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Teste de Português – 12ºD


Fevereiro 2014

TÓPICOS DE CORREÇÃO

Grupo I (100 pontos)


A

Leia atentamente o seguinte texto.

1 78 Um ramo na mão tinha... Mas, ó cego, 40 Que merecerem ter eterna glória!
Eu, que cometo, insano e temerário, (…)
Sem vós, Ninfas do Tejo e do Mondego, 84 Nem creiais, Ninfas, não, que fama desse
Por caminho tão árduo, longo e vário! A quem ao bem comum e do seu Rei
5 Vosso favor invoco, que navego Antepuser seu próprio interesse,
Por alto mar, com vento tão contrário Imigo da divina e humana Lei.
Que, se não me ajudais, hei grande medo 45 Nenhum ambicioso que quisesse
Que o meu fraco batel se alague cedo. Subir a grandes cargos, cantarei,
Só por poder com torpes exercícios
79 Olhai que há tanto tempo que, cantando Usar mais largamente de seus vícios;
10 O vosso Tejo e os vossos Lusitanos,
A Fortuna me traz peregrinando, Luís de Camões, Os Lusíadas, canto VII
Novos trabalhos vendo e novos danos:
Agora o mar, agora experimentando
Os perigos Mavórcios inumanos,
15 Qual Cánace, que à morte se condena,
Nüa mão sempre a espada e noutra a pena;

80 Agora, com pobreza avorrecida,


Por hospícios alheios degradado;
Agora, da esperança já adquirida, GLOSSÁRIO
20 De novo mais que nunca derribado; Mavórcios (v.14) – da guerra.
Agora às costas escapando a vida, Cánace (v.15) – filha de Éolo, deus dos ventos.
Que dum fio pendia tão delgado
Que não menos milagre foi salvar-se
Que pera o Rei Judaico acrecentar-se.

25 81 E ainda, Ninfas minhas, não bastava


Que tamanhas misérias me cercassem,
Senão que aqueles que eu cantando andava
Tal prémio de meus versos me tornassem:
A troco dos descansos que esperava,
30 Das capelas de louro que me honrassem,
Trabalhos nunca usados me inventaram,
Com que em tão duro estado me deitaram.

82 Vede, Ninfas, que engenhos de senhores


O vosso Tejo cria valerosos,
35 Que assi sabem prezar, com tais favores,
A quem os faz, cantando, gloriosos!
Que exemplos a futuros escritores,
Pera espertar engenhos curiosos,
Pera porem as cousas em memória
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Apresente, de forma clara e bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.

1. Identifique o destinatário da mensagem do poeta e o motivo que o leva a dirigir-


se-lhe, interpretando a dimensão metafórica da estância 78. (15 pontos)
Ninfas do Tejo e do Mondego. Pedido de ajuda. Dimensão metafórica nos 4
últimos versos: se não tiver a ajuda das ninfas, o poeta teme pela sua vida e obra,
sente-se incapaz de levar a cabo a tarefa de continuar a sua epopeia…

2. Ao longo do excerto, o poeta refere-se à sua vida. Caraterize essa vida do poeta,
fundamentando com elementos textuais. (15 pontos)
Vida desafortunada, participou nas lutas, e nas agruras das viagens marítimas,
foi exilado, sofreu a pobreza, sobreviveu a um naufrágio…

3. Explicite o recurso do poeta a um tom crítico e sarcástico, na estância 82. (15


pontos)
Através da ironia, o poeta critica aqueles que, em vez de glorificarem os que
cantam os feitos dos portugueses, os maltratam, desmotivando as futuras
gerações de poetas…

4. Explique, em síntese, o conteúdo da última estância. (15 pontos)


O poeta diz não estar disposto a referir-se (a dar fama) a quem colocar os seus
interesses pessoais antes do bem comum e do seu rei ou aos ambiciosos que
querem chegar a altos cargos apenas para poderem usar o poder a seu bel-
prazer…

Responda apenas a duas das quatro questões seguintes: (20 pontos x2)

1. Explique por que razão, e ao contrário do que é habitual, não se encontram


Reflexões do Poeta nos cantos III e IV de Os Lusíadas.
Nestes cantos o narrador é Vasco da Gama que narra ao rei Melinde a história de
Portugal e a sua viagem…

2. Comente, sucintamente, uma outra Reflexão do Poeta de Os Lusíadas, à sua


escolha (à exceção da presente em A).
Várias hipóteses de resposta.

3. Explicite, sucintamente, a simbologia da estrutura tripartida da Mensagem:


Brasão, Mar Português e o Encoberto.
O nascimento, a vida, a morte e renascimento…
(Mensagem é um poema épico-lírico e não uma epopeia…)

4. Explicite, fazendo apelo à sua experiência de leitura, o modo como as tendências


da Vanguarda europeia estão representadas na poesia de Álvaro de Campos.
As tendências da vanguarda referem-se à fase eufórica, futurismo e
sensacionismo (Ode Triunfal)…
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A professora
Arminda Gonçalves

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