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NÚCLEO DE COMPLEMENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Coordenação Pedagógica – IBRA

DISCIPLINA

RELAÇÃO FAMÍLIA ESCOLA


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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3

1 – MUDANÇAS NO CICLO DE VIDA FAMILIAR .................................................... 5

2 – MODELO DE COMPONENTES DA PARENTALIDADE .................................... 7

3 – TERAPIA COM PAIS E FILHOS: SUBSÍDIOS TEÓRICO-PRÁTICOS.............. 11

4 – MODELOS TERAPEUTICOS............................................................................. 16

REFERENCIAS BIBLIOGRAFIAS ............................................................................ 23


3

INTRODUÇÃO

Prezados alunos,

Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a graduação e


consequente capacitação daqueles que se candidataram a esta complementação
pedagógica, procurando referências atualizadas, embora saibamos que os clássicos são
indispensáveis ao curso.

As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, afinal,
opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e
provado pelos pesquisadores.

Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos colocamos
abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada está pronto e
acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e melhorar nosso trabalho.

Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, você é livre


para estudar da melhor forma que possa. Este arranjo preserva a sua individualidade
impondo, entretanto, uma responsabilidade imperativa. Organize-se, lembrando que:
aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se somam, e que a educação é
demasiado importante para nossa formação e para o bem-estar dos pacientes.

A presente apostila tem como proposito apresentar a Terapia do relacionamento de


pais e filhos, à luz das mais proeminentes escolas de terapia. O conteúdo contempla de
modo conciso o modelo sistêmico, a escola estratégica, a escola estrutural e as
abordagens psicanalíticas e psicodinâmicas que é uma das bases filosóficas do que veio
a se tornar a terapia de do relacionamento entre pais e filhos.
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A apostila agrupa de maneira ordenada a síntese do pensamento de vários autores
cuja obra que entendemos serem as mais importantes para a disciplina. Sendo fruto de
exaustiva pesquisa bibliográfica, cujas fontes são colocadas ao fim da apostila
possibilitando ao aluno, conforme sua necessidade e disposição, o amplio de seus
conhecimentos.

1. MUDANÇAS NO CICLO DE VIDA FAMILIAR


5

Para Minuchin, o nascimento do primeiro filho marca a mudança do subsistema


conjugal para o subsistema parental sendo esta transição uma das que provoca
transformações mais profundas para a família nuclear e ampliada (Bradt, 1995). O novo
estágio do ciclo de vida iniciado pela chegada do bebê é responsável por transformar o
casal em pais, modificando radicalmente as relações e rotinas entre os membros do
casal e também com a família extensa (Meynckens-Fourez, 2000).
A proposta de Cerveny (2002; Cerveny & Berthoud, 1997), que se, baseia em
pesquisas no contexto da realidade brasileira, apresenta as seguintes fases: Fase de
Aquisição, Fase Adolescente, Fase Madura e Fase Última. Segundo a autora, a primeira
delas engloba o nascimento da família, iniciando-se pela união de duas pessoas e
incluindo a vivência da parentalidade, para os casais que optam por ter filhos.
Para Féres-Carneiro e Magalhães (2011), o termo parentalidade é de origem
francesa e foi utilizado pela primeira vez em 1961, por um psiquiatra e psicanalista
chamado Paul-Claude Racamier, permanecendo em desuso por cerca de 20 anos. Em
1985, reapareceu com René Clement, no estudo das psicoses puerperais, um tipo de
“patologia da parentalidade”. No Brasil, o uso da palavra se inicia a partir de década de
1980.
A parentalidade surge do desejo e da decisão de ter filhos ou mesmo de uma
gravidez inesperada, até a constituição de uma relação triádica, ou seja, a transformação
do casal em família (Berthoud, 2002). A principal tarefa desta etapa refere-se à
socialização de uma criança, sem perder o apoio mútuo característico do subsistema
conjugal. Além disso, deve ser criada uma fronteira que permita o acesso da criança a
ambos os pais (Minuchin, 1982).
O modo com qual a chegada de um filho será vivenciada está intimamente
relacionado ao momento de vida de cada membro do casal (Berthoud, 2002), assim
como ao contexto existente na família na ocasião do nascimento (Bradt, 1995). Ou seja,
características individuais e relacionais do casal e da família ampliada afetarão a
vivência do processo de gravidez, nascimento e até mesmo o desenvolvimento da
criança.
Depois do nascimento, pode-se observar a ocorrência transformações individuais
em cada um dos membros do casal, assim como a (re) construção e (re) negociação de
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papéis na relação conjugal e parental. Das principais mudanças individuais e relacionais
que acontecem nesse período, destacam-se as seguintes: descoberta de novos
sentimentos durante a gravidez e após o nascimento, vivência de dificuldades pessoais
frente à ambivalência de ter um filho e seguir a vida profissional e pessoal, vivência da
maturidade, novos papéis e rotinas diante das necessidades do filho, divisão da atenção
entre filho e parceiro, entre outras (Berthoud, 2002).
Meynckens-Fourez (2000), afirma que a redefinição da relação no âmbito do
casal exige a renegociação, às vezes implícita, do espaço vivido por cada um. Os pais
devem negociar entre si, mas também com o bebê, com a família extensa e com os
amigos. As novas “regras de vida” devem ser elaboradas em função das experiências e
hábitos adquiridos na família de origem de cada um dos progenitores.
Para Vicente (2004) as negociações hierárquicas de poder e competência com
os membros da família ampliada, acontecem visando a manutenção ou substituição de
tradições nos hábitos e costumes educacionais presentes nas gerações anteriores. A
autora utiliza uma metáfora, afirmando que “é a hora de inventar uma nova dança e
contradança nas relações do casal (p. 44)”. Em outras palavras a experiência que cada
um dos membros do casal teve na sua infância e no seu meio familiar será levada em
conta, porém haverá uma nova combinação que será determinada pela geração atual.
Ainda relacionado à família ampliada, pode-se afirmar que diante da chegada de
uma criança, ocorre um momento de aproximação, em que parentes e também amigos
constituem importantes fontes de apoio para o casal em momentos de calma e
perturbação. Alguns movimentos do sistema familiar podem facilitar o processo de
transição e diminuir o estresse, como oferecer ajuda e acolhimento ao casal (Berthoud,
2002; Bradt, 1995; Meynckens-Fourez, 2000).
O convívio com filhos pequenos é um outro desafio citado pelos autores citados,
insto por que a família precisa se reorganizar a cada nova fase do desenvolvimento dos
filhos para atender novas demandas (Berthoud, 2002; Cerveny, 2002, Minuchin, 1982).

2. MODELO DE COMPONENTES DA PARENTALIDADE


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Keller (2007), uma autora alemã se utiliza do referencial teórico da Psicologia do


Desenvolvimento Evolucionista e adota uma posição interacionista, adaptado ao
contexto, para compreender o desenvolvimento humano.
Keller (2007) descreve as práticas implementadas pelos país no cuidado dos
filhos através de um “Modelo de Componentes da Parentalidade”, que inclui seis
sistemas parentais e quatro mecanismos interacionais (moduladores da interação),
considerados universais, pois são utilizados de maneira intuitiva por cuidadores dos mais
variados locais no mundo. Conforme esta teoria, os cuidados são definidos por uma
série de comportamentos geneticamente preparados e ativados pelas demandas do
ambiente, com o objetivo de promover conforto quando a criança está em risco real ou
potencial (Keller & Kartner, 2013).
Os seis sistemas parentais propostos por Keller (2007) são os seguintes:

1) Primário – visa prover alimentos, proteção e higiene à criança. Sua função


psicológica caracteriza-se pela redução do desconforto no bebê. Através dele, a criança
desenvolve confiança e segurança na proteção e disponibilidade do cuidador;

2) Contato corporal – caracteriza-se pela proximidade corporal, através do


contato corpo-a-corpo e do carregar extensivo. A função psicológica desse sistema
consiste na experiência de calor emocional, garantindo ao bebê os sentimentos de
apego, coesão social e pertencimento ao grupo; contribuindo para que a criança aceite
as regras e valores dos pais, preparando-a para uma vida baseada na harmonia e
hierarquia entre os membros da família ou do grupo social primário;

3) Estimulação corporal – é definida pela estimulação através do toque e


movimentos motores (Ex: cócegas, massagem). Seu objetivo psicológico consiste em
intensificar a percepção do bebê com relação a seu próprio corpo, o que, por sua vez, dá
suporte ao planejamento e execução da ação.

4) Estimulação por objetos – Este quarto sistema de parentalidade liga o bebê


ao mundo dos objetos e ao ambiente físico em geral, utilizando-se de brinquedos na
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interação cuidador-criança e, dessa maneira, focalizando-se em processos de atenção
extra diádica. Sua função psicológica é promover o desenvolvimento cognitivo e as
atividades exploratórias do bebê, bem como proporcionar a criança maior independencia
nas relações sociais;

5) Contato face a face – é o contato visual mútuo entre cuidador e bebê, em


que o investimento parental é diádico e exclusivo. As trocas face a face são altamente
estimulantes, carregadas de afeto e constituem-se de curtos eventos interacionais que
expõem a criança a altos níveis de informação cognitiva e social A função psicológica
desse sistema é a sensibilização a criança para o estado psicológico dela e dos outros,
bem como desenvolver seu autoconhecimento e auto eficácia através da imitação facial
e respostas contingentes do adulto.

6) Linguagem e Envelope narrativo – é a frequência, estrutura e conteúdo da


linguagem utilizada por parte dos cuidadores na interação com seus bebês. Os pais e
outros cuidadores utilizam comportamento verbal e vocal, através do conversar com a
criança, auxiliando na apropriação cultural da concepção de self e do outro. A função
psicológica desse sistema é o direcionamento da compreensão e atenção da criança,
além de que a linguagem é a principal ferramenta de transmissão transgeracional e de
aprendizagem cultural.

Estes seis sistemas de cuidados mencionados se modulam por meio de


mecanismos interacionais de atenção, calor emocional, contingência e responsividade à
expressão de emoções; os quais podem se manifestar de diversos modos. O mecanismo
da atenção é descrito como exclusivo ou diádico, sendo que irá depender dos recursos
existentes para os cuidados em termos de tempo e energia. Na atenção exclusiva, é
possível identificar um cuidador principal, tendo como consequência o desenvolvimento
do conceito de self da criança como distinto e único. Por outro lado, na atenção
compartilhada o bebê é carregado junto com a mãe durante suas atividades diárias,
enquanto que à noite permanecem também em proximidade corporal. Esta prática
cultural garante a proximidade e o desenvolvimento de laços familiares fortes e leais em
que o indivíduo aceita o lugar a ele oferecido através dos costumes culturais do grupo
(Keller & Kartner, 2013).
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O segundo mecanismo interacional é o calor emocional, o qual é a propiciação
afeto e trocas afetivas positivas, franqueza e acessibilidade, compreensão e empatia. O
mesmo tem impacto no desenvolvimento da competência social e emocional da criança,
facilitando o altruísmo e o compartilhamento. Além disso, faz com que os filhos aceitem
os valores adultos, identificando-se com seus pais, e atribuindo-lhes maior confiança. O
calor emocional pode ser transmitido de forma distal, (através de um sorriso, por
exemplo), de forma proximal (por meio de um contato físico, por exemplo) ou através da
combinação destes dois modos (Keller & Kartner, 2013).
Keller e Kartner (2013), entendem ainda que a contingência, terceiro mecanismo,
caracteriza-se pela propensão dos pais e cuidadores a responderem aos sinais da
criança. Através da resposta rápida dos pais, a criança pode relacionar o acontecimento
de eventos à sua própria ação e passa a predizer o comportamento dos outros
(concepção de self como agente causal). Podendo esta interação também acontecer de
forma distal-facial ou proximal-corporal. Por fim, o último mecanismo descrito é a
responsividade frente à expressão emocional da criança. A mesma diferencia-se quando
é manifesta frente às emoções positivas ou negativas do bebê, trazendo também
consequências distintas para o desenvolvimento infantil.
Partindo da combinação dos diferentes sistemas parentais e mecanismos
interacionais utilizados pelos pais durante o primeiro ano de vida da criança, podem ser
definidos os estilos parentais dos pais. Resultados de estudos empíricos têm encontrado
predominantemente a existência de dois estilos parentais, denominados distal e
proximal, os quais estão intimamente relacionados, respectivamente, com modelos
culturais de independência/autonomia e interdependência/relação (Keller, 2007; Keller,
Borke & cols., 2005; Keller, Kuensemueller & cols., 2005; Keller, Yovsi & cols., 2004).
No estilo distal, a estratégia parental preconiza o contato face a face e a
interação por objetos, propiciando à criança uma experiência de autonomia e separação.
O estilo proximal, por sua vez, é caracterizado pelo contato e estimulação corporal,
garantindo a criança uma relação interpessoal próxima e calorosa. Os estilos ainda são
modulados por diferentes mecanismos interacionais, com a prevalência de atenção
diádica e contingência frente a sinais positivos da criança no estilo distal; e
predominância de contingência em resposta a sinais negativos da criança, atenção
compartilhada e calor emocional no estilo proximal (Keller, 2007; Keller, Borke & cols.,
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2005; Keller, Kuensemueller & cols., 2005; Keller, Yovsi & cols., 2004).
Por meio de estudos empíricos em diferentes países e contextos, Keller e
colegas tem relacionado tais estilos de cuidado com ambientes sociodemográficos
específicos (Keller, 2007; Keller, Borke & cols., 2005; Keller, Kuensemueller & cols.,
2005; Keller, Yovsi & cols., 2004). Os resultados indicam que o estilo distal é mais
comum em cuidadores que possuem nível de escolaridade elevado residentes em
ambientes com alto nível de urbanização e industrialização. Já o estilo proximal é mais
característico de cuidadores com baixa escolaridade e moradores de ambientes rurais e
de subsistência. Um terceiro tipo de ambiente, considerado intermediário, em que há a
tradição rural, mas que atualmente passa por intenso processo de desenvolvimento
socioeconômico e nível de escolaridade elevada dos cuidadores, os estudos tem
demonstrado a presença concomitante e equilibrada dos dois estilos, proximal e distal.
Martins (2014) discute ainda estudos mais recentes de Keller (2012) e Keller e
Kartner (2013), em que as autoras delimitam três ambientes sociodemográficos
específicos, os quais resultariam em três modelos culturais que, por sua vez, influenciam
o desenvolvimento do self da criança de modos particulares. Em cada um desses
modelos, os cuidadores enfatizam diferentes modos de autonomia e “relação” na
interação com a criança, sensibilizando-a para elementos específicos do ambiente social
e não social. O primeiro modelo seria o de autonomia psicológica, o qual corresponde ao
ambiente cultural das famílias ocidentais, urbanas, de classe média. Nesse modelo
predominam experiências de autonomia e independência do self, sendo focalizada a
exploração de desejos pessoais e a tomada de decisões negociadas a partir de um
ponto de vista individual. Já o segundo modelo, é chamado pelas autoras de relação-
hierárquica, o qual corresponderia ao ambiente cultural das famílias rurais de
subsistência. Neste modelo, as obrigações fazem parte de um grupo em comum,
levando à autonomia para a ação, porém sempre dentro de uma relação hierárquica,
prevalecendo às metas do coletivo. Por fim, o terceiro seria um modelo híbrido,
característico de famílias de classe média, não ocidentais, que vivem em ambientes
urbanos com alto nível de escolaridade. Este contexto levaria à convergência de ações e
decisões individuais aos valores do grupo, fazendo com que as metas familiares sejam
vivenciadas como valores internos.
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3. TERAPIA COM PAIS E FILHOS: SUBSÍDIOS TEÓRICO-PRÁTICOS

Os principais conceitos teóricos na abordagem sistêmica a respeito da


constituição da parentalidade, apresentam um modelo de cuidados dispensados pelos
pais na criação dos filhos. A seguir estão listados recursos práticos baseados na
literatura científica dos estudos sobre parentalidade, que podem ser utilizados para
auxiliar nos atendimentos do terapeuta relacional sistêmico em famílias com crianças
pequenas.
Meynckens-Fourez e Tilmans-Ostyn (2000) afirmam que nas intervenções no
processo terapêutico, a demanda de atendimento deve sempre ser analisada e avaliada
a cada nova etapa e conforme o movimento da família que está em atendimento.
O IEP é um instrumento construído, validado e padronizado por Gomide (2006)
para avaliar o estilo parental por meio de sete práticas educativas, sendo cinco
vinculadas ao desenvolvimento do comportamento antissocial: negligência, punição
inconsistente, disciplina relaxada, monitoria negativa e abuso físico; e duas relacionadas
ao desenvolvimento de comportamentos pró-sociais: comportamento moral e monitoria
positiva.
O mesmo possui duas versões, sendo uma em que os adolescentes respondem
em relação ao pai e à mãe, e a outra em que os próprios pais respondem sobre suas
práticas educativas. Tal instrumento é bastante utilizado, tanto para fins de pesquisa
quanto de intervenção, uma vez que foi padronizado para o contexto brasileiro e possui
aprovação do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos do Conselho Federal de
Psicologia (SATEPSI).
Já as escalas de responsividade e exigência foram construídas originalmente em
língua inglesa por Lamborn, Mounts, Steinberg e Dornbusch (1991), sendo traduzidas e
adaptadas para o português por Costa, Teixeira e Gomes (2000) e revisadas por
Teixeira, Bardagi e Gomes (2004). Tal modelo é baseado nas ideias de Baumrind (1966)
e Maccoby e Martin (1983) a respeito dos estilos parentais. As duas escalas avaliam as
dimensões de responsividade (contingência do reforçamento parental) e exigência
parentais (cobranças e exigências feitas pelos pais) com adolescentes, as quais
permitem a classificação de quatro estilos parentais a partir de diferentes combinações:
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autoritário, autoritativo (democrático), indulgente (permissivo) e negligente.
Posteriormente, estas escalas foram ampliadas por Teixeira, Oliveira e Wottrich (2006),
sendo, então, denominadas de Escalas de Práticas Parentais (EPP). O aumento do
número de itens foi realizado a fim de contemplar mais experiências cotidianas vividas
por adolescentes brasileiros no que diz respeito às práticas educativas de seus pais,
sendo possível, empiricamente, distinguir outras dimensões de práticas que não apenas
a responsividade e a exigência.
Um terceiro instrumento, que pode ser utilizado tanto com adolescentes quanto
com crianças é denominado de EQIF – Escalas de Qualidade na Interação Familiar
(Weber, Salvador, & Brandenburg, 2009). Por meio dele, os filhos respondem
separadamente a respeito do pai e da mãe, sendo 40 questões divididas em nove
escalas, seis “positivas” (envolvimento, regras e monitoria, comunicação positiva dos
filhos, clima conjugal positivo, modelo parental, sentimentos dos filhos) e três “negativas”
(comunicação negativa, punição corporal e clima conjugal negativo).
Especificamente voltados para a infância, podem ainda ser citados dois
instrumentos de investigação da parentalidade disponíveis no Brasil: o Parental Attitude
Research Instrument – PARI e o Inventário de Práticas Parentais – IPP. O primeiro
deles, o PARI, foi construído originalmente por Schaeffer e Bell (1958), sendo constituído
de 115 itens que compõem 23 subescalas para avaliar as atitudes parentais frente a
crianças em idade pré-escolar e escolar, organizadas em três fatores: autoritarismo-
controle, hostilidade-rejeição e democracia-igualitarismo. No Brasil, o PARI foi traduzido,
adaptado e validado por Nogueira (1988), sendo constituído das seguintes subescalas:
Irritabilidade, Rejeição do papel no lar e Intrusão. Já o IPP foi construído no Brasil e
avalia práticas educativas de pais com filhos entre 6 e 10 anos de idade. O mesmo é
composto de quatro dimensões: afeto, educação, disciplina e social (Benetti & Balbinotti,
2003).
Os instrumentos anteriormente mencionados, estruturados na forma de escalas
ou testes psicológicos, podem ser utilizados pelo terapeuta para avaliar as formas e
estratégias utilizadas pelos pais para se relacionar, educar e disciplinar os filhos, desde a
idade pré-escolar até a adolescência. A partir de um diagnóstico inicial, as intervenções
terapêuticas poderão ser planejadas em função dos resultados verificados em tais
instrumentos. Por exemplo, caso seja verificada dificuldade de comunicação na relação
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pais-filhos, a mesma pode ser estimulada ao longo dos atendimentos.
Com relação à primeira infância, ou seja, crianças de zero a três anos de idade,
também podem ser citados alguns instrumentos capazes de auxiliar o terapeuta na
compreensão da forma, conteúdo, força e direção das práticas parentais. Retomando o
modelo de Keller (2007), em seus estudos, a parentalidade tem sido investigada,
principalmente, por meio dos seis sistemas parentais (cuidado primário, contato corporal,
estimulação corporal, face a face, estimulação por objetos e envelope narrativo). Para
tanto, são utilizadas diferentes metodologias, como escalas, entrevistas e observações
naturalísticas.
No caso das escalas, a autora utiliza-se predominantemente de duas: a “Escala
de Crenças sobre Práticas Parentais – ECPP” e a “Escala de Metas de Socialização –
EMS” (Keller, 2007; Lamm, & cols., 2006). Enquanto a primeira escala avalia as crenças
que os pais possuem sobre suas práticas durante o primeiro ano de vida da criança, a
segunda mede as metas desenvolvimentais que os pais desejam que seus filhos
alcancem até os três anos de idade. Elas possuem duas dimensões:

1) foco na autonomia/independência da criança, composta pelos sistemas de


contato face a face e estimulação por objetos, predominando um estilo distal de
parentalidade. Possuem itens como “Nunca é cedo demais para se começar a dirigir a
atenção do bebê para objetos e brinquedos” e “Durante os três primeiros anos de vida as
crianças devem desenvolver um senso de identidade”; e

2) foco na relação/interdependência da criança com os membros do grupo, a


qual engloba os sistemas de contato e estimulação corporal, caracterizando um estilo
proximal de parentalidade. Possuem itens como: “É importante embalar um bebê que
chora para consolá-lo” e “Durante os três primeiros anos de vida as crianças devem
aprender a obedecer aos pais e pessoas mais velhas” (Kärtner, Keller, Lamm, Abels,
Yovsi, & Chaudhary, 2007; Keller, 2007; Keller, Lamm, et al., 2006; Lamm, Keller, Yovsi,
& Chaudhary, 2008).

Ainda para avaliar os sistemas parentais, em alguns estudos de Keller e seus


colaboradores foi utilizada uma metodologia observacional, em que foram definidas
categorias de comportamento para cada sistema. O sistema de contato corporal, por
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exemplo, é composto de práticas como o cuidador, de pé ou sentado, segurar o bebê no
colo ou estar próximo do mesmo. Na estimulação corporal, incluem-se comportamentos
de movimentar ou erguer o corpo do bebê, mover partes do corpo do mesmo através de
“ginástica” ou “massagem”, tocá-lo, acariciá-lo com a face, entre outros. A estimulação
por objetos, por sua vez, é o esforço materno para atrair a atenção da criança para
algum objeto que está sendo tocado pela mãe e/ou pela criança. Por fim, o contato face
a face é codificado quando acontece o esforço da mãe de posicionar seu corpo e face
diante do bebê de modo que propicie o contato olhos nos olhos (Keller, 2007; Keller,
Abels, et al., 2007; Keller, Borke, et al., 2005). Na prática clínica, durante os
atendimentos envolvendo bebês e crianças até três anos de idade, o psicólogo pode
estar atento às maneiras de interação dos pais com seus filhos, visando compreender e
até mesmo estimular diferentes formas de contato.
Um estudo realizado no Brasil (Martins, Macarini, Vieira, Seidl de Moura, Bussab,
& Cruz, 2010), baseado no modelo teórico de Keller (2007), teve como proposito
construir e validar uma escala de crenças parentais e práticas de cuidado na primeira
infância para o contexto brasileiro, a qual foi denominada de E-CPPC. A escala final
apresentou duas dimensões: cuidados primários e estimulação. O primeiro fator tem
relação com crenças e práticas consideradas essenciais para garantir a sobrevivência da
criança na primeira infância, como socorrer, alimentar, manter limpo, carregar no colo,
ter sempre por perto. Já o segundo refere-se a crenças e práticas adicionais utilizadas
pelos pais para estimular o desenvolvimento infantil, como fazer atividades físicas,
brincar, ver livrinhos, explicar coisas, ouvir, responder perguntas.
O Inventário HOME para Observação e Medida do Ambiente (Caldwell &
Bradley, 1984) é outro recurso que envolve a observação. No entanto, o mesmo deve
ser aplicado na residência da família, visando verificar a rotina normal da criança. É
composto de 45 itens, divididos em seis subescalas (Responsividade, Aceitação,
Organização, Materiais que possibilitem a aprendizagem, Envolvimento e Variedade),
fornecendo um perfil da família que pode ser de alto nível de risco (0 a 25 itens), médio
nível de risco (26 a 36 itens) e baixo nível de risco (37 a 45 itens). Apesar de o
instrumento não permitir sua utilização em contexto clínico de consultório, o
conhecimento dos itens que compõem o inventário pode auxiliar o terapeuta na
observação da interação pais-criança bem como no questionamento da organização e
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recursos físicos existente no lar, como a disponibilidade de brinquedos e outras formas
de estímulo.
Um instrumento bastante completo que visa à obtenção de dados e verificação
de mecanismos de risco e proteção para o desenvolvimento infantil é o Roteiro de
Entrevista para Identificação de Riscos e Recursos Biopsicossociais na História de Vida
da Criança (Santa Maria & Linhares, 2003). O mesmo inclui os seguintes fatores:

a) socioeconômicos: renda familiar, escolaridade dos pais;

b) reprodutivos: idade materna, intervalo entre gestações, parto, assistência pré-


natal;

c) ambientais/sociais: moradia, saneamento, aglomeração, estado civil da mãe,


fumo durante a gestação, apoio durante a gestação;

d) condições ao nascer: peso ao nascer, idade gestacional, morbidade neonatal;


e) atenção à criança: vacinação, cuidados paternos, visitas de puericultura, creche,
trabalho materno, gravidez atual, aleitamento materno;

f) nutrição: estado nutricional aos seis meses, índices peso/idade, altura/idade,


peso/altura);

g) morbidade: internação hospitalar no primeiro ano de vida; e g) história de


saúde: principais enfermidades e hospitalização.

O FACES IV, é um instrumento que avalia não somente as relações pais-filhos,


mas o funcionamento familiar como um todo, por meio das dimensões de coesão e
flexibilidade na família. Neste modelo, coesão é definida pelos vínculos/laços emocionais
que os membros da família possuem entre si, podendo variar num contínuo entre
emaranhamento e desengajamento. Já a flexibilidade é definida como a qualidade e
expressão da liderança e organização, relação de papeis, regras e negociações, a qual
pode variar entre um contínuo de rigidez a caótico. A principal hipótese é que níveis
equilibrados de coesão e flexibilidade são mais propícios para o funcionamento familiar
saudável, enquanto que níveis de desequilíbrio nestas dimensões (muito baixos ou muito
altos) estão associados com um funcionamento familiar problemático (Olson, 2011).
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4. MODELOS TERAPEUTICOS

Modelo sistêmico

As três principais abordagens que melhor representam o modelo sistêmico são:


a Estrutural, Estratégica Breve e o Grupo de Milão. Cada uma delas com suas
características próprias, porém com a mesma base teórica. A terapia estrutural enfatiza
principalmente a organização social dentro do sistema familiar; a estratégica breve
destaca os padrões de comunicação e como eles delimitam os relacionamentos
humanos; já o Grupo de Milão, dá importância aos componentes paradoxais existentes
nos conceitos de transformação e homeostase familiar.
A principal ideia dessa escola é o membro sintomático, ou seja, uma única
pessoa que representa alguma disfunção existente no sistema familiar, ela destaca que o
distúrbio mental é uma exteriorização de padrões inadequados de interação no interior
da família.

A terapia familiar estrutural

Esta modalidade da ênfase a qualidade das fronteiras que delimitam as famílias,


para isso ela identifica dois extremos das características fronteiriças de um sistema
familiar denominados de aglutinado e desengajado.
Na família aglutinada as fronteiras são frágeis e de fácil travessia, isso leva a um
funcionamento inadequado do sistema, já as famílias desengajadas, se caracterizam
pelo excesso de rigor nas fronteiras, ou seja, os membros pouco se relacionam entre si.
É exatamente nesses dois extremos que surgem os problemas, quando se exige algum
tipo de adaptação do sistema familiar a qualquer tipo de variação.
Segundo Calil (1987), o terapeuta familiar estrutural apoia tanto a subsistência
de individualidade como a da mutualidade, e visa a clarificar ou fortalecer fronteiras
difusas, ou então tornar mais flexíveis fronteiras inapropriadamente rígidas.
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A função do terapeuta de família, de acordo com Minuchin (1982), é ajudar o
paciente identificado e a família, facilitando a transformação do sistema. Para que isto
efetivamente ocorra, são necessárias três etapas: o terapeuta se une ao sistema,
descobre e avalia a estrutura e cria circunstâncias que permitam sua transformação.
Para cada etapa descreve-se uma técnica, que embora descritas aqui separadamente,
essas técnicas são concomitantes e complementares umas às outras.
Na primeira fase (união do terapeuta ao sistema), a técnica mais utilizada é a do
mimetismo ou acomodação, que consiste principalmente na aliança do terapeuta com a
família, e a adesão do mesmo ao sistema e a estrutura daquela família, sem qualquer
contestação, deve-se evitar a confrontação ou desafio, portando-se apenas como uma
pessoa que esta interessada no problema. Ele realmente se mistura àquele sistema de
maneira a entender o modo de vida daquela família, ele literalmente se incorpora no
estilo de ser da família.
Após essa união do terapeuta com a família, o mesmo passa a atuar de na
segunda etapa do processo terapêutico (descoberta e avaliação da estrutura), quando
será possível identificar podendo a falha na estrutura familiar, após identificar a provável
falha se utiliza de a técnica de representação para clarificar e focalizar esse ponto
especifico e ao mesmo tempo avaliar em que nível se encontra, essa técnica é a
representação das situações em que surgem os conflitos, ao invés de simplesmente
verbalizá-las. Isto leva a família refletir e mobilizar-se na resolução dos seus problemas.
Na terceira etapa (criação de circunstâncias para mudança), utiliza-se uma
técnica chamada de designação de tarefas, que visa realçar áreas de disfunção do
sistema. Essa técnica pode ser utilizada durante a sessão ou solicitada que sejam
realizadas em casa, para Minuchin (1982) a família que realiza tarefas em casa, leva
junto deles o terapeuta. Segundo Calil (1987), a designação de tarefas para casa fornece
um novo campo para interações.
A terapia familiar estrutural não está preocupada com os pormenores do sistema,
mas está interessado sim na maneira pela qual essa família se organiza e em alterar
essa organização para maneiras mais consistentes e normativas, baseado
principalmente no que foi proposto por Minuchin.

A terapia estratégica breve


18
Essa abordagem fundamenta-se no princípio de que os diversos tipos de
problemas trazidos pelo paciente só persistem se forem reforçados pelo comportamento
atual das pessoas que interagem com o paciente. Esta escola apresenta alguns
princípios básicos, descritos a seguir:

- Orientação franca para sintonia;

- Os problemas são vistos como dificuldades de interação;

- Os problemas são vistos como resultados de dificuldades quotidianas não


resolvidas;

- As transições de vida e o ciclo de vida familiar requerem mudanças


substanciais nos relacionamentos;

- Os problemas desenvolvem-se através de superênfase ou sub-ênfase nas


dificuldades de viver;

- A continuação de um problema é resultante de um circuito de feedback positivo


centrado nos comportamentos dos indivíduos que pretendem resolver a dificuldade;

- Os problemas de longa duração não são indicadores de cronicidade, mas de


persistência de uma dificuldade mal enfrentada;

- A resolução do problema requer primeiramente a substituição de padrões de


comportamento;

- Promover mudanças através de meios que funcionem mesmo que possam


parecer ilógicos

- “Pensar pequeno”, ou seja, focalizar o sintoma apresentado pelo paciente e


trabalhar em busca de alivio do mesmo, por isso a questão “por que” é evitada.

O processo terapêutico abrange quatro etapas:

1) formulação de uma imagem concreta e específica do problema.


O terapeuta está interessado no problema que levou aquela família ou paciente a
19
procurar ajuda naquele momento, se houverem diversos problemas, é importante que se
escolha o principal, com o propósito de estabelecer um objetivo até a próxima sessão.

2) Perceber qual o padrão de comportamento que está mantendo o problema.

3) estimar qual comportamento traria à “mudança pequena especifica” desejada.

4) Intervenção.
Durante essa etapa do processo terapêutico acontece o que, em minha opinião,
é a principal técnica da abordagem estratégica breve, que é a designação de uma tarefa,
contendo instruções paradoxais para promover tal mudança. É exatamente nesse
momento que se percebe nitidamente os resultados da atuação do terapeuta em ação.

A instrução paradoxal de maior frequência é a que ocorre como forma de


“prescrição do sintoma”, através do aparente encorajamento do comportamento
sintomático.
É importante ressaltar que, ao contrário do enfoque estrutural que visa a
alteração nos padrões de interação do sistema familiar durante a sessão, o enfoque
estratégico breve enfatiza a alteração dos mesmos no intervalo entre as sessões através
da prescrição paradoxal.
Embora a abordagem estratégica breve negue qualquer interesse na família
como “sistema”, eles trabalham sistematicamente e esperam que uma pequena
mudança num relacionamento importante na família reverberara no resto do sistema.
(Calil, 1987, p. 55 e 58)
O grupo de Milão

Estes teóricos entendem que o distanciamento e intimidade entre os membros


de uma família se organizam ao redor do seguinte paradoxo: as pessoas da família
necessitam de um feedback sobre seu comportamento e dos outros membros da família,
e isso é alcançado, geralmente, através dos relacionamentos íntimos entre os indivíduos
desse grupo familiar. Entretanto, esse sistema é abalado ou modificado pelo
desenvolvimento biológico e social dessa família ou de algum de seus membros, e nesse
período é possível notar o surgimento de conflitos, pois, em razão dos dilemas que
surgem dentro daquele sistema familiar, até então razoavelmente estável, conflitos estes
20
que surgem devido à perspectiva de mudança, ou não, do modus operandis do sistema
familiar, podem fazer emergir problemas antes recalcados, que são dolorosos para um
ou mais membros da família.
As famílias sintomáticas agem como se os membros pudessem mudar, mas,
desde que a mudança não altere o seu modo de agir dentro do sistema já estabelecido
anteriormente. Para o Grupo de Milão o membro sintomático só pode ser ajudado
quando sua percepção é ampliada em todos os aspectos, ou seja, a família deve
observar a natureza paradoxal de seu comportamento, ou definir com maior clareza os
seus relacionamentos.
A estrutura de uma sessão dos adeptos desta modalidade terapêutica é a
entrevista dividida em quatro fases:

1) reunião preparatória;

2) entrevista;

3) intervenção sistêmica e

4) reunião pós-entrevista.

Dentro dessa estrutura gostaria de destacar a segunda fase (entrevista), como


parte principal da sessão. Dentro dessa fase encontra-se a técnica de questionamento
circular, cujo objetivo é basicamente o de obter informações que irão confirmar ou não as
hipóteses formuladas, envolver toda família e questionar as diferenças existentes entre
seus membros e os sistemas da família. Tal técnica é estruturada de modo que, o
terapeuta se coloque em uma postura neutra frente aos membros da família, e age como
se quisesse apenas coletar dados sobre a convivência familiar, fazendo perguntas a
todos os membros. Cada pergunta é formulada de acordo com as respostas obtidas da
pergunta anterior, de maneira constante e criteriosa o terapeuta clarifica e amplia seu
campo de exploração até ao ponto em que surge uma questão que move todo o grupo.
É muito importante atentar para o total desencorajamento da interação entre os
membros da família durante a entrevista. O terapeuta deve estar atento também para a
maneira como as informações são passadas a ele, e não somente pelo conteúdo, pois
isso é um importante indicador de como acontece a interação do sistema.
21
O terapeuta deve utilizar a entrevista para explorar os triângulos cross-
generacionais existentes, perguntas que contenham ou comecem com “se” ou “suponha”
são muito utilizadas, para se lidar com a relutância em definir aspectos encobertos dos
relacionamentos, também são úteis para fornecer ferramentas que remetam a família ao
pensamento reflexivo sobre o problema. Segundo o Grupo de Milão, através desse estilo
de entrevista, é possível levar a família a estabelecer novas conexões, ampliando a
conscientização de si e dos problemas.
O objetivo da terapia é trabalhar com as famílias até que elas comuniquem a
equipe que os relacionamentos entre os membros foram reorganizados de tal maneira
que o comportamento sintomático torna-se desnecessário.

Terapia familiar comportamental

A terapia familiar comportamental caracteriza-se por um acompanhamento


cuidadoso com a demanda do cliente e uma avaliação com a aliança terapêutica, a
questão de empatia, resistência, comunicação e habilidades para resolver problemas,
além das técnicas utilizadas durante o tratamento.
O terapeuta familiar molda o tratamento para que ele se adapte a cada situação,
com o propósito de eliminar o comportamento indesejável e aumentar o positivo, definido
pela família.
As etapas da terapia familiar são:

 Realizar uma avaliação detalhada.

 Determinar a frequência básica do comportamento problemático.

 Orientar e proporcionar informações sobre o sucesso do tratamento.

 Estabelecer estratégias específicas para mudanças do que está sendo


tratado de acordo com cada família.

Pode-se afirmar que os principais objetivos da terapia cognitivo-comportamental,


no tratamento do relacionamento entre pais e filhos, são a reestruturação de cognições
inadequadas, o manejo das emoções, a modificação de padrões de comunicação
disfuncionais e o desenvolvimento de estratégias para solução de problemas cotidianos
22
com maior eficiência. Outros procedimentos utilizados são as alterações de
comportamentos que formam padrões negativamente específicos.
Um dos principais alvos da terapia é promover a reestruturação de cognições
disfuncionais. Esse é um processo realizado em diferentes etapas. A intenção é fornecer
aos cuidadores habilidades que possam diminuir os seus conflitos. Inicialmente, o
terapeuta explica a relação entre as ideias, sentimentos e comportamentos durante a
interação parental destrutiva. Cada membro da familia aprende a identificar, a avaliar e a
responder aos pensamentos distorcidos que podem estar influenciando de modo
negativo o relacionamento. As técnicas mais utilizadas são os registros de pensamentos
automáticos, diários, questionamentos na sessão, recordações.
Um procedimento largamente empregado para tratar questões que podem ser
fonte de graves conflitos para pai e filhos é a técnica de resolução de problemas. Duas
etapas marcam a solução de impasse entre os parceiros. A primeira refere-se à própria
definição do problema. Diversos pais têm dificuldades para delimitar o que está gerando
conflitos. O problema será definido em termos claros, específicos e comportamentais.
Contudo, é comum um indivíduo fazer uma declaração geral, superficial e não específica
ligada a um atributo de personalidade. A segunda etapa é a definição dos passos para a
resolução do problema em si mesmo. Em linhas gerais, são a discussão das possíveis
soluções, a adoção de uma das alternativas e o estabelecimento de um período para a
sua implementação. Verificando, ao fim, se a opção foi eficaz, em caso contrário outro
procedimento é adotado nos mesmos moldes anteriores.
O tratamento em geral é focalizado no sintoma, com o propósito de aumentar as
trocas compensatórias, reduzir as aversivas, trabalhar a importância da comunicação
adequada e extinguir o comportamento problemático
23

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