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CONHECIMENTO VULGAR E CIENTÍFICO

Existem duas maneiras distintas de abordar a realidade:

Senso Comum Conhecimento Científico

O que é o Senso Comum?


É um conhecimento vulgar, elaborado de forma espontânea e sem
sistematização a partir das informações sensoriais e da experiência
socialmente acumulada e transmitida, com base no qual agimos e
resolvemos problemas do nosso quotidiano, sem fundamentação nem
justificação racional.

Características:
 saber empírico: provem da experiência sensorial, individual ou
coletiva e é transmitida de geração em geração
 saber espontâneo
 subjetivo
 parte das perceções
 tem uma reflexão pontual ficando pela primeira resposta
 assistemático ou ametódico (sem organização)
 é um conhecimento percetivo, é o modo mais elementar de
conhecer o mundo
 é acrítico e dogmático, sem justificação racional

O que é o Conhecimento Científico?


A Ciência é um conhecimento sistematizado, metódico e crítico
que utiliza raciocínios, provas e demonstrações que nos permitem
obter conclusões gerais devidamente fundamentadas e justificadas.
Características:

 é uma construção racional, porque estabelece relações causais


entre os fenómenos, formula leis e integra-as em teorias
 é uma análise metódica e objetiva, pois define um objeto
específico de investigação e usa um método rigoroso adequado.
 é uma explicação operativa, porque é um conjunto de
procedimentos conduzindo sempre aos mesmos resultados
teóricos
 é uma aproximação sucessiva, porque a verdade científica nunca
é definitiva, pode ser posta em causa, está sujeita a revisão ou
substituição; o conhecimento científico progride quer por
acumulação e alargamento do conhecimento quer por revisões e
correções.
 é uma explicação precisa, rigorosa e prática porque, usa um
método científico, uma linguagem técnica, define os conceitos
com rigor e tem uma aplicação prática

Principais Funções do Senso Comum:


 resolver problemas práticos
 orientar o ser humano

Principais Funções do Conhecimento Científico


 compreender, prever e modificar a realidade, quer natural, quer
social.

MÉTODO CIENTÍFICO

Definição: é o conjunto dos procedimentos que as diversas


ciências seguem para investigar o seu objeto de estudo.
Diferentes conceções do método científico:

1 – Método Indutivo

2 – Método Hipotético-dedutivo

3 – Método das Conjeturas e Refutações (Popper)

MÉTODO INDUTIVO

Etapas do Método Indutivo:

1ª Observação Científica
- imparcial e objetiva
- sistemática e metódica
- preparada em função de um objetivo e recorre a
instrumentos para registar, medir, quantificar…

2ª Formulação de uma Hipótese


- é a antecipação de uma resposta possível

3ª Experimentação
- visa confirmar ou rejeitar a hipótese
- o fenómeno é provocado muitas vezes, sob condições
controladas
-pressupõe o uso de instrumentos e de técnicas especiais

4º Generalização (formulação da lei científica) e


previsão
- o que foi observado em certos casos é aplicável a todos
os casos – Generalização
- o que foi observado em certos casos é aplicável a
qualquer caso do mesmo tipo que venha a acontecer no futuro –
Previsão
Ao utilizarem o método indutivo, os cientistas partem dos factos
particulares observados, inferindo indutivamente conclusões gerais
– Hipóteses teóricas -, que posteriormente são sujeitas a verificação
experimental. Uma vez confirmadas, as hipóteses tornam-se leis ou
teorias científicas.

Críticas ao Método Indutivo


 o facto de não ter em conta que a observação nunca é
completamente imparcial, é sempre condicionada por diversos
fatores, tais como, a conceção de ciência de um determinado
período.
 o facto de ignorar que, de um ponto de vista lógico, não
podemos considerar como necessariamente verdadeiras as
conclusões de argumentos indutivos

MÉTODO HIPOTÉTICO- DEDUTIVO

Etapas do método:

1ª Facto – Problema

-facto ou problema é um acontecimento para o qual a ciência não


encontra explicação á luz dos conhecimentos existentes

2ª Formulação de uma ou mais hipóteses

- invenção de uma solução ou construção de um modelo teórico


explicativo

3ª Dedução de consequências da hipótese


- deduzem-se consequências da hipótese

4ª Experimentação

- confronto das consequências deduzidas da hipótese com os


factos
5ª Conclusão

- se os dados confirmam a hipótese: formulação de uma lei ou de


uma teoria cientifica

- se os dados não confirmam a hipótese: reformula-se a hipótese


e repete-se todos os procedimentos até obter uma nova confirmação

A TEORIA FALSIFICACIONISTA DE POPPER

Etapas do método:

1ª Facto Problema

2ª Hipótese

3ª Dedução das consequências da hipótese

4ª Testam-se aplicações empíricas deduzidas da hipótese

5ª Falsificação ou Corroboração

Características da Teoria Falsificacionista

 Rejeição do Método Indutivo:


- Popper recusa o indutivismo, pois afirma que o cientista
não começa pela observação de factos particulares, mas
sim por identificar um problema e formular uma hipótese
para o solucionar. Segundo ele, a teoria precede a
observação
- a indução não nos permite justificar as teorias, uma vez
que chega a conclusões mais gerais do que o que foi
afirmado nas premissas.
 Critério de Demarcação das teorias científicas
- de acordo com este critério, o que permite distinguir a
ciência da não ciência, é o facto de a ciência poder ser
testada, refutada ou falsificada
- uma teoria que não possa ser testada não é cientifica,
será apenas uma pseudociência ou um dogma

Segundo Popper, qual a melhor teoria?


É aquela que apresentar maior conteúdo empírico, pois será a que
tem mais matéria para ser testada ou até mesmo refutada. É também,
aquela que tem mais probabilidade de ser falsificada pela experiência.

O método de Popper é o método das Conjeturas e


refutações:
Conjetura é a teoria ou hipótese aceite como aproximação à
verdade e não como verdade definitiva.

 Se for confirmada pelos testes empíricos, a teoria manter-se-á,


ainda que apenas como conjetura – diz-se que a teoria foi
corroborada.
 Se não se confirmar, a teoria é falsificada e abandonada –
Falsificação/Refutação.

No entanto, passar nos testes empíricos dá credibilidade à


conjetura mas não garante a sua verdade, dado que nada sabemos
quanto ao futuro. (a ciência é um processo em aberto)
Síntese da perspetiva de Karl Popper:

Sobre o Conceito de Ciência:


 Critério da Demarcação entre teorias científicas e
pseudociências: é a possibilidade de serem testadas
 Objetivo da investigação: falsificar ou refutar as teorias~
 A ciência como conjetura: conjunto de teorias ou hipóteses
corroboradas à espera de falsificação
 O progresso científico adquire-se com eliminação de erros

Sobre o Conceito de Método:


 Método Científico: é o método das conjeturas e refutações
 Problema Hipótese Dedução das consequências da
hipótese teste de previsões empíricas deduzidas da
hipótese falsificação/corroboração
 recusa do processo indutivo de inferência
 não há justificação para afirmar a verdade de enunciados
universais baseados em factos particulares
 a ciência não começa com a observação de factos, mas com
problemas e hipóteses

RACIONALIDADE CIÊNTIFICA E A QUESTÃO DA


OBJETIVIDADE

Racionalidade Científica
 é o conjunto de modos de interpretar, explicar e compreender a
realidade que obedece a uma metodologia, é sistemática e
procura a objetividade
 os procedimentos padronizados e repetíveis contribuem para o
que chamamos de objetividade do conhecimento científico
Objetividade do conhecimento científico

 é a característica que permite que o conhecimento científico


seja reconhecido e partilhado pela comunidade científica.

Assim, surgem algumas questões:

 A ciência é um conhecimento objetivo?


 A ciência é um conhecimento verdadeiro?
 Em que sentido se pode falar de progresso do conhecimento
científico?

Para responder a estas questões surge a Perspetiva de Popper e de


Thomas Kuhn

Perspetiva de Popper sobre a Evolução da Ciência e


Objetividade Científica
Popper acredita que o conhecimento científico evolui,
progredindo em direção à verdade. Uma teoria, no entanto, não deverá
ser considerada verdadeira, de uma vez por todas, e de forma
definitiva: uma teoria é uma aproximação ao modo como o mundo é.

Assim, sempre que um cientista falsifica ou refuta uma teoria


está a dar um passo em frente no progresso científico, pois ao eliminar
o erro está a contribuir para a aproximação à verdade.

A Objetividade do conhecimento científico será alcançada


progressivamente, graças a um método rigoroso.

O progresso da ciência acontece pelas sucessivas melhorias nas


teorias existentes, pela capacidade de detetar erros e pela capacidade
de falsificar teorias existentes. As melhores teorias são aquelas que
se deixam testar, criticar e refutar.

Em suma, para Popper, o progresso da ciência realiza-se por meio


da falsificação de teorias.
A Perspetiva de Thomas Kuhn

Segundo Kuhn, a história da ciência conhece períodos de


desenvolvimento contínuo e períodos de rutura, ou descontinuidade,
culminando naquilo que designou por “Revoluções Científicas”

1 – Ciência Normal como resolução de enigmas


A ciência Normal é um período que se desenvolve sob a orientação
de um paradigma reconhecido pela comunidade científica.

Em período de ciência normal a investigação não pretende criticar


nem inovar, mas sim a continuidade e a estabilidade. A finalidade da
investigação é solucionar enigmas, isto é, explicar os novos dados a
partir das teorias que fazem parte do paradigma e não inventar novas
teorias.

Paradigma
 modelo explicativo que orienta a prática científica. Inclui
conceitos fundamentais, procedimentos e, ainda, crenças e
valores básicos. O paradigma condiciona o tipo de fenómenos
que o investigador vê e também aquilo que não vê.

2 – Anomalia, crise, ciência extraordinária e revolução


científica
Anomalia

 corresponde a um “enigma da ciência normal”, ou seja, ao


aparecimento de problemas não suscetíveis de explicação à luz
do paradigma em vigor.
 quando as anomalias relevantes se forem sucedendo, a
desconfiança e a contestação do paradigma em vigor começa a
ganhar uma adesão crescente por parte da comunidade
científica
Crise e ciência extraordinária

 gera-se então uma crise e, com ela, uma fase de ciência


extraordinária, ou seja, a ciência praticada em tempo de crise.

Como ocorre o desfecho de uma crise?


 a ciência normal acaba por ser capaz de lidar com o problema
que provocou a crise
ou
 o problema oferece resistência e é etiquetado e posto de parte
para ser enfrentado por uma geração futura que disponha de
melhores ferramentas
ou
 acaba com o surgimento de um novo candidato a paradigma e,
neste caso, consuma-se a descontinuidade e diz-se que ocorreu
uma rutura radical com o velho paradigma chamada Revolução
Científica.

Revolução Científica

 são momentos de rutura com o paradigma anterior, em que tanto


a compreensão dos fenómenos como a maneira de os investigar
se altera profundamente.

3 – Incomensurabilidade dos Paradigmas


Os paradigmas são incomensuráveis, ou seja, não são comparáveis
entre si, não possuem uma medida comum, pois são expressões de modos
diferentes de conceber a realidade

Os paradigmas distinguem-se:

- quanto à substância a investigar

- quanto ao modo de investigar e de conceber a ciência


4 – O problema da objetividade do conhecimento científico

Kuhn rejeita a ideia de que uma teoria seja melhor do que outra
por representar mais fielmente a realidade.

Rejeita a ideia de que os paradigmas se vão aperfeiçoando e


assim se vão aproximando cada vez mais da verdade (ao contrário do
que defende Popper).

Kuhn defende que o conhecimento não é objetivo porque é


sempre influenciado pelas crenças e pelos valores dos investigadores.

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