicato, é preciso que
sejam cumpridas outras etapas prévias,
como por exemplo a revisão do CEU”, pon-
dera o ufólogo Carlos Airton. E isso foi to-
talmente ignorado. Perguntas simples e ob-
jetivas como quem, quando, como, onde e
por que se criar um sindicato foram repeti-
das vezes respondidas pelo senhor Clóvis
com um simples e lacônico “não posso res-
ponder”. No dia 17 de março, doze pessoas
compareceram à reunião, entre elas Arismaris
Baraldi Dias, Mário Rangel, Cristiano Marti-
nelli, Josef David S. Prado, Rodolfo Heltai,
Laura Maria Elias, Paulo Aníbal e o senhor
Clóvis. Onze delas refizeram pessoalmente as
perguntas já feitas, obtendo sempre a mesma
resposta: “Não posso responder” ou “não
estou autorizado a responder”.
Após insistentes pedidos dos presentes, o
senhor Clóvis concordou em suspender a as-
sembléia do dia 21, assinando um documento
com esse compromisso. Isso feito, retomamos
as discussões a respeito do CEU. Mas as dú-
vidas ainda persistem. Que forças ocultas es-
tariam por trás de toda essa manipulação? Com
quais intenções foi convocada uma assembléia
sem o conhecimento e à revelia de parte ex-
pressiva da Comunidade Ufológica Brasilei-
ra? Por que o tal professor Michel, na quali-
dade de presidente do grupo Ufo-Gênesis,
agora diz não ter conhecimento dos detalhes
dessa iniciativa e de quem faz parte dela? São
perguntas que ainda estão sem resposta. Mas
estamos atentos aos acontecimentos. Não po-
demos deixar, de forma alguma, que a Ufolo-
gia séria seja desmoralizada e perca mais pon-
tos perante a imprensa, a opinião pública e até
mesmo perante a legislação vigente.
VANDERLEI D’AGOSTINO é administrador e o
mais novo consultor da Revista UFO. Seu en-
dereço é: Rua da Memória 63, Assunção.
09030-110 Santo André (SP). E-mail: van-
dagos@ajato.com.br.
Abril 2002
 Casuística

Evidências de atividades
alienígenas em Mato Grosso
O Estado conta com um exuberante repertório de ocorrências em que ETs estão
envolvidos, até mesmo a recente queda de uma nave não identificada

Ataíde Ferreira da Silva Neto, convidado especial

S
e acreditássemos em lendas, Mato precipício na entrada da cidade. Qualquer que o Morro São Jerônimo – ponto mais
Grosso seria, sem dúvida, um dos automóvel, em local íngreme, mesmo estan- alto da região, situado a cerca de 1000 m de
lugares mais misteriosos do Bra- do em ponto morto, não desce. Isso mesmo! altitude –, seja um suposto aeroporto de
sil, pois diversos mitos envolvem Em vez de descer, ele sobe! Seriam as ener- UFOs. Recentemente, estranhas luzes não
todo o Estado. Um deles trata de gias do local? Há várias explicações científi- identificadas têm sido avistadas na região.
passagens subterrâneas que ligariam o Brasil cas para tal fato, mas ele ainda é desacredita- Grande parte das ocorrências, no entanto, é
a uma cidade mística do Peru. Essas abertu- do, até mesmo pelos que o presenciaram. acobertada por grupos religiosos e pessoas
ras, segundo místicos, seriam três: duas no pertencentes a várias outras correntes de
Mato Grosso (uma na Chapada dos Guima- MISTÉRIOS NA CHAPADA — Os blecautes pensamento, que não aceitam, de forma al-
rães e a outra na Serra do Roncador) e a ter- são rotina na Chapada, provavelmente de- guma, a Ufologia como um estudo sério e
ceira em São Tomé das Letras (MG). Sinais vido a fortes ventos na região. Essa seria verdadeiro. Ainda não temos certeza da ve-
luminosos já foram diversas vezes fotografa- uma explicação convincente, não fosse o racidade destas revelações, mas as pistas co-
dos em cavernas da Serra do Roncador, um fato de estranhas luzes multicoloridas se- lhidas levam a crer que são inegáveis. Acre-
local que recebe anualmente centenas de tu- rem constantemente avistadas ditar que um povo, “não se
ristas em busca de UFOs e da lendária caver- no céu. Diversas testemunhas sabe exatamente de onde”, há
na. Até mesmo o ex-prefeito de Barra do Gar- afirmam que durante a noite milênios, milhares ou milhões
ças, Valdon Varjão, construiu um espaçopor- é comum a observação de de anos, foi capaz de construir
to para a descida de discos voadores num UFOs – alguns até filmados e uma pirâmide de cabeça para
maciço rochoso que circunda a cidade. fotografados. Há mais misté- baixo, aqui no Mato Grosso,
A Chapada dos Guimarães, que está à rios na Chapada do que se é coisa de livros de ficção,
74 km da capital do Estado, Cuiabá, é outro pode imaginar. Além dos mas somos levados a crer
local que se destaca por inúmeros aconteci- constantes avistamentos de que isso é a mais pura reali-
mentos insólitos, tanto na área ufológica bolas de fogo, luzes no céu e dade. A pirâmide construída
quanto na paranormal. As noites são quase até humanóides, acredita-se estaria enterrada a alguns me-
sempre frias e nebulo- tros, mas ninguém sabe
sas e há quem acredite exatamente onde.
que a região é podero- Há cinco anos, fui
sa, uma espécie de cor- informado que a Cha-
redor energético corta- pada dos Guimarães te-
do pelo paralelo 15º sul. ria uma grande concen-
Por coincidência, passa tração de energia. Não
por outros lugares mís- me interessei a princí-
ticos, como o lago Titi- pio, mesmo porque já
caca, entre o Peru, a tinha tal conhecimento
Bolívia e os arredores do assunto. No entan-
de Brasília, onde existe to, posteriormente, um
um grande número de grupo de cientistas es-
seitas esotéricas. Esse
local teria um intenso A BELEZA DA CHAPADA
fluxo eletromagnético. dos Guimarães, pró-
Fotos Cortesia UFMT

É interessante citar xima a Cuiabá, atrai

ainda um estranho fenô- turistas, místicos e
meno que acontece pró- estudiosos. UFOs
ximo ao Portão do In- têm sido observados
ferno – nome de um constantemente

Abril 2002 19
trangeiros (provavel-
mente norte-ameri-
canos), alugou uma
casa no local para
uma curiosa pesqui-
sa científica. Estaria
o governo brasileiro
sabendo disso? Tes-
temunhas afirmam
que tais indivíduos
entravam e saíam da
casa com caixas de
papelão. Tudo indica
que tinham como
principal interesse o
campo energético –
que teria danificado,
inclusive, computa-
dores e um furgão.
Há algum tempo,
o programa Fantásti-
co, da Rede Globo,
exibiu uma reporta-
gem que tratava da descoberta de vestígios de
uma civilização antiga nas proximidades da
Chapada. Até mesmo vias pavimentadas fo-
ram encontradas. Os estudiosos acreditavam
que tais construções teriam sido feitas pelos
fenícios (ou astronautas?). Ninguém sabe in-
formar onde se encontra a tal cidade antiga,
nem mesmo as poucas pessoas de grande co-
nhecimento arqueológico do Estado.
Será que as constantes aparições ufoló-
gicas, a descoberta dos cientistas estrangei-
ros e as antigas construções têm alguma coi-
sa a ver com a pirâmide em Mato Grosso?
Ao estudá-la, é possível notar algumas cu-
riosidades. Cientistas afirmam que as gran-
des pirâmides de Queóps, em Gizé, a me-
nos de 16 km a sudoeste do Cairo, assim
como o Templo do Adivinho, em Uxmal, e
a pirâmide de Kukulcan, além de outras
ruínas do sudoeste do México, foram cons-
truídas há mais ou menos 4.000 anos. No
entanto, muito se fala e pouco se prova. Mas
o que essas pirâmides têm em comum com
a existente na Chapada? Primeiramente, se
uníssemos o continente africano ao brasi-
leiro, poderíamos observar uma triangula-
ção das pirâmides do México e do Egito,
indicando assim uma ponta imaginária para
baixo, em direção à Chapada dos Guima-
rães. Portanto, a construção das pirâmides
poderia ter ocorrido quando os continentes
estavam unidos, há mais de 4.000 anos. Nes-
te caso, o Brasil não teria a forma vertical
que conhecemos, mas a inclinada.
ESTRANHA PIRÂMIDE — Reparem os con-
tornos brasileiros. Observem melhor parte da
região norte, nordeste e sudeste do país. Elas
parecem se encaixar com o continente afri-
cano, como se fosse um quebra-cabeças. Se
há milhões de anos, na construção das pirâ-
mides do México e Egito, a distância entre
20
AVIÃO UTILIZADO nas pesquisas do caso
de Nova Brasilândia. A aeronave sobre-
voou a região levando o autor desta
matéria e jornalistas, que também in-
vestigavam a queda do objeto não iden-
tificado na Fazenda Volta Rica
elas fosse de aproximadamente 9.240 km,
isso equivaleria à 13.000 km hoje. Sendo as-
sim, os continentes se distanciaram cerca de
3.800 km. Podemos com isso afirmar que,
depois da construção das pirâmides, o conti-
nente brasileiro e africano começaram a se
distanciar, bem como as pirâmides, obvia-
mente. À 50 km do município de Rosário
Oeste (124 km de Cuiabá), encontra-se uma
fazenda no mínimo peculi-
ar. No local pode ser vista,
há cerca de cinco anos, uma
pirâmide que, segundo al-
guns médiuns, pos-
sibilita o contato com
humanóides. Por fo-
ra, ela é feita de mate-
rial semelhante ao
alumínio, mas por
dentro, é de madeira.
As mensagens, rece-
bidas por telepatia,
são na maioria das
vezes de Ashtar She-
ran, suposto coman-
dante das frotas espa-
ciais. O objetivo des-
sas pessoas é buscar
a cura pelas energias,
normalmente se apoi-
Cortesia Magno Jorge
ando na religião ou
no misticismo.
Esses médiuns
reúnem-se para me-
ditar e, vez ou outra,
se deparam com men-
sagens extraterrestres. Em certa ocasião,
avistaram uma intensa luz no céu, mas,
como se dedicam apenas à cura e paz de
espírito que a pirâmide proporciona, não
deram muita importância ao fato. Eles não
divulgam os fenômenos relacionados à pi-
râmide, pois não pretendem chamar a aten-
ção de céticos, curiosos e até mesmo cien-
tistas. Mas apesar das inúmeras precauções,
um grupo de estudiosos estrangeiros foi até
o local para examinar a pirâmide. Qual seria
o interesse dos cientistas?
NOVA BRASILÂNDIA — UFO, nave ou dis-
co voador são termos comuns em Nova
Brasilândia, cidade com seis mil habitan-
tes, distante 210 km de
Cuiabá. E essa populari-
zação da Ufologia tem
mesmo razão de ser. Às
20:00 h de 1º de junho de
Fotos Cortesia Magno Jorge
1997, domingo, um acon-
tecimento insólito surpre-
endeu os moradores do
distrito de Teresópolis,
próximo a Nova Brasilân-
dia, e transgrediu a rotina
pacata da cidade [Veja
UFO 53]. Muitas pessoas estavam senta-
das à porta de suas casas, conversando,
quando inesperadamente uma bola de fogo
cruzou os céus da cidade. Os atônitos mo-
radores observaram em seguida um imen-
so clarão, que transformou a noite em dia
e durou cerca de um minuto. Instantes mais
GILBERTO BRAGA, a princípio, afirmou à im-
prensa que tinha visto e tocado no obje-
to. “Acredito que era um disco voador”.
Depois, negou tudo. Isaías Rezende (de-
talhe) foi o primeiro a espalhar a notícia
e auxiliar os pesquisadores
Abril 2002
tarde, um enorme estrondo foi ouvido em

UFOs também se acidentam

um perímetro de 100 km. A agricultora Be-
nedita Pereira ficou tão assustada que afirma
ser impossível esquecer aquela noite. “Esta-
va deitada e vi o clarão, logo depois o ba-
rulho e a minha casa sacudiu”, detalha.
Principalmente devido a distância em
relação a capital do Estado, a notícia não
teve repercussão imediata. As informações
foram colhidas, então, gradualmente e,
em alguns casos, eram desencontradas.
Assim que a notícia chegou a Cuiabá,
imediatamente a Associação Matogros-
sense de Pesquisas Ufológicas e Para-
psicológicas (Ampup) foi contatada. Em
assembléia geral, todos os membros ufó-
logos foram informados do ocorrido. Na
madrugada da mesma noite (1º de junho)
fomos para Nova Brasilândia.
A partir daquele dia, através dos noti-
ciários, a cidade notadamente adquiriu
repentina fama, e nossa equipe já estava a
postos na coleta de dados. Dez dias após a
queda, a imprensa literalmente invadiu a
cidade, a cata de mais detalhes sobre o
ocorrido. Conforme depoimento do então
prefeito de Nova Brasilândia, Sérgio Be-
netti, os comentários eram evidentes na
cidade: “Muitas pessoas dizem ter real-
mente visto um clarão no céu, há uns 10
dias, por volta das 20:00 h. Depois disso,
houve uma pequena explosão, que chegou
a fazer um buraco no chão, queimando a
terra. Comenta-se que o objeto caiu pró-
Thiago Luiz Ticchetti, consultor
A falta de evidências contundentes so-
bre a realidade do Fenômeno UFO é um
problema com o qual os ufólogos constan-
temente se deparam. Se os UFOs são re-
ais, por que não existe uma evidência física MISTÉRIOS NA CHAPADA — Em Kingman,
de sua existência? Por que ainda não en-
contramos os restos de um deles? A res-
posta para essas questões é que já encon-
tramos restos de um, dois ou mais. Em
1950, Frank Scully publicou o livro Behind
the Flying Saucers (Por Trás dos Discos Vo-
adores), no qual relatava vários casos de
acidentes com naves extraterrestres e os
projetos ultra-secretos
desenvolvidos pelo go-
verno norte-americano
para encobrir o assun-
to. Scully fornecia ainda
os nomes de quem es-
tava envolvido nos de-
sastres e revelava onde
as quedas tinham acon-
tecido. O grande proble-
ma é que não possuía
evidências concretas, e
suas fontes, quando
existiam, não eram con-
Um exemplo disso ocorreu em Las Vegas
(EUA), em 1962, e é considerado hoje mais
um caso autêntico de queda de UFOs.
Arizona, centenas de testemunhas afirma-
ram ter visto um objeto voador não identifi-
cado cruzar o Canadá e os EUA, caindo pos-
teriormente. A USAF negou, como sempre,
afirmando tratar-se de um meteoro. A polí-
cia local, por sua vez, declarou que nada
havia sido encontrado, e os agentes do Pro-
jeto Moon Dust, de busca e recuperação
de fragmentos de mís-
seis e satélites, centra-
lizado na Base Aérea de
Wright-Patterson, em
Dayton, Ohio, foram en-
tão acionados. Mas afi-
nal, o que aconteceu
naquele dia?
No Brasil, também
tivemos um dos casos
mais espetaculares da
Ufologia mundial, quan-
do um objeto metálico
explodiu sobre a praia

ximo à localidade de Teresópolis, na fa-
zenda Volta Rica, de Divino Ivo da Ro-
cha, mais conhecido como Divino Fogoió,
que fica às margens do Rio Manso”.
No entanto, mesmo após várias buscas
por terra e ar, realizadas por nós e pelos
jornalistas que também investigavam o
fato, nada foi encontrado. Isso tornava a
ocorrência ainda mais misteriosa, pois,
apesar de não terem sido encontradas pro-
vas, era certo que um objeto havia caído.
Nesse momento, torna-se importante res-
saltar que Nova Brasilândia está localiza-
da entre a Chapada dos Guimarães e a Bar-
ra do Garças, que recebem anualmente
centenas de místicos, esotéricos e estudio-
sos em busca de UFOs e ETs. São locais
ricos em relatos ufológicos, filmagens e his-
tórias, entre elas a do misterioso desapareci-
mento do explorador inglês, coronel Percy
Fawcett [Veja Box da página 23], nos anos
20, que, apoiado na Eubiose, tentou provar
que ali estavam algumas entradas para o con-
tinente perdido de Atlântida.
BASE DO CINDACTA — De acordo com o jor-
nal cuiabano Folha do Estado, do dia 09 de
julho de 1997, o sargento Paulo Gomes, do
Centro Integrado de Defesa e Controle do
Tráfico Aéreo (Cindacta), que tem uma base
na Chapada dos Guimarães, comentou que
James Neff
fiáveis. Resultado: o li- de Ubatuba, litoral pau-
vro tornou-se uma gran- lista, em 1957. Frag-
de farsa. A conseqüên- mentos dele foram re-
cia disso foi um comple- UFOS NÃO SÃO infalíveis. Mui- colhidos e enviados para
to desinteresse da opi- tas quedas já foram documen- estudo. O surpreenden-
nião pública pelas estó- tadas em todo o mundo te é que a Marinha bra-
rias de quedas de UFOs. sileira analisou os frag-
Então surgiu o Caso Roswell, no Novo mentos e alegou que não poderia explicá-
México, em 1947. Após anos de investiga- los, pois haviam sido destruídos durante
ções, vários ufólogos, como Kevin Randle, suas experiências. Propositalmente? Em
Stanton Friedman e Wendelle Stevens, havi- 1996, o mundo voltou seus olhos e ouvi-
am entrevistado centenas de testemunhas dos para o nosso país. O Exército brasilei-
e revisto diversos documentos relacionados ro havia capturado estranhos seres, víti-
ao caso, à procura de uma explicação para mas do acidente de uma nave extraterres-
o episódio. Até que chegaram à conclusão tre, que apresentou problemas e caiu na
de que alguma coisa extraordinária havia cidade de Varginha (MG). Muita coisa ain-
acontecido. Dentre os envolvidos estava o da continua encoberta pelas autoridades.
general-brigadeiro Thomas J. DuBose, co- Mas, diante desse e de outros casos de
mandante do 8º Comando da Força Aérea quedas de naves, já temos certeza de que
Norte-Americana (USAF). Ele contou que a mesmo os mais sofisticados discos voado-
história dos balões – inventada para explicar res não são totalmente infalíveis.
o Caso Roswell – foi o acobertamento da
verdade. Em outras palavras, um disco voa-
dor realmente tinha caído em Roswell. THIAGO LUIZ TICCHETTI é vice-presidente da
Com a crença restabelecida, outros even- Entidade Brasileira de Estudos Extraterres-
tos surgiram, mas em sua maioria não fo- tres (EBE-ET) e autor do livro Quedas de
ram encontradas provas, evidências ou tes- UFOs, lançamento da Biblioteca UFO. Seu
temunhas de credibilidade. Por outro lado, endereço é: CLN 408/224, Bloco A, Asa
alguns deles forneciam muito mais informa- Norte, 70856-510 Brasília (DF). E-mail:
ções do se poderia imaginar inicialmente. thiagolt@opengate.com.br.

Abril 2002 21
as informações colhidas são repas-
sadas para Brasília, local em que é
realizada a leitura dos dados. Ele não
quis confirmar e nem desmentiu o
ocorrido. Entretanto, o comandante
do Cindacta em Mato Grosso, capi-
tão Assis, logo declarou que o radar
não captou nenhum tipo de aerona-
ve suspeita na data e local citados.
Em seguida, ratificando, afirmou que
não tinha conhecimento se o radar
conseguia captar a presença ou a pas-
sagem de um meteorito.
Com relação à postura dos ór-
gãos federais e estaduais sobre o as-
sunto, demostrando quase que um
descaso total, o secretário de admi-
nistração de Nova Brasilândia, Ja-
mil da Silva Lima, em depoimento
a um jornal do Estado, disse: “Sim-
plesmente alguma
coisa está sendo
escondida a sete
chaves”. Para o
Jornal do Brasil, o
ocorrido pode ser
Cortesia Luiz Alves
considerado uma
versão brasileira
do Caso Roswell,
e em matéria do
dia 09 de julho de
1997, escrita pelo jornalista José Calixto de
Alencar, descreve: “O vaqueiro Gilberto
Braga, que mora em Nova Brasilândia, foi
o único a ter coragem de tocar o objeto.
‘Parece uma bola de ferro, maior do que
um trator, que soltava um cheiro esquisi-
to’. Moradores da região estão preocupa-
dos com uma possível contaminação de re-
banhos ou da população ribeirinha pelo
OVNI, já que o local onde o objeto caiu
fica às margens do Rio Manso”.
Face ao acontecido, torna-se interessante
retratar alguns depoimentos de pessoas que
juraram diante da imprensa ter presenciado
aquele fantástico fato. “Morador de Nova
Brasilândia há 25 anos, o frentista Miguel
Darli Gonçalves conta que estava sentado
na rua, em frente a sua casa, quando viu o
clarão e ouviu o barulho. Muita gente pre-
senciou a cena e, conforme Gonçalves, al-
gumas pessoas chegaram a cair no chão
devido ao tremor da terra”. O vaqueiro Gil-
berto Braga, de 26 anos, que trabalha na fa-
zenda Bela Vista, vai mais longe. Contou em
detalhes que não só viu, mas tocou no ob-
jeto, há cerca de 10 dias. Segundo ele, o
artefato tinha a forma de uma bacia caseira,
o tamanho de uma casa pequena, era preto,
composto de ferro ou rocha.
Ele garante que o objeto está lá, finca-
do no morro, exala um cheiro ruim e pro-
vocou a queimada de uma área de aproxi-
madamente 100 metros quadrados ao re-
dor de onde caiu. “Eu acho que é disco
22
CINCO ANOS após a queda do objeto, a
Revista do Mercoeste trouxe à tona
surpreendentes descobertas do que
ficou conhecido como o Mistério de
Nova Brasilândia. A publicação reve-
lou um intrigante depoimento de Divi-
no Fogoió (detalhe)
voador”, avalia. Leandro Paula da Silva,
de 15 anos, explica que viu o OVNI antes
dele tocar no chão e que tinha luzes colori-
das, azuis e verdes. Vaqueiro da Fazenda
Campo Verde, ele acredita ter visto um dis-
co voador. Na fazenda de Divino Fogoió
não foi diferente. Ele e o filho também vi-
ram o fenômeno de luzes coloridas e mar-
caram o dia. “Mas Fogoió não sabe preci-
sar onde o objeto poderia ter caído”, pu-
blicou o jornal A Gazeta, Cuiabá, 09 julho
de 1997. O fazendeiro contou ainda, que
observou o objeto durante seis minutos.
Depois disso, ele teria caído.
BASE DO CINDACTA — Segundo Fogoió, no
momento em que a bola de fogo se espatifou
no chão, sentiu a terra tremer. “Tive que se-
gurar os quadros da parede, senão caía
tudo”. Partindo da coleta de dados obtidos
pelos membros da Ampup, e levando em
conta um batalhão de repórteres que estavam
no local, além dos curiosos, passamos a acre-
ditar que chegar até o objeto, cedo ou tarde,
seria fácil. Quanta ingenuidade! Misteriosa-
mente, as coisas começaram a mudar: nin-
guém falava, absolutamente ninguém que-
ria se envolver. Lembro que o intuito de mui-
tos era a fazenda de Divino Fogoió, às mar-
gens do Rio Manso, onde o objeto
teria caído. Na época, no entanto,
Fogoió impediu a entrada de pesqui-
sadores em sua fazenda. “Só permi-
tirei a entrada em minha proprieda-
de de pessoas autorizadas pelo Go-
verno Federal”. Depois de exausti-
vas buscas, desloquei-me até a Fa-
zenda Ferrão de Ouro, onde conheci
o jornalista José Calixto de Alencar,
que também havia chegado à região
para apurar os detalhes do acoberta-
mento do caso. Após trocarmos al-
gumas informações, decidimos tra-
balhar em conjunto. Tentamos, en-
tão, convencer o vaqueiro Gilberto
Braga a ir conosco até o local da su-
posta queda do objeto, ou, ao me-
nos, dar uma indicação de sua loca-
lização. Segundo informações do
ex-deputado estadual Isaías Rezen-
de, o vaqueiro estava muito assus-
tado e, cada vez que alguém chega-
Revista do Mercoeste
va a sua casa, se escondia ou man-
dava sua esposa atender. Rezende
nos alertou ainda que o vaqueiro não
estava mais disposto a falar sobre o
assunto, com ninguém.
Diante disso, planejamos uma estraté-
gia: alguém iria na frente, na garupa de uma
motocicleta, acompanhado por uma pessoa
conhecida do vaqueiro – o que teoricamen-
te facilitaria um contato. De início, tivemos
sorte. Ele estava à porta conversando com
três pessoas, um tanto quanto suspeitas. Elas
estavam em uma caminhonete D-20, com
placa de Londrina (PR). Naquele exato mo-
mento, eles combinavam uma nova visita a
fazenda do senhor Divino Fogoió, distante
uns 30 km dali. Enquanto pensaram que fôs-
semos pessoas da região, a conversa foi tran-
qüila. Mas, lamentavelmente, quando José
Calixto se apresentou como jornalista, o cli-
ma ficou hostil, com discussões.
“Em seguida, já com a presença de mais
colegas da imprensa, começamos uma ba-
teria de questionamentos. Duas pessoas,
notei, se empenharam em não revelar no-
mes, nem aparecer diante da câmera ou se-
rem fotografadas. Só que um tal de Bragui-
nha acabou se traindo, ao revelar que ele,
o vaqueiro Gilberto e os dois estranhos es-
tiveram uns 15 dias antes na fazenda do se-
nhor Fogoió, ocasião em que teriam não
só visto, como até tocado no objeto”, afir-
mou o jornalista em nota divulgada no se-
manário Correio de Mato Grosso, edição
360, em julho de 1997. E disse que, diante
da imprensa, eles preferiram negar, dizen-
do que tudo não passava de boatos e co-
mentários. “Só que, com lágrima nos olhos
e com um nó na garganta, preferimos ficar
com a sua primeira versão”. Claramente,
estava sendo pressionado para não falar
mais nada sobre o assunto. Por quem, não
Abril 2002
sabemos ao certo. A única coisa que ficou
muito clara é que todos os moradores da
região têm medo de se expor.
Nosso entusiasmo aumentava à medida
que os relatos eram detalhados. Segundo de-
poimento de um rapaz conhecido como Ma-
nito, seu cunhado Heleno sabia o local exa-
to da queda do objeto: “Ele sabe onde está
aquele negócio esquisito, pois ficou uns
200 m dele. Só não chegou mais perto por
causa da catinga forte. Heleno disse que
era redondo, do tamanho de uma cami-
nhonete e de cor prateada”. Manito infor-
mou ainda que seu cunhado encontrou o ob-
jeto com a metade de sua fuselagem enterra-
da no solo. Mas, quando procurado pela Am-
pup, Heleno se negou a dar informações.
QUEIMADAS E MENTIRAS — Com o passar
do tempo, as críticas da imprensa desabaram
sobre o senhor Divino Fogoió, que chegou a
ser rotulado de tremendo mentiroso. Pouco
depois, a cidade recebeu algumas visitas, no
mínimo, curiosas. Norte-americanos da
NASA estiveram em Nova Brasilândia, sob
a justificativa de acompanhar o trabalho de
combate às queimadas na região da Chapa-
da dos Guimarães. Realmente, em julho da-
quele ano, o fogo havia consumido grandes
hectares, mas ainda assim, a presença deles
era alvo de diversas especulações, algumas
relacionadas ao episódio do dia 1º de junho.
Vinte dias depois, estiveram na cidade re-
presentantes do Instituto Nacional de Pesqui-
sas Espaciais (INPE), com vários equipamen-
tos e um avião, com o objetivo de averiguar
o acontecido em 1º de junho.
Recentemente, quase cinco anos após a
queda do objeto misterioso, a Revista do Mer-
coeste, em seu número 20, trouxe à tona sur-
preendentes descobertas do que ficou conhe-
cido como o Mistério de Nova Brasilândia. A
publicação revela um intrigante depoimento
de Divino Fogoió. Ele afirma que, em novem-
com roupas semelhantes as de astronautas.
Eles vieram direto de Brasília, equipados com
detectores de metal e, com a ajuda de funcio-
nários da fazenda, abriram um atalho certeiro
em direção ao local da queda. Com relação às
críticas a Divino Fogoió, Maria o defende con-
tando que a fama de mentiroso recaiu sobre
seu marido porque ele foi um dos poucos mo-
radores que manteve a palavra. “Quando a
história estava quente, todo mundo tinha vis-
to, cheirado e tocado. Depois que ninguém
achou nada, ficou só o Divino falando sozi-
nho. Mas me diz uma coisa, que motivos ele
teria para mentir?”. A intrigante casuística
ufológica da região reforça ainda mais os ar-
gumentos de Fogoió.
Dois dias antes da queda (29 de junho),
no intervalo de um jogo entre o Brasil e a
Bolívia, o empresário e secretário munici-
pal de Indústria, Comércio, Turismo e Meio
Ambiente de Barra do Garças, Cláudio Pic-
ci, o comerciante Luiz Cancilieri, o estu-
dante Fabiano Ficagna e o fazendeiro Júlio
Marchesi avistaram um estranho objeto, que
classificaram como um UFO. “Ele tinha o
formato discóide, com uma luz intensa e co-
lorida nas extremidades. Parecia uma árvo-
re de natal. Ficou cerca de 20 minutos para-
do e depois desapareceu”. Como vimos, fe-
nômenos ufológicos são muito comuns para
os moradores do interior do Mato Grosso.
Embora, muitas vezes, a casuística local não
seja devidamente divulgada, é certamente
uma das mais ricas e fascinantes do país. Con-
tinuaremos pesquisando.
ATAÍDE FERREIRA DA SILVA NETO é pa-
rapsicólogo, ufólogo e presidente da
Associação Matogrossense de Pesqui-
sas Ufológicas e Parapsicológicas (Am-
pup). Seu endereço é: Avenida Filinto
Müller 2150, Centro, 78160-000 Vár-
zea Grande (MT).
O verdadeiro Indiana Jones
se perdeu no Roncador
Fabiana Silvestre, Equipe UFO
O explorador inglês Percy Harrison
Fawcett desapareceu no Brasil em
1925, quando realizava uma expedição
no Estado de Mato Grosso, na enigmá-
tica Serra do Roncador. Ele procurava
uma civilização perdida, depois de uma
vida inteira dedicada as mais delirantes
aventuras na Ásia e América do Sul.
Desta vez, seu objetivo era estabelecer
contato com uma civilização intraterres-
tre, supostamente descendente dos
atlantes. De acordo com diversas co-
munidades místicas, o explorador teria
encontrado o portal que liga a Terra a
outras civilizações, de grande poder es-
piritual e mais desenvolvidas que a nos-
sa. Essa e outras empreitadas inspira-
ram escritores como Arthur Conan Doyle
(O Mundo Perdido) e H. Rider Haggard
(As Minas do Rei Salomão).
Desde seu desaparecimento, Fawcett
transformou-se numa das maiores len-
das mundiais. Até mesmo Steven Spiel-
berg inspirou-se nele para criar o perso-
nagem Indiana Jones. Seu inexplicado de-
saparecimento motivou dezenas de ex-
pedições desvairadas que, nas décadas
seguintes, tentaram inutilmente des-
vendar o misté-
rio, seja por espí-
rito de aventura,
seja em busca do
prêmio que até
hoje o jornal londri-
no The Times ofe-
rece a quem pres-
tar informações
Arquivo UFO

bro daquele ano, quando confiáveis sobre o

já não havia jornalistas destino do explora-
rondando o local, um he- dor. Muitos desses
licóptero e um avião mis- aventureiros morreram
teriosos vasculharam na tentativa. Outros,
toda sua propriedade em como o sertanista Or-
busca da tal pedra – como lando Villas-Boas, cuja
ficou conhecida a bola de expedição de 1952 foi
fogo. Dona Maria, espo- patrocinada pelo jorna-
sa de Divino Fogoió, ain- lista Assis Chateau-
da comenta: “Vocês sa- briand, garantem que
bem que, depois que a Fawcett foi morto pelos
poeira abaixou, vieram índios a bordunadas.
aqui uns agentes do go-
verno? Não? Pois muita A SERRA DO RONCA-
Fotos Cortesia UFMT

gente fala que eles vie- DOR guarda mistéri-

ram buscar a pedra. Des- os inatingíveis. Faw-
ceram de avião direto na cett (detalhe) pode
fazenda vizinha da nos- ter sido o primeiro a
sa”. Segundo ela, eram saber disso
quatro homens, vestidos

Abril 2002 23
 Hipóteses

O universo holográfico como

origem dos discos voadores
A materialidade dos extraterrestres pode agora ser revista com base em
novos conceitos que sugerem opções não físicas para sua existência

Joe Lewels, Ph.D.

O
pesquisador norte-americano Mi- ditou que, posicionando o laser em direção elemento da chapa fotográfica ao mesmo tem-
chael Talbot, em seu fascinante ao filme, a imagem tridimensional do objeto po. Desde então, os cientistas começaram a
livro O Universo Holográfico, apareceria misteriosamente, como um fan- encontrar não-localidade em toda parte. Na
sugere que todo o cosmos e tudo tasma, do outro lado. Essa descoberta lhe ren- Física Quântica, primeiramente, descobriu-se
o que percebemos em nosso mun- deu o Prêmio Nobel em 1971. uma propriedade das partículas subatômicas,
do podem ser somente imagens espectrais e O pesquisador constatou ainda que quan- conhecidas como quanta. Estes prótons,
projeções holográficas. Segundo ele, as im- do o filme era seccionado cada pedaço tinha nêutrons e elétrons que compõem o bloco
plicações deste conceito são espantosas, a a capacidade de reproduzir o objeto inteiro. básico do edifício de toda matéria do Univer-
ponto de fornecer a base para a resolução de Embora não entendesse naquele tempo, este so desobedeceram às leis conhecidas da Fí-
muitos dos mistérios da Ciência, inclusive princípio veio a ser conhecido como não- sica, conforme postuladas por Isaac Newton
aqueles considerados paranormais ou místi- localidade. Isto é, a informação necessária e Albert Einstein. O doutor David Bohm, físi-
cos. Tais declarações seriam certamente ri- para produzir a imagem não estava em ne- co mundialmente renomado e um dos prote-
dicularizadas se não fosse o fato de que re- nhum ponto específico do filme, mas em cada gidos de Einstein, foi o primeiro a reconhecer
presentam a conclusão de al- a conexão da imagem holográfi-
guns dos mais respeitados cien- ca. No seu laboratório, em Lon-
tistas de campos tão diversos dres, ele começou a compreen-
como a Física, a Neurofisiolo- der que as propriedades miste-
gia, a Medicina e a Psiquiatria. riosas das partículas subatômi-
De fato, o modelo holográfico cas estavam lhe proporcionan-
está ganhando aceitação em do uma visão inteiramente nova
quase todas as áreas de pesqui- – as propriedades holográficas.
sa e pode, eventualmente, con- Bohm e outros físicos descobri-
duzir a comunidade científica a ram um mundo em que o tempo
abraçar a Ufologia como uma e o espaço deixavam de existir,
verdadeira ciência. onde o comportamento paranor-
Para entender e aceitar tal mal era a regra.
modelo é preciso antes compre-
ender a imagem holográfica e o CONSCIÊNCIA GRUPAL — Eles
que implica esta espantosa des- constataram também que os
coberta. Certo dia, uma imagem quanta parecem se comunicar
totalmente tridimensional “sal- entre si instantaneamente, mais
tou” no ar rarefeito, como um rápido do que a velocidade da
espectro diante dos olhos arre- luz – violando a Lei da Relati-
galados do engenheiro húngaro vidade de Einstein. O que os
Dennis Gabor, que primeiro es- pesquisadores observaram era
peculou sobre o fenômeno. Dis- muito semelhante à Percepção
pondo de um raio laser e dire- Extra Sensorial (PES). Quando
cionando metade dele para um agrupados, os quanta atingem
Philipe Kling David

objeto a ser fotografado, e a ou- uma massa crítica e, como uma

tra metade à uma série de espe- colônia de formigas, começam
lhos e lentes difusas, ele produ- a agir como se tivessem uma
ziu a primeira imagem holográ- consciência grupal. Eles param
fica. No entanto, ela apareceu no UFOS PODEM ser físicos, como objetos de nosso mundo, ou de se comportar como indivíduo
filme apenas como um padrão dimensionais e invisíveis. As teorias modernas apontam que e começam a agir como um todo
de ondas e círculos. Gabor acre- as duas hipóteses podem estar corretas consciente. Todas as partículas

24 Abril 2002
subatômicas do Universo também parecem OUTRA REALIDADE — A lista dos princi- entíficos. Para eles, a Ufologia tem traba-
estar interconectadas, criando um sistema in- pais cientistas que estão utilizando o mode- lhado duramente para tornar-se uma ciên-
divisível, como uma grande consciência uni- lo holográfico para entender os fenômenos cia respeitável e, ao lidar com fenômenos
versal. A interconexão tornou-se até mais ób- inexplicáveis aumenta a cada dia. Mas e os paranormais, corre o risco de perder a pre-
via quando se descobriu que os quanta po- ufólogos, o que podem ganhar com esta in- ciosa respeitabilidade alcançada.
dem mudar de forma. Eles aparecem tanto em trigante teoria? Primeiramente, ela seria Mas isso pode mudar logo, principal-
formato sólido, quando estão sendo obser- muito útil no entendimento das caracterís- mente se os ufólogos passarem a encarar
vados pelos cientistas, quanto de onda. E ticas dos UFOs e dos seres alienígenas, que esses fenômenos como um legítimo cam-
agora, até mesmo os estudiosos estão se também parecem existir em outra realida- po de estudo – da mesma forma que cada
“atracando” com a conclusão de que eles de, no mínimo em outro tempo. Na verda- vez mais pessoas assimilam o conceito ho-
mesmos estão, de alguma forma, interconec- de, eles são mutantes. Prova disso são os lográfico. De fato, essa pode rapidamente
tados com as partículas estudadas. relatos de que os discos voadores aparecem tornar-se a disputa mais calorosa entre os
O doutor Bohm e outros físicos têm sido e desaparecem no céu, mudando de cor e cientistas nos próximos anos – a corrida
levados a crer que, ao nível da realidade dos forma. Ainda são capazes, ao que tudo in- para aliar a Ciência à paranormalidade, um
quanta, a localização cessa de existir. Todos dica, de atravessar grandes distâncias ins- longo e insuperável esforço para ligar o
os pontos de espaço e tempo são os mes- tantaneamente – mui- mundo científico ao
mos. O Universo inteiro, segundo eles, pare- tas pessoas acreditam espiritual. Se assim for,
ce ser de natureza não-localizada – cientistas que podem viajar en- então as descobertas
de outras áreas também chegaram a essa mes- tre sistemas estelares do doutor John E.
ma conclusão. Karl Pribam, um neu- Mack, da Universida-
rofisiologista da Universidade de Stan- de de Harvard, relata-
ford, descobriu que o cérebro huma- das em seu livro Ab-
no era holográfico quando tentou duction, podem não
desvendar em que parte dele os dife- parecer tão ridículas e
rentes tipos de memória estavam lo- abomináveis para mui-
calizados. Ele constatou que não es- tos escrupulosos ufó-
tavam acumuladas em nenhuma par- logos. Afirmando que
te particular do cérebro, mas espalha- civilizações avança-
das nele. Numerosas tentativas têm das, talvez milhares de anos à nos-
sido feitas para descobrir em que lu- sa frente, descobriram a natureza
gar do corpo encontra-se a consciên- holográfica do Universo há muito
cia humana e, embora seja comumen- tempo, seria lógico concluir que
te afirmado que está no cérebro, nin- seus conceitos de tempo e espaço
guém ainda foi capaz de dizer exata- poderiam ser desconhecidos. Po-
mente onde. Agora, um número cres- demos imaginar que sua tecnolo-
cente de médicos, liderados pelo dou- gia possa lhes permitir viajar atra-
tor Raymond Moody, autor do livro vés da realidade quântica, indo a
Fotos UFO Photo Archives

Vida Depois da Vida, está chegando qualquer lugar no tempo e no es-

à conclusão de que a consciência paço, instantaneamente.
humana é também não-localizada. Em
seus estudos de experiências de qua- CONSCIÊNCIA NÃO-LOCALIZADA —
se morte, estes pesquisadores têm Os alienígenas provavelmente já
acumulado milhares de casos bem do- descobriram que a consciência é
cumentados, retratando que a cons- OBJETOS NÃO IDENTIFICADOS podem ter aparência discóide, não-localizada. Então, quando ab-
ciência humana não está fixada no como de costume, ou outros formatos inusitados. Em duzidos relatam que os ETs lhes
corpo. Ela continuaria a existir em ou- ambos os casos, sua materialidade pode variar afirmaram que há mais no ser hu-
tra realidade após a morte. mano que “mera carne e sangue”,
O doutor Brian Weiss, outrora chefe de e galáxias. Os ETs, por sua vez, materiali- como o doutor Mack e outros relatam, tal-
Medicina Psiquiátrica do Hospital Monte zam-se e desmaterializam-se a todo ins- vez eles saibam do que os aliens estão fa-
Sinai de Miami, Flórida, encontrou algo simi- tante, atravessando facilmente objetos só- lando. Como resultado, podem ver corpos
lar no tratamento de seus pacientes. Através lidos. Hoje em dia, também são muito co- físicos como containers meramente tem-
da hipnose, descobriu que eles podem lem- muns eventos paranormais relacionados porários, facilmente descartados e substi-
brar de suas vidas passadas e obter admirá- às ocorrências ufológicas. tuídos. Seu desenvolvimento seria tal que,
veis curas para uma ampla variedade de de- Fenômenos poltergeist, experiências certamente, já teriam se tornado mestres
sordens físicas e mentais. Ele acredita que a fora do corpo e até mesmo regressões são da imagem holográfica, produzindo filmes
consciência humana não é limitada pelo tem- alguns deles. Muitas vezes, os abduzidos totalmente reais, tridimensionais e interati-
po e espaço e trata disso em seu livro Mui- recordam ter sido um ser extraterrestre em vos, que nós, meros humanos, jamais dis-
tas Vidas, Muitos Mestres. Estas descober- outra vida – o que provoca a manifestação tinguiríamos da realidade. Esta tecnologia
tas são totalmente condizentes com o en- ou a intensificação de habilidades psíqui- pode desempenhar um importante papel no
tendimento do físico David Bohm sobre a cas diversas. Esses acontecimentos têm se contato alienígena e tem sido especulada
Física Quântica. De acordo com ele, se cada tornado tão freqüentes que os pesquisado- durante um bom tempo pelos ufólogos. Em
partícula de matéria se interconecta com ou- res já os reconhecem como parte da sinto- seu livro Taken [Levados], a doutora Kar-
tras partículas, o próprio cérebro deve ser matologia das abduções. Entretanto, alguns la Turner reúne diversos casos de imagem
visto como infinitamente interconectado ufólogos tentam afastar-se destes aspectos, holográfica e dá exemplos de incidentes
com o resto do Universo. pois não lhes parecem suficientemente ci- que provavelmente são projeções holográ-

Abril 2002 25
ficas, em vez de contatos reais, físicos.
Não há dúvida de que a tecnologia alta-
mente desenvolvida, baseada na realida-
de quântica, e o princípio da não-locali-
dade poderiam parecer mágica ou fenô-
menos paranormais aos nossos olhos, da
mesma forma que a primeira imagem holo-
gráfica pareceu espectral para seu desco-
bridor. Mas quanto mais aprendermos
sobre o modelo holográfico, melhor en-
tenderemos a tecnologia do futuro e, pos-
sivelmente, a cultura alienígena.
Como, então, os ufólogos devem pro-
ceder na utilização do conceito de não-lo-
calidade, diante das descobertas da Física
Quântica, em sua busca de respostas para o
mistério do Fenômeno UFO? O primeiro
passo está no conhecimento e aceitação do
modelo holográfico do Universo. Isso in-
clui a aceitação das implicações da realida-
de dos fenômenos até o momento tidos
como sobrenaturais ou místicos. O dilema
que os ufólogos enfrentam é que, ao abra-
çar os princípios científicos, que possam
finalmente prover a base da compreensão
dos UFOs, eles também devem abraçar o
que por longo tempo desdenharam: o mis-
ticismo e a paranormalidade. Se forem ca-
pazes disso, poderão, no mínimo, conforta-
rem-se com o pensamento de que estão em
boa companhia, porque toda a Ciência pode,
em breve, enfrentar o mesmo dilema.
ETS DE CARNE E SANGUE — Isso significa
que, quando todos os eventos paranormais
puderem ser compreendidos como basea-
dos em princípios científicos, poderemos fi-
nalmente concluir que os alienígenas são
meramente carne e sangue, como nós, em-
bora mais adiantados? Será colocado um
fim à especulação de alguns de que estes
seres são sobrenaturais, angélicos, demoní-
acos ou divinos? Ou isso meramente nos
dará uma outra maneira de falar e rotular as
coisas que, por alguns padrões, mantêm ca-
racterísticas sobrenaturais? Afinal, o que
você diria de seres que existem numa reali-
dade onde o tempo e o espaço não existem,
que viajam talvez de forma incorpórea, à
vontade, e que aparentemente podem exer-
cer total controle mental sobre os humanos?
Alienígenas, deuses, anjos, demônios, es-
píritos – parece não haver nenhum termo
que adequadamente descreva tais entidades,
talvez porque elas ainda devem permane-
cer um enigma por longo tempo.
JOE LEWIS é Ph. D. em Comunicação e Jorna-
lismo e diretor estadual da Mutual UFO Net-
work (MUFON) para o oeste do Texas e sul do
Novo México. Seu endereço é: 780 Via Mira-
da, El Paso, Texas 79922, Estados Unidos. E-
mail: bubba780@aol.com. Este texto foi tra-
duzido por Almerita Ribeiro do Amaral.
26
Os contatados de amanhã
Cláudio Tsuyoshi Suenaga, consultor
Enquanto se fala em abduções por tri- passariam a encará-la como a “peça rara”,
pulantes de discos voadores, o assunto afi- isolando-a e pensando seriamente em inter-
gura-se relativamente consolidado e a mai- nação. Inicialmente convicta de que viven-
oria dos pesquisadores parece aceitar as ciara algo real, a pessoa agirá naturalmente
narrativas sem maiores críticas ou objeções. dessa forma, mesmo que psicólogos lhe di-
Se, entretanto, a testemunha fala em ter tido gam que experimentara apenas uma aluci-
a oportunidade de entrar em contato amis- nação. Depois de algum tempo, porém, é
toso ou amigável com um tripulante dos bastante provável que o próprio contatado
misteriosos aparelhos, geralmente os ufólo- seja obrigado a assumir que é um ser anor-
gos mais ortodoxos recebem o caso com mal ante a tamanha reação contra tudo o
ceticismo e ressalva. que antes lhe parecera
Quando alguém tem a real e verdadeiro. Sua
coragem de vir a públi- própria autoconfiança
co alegando ter viajado vai desaparecendo gra-
pelo espaço e mesmo dativamente, até a lem-
conhecido outros mun- brança ser recalcada e
dos a convite de seres passar a misturar-se
benevolentes, toda com sonhos.
uma alavanca de ata-
ques e censuras é de- REALIDADE — O que
sencadeada. Como muitos pesquisadores
uma pessoa poderia ter se esquecem, todavia,
visitado cidades utópi- é que as abduções sur-
cas em Marte ou Vênus giram no bojo dos pri-
se os telescópios e as meiros contatados da
sondas espaciais há década de 50 – tais
Boros Atila
muito atestaram a ine- como Adamski, Fry, Be-
xistência de civilizações thurum, Allinghan, en-
tecnológicas, ao menos tre outros – que, com
na atualidade, nesses CONTATOS ALIENÍGENAS têm acon- suas histórias fantásti-
planetas, cujas condi- tecido com humanos há milêni- cas, abriram o caminho
ções de temperatura, os. Os abduzidos de hoje serão para o transcurso de
atmosfera, pressão e os contatados de amanhã novas narrativas, não
gravidade são inteira- menos extraordinárias,
mente desfavoráveis à vida tal qual a conhe- adaptadas às novas realidades insurgentes.
cemos na Terra? De sua parte, um espírita Assim, podemos dizer que os abduzidos de
dificilmente aceitaria que alguém pretendes- hoje serão considerados os contatados de
se atingir planos superiores em tão pouco amanhã. Os ufólogos do futuro, diante de
tempo, e antes da morte, sem passar pelos renovados desafios e paradigmas, possivel-
sofrimentos e experiências inerentes aos pro- mente irão encarar os abduzidos de hoje tal
cessos kármicos e estágios evolucionários como nós enxergamos os contatados do
do plano terreno. E um católico ou protes- passado: com extremo ceticismo. A ansie-
tante certamente não aprovaria e até atri- dade em encontrar a resolução de certos
buiria ao demônio o contato com seres não problemas antigos em acontecimentos re-
coadunados às leis de Deus e aos dogmas centes faz com que alimentemos a falsa pre-
do pecado original e da redenção cristã. sunção de que os valores de nossa época
Todas as questões que há séculos ator- serão válidos amanhã, esquecendo que gran-
mentam a humanidade, de repente, e com de parte das concepções de ontem não en-
tanta facilidade podem ser respondidas por contram mais respaldo nos dias atuais.
uma pessoa que, atribuindo a si qualidades
especiais, posa de escolhida e ousa invadir
o terreno das viagens interplanetárias antes CLÁUDIO TSUYOSHI SUENAGA é mestre em
que nossos foguetes e naves espaciais es- História pela Faculdade de Ciências e Letras
tejam preparados para tanto? Doida é a mí- da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e
nima definição que a testemunha de um consultor da Revista UFO. Seu endereço é:
evento ufológico teria que ouvir continuamen- Rua Antônio Humberto Tortora 2.190,
te, a cada relato. E os próprios familiares 11730-000 Mongaguá (SP).
Abril 2002
 Reflexão

Ufologia: A tribalização como

forma de sobrevivência
Novas formas para compreender os UFOs passam, obrigatoriamente,
por uma reformulação de conceitos e certa dose de ceticismo

Sonielson Juvino Silva

O
final do século XIX assistiu ao apo-
geu da Era Industrial, em que até o
pensamento se viu moldado em ca-
dinhos científicos. O impossível foi
suprimido e deu lugar ao desco-
nhecido, ou seja, o possível ainda não com-
preendido. A imaginação, diante do nebu-
loso século XX, lançou vôo em todas as
direções, não escapando as entranhas e o
exterior do planeta, conforme se viu nas
obras do francês Júlio Verne.
Vivia-se o mundo das leis físicas, das ci-
ências exatas, da História totalmente apre-
endida – e controlada –, do declínio de tudo
que não pudesse ser provado. Entretanto, um
novo mundo necessita de novos símbolos.
E, por dentro da couraça das verdades abso-
lutas, um misto de dúvidas e incertezas in-
sistia em entrar em ebulição, preparando-se
para transformar o mundo frio da certeza em
um espaço do improvável. O fato é que o
avistamento de objetos e luzes estranhas no
céu passou a habitar o imaginário popular,
na maioria das vezes, com conotações de
medo e pavor, o que proporcionou o surgi-
mento de toda uma produção artística de in-
vasores e conquistadores extraterrestres. A
ficção científica transformou-se em uma ver-
dadeira cultura do trágico, explorada princi-
palmente pelo cinema e pela literatura.
O assunto tomou tão sérias proporções
que chegou a ser visto como uma nova cren-
ça – uma religião tecnológica – ou uma es-
pécie de atualização das religiões existentes.
Até o famoso médico e psicanalista suíço
Carl Gustav Jung enquadrou o fenômeno
como um mito moderno, em consonância
Marte e se aproximando da Terra. Como não mica sobre a desobediente Coréia ou aguar-
havia sido anunciado antecipadamente que sedava mais um pouco. E, conforme tranqüili-
tratava de uma obra de ficção [Uma passagemzou o presidente Franklin D. Roosevelt pou-
do romance A Guerra dos Mundos, de H. G. co antes de morrer, “o urso russo estava tran-
Wells], as conseqüências dessa transmissão cado em sua jaula de inverno”. Em suma:
não havia um império malvado a combater.
foram pânico e destruição, envolvendo cente-
Ótima oportunidade para naves alienígenas
nas, ou até milhares, de norte-americanos as-
sustados. É consenso entre os pesquisadoresvisitarem aquele país.
que 1947 foi o marco inicial do movimento Em 24 de junho de 1947, o piloto Ken-
neth Arnold voava em seu pequeno avião
ufológico mundial. Nesse ano, a Ufologia foi
quando se deparou com uma esquadrilha de
reivindicada como ciência, e os próprios ter-
mos UFO, OVNI e disco voador foram popu- nove objetos voadores não identificados. De
lá pra cá, avistamentos desse tipo se torna-
larizados. É importante citar que estes aconte-
ram freqüentes em todo o mundo. O Caso
cimentos tiveram os Estados Unidos como pal-
Roswell foi, no entanto, o mais espalhafato-
co, o que exige uma reflexão sobre outras ques-
tões que envolvem aquele país. so de todos: entre os dias 1º e 02 de julho do
mesmo 1947, um UFO desgovernado foi vis-
TERCEIRO REICH — A nação que sonha- to sobrevoando o estado americano do
ra ser uma superpotência mercantil aca- Novo México, vindo a se espatifar em pleno
bou se convertendo em uma superpotên- deserto, próximo à cidade de Roswell. Os des-
cia militar, o que, de troços foram encontra-
resto, não constituía dos no dia 03 por um fa-
nenhuma novidade na zendeiro e, no dia se-
história da humanida- guinte, a notícia já havia
de. Após o final da Se- se espalhado. A impren-
gunda Guerra Mundi- sa local, que de início re-
al, e a conseqüente gistrou o ocorrido, logo
derrota do Terceiro teria sido calada pelo
Reich, os americanos governo, que se apres-
surgiram como os do- sou em dizer que se tra-
nos do mundo. tava de um balão meteo-
O quatriênio 1945- rológico e, mais recen-
49 foi um período sem temente, ratificou que,
comparação na História. na verdade, era apenas
Senhores absolutos em o protótipo de uma arma
quatro continentes, os ainda secreta.
norte-americanos exigi- A estranha coinci-
Cortesia Celebrity Web

com o atual estado cultural da humanidade. ram a independência dência é que tudo girou
Há um exemplo clássico de como as pessoas das colônias européias e em torno da data em que
levavam a sério a possibilidade do nosso pla- trabalharam pela recu- se comemora a indepen-
neta sofrer um ataque marciano. peração econômica da dência dos Estados Uni-
Em outubro de 1938, o cineasta ameri- própria Europa e do Ja- dos (04 de julho). Este
cano Orson Wells transmitiu uma novela via pão, enquanto o pode- A AGITAÇÃO provocada pelo radia- fato, em todo caso, ge-
rádio, na qual apresentava, passo a passo, a roso Marshall decidia se lista Orson Wells incitou a idéia rou histórias mirabolan-
saga dos homenzinhos verdes deixando lançava já a bomba atô- de que os ETs podem ser nocivos tes, sustentadas por su-

Abril 2002 27
postos filmes e fotografias do aparelho dani-
ficado e até de autópsias realizadas nos ocu-
pantes mortos. Ou seja, o assunto ganhou
visibilidade e cores científicas, deixando de
ser relato de visionários ou delírio coletivo.
Obviamente, a Ciência reagiu, afirman-
do que tudo não passava de frutos de ima-
ginações férteis. Porém, o fenômeno se pro-
liferou, com notícias de novas experiências
em todas as partes do mundo: desde luzes
sobre campos agrícolas na França até a luta
com ETs na Venezuela; desde alienígenas
amigáveis na Escandinávia a UFOs devas-
tadores de aldeias na África. Contra os ar-
gumentos psicológicos, estavam as atentas
e imparciais lentes das câmeras fotográfi-
cas, apesar de muitas delas não serem tão
honestas como se esperava. Finalmente, a
crescente incidência de seqüestros de pes-
soas veio acrescentar mais um ingrediente
ao fenômeno: o medo individual.
BRINQUEDOS BÉLICOS — No campo da po-
lítica, o tempo havia mudado. O urso russo
conseguira se soltar da sua jaula de inverno
e enterrara as garras na Ásia, além, é claro,
de ter detonado sua bomba, dando início ao
que se chamou de Guerra Fria. Com o mun-
do divido em blocos de influência, onde o
mal nem sempre estava só do outro lado,
talvez se pudesse esperar um certo desinte-
resse pelo tema ufológico, visto que a hu-
manidade já havia criado seus novos brin-
quedos bélicos para se divertir. Mas o que
se viu foi um interesse crescente pelo as-
sunto em todo o planeta. Hollywood lan-
çou a sua visão de um ataque alienígena e
livros tornaram-se campeões de venda,
como o famoso Eram os Deuses Astronau-
tas?, de Erich von Däniken. Até fins da
década de 70 e começo da de 80, Holly-
wood ainda nos colocou em contato cara-
a-cara com os enigmáticos
alienígenas, além de como-
ver com o simpático E.T.,
triste por se encontrar tão
distante do lar.
Uma das explica-
ções que sugerimos
para estes novos ca-
minhos é que, ao in-
vés de se ressentir
com a chegada da Guer-
ra Fria, a Ufologia se transfi-
gurou nela, atualizando-se e
modernizando-se. Assim, um
alienígena simpatizante da
causa comunista poderia es-
tar ajudando Moscou. Outro
ET, por sua vez, seria capaz
de colaborar com os america-
nos. Uma terceira linha de
ufólogos desconfiava que os HOLLYWOOD TEM SUA FORMA de mostrar a presença alienígena na Terra, seja através de um
Estados Unidos estavam encontro militarizado com eles, como mostrado em Contatos Imediatos do Terceiro Grau, ou o
“roubando” a tecnologia ex- comovente e simpático E.T., triste por se encontrar tão distante do lar
28
traterrestre, afirmando com convicção existir,
inclusive, um local secreto no deserto de
Nevada, que abrigaria uma espécie de ofici-
na de desmanche de discos voadores.
A Ciência também deu a sua contribui-
ção ao silenciar sobre o assunto ou, como con-
vinha à propaganda militar, declarar que o
segredo se fazia necessário – por se tratar de
novas armas e, portanto, da segurança nacio-
nal. O pior é que já se sabia que importantes
governos investiam em programas sobre o
tema, o que só veio alimentar o mistério. A
negação da comunidade científica e dos go-
vernos seria a prova definitiva da existência
dos ETs? Até mesmo o comércio ao redor dos
UFOs cresceu vertiginosamente e, também, a
imaginação. Grupos de simpatizantes amado-
res se equiparam com os recursos tecnológi-
cos que podiam bancar os seus bolsos e fo-
ram em busca de alguma aventura alieníge-
na. Sonhavam se transformar em protagonis-
tas de uma experiência extraordinária, da qual
poderiam sair, em uma única cartada, com a
admiração do povo e o respeito da Ciência.
Porém, o final do século XX chegou sem
que muitas coisas viessem juntas. Não veio a
guerra atômica; não veio o Apocalipse; não
vieram os cometas e asteróides assassinos. E
a queda do interesse do público pelo fenôme-
no ufológico se deu pelo menos por uma ques-
tão: os discos voadores também não vieram,
ou, então, não se tornaram visíveis para a gran-
de maioria da população, o que, enfim, dá no
mesmo. Entretanto, as pessoas que continua-
ram na Ufologia tiveram que buscar argumen-
tos no futuro ou no passado, a fim de susten-
tarem o desfavorável presente. Com relação
ao futuro, sobraram duas importantes corren-
tes. A primeira prevê uma grande invasão dos
extraterrestres, cujas aparições e seqüestros de
humanos são apenas os estudos e os prepa-
rativos para um assalto maior. Nesta mesma
linha, outros acreditam que a invasão já ocor-
reu e que os alienígenas governam a Terra
através de acordos firmados com as nações
mais influentes do mundo. Para a segunda cor-
rente, os ETs são bons e já visitaram a Terra
em épocas remotas, quando teriam criado a
espécie humana através de experiências ge-
néticas com macacos. Desde então, eles esta-
riam acompanhando a nossa evolução, como
se fôssemos cobaias em uma gaiola. E estes
ETs estariam prontos para intervir, caso deci-
damos fazer alguma besteira como, por exem-
plo, explodir o planeta. Ou seja, para dar mai-
or sustentação à tese, se usou conceitos dar-
winistas, como a Teoria da Evolução.
JUSTIFICATIVAS RACIONAIS — No seu olhar
para o futuro, a Ufologia se aproximou do tom
catastrófico das seitas escatológicas, no pri-
meiro caso, e das mensagens de conforto e
esperança das crenças messiânicas, no segun-
do. Difícil, porém, é convencer alguém a es-
perar pacientemente toda a vida por uma pre-
visão que parece nunca chegar, e na qual se
utiliza, ainda por cima, justificativas racionais.
Tornou-se necessário recorrer a algo mais con-
creto, já ocorrido, e os ufólogos focaram, en-
tão, os seus telescópios para o passado.
Eles descobriram que a História pode ser
escrita de diversas maneiras e se puseram a
recontar a aventura humana, colocando os
homenzinhos verdes, ou cinzentos, como pro-
tagonistas. Onde as enciclopédias destaca-
vam as passagens históricas, lá estava o olho
do ET, fosse na China antiga, no Império Ro-
mano ou na América pré-colombiana. E rela-
tos bíblicos também não escaparam, tendo a
carruagem de fogo, vista por Ezequiel, se trans-
formado em uma nave espacial.
Estas interpretações colocam os aliení-
genas apenas como observadores ou inter-
ventores indiretos da História. Existem, po-
Fotos Cortesia Steven Spielberg
Abril 2002
rém, outras linhas de pensamento que suge-
rem a intromissão direta dos extraterrestres
em nosso planeta. Assim, a eles é dada a cul-
pa pela extinção dos dinossauros; pelo dilú-
vio; pela construção das pirâmides do Egito,
e por outras coisas menos espetaculares,
como a conversão do imperador Constanti-
no ao cristianismo. Até a morte de John Ken-
nedy é vista como obra dos ETs, pois o pre-
sidente americano teria descoberto a conspi-
ração mundial, e discordado dela.
Sem perceber, os ufólogos criaram um fil-
tro para explicar a História, pelo qual passam,
principalmente, os fatos menos esclarecidos
ou mais difíceis de serem comprovados. Caí-
ram, assim, na mesma armadilha que havia
aproximado a Ufologia a uma crença, e afas-
tando-a do que se entende hoje como ciência
moderna. Tendo ou não a mão do ET ajudado
a empurrar as torres gêmeas de Nova York, a
aceitação do fato presume uma demonização
– ou sacralização, dependendo do ângulo que
se olhe – dos alienígenas, atraindo inevitavel-
mente os ufologistas para o campo gravita-
cional do misticismo. Mas os abduzidos não
se tornaram “os escolhidos” pe-
las entidades aladas, nem os per-
seguidos pelos homens de preto,
pois assim a Ufologia abriria mão
do seu sonho mais caro: o de se
tornar um instrumento científico
de análise, dentro do espectro da
lógica e da razão.
Sem se converterem em
profetas da boa nova tecnoló-
gica, pois não era o propósito,
os ufologistas se entrincheira-
ram em uma série de teses, que
vão até aonde a imaginação
consegue chegar, mas que não
interessam ou amedrontam
mais as pessoas comuns. O sis-
tema como um todo se desgas-
tou pela perda de evidências e,
enquanto exprimiu uma vonta-
de geral, serviu à população,
depois caiu em desgraça.
A divisão surgiu, então, como
uma estratégia de sobrevivência, como tri-
bos enfurecidas que lutam para preservar o
território conquistado. Os mais críticos den-
tro do movimento querem se tornar proprie-
tários, inclusive, do que contestam. Já os
menos decadentes lutam para retornar e
conservar a influência que possuíam. Por
isso surgem as diferenciações, como boa e
má Ufologia, ou ufólogos e ufólatras. Mas,
enquanto o assunto desaparece gradati-
vamente dos noticiários de TV e dos temas
de livros e revistas, sobrevive através de
um instrumento não imaginado nem mes-
mo pelos ETs: a internet.
Curiosamente, porém, quando a maioria
da população perde o interesse por esta ques-
tão, a Ciência, acusada durante tantas déca-
Abril 2002
das de estar escondendo informações do pú-
blico, se sente segura o suficiente para infor-
mar que realmente tem procurado vida, não
só inteligente, em outros planetas. Talvez a
queda na audiência do fenômeno tenha dado
confiança aos cientistas de que não seriam
levados para o lado do ridículo ou hilário.
TEMPLOS VIRTUAIS — Se algum dia um dis-
co voador vier nos destruir ou salvar, como
brincou Raul Seixas, talvez tenhamos ainda
uma fração de segundo para refletir: “Não é
que os ufólogos estavam certos!” Mas en-
quanto tal coisa não ocorre, parece perder
força o dilema proposto pelo mesmo Raul: as
ALIENS desempenham papel
importante em nossa civiliza-
ção. Alguns estudiosos defen-
dem quesão um elemento so-
ciologicamente agregador. Ou-
tros, como a autora do livro
Curas Médicas por ETs (deta-
lhe), garantem que ajudam em
nossas enfermidades
pessoas estão cada vez menos envolvidas
com os segredos do Universo e cada vez mais
preocupadas com suas vidas, com a presta-
ção que vai vencer no fim do mês. Resta à
Ufologia um punhado de grupos de discus-
são espalhados pela internet, que mais se
assemelham a templos virtuais. Fora deles,
há pouco espaço para a divulgação do as-
sunto. De verdade científica, a pesquisa ufo-
lógica passou a fenômeno transcendental e,
por fim, corre o risco de figurar apenas como
objeto de estudo sociológico.
SONIELSON JUVINO SILVA é bancário e acadê-
mico de História da Universidade Federal da
Paraíba. Seu e-mail é: sonielson@rix.com.br.
Curas médicas realizadas
por extraterrestres
Equipe UFO
Será que os seres extraterrestres
têm poder para curar as pessoas? No
livro Curas Médicas por ETs (Editora
Educare Brasil), Virginia Aronson de-
fende que sim. Ela relata contatos com
seres alienígenas em que se promo-
veu uma significativa melhora na saú-
de das vítimas. “É imprescindível sa-
ber ler e interpretar
com acuidade o con-
teúdo desta obra”, afir-
ma a autora. Segundo
ela, ao compreender-
mos a atividade de an-
jos, demônios, entida-
des celestiais, extrater-
restres, corpos físicos ou
etéreos, precisamos ter
Educare Brasil
clara a influência deter-
minante dessas entida-
des em nossa vida. “No
momento de transição
pelo qual nossa huma-
nidade passa, é no mínimo
curioso constatarmos que in-
teligências atentas nos obser-
vam, curam e contatam”,
afirma Virginia.
Segundo ela, os protago-
nistas de eventos ufológicos
se identificarão facilmente
com as informações e casos
descritos no livro. “Eles se
verão retratados a todo ins-
tante, e terão a certeza de
que não são os únicos a pas-
Cortesia Top Studio
sar por experiências fantásti-
cas de cunho ufológico”. A
obra ainda instiga os leitores
e pesquisadores a uma efeti-
va tomada de consciência
quanto à realidade do Fenômeno UFO
e à necessidade de estarmos atentos
às suas manifestações, cada vez mais
freqüentes e transformadoras. Curas
Médicas por ETs pode ser adquirido
com a Editora Educare Brasil, pelo te-
lefone (21) 2531-2834 e e-mail edu-
care@amchamrio.com.br. A empresa
tem se destacado no cenário nacional
pelo lançamento de excelentes obras
sobre Ufologia, através de sua conhe-
cida Biblioteca Documento UFO. Este
é o sexto livro da série, que já contou,
em lançamentos anteriores, com au-
tores como Budd Hopkins, John E.
Mack, Bill Hamilton e Philip Corso.
29
 do avistei no céu, claro e limpo,
UFO EM MINAS GERAIS algo que, a princípio, julguei ser
um balão branco, ou uma pipa.
O que me motivou a escre- Este objeto girou em torno do
ver foi a matéria ETs no Interior próprio eixo e se moveu para
de São Paulo: A Rota Caipira cima e para o lado, mudando sua
dos UFOs, publicada em UFO cor para o prateado. O reflexo
78. O desenho que a testemunha era muito intenso. Achando
Maria Eugênia Cardoso segura que poderia estar equivocada,
nas mãos é exatamente igual ao chamei minha mãe, que também
disco voador que apareceu nos ficou estarrecida com o que ob-
céus da minha cidade. Uma das servou no céu. Com uma câme-
testemunhas pôde observá-lo ra fotográfica Nikon, resolvi re-
com uma luneta e fez um dese- gistrar o objeto (infelizmente a
nho do objeto, semelhante a uma foto queimou), que logo em se-
tigela. A primeira vez que o vi guida desapareceu. Cerca de
foi no dia 26 de fevereiro deste oito minutos depois, um avião
ano, por volta das 13:00 h. O céu cruzou rapidamente o céu. Será
estava claro, mas pude nitida- mera coincidência?
mente observar um ponto bran- Kátia Dorothéa Zenaro,
co estacionado no ar. Ele foi vis- São José do Rio Pardo (SP)
to nos céus da cidade durante

Fotos Cortesia Roberto Campos

cerca de um mês – e até mesmo
noticiado pela imprensa local –,
mas depois, inexplicavelmente,
desapareceu.
Luciano Figueiredo Silva,
Governador Valadares (MG)
NAVE SE DESMATERIALIZA
Relato a seguir um interes-
sante evento ocorrido em 25 de
fevereiro último. O fato se deu
em Riachão do Jacuípe, cidade
situada à 183 km de Salvador
(BA). Por volta das 19:30 h, a
senhora Hosana, seus filhos e o
marido, Salvador, residentes na
Fazenda Caldeirão do Urucu,
foram testemunhas de um acon-
tecimento ufológico. Ao lado da
casa, a aproximadamente 800 m,
surgiu um grande objeto luminoso resplan-
UFO TRIANGULAR
Em 05 de outubro de 2001,
avistei um ponto luminoso no
céu. Ele era vermelho e tinha
formato esférico. Continuei
andando, sem dar muita im-
ESTRANHAS FOTOGRAFIAS FEITAS EM VIAGEM portância, quando o objeto co-
meçou a se movimentar de um
Essas fotos foram tiradas durante uma viagem de Curitiba lado para o outro e a intensifi-
(PR) a São Paulo (SP). No trajeto, pedi para minha esposa foto- car seu brilho. Logo depois,
grafar uma montanha que achamos muito bonita. Ao revelar as começou subir e se distanci-
fotos, no entanto, verifiquei que havia um ponto estranho em ar, cruzou o céu vagarosamen-
duas delas – numa era branco e na outra, preto. Seria alguma te e desceu em um matagal
sujeira na lente? Não sabemos, mas o céu estava claro e limpo. próximo à minha casa. Neste
De toda forma, como leitor da Revista UFO, evidentemente, local, pude vê-lo melhor e no-
gostaria que se tratasse de um acontecimento ufológico. tei que tinha formato triangu-
Roberto Campos, lar – e não redondo como pen-
Rio Claro (SP) sava. Em seu bojo havia luzes
que piscavam alternadamen-
te. De repente, elas se apaga-
plesmente sumiu, não sabemos como”, fina- ram e tornaram a acender uma a uma. O
○

decente, de cores claras variadas. “Era do lizou Hosana. Ainda inquieta, a família se objeto, então, voltou a subir e sumiu ra-
○

○
○

tamanho de uma lua cheia, brilhava bas- recolheu. Mais uma vez, a região do semi- pidamente no horizonte. Tenho certeza
○

tante. Não sabíamos como apareceu, ape- árido baiano foi palco de um fenômeno ufo- de que não era um helicóptero ou avião,
○

nas ficou ali, estático”, relatou Hosana. lógico surpreendente. não era nada terrestre.
○

○
○

Após uns 15 minutos, o UFO desceu vagaro- Daniel C. Carneiro, Danilo Rangel,
○

samente, iluminando o solo. “A claridade era Salvador (BA) Caçapava (SP)

○

tanta que enxergávamos tudo abaixo do ob-

○

○
○

jeto, como se fosse dia. Lamentamos a ausên-

○

cia de mais gente para ver aquilo, foi im- SERÁ COINCIDÊNCIA? LUZ AVERMELHADA
○

pressionante!”, lembrou Renato, um dos fi-

○

○
○

lhos do casal de agricultores. A impressão Este fato aconteceu comigo no dia 10 Em janeiro de 2001, eu e mais dois
○

era de que ocorreria um pouso, mas, inespera- de maio de 2001, por volta das 13:10 h. amigos estávamos caminhando, por vol-
○

○
○

damente, o objeto desmaterializou-se. “Sim- Eu estava na varanda da minha casa quan- ta das 21:10 h, quando resolvemos parar
○

30 Abril 2002
e observar o céu. Pude notar uma forte palhou por toda a cidade e foi publicada no

○
luz no alto de um morro próximo a nós e jornal da região. Em meu joelho ficou uma

○
○

○
resolvi piscar minha lanterna em sua di- estranha ferida e, em uma cirurgia, foi retira-

○
reção. Para nossa surpresa, a luz também do dele uma espécie de microchip. As cica-

○
GRUPO DE INVESTIGAÇÕES E PESQUI-

○
começou a piscar, lentamente. Ela brilhou trizes ainda são visíveis. Isso me comove „

○
no céu por cerca de dez minutos, até de- até hoje, mas não consigo encontrar expli- SAS UFOLÓGICAS DO RIO DE JANEIRO (GI-

○
saparecer. Curiosamente, o dono de uma cações para o ocorrido. PUFORJ). Presidente: Aloizio Gomes da Sil-

○
○

○
fazenda da região me contou que, certa Fabiano Crespalde Garcia, va Filho. Endereço: Rua Orozimbo Este-
○

○
vez, chegando da cidade, um estranho Mauá (SP) ves 05/102, Campo Grande, 23040-630
○

○
barulho chamou sua atenção. Ele parou Rio de Janeiro (RJ). Fone: (21) 3384-
○

○
○

○
o carro e a observou: “Uma luz averme- 1475. E-mail: transvega@uol.com.br.
○

○
lhada passou por cima do meu carro fa- POUSO DE NAVE PRÓXIMO A BETIM
○

○
zendo um terrível barulho, que chegou a NÚCLEO DE APOIO E DESENVOLVIMEN-
○

○
„
○

○
estremecer o chão. Depois disso, sumiu Em 1996, eu seguia de carro com mi- TO DE PROJETOS (NADP). Presidente: Pa-
○

○
no sentido da serra”. nha namorada em direção a Contagem e blo Augusto P. Brotto. Endereço: Rua José
○

○
○

○
Grevi Gabriel, Betim (MG), quando avistamos um ob- Neves Cyprestes 1091/304, 29060-300
○

○
Presidente do Grupo Ufológico Comando jeto luminoso nos acompanhando. A Vitória (ES). Fone: (27) 314-0998.
○

○
Ashtar Sheran (GUCAS), princípio, pensei que fosse um avião, mas
○

○
○

○
Belo Horizonte (MG) quando paramos o veículo e observamos „ GRUPO INDEPENDENTE SOBRE ESTU-
○

○
mais atentamente, vimos que se tratava DOS HERMÉTICOS (GISEH). Presidente:
○

○
de um objeto bem maior, com luzes for- Solícrates Duarte. Endereço: Caixa Pos-
○

○
DISCO VOADOR EM TUBARÃO
○

○
tes. Ficamos espantados e entramos no tal 1170, 90001-970 Porto Alegre (RS).
○

○
carro para segui-lo. Quase chegando em Fone: (51) 286-1124.
○

○
○

○
Esse caso aconteceu no dia 19 de de- Betim, a nave começou a voar em círcu-
○

○
zembro de 2000, exatamente às 23:35 h. lo, como se estivesse analisando o local. „ CENTRO DE PESQUISAS UFOLÓGICAS
○

Estava com meu marido assistindo tevê Ela pousou num ponto da mata, mas sua ○ DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (CPU-SJRP).
○

○
○

quando, de repente, senti como se alguma forte luz ainda podia ser avistada. Em Presidente: Fernando César Oliveira. En-
○

coisa estivesse me chamando na janela da seguida subiu e, em questão de segun- dereço: Rua Voluntários de São Paulo
○

sala. Ao olhar para o céu, avistei dois dos, desapareceu. Nessa região, objetos 3335/52, Centro, 15015-200 São José
○

○
○

UFOs sobrevoando o centro da cidade. voadores não identificados são constan- do Rio Preto (SP). Fone: (17) 234-2615.
○

Um estava mais acima e o outro bem abai- temente observados pelos moradores. E-mail: thesharklaw@hotmail.com.
○

○
○

xo, parecendo fugir do primeiro. O disco Carlos Alberto Machado Dias,

○

voador que estava mais alto refletia uma Contagem (MG) „ GRUPO DE PESQUISAS UFOLÓGICAS
○

intensa luz vermelha e o segundo, era se- (GPU). Presidente: Alexandre Calandra.
○

○
○

melhante a um ovo. Ele variava sua lumi- Endereço: Rua 880/10, Casa Branca,
○

nosidade entre o branco e o amarelo. Nes- UMA EXPERIÊNCIA MARCANTE 88220-000 Itapema (SC).
○

sa mesma noite, ouvi vozes confusas sem

○

○
○

saber de onde vinham. Certa noite, ao observar as estrelas „ SOCIEDADE INTERPLANETÁRIA DO RIO
○

Cristiana M. Patrício, na casa da minha madrinha, em Guara- DE JANEIRO (SIRJA). Presidente: Geral-
○

○
○

Tubarão (SC) tinguetá (SP), tive a impressão de que do P. Oliveira. Endereço: Avenida Lobo
○

alguém estava por perto me olhando. De Júnior 1513, Penha, 21020-120 Rio de
○

repente, vi um pequeno ser próximo à Janeiro (RJ). Fone: (21) 3371-7144.

○

IMPLANTE EXTRATERRESTRE
○

cerca. Ele devia ter 1,20 m de altura e

○

sua pele era semelhante a um tronco de „ GRUPO UFOLÓGICO PARAENSE (GUP).

○

○
○

Certa vez, eu e meus primos estáva- bananeira ou casca de árvore. O pesco- Presidente: Flávio Guidão da Silva Júnior.
○

mos voltando de um rodeio, por volta das ço era curto e sua cabeça oval, levemente Endereço: Avenida Senador Lemos 89,
○

20:30 h, quando avistamos um objeto so- afunilada na parte superior. Então, corri Sacramenta, 66083-290 Belém (PA).
○

○
○

brevoando o céu. Ele tinha formato oval, para chamar outras pessoas, mas, quan-
○

era bastante luminoso e se movimentava do voltamos, a criatura já não estava „ CENTRO PARANAENSE DE ESTUDOS
○

○
○

em ziguezague. Logo depois, o rádio do mais no local. Nessa mesma noite, so- UFOLÓGICOS (CEPEUFO). Presidente: Héber
○

carro começou a chiar e o motor simples- nhei que aquele homenzinho me carre- Rodrigues. Endereço: Rua Pará 2958,
○

mente parou. Desci do automóvel e a nave gava para lugares estranhos. Depois, 87501-570 Umuarama (PR).
○

○
○

pousou na minha frente. Um estranho ser tive a sensação de que tentava acordar,
○

se aproximou, tocou minha mão e apontou mas não conseguia. Sentia meu corpo „ GRUPO UFOLÓGICO ALFA DE CENTAURO
○

para o objeto. Eu o acompanhei até o interi- flutuar, como se estivesse atravessan- (GUAC). Presidente: Waldeck de Moura.
○

○
○

or da nave e adormeci. Acordei somente no do o espaço sideral. Rua João Varela 680, 59570-000 Ceará
○

outro dia de manhã, num canavial, à 200 m Cláudia Ratieri dos Santos, Mirim (RN). Fone: (84) 274-2425.
○

○
○

do local da aparição. A notícia logo se es- Caraguatatuba (SP)

○

Abril 2002 31
 Logicamente, nenhum de nós, estudio-

○
TRANSPARÊNCIA NA UFOLOGIA sos do Fenômeno UFO, acreditamos que

○
○

○
depois de tanto tempo, o tão esperado en-

○
Sei do conhecimento de todos vocês contro oficial entre ETs e humanos fosse

○
○

○
sobre a Ufologia Científica, e concordo que ocorrer dessa maneira. Só nos resta espe-

○
até certo ponto são bons conhecedores de rar que nossos irmãos cósmicos cheguem

○
Cortesia Goodyear
tal assunto. Leio UFO regularmente, mas ao nosso planeta e dissipem as dúvidas e o

○
○

○
vejo algo de errado em tudo que publicam, ceticismo de muitos.
○

○
que certamente já passou dos limites. E te- Luiz Moreno Rolim Neto,
○

○
nho absoluta certeza de que, quem lê a re- Planaltina (DF)
○

○
○

○
vista há algum tempo já percebeu isso. A
○

○
tentativa de monopolizar a Ufologia e ma- O INFELIZ CASO TIAZINHA
○

○
nipular os fatos ufológicos já cansou. To-
○

○
DOUTRINAÇÃO DO POVO POR ETS
○

○
dos percebem que, na maioria das reporta- A maioria das pessoas sem informa-
○

○
gens publicadas na Revista UFO, os fatos ção acaba virando presa fácil dos cons-
○

○
○

○
são distorcidos de sua real origem e veraci- piradores que atuam ativamente para de- O mistério sempre atraiu o ser huma-
○

○
dade. A mesmice está tomando conta de turpar a imagem ufológica. Mas, quem no, em todas as épocas. E acho que, apesar
○

○
todos os artigos. Ou eles são uma farsa ou são os conspiradores? A mídia, a igreja, da globalização, o mundo nunca esteve tão
○

○
○

○
são relatos de outras pessoas, e não de re- o governo e muitas outras instituições. misterioso quanto hoje. A tecnologia de
○

○
pórteres da UFO. Afinal, os jornalistas são Elas impõem a cultura opressora de alie- todas as ciências está na mão dos países de
○

○
pagos para fazer um artigo e vivenciá-lo, nação, em que todos (ou quase...) fi- primeiro mundo, que investem considerá-
○

○
○

○
e não simplesmente copiar relatos de pes- cam à mercê de uma elite que dita ver- veis milhões em pesquisas. Não acredito
○

○
soas da sociedade. Gostaria também que dades absolutas. Um exemplo disso é o em ETs, mas sim na existência de vida bi-
○

○
absurdo Caso Tiazinha. A insistência em ológica em outros planetas, que não é ne-
○

○
fizessem algo muito simples: comprovem
○

○
as farsas. Que a Ufologia Brasileira final- afirmar que o objeto visto por Suzana Alves cessariamente superdesenvolvida. O Uni-
○

mente seja transparente! E que a verdade [Era na verdade o dirigível da Goodyear, ○ verso é um grande aglomerado de galáxias
○

○
○

seja julgada por todos, e não apenas por como na foto] se tratava mesmo de um e estrelas, e devido a sua magnitude as dis-
○

pessoas interessadas em esconder fatos e disco voador visava desvirtuar a mente tâncias de um ponto ao outro são tão gran-
○

influenciar pessoas. das pessoas, induzindo-as a desacreditar des que, mesmo se tivéssemos todo o tem-
○

○
○

Fernando Lopes, a Ufologia, debochando dos pesquisado- po do mundo, não poderíamos chegar nun-
○

nandorick@hotmail.com res. Vamos analisar os efeitos causados ca na estrela mais próxima de nós. É im-
○

○
○

sobre o assunto na sociedade e faço um possível viajar pelo espaço e existem pou-
○

apelo para que todos os grupos ufológi- quíssimos planetas, descobertos, que pode-
○

RIDICULARIZAÇÃO DAS TESTEMUNHAS cos estejam atentos ao que pode aconte- riam abrigar vida.
○

○
○

cer. É preciso criar programas de cons- Algumas perguntas sempre martelam em

○

Por que pessoas interessadas em conhe- cientização para mostrar às pessoas que minha mente, sem que encontre respostas
○

cer e pesquisar os assuntos ufológicos são a Ufologia não é “coisa para doido”, como para elas. Por que todos os supostos ETs são
○

○
○

tão ridicularizadas pelas que não crêem na muitos podem pensar. iguais, por exemplo? Certa vez recebi um
○

existência dos discos voadores? Até mes- Francisco Aristides, livro “para iniciar em Ufologia”, em que o
○

○
○

mo quem consegue presenciar ou ter con- Teresina (PI) autor descrevia diferentes raças de seres alie-
○

tato direto com os UFOs estão constante- nígenas que viriam à Terra freqüentemente,
○

mente sujeitos a represálias, o que contri- e todas elas acumulavam incríveis pontos
○

○
○

bui ainda mais para que esses indivíduos provar, de fato, a existência dos UFOs e em comum. Tinham cabeça grande, eram
○

deixem de relatar suas experiências. Muitas dos seres extraterrestres. Se depois de anos cinzas, não apresentavam diferenças aparen-
○

○
○

vezes considerados loucos e mentirosos de pesquisas ainda não sabemos nada so- tes de sexo, não se comunicavam pela boca,
○

pela população em geral, preferem se calar bre os discos voadores, e se a Ufologia eram magros, enfim, tudo sempre nessa li-
○

e, assim, perdemos valiosa contribuição não responde mais às nossas perguntas, nhagem. Por que somente nós somos dife-
○

○
○

para o entendimento da Ufologia. como reagiremos diante dessas situações? rentes? Por que todas essas supostas civili-
○

Obviamente, ninguém é obrigado a Ao acompanhar pela mídia um dos fatos zações são sempre avançadíssimas em rela-
○

○
○

acreditar na existência de discos voado- mais banais da história da humanidade, os ção a nós? Como conseguiram atingir tal
○

res, pilotados por tripulantes extraplane- ataques terroristas aos Estados Unidos, grau tecnológico sem se destruir?
○

tários. No entanto, é imprescindível que, pensei: e se fossem naves alienígenas se Coloco a grande Primeira Guerra
○

○
○

por trás de todo esse ceticismo, haja ao chocando contra as torres do World Trade Mundial como o começo de tudo. De cer-
○

menos um pouco de respeito à idoneida- Center? Será que veríamos os apresenta- to modo, ela trouxe riqueza e fama para
○

de das testemunhas. Atualmente, a Ufolo- dores dos noticiários de TV nos alertan- os Estados Unidos. Imagino que foi aí que
○

○
○

gia passa por momentos difíceis, pois ape- do: “Atenção, isso não é um filme! Dois tudo começou. O mundo ainda estava bo-
○

sar do aumento das ocorrências, relatos, discos voadores acabaram de se chocar quiaberto com as descobertas científicas,
○

○
○

fotos e filmagens ainda não conseguimos contra as duas torres do WTC!” como a Teoria da Relatividade. Para um
○

32 Abril 2002
país relativamente novo e com o perigo nas o homem, esse ser que destrói seus seme-

○
que uma outra guerra poderia significar, lhantes e o próprio planeta? Não, isso seria des-

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parece óbvio investir em ciência. Mas um perdício de tempo. Portanto, peço que as pes-

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investimento diferente, tudo às escondi- soas se conscientizem quanto à veracidade do

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25º Congresso Brasileiro

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das. Por algum motivo o povo e o mun- Fenômeno UFO e liberem as informações que

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de Ufologia Científica

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do não precisariam saber. Novos arma- tiverem sobre as ocorrências ufológicas. En-

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mentos, novas tecnologias, não só na in- trem em contato com os ufólogos, mesmo sem

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dústria bélica, mas nas áreas biológicas. se identificar, e relatem suas experiências.
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1º Congresso Brasileiro de

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O funcionamento do corpo humano ain- Márcio José Cantóia,

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da era um mistério que deveria ser inves-
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Pirassununga (SP) Fenômenos Paranormais

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tigado. Se Leonardo da Vinci em 1642
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Hotel Paraná Suíte – Curitiba (PR)
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projetou algo parecido com um disco vo-

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ador, porque técnicos e engenheiros não O PAPEL DOS MILITARES 30 de maio a 02 de junho

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o fariam no século XX? Acredito na vera-
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Conferencistas nacionais:

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cidade do famoso acidente em Roswell. Como assinante das revistas UFO e Eso-

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Ademar Eugênio de Mello (SP)

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Mas não poderia ser ele um teste que deu tera, estou inconformada com o que vem
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errado? Milhares de profissionais traba- ocorrendo no mundo ufológico, e quero, atra- Ademar José Gevaerd (MS)
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lhando dia e noite vés deste espaço exter- Aldo Novak (SP)

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com todo e qualquer nar minha indignação Claudeir e Paola Covo (SP)

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recurso disponível, neste meio tão polemi- João Alberto Fiorine (PR)

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durante vários anos, zado por todos. Estamos Jorge Bernardi (PR)

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não poderiam desen- com um grande proble- Marco Antonio Petit (RJ)

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volver, aos poucos, ma na Ufologia hoje em Nelson Vilhena Granado (SP)

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dia. Por que esperamos Reginaldo de Athayde (CE)

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uma nova e desconhe-

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cida tecnologia? O tanto que os militares Ricardo Varela (SP)
poder de raciocínio nos revelem alguma ○
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○ Roberto Affonso Beck (DF)
humano não deve nem coisa sobre UFOs? Es- Romio Cury (PR)
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pode ser subestimado. tes provavelmente nun- Wallacy Albino (SP)

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Os registros mais co- ca revelarão e caso o fa-

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Conferencistas internacionais:
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nhecidos de aparições çam será quando não

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de objetos não identi- houver mais como es- Doutor Roger Leir (EUA)
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James Neff

ficados no céu dos Es- conder a verdade. Um dos mais renomados ufólogos
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tados Unidos começa- Pois eu acho que do mundo. Médico especializado em

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ram justamente nessa eles fazem isso por

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cirurgias para remoção de

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época. A partir de 1942, ESTARIAM OS ETS fazendo uma dou- medo. São os zeladores implantes extraterrestres.
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notas públicas do Exér- trinação do povo terrestre para da Pátria, cuidando do

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cito norte-americano fins inescrupulosos? espaço marítimo, terres-

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Cabo Armando Valdês (Chile)

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sobre objetos não iden- tre e aéreo em nosso Militar que protagonizou um dos mais
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tificados no céu tratam da possibilidade de país, contra qualquer tipo de ameaça externa. incríveis e famosos casos de abdução da
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serem de outro planeta. Começava aí a Como vocês acham que eles se sentem em
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Ufologia. Esta será sua primeira

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doutrinação do povo pelos ETs. relação aos UFOs, que simplesmente des- participação num congresso ufológico.
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Fernanda de Santos Nascimento, respeitam qualquer tipo de lei vigente? Eles

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nandinhak2@aol.com se sentem completamente impotentes di- Informações e inscrições:

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ante do fato. Afinal, o que poderão fazer

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Fone/fax: (41) 350-4538/350-4541

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caso haja uma invasão em nosso planeta,

○

E-mail: rafael.cury@avalon.sul.com.br
○

MAL PARA A HUMANIDADE se os extraterrestres são muito mais avan-

○

Endereço: Caixa Postal 1366,

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çados tecnologicamente do que nós? Acho

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○

80011-970 Curitiba (PR)

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Sou ufólogo amador e o que acho mais que esta foi a melhor – ou pior – maneira
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difícil nas pesquisas ufológicas é a falta de in- que encontraram para não causar tanta de-
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Coordenador: Rafael Cury

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formações e testemunhos. Muitas pessoas têm sordem. Não adianta ficar esperando que Taxa única: R$ 48,00
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medo de serem ridicularizadas e outras dizem algum militar na reserva se pronuncie. Va-
○

Assinantes de UFO: R$ 38,00

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que os UFOs são obras do mal para confundir mos fazer a nossa parte e deixar que eles
○

(20% de desconto)
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a humanidade, excluindo por completo a pos- façam a deles, caso se sintam mais seguros
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sibilidade de serem realmente naves de outro assim. Mas um dia tudo virá a tona e eles
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Apoio:
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planeta. Outros ainda os relacionam às apari- verão que não valeu a pena ter escondido a
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Centro Brasileiro de Pesquisas de

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ções divinas. Ora, existem bilhões de estrelas verdade por tanto tempo.
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e planetas no Universo. Será que Deus, essa Rosângela do Prado, Discos Voadores (CBPDV)
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fonte de tudo que existe e acontece, criou ape- São Vicente (SP)
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Abril 2002 33
Lançamentos ufológicos imperdíveis

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ra. Em sua pesquisa, em que foram analisa-

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O PORTAL, CONTATOS ALIENÍGENAS

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das 333 ocorrências ufológicas, ficou prova- UFOs no Brasil, Misteriosos e Milena-

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José Guilherme Raimundo do que em 95% dos casos os alienígenas ti- res, do ufólogo mineiro Antonio Faleiro,

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Editora Madras, 2002 nham formas humanas ou humanóides [Ti- está sendo finalizada e será a décima

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pologia dos Humanóides Extraterrestres, pu- obra da já consagrada Biblioteca UFO.
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Os relatos ufológicos nos mostram uma blicado pela antiga Coleção Biblioteca O livro reúne a casuística ufológica bra-

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realidade inconteste, comprovada por ufólo- UFO]. Dos que não tinham características sileira e demonstra como os fenôme-

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gos de todo o mundo. O Portal, Contatos Alie- humanas, 12 tipos foram classificados. O
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nos alienígenas

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nígenas é uma obra que vai chamar sua aten- Portal pode ser adquirido através da seção foram testemu-

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ção pela diversidade de casos relatados. As- de Suprimentos Ufológicos desta edição. nhados no pas-

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suntos como extraterrestres no Amazonas, o sado por nossos

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Caso Roswell, o Caso Varginha, o Caso Bet- ancestrais – índi-

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RAÇAS EXTRATERRESTRES

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ty e Barney Hill e até mesmo os homens de os e portugueses
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preto são abordados na obra. Seu autor, o ex- Eustáquio Anddréa Patounas – através das

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promotor de Justiça do Estado de Goiás e de- Edições Socex, 2002 lendas e mitos

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legado aposentado José Guilherme Raimun- folclóricos, des-

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do, desde criança é um apaixonado pelo Fe- Morfologia alienígena também é objeto critos por 90%

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nômeno UFO. “Somos constantemente visi- de pesquisa do ufólogo Eustáquio Patounas, da população

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Biblioteca UFO
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tados por seres de outras dimensões, cujas em Raças Extraterrestres. Na obra, podem brasileira, espe-

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intenções desconhecemos. Vamos aguardar ser conhecidas características de 50 civiliza- cialmente nas
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os acontecimentos futuros, na esperança de ções e habitantes do espaço. “Ao iniciarmos

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zonas rurais.
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que eles estejam bem-intencionados”. o terceiro milênio, ainda guerreamos, somos Os aconteci-
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Raimundo trata ainda das manifestações egoístas, não amamos nem enxergamos com ○ mentos ufológicos do município de Passa
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ufológicas descritas na Bíblia, entre elas as a terceira visão. Temos à nossa volta univer- Tempo (MG), onde há mais de 35 anos
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visões de Jacó e Ezequiel. sos paralelos que desconhe- se concentram as pesquisas de Faleiro,
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Além disso, descreve suas cemos”, revela Eustáquio, também são detalhadamente descritos no
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experiências ufológicas, que que também é fundador da livro. O autor foi protagonista de diversos
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vão desde simples avista- Sociedade de Exobiologia casos ufológicos – o primeiro deles no
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mentos a contatos com alie- (Socex). Segundo ele, ainda ano de 1957, em companhia de seu pai.
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nígenas. “Dois estranhos acreditamos que os ETs se O segundo, em 1970, foi noticiado pela
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seres semelhantes a uma utilizam de métodos arcai- antiga TV Itacolomi, de Belo Horizonte
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mulher e uma criança esta- cos de locomoção no espa- (MG). O repórter informou, em plantão
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vam no meu portão. Ambos ço, enquanto somos nós é especial, que um UFO tinha sido obser-
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tinham a mesma fisionomia, que engatinhamos em ma- vado em dezenas de cidades mineiras.
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pareciam gêmeas, com rou- téria de Física Quântica e co- Para o ufólogo, possivelmente era a mes-
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pas iguais, queixos finos, nhecimento cósmico. ma nave avistada por ele.
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Cortesia Madras

olhos negros e puxados”. Mas de onde vêm os Mas esse não foi o fato ufológico mais
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Observações de naves nas ETs? As informações são marcante de sua vida. Em 24 de agosto
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diversas cidades em que obtidas através de relatos de de 1978, Faleiro viu algo brilhando no céu,
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Raimundo residiu também contatados ou através de que estava claro e limpo. “Ele tinha o ta-
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são relatadas na obra. Em canalizações. A aceitação da manho de um prato comum, de cor cinza
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1992, por exemplo, ao abrir veracidade ou incredulida- opaco, com algumas manchas escuras.
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a janela de seu apartamen- de fica por conta do leitor. Voava silenciosamente e a uma velocida-
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to, o pesquisador avistou De acordo com a obra, Alfa de moderada”, relembra o autor. Em seu
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uma enorme nuvem esbran- Centauri, Marte, Vênus, livro, o pesquisador ainda dedica um ca-
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quiçada a poucos metros de Andrômeda e Sirius são al- pítulo inteiro à compilação dos contatos
○
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altitude da Casa de Deten- gumas das moradas de se- de terceiro grau ocorridos no Brasil, noti-
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ção paulistana. res que nos visitam – os dra- ciados em boletins, revistas e jornais.
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Em O Portal os leitores conianos, reptilianos, nórdi- UFOs no Brasil, Misteriosos e Milenares

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encontrarão ainda uma des- cos, grays etc. O livro pode [Código LV-10] é uma obra imperdível
○

crição dos tipos morfológi- ser adquirido através do para todos aqueles que buscam uma ex-
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cos de extraterrestres. Para site http://1design.com.br/ plicação científica para o Fenômeno UFO.
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Cortesia Socex

essa análise, Raimundo se porthais/livros.htm ou dos Peça já o seu através do encarte Supri-
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baseou no trabalho do ufó- Suprimentos Ufológicos mentos Ufológicos, desta edição.

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logo gaúcho Jáder U. Perei- desta edição.

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34 Abril 2002
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