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Desenvolvimento Moral: perspectiva de

Kohlberg1
© Celeste Duque, 2006-04-14
Psicóloga Clínica (2003-2007 docente na UAlg-ESSaF); e. celeste.duque@gmail.com

O desenvolvimento do raciocínio ou reflexão moral


• O raciocínio moral, refere-se ao modo como consideramos certo
ou errado um determinado acto.
• O modo como o raciocínio moral ou juízo de valor moral se
desenvolve, diz respeito à idade em que a criança poderá ser
considerada moralmente responsável.
• O raciocínio moral está ligado ao desenvolvimento cognitivo, pelo
que é designado por

Perspectiva cognitiva do desenvolvimento


• Os trabalhos realizados nesta área foram iniciados de forma pioneira por Piaget e
Kohlberg.

A teoria de Piaget
• Na nossa prática educacional, perguntamo-nos frequentemente como as crianças
lidam com as regras (de jogo ou sociais). E mais: o que podemos esperar de cada idade
do desenvolvimento humano, no que diz respeito às relações da criança com os
aspectos da justiça e da moral.
• Piaget debruçou-se sobre estas questões e, a partir das suas experiências e
observações, propôs que a forma pela qual as crianças lidam com as regras, com a
justiça e a moral, varia no decorrer do processo de desenvolvimento.

Os três estádios de Piaget

Piaget estabeleceu três estádios de consciência infantil das regras:


1. até aos 4 ou 5 anos - as regras não eram compreendidas.
2. dos 4/5 aos 9/10 anos - as regras tinham origem numa autoridade superior (por
exemplo, adultos, Deus, Câmara Municipal) e não podiam ser alteradas.
3. dos 9/10 anos em diante - as regras eram estabelecidas por mútuo acordo dos
jogadores e por essa razão podiam ser mudadas caso todos os jogadores
concordassem.

Piaget concluiu...
Crianças diferentes adquiriram versões diferentes das regras e, ao jogarem juntas, essas
discrepâncias tornar-se-ão evidentes e terão de ser resolvidas. De acordo com Piaget,
este contacto com pontos de vistas divergentes constituía um elemento crucial para o
desenvolvimento da moralidade autónoma de reciprocidade.

Teoria de Kohlberg
• Kohlberg investigou o desenvolvimento do raciocínio moral, com base em dilemas.
• Com base nestas questões e dilemas, Kohlberg postulou 3 níveis de raciocínio moral
cada um deles subdivididos em 2 estádios, perfazendo um total de 6 estádios.
Nível 1: Moralidade Pré-Convencional

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Trata-se de uma Síntese Teórica, elaborada em PowerPoint, no âmbito da disciplina de Psicologia VI (Psicologia do
Desenvolvimento), pelo que não deve ser considerada como um texto ou artigo.
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Neste nível, o indivíduo raciocina em relação a si mesmo e ainda não compreendeu ou
integrou totalmente as regras e expectativas sociais.
1- Estádio do castigo e da obediência:
Evitar infringir regras que acarretem punições, obediência em si mesma, evitar danos
físicos a pessoas e bens.
2- Estádio do objectivo instrumental individual e da troca:
Seguir as regras apenas quando se trata do interesse imediato de alguém; agir por forma
a satisfazer os próprios interesses ou necessidades e deixar os outros fazerem o mesmo.

Nível 2: Moralidade Convencional


Neste nível o indivíduo considera correcto aquilo que está conforme e que respeita as
regras, as expectativas e as convenções da sociedade.
3- Estádio das expectativas interpessoais mútuas, dos relacionamentos e da
conformidade:
Corresponder às expectativas das pessoas mais próximas ou àquilo que as pessoas
geralmente esperam dos indivíduos na nossa posição. “Ser bom” é importante e significa
ter boas intenções, mostrar interesse pelos outros e estabelecer relações recíprocas
como a confiança, a lealdade, o respeito e a gratidão.
4- Estádio da preservação do sistema social e da consciência:
Cumprir os deveres com os quais concordámos. As leis são para ser cumpridas , excepto
em casos extremos, em que entrem em conflito com outros deveres sociais estabelecidos.

Nível 3: Moralidade Pós-Convencional


Um indivíduo situado neste nível compreende e aceita as regras da sociedade na sua
globalidade, mas apenas porque primeiramente aceita determinados princípios morais
gerais que lhes estão subjacentes. No caso de um desses princípios entrar em conflito
com as regras da sociedade, o indivíduo julgará com base nesse princípio e não na
convenção social.
5- Estádio dos direitos originários, do contrato social ou da utilidade:
Ter consciência de que as pessoas defendem diferentes valores e opiniões, de que grande
parte dos valores e das regras são específicos de determinado grupo embora devam ser
normalmente respeitados a fim de se garantir a imparcialidade ou isenção, até porque
fazem parte do contrato social. Determinados valores e direitos não específicos como a
vida e a liberdade, porém, têm de ser forçosamente defendidos em qualquer sociedade,
independentemente da opinião da maioria.
6- Estádio dos princípios éticos universais:
Seguir princípios éticos por nós escolhidos. As leis particulares ou os acordos sociais são
normalmente válidos porque se baseiam nesses princípios.
Quando as leis violam esses princípios, agimos de acordo com o princípio. Os princípios
são premissas universais de justiça: igualdade dos direitos humanos e igualdade do ser
humano enquanto indivíduo.

As primeiras críticas da Teoria de Kohlberg


As críticas apresentadas dão conta das limitações do modelo cognitivo/estruturalista,
não colocando em põem em causa o próprio modelo, numa tentativa de superar as
respectivas falhas ao nível do modelo , como é o caso da falta de “ligação” entre o
raciocínio moral e a própria experiência do sujeito, inscrita numa complexidade
relacional e contextual.

Revisões posteriores da teoria de Kohlberg


Kohlberg reviu a sua teoria para dar resposta a estas criticas, criando então um novo
sistema de classificação designado Avaliação, ou Índice. Este sistema avalia de forma
individual, e com referentes claros, as respostas do item seleccionado dadas por
determinado indivíduo para cada dilema
Conclusão
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Relembramos que o desenvolvimento da moralidade é necessário para que a vida em
grupo, a vida social, seja possível; que a conquista da autonomia moral seja desejável
para que todo o ser humano possa avaliar as regras de seu grupo e decidir se elas estão
de acordo com os princípios de justiça que promovem a dignidade inviolável da
humanidade; a liberdade; a solidariedade e a igualdade.

Resumindo:
A capacidade de implicação numa acção moral é mais complexa do que o mero
conhecimento em abstracto de “valores”. Esta habilidade requer a capacidade para
compreender que uma situação é moralmente relevante, ou seja, que há diferentes
opções para agir e que estas têm diferentes consequências para as outras pessoas
envolvidas na situação. Por isso, a capacidade básica consiste em ter em conta a
perspectiva dos outros e, neste contexto, ideias como autonomia, respeito pelos outros,
responsabilidade, igualdade, tolerância, justiça, democracia, etc., tornam-se relevantes,
o que reflecte uma moral “europeia” específica, supondo que se foi desenvolvendo ao
longo de mais de dois mil anos.
Estas capacidades não são tanto o resultado de uma educação que parte dos professores,
mas de inumeráveis influências do processo de socialização, estimulado, além disso, de
acordo com as teorias sobre o desenvolvimento do indivíduo de Jean Piaget e de
Lawrence Kohlberg, depende fortemente do meio social.
A educação pode ter como função levar o indivíduo a enfrentar situações que
correspondam à etapa real do seu desenvolvimento no sentido de uma “discrepância
óptima”.
Duas teorias do desenvolvimento sócio-cognitivo e moral são consideradas
fundamentais: a de Robert Selman, que descreve o desenvolvimento da capacidade para
se colocar no lugar do outro. E a de Lawrence Kohlberg que explica o desenvolvimento
moral em seis estádios: (1) a orientação para o castigo, (2) necessidades imediatas das
duas partes, (3) uma orientação convencional para as expectativas de papel e (4) para o
sistema social enquanto tal. Finalmente (5) e (6) orientação pós-convencional para os
princípios éticos universais, como, por exemplo, os direitos humanos.

Bibliografia
Kohlberg, L. (1963). The Development of children's orientation toward a moral order: I.
Sequence in development of moral thought. Vita Humana, 6, 11-33.
Kohlberg, L. (1970). Moral stages as a basis for moral education. Em E. Sullivan & J.
Rest (Eds.) Moral Education. University of Toronto, Canadá.
Kohlberg, L. (1971). From is to ought: how to commit the naturalistic fallacy and get
away it in the study of moral development. Em T.S. Mischel (Ed.). Cognitive
Development and Epistemology. New York: Academic Press.
Kohlberg, L. (1981). Essays on Moral Development (Vol. 1). San Francisco, Harper and
Row.
Kohlberg, H. (1984). Essays on moral development. (Vol. 2). The Psychology of Moral
Development. San Francisco: Harper and Row.
Selman, R. L. (1976). Social-cognitive understanding. A guide to educational and clinical
practice. In T. Lickona (Ed.), Moral development and behavior. Theory, research
and social issues. New York: Holt, Rinehart & Winston.

Links:
URL: http://www.vtaide.com/png/Kohlberg.htm

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