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CONTABILIDADE PARA AGENTES DE

SEGUROS E SOCIEDADES DE MEDIAÇÃO


Programa
Introdução

Introdução
Legislação aplicável

Caraterização da atividade de mediação

Tipos de mediadores

Enquadramento Fases da atividade de mediação


Jurídico da Obrigações dos mediadores
Atividade de
Identificação de fluxos
Mediação
Transmissão de carteiras de mediador de seguro

Enquadramento Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro


contabilístico da Tratamento contabilístico dos fluxos financeiros
Atividade de
Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Mediação
Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras

.
2
Introdução | Porquê prestar informação?

Teoria da agência e assimetria de informação Efeito prático

Entidades elaboram
Fornecedores
Clientes informação para prestar a
terceiros
Proprietário
Gestor

Empregados Pedido para consulta de certidão


de contas anuais:
https://www.portaldaempresa.pt/
Público em geral
Comunidade CVE/ies/ElaborarPedido.aspx
E Estado Credores

: Relações de agência

: Agente Disponibilizar no site da entidade:


Relatório de gestão; CLC,
: Parte interessada
quando exista, ….
Art.º 70º do CSC
Jensen e Meckling (1976)

.
o problema da complexidade…
3
Introdução | O ponto a que chegámos

Relatório & Contas

.
4
Introdução | O ponto a que chegámos
para além da complexidade, as regras alteram constantemente…

Conclusões de um estudo efetuado aos profissionais da contabilidade em 130 países, IFAC, 2013

4% 2% 2% Atualização face a novas leis e normas


5%

6%
25% Pressão para reduzir honorários

Atrair e reter clientes


6%
Equilibrio entre trabalho-vida
7%
Atrair e reter colaboradores

Competição
23%
20% Custos crescentes

Fonte: IFAC SMP Quick Poll: Mid-Year 2013

Excesso de normativos
Desproporção de normativos
Alteração constante de normativos

.
5
Introdução | Posição da União Europeia
O que é que a U.E. permite

Diretiva 2013/34/UE, de 26 de Junho de 2013


Transposição até 20 de Julho de 2015

2 dos 3
A<350.000 Permite eliminar o relatório de gestão
Micro VN<700.000 Permite eliminar o anexo
T<10

A<4.000.000 Os EM apenas podem exigir o Relatório de


Pequena VN<8.000.000 Gestão, o Balanço, a Demonstração dos
T<50 Resultados e um anexo muito reduzido

A<20.000.000
Empresas Média VN<40.000.000
T<250

A>20.000.000 Transposta pelo


Grande VN>40.000.000 Decreto-Lei n.º 98/2015, de 2 de
T>250 junho

Cotada

.
6
Introdução | Relações Contabilidade e C.S.C.
A quem se aplicam
Entidades com fim lucrativo SNC-ESNL
opção opção

IAS/IFRS NCRF NCRF PE NCM SNC-ESNL

Acima de 2 Abaixo de 2 Abaixo de 2


dos limites: dos limites: dos limites:

Entidades com Microentidade:


títulos Pequena entidade:
Não ultrapasse 2
admitidos à Não ultrapasse 2 dos 3 limites:
1 – Vendas líquidas e outros rendimentos:
dos 3:
cotação. 8.000.000 EUR; e 1 : 700.000 EUR; e
2 – Total de balanço: 4.000.000 EUR; 2: 350.000 EUR;
3 – Empregados – 50, e 3 : 10, e
Sem certificação legal das contas. Sem certificação
legal das contas.

Dispensadas da DFC e da DACP

Dispensadas do
anexo * e do
Relatório de
Gestão *

.
7
Introdução | Relações Contabilidade e C.S.C.
A quem se aplicam
Entidades com fim lucrativo SNC-ESNL
opção opção

IAS/IFRS NCRF NCRF PE NCM SNC-ESNL

Dispensadas da DFC e da DACP


Dispensadas do
Desde que anexo * e do
Relatório de
Gestão *

 (…) procedam à divulgação das seguintes informações no final do balanço:


 a) Montante total dos compromissos financeiros, garantias ou ativos e passivos
contingentes que não estejam incluídos no balanço e uma indicação da natureza e
forma das garantias reais que tenham sido prestadas e, separadamente,
compromissos existentes em matéria de pensões, bem como compromissos face a
empresas coligadas ou associadas;
 b) Montante dos adiantamentos e dos créditos concedidos aos membros dos órgãos
de administração, de direção ou de supervisão, com indicação das taxas de juro,
das condições principais e dos montantes eventualmente reembolsados,
amortizados ou objeto de renúncia, assim como os compromissos assumidos em
seu nome a título de garantias de qualquer natureza, com indicação do montante

.
global para cada categoria;
8
Introdução | Relembrar o Relatório de Gestão
Relatório de Gestão
Art.º 66º do CSC

Qual o conteúdo?

Uma descrição dos negócios sociais consistente com as demonstrações


financeiras apresentadas.

Evolução da gestão e do Evolução previsível da Existência de sucursais da


desempenho sociedade sociedade

Objectivos e políticas em
Acontecimentos após a data do Proposta de aplicação de
matéria de gestão dos riscos
Balanço resultados
financeiros

Autorizações a negócios entre


Quotas/ acções próprias Descrição dos principais
a sociedade e os seus
adquiridas, alienadas e detidas Riscos e Incertezas
administradores

Outros:
Menção às dívidas fiscais; art.º
Quem assina? 397º do CSC

O relatório de gestão e as contas do exercício devem ser assinados por todos os


membros da administração; a recusa de assinatura por qualquer deles deve ser

.
justificada no documento a que respeita (…).
9
Introdução | Cronograma

31.Dez Data de referência para SA+SQ: [Art.ºs 65º-A do CSC]: Admitindo coincidência entre o período
Encerramento das Contas económico e o período civil

1.Mar SA: Convocatória da AG. SA: [Art.º 376 e 377º do CSC]: A convocação compete ao presidente
SA+SQ: Apresentar as da mesa (no caso da AG anual, a pedido do CA), devendo a
contas ao Conselho Fiscal convocatória ser publicada (http:publicções.mj.pt). Quando sejam
e ao ROC nominativas todas as acções pode substituir-se a publicação: a] por
cartas registadas; ou b] por correio electrónico com recibo de leitura

15.Mar SQ: Convocatória da AG;


SA+SQ: Disponibilização
Datas limite

SQ: [Art.º 248º do CSC]: A convocação compete a qualquer dos


do Relatório e Contas aos
gerentes e deve ser feita por meio de carta registada, expedida com a
sócios (e no site da
antecedência mínima de quinze dias
Internet) [263º e 289º do
C.S.C.]
31.Mar
SA+SQ: Data limite AG (s/
consolidação e s/ mep)
SA+SQ: [Art.ºs 65 n.º5 e 376º do CSC]
31.Mai SA+SQ: Data limite AG (c/
consolidação ou c/ mep)
Entrega da M22
15.Jul Entrega da IES e * As datas apresentadas no cronograma são datas limite e, no que respeita a

.
obrigações fiscais, consideram identidade entre o ano fiscal e o económico.
pagamento do depósito
10
Introdução | Mediação de seguros
setoriais

setoriais

SNC setoriais

As entidades que desenvolvem a atividade de mediação de seguros, não dispõem de um


normativo próprio

NR15/
SNC 2009-R

.
11
Programa
Introdução

Introdução
Legislação aplicável

Caraterização da atividade de mediação

Tipos de mediadores

Enquadramento Fases da atividade de mediação


Jurídico da Obrigações dos mediadores
Atividade de
Identificação de fluxos
Mediação
Transmissão de carteiras de mediador de seguro

Enquadramento Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro


contabilístico da Tratamento contabilístico dos fluxos financeiros
Atividade de
Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Mediação
Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras

.
12
Enquadramento jurídico | Legislação aplicável

Diretiva n.º 2002/92/CE,


do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de dezembro
Objetivo:
 reforço da proteção dos consumidores;
 coordenar disposições nacionais relativas aos requisitos profissionais e ao registo das
pessoas que nos diversos EM exercem a atividade de mediação;
 realização do mercado único nesta matéria.

Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, entretanto sujeito a um conjunto


de ajustamentos pontuais através do Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de
novembro

supervisão

.
13
Enquadramento jurídico | Caraterização da atividade de mediação

definição

“qualquer atividade que consista em apresentar ou


propor um contrato de seguro ou praticar outro ato
preparatório da sua celebração, em celebrar o
contrato de seguro, ou em apoiar a gestão e
execução desse contrato, em especial em caso de
sinistro”

.
14
Enquadramento jurídico | Caraterização da atividade de mediação

Intervenientes no contrato de seguro relevantes para o enquadramento


contabilístico

Empresa Mediador Tomador


de seguros de seguros de seguro

empresa que tenha qualquer pessoa singular entidade que celebra o


recebido da autoridade ou coletiva que inicie ou contrato de seguro com a
competente de um dos exerça, mediante empresa de seguros,
EM da UE uma remuneração, sendo
autorização para o a atividade de mediação responsável pelo
exercício da atividade de seguros pagamento do prémio,
seguradora incluindo o subscritor,
entidade que contrata
uma operação
de capitalização com uma
empresa de seguros,
sendo responsável pelo
pagamento da prestação

.
15
Enquadramento jurídico | Tipos de mediadores
Intervenientes no contrato de seguro relevantes para o enquadramento
contabilístico

Mediador de seguros

Empresa Tomador
de seguros de seguro

Mediador de
seguros ligado
categorizados em três
Agente de tipos, consoante a
seguros proximidade e
dependência face às
Corretor de empresas de seguros
seguros

.
16
Enquadramento jurídico | Tipos de mediadores
Intervenientes no contrato de seguro relevantes para o enquadramento
contabilístico

Mediador de Agente de Corretor de


seguros ligado seguros seguros

 Exerce a sua atividade em  Exerce a atividade de mediação  Exerce a atividade de mediação


nome e por conta de 1 de seguros em nome e por conta de forma independente face às
empresa de seguros ou, com de uma ou várias empresas de empresas de seguros, baseando
autorização desta, de várias seguros, nos termos do contrato a sua atividade numa análise
empresas de seguros, caso os que celebre com essa ou essas imparcial de um número
produtos não sejam empresas de seguros; suficiente de contratos de
concorrentes; seguro disponíveis no mercado;
 Pode receber prémios ou somas
 Não recebe prémios ou somas destinados aos tomadores de  Pode receber prémios ou somas
destinadas aos tomadores de seguros, segurados ou destinados aos tomadores de
seguros, segurados ou beneficiários; seguros, segurados ou
beneficiários; beneficiários;
 Pessoa singular ao coletiva;
 Atua sob inteira  Pessoa singular ao coletiva;
responsabilidade das empresas  Conjunto de condições
de seguros. (organização contabilística  Conjunto de condições
própria) (organização contabilística
própria)

.
17
Enquadramento jurídico | Fases da atividade de mediação
o trabalho do mediador consiste em apresentar ou propor um contrato de
seguro e apoiar a gestão desse contrato, em especial em caso de sinistro

Como medir o grau de acabamento de um


contrato de seguro?

“como é sabido, basicamente, existem no mercado 4 modos e critérios de reconhecimento contabilístico


das remunerações, vulgo comissões de seguros: 1) aquando do preenchimento da proposta de seguro;
2) aquando da emissão da apólice; 3) quando o tomador de seguro paga o prémio (mais
frequentemente utilizado) e 4) aquando da prestação de contas à seguradora” APROSE (2010)

.
18
Enquadramento jurídico | Fases da atividade de mediação
o trabalho do mediador consiste em apresentar ou propor um contrato de
seguro e apoiar a gestão desse contrato, em especial em caso de sinistro

fases da atividade de mediação

Aviso de
pagam. prémio

Comunicação escrita (do


segurador ao tomador
do seguro), informando
o valor do prémio, a data
limite e a forma do
pagamento.

Prestação de
Preenchimento Pagamento do Emissão da
contas à
da proposta prémio apólice
seguradora
Documento através do
qual o tomador do Documento que contém
Valor total, incluindo as condições do contrato
seguro expressa a
taxas e impostos, que o de seguro acordadas
vontade de celebrar o
tomador do seguro deve pelas partes e que
contrato de seguro e dá
pagar ao segurador pelo incluem as condições
a conhecer ao gerais, especiais e
seguro.
segurador o risco que particulares.

.
pretende segurar.

19
Enquadramento jurídico | Fases da atividade de mediação
o trabalho do mediador consiste em apresentar ou propor um contrato de
seguro e apoiar a gestão desse contrato, em especial em caso de sinistro

fases da atividade de mediação


Notas adicionais
 preenchimento da proposta de seguro, na qual o tomador do
Preenchimento
seguro expressa a sua vontade de celebrar um contrato de seguro
da proposta e informa a empresa de seguros do risco que pretende segurar;
 após receção, a empresa de seguros aceita ou recusa o seguro.

Aviso de  sob pena do contrato de seguro não produzir efeito, o tomador do


pagam. prémio seguro deverá, assim que rececionar o aviso de pagamento, pagar
o preço do mesmo, o qual se designa de prémio;
Pagamento do
 “no premium, no risk”: o contrato de seguro apenas produz os seus
prémio efeitos com o pagamento do prémio;

.
20
Enquadramento jurídico | Fases da atividade de mediação
o trabalho do mediador consiste em apresentar ou propor um contrato de
seguro e apoiar a gestão desse contrato, em especial em caso de sinistro

fases da atividade de mediação


Notas adicionais
 a apólice formaliza a aceitação do risco objeto do contrato de
Emissão da
seguro, discriminando uma série de condições, como o objeto
apólice segurado, as coberturas e garantias contratadas, o valor do
prémio, assim como o prazo do contrato, entre outras.

Prestação de  durante todo o processo, o mediador assistirá correta e


contas à eficientemente os contratos de seguro em que intervenha, sendo
que, com a periodicidade definida com a empresa de seguros,
seguradora
prestará contas nos termos legal e contratualmente estabelecidos.

.
21
Enquadramento jurídico | Obrigações dos mediadores
Condições de acesso à atividade:
 Obrigação de possuir organização contabilística própria adequada à
Agente dimensão e natureza da sua atividade, nos termos que venham a ser
definidos em NR da ASF.

Condições de acesso à atividade:


 Obrigação de possuir organização contabilística própria adequada à
dimensão e natureza da sua atividade, nos termos que venham a ser
definidos em NR da ASF.
Corretor
Obrigações:
 enviar anualmente à ASF, até 15 dias após a aprovação das contas, o
relatório e contas anuais, o parecer do órgão de fiscalização e a CLC
e todos os demais elementos definidos em NR da ASF.

.
22
Programa
Introdução

Introdução
Legislação aplicável

Caraterização da atividade de mediação

Tipos de mediadores

Enquadramento Fases da atividade de mediação


Jurídico da Obrigações dos mediadores
Atividade de
Identificação de fluxos operacionais
Mediação
Transmissão de carteiras de mediador de seguro

Enquadramento Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro


contabilístico da Tratamento contabilístico dos fluxos financeiros
Atividade de
Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Mediação
Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras

.
23
Enquadramento jurídico | Identificação de fluxos operacionais
Que fluxos?

Fluxos

Não Geram
geram rédito
rédito

.
24
Enquadramento jurídico | Identificação de fluxos operacionais
Que fluxos?

(1) Prémio (1) Prémio


€ €

Empresa (3) Serviço mediação


Mediador Tomador
de seguros (4) Comissão de seguros de seguro


(2) Estornos, indemnizações (2)

(2)
Segurado


Fluxo económico
(2)
Beneficiário
Fluxo financeiro

 A relação entre o mediador e o tomador é meramente financeira, iniciando-se com


(1) Prémio o recebimento do prémio, o qual é, posteriormente, entregue à seguradora;
 Portanto, nas DF do mediador de seguros esta operação, gera um passivo a favor
da seguradora.

(2) Estornos,  A seguradora poderá entregar montantes (estornos, indemnizações, …), ao


indemnizações tomador, ao segurado ou ao beneficiário, efetuando-o através do mediador.
 No balanço do mediador esta operação, gera um passivo a favor do tomador de
seguro, do segurado ou do beneficiário.

.
25
Enquadramento jurídico | Identificação de fluxos operacionais
Que fluxos?

(1) Prémio (1) Prémio


€ €

Empresa (3) Serviço mediação


Mediador Tomador
de seguros (4) Comissão de seguros de seguro


(2) Estornos, indemnizações (2)

(2)
Segurado


Fluxo económico
(2)
Beneficiário
Fluxo financeiro

 O rendimento gerado pela intervenção do mediador (operação 3), constitui o único


(3) Serviço mediação fluxo económico aqui considerado, merecendo tratamento no âmbito da norma do
(4) Comissão rédito.
 A contrapartida deste fluxo económico subsume-se ao pagamento da comissão
(operação 4)

 “receber atempadamente das empresas de seguros as remunerações


respeitantes aos contratos da sua carteira cujos prémios não esteja autorizado a
Direitos dos cobrar”;
mediadores  “descontar, no momento da prestação de contas com as empresas de seguros, as
remunerações relativas aos prémios cuja cobrança tenha efetuado e esteja

.
autorizado a cobrar”.
26
Enquadramento jurídico | Identificação de fluxos operacionais
Em que conta devem ser movimentados?

os mediadores de seguros devem depositar as quantias referentes a prémios


recebidos para serem entregues às empresas de seguros e os montantes recebidos
para serem transferidos para tomadores de seguros, segurados ou beneficiários, em
conta «clientes», segregada relativamente ao seu património próprio

o mediador de seguros deve manter um registo detalhado e atualizado dos


movimentos efetuados na conta «clientes» relativamente a cada contrato de seguro

para todos os efeitos legais, que as quantias depositadas em conta «clientes» não
constituem património próprio do mediador de seguros, devendo, em caso de
insolvência do mediador, ser afetas, preferencialmente, ao pagamento dos créditos
dos tomadores de seguros, segurados ou beneficiários

.
27
Enquadramento jurídico | Identificação de fluxos operacionais
Em que conta devem ser movimentados?
Regras de utilização da conta «clientes» [NR 17/2006-R]

 Conta obrigatória e de utilização exclusiva para depósitos de


1. Para que quantias entregues pelos tomadores e pelas empresas de seguro
serve? destinadas aos tomadores de seguros, segurados ou beneficiários e
às empresas de seguros.

2. Quem é o  A conta é aberta em nome do mediador de seguros e, embora


juridicamente não integre o património do mediador,
titular da contabilisticamente deverá ser reconhecida no seu balanço, por
conta? contrapartida dos passivos que visa liquidar.

 Por transferência bancária ou cheque nominativo (o mediador deve


manter em arquivo cópia de todos os cheques) para:
a) Contas abertas em nome das empresas de seguros para entrega de
3. Como pode prémios;
ser b) Contas abertas em nome dos tomadores de seguros, segurados ou
movimentada beneficiários, ou outras por estes ou pelas empresas de seguros determinadas
por escrito, para entrega de estornos ou pagamento de indemnizações relativas
a conta pelas a sinistros;
saídas?
 Apenas por transferência bancária:
c) Contas abertas em seu nome para pagamento das suas remunerações ou

.
de outros montantes que lhe sejam devidos.

28
Enquadramento jurídico | Identificação de fluxos operacionais
Em que conta devem ser movimentados?
Regras de utilização da conta «clientes» [NR 17/2006-R]

4. Qual a
periodicidade
 Diariamente e em suporte informático.
dos
registos?

5. Qual o  O registo é sequencial, contendo o registo de cada movimento o


seguinte: a) Data; b) Nome da empresa de seguros; c) Nome do
conteúdo dos
cliente; d) Número de apólice; e) Número do recibo; f) Valor; g)
descritivos Natureza do movimento (a débito ou a crédito); h) Descrição do
no diário? movimento; i) Saldo.

6. Quais os
mecanismos  Reconciliação bancária, no mínimo com periodicidade mensal.
de  As divergências que resultem da conferência referida no número
controlo a anterior são regularizadas no prazo de cinco dias.
adotar?

.
29
Enquadramento jurídico | Transmissão de carteiras de mediador de seguro

Carteira de clientes

conjunto de contratos de seguro em relação


aos quais o mediador de seguros exerce a
atividade de mediação e que lhe criam direitos
e deveres para com seguradores e tomadores
de seguros e, na medida em que é geradora
de benefícios económicos, as comissões,
apresenta valor económico.
Mediador

Tomadores

.
30
Enquadramento jurídico | Transmissão de carteiras de mediador de seguro

Transmitente Transmissário

Mediador de Pagamento
Carteira dedo Mediador de
seguros prémio
clientes seguros

“as carteiras de seguros são total ou parcialmente transmissíveis, por


contrato escrito, devendo o transmissário encontrar-se em condições de
poder exercer a atividade de mediação quanto aos
referidos contratos de seguro.

Através de fusão, adquirida


Aquisição exclusiva da carteira conjuntamente com o restante acervo
patrimonial

.
31
Enquadramento jurídico | Transmissão de carteiras de mediador de seguro
Transmitente Transmissário
Mediador de Pagamento do Mediador de
seguros Carteira de clientes
prémio seguros

Avaliação

Ótica de Rendimento (ou Financeira) - Métodos dos Fluxos de Caixa Actualizados:

Cash is a fact, profit is an opinion.

.
32
Enquadramento jurídico | Transmissão de carteiras de mediador de seguro
Transmitente Transmissário
Mediador de Pagamento do Mediador de
seguros Carteira de clientes
prémio seguros

Avaliação

Ótica de Rendimento (ou Financeira) - Métodos dos Fluxos de Caixa Actualizados:


 O Discounted Cash Flow (DCF) é normalmente visto como sendo mais “objetivo” ou
até mais “científico”.
 O DCF é considerado conceptualmente superior, porque explicita detalhadamente
questões como a relação risco/retorno, os investimentos necessários à geração de
rendimentos futuros, e não recorre aos resultados contabilísticos, muito
manipuláveis.
 No presente, é o método universalmente mais aplicado e mais reconhecido.

Carteira em fase de maturidade Carteira em fase de crescimento

FCFF1 FCFFn FCFFn 1


V0  V0    (1  K ) n

km  g (1  K m ) n K mn  g n
m

.
Em que WACC = km = ke x CP/Activo + kd x P / Activo x (1 – t)
33
Programa
Introdução

Introdução
Legislação aplicável

Caraterização da atividade de mediação

Tipos de mediadores

Enquadramento Fases da atividade de mediação


Jurídico da Obrigações dos mediadores
Atividade de
Identificação de fluxos
Mediação
Transmissão de carteiras de mediador de seguro

Enquadramento Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro


contabilístico da Tratamento contabilístico dos fluxos financeiros
Atividade de
Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Mediação
Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras

.
34
Enquadramento Contabilístico | Normas aplicáveis

NCRF 20
SNC em Rédito
geral

NR15/2009- NCRF 6
R, de 30 Ativos
Setembro Intangíveis

.
35
Enq. Contabilístico | Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro
Objeto e âmbito da norma

estabelecer as regras relativas ao relato financeiro dos mediadores,


designadamente no que tange ao respetivo regime contabilístico aplicável e
requisitos de divulgação adicionais, bem como ao reporte à ASF.

Regime contabilístico
Obrigatoriedade do SNC e consequentemente da NR 15/2009-R

Pessoa individual

Tipo de mediador Pessoa coletiva Volume de negócios médio dos últimos 3


anos
< ou = a €200.000 > €200.000

Mediador de seguros ligado Sim Não Sim


Agente de seguros Sim Não Sim
Corretor de seguros Sim Sim Sim

.
36
Enq. Contabilístico | Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro
Exigências adicionais de relato financeiro
Dispensa de obrigações por dimensão de entidade

Obrigação Microentidade Pequena Entidade


Definição
Não ultrapassem, à Total do balanço: 350.000 euros Total do balanço: 4.000.000 euros
data do balanço
Volume de negócios líquido: 700.000 Volume de negócios líquido:
anterior, 2 dos 3
limites:
euros 8.000.000 euros
Nº médio de empregados: 10 Nº médio de empregados: 50
Normativo Norma Contabilística para Norma Contabilística e de Relato
aplicável Microentidades (NC-ME) Financeiro para Pequenas Entidades
(NCRF-PE)

Opção Podem optar pela NCRF-PE ou pelas Podem optar pelas NCRF
NCRF
Dispensas Demonstração de alterações no capital Demonstração de alterações no
próprio capital próprio
Demonstração dos fluxos de caixa Demonstração dos fluxos de caixa
Anexo

.
37
Enq. Contabilístico | Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro
Exigências adicionais de relato financeiro
“Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”

a) Descrição das políticas contabilísticas adotadas para reconhecimento das


remunerações, incluindo os métodos, quando aplicável, utilizados para
determinar, nos termos da Norma contabilística e de relato financeiro (NCRF) 20
ou da International Accounting Standard (IAS) 18, consoante o regime aplicável,
a fase de acabamento de transações que envolvam a prestação de serviços ao
longo do período de vigência do contrato de seguro, exceto se essa informação
já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente
identificada;
O rédito da entidade é substancialmente obtido através da prestação de serviços de
mediação de seguros, sendo vulgarmente designado por ‘comissões’. De um ponto de vista
contabilístico a entidade configura-se como um agente, na medida em que não está exposta
a riscos significativos e benefícios associados à prestação de serviços e o montante do
rédito (comissão) é predeterminado. O reconhecimento do rédito é efetuado assim que se
verifiquem todas as seguintes condições: a quantia do rédito possa ser fiavelmente
mensurada, seja provável que os benefícios económicos associados com o serviço de
mediação fluam para a entidade, a fase de acabamento do serviço de mediação à data do
balanço possa ser fiavelmente mensurada e os custos incorridos e os custos para concluir o
serviço de mediação possam ser fiavelmente mensurados. Considera-se que estas
condições estão verificadas quando o prémio é pago pelo tomador do seguro, momento em

.
que o rédito é integralmente reconhecido.
38
Enq. Contabilístico | Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro
Exigências adicionais de relato financeiro
“Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”

b) Indicação do total das remunerações recebidas desagregadas por natureza


(numerário/espécie) e por tipo (comissões, honorários e outras remunerações);

Detalhe remunerações por natureza e por tipo, em 20x1 e 20x0:


Remunerações recebidas
20x1 20x0
Comissões Honorários Outros T otal % Comissões Honorários Outros T otal %
Em numerário . . . . .% . . . . .%
Em espécie . . . . .% . . . . .%
Total . . . . 100% . . . . 100%

Remunerações reconhecidas
20x1 20x0
Comissões Honorários Out ros T ot al % Comissões Honorários Out ros T ot al %
Em numerário . . . . .% . . . . .%
Em espécie . . . . .% . . . . .%
Total . . . . 100% . . . . 100%

.
39
Enq. Contabilístico | Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro
Exigências adicionais de relato financeiro
“Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”

c) Indicação do total das remunerações relativas aos contratos de seguro por si


intermediados desagregadas por Ramo “Vida”, Fundos de Pensões e conjunto
dos ramos “Não vida”, e por origem (por empresas de seguros, outros
mediadores e clientes);
d) Indicação da existência de níveis de concentração, ao nível de empresas de
seguros, outros mediadores e clientes, iguais ou superiores a 25% do total das
remunerações auferidas pela carteira;
Detalhe das remunerações por tipo de contrato de seguro intermediado e por origem por
seguradora, em 20x1 e 20x0:
Remunerações reconhecidas
20x1 20x0
Vida Não vida Fundos T otal % Vida Não vida Fundos T otal %
Seguradora A . . . . .% . . . . .%
Seguradora B . . . . .% . . . . .%
Seguradora C . . . . .% . . . . .%
Total . . . . 100% . . . . 100%

Conforme se demonstra as remunerações por prestação de serviços de intermediação são


de .% da seguradora x, ou, conforme se observa não existem remunerações superiores a

.
25% das mesmas de nenhuma das seguradoras.
40
Enq. Contabilístico | Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro
Exigências adicionais de relato financeiro
“Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”

e) Valores das contas “clientes” no início e final do exercício, assim como o


volume movimentado no ano, aplicável para os mediadores de seguros que
movimentem fundos relativos a contratos de seguros;

Os saldos das contas “clientes” no início e final do período, e o respetivo movimento é como
segue:
20x1
Saldo em 31.12.20x0 Entradas Saídas Saldo em 31.12.20x1
Banco X . . . .
Banco Y . . . .
Banco Z . . . .
Total . . . .

.
41
Enq. Contabilístico | Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro
Exigências adicionais de relato financeiro
“Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”

f) Contas a receber e a pagar desagregadas por origem (tomadores de seguro,


empresas de seguros, outros mediadores e clientes);

g) Indicação dos valores agregados incluídos nas contas a receber e a pagar


segregados por: i) fundos recebidos com vista a serem transferidos para as
empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro; ii) fundos em
cobrança com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para
pagamento de prémios de seguro; iii) fundos que lhe foram confiados pelas
empresas de seguros com vista a serem transferidos para tomadores de seguro,
segurados ou beneficiários; iv) remunerações respeitantes a prémios de seguro
já cobrados e por cobrar; e v) outras quantias com indicação da sua natureza;

.
42
Enq. Contabilístico | Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro
Exigências adicionais de relato financeiro
“Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”

f) …

g) …

Detalhe das contas a receber e a pagar, com referência a 31 de dezembro de 20x1 e de


20x0, bem como o destino dessas quantias (a transferir para):
Contas a receber
20x1 20x0
Do qual, após recebido, a Do qual, após recebido, a
T ot al T ot al
transferir para seguradoras transferir para seguradoras
Seguradoras . .
Tomadores . . . .
Outros mediadore . .
Clientes . .

Total . . . . . .

Contas a pagar
20x1 20x0
Do qual, a t ransferir para Do qual, a t ransferir para Do qual, a t ransferir para Do qual, a t ransferir para
T ot al seguradoras (prémios t omadores, segurados ou T ot al seguradoras (prémios t omadores, segurados ou
cobrados) beneficiários cobrados) beneficiários
Seguradoras . . . .
Tomadores . . . .
Outros mediadore . .
Clientes . .
Segurados . . . .

.
Beneficiários . . . .
Total . . . . . .

43
Enq. Contabilístico | Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro
Exigências adicionais de relato financeiro
“Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”

h) Análise da idade das contas a receber vencidas à data de relato mas sem
imparidade e das contas a receber individualmente consideradas com
imparidade, bem como os fatores que o mediador de seguros ou de resseguros
considerou na determinação dessa imparidade;

Os saldos das contas “clientes” no início e final do período, e o respetivo movimento é como
segue:
Contas a receber
20x1 20x0
Imparidade Imparidade
Não vencidas Vencidas Líquido Não vencidas Vencidas Líquido
acumulada acumulada
Contas a receber
Sem imparidade . . . . . .
Com imparidade . . (.) . . . (.) .
Total . . (.) . . . (.) .

.
44
Enq. Contabilístico | Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro
Exigências adicionais de relato financeiro
“Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”

i) Informação acerca de eventuais garantias colaterais detidas a título de caução


e outros aumentos de crédito e, salvo se impraticável, uma estimativa do seu
justo valor;

j) Transmissões de carteiras de seguros em que tenha participado durante o


exercício, com indicação dos valores envolvidos;

k) Contratos cessados com empresas de seguros nos termos do artigo 45.º do


Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007,
de 2 de novembro, e indicação de eventuais indemnizações de clientela;

Caso os contratos de mediação cessem, o mediador de seguros tem direito a uma indemnização de
clientela, desde que tenha angariado novos clientes para a seguradora ou aumentado substancialmente o
volume de negócios com clientela já existente e a seguradora venha a beneficiar, após a cessação do
contrato, da atividade por si desenvolvida

.
45
Enq. Contabilístico | Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro
Exigências adicionais de relato financeiro
“Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”

l) Breve descrição da natureza de obrigações materiais, incluindo passivos


contingentes, e quando praticável uma estimativa do seu efeito financeiro, exceto
se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser
explicitamente identificada.

NCRF 21: Provisões, Passivos contingentes e ativos contingentes:


passivos contingentes (§8)
a) uma obrigação possível que provenha de acontecimentos passados e cuja existência somente será
confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob
controlo da entidade ou
b) uma obrigação presente que decorra de acontecimentos passados mas que não é reconhecida porque: i)
não é provável que um exfluxo de recursos incorporando benefícios económicos seja exigido para liquidar
a obrigação; ou ii) a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

.
46
Enq. Contabilístico | Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro
Publicação dos documentos de prestação de contas

 no sítio da internet do respetivo mediador, se o


mesmo dele dispuser;
 no sítio da internet do grupo a que o medidor
pertença;
 não dispondo de sítio, manter os documentos de
prestação de contas em todos os seus
estabelecimentos, facultando o acesso imediato e
sem custos a qualquer interessado
 6 meses após o termo do período económico;
 permanecer disponíveis durante 3 anos após a
respetiva publicação;
 corretores e mediadores que aufiram remunerações
anuais superiores a 1 milhão de euros, remeter à
ASF;

.
47
Enq. Contabilístico | Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro
Publicação dos documentos de prestação de contas

Quem? Documentos Reporte à ASF Publicação


Sim/Não Data limite internet
1.Corretores Relatório e contas Até 15 dias úteis Sim,
2.Mediadores de anuais Sim após a aprovação informando a
resseguros Certificação legal das contas, no ASF da
das contas limite até 15 de hiperligação
abril
3.Restantes Parecer do órgão de Não Sim, caso
mediadores fiscalização disponham
(remunerações < a de sítio
1.000.000 euros)
4.Restantes Sim,
mediadores informando a
(remunerações > a ASF da
1.000.000 euros) hiperligação

.
48
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico dos fluxos financeiros
Tratamento contabilístico dos fluxos financeiros

(1) Prémio (1) Prémio


€ €

Empresa (3) Serviço mediação


Mediador Tomador
de seguros (4) Comissão de seguros de seguro


(2) Estornos, indemnizações (2)

(2)
Segurado


Fluxo económico
(2)
Beneficiário
Fluxo financeiro

.
49
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico dos fluxos financeiros
Tratamento contabilístico dos fluxos financeiros
Sugestão de contas específicas de balanço para a atividade de mediação

Conta Descritivo Utilização


278 Outros devedores e credores Agregadora

278.1 Contas a pagar mediação Agregadora


278.1.1 A transferir para Agregadora, tendo por objetivo identificar a totalidade
das quantias a transferir para tomadores de seguro,
segurados ou beneficiários.
278.1.1.1 Tomadores de seguro Agregadora, tendo por objetivo identificar a totalidade
das quantias a transferir para tomadores de seguro.
278.1.1.1.XXX Detalhe por tomador
278.1.1.2 Segurados Agregadora, tendo por objetivo identificar a totalidade
das quantias a transferir para segurados.
278.1.1.2.XXX Detalhe por segurado
278.1.1.3 Beneficiários Agregadora, tendo por objetivo identificar a totalidade
das quantias a transferir para beneficiários.
278.1.1.3.XXX Detalhe por beneficiário
278.1.2 Prémios a transferir para Agregadora, tendo por objetivo identificar a totalidade
das quantias a transferir para seguradoras, proveniente
de prémios cobrados.
278.1.2.XXX Detalhe por seguradora

.
50
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico dos fluxos financeiros
Tratamento contabilístico dos fluxos financeiros
Caso Prático

Questão:
Pretendem-se esclarecimentos quanto à adequada contabilização da movimentação de
operações resultantes da atividade de mediação de seguros. No caso em questão, a
entidade é mediadora de seguros com poderes de cobrança e aderente ao sistema de
autofacturação que a empresa de seguros disponibiliza. O relacionamento entre tomadores,
mediador e seguradora, funciona do seguinte modo:
1. O mediador recebe dos tomadores os prémios dos seguros emitidos. No mesmo momento que emite o
recibo para o cliente, o mediador emite a prestação de contas para a empresa de seguros;
2. Essas quantias ou são entregues diretamente na companhia ou, mais frequentemente, são depositadas
numa conta «cliente», que é uma conta bancária prevista na lei e que, para efeitos legais, não faz parte do
património do mediador;
3. Com uma periodicidade previamente definida (neste caso, semanal), a empresa de seguros faz o
apuramento dos valores que tem a receber ou a pagar ao mediador, subtraído das comissões que o
mesmo tem direito e debita ou credita a conta «clientes» do mediador pelo montante apurado;
4. Também semanalmente, processa auto fatura relativo às comissões apuradas no período, a qual, após
aceite pelo mediador, é emitida.

Face à descrição efetuada, colocam-se as seguintes questões:


1. A contabilidade do mediador deve relevar os prémios recebidos de tomadores, em nome da companhia
de seguros, e, em caso afirmativo, quais as contas adequadas a esse registo?
2. Os movimentos e saldos da conta «clientes» devem ser evidenciados na contabilidade? Em caso
afirmativo, qual a conta apropriada uma vez que, juridicamente, não sendo património do mediador, será
adequado considera-la como um ativo?

.
51
Programa
Introdução

Introdução
Legislação aplicável

Caraterização da atividade de mediação

Tipos de mediadores

Enquadramento Fases da atividade de mediação


Jurídico da Obrigações dos mediadores
Atividade de
Identificação de fluxos
Mediação
Transmissão de carteiras de mediador de seguro

Enquadramento Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro


contabilístico da Tratamento contabilístico dos fluxos financeiros
Atividade de
Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Mediação
Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras

.
52
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Definição

Rendimentos Os rendimentos englobam tanto os réditos como os ganhos.


O rédito é o rendimento que surge no decurso das atividades
ordinárias de uma entidade e é referido por uma variedade de
Rédito nomes diferentes incluindo vendas, honorários, juros, dividendos e
royalties.

Exemplo Ilustrativo: (Retirado do IASC Foundation: Training Material for the IFRS® for SMEs (version 2010-2)
Q: Uma cadeia de lojas de bicicletas detém bicicletas para aluguer a curto prazo e para venda. As bicicletas
disponíveis para locação são utilizadas por dois ou três anos e então vendidas pelas lojas como modelos em segunda
mão. Todas as lojas vendem bicicletas novas e em segunda mão. Quais as fontes de rédito?
R:
As lojas têm três fontes de rédito:
i) a venda de bicicletas novas,
ii) a venda de bicicletas em segunda mão, e
iii) o aluguer de bicicletas.
A venda de uma bicicleta em segunda mão não é uma alienação de ativos fixos tangíveis, mesmo que os
benefícios económicos da bicicleta sejam realizados através do uso pelas lojas por um número de anos através
dos seus negócios de aluguer. As lojas de bicicletas estão no negócio de venda de bicicletas novas e em
segunda mão. Assim, a venda de bicicletas em segunda mão é um negócio ordinário das lojas, e, portanto,

.
essas vendas representam réditos.

53
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Definição

Rendimentos Inclui somente os influxos relativos à entidade.


Num relacionamento de agência, os influxos brutos de benefícios
económicos não resultam em aumentos de capital próprio para a
Rédito entidade. As quantias cobradas por conta do principal não são
rédito, apenas a comissão o é.

Uma entidade atua como principal quando tem exposição aos riscos significativos e
benefícios associados à venda de bens ou a prestação de serviços.

Principal: Agente:
Características que, individualmente ou em 1.Não tem exposição aos riscos significativos
combinação, indicam a atuação como principal: e benefícios associados à venda de bens ou a
prestação de serviços;
1.Responsabilidade primária no fornecimento 2.O montante do ganho é predeterminado:
de bens ou serviços ao cliente ou no uma taxa fixa por transação ou uma percentagem
cumprimento da ordem (p.e. sendo responsável do montante faturado ao cliente.
pela aceitação da encomenda);
2.Assumir o risco de inventário antes ou após a
ordem do cliente, no transporte marítimo ou na
devolução;
3.Definir preços;

.
4.Assumir o risco de crédito do cliente.
54
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Objetivo da norma

Momento do reconhecimento:
A questão primordial na contabilização do rédito é a de determinar quando reconhecer o
mesmo: provável que benefícios económicos futuros fluirão para a entidade, e esses
benefícios possam ser fiavelmente mensurados.

2014 2015 Reconhecimento 2016


dos réditos

Provável que tempo


benefícios
económicos futuros
fluirão para a
entidade

.
55
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Aplica-se a

“Bens”: i) produzidos pela entidade com a finalidade


Venda de bens de serem vendidos e ii) comprados para revenda.

Desempenho de uma tarefa contratualmente


Prestação de serviços acordada durante um período de tempo acordado
(período único ou mais do que um período)

Uso por outros de ativos da


entidade que produzam:

Juros Royalties Dividendos

.
56
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Mensuração

Mensuração do rédito:
O rédito deve ser mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber.
A quantia de rédito proveniente de uma transação é geralmente determinada por acordo
entre a entidade e o comprador ou utente do ativo. É mensurado pelo justo valor da
retribuição recebida ou a receber tomando em consideração a quantia de quaisquer
descontos comerciais e de quantidades concedidos pela entidade..

Rédito

Justo valor

.
57
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Reconhecimento do rédito | Análise operação a operação
1 2
operação réditos

 Os critérios de reconhecimento nesta Norma são geralmente aplicados separadamente


a cada transação.
 Em certas circunstâncias, é necessário aplicar os critérios de reconhecimento aos
componentes separadamente identificáveis de uma transação única a fim de refletir a
substância da transação.
P.e. quando o preço da venda de um produto inclua uma quantia identificável de serviços
subsequentes, essa quantia é diferida e reconhecida como rédito durante o período em que o
serviço seja executado.
2 0
operaçõe
réditos
s

 Inversamente, os critérios de reconhecimento são aplicados a duas ou mais transações


conjuntas, quando elas estejam ligadas de tal maneira que o efeito comercial não possa
ser compreendido sem referência às séries de transações como um todo.
P.e., uma entidade pode vender bens e, ao mesmo tempo, celebrar um acordo separado para
recomprar os bens numa data posterior, negando assim o efeito substantivo da transação; em
tal caso, as duas transações são tratadas conjuntamente.

.
58
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Reconhecimento do rédito | Análise operação a operação

Exemplos Ilustrativos: : Retirado do IASC Foundation: Training Material for the IFRS® for SMEs (version 2010-2)
1 2
operação réditos
Q:
1 – Um stand vende carros novos aos seus clientes. Como oferta limitada, sem custo
extra, o stand compromete-se a realizar a manutenção da viatura durante três anos a
contar da data da compra. Normalmente, são cobrados os serviços de manutenção e
é possível para o cliente adquirir o carro e os serviços de manutenção
separadamente.
Numa única transação, a operação tem dois elementos identificados separadamente:
i) a venda um bem — o carro, e ii) o compromisso de prestar serviços de manutenção
durante três anos.

R:
1 – O stand deve alocar o justo valor da retribuição recebida (o montante recebido do
cliente) a cada componente identificado separadamente na transação. Uma vez que os dois
elementos são vendidos separadamente, é possível atribuir proporcionalmente com base no
justo valor dos elementos individuais quando eles são vendidos separadamente.
Além disso, deve aplicar os critérios de reconhecimento dos componentes identificados
separadamente (para a venda do carro - vendas de bens e para a manutenção - prestação

.
de serviços).

59
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Reconhecimento do rédito | Análise operação a operação

Exemplos Ilustrativos: : Retirado do IASC Foundation: Training Material for the IFRS® for SMEs (version 2010-2)
1 4
operação réditos
Q:
2 – Uma empresa de segurança assinou um contrato com um cliente para fornecer um
sistema de alarme contra roubo (incluindo instalação), para a manutenção do sistema por um
período de três anos a contar da data de instalação e para fornecer uma resposta armada ao
cliente no caso do alarme ser disparado. O cliente está contratualmente obrigado a pagar à
empresa de segurança 20.000Eur três anos após o alarme ter sido instalado, sem juros. A
empresa de segurança instala sempre os sistemas de alarme contra roubo que ela vende,
mas nunca instala sistemas de alarme vendidos por outros.

R:
2 – A transação tem vários componentes: i) venda de um bem, inclusive a instalação — o sistema
de alarme contra roubo; ii) serviços de manutenção do sistema; iii) serviços de resposta armada; e
iv) financiamento relacionado com o pagamento. A empresa de segurança deve alocar o justo valor
da retribuição a receber do cliente aos componentes identificados separadamente e aplicar os
critérios de reconhecimento aos componentes identificados separadamente na transação (venda do
bem; a prestação de serviços; e financiamento). Neste caso, a instalação não é tratada como um
componente separado porque o cliente não iria adquirir o sistema sem a instalação e a entidade não

.
oferece serviços de instalação se não vender também o sistema.
60
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Reconhecimento do rédito | Prestação de serviços

Quando o desfecho de uma transação que envolva a prestação de serviços possa ser
fiavelmente estimado, o rédito associado com a transação deve ser reconhecido com
referência à fase de acabamento da transação à data do balanço. O desfecho de uma
transação pode ser fiavelmente estimado quando todas as condições seguintes forem
satisfeitas:

A quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada p.ex: preço definido.

Seja provável que os benefícios económicos associados com


a transação fluam para a entidade Cobrança
A fase de acabamento da transação à data do balanço possa
ser fiavelmente mensurada

Os custos incorridos com a transacção e os custos para


n concluir a transação possam ser fiavelmente mensurados. n+1 Balanceamento

Reconhecimento dos réditos tempo

.
61
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Reconhecimento do rédito | Prestação de serviços

A quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada

Uma entidade é geralmente capaz de fazer estimativas fiáveis


após ter concordado com os outros parceiros da transação o
seguinte:
a) as obrigações / direitos que cada uma das partes está obrigada a
cumprir quanto ao serviço a ser prestado e recebido pelas partes;

b) a retribuição a ser trocada; e

c) o modo e os termos da liquidação.

.
62
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Reconhecimento do rédito | Prestação de serviços

Seja provável que os benefícios económicos associados com a


transação fluam para a entidade

O rédito só é reconhecido quando for provável que os benefícios


económicos associados com a transação fluam para a entidade.
Porém, quando surgir uma incerteza acerca da cobrabilidade de uma
quantia já incluída no rédito, a quantia incobrável ou a quantia cuja
recuperação tenha cessado de ser provável é reconhecida como gasto e
não como um ajustamento da quantia do rédito originalmente
reconhecido.

.
63
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Reconhecimento do rédito | Prestação de serviços

A fase de acabamento da transação à data do balanço possa ser


fiavelmente mensurada

A fase de acabamento de uma transação pode ser determinada por uma variedade de
métodos. Uma entidade usa o método que mensure fiavelmente os serviços executados.
Dependendo da natureza da transação, os métodos podem incluir:
a) vistorias do trabalho executado;
b) serviços executados até à data, expressos como uma percentagem do total dos serviços a serem
executados; ou
c) a proporção que os custos incorridos até à data tenham com os custos totais estimados da transação.
Somente os custos que reflitam serviços executados até à data são incluídos nos custos incorridos até à data.
Somente os custos que reflitam serviços executados ou a serem executados são incluídos nos custos totais
estimados da transação.

Os pagamentos progressivos e os adiantamentos recebidos de clientes não refletem muitas vezes os


serviços executados.

.
64
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Reconhecimento do rédito | Prestação de serviços

A fase de acabamento da transação à data do balanço possa ser


fiavelmente mensurada

Linha reta:
Quando os serviços sejam desempenhados por um número indeterminado de atos durante um
período específico de tempo, o rédito é reconhecido numa base de linha reta durante o período
específico a menos que haja evidência de que um outro método represente melhor a fase de
acabamento.

Adiamento do reconhecimento do rédito até realização de um ato especifico:


Quando um ato específico seja muito mais significativo do que quaisquer outros atos, o
reconhecimento do rédito é adiado até que o ato significativo seja executado.

Lucro nulo:
Quando o desfecho da transação que envolva a prestação de serviços não possa ser estimado
com fiabilidade, o rédito somente deve ser reconhecido na medida em que sejam
recuperáveis os gastos reconhecidos.

.
65
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Fases da atividade de mediação e momento de reconhecimento do rédito

Prestação de
Preenchimento Pagamento do Emissão da
contas à
da proposta prémio apólice
seguradora

Estimativas fiáveis

Influxo de benefícios
económicos

Conclusão substancial do
serviço

Incorridos os custos
substanciais com o
serviço

Reconhecimento do
rédito

.
66
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Sugestão de contas específicas de réditos para a atividade de mediação
Conta Descritivo Utilização
721 Comissões Agregadora, tendo por objetivo identificar a totalidade das
comissões reconhecidas como rédito, independentemente da
seguradora e do ramo.
721.1 Seguradora A Agregadora, tendo por objetivo identificar a totalidade das
comissões por seguradora.
721.1.1 Vida
721.1.2 Não Vida
721.1.3 Fundos
721.2 Seguradora B Agregadora, tendo por objetivo identificar a totalidade das
comissões por seguradora.
721.2.1 Vida
721.2.2 Não Vida
721.2.3 Fundos
… …
722 Honorários Agregadora, tendo por objetivo identificar a totalidade dos
honorários reconhecidos como rédito, independentemente da
seguradora e do ramo.
722.1 Seguradora A Agregadora, tendo por objetivo identificar a totalidade dos
honorários por seguradora.
722.1.1 Vida
722.1.2 Não Vida
722.1.3 Fundos

.
… … …
67
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Caso Prático

Questão:
Pretendem-se esclarecimentos quanto à adequada contabilização da movimentação de
operações resultantes da atividade de mediação de seguros. No caso em questão, a
entidade é mediadora de seguros com poderes de cobrança e aderente ao sistema de
autofacturação que a empresa de seguros disponibiliza. O relacionamento entre tomadores,
mediador e seguradora, funciona do seguinte modo:
1. O mediador recebe dos tomadores os prémios dos seguros emitidos. No mesmo momento que emite o
recibo para o cliente, o mediador emite a prestação de contas para a empresa de seguros;
2. Essas quantias ou são entregues diretamente na companhia ou, mais frequentemente, são depositadas
numa conta «cliente», que é uma conta bancária prevista na lei e que, para efeitos legais, não faz parte do
património do mediador;
3. Com uma periodicidade previamente definida (neste caso, semanal), a empresa de seguros faz o
apuramento dos valores que tem a receber ou a pagar ao mediador, subtraído das comissões que o
mesmo tem direito e debita ou credita a conta «clientes» do mediador pelo montante apurado;
4. Também semanalmente, processa auto fatura relativo às comissões apuradas no período, a qual, após
aceite pelo mediador, é emitida.

Face à descrição efetuada, colocam-se as seguintes questões:


3. Qual o momento em que devem reconhecer como rédito as comissões: logo que são emitidas as auto
faturas ou apenas quando se fizer a transferência das comissões para uma conta bancária do mediador? É
que, enquanto o valor das comissões estiverem na conta «clientes» não podem ser consideradas
disponibilidades do mediador.

.
68
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Alguns aspetos gerais sobre o rédito
Síntese
Definição
Rendimentos
Aspetos relevantes da Substância sobre a forma:
Rédito definição: 1.Cada operação (ou
Prestação 1.Atividades ordinárias; conjunto) deve ser
Vendas
Serviços 2.Atividades em que atua analisada quanto à
como principal; substância;
Juros Royalties Dividendos

Mensuração
Justo valor:
Troca:
1.Considerando descontos comerciais e de
1.Natureza e valor semelhante: Não é rédito;
quantidade;
2.Natureza e valor dissemelhante: Rédito é
2.O efeito temporal do dinheiro;
mensurado pelo JV dos bens/Serviços recebidos;

Reconhecimento

Venda de bens: Prestação de serviços:


1.Juros: Método do juro efetivo
1.Transf riscos e vantagens; 1.Mensuração fiável do rédito;
(TIR do investimento);
2.Não controlo do bem; 2.Probabilidade de BEF;
2.Royalties: Regime do
3.Mensuração fiável do rédito; 3.Mensuração fiável da fase de
acréscimo;
4.Probabilidade de BEF; acabamento;
3.Dividendos: Quando
5.Mensuração fiável dos custos 4.Mensuração fiável dos custos
estabelecido o direito a receber;

.
incorridos (matching); incorridos (matching);
69
Programa
Introdução

Introdução
Legislação aplicável

Caraterização da atividade de mediação

Tipos de mediadores

Enquadramento Fases da atividade de mediação


Jurídico da Obrigações dos mediadores
Atividade de
Identificação de fluxos
Mediação
Transmissão de carteiras de mediador de seguro

Enquadramento Norma Regulamentar 15/2009-R, de 30 de dezembro


contabilístico da Tratamento contabilístico dos fluxos financeiros
Atividade de
Tratamento contabilístico da prestação do serviço de mediação
Mediação
Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras

.
70
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Definição

Um ativo intangível é um  • Identificável
ativo não monetário  • Sem substância física.

Um ativo é um recurso:
a) controlado por uma entidade como resultado de acontecimentos passados; e
b) do qual se espera que fluam benefícios económicos futuros para a entidade.

Ativos monetários:
são dinheiros detidos e ativos a ser recebidos em quantias fixadas ou determináveis de
dinheiro.

.
71
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Definição | Identificabilidade

 A definição de um ativo intangível exige que um ativo intangível seja identificável para o
distinguir do goodwill.

 O goodwill adquirido numa concentração de atividades empresariais representa um


pagamento feito pela adquirente em antecipação de benefícios económicos futuros de
ativos que não sejam capazes de ser individualmente identificados e separadamente
reconhecidos.

 Um ativo satisfaz o critério da identificabilidade na definição de um ativo


intangível quando:
a) for separável, i.e. capaz de ser separado ou dividido da entidade e vendido,
transferido, licenciado, alugado ou trocado, seja individualmente ou em conjunto com
um contrato, ativo ou passivo relacionado;
ou
b) resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais, quer esses direitos
sejam transferíveis quer sejam separáveis da entidade ou de outros direitos e
obrigações.

.
72
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Definição | Controlo

 Controlo: o poder de obter benefícios económicos futuros; poder de restringir o acesso


de outros a esses benefícios.

 Essa capacidade enraíza-se nos direitos legais que sejam impuníveis num tribunal (por
exemplo, o conhecimento estiver protegido por direitos legais tais como copyrights).
Porém, o cumprimento legal de um direito não é uma condição necessária para o
controlo.

 Geralmente não existe controlo suficiente sobre os benefícios económicos futuros


provenientes de uma equipa de pessoal habilitado e da formação para que estes itens
satisfaçam a definição de um ativo intangível.

 Não existe controlo suficiente sobre os benefícios económicos esperados derivados do


relacionamento e fidelização dos clientes para que tais itens satisfaçam a definição de
ativos intangíveis

.
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Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Definição | Reconhecimento

Cumpre a
definição
de um  Critérios de reconhecimento:
activo  a) for provável que os benefícios
intangível
económicos futuros esperados que
Reconhecimento sejam atribuíveis ao ativo fluam
de um item para a entidade;
como activo
intangível  b)o custo do ativo possa ser
fiavelmente mensurado.
Cumpre os
critérios de
reconhecim
ento

.
74
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Definição | Reconhecimento

 Aquisições separadas:
 o critério de reconhecimento da probabilidade de b.e.f. é
sempre considerado como estando satisfeito para ativos
intangíveis adquiridos separadamente.
Aquisições  o custo de um ativo intangível adquirido separadamente
separadas
pode normalmente ser mensurado com fiabilidade.

 Gerados internamente:
 O goodwill gerado internamente não deve ser
reconhecido como um ativo.
 Em alguns casos, é incorrido dispêndio para gerar b.e.f.,
mas isso não resulta na criação de um ativo intangível
que satisfaça os critérios de reconhecimento.
 Tal dispêndio é muitas vezes descrito como contribuindo
Gerados para o goodwill gerado internamente. O goodwill gerado
internamente
internamente não é reconhecido como ativo porque não é
um recurso identificável (i.e. não é separável nem resulta
de direitos contratuais ou de outros direitos legais)
controlado pela entidade que possa ser fiavelmente
mensurado pelo custo.

.
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Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Definição | Reconhecimento

Exemplo ilustrativo: (retirado do IASC Foundation: Training Material for the IFRS® for SMEs (version 2010-2)
Q:
Uma entidade adquiriu uma lista de clientes valiosos (um banco de dados que inclui
informações sobre clientes, tais como seus nomes, informações de contacto, ordem
histórias e informações demográficas) numa combinação de negócios.
A lista de clientes não decorrem de direitos contratuais ou outros direitos legais. As
Listas de clientes são muitas vezes arrendadas ou trocadas.
R:
Essas listas de cliente adquiridas numa combinação de negócios normalmente satisfazem o critério
da identificabilidade.
Consequentemente, a lista de clientes, adquirida em actividades empresariais será reconhecida
separadamente do goodwill.

.
76
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Definição | Reconhecimento

Exemplo A:

A entidade A vai proceder à incorporação, por fusão, da entidade B. Para o efeito, A, vai
proceder a um aumento de capital de 100.000 u.m., cujos respetivos títulos representativos
são entregues aos atuais proprietários de B. Do acervo patrimonial de B, identifica-se
apenas um imóvel, utilizado na atividade operacional, cujo justo valor é de 50.000 u.m. e a
carteira de clientes para a qual as partes não conseguem atribuir com fiabilidade um justo
valor.
Relembrando que o goodwill é igual à diferença entre o custo da concentração, neste caso o
aumento do capital social, e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis, então o
reconhecimento contabilístico será como segue:
432 – Edifícios e outras construções, 50.000 u.m.
441 – Ativos intangíveis, goodwill, 50.000 u.m.
a 51 – Capital, 100.000 u.m.

.
77
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Definição | Reconhecimento

Exemplo B:

O mesmo exemplo, mas desta vez, é possível atribuir à carteira de clientes, com fiabilidade,
uma quantia representativa do seu justo valor (40.000 u.m.). Relembrando que o goodwill é
igual à diferença entre o custo da concentração, neste caso o aumento do capital social, e o
justo valor dos ativos e passivos identificáveis, então o reconhecimento contabilístico será
como segue:
432 – Edifícios e outras construções, 50.000 u.m.
441 – Ativos intangíveis, goodwill, 10.000 u.m.
445 – Carteira de clientes, 40.000 u.m.
a 51 – Capital, 100.000 u.m.

.
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Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Definição | Reconhecimento | Mensuração inicial

• O custo de um item do activo fixo tangível compreende:


• a) o seu preço de compra, incluindo os direitos de importação e os impostos de
compra não reembolsáveis, após dedução dos descontos comerciais e
abatimentos;
Inicialmente  • b) quaisquer custos directamente atribuíveis para colocar o activo na localização
ao custo e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
pretendida pela gerência.

 Exemplos de custos que não são custos de um item do ativo intangível são:
 custos de introdução de um novo produto ou serviço (incluindo custos de publicidade ou
atividades promocionais);
 custos de condução do negócio numa nova localização ou com uma nova classe de
clientes (incluindo custos de formação de pessoal);
 custos de administração e outros custos gerais.
 os custos incorridos enquanto um ativo capaz de funcionar da forma pretendida pela
gerência ainda esteja para ser colocado em uso;
 perdas operacionais iniciais, tais como as incorridas enquanto cresce a procura da
produção do ativo.

.
79
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Definição | Reconhecimento | Mensuração subsequente

1 – MODELO DO 2 – MODELO DA
CUSTO REVALORIZAÇÃO

Custo
Perdas por 
Depreciações 
imparidade 
acumuladas
acumuladas

Revalorização

.
80
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Definição | Reconhecimento | Mensuração subsequente | Amortizações

 Vida útil é:
 a) o período durante o qual uma entidade espera que um
ativo esteja disponível para uso; ou
Finita  b) o número de unidades de produção ou semelhantes que
uma entidade espera obter do ativo.

Um ativo intangível com uma vida útil indefinida


é amortizado no máximo em 10 anos.
Indefinida

.
81
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Definição | Reconhecimento | Mensuração subsequente | Amortizações
Entidade Descritivo
Carteira de seguros adquirida, registada ao custo de aquisição, deduzido das
amortizações e eventuais perdas por imparidade
1 Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações
e eventuais perdas por imparidade. Estas despesas apenas são reconhecidas como ativo,
quando seja provável que delas advenham benefícios económicos futuros para a Empresa.
Os ativos intangíveis da empresa são constituídos por programas de computador e por carteiras
de seguro que a empresa detém por aquisição ou por incorporação no processo de fusão.
Esses ativos encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e
eventuais perdas por imparidade.
As amortizações de ativos intangíveis são reconhecidas numa base linear durante a vida útil
estimada dos ativos intangíveis. As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes
períodos de vida útil estimada:
Programas de computador: 8 anos
Carteiras: 14 anos

2 Os ativos intangíveis adquiridos separadamente são registados ao custo deduzido de


amortizações e eventuais perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são reconhecidas
numa base sistemática/linear durante a vida útil estimada dos ativos intangíveis.
As vidas úteis e método de amortização dos vários ativos intangíveis são revistos anualmente. O
efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido prospectivamente na demonstração

.
dos resultados.

82
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Definição | Reconhecimento | Mensuração subsequente | Amortizações
Entidade Descritivo
Carteira de seguros adquirida, registada ao custo de aquisição
deduzido de eventuais perdas por imparidade
3 Os ativos intangíveis encontram-se registados ao seu custo de aquisição de acordo com os
princípios contabilísticos geralmente aceites.
Tais ativos correspondem a carteiras de seguros adquiridos nos termos do artigo 44º do Decreto-
Lei n.° 144/2006 com vidas úteis indefinidas, uma vez que não existe limite previsível para o
período durante o qual se espera que as ativos gerem influxos de caixa líquidos para a entidade.
Anualmente são efetuados testes de imparidade, comparando a quantia recuperável com a
quantia escriturada.
4 Os ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados, na data do reconhecimento
inicial, ao custo. O custo dos ativos intangíveis adquiridos numa concentração de atividades
empresariais é o seu justo valor à data de aquisição. Os ativos intangíveis são registados ao
custo deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As vidas úteis dos ativos
intangíveis são avaliadas entre finitas e indefinidas. As amortizações de ativos intangíveis com
vidas uteis finitas são reconhecidas numa base linear durante a vida útil estimada dos ativos
intangíveis.
As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
Programas de computador: 3 anos
As vidas úteis e método de amortização dos vários ativos intangíveis são revistos anualmente. O
efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados
prospetivamente. Os Ativos Intangíveis com vidas úteis indefinidas não são amortizados mas são

.
testados quanto à imparidade sempre que existe uma indicação que o ativo pode estar em
imparidade. 83
Enq. Contabilístico | Tratamento contabilístico da aquisição de carteiras
Alguns aspetos gerais sobre ativos intangíveis
Exemplo para discussão

PT10584 (setembro 2013)

Questão:
Um potencial cliente perspetiva adquirir uma carteira de clientes na área da mediação de
seguros por 35.000 euros, pretendendo constituir uma sociedade para o efeito.
Face à descrição efetuada, colocam-se as seguintes questões:
1. Este tipo de contabilidade pode ser tratada pelas regras do SNC para microentidades
como qualquer empresa? Ou existem regras e obrigações próprias para os mediadores de
seguros?
2. A aquisição da carteira de clientes é classificada como ativo intangível? Qual a taxa de
amortização a aplicar?

.
84
Conclusões
 Tempo reservado para conclusões e debate

.
85

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