SUMÁRIO
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 42
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1 DIREITO PENAL E SEGURANÇA PÚBLICA
FONTE:www.iped.com.br
O Estado recebe das pessoas delegação para agir em nome da vítima, que
assim se libera da vingança privada. Somente o Estado pode punir, exercendo a
titularidade do jus puniendi, o direito de impor sanções. Obviamente, esse direito é
praticado observando certos procedimentos, a fim de garantir total lisura na apuração
da conduta do infrator. Também, é da titularidade do Estado o jus persequendi, ou
seja, direito à persecução mediante instauração do devido processo legal.
Na verdade, este poder do Estado nada mais é do que um poder/dever, uma
vez que, encarregado de aplicar a Justiça, não detém discricionariedade que lhe
permita optar entre promover a ação penal e deixar de fazê-lo. Assim, praticado o
crime, o Estado tem a obrigação de propor a ação penal, salvo a hipótese de ação
penal, onde a opção cabe ao particular.
Já o jus persequendi é um direito subjetivo do Estado exercido pelo Ministério
Público, encarregado de postular, perante o Estado-Juiz, a condenação do infrator. O
Promotor de Justiça é o dominus litis, mas, no entanto, está subordinado a
normatividade processual, não podendo agir de acordo com sua exclusiva vontade ou
predileções.
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1.3 Distinção entre direito penal e processo penal
FONTE:encrypted-tbn3.gstatic.com
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Desta forma, nenhuma ação humana, ainda que pareça imoral ou contrária aos
interesses coletivos, se não estiver prevista em lei escrita e anterior a sua execução,
pode constituir-se delito em sentido lato.
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2 II - RELAÇÕES DO PROCESSO PENAL COM AS DEMAIS CIÊNCIAS
FONTE:1.bp.blogspot.com
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2.2 Criminologia
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mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos
desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de lei;
III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou
degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem;
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VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção
aos locais de culta e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa
nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou
de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa,
fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre,
ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso,
por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão,
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo
da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com
seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos
ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido
prévio aviso à autoridade competente;
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XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de
caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas
independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu
funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter
suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso,
o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer
associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm
legitimidade para representar seus filiados, judicial ou extrajudicialmente;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV-a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente
poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização
ulterior, se houver dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de
financiar o seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização publicação
ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei
fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a. a proteção às participações individuais em obras coletivas e à
reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
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b. o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que
criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas
representações sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à
propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos,
tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico do País;
XXX - é garantido o direito à herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será
resguardada pela lei brasileira, em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável à lei pessoal do de cujus;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de
taxa:
a. o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou
contra ilegalidade ou abuso de poder;
b.a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos
e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato perfeito e a coisa
julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe
der a lei, assegurados:
a.a plenitude de defesa;
b.o sigilo das votações;
c.a soberania dos veredictos;
d.a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
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XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e
liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível,
sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou
anistia a prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitem;
XVIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos
termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite
do valor do patrimônio transferido;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará entre outras, as
seguintes:
a.privação ou restrição da liberdade;
b.perda de bens;
c.multa;
d.prestação social alternativa;
e. suspensão ou interdição de direitos;
XLVII - não haverá penas:
a.de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b.de caráter perpétuo;
c.de trabalhos forçados;
d.de banimento;
e. cruéis;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo
com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
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XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam
permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de
crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou
de opinião;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurado o contraditório e ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de
sentença penal condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido à identificação
criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não
for intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando
a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem judicial
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à
pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de
advogado;
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LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão
ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade
judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir
a liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do
depositário infiel;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção,
por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido
e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a. partido político com representação no Congresso Nacional;
b. organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania;
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a. para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público;
b. para retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que
vise a anular ao lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
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participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como
o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecimentos pobres, na forma da lei:
a. o registro civil de nascimento;
b. a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na
forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
Parágrafo 1º. As normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata.
Parágrafo 2º. Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
Assim, só para exemplificar, observamos os seguintes incisos:
III - protege a pessoa de tratamento desumano ou degradante;
XXXVII - veda o juízo de exceção;
XXXVIII - reconhece a instituição do júri;
XXIX - princípio da reserva legal;
XL - princípio da retroatividade da lei benigna;
LIV – princípio do devido processo legal;
LV – princípio do contraditório e ampla defesa;
LVII – princípio da presunção de inocência;
LX – princípio da publicidade.
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4 IV - EFICÁCIA DA LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO
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tribunais estrangeiros segundo suas próprias regras processuais, v.g., casos de
imunidade diplomáticas, de crimes cometidos por estrangeiros a bordo de
embarcações públicas estrangeiras em águas territoriais e espaço aéreas brasileiro
etc.
Considera-se praticado em território brasileiro o crime cuja ação ou omissão,
ou cujo resultado, no todo ou em parte, ocorreu em território nacional. Considera-se
como extensão do território nacional, para efeitos penais, as embarcações e
aeronaves públicas ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem,
e as embarcações e aeronaves particulares que se acharem em espaço aéreo ou
marítimo brasileiro, ou em alto-mar ou espaço aéreo correspondente.
A lei penal aplica-se aos crimes cometidos fora do território nacional que
estejam sujeitos à lei penal nacional. É a chamada extraterritorialidade da Lei penal.
Contudo, é preciso que se frise: a lei processual brasileira só vale dentro dos limites
territoriais nacionais. Se o processo tiver tramitação no estrangeiro, aplicar-se-á a lei
do país em que os atos processuais forem praticados.
A legislação processual brasileira também se aplica aos atos referentes às
relações jurisdicionais com autoridades estrangeiras que devem ser praticados em
nosso país, tais como o cumprimento de rogatória etc.
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5 V - EFICÁCIA DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO
FONTE:veja.abril.com.br
Art. 2º. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da
validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
Percebe-se, desde logo, que o legislador pátrio adotou o princípio da aplicação
imediata das normas processuais, sem efeito retroativo, uma vez que, se tivesse, a
retroatividade anularia os atos anteriores, o que não ocorre.
Dessa forma, sem a sua retroatividade, os atos processuais realizados sob
a égide da lei anterior são considerados válidos e as normas processuais têm
aplicação imediata, regulando o desenrolar do processo.
Todavia, embora a lei processual não seja retroativa, há que se atentar quanto
às normas jurídicas que possuem natureza mista, ou seja, serem dotadas de natureza
processual e material, concomitantemente, atribuindo-lhe, assim, efeito retroativo ao
dispositivo que for mais favorável ao réu.
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6 VI - PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL
1. Verdade real
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6. Princípio do juiz natural (CF, art. 5º, incisos XXXVII e LIII).
A Constituição Federal proíbe a criação de tribunais de exceção, e, ligado à
proibição dos tribunais de exceção está o princípio do juiz natural ao expressar
“Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
competente”.
Não se devem confundir as justiças especiais com os chamados tribunais de
exceção. As justiças especiais são as previstas na própria Constituição para o
julgamento de determinadas causas, como a Justiça Eleitoral, a Justiça do Trabalho
e a Justiça Militar. A proibição dos juízes de exceção refere-se à eventual criação de
órgão específico para a decisão civil ou penal de determinados casos, fora da
estrutura do Poder Judiciário. Os tribunais de exceção normalmente são instituídos
em período revolucionário, para o julgamento de fatos políticos, e estão afastados pelo
texto constitucional.
7. Publicidade (CPP, art. 792 e CF, arts. 5º, LX, e 93, IX, parte final).
Em regra, os atos processuais são públicos e as audiências são franqueadas
ao público em geral (CPP, art. 792). Contudo, segundo o parágrafo 1º do art. supra,
“se da publicidade da audiência, da sessão ou do ato processual, puder resultar
escândalo, inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem, o juiz, ou tribunal,
câmara ou turma, poderá, de ofício ou a requerimento da parte ou do Ministério
Público, determinar que o ato seja realizado a portas fechadas, limitando o número de
pessoas que possam estar presentes”.
9. Iniciativa das partes (“ne procedat judex ex officio”) - (CF, art. 5º, LIX e art.
129, I, e CPP, arts. 29 e 30).
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O juiz depende da provocação da parte. Cabe ao Ministério Público promover
privativamente a ação penal pública e ao ofendido, a ação penal privada.
Se o juiz der início a uma ação penal ele perderá sua imparcialidade.
10. Ne eat judex ultra petita partium (arts. 383 e 384 do CPP).
FONTE:www.fenapef.org.br
O juiz deve pronunciar-se sobre aquilo que lhe foi pedido. O que efetivamente
vincula o juiz criminal, definindo a extensão do provimento jurisdicional, são os fatos
submetidos à sua apreciação. Se o promotor, na denúncia, imputa ao réu um crime
de furto, e, ao final, apura-se que o crime cometido foi o de estupro, não pode o juiz
proferir condenação, ainda que o outro crime esteja caracterizado.
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12. Presunção de inocência (CF, art. 5º, LVII).
Nossa Constituição Federal consagra o princípio de que ninguém será
considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
Porém, convém lembrar a Súmula 9 do Superior Tribunal de Justiça, segundo a qual
a prisão processual não viola o princípio do estado de inocência.
Entretanto, o art. 594 do nosso diploma processual impõe que o réu não poderá
apelar sem recolher-se à prisão, ou prestar fiança, salvo se for primário e de bons
antecedentes, assim reconhecido na sentença penal condenatória, ou condenado por
crime que se livre solto.
Nesse sentido, há muita discussão doutrinária a respeito de flagrante
inconstitucionalidade.
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Interceptação telefônica sem autorização judicial (violação de sigilo
telefônico);
Exemplos:
Exibição de documento em plenário do Júri com desobediência ao disposto
no artigo 475 do CPP;
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penal, a prova favorável ao acusado, ainda que colhida com infringência aos direitos
fundamentais seus ou de terceiros.
Embora pacífica a aplicação do princípio da proporcionalidade somente pro reo,
o STJ, em julgado recente, admitiu a incidência pro societate, aceitando que, dentro
de princípios lógicos, é perfeitamente viável a aceitação da prova obtida mediante
interceptação telefônica.
No entanto, oportuno ressaltar que, legalmente, em consonância com o que
dispõe a Lei n. 9.296, de 24 de julho de 1996, a interceptação de comunicações
telefônicas de qualquer natureza não será admitida, salvo por ordem judicial e sob
segredo de Justiça, sob pena de constituir-se em crime capitulado no artigo 10 da
referida Lei.
FONTE:encrypted-tbn0.gstatic.com
1. Conceito
O direito de ação é o direito subjetivo público de pleitear ao Poder Judiciário
uma decisão sobre uma pretensão.
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Desde o momento em que o Estado instituiu a proibição da justiça privada, foi
outorgado aos cidadãos o direito de recorrer a órgão estatais para a solução de seus
conflitos de interesses.
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a) ação penal privada, ou propriamente dita: que somente pode ser exercida
pela vítima ou por quem legalmente a represente e, no caso de morte, por qualquer
uma das pessoas citadas no art. 31;
b) ação penal privada subsidiária da pública: que é aquela iniciada por meio
de queixa, quando embora se trate de crime de ação pública, o Promotor não haja
oferecido denúncia no prazo legal (art. 29 do CPP);
3. As condições da ação
São requisitos que subordinam o exercício do direito de ação. Para se poder
exigir, no caso concreto, a prestação jurisdicional, faz-se necessário, antes de tudo, o
preenchimento de certas condições, que se denominam condições de procedibilidade.
São de duas ordens:
b) legitimidade de parte:
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Somente a parte legítima é que pode promover a ação penal. Assim,
apenas o titular do bem ou interesse lesionado é que pode exercer a ação
penal.
O Estado é que detém o direito de punir, sendo, portanto, o titular desse
direito, apenas ele é que poderá exercer a ação penal. Todavia, em
determinados casos, poucos, aliás, sem abrir mão do seu direito de punir, o
Estado transfere ao particular o jus persequendi in judicio, isto é, o direito de
agir e de acusar - são os casos de ação penal privada. Nestes casos, o
particular é parte legítima para requerer que se instaure o processo.
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Obs: A partir da Lei 11.719/2008 revogou-se o art. 43 e o seu conteúdo foi
transferido, com alterações, para o art. 395 do CPP, todavia, quanto às
condições genéricas da ação, vários doutrinadores continuam a sustentar
serem as três já indicadas, ou seja, possibilidade jurídica do pedido, interesse de
agir e legitimidade de parte.
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4.5. Princípio da autoritariedade
Corolário do princípio da oficialidade. São autoridades públicas os
encarregados da persecução penal extra e in judicio (respectivamente, autoridade
policial e membro do Ministério Público).
4.6. Princípio da oficiosidade
Os encarregados da persecução penal devem agir de ofício,
independentemente de provocação, salvo nas hipóteses em que a ação pública for
condicionada à representação ou à requisição do ministro da justiça.
4.7. Princípio da indivisibilidade
Também aplicável à ação penal privada (CPP, art. 48). A ação penal pública
deve abranger todos aqueles que cometeram a infração, não podendo o Ministério
Público escolher, dentre os indiciados, quais serão processados.
4.8. Princípio da intranscendência
A ação penal só pode ser proposta contra a pessoa a quem se imputa a prática
do delito, é personalíssima.
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2) crime contra a honra de funcionário público, em razão de suas funções (art. 141, II,
c/c o art. 145, parágrafo único);
5.3. Prazo
O prazo para exercer o direito de representação é de 06 (seis) meses, a contar
do dia em que o ofendido ou seu representante legal vier a saber quem é o autor do
crime.
5.4. Forma
A representação não tem forma especial. O Código de Processo Penal,
todavia, estabelece alguns preceitos a seu respeito (art. 39, caput e §§ 1º e 2º), mas
a falta de um ou de outro não será, em geral, bastante para invalidá-la. Óbvio que a
ausência de narração do fato a tornará inócua.
A representação pode ser dirigida ao juiz, ao representante do Ministério
Público ou à autoridade policial (cf. art. 39, caput, do CPP).
Feita a representação contra apenas um suspeito, está se estenderá aos
demais, autorizando o Ministério Público a propor a ação em face de todos, em
atenção ao princípio da indivisibilidade.
5.5. Irretratabilidade
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A representação é irretratável após o oferecimento da denúncia (CPP, art. 25).
A retratação só pode ser feita antes de oferecer a denúncia, pela mesma pessoa que
representou.
6.2. Titular
O ofendido ou seu representante legal (CP, art. 100, § 2º; CPP, art. 30). Na
técnica do Código, o autor denomina-se querelante e o réu querelado. Se o ofendido
for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver
representante legal, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial,
nomeado para o ato (art. 33 do CPP).
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6.3. Princípio da oportunidade ou conveniência
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6.7.2. Ação privada personalíssima
Sua titularidade é atribuída única e exclusivamente ao ofendido, sendo o seu
exercício vedado até mesmo ao seu representante legal, inexistindo, ainda, sucessão
por morte ou ausência. Há entre nós apenas dois casos dessa ação penal:
Ex: crime de induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento.
(CP, art.236, parágrafo único).
Observação: No caso de ofendido incapaz, seja em razão da idade ou de
enfermidade mental, a queixa não poderá ser exercida, posto que há incapacidade
para estar em juízo e impossibilidade do direito ser manejado por representante legal
ou por curador.
7.3. Dano, mesmo quando cometido por motivo egoístico ou com prejuízo
considerável para a vítima (art.163, “ caput ”, parágrafo único, IV);
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7.6. Violação de direito autoral, usurpação de nome ou pseudônimo alheio, salvo
quando praticado em prejuízo de entidades de direito (arts.184 caput e 186);
7.8. O exercício arbitrário das próprias razões, desde que praticado sem violência
(art.345, parágrafo único).
8. Prazo
O prazo para o ofendido ou seu representante legal exercer o direito de queixa
é de 06 (seis) meses, contado do dia que vierem, a saber, quem foi o autor do crime
(CPP, art.38), com a possibilidade de haver exceções:
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MODELO Nº 01
(Modelo de Denúncia)
1)Consta dos referidos autos que, no dia 27 de fevereiro do ano em curso, por
volta das 20:00 horas, nesta cidade, à altura do prédio n.20 da Rua Bento Gonçalves,
o denunciado agrediu e lesionou Pedro Bernardino.
2)Na verdade, dias antes dos fatos, o denunciado soubera que a vítima ficara
desgostosa com o serviço mecânico prestado ao seu veículo na Oficina " Tudo OK ",
de propriedade do denunciado, e, por isto, dissera que não pagaria o pretenso
conserto.
4)Assim, estando ele incurso nas penas do art.129 § 1º, do CP, combinado com
o art.61, II, primeira figura do mesmo estatuto, requer, após o recebimento e autuação
desta denúncia, seja o réu citado para o interrogatório e, enfim se ver processado até
final julgamento, nos termos do art.593 do CPP, notificando-se a vítima e as
testemunhas do rol abaixo para virem depor em juízo, em dia e hora a serem
designados, sob as cominações legais.
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Rio de Janeiro, 14 de julho de 1990
Rol :
1º) Pedro Bernardino (Vítima), qualificado as fls.4;
2º) Manoel Ricardo, qualificado as fls.08;
3º) Pedro dos Santos (funcionário municipal), qual.fls.10;
4º) Manoel José (Militar), qualif.a fls.15.
modelos extraídos do livro ‘ Prática de Processo Penal ‘ - Fernando da
Costa tourinho Fº - 1997.
MODELO Nº 02
(Modelo de despacho do Juiz recebendo a denúncia)
" Recebo a denúncia. Designo o dia ____, as ____ horas para o interrogatório.
Cite-se. Notifique-se o Dr.Promotor de Justiça. Defiro as diligências solicitadas pelo
MP (Ministério Público) (arts.394 e 399). (Data e Assinatura)"
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MODELO Nº 03
(Modelo de devolução dos autos à Polícia para novas diligências)
MM.Juiz :
A digna autoridade policial instaurou o presente inquérito para apurar um crime
de furto. Constatou-se, fartamente, a materialidade do fato. Apurou-se, também,
que o seu autor, por sinal foragido, fora um empregado da vítima. Embora o Doutor
Delegado de Polícia deixasse de proceder à qualificação direta do indiciado, e isto por
razões óbvias, não havia motivos que o impedissem de proceder à sua qualificação
indireta. Sabe-se, apenas, que o indiciado se chama Pedro. Evidente que a
Promotoria não pode ofertar denúncia contra o indiciado, pois deixaria em sobressalto
todos os cidadãos com o prenome Pedro... Ademais, o art.41 do CPP dispõe que a
denúncia ou a queixa deve conter a qualificação do réu ou esclarecimentos pelos
quais se possa identificá-lo, e isto por razões que dispensam comentários.
A denúncia deve ser oferecida contra o genuíno autor da infração, e, assim, tal
ato processual não pode ser praticado quando não se conhece a pessoa a quem deva
ser atribuído tal qualidade. Certo que ele está foragido. Nada impede que a digna
autoridade policial colha, junto à vítima, a sua qualificação. O indiciado já trabalhou
para a vítima. É possível que ela ainda possua, nos seus arquivos, os dados
qualificativos do indiciado. Se a diligência for infrutífera, poderá o Doutor Delegado,
com os meios ao seu alcance, envidar esforços no sentido de trazer para os autos tais
elementos. Se de todo for impossível, restará à Promotoria requerer o arquivamento
dos referidos autos.
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Modelos extraídos do livro ‘Prática de Processo Penal ‘- Fernando da
Costa tourinho Fº - 1997.
MODELO Nº 04
(Modelo de pedido de arquivamento)
MM.Juiz :
Instaurou-se o presente inquérito, registrado sob o n.29/88, contra Pedro
Pedrão, porquanto este, no dia 2-2-1988, por volta das 14:30 horas, dirigindo o seu
automóvel Opala, chapa DV-1114, descendo a Rua 13 de maio, ao atingir a
confluência com a Av.Rodrigues Alves, convergiu à direita, com o objetivo de ir à
Av.das Nações. Naquele instante, trafegava pela referida avenida Rodrigues Alves
o Monza dirigido por José. Houve o choque entre os dois veículos e o motorista do
Monza saiu lesionado. Instaurou-se o inquérito, porquanto pareceu à digna
Autoridade Policial, pelas primeiras informações colhidas, houvesse sido o motorista
do Opala o causador do acidente. Na verdade, após perícia e ouvida de testemunhas
que presenciaram o fato, foi o motorista do Monza quem, imprudentemente
desrespeitou o semáforo, levando o seu conduzido a colidir contra o para-lama
esquerdo do Opala. Na verdade, o causador do acidente foi o motorista do Monza.
Por outro lado, somente ele saiu ferido. Como se trata de autolesão, o fato não pode
ser erigido à categoria de crime. Contudo, houve a contravenção definida no art.34
da Lei das Contravenções. Ele dirigiu o seu veículo pela Av.Rodrigues Alves, pondo
em perigo a segurança alheia. De observar-se, entretanto, que o fato ocorreu no dia
2-2-1988, há mais de um ano. Quando do fato, José tinha apenas 20 anos de idade.
Ora, a pena cominada àquela contravenção é de quinze dias a três meses. Sendo
a pena máxima inferior a um ano, a prescrição ocorre em dois anos (art.109, VI do
CP); como ele, à época do fato, era menor de 21 anos, o prazo prescricional é reduzido
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de metade (art.115 do CP); assim, está extinta a punibilidade, pelo que, uma vez
reconhecida, deve o presente inquérito ser arquivado.
Bauru, 28-6-1990
Maria Helena Côrtes Pinheiro
Promotora de Justiça
Modelos extraídos do livro ‘Prática de Processo Penal ‘- Fernando da
Costa tourinho Fº - 1997.
MODELO Nº 05
(Modelo de despacho do Juíz recebendo o pedido de arquivamento)
MODELO Nº 06
(Modelo de Queixa)
Exmo.Sr.Dr.Juiz de Direito desta Comarca
Basílio Costa, brasileiro, casado, lavrador, residente e domiciliado nesta cidade,
na rua Tupinambá n.10, por seu procurador infrafirmado, vem, perante V.Exa.,
oferecer queixa contra Ricardo Pantaleão, brasileiro, solteiro, lavrador, residente e
domiciliado nesta cidade, na Rua Andradina n.15, pelo seguinte fato:
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1º) Consta dos inclusos autos de inquérito policial que, no dia 27 de fevereiro
último, por volta das 17:00 horas, o querelado, que possui um sítio contíguo ao do
querelante, neste município, sem assentimento do querelante ou de quem de direito,
abriu a porteira situada na divisa das duas propriedades e introduziu dois cavalos seus
no sítio do querelante.
3º) Pelo laudo de fls.10, vê-se que os referidos animais estragaram parte da
plantação de milho e feijão do sítio do querelante, estimando os peritos que os
prejuízos orçaram em R$ 100.000,00 (Cem mil reais).
Nestes termos,
P.deferimento.
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Rol :
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BIBLIOGRAFIA
. FRANCO, ALBERTO SILVA, e outros. Leis Penais Especiais. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1995.
. GRECO Fº, VICENTE. Manual de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 1997.
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