Orientadora
Profa. Dra ESTER MIYUKI NAKAMURA PALACIOS
Co-orientador
Prof. Dr. ORLANDO FRANCISCO AMODEO BUENO
VITÓRIA
2006
JANE TAGARRO CORRÊA FERREIRA
Tese apresentada ao
Programa de Pós-Graduação
em Ciências Fisiológicas do
Centro de Ciências da Saúde
da Universidade Federal do
Espírito Santo, como requisito
parcial para a obtenção do
grau de Doutor em Ciências
Fisiológicas.
Orientadora: Profª. Drª. Ester
Miyuki Nakamura-Palacios.
VITÓRIA
2006
JANE TAGARRO CORRÊA FERREIRA
COMISSÃO EXAMINADORA
__________________________________________________
Prof. Dr. Erasmo Barbante Casela, USP-SP
___________________________________________________
Prof. Dr. Orlando Francisco Amodeo Bueno, UNIFESP-SP
(Co-orientador)
___________________________________________________
Prof. Dr. Renan Barros Domingues, EMESCAM-ES
___________________________________________________
Prof. Dr. José Guilherme Pinheiro Pires, UFES-ES
___________________________________________________
Profa. Dra. Ester Miyuki Nakamura Palacios
Orientadora, UFES-ES
___________________________________________________
Prof. Dr. José Geraldo Mill
Coordenador do PPGCF-CCS-UFES
Aos meus pais,
ao meu esposo, Ronaldo
e aos meus filhos, Rafael, Ranier e Ramon,
que me impulsionam em vencer desafios.
AGRADECIMENTOS
Mas, em especial à Profa Dra Ester Miyuki N. Palácios, pelo apoio constante,
compreensão, tolerância, orientações e incentivo,
Figura 34 Tempo de Reação (TR) (A), Erros de Omissão (EO) (B) e Erros de
Adição (EA) (C) nas três tarefas do teste de atenção visuo-
espacial (TAVIS 3 R) em crianças e adolescentes com
diagnóstico de TDAH, antes (0), e após 6 e 12 meses de
tratamento com o Metilfenidato.................................................170
RESUMO............................................................................................................... 18
ABSTRACT........................................................................................................... 20
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 23
1.5 Co-morbidades........................................................................................... 31
1.6 Etiologia...................................................................................................... 32
1.6.1 Fatores ambientais............................................................................. 32
1.6.2 Fatores genéticos............................................................................ ....33
2. OBJETIVOS........................................................................................................ 50
2.1 Objetivos Gerais......................................................................................... 50
2.2 Objetivos Específicos................................................................................. 50
3. MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................. 53
3.2. Amostras.................................................................................................... 53
3.2.1. Grupos experimentais........................................................... .............53
3.2.2. Critérios de inclusão.......................................................................... 55
3.2.3. Critérios de exclusão......................................................................... 56
3.3. Procedimentos Diagnósticos..................................................................... 57
3.3.1 Na Unidade de Saúde ou no Consultório........................................... 57
3.3.2 Na escola............................................................................................ 61
3.3.3 Escala de CONNERS versão para pais............................................ 61
3.3.4. Escala de CONNERS versão para professores................................ 62
3.3.5. Escala SNAP- IV versão para pais e professores............................. 63
4. RESULTADOS.................................................................................................. 82
6. CONCLUSÕES..................................................................................................230
7. REFERÊNCIAS.................................................................................................235
8. ANEXOS............................................................................................................248
RESUMO
RESUMO
18
RESUMO
neuropsicológica, sendo administrado por via oral, nas doses de 0,6 a 0,9 mg/kg/dia
conforme resposta terapêutica e tolerância medicamentosa, dividida em duas
tomadas, durante doze meses. O tratamento com MFD por 6 e 12 meses reverteu os
déficits de funções cognitivas atencionais, executivas, de memória operacional e de
memória de curto e longo prazo. Portanto, a avaliação neuropsicológica das funções
frontais se mostrou extremamente útil tanto no auxílio do diagnóstico quanto na
avaliação cognitiva no seguimento clínico do tratamento farmacológico.
19
ABSTRACT
ABSTRACT
20
ABSTRACT
21
1. INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
23
INTRODUÇÃO
24
INTRODUÇÃO
25
INTRODUÇÃO
26
INTRODUÇÃO
27
INTRODUÇÃO
28
INTRODUÇÃO
29
INTRODUÇÃO
A. Ou (1) ou (2)
(1) seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção persistiram por pelo menos 6
meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento:
Desatenção:
a) freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em
atividades escolares, de trabalho ou outras
b) com freqüência tem dificuldades para manter atenção em tarefas ou atividades lúdicas
c) com freqüência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra
d) com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas
domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de oposição ou
incapacidade de compreender instruções)
e) com freqüência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades
f) com freqüência evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam esforço
mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa)
g) com freqüência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por exemplo,
brinquedos; tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais)
h) é facilmente distraído por estímulos alheios às tarefas
i) com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias
(2) seis (ou mais) dos seguintes sintomas de hiperatividade persistiram por pelo menos 6
meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento:
Hiperatividade:
a) freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira
b) freqüentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se
espera que permaneça sentado
c) freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriado
(em adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações subjetivas de inquietação)
d) com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em
atividades de lazer
e) está freqüentemente “a mil” ou muitas vezes age como se estivesse “a todo vapor”
f) freqüentemente fala em demasia
Impulsividade:
g) freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido
completadas
h) com freqüência tem dificuldade para aguardar a sua vez
i) freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo, intromete-
se em conversas ou brincadeiras)
C. Algum prejuízo causado pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos (por exemplo,
na escola [ou trabalho] e em casa).
30
INTRODUÇÃO
1.5. Co-morbidades
31
INTRODUÇÃO
1.6. Etiologia
Apesar dos avanços nos últimos anos nas áreas de genética e neurofisiologia
no TDAH os mecanismos biológicos envolvidos nesse transtorno continuam não
esclarecidos (Levy et al., 2001).
O TDAH não parece ter uma etiologia única e os estudos são consistentes com
a hipótese multifatorial. Na verdade, como em outras condições psiquiátricas, parece
ser causado pela combinação de fatores biológicos, genéticos e ambientais
(Spencer et al., 2002). Entretanto, como estes componentes se combinam causando
o TDAH ainda é desconhecido (Faraone & Biederman, 1998; Amen, 2001).
Acredita-se que vários genes de pequeno efeito sejam responsáveis por uma
vulnerabilidade (ou suscetibilidade) genética ao transtorno, à qual se somam
diferentes agentes ambientais. Desta forrma, os sintomas do TDAH em um
indivíduo, parecem depender de quais genes de suscetibilidade estão agindo, de
quanto cada um deles contribui para a doença e da interação desses genes entre si
e com o ambiente (Roman et al, 2003). Muitos estudos já tentaram definir quais
seriam os subfenótipos com um componente genético maior e mais homogêneo, e
aqueles com um componente ambiental maior (Faraone et al., 2000a).
32
INTRODUÇÃO
desses fatores, não sendo possível estabelecer uma relação direta de causa e efeito
(Faraone e Biederman, 1998).
Levy et al. (apud Roman et al., 2003) têm documentado que a exposição ao
fumo e álcool na gravidez parece atuar como fator de risco para o desenvolvimento
do TDAH. Segundo estes autores, outros fatores como danos cerebrais perinatais no
lobo frontal podem afetar processos de atenção, motivação e planejamento,
relacionando-se indiretamente com o transtorno.
33
INTRODUÇÃO
34
INTRODUÇÃO
35
INTRODUÇÃO
36
INTRODUÇÃO
37
INTRODUÇÃO
38
INTRODUÇÃO
39
INTRODUÇÃO
40
INTRODUÇÃO
41
INTRODUÇÃO
42
INTRODUÇÃO
43
INTRODUÇÃO
1.9.2. Atenção
Por outro lado, existem evidências de que áreas do lobo frontal médio,
incluindo o giro cingulado anterior estão envolvidas na atenção, em uma rede
44
INTRODUÇÃO
45
INTRODUÇÃO
1.10.1. Metilfenidato
46
INTRODUÇÃO
47
INTRODUÇÃO
48
2. OBJETIVOS
OBJETIVOS
2. OBJETIVOS
50
OBJETIVOS
51
3. MATERIAL E MÉTODOS
MATERIAL E MÉTODOS
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.2. Amostras
53
MATERIAL E MÉTODOS
A constituição do grupo controle foi feita por pareamento por idade, sexo,
escolaridade, nível intelectual e classes socioeconômicas, de crianças e
54
MATERIAL E MÉTODOS
A seleção dos sujeitos nas escolas foi feita a partir de uma avaliação inicial
com o professor, utilizando-se escalas específicas para evidenciar desordens de
atenção como instrumentos de triagem para o TDAH (Barkley A. R., 1998). Os casos
com suspeita de dificuldades de atenção eram encaminhados para avaliação
diagnóstica nos ambulatórios da rede pública ou privada.
55
MATERIAL E MÉTODOS
56
MATERIAL E MÉTODOS
1º Estágio: Triagem
57
MATERIAL E MÉTODOS
2º Estágio: Diagnóstico
58
MATERIAL E MÉTODOS
59
MATERIAL E MÉTODOS
60
MATERIAL E MÉTODOS
3.3.2. Na escola
61
MATERIAL E MÉTODOS
62
MATERIAL E MÉTODOS
A escala SNAP-IV tem uma pontuação que varia de 0 a 3 pontos por itens, 0
= nunca, 1 = às vezes, 2 = freqüentemente e 3 = sempre. A soma total de pontos é
efetuada em cada domínio específico: desatenção, hiperatividade/impulsividade e
transtorno opositor desafiador (TOD), e divide-se o total de pontos pelo número de
itens neste mesmo domínio. O escore em cada subescala é expressa, portanto, pela
média. O ponto de corte (cut-off) em cada subescala correspondente para
professores é: desatenção (2.56), hiperatividade/impulsividade (1.78) e TOD (1.38);
e para pais é: desatenção (1.78), hiperatividade/impulsividade (1.44) e TOD (1.88).
63
MATERIAL E MÉTODOS
64
MATERIAL E MÉTODOS
A dose ótima do MFD foi identificada pela análise dos efeitos clínicos e
efeitos adversos, iniciando-se o tratamento com pequenas doses e aumentando
gradualmente até a dose ideal. Uma vez determinada a dose individual eficaz e bem
tolerada, que variou de 0,6 a 0,9 mg/kg/dia, a mesma foi mantida durante o
tratamento, com ajustes periódicos, usando sempre as observações informadas
(feedback) pelos pais e professores (Vitiello, 2001).
65
MATERIAL E MÉTODOS
A aplicação dos testes foi feita em três ou quatro sessões, com duração
média de 40 a 50 minutos, obedecendo a uma ordem que alternava tarefas verbais,
gráficas ou de execução, conforme o tempo de realização de cada tarefa, para evitar
a fadiga e comprometer o desempenho do teste.
66
MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de um teste de fácil aplicação, não requer limite de tempo para sua
execução, linguagem ou habilidades acadêmicas para o seu sucesso.
67
MATERIAL E MÉTODOS
68
MATERIAL E MÉTODOS
69
MATERIAL E MÉTODOS
Segundo Spreen & Strauss (1998) este teste foi desenvolvido por Berg &
Grant (Berg, 1948; Garnt & Berg, 1948) para avaliar a habilidade de formar conceitos
abstratos, de usar estratégias cognitivas em resposta a mudanças de contingências
ambientais. É considerada uma medida de funções executivas que requer
estratégias de planejamento, organização, comportamentos direcionados a metas,
habilidade para modular uma resposta impulsiva e mudar de estratégias eficazes de
aprendizagem (Heaton et al, 1993).
70
MATERIAL E MÉTODOS
71
MATERIAL E MÉTODOS
Este teste foi desenvolvido por Aaron Smith, 1982, como uma medida de
avaliação de disfunção cerebral em crianças e adultos (Spreen & Strauss, 1998). É
similar ao subteste de substituição de dígitos para símbolos do WISC III, mas reverte
72
MATERIAL E MÉTODOS
73
MATERIAL E MÉTODOS
74
MATERIAL E MÉTODOS
Segundo Spreen & Strauss (1998), este teste foi desenvolvido por
Brickenkamp (1981), tratado e alterado por inúmeros outros autores, entre eles
Whipple (1910), Toulouse e Piéron (1911), Meili (1961) e Zazzo (sem indicação de
data). Sua aplicabilidade destina-se a faixa etária de 9 a 60 anos de idade, para o
qual ele foi padronizado, podendo ser administrado individual ou coletivamente.
Testes de cancelamento avaliam várias funções mentais (Lezak, 1995). A precisão
de varredura visual, a ativação e inibição na rapidez de respostas, a atenção seletiva
e a sustentada são requeridas. Tem sido caracterizado como um teste de atenção
concentrada visual e de sustentação da atenção.
75
MATERIAL E MÉTODOS
O examinador fazia a leitura das palavras, lidas uma de cada vez em cada
lista, e em seguida era solicitado ao examinando a recuperação livre de todas as
palavras que ele lembrava. Procedia-se assim até efetuar a leitura das doze listas.
Foram registradas as palavras evocadas corretamente, bem como as repetições, as
perseverações e as inserções. O teste de Lista de Palavras é um instrumento
amplamente usado na avaliação da memória de curto e longo prazo, podendo ser
também observados os efeitos de “primazia” e “recência” (Lezak, 1995).
76
MATERIAL E MÉTODOS
BATERIA NEUROPSICOLÓGICA
TESTES FUNÇÕES POSSÍVEIS DE SEREM EXAMINADAS
(Spreen e Strauss, 1998; Lezak, 1995)
RAVEN (Matrizes Progressivas HABILIDADE INTELECTUAL
Coloridas, escalas geral e especial)
TDE DESEMPENHO ESCOLAR: Leitura, Escrita e
Aritmética
TESTE DE DÍGITOS Direto: MEMÓRIA OPERACIONAL (alça fonológica);
ATENÇÃO (amplitude verbal)
Inverso: FUNÇÃO EXECUTIVA (flexibilidade
cognitiva); MEMÓRIA OPERACIONAL (executivo
central); CONCENTRAÇÃO.
Repetição de Pseudopalavras para MEMÓRIA OPERACIONAL (alça fonológica)
crianças – BCPR
BLOCOS DE CORSI Direto: MEMÓRIA OPERACIONAL (esboço vísuo-
espacial); ATENÇÃO (amplitude vísuo-espacial)
Inverso: FUNÇÕES EXECUTIVAS
Teste de Cartões de WISCONSIN FUNÇÕES EXECUTIVAS (estratégias de
(WCST) planejamento, organização, comportamentos
direcionados a metas, habilidade para modular uma
resposta impulsiva e mudar de estratégias eficazes de
aprendizagem), ATENÇÃO, MEMÓRIA
OPERACIONAL
TRILHAS A e B Trilha A: ATENÇÃO VISUAL; FUNÇÕES
EXECUTIVAS (velocidade psicomotora, destreza
manual e flexibilidade mental)
Trilha B: FUNÇÃO EXECUTIVA (destreza vísuo-
motora; mudança de estratégias e flexibilidade
cognitiva); ATENÇÃO ALTERNADA e DIVIDIDA
CÓDIGOS B (Teste de substituição ATENÇÃO SELETIVA e SUSTENTADA; FUNÇÕES
dígito/símbolo da bateria WISC) EXECUTIVAS (organização perceptual, destreza
vísuo-motora, velocidade motora)
Teste de substituição símbolo/dígito ATENÇÃO SELETIVA e SUSTENTADA; FUNÇÕES
(SDMT) EXECUTIVAS (destreza vísuo-motora; organização
perceptual, flexibilidade cognitiva)
TAVIS 3 R PROCESSOS ATENCIONAIS VISUAIS
1a. tarefa: Tempo de Reação, Atenção Seletiva,
Sustentada, e Controle Inibitório
2a. tarefa: Tempo de Reação, Atenção Alternada,
Flexibilidade
3a. tarefa: Tempo de Reação; Atenção sustentada
TESTE DE CANCELAMENTO d2 ATENÇÃO SELETIVA, SUSTENTADA E DIVIDIDA
LISTA DE PALAVRAS MEMÓRIA de curto e longo prazo
77
MATERIAL E MÉTODOS
78
MATERIAL E MÉTODOS
Foram feitas análises das escalas de Conners e SNAP IV cujos dados foram
apresentados por freqüências absolutas e relativas (percentuais) e foram feitas
também comparações entre grupos controle e TDAH por testes qui-quadrado teste
qui-quadrado (χ2) ou teste “t” independente, para dados qualitativos ou contínuos,
respectivamente, em uma análise global ou por categorias de idade. Também foram
feitas comparações adicionais, empregando-se testes qui-quadrado (χ2), entre os
dados obtidos nas escalas de Conners e SNAP IV e o diagnóstico realizado
aplicando-se o DSM-IV.
79
MATERIAL E MÉTODOS
80
4. RESULTADOS
RESULTADOS
4. RESULTADOS
82
RESULTADOS
27 excluídos
Não preencheram critérios de inclusão:
Diagnóstico Idade superior a 14 anos: 03
positivo para TDAH- Nível intelectual abaixo da média: 04
97 Preencheram critérios de exclusão:
Co-morbidades com TDAH: 08
Anormalidades clínico-laboratoriais: 03
Uso de medicação associada: 03
Uso de MFD nos últimos 6 meses: 02
Abuso de substâncias: 01
Mudança de domicílio: 03
70 excluídos
Não compareceram: 35
Indivíduos entrevistados no Recusaram-se a participar do
Grupo controle: 109 estudo: 17
Anormalidades clínico-
laboratoriais: 10
Em uso de medicação
psicoativa: 8
Grupo controle-
39
83
RESULTADOS
84
RESULTADOS
ABIPEME
A 1 (2,6%) 7 (10,0%)
B 11 (28,2%) 27 (38,6%)
C 22 (56,4%) 30 (42,9%)
D 5 (12,8%) 6 (8,6%)
Tanner
Masculino
G1P1 18 (46,2%) 31 (44,3%)
G2P2 2 (5,1%) 9 (12,9%)
G3P3 2 (5,1%) 7 (10,0%)
G4P4 - 3 (4,3%)
Feminino
M1P1 9 (23,1%) 7 (10,0%)
M1P2 - 1 (1,4%)
M2P1 1 (2,6%) 1 (1,4%)
M2P2 2 (5,1%) 2 (2,9%)
M3P3 5 (12,8%) 6 (8,6%)
M3P4 - 1 (1,4%)
M4P4 - 2 (2,9%)
85
RESULTADOS
Em relação aos tipos de escolas nas quais as crianças estudavam 64,3% dos
indivíduos no grupo TDAH foram provenientes de escolas particulares e 35,7% de
escolas públicas (Tab. 4). Ocorreu uma inversão no grupo controle, sendo que
69,2% provinham de escolas públicas e 30,8% de particulares. Ainda podemos
observar que a procedência dos indivíduos nos dois grupos foi predominantemente
dos municípios de Vitória e Vila Velha, sendo que 63,9% dos componentes do grupo
TDAH e 94,9% do controle foram oriundos destes municípios (Tab. 4).
86
RESULTADOS
Grupos
Característica controle TDAH
(n = 39) (n = 70)
Tipos de escola
Pública 27 (69,2%) 25 (35,7%)
Procedência
Cariacica 1 (2,6%) 10 (13,9%)
Vila Velha 9 (23,1%) 25 (34,7%)
Vitória 28 (71,8%) 21 (29,2%)
D. Martins - 1 (1,4%)
N. Almeida - 1 (1,4%)
Serra - 9 (12,5%)
Sta Tereza - 2 (2,8%)
Viana - 1 (1,4%)
Quando o grupo TDAH foi analisado conforme sua distribuição por sexo e
idade, encontramos o subtipo combinado como o mais prevalente nas duas faixas
de idades tanto no sexo masculino quanto no feminino.
grupo TDAH
100
75
Porcentagem dos tipos de TDAH
69
50
25
21
10
0
Combinado Desatento Hiperativo/Impulsivo
DSM-IV
87
RESULTADOS
Hemograma
Hemoglobina 12,96 (0,98) 13,05 (0,89) - ns
Hematócrito 39,08 (2,62) 38,64 (2,93) - ns
VCM 83,11 (5,67) 82,84 (4,89) - ns
HCM 27,74 (2,02) 28,67 (5,89) - ns
CHCM 33,36 (0,75) 33,44 (1,11) - ns
Leucócitos 6695,33 (1433,14) 6583,03 (1903,87) - ns
Neutrófilos 47,71 (7,63) 47,22 (10,41) - ns
Linfócitos 41,16 (8,09) 41,34 (9,48) - ns
VCM = volume corpuscular médio; HCM = hemoglobima corpuscular média; CHCM = concentração da
hemoglobina corpuscular média; T4 = tiroxina; TSH = hormônio tireoestimulante
88
RESULTADOS
Controle TDAH
(n = 39) (n = 70)
Oftalmológico
Normal 34 (87,1%) 52 (74,3%)
Astigmatismo 1 (2,6%) 3 (4,3%)
Hipermetropia 1 (2,6%) -
Hipermetropia/astigmatismo 1 (2,6%) 5 (7,1%)
Miopia - 9 (12,8%)
Miopia/astigmatismo 1 (2,6%) 1 (1,4%)
Erro de refração não caracterizado 1 (2,6%) -
Exame audiológico
Normal 39 (100%) 68 (97,1%)
Em curso - 2(2,8%)
Curva timpanométrica
Curva tipo A bilateral 35 (89,7%) 58 (82,8%)
Curva tipo C bilateral - 3 (4,3%)
OD: A e OE: B - 1 (1,4%)
OD: A e OE: C 2 (5,1%) 4 (5,7%)
OD: C e OE:A 2 (5,1%) 2 (2,9%)
Em curso - 2 (2,8%)
ECG
Normal 2 (5,1%) 28 (40%)
Não fizeram 37 (94,9%) 42 (60%)
OD: orelha direita;; OE: orelha esquerda; ECG: eletrocardiograma
89
RESULTADOS
90
RESULTADOS
Sim 35 (48,6%)
Não 37 (51,4%)
91
RESULTADOS
4.1.5.1. Conners
92
RESULTADOS
Tabela 8 - Análise comparativa do fator Hiperatividade das escalas de Conners para pais e
professores em crianças e/ou adolescentes com diagnóstico de Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade (TDAH) e controles. Os dados são apresentados pela média e erro
padrão da média (e.p.m.) para as pontuações em cada escala e freqüência (percentual %)
para a classificação positiva ou negativa.
93
RESULTADOS
Em outra análise destes dados foi feito um cruzamento dos subtipos de TDAH
segundo o DSM-IV e os resultados das classificações obtidas na escala de Conners
pais e professores que está apresentada na tabela 9.
94
RESULTADOS
sugerindo ter ocorrido uma distribuição das freqüências diferentes das esperadas
nestas categorias.
DSM-IV
Pais
Professores
95
RESULTADOS
4.1.5.2. SNAP IV
96
RESULTADOS
Snap IV professores
Hiperatividade 38 0,35 ± 0,08 48 1,57 ± 0,13 7,09 <0,001
Desatenção 38 0,28 ± 0,05 48 1,66 ± 0,09 11,61 <0,001
T. Opositor 38 0,16 ± 0,04 46 0,79 ± 0,09 5,39 <0,001
t = teste t de Student
Na escala SNAP IV pais foi encontrado 91,4% dos pacientes com TDAH
com classificação positiva enquanto que na opinião dos professores 47,9%
obtiveram a mesma classificação (Tab. 11).
97
RESULTADOS
χ2 = teste do qui-quadrado
98
RESULTADOS
DSM-IV
Pais
Professores
Como pode ser ainda observado na tabela 12, semelhante ao que foi
observado para a escala de Conners, houve maior detecção positiva do tipo
combinado em ambas as escalas para pais e professores tanto na análise global
99
RESULTADOS
Por outro lado, como também foi observado para o Conners, as maiores
falhas na detecção foram para o tipo desatento (100%), tanto para a análise global
quanto para as análises por categorias de idade, enquanto que para os professores
foram grandes as falhas na detecção tanto do tipo combinado quanto do tipo
desatento na análise global e também nas categorias de idade.
4.1.6.1. RAVEN
100
RESULTADOS
análises entre os grupos controle e TDAH por categorias de idade e por gênero
masculino e feminino.
grupo controle
100 grupo TDAH
100
Porcentagem dos Escores no RAVEN
50 60
49 50
38
25
25 27
13
13
0 0
Grau III Grau II Grau I Grau III Grau II Grau I
101
RESULTADOS
RAVEN - classificação
categorias de idade Grau III Grau II Grau I Total
7 a 11 anos grupos controle 6 17 5 28
21,4% 60,7% 17,9% 100,0%
TDAH 26 15 8 49
53,1% 30,6% 16,3% 100,0%
Total 32 32 13 77
41,6% 41,6% 16,9% 100,0%
12 a 14 anos grupos controle 9 2 11
81,8% 18,2% 100,0%
TDAH 16 4 1 21
76,2% 19,0% 4,8% 100,0%
Total 25 6 1 32
78,1% 18,8% 3,1% 100,0%
102
RESULTADOS
intelectual mais elevado que o do grupo TDAH. Nas idades de 12 a 14 anos o nível
intelectual dos dois grupos foram equivalentes.
4.1.6.2. TDE
103
RESULTADOS
50 50
50
41
33 30
25 25
13
10 10
0 7
0
I M MS S I M MI MS S
75 75
59
50 50
39
25 25 27 27
15 15
0 0
I M MI MS S I M MI MS S
75 75
Porcentagem dos Escores em Leitu ra
72
50 50
43
25 25
26
21 21
5 0 7
0
M MS S I M MI MS S
100 100
Porc entagem dos Es c ores no T DE - TOTAL
75 75
50 50
49
40
34
25 31 25
16
10
8 8 0
0
I M MS S I M MS S
104
RESULTADOS
TDE - ESCRITA
categorias de idade I M MI MS S
7 a 11 anos grupos controle 3 12 4 8
11,1% 44,4% 14,8% 29,6%
TDAH 23 13 2 7 4
46,9% 26,5% 4,1% 14,3% 8,2%
Total 26 25 2 11 12
34,2% 32,9% 2,6% 14,5% 15,8%
TDAH 12 8 1
57,1% 38,1% 4,8%
Total 14 12 6
43,8% 37,5% 18,8%
105
RESULTADOS
TDE - ARITMÉTICA
categorias de idade I M MI MS S
7 a 11 anos grupos controle 1 4 1 1 19
3,8% 15,4% 3,8% 3,8% 73,1%
TDAH 10 19 2 3 15
106
RESULTADOS
do grupo controle apresentou desempenho superior, sendo que uma boa parcela,
porém proporcionalmente menor, dos sujeitos do grupo TDAH (43%) também
apresentaram desempenho superior. Destaca-se, no entanto, que 26% dos sujeitos
do grupo TDAH apresentaram desempenho inferior, não havendo sujeitos do grupo
controle que tenham apresentado este nível de desempenho (Fig. 4).
TDE - LEITURA
categorias de idade I M MI MS S
7 a 11 anos grupos controle 7 2 18
25,9% 7,4% 66,7%
TDAH 14 11 2 5 17
TDAH 4 4 13
19,0% 19,0% 61,9%
Total 4 5 23
12,5% 15,6% 71,9%
107
RESULTADOS
Por fim, na análise do resultado total no TDE (Fig. 4), obtido pela somatória
dos escores encontrados nos subtestes Escrita, Aritmética e Leitura, revelou que o
grupo TDAH apresentou desempenho inferior quando comparado ao grupo controle
(χ2= 19,56, p < 0,001), sendo que 40% dos indivíduos do grupo TDAH foram
classificados como inferiores enquanto apenas 8% do grupo controle obteve esta
classificação. Por outro lado, 49% dos sujeitos do grupo controle e apenas 16% do
grupo TDAH apresentaram desempenho superior (Fig. 4).
108
RESULTADOS
TDE - TOTAL
categorias de idade I M MS S
7 a 11 anos grupos controle 8 3 15
TDAH 12 7 2
57,1% 33,3% 9,5%
Total 15 11 6
46,9% 34,4% 18,8%
109
RESULTADOS
110
RESULTADOS
A B
Digit Span
(crianças)
controle
6 TDAH
6 TDAH 2
Média do escore ± e.p.m.
5 *** 1
4 0
***
3 Ordem Direta Ordem Inversa
2
1
Digit Span
0 (adolescentes)
6 TDAH
4 *
3
Figura 5 – Desempenho do teste de dígitos (Digit Span) na ordem direta e inversa global (A)
e por categoria de idades (B) do grupo controle e do grupo com diagnóstico de Transtorno
de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). * p < 0,05, ** p < 0,01 e *** p < 0,001
comparado ao grupo controle.
grupos controle e TDAH, sugerindo uma melhora no desempenho deste teste com o
avançar da idade até a adolescência, o que está em conformidade com o
desenvolvimento neuromaturacional e das funções cognitivas superiores infantis.
112
RESULTADOS
A B
40 *** 40 ***
Média de acertos ± e.p.m.
20 20
10 10
0 0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
113
RESULTADOS
A B crianças (7 a 11 anos)
controle
TDAH
global (7 a 14 anos)
10.0 * ***
TDAH
5.0
10.0 * *** *
Média de acertos ± e.p.m.
2.5
7.5
0.0
5.0 2 sílabas 3 sílabas 4 sílabas 5 sílabas
2.5
TDAH
10.0
*
Média de acertos ± e.p.m.
7.5
5.0
2.5
0.0
2 sílabas 3 sílabas 4 sílabas 5 sílabas
114
RESULTADOS
A B
2 2
1 1
0 0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
Inserção Global - ns
0,06 ± 0,04 0,06 ± 0,04
7 a 11 anos - ns
0,04 ± 0,04 0,02 ± 0,02
12 a 14 anos - ns
0,10 ± 0,10 0,16 ± 0,12
115
RESULTADOS
Os erros cometidos pelo grupo TDAH foram mais por substituição (Tab. 18),
sendo encontrados significativamente (p < 0,0001) em maior quantidade e também
os erros híbridos (p < 0,05) tanto na análise global quanto nas crianças (7 a 11 anos)
com TDAH comparados aos respectivos controles.
116
RESULTADOS
A B
Blocos de Corsi
(crianças)
controle
TDAH
5
*
Blocos de Corsi 3
controle 2
TDAH 1
6
Média do escore ± e.p.m.
5 0
**
4
Ordem Direta Ordem Inversa
3
1 Blocos de Corsi
(adolescentes)
0
controle
Ordem Direta Ordem Inversa TDAH
6
Média do escore ± e.p.m. 5
Figura 9 – Desempenho do Bloco de Corsi na ordem direta e inversa global (A) e por
categoria de idades (B) do grupo controle e do grupo com diagnóstico de Transtorno de
Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). * p < 0,05 e ** p < 0,01 comparado ao grupo
controle.
117
RESULTADOS
A B
WISCONSIN
(7 a 11 anos)
60 controle
Média de erros ± e.p.m.
WISCONSIN 50 TDAH
40
60 30
controle
Média de erros ± e.p.m.
50 TDAH 20
40 10
30 0
EP ENP TE
20
Grupos
10
0
WISCONSIN
EP ENP TE (12 a 14 anos)
Grupos
60
controle
Média de erros ± e.p.m.
50 TDAH
40
30
20
10
0
EP ENP TE
Grupos
Figura 10 – Erros perseverativos (EP), erros não perseverativos (ENP) e total de erros (TE)
cometidos no desempenho do teste de cartões sortidos de Wisconsin na avaliação global
(A) e por categoria de idades (B) do grupo controle e do grupo com diagnóstico de
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
118
RESULTADOS
A B
WISCONSIN
controle
5.0
TDAH
WISCONSIN
Média ± e.p.m.
controle
5
TDAH 2.5
4
Média ± e.p.m.
3
0.0
2 CATEGORIAS FALHAS
Grupos
1
0
CATEGORIAS FALHAS
WISCONSIN
Grupos controle
6
TDAH
5
Média ± e.p.m.
0
CATEGORIAS FALHAS
Grupos
119
RESULTADOS
120
RESULTADOS
A B
150
Média (segundos) ± e.p.m.
150
75 75
50 50
25 25
0 0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
Grupos Grupos Grupos
C D
Trilha B Trilha B Trilha B
Tempo de desempenho (7 a 11 anos) (12 a 14 anos)
250 ***
Média (segundos) ± e.p.m.
*** 250
Média (segundos) ± e.p.m.
200 200
150 150
100 100
50 50
0 0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
Grupos Grupos Grupos
Figura 12 – Tempo gasto (em segundos) para o desempenho do Teste de Trilhas em suas
versões A (A e B) e B (C e D) considerando os dados globais (A e C) e por categoria de
idades (B e D) do grupo controle e do grupo com diagnóstico de Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade (TDAH). ** p < 0,01 e *** p < 0,001 comparado ao grupo controle.
121
RESULTADOS
A B
4 4
Média de erros ± e.p.m.
2 2
1 1
0 0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
Grupos Grupos Grupos
C D
Trilha B Trilha B Trilha B
Erros (7 a 11 anos) (12 a 14 anos)
3 *** 4
**
Média de erros ± e.p.m.
3
2
1
1
0 0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
Grupos Grupos Grupos
122
RESULTADOS
4.1.7.6. Códigos B
Esta diferença foi mais evidente nas crianças (7 a 11 anos) do grupo TDAH
sendo que tanto a média de substituições realizadas (t = 3,280, p < 0,01) quanto às
efetuadas corretamente (t = 3,454, p < 0,001) foram significativamente inferior
comparado ao desempenho de crianças do grupo controle (Fig. 14B e D). Os
adolescentes (12 a 14 anos) também apresentaram menor número e acertos nas
substituições realizadas comparados aos respectivos controles mas não de forma
estatisticamente significante (Fig. 14B e DC).
123
RESULTADOS
A B
Código B Código B
Código B Total Total
Total (7 a 11 anos) (12 a 14 anos)
60 60
50 50
40
** 40 **
30 30
20 20
10 10
0 0
controle controle TDAH controle TDAH
TDAH
Grupos Grupos Grupos
C D
Código B Código B
Código B Acertos Acertos
Acertos (7 - 11 anos) (12 a 14 anos)
60 60
Média de acertos ± e.p.m.
Média de acertos ± e.p.m.
50 50
40 ** 40 ***
30 30
20 20
10 10
0 0
controle TDAH controle TDAH
controle TDAH
Grupos Grupos
Grupos
124
RESULTADOS
A B
Símbolo-dígito Símbolo-dígito Símbolo-dígito
Total Total Total
(7 a 11 anos) (12 a 14 anos)
Média de desempenho ± e.p.m.
50
50
40
* 40
30 30 **
20 20
10 10
0 0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
Grupos Grupos Grupos
C D
Símbolo-dígito Símbolo-dígito Símbolo-Dígito
Acertos Acertos Acertos
(7 - 11 anos) (12 a 14 anos)
50
Média de acertos ± e.p.m.
50
Média de acertos ± e.p.m.
40
40
*
30
30 **
20 20
10 10
0 0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
Grupos Grupos Grupos
125
RESULTADOS
4.1.7.8. TAVIS 3 R
126
RESULTADOS
0.7
**
0.7 * **
Média (segundos) ± e.p.m.
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
Grupos Grupos Grupos
0.7 ** ***
Média (segundos) ± e.p.m.
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
Grupos Grupos Grupos
Figura 16 – Tempos Médio de Reação (TR) nas 3 versões (TR1 = A, TR2 = B e TR3 = C)
dos testes de atenção visuo-espacial (TAVIS) considerando os dados globais e por
categoria de idades do grupo controle e do grupo com diagnóstico de Transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade (TDAH). * p < 0,05 ;** p < 0,01 e *** p < 0,001 comparado ao
grupo controle.
127
RESULTADOS
128
RESULTADOS
3
**
2 **
1
0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
B EO2 EO2
EO2
(7 a 11 anos) (12 a 14 anos)
6
Média de erros ± e.p.m.
3
*
2
0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
6
Média de erros ± e.p.m.
0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
Figura 17 – Erros de Omissão (EO) nas 3 versões (EO1 = A, EO2 = B e EO3 = C) dos
testes de atenção visuo-espacial (TAVIS) considerando os dados globais e por categoria de
idades do grupo controle e do grupo com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH). * p < 0,05 e ** p < 0,01 comparado ao grupo controle.
129
RESULTADOS
A EA1 EA1
EA1 (7 a 11 anos) (12 a 14 anos)
15
Média de erros ± e.p.m.
10
0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
B EA2 EA2
EA2 (7 a 11 anos) (12 a 14 anos)
15
Média de erros ± e.p.m.
10
0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
C EA3 EA3
EA3 (7 a 11 anos) (12 a 14 anos)
15
Média de erros ± e.p.m.
10
5 *
0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH
Figura 18 – Erros por Ação (EA) nas 3 versões (EA1 = A, EA2 = B e EA3 = C) dos testes de
atenção visuo-espacial (TAVIS) considerando os dados globais e por categoria de idades do
grupo controle e do grupo com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH). * p < 0,05 comparado ao grupo controle.
130
RESULTADOS
Por outro lado, estes dados também podem sugerir que o teste
computadorizado não foi suficientemente sensível para detectar as deficiências
atencionais que foram evidentes em outros testes cognitivos que avaliam aspectos
semelhantes dos processos atencionais como será visto a seguir para o teste d2.
4.1.7.9. Teste d2
131
RESULTADOS
300
200
100
0
CON TDAH CON TDAH CON TDAH
B
Total de Acertos Total de Acertos
Total de Acertos (7 a 11 anos) (12 a 14 anos)
400
Média de acertos ± e.p.m.
*
300
200
100
0
CON CON TDAH CON TDAH
TDAH
Grupos Grupos
Grupos
C Amplitude Amplitude
Amplitude
(7 a 11 anos) (12 a 14 anos)
Média da amplitude ± e.p.m.
20
10
0
CON TDAH CON TDAH CON TDAH
Figura 19 – Desempenho total (A), Total de acertos (B) e Amplitude (C) no teste D2
considerando os dados globais e por categoria de idades do grupo controle e do grupo com
diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). * p < 0,05
comparado ao grupo controle.
133
RESULTADOS
40
*** **
Média de erros ± e.p.m. 30
**
20
10
0
CON TDAH CON TDAH CON TDAH
B
Erros de Omissão Erros de Omissão
Erros de Omissão
(7 a 11 anos) (12 a 14 anos)
25
** *
*
Média de erros ± e.p.m.
20
15
10
0
CON CON TDAH CON TDAH
TDAH
Grupos Grupos
Grupos
25
Média de erros ± e.p.m.
20
15 *
10
0
CON TDAH CON TDAH CON TDAH
Figura 20 – Total de erros (A), Erros de omissão (B) e Erros de adição (C) no teste D2
considerando os dados globais e por categoria de idades do grupo controle e do grupo com
diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). * p < 0,05; ** p <
0,01 e *** p < 0,001 comparado ao grupo controle.
134
RESULTADOS
135
RESULTADOS
136
RESULTADOS
137
RESULTADOS
A B crianças
Listas pares
controle * 5
**
TDAH
10
0
0 adolescentes
1-3 4-6 7-9 10-12 13-15 Listas pares
5 **
0
1-3 4-6 7-9 10-12 13-15
Figura 21 – Número de palavras evocadas corretamente nas listas pares do Teste de Lista
de Palavras considerando os dados globais (A) e por categoria de idades (B) pelo grupo
controle e pelo grupo com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH). * p < 0,05 e ** p < 0,01 comparado ao grupo controle.
138
RESULTADOS
A B crianças
Listas impares
controle 5
TDAH
10
0
1-3 4-6 7-9 10-12 13-15
5
**
Blocos de 3 seqüências de palavras
0 adolescentes
1-3 4-6 7-9 10-12 13-15 Listas impares
0
1-3 4-6 7-9 10-12 13-15
139
RESULTADOS
A
Lista de palavras
Lista de palavras
15 a
Média de palavras ± e.p.m.
a
controle par 15
B crianças crianças
Lista de palavras Lista de palavras
15
a a TDAH par
controle par a
a
controle impar TDAH impar
10 10
b,c
b b,c
b
5 b
b 5
b,c
** b b
** * c
**
a a
0
0
1-3 4-6 7-9 10-12 13-15
1-3 4-6 7-9 10-12 13-15
Blocos de 3 seqüências de palavras
Blocos de 3 seqüências de palavras
adolescentes
Lista de palavras adolescentes
Lista de palavras
controle par
15
Média de palavras ± e.p.m.
a a TDAH par
controle impar 15
Média de palavras ± e.p.m.
a a
TDAH impar
10 **
b,c
b
10 **
b,c b
b b,c b
5 b,c **
b,c
5
** c
**
0 0
1-3 4-6 7-9 10-12 13-15 1-3 4-6 7-9 10-12 13-15
140
RESULTADOS
141
RESULTADOS
O total de acertos foi, de um modo geral, menor no grupo TDAH (Fig. 24),
sendo estatisticamente significante para as crianças (7 a 11 anos) do grupo TDAH (t
= 2,225, p < 0,05) comparado às crianças do grupo controle (Fig. 24B).
A B C
crianças adolescentes
Total de Acertos Total de Acertos Total de Acertos
listas pares listas pares listas impares listas pares listas impares
listas impares
50 50 50
Média de acertos ± e.p.m.
40 40 40
30 30 * 30
20 20 20
10 10 10
0 0 0
controle TDAH controle TDAH controle TDAH controle TDAH controle TDAH controle TDAH
Figura 24 – Total de acertos nas listas pares e impares do Teste de Lista de Palavras
considerando os dados globais (A) e por categoria de idades (crianças de 7 a 11 anos B, e
adolescentes de 12 a 14 anos C) pelo grupo controle e pelo grupo com diagnóstico de
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). * p < 0,05 comparado ao
controle.
142
RESULTADOS
4 4
controle
Média de erros ± e.p.m.
controle
2 2
1 1
0 0
intrusões repetições perseverações intrusões repetições perseverações
crianças crianças
B Tipos de erros Tipos de erros
4 4
controle
Média de erros ± e.p.m.
controle
Média de erros ± e.p.m.
3 TDAH TDAH
3
2 2
1 1
0 0
intrusões repetições perseverações intrusões repetições perseverações
adolescentes
C Tipos de erros
adolescentes
Tipos de erros
4 4
controle
Média de erros ± e.p.m.
controle
Média de erros ± e.p.m.
3 TDAH TDAH
3
2 2
1 1
0 0
intrusões repetições perseverações intrusões repetições perseverações
Figura 25 – Tipos de erros (intrusão, repetição e perseveração) cometidos nas listas pares e
impares do Teste de Lista de Palavras considerando os dados globais (A) e por categoria de
idades (crianças de 7 a 11 anos B, e adolescentes de 12 a 14 anos C) pelo grupo controle e
pelo grupo com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
143
RESULTADOS
144
RESULTADOS
Dígitos inversos
Idade global 48 3,23 ± 0,12 48 3,56 ± 0,12 2,18 = 0,05
7 a 11 anos 37 3,14 ± 0,13 37 3,41 ± 0,13 - ns
11 a 14 anos 11 3,55 ± 0,31 11 4,09 ± 0,21 - ns
145
RESULTADOS
***
Média do escore ± e.p.m.
5
**
4
0
0 6 12 0 6 12
146
RESULTADOS
147
RESULTADOS
7 a 11 anos
37 37,41 ± 0,35 37 39,03 ± 0,22 4,920 < 0,001
Total de palavras
37 9,84 ± 0,08 37 9,95 ± 0,04 - ns
2 sílabas
37 9,54 ± 0,12 37 9,86 ± 0,06 2,317 < 0,05
3 sílabas
37 9,05 ± 0,14 37 9,62 ± 0,10 3,402 < 0,01
4 sílabas
36 8,94 ± 0,24 36 9,58 ± 0,15 2,920 < 0,01
5 sílabas
37 2,59 ± 0,35 37 0,97 ± 0,22 4,920 < 0,001
Total de Erros
12 a 14 anos
t = teste t pareado
148
RESULTADOS
Como pode ainda ser observado nesta tabela 21, os erros de substituição,
exclusão e erros híbridos foram os que apresentaram reduções estatisticamente
significantes tanto na avaliação global quanto na categoria de idade de 7 a 11 anos,
na avaliação de 6 meses comparado à avaliação inicial (Tab. 21).
149
RESULTADOS
*** ***
40
20
10
0
0 6 12
MFD (meses)
B
quantidade de sílabas
10 ++ * ** ++
** ** ** **
++
Média de respostas
corretas ± e.p.m.
0
0 6 12 0 6 12 0 6 12 0 6 12
2 sílabas 3 sílabas 4 sílabas 5 sílabas
MTFD (meses)
150
RESULTADOS
151
RESULTADOS
A
Total de Erros
2 ***
1
***
0
0 6 12
MFD (meses)
tipos de erros
2
Média de erros ± e.p.m.
1 **
** ++
++
++ ++
0 * ++ *
0 6 12 0 6 12 0 6 12 0 6 12 0 6 12 0 6 12
substituição exclusão inserção transposição lexicalização híbrido
MFD (meses)
Figura 28 – Total de erros (A) e tipos de erros (B) cometidos no desempenho do teste de
pseudopalavras pelas crianças e adolescentes com diagnóstico de Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade (TDAH). * p < 0,05, ** p < 0,01 e *** p < 0,001 comparado à
avaliação inicial; ++ p < 0,01 comparado aos outros tipos de erros. O traço pontilhado
representa o valor médio obtido pelo grupo controle pareado por idade e características
sócio-demográficas apresentados na primeira parte deste estudo.
152
RESULTADOS
Na análise subseqüente foi observado que houve uma redução dos erros de
substituição (p < 0,01) aos 6 e 12 meses comparado à avaliação inicial (Fig. 28B).
Houve redução dos erros de exclusão e os erros híbridos, sendo estatisticamente
significante (p < 0,05) na comparação destes erros obtidos após 12 meses de
tratamento comparado ao início do tratamento (Fig. 28B). Também foi verificado que
os erros de substituição foi o tipo de erro mais freqüente, sendo que a média de
todos os demais tipos de erros foi significativamente menor (p < 0,01) comparado ao
mesmo na avaliação inicial (Fig. 28B).
Grupo TDAH
Média ± e.p.m.
B. Corsi inverso
Idade global 48 4,08 ± 0,18 48 4,54 ± 0,14 2,767 < 0,01
7 a 11 anos 37 3,73 ± 0,18 37 4,27 ± 0,11 2,757 < 0,01
12 a 14 anos 11 5,27 ± 0,30 11 5,45 ± 0,39 - ns
153
RESULTADOS
A média de pontuação atingida pelo grupo TDAH tratado por 6 meses com o
MFD foi significativamente maior nas seqüências direta e inversa dos Blocos de
Corsi, especialmente na análise global e na categoria de idade de 7 a 11 anos,
comparado à avaliação antes do tratamento.
*
Média do escore ± e.p.m.
6
++
5
0
0 6 12 0 6 12
MFD (meses) MFD (meses)
154
RESULTADOS
155
RESULTADOS
Idade global
Total de Erros 15 38,47 ± 5,05 15 24,00 ± 3,80 2,481 < 0,05
Erros não Perseverativos 15 25,37± 2,70 15 18,60 ± 2,12 2,072 < 0,05
Erros Perseverativos 15 10,87 ± 2,27 15 5,13 ± 2,20 - ns
Categorias 15 3,93 ± 0,43 15 5,40 ± 0,29 3,214 < 0,01
Falhas em manter o set 15 2,33 ± 0,56 15 1,87 ± 0,43 - ns
7 a 11 anos
Total de Erros 8 50,25 ± 6,55 8 30,63 ± 5,91 - ns
Erros não Perseverativos 8 31,38 ± 3,36 8 21,88 ± 3,09 - ns
8 15,38 ± 3,34 8 8,25 ± 3,86 - ns
Erros Perseverativos
8 3,00 ± 0,50 8 4,88 ± 0,48 2,525 < 0,05
Categorias
8 2,00 ± 0,50 8 2,00 ± 0,80 - ns
Falhas em manter o set
12 a 14 anos 7 7 - ns
25,00 ± 3,70 16,43 ± 2,78
Total de Erros 7 - ns
7 19,29 ± 2,90 14,86 ± 2,31
Erros não Perseverativos 7 - ns
7 5,71 ± 1,63 1,57 ± 0,57
Erros Perseverativos 7 - ns
7 5,00 ± 0,49 6,00 ± 0,00
Categorias 7 - ns
7 2,71 ± 1,08 1,71 ± 0,29
Falhas em manter o set
156
RESULTADOS
20 35
50
0 0 0
0 6 12 0 6 12 0 6 12
MFD (meses) MFD (meses) MFD (meses)
*
Média de categorias ± e.p.m.
6 4
Média de falhas ± e.p.m.
5
3
4
3 2
2
1
1
0 0
0 6 12 0 6 12
MFD (meses) MFD (meses)
157
RESULTADOS
158
RESULTADOS
Trilhas A - Erros
Idade global 48 0,10 ± 0,06 48 0,00 ± 0,00 - ns
7 a 11 anos 37 0,05 ± 0,05 37 0,00 ± 0,00 - ns
12 a 14 anos 11 0,27 ± 0,19 11 0,00 ± 0,00 - ns
Trilhas B - Tempo
Idade global 48 214,54 ± 12,05 146,54 ± 7,89 7,098 < 0,001
7 a 11 anos 37 230,78 ± 13,86 159,76 ± 8,80 5,924 < 0,001
12 a 14 anos 11 159,91 ± 16,30 102,09 ± 9,14 5,108 < 0,001
Trilhas B – Erros
Idade global 48 2,52 ± 0,51 48 0,15 3,733 = 0,001
7 a 11 anos 37 3,00 ± 0,64 37 0,54 ± 0,18 3,655 = 0,001
12 a 14 anos 11 0,91 ± 0,34 11 0,36 ± 0,24 - ns
159
RESULTADOS
Tempo Erros
Média em segundos ± e.p.m.
300 4
150 2
+
100 *** *** 1
50
0 0
0 6 12 0 6 12
MFD (meses) MFD (meses)
B
Tempo
Erros
Média em segundos ± e.p.m.
300 4
Média de erros ± e.p.m.
250
3
200 ***
150 *** 2
100 *
50
1 **
0 0
0 6 12 0 6 12
MFD (meses) MFD (meses)
160
RESULTADOS
Note-se que tanto o tempo gasto quanto o número de erros cometidos nas
avaliações de 12 meses foram próximos ao desempenho observado pelo grupo
controle na primeira parte deste estudo.
161
RESULTADOS
4.2.1.6. Códigos B
Acertos
Idade global 47 30,66 ± 1,48 47 39,00 ± 1,78 8,189 < 0,001
7 a 11 anos 37 27,65 ± 1,37 37 34,62 ± 1,37 6,368 < 0,001
12 a 14 anos 10 41,80 ± 2,72 10 55,20 ± 3,39 7,102 < 0,001
162
RESULTADOS
Estes resultados sugerem que o tratamento com o MFD nos pacientes com
TDAH parece melhorar tanto a velocidade de resposta motora quanto a precisão
com que eles realizam a tarefa no teste de Códigos B.
Total Acertos
++
*** ***
60 50
Média de acertos ± e.p.m.
Média de pontos ± e.p.m.
++
*** ***
50 40
40
30
30
20
20
10 10
0 0
0 6 12 0 6 12
MFD (meses) MFD (meses)
163
RESULTADOS
164
RESULTADOS
Acertos
165
RESULTADOS
Total Acertos
++
***
60 ++ 50
50 *** 40 ***
40 *** 30
30
20
20
10 10
0 0
0 6 12 0 6 12
MFD (meses) MFD (meses)
166
RESULTADOS
4.2.1.8. TAVIS 3 R
167
RESULTADOS
Idade global
TR tarefa 1 47 0,59 ± 0,17 47 0,52 ± 0,09 5,131 < 0,001
TR tarefa 2 36 0,65 ± 0,02 36 0,57 ± 0,18 4,293 < 0,001
TR tarefa 3 46 0,61 ± 0,03 46 0,45 ± 0,02 5,153 < 0,001
EO tarefa 1 47 1,77 ± 0,22 47 1,00 ± 0,21 2,444 < 0,01
EO tarefa 2 36 2,92 ± 0,45 36 1,25 ± 0,23 4,102 < 0,001
EO tarefa 3 46 0,11 ± 0,06 46 0,02 ± 0,02 - ns
EA tarefa 1 47 5,89 ± 0,83 47 4,04 ± 0,59 2,634 < 0,01
EA tarefa 2 36 3,81 ± 0,66 36 1,83 ± 0,24 3,103 < 0,01
EA tarefa 3 46 1,65 ± 0,35 46 1,46 ± 0,42 - ns
7 a 11 anos
TR tarefa 1 36 0,63 ± 0,01 36 0,55 ± 0,01 4,508 < 0,001
TR tarefa 2 25 0,68 ± 0,02 25 0,57 ± 0,02 4,159 < 0,001
TR tarefa 3 35 0,67 ± 0,03 35 0,49 ± 0,02 4,838 < 0,001
EO tarefa 1 36 1,61 ± 0,22 36 0,75 ± 0,17 2,810 < 0,01
EO tarefa 2 25 2,76 ± 0,58 25 0,72 ± 0,22 4,270 < 0,001
EO tarefa 3 35 0,14 ± 0,07 35 0,03 ± 0,03 - ns
EA tarefa 1 36 4,33 ± 0,60 36 2,42 ± 0,31 3,460 < 0,01
EA tarefa 2 25 3,84 ± 0,90 25 1,68 ± 0,26 2,578 < 0,01
EA tarefa 3 35 2,03 ± 0,43 35 1,74 ± 0,54 - ns
12 a 14 anos
11 0,46 ± 0,22 11 0,41 ± 0,01 2,718 < 0,05
TR tarefa 1
11 0,58 ± 0,03 11 0,55 ± 0,03 - ns
TR tarefa 2
11 0,40 ± 0,34 11 0,32 ± 0,01 2,170 < 0,05
TR tarefa 3
11 2,27 ± 0,60 11 1,82 ± 0,69 - ns
EO tarefa 1
11 3,27 ± 0,63 11 2,45 ± 0,37 - ns
EO tarefa 2
11 0,00 ± 0,00 11 0,00 ± 0,00 - ns
EO tarefa 3
11 11,00 ± 2,43 11 9,36 ± 1,45 - ns
EA tarefa 1
11 3,73 ± 0,79 11 2,18 ± 0,52 - ns
EA tarefa 2
11 0,45 ± 0,31 11 0,55 ± 0,39 - ns
EA tarefa 3
168
RESULTADOS
169
RESULTADOS
A
TR tarefa 1 TR tarefa 2 TR tarefa 3
B
EO tarefa 1 EO tarefa 2 EO tarefa 3
5 5 5
4 4 4
3 3 3
2 2 ** 2
***
1 1 1
0 0 0
0 6 12 0 6 12 0 6 12
MFD (meses) MFD (meses) MFD (meses)
6 6 6
Média de erros ± e.p.m.
5 5 5
4 4 4
*
3 3
** *** 3
2 2 2
1 1 1
0 0 0
0 6 12 0 6 12 0 6 12
MFD (meses) MFD (meses) MFD (meses)
Figura 34 – Tempo de Reação (TR) (A), Erros de Omissão (EO) (B) e Erros de Adição (EA)
(C) nas três tarefas do teste de atenção visuo-espacial (TAVIS 3 R) em crianças e
adolescentes com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH),
antes (0), e após 6 e 12 meses de tratamento com o Metilfenidato (MFD). * p < 0,05, ** p <
0,01, *** p < 0,001 comparado à avaliação inicial (0); + p < 0,05 comparado à avaliação de 6
meses. O traço pontilhado representa o valor médio obtido pelo grupo controle pareado por
idade e características sócio-demográficas apresentados na primeira parte deste estudo.
170
RESULTADOS
Na tarefa 2 tanto o tratamento por 6 meses (p < 0,01) quanto por 12 meses
(p < 0,001) diminuíram significativamente os EA em relação ao início do tratamento.
171
RESULTADOS
Idade global
Desempenho 27 279,52 ± 10,73 27 332,00 ± 12,28 5,614 < 0,001
Acertos 27 250,70 ± 11,35 27 324,19 ± 12,12 9,344 < 0,001
Amplitude de Oscilação 27 15,00 ± 1,29 27 12,85 ± 0,80 - ns
% Erros 27 10,71 ± 1,76 27 2,36 ± 0,25 4,837 < 0,001
Erros por Omissão 27 17,22 ± 3,22 27 5,11 ± 0,78 3,606 < 0,01
Erros por Adição 27 11,59 ± 2,99 27 2,70 ± 0,40 3,086 < 0,01
Linhas
1–4 27 8,15 ± 1,42 27 2,00 ± 0,32 4,376 < 0,001
5 – 10 27 12,78 ± 2,21 27 3,33 ± 0,50 4,178 < 0,001
11 – 14 27 7,89 ± 1,55 27 2,48 ± 0,36 3,618 < 0,01
7 a 11 anos
16 271,19 ± 15,14 16 303,00 ± 13,06 2,883 < 0,01
Desempenho
16 237,63 ± 16,30 16 295,31 ± 12,80 6,598 < 0,001
Acertos
16 16,56 ± 1,80 16 13,69 ± 1,15 - ns
Amplitude de Oscilação
16 12,99 ± 2,71 16 2,52 ± 0,33 3,863 < 0,01
% Erros
16 18,94 ± 4,98 16 4,31 ± 0,87 2,764 < 0,01
Erros por Omissão
16 14,63 ± 4,84 16 3,38 ± 0,54 2,396 < 0,05
Erros por Adição
Linhas
16 8,25 ± 2,03 16 1,56 ± 0,33 3,314 < 0,01
1–4
16 15,75 ± 3,44 16 3,19 ± 0,65 3,533 < 0,01
5 – 10
16 9,56 ± 2,39 16 2,94 ± 0,50 2,783 < 0,01
11 – 14
172
RESULTADOS
A
Desempenho Total de Acertos
Amplitude
++
Média de desempenho ± e.p.m.
++
100 100
0 0 0
0 6 12 0 6 12 0 6 12
MFD (meses) MFD (meses) MFD (meses)
B
Total de Erros Erros de Omissão Erros de Adição
40 25 25
Média de erros ± e.p.m.
20 20
30
15 15
20
** ***
10
* **
10
10
5 5
** ***
0 0 0
0 6 12 0 6 12 0 6 12
MFD (meses) MFD (meses) MFD (meses)
173
RESULTADOS
174
RESULTADOS
As médias de distribuição dos erros em cada uma das três partes do teste
antes, com 6 e 12 meses de tratamento no grupo TDAH estão mostradas na figura
36. Em uma ANOVA de 2 vias para medidas repetidas comparando-se o
desempenho nos três blocos de linhas no início, aos 6 e 12 meses de tratamento
com o MFD, pode-se observar que houve diferenças estatisticamente significantes
entre as avaliações [F(2,30) = 11,95; p = 0,0002] e também entre os blocos de linhas
[F(2,60) = 11,42; p < 0,0001].
20 linhas 1 - 4
Média de erros ± e.p.m.
++ linhas 5 - 10
linhas 11 - 14
10
+
** **
** ** **
**
0
0 6 12
MFD (meses)
175
RESULTADOS
176
A RESULTADOS
Listas Pares Listas Impares
10 10
**
5 ** ** 5
0 0
0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6
1-3 4-6 7-9 10-12 13-15 1-3 4-6 7-9 10-12 13-15
B
crianças crianças
Listas Pares Listas Impares
Média de palavras ± e.p.m.
10 10
** **
5 ** ** 5
0 0
0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6
1-3 4-6 7-9 10-12 13-15 1-3 4-6 7-9 10-12 13-15
C adolescentes adolescentes
Listas Pares Listas Impares
Média de palavras ± e.p.m.
15 20
10
10
0 0
0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6
1-3 4-6 7-9 10-12 13-15 1-3 4-6 7-9 10-12 13-15
177
RESULTADOS
178
RESULTADOS
(Fig. 37A e B) após 6 meses de tratamento com o MFD. Nas crianças houve também
um aumento significativo (p < 0,01) na evocação das palavras associadas
semanticamente nas listas pares após 6 meses de tratamento farmacológico (Fig.
37B). Nesta faixa etária também houve aumento significativo das palavras não
associadas no penúltimo bloco de 3 seqüências (bloco 10 – 12) ao final de 6 meses
de tratamento (Fig. 37B).
O total de acertos, erros e tipos de erros foram analisados por teste t pareado
comparando-se o desempenho antes e após 6 meses de tratamento e estão
apresentados nas figuras 38 e 39.
179
RESULTADOS
A B C
Total de acertos Total de acertos
Total de acertos (crianças) (adolescentes)
40
***
Média de acertos ± e.p.m.
40
*** 40
20 20 20
10 10 10
0 0 0
0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6
par impar par impar par impar
MFD (meses) MFD (meses) MFD (meses)
Figura 38 – Total de palavras recordadas corretamente nas listas pares e impares do Teste
de Lista de Palavras considerando os dados globais (A), em crianças (B,) ou adolescentes
(C) com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
submetidas ao tratamento com metilfenidato (MFD) por 6 meses. *** p < 0,001 comparado
aos resultados iniciais (0).
180
RESULTADOS
A
Erros de Intrusão Erros de Intrusão
Erros de Intrusão (crianças) (adolescentes)
3.5 3.5 3.5
Média de erros ± e.p.m.
B Erros de repetição
Erros de repetição Erros de repetição (adolescentes)
(crianças)
1.00 1.25
1.25
Média de erros ± e.p.m.
1.00
0.75 1.00
0.75
0.75
0.50
0.50
0.50
0.25
0.25
0.25
C
Erros de perseveração
Erros de perseveração Erros de perseveração
(adolescentes)
(crianças)
0.8 1.25
Média de erros ± e.p.m.
0.8
Média de erros ± e.p.m.
0.7
Média de erros ± e.p.m.
0.7 1.00
0.6
0.6
0.5
0.5 0.75
0.4
0.4
0.3 0.50
0.3
0.2
0.2 0.25
0.1 0.1
0.0 0.0 0.00
0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 6
par impar par impar par impar
MFD (meses) MFD (meses) MFD (meses)
Figura 39 – Tipos de erros (intrusão, repetição e perseveração) cometidos nas listas pares e
impares do teste de Lista de Palavras considerando os dados globais (A), em crianças (B)
ou adolescentes (C) com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH) submetidos ao tratamento com metilfenidato (MFD) por 6 meses.
181
RESULTADOS
meses nas listas pares e impares (p < 0,01) comparada a quantidade evocada na
avaliação inicial (Fig. 40).
10
** * *
5 *
0
0 6 12 0 6 12 0 6 12 0 6 12 0 6 12
1-3 4-6 7-9 10-12 13-15
MFD (meses)
Listas Impares
**
Média de palavras ± e.p.m.
15
10
** **
5
0
0 6 12 0 6 12 0 6 12 0 6 12 0 6 12
1-3 4-6 7-9 10-12 13-15
MFD (meses)
182
RESULTADOS
Mais uma vez, cumpre lembrar que estes foram os parâmetros alterados na
primeira parte do estudo, sugerindo que o tratamento com o MFD recupera a
recordação das palavras iniciais, finais e as associadas semanticamente,
melhorando, portanto, as memórias de curto- e longo-prazo nas crianças e
adolescentes com diagnóstico de TDAH.
183
RESULTADOS
Total de Acertos
** *
35
** ***
Com relação às análises dos tipos de erros (Fig. 42), houve diferenças
estatisticamente significantes entre as avaliações inicial, de 6 e 12 meses apenas
par os erros de repetição nas listas impares [F(2,42) = 4,39; p = 0,02], no entanto a
diferença (p < 0,05) foi localizada entre os resultados obtidos na avaliação de 6 e 12
meses (Fig. 42, gráfico central).
3.5
3.0 1.5
2.5
2.0 1.0 0.5
1.5
1.0 0.5 +
0.5
0.0 0.0 0.0
0 0 0 6 12 0 6 12 0 6 12 0 6 12
6 12 6 12
par par impar par impar
impar
MFD (meses) MFD (meses) MFD (meses)
Figura 42 – Tipos de erros (intrusão, repetição e perseveração) cometidos nas listas pares e
impares do teste de Lista de Palavras em crianças e adolescentes com diagnóstico de
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) avaliadas no início (0), aos 6 e 12
meses de tratamento com metilfenidato (MFD). + p < 0,05 comparado à avaliação de 6
meses (6).
184
5. DISCUSSÃO
DISCUSSÃO
5. DISCUSSÃO
186
DISCUSSÃO
187
DISCUSSÃO
A média de idade variou de 9,4 a 9,8 anos nos grupos TDAH e controle
respectivamente, semelhante a muitos outros estudos descritos na literatura que
avaliaram funções cognitivas e outros aspectos do TDAH (Barnett et al., 2001;
Casey et al. (1997). A escolaridade média foi equivalente nos dois grupos, no
controle (3,56) e no grupo TDAH (3,4) anos, com maior prevalência nas 2ª e 3ª
séries. A maioria das crianças do grupo TDAH foi proveniente de escolas
particulares enquanto que no controle de escolas públicas, dos municípios de Vitória
e Vila Velha. Uma das razões que explicam este fato foi a exclusão de indivíduos
com TDAH em comorbidade com outras patologias, que foi mais freqüente nos
alunos de escolas públicas do que nas particulares. Além disto, parte da amostra do
grupo TDAH foi atendida na rede privada de saúde, onde a maioria estuda em
escolas particulares. Já no grupo controle a concordância e aderência ao protocolo
de pesquisa foi mais encontrada entre os alunos provenientes de escolas públicas o
que facilitou a seleção dos componentes com as características desejadas. As
classes sócio-econômicas mais prevalentes foram as B e C nos dois grupos.
188
DISCUSSÃO
189
DISCUSSÃO
O ECG (40%) se mostrou normal em todos os casos em que foi feito. Este
exame estaria indicado nos pacientes com TDAH com risco cardiológico ou com
farmacoterapias combinadas potencialmente cardiotóxicas (Williams,1999).
190
DISCUSSÃO
191
DISCUSSÃO
Estes resultados dos efeitos adversos a longo prazo encontrados devem ser
interpretados dentro do contexto das limitações do desenho experimental deste
estudo. Assim para avaliar a segurança dos estimulantes a longo prazo, devemos
também considerar outras fontes de infomação (Barkley, 2002).
192
DISCUSSÃO
193
DISCUSSÃO
Por fim, observamos que mesmo a escala SNAP IV que contém itens para
a detecção dos diferentes tipos de TDAH, não sendo, portanto, específico apenas
para a hiperatividade como a escala de Conners aqui empregada, não foi sensível
para detectar o tipo desatento de TDAH.
194
DISCUSSÃO
195
DISCUSSÃO
Para a amostra brasileira do WISC III, foi feito um estudo comparativo com o
teste de Inteligência não Verbal Raven Especial, demonstrando que os dois testes
são equivalentes na avaliação da inteligência geral, evidenciando um índice de
validade, principalmente com correlações maiores com as escalas não verbais do
WISC III (Execução e Organização Perceptual) (Pacheco, 2006).
196
DISCUSSÃO
Há vários estudos que sugerem que o TDAH está associado com um risco
aumentado de baixo desempenho escolar, repetências, expulsões e suspensões
escolares (Greenhill, 1992 apud Benczik & Bromberg, 2003; Tonelloto, 2003; Rohde,
2004). Frequentemente as crianças e adolescentes com TDAH enfrentam grandes
problemas ao iniciar o processo de escolarização formal, no que se refere à
aquisição da leitura, escrita e cálculo (Benczik, 2002; Tonelotto, 2003). Em geral o
professor observa uma discrepância entre o potencial intelectual da criança e o seu
desempenho acadêmico, o que pode ocorrer mesmo entre as crianças com
inteligência superior à média.
197
DISCUSSÃO
Conforme citado por Moojen et al. (2003) e também observado neste estudo,
os problemas de atenção e com o controle dos impulsos interferem direta ou
indiretamente na aprendizagem, tanto nas habilidades de leitura e escrita como nas
de matemática, e é nesta última que as repercussões são mais evidentes e
constituem-se numa realidade em sala de aula, constantemente citada por
professores como de difícil abordagem e intervenção. As dificuldades com
matemática, sobretudo quando envolvem procedimentos de cálculos, são comuns
em crianças com TDAH pelas dificuldades em manter a atenção (Morgan, 1999).
198
DISCUSSÃO
Por fim, é oportuno comentar que nem todo indivíduo com TDAH apresenta
comprometimento de desempenho acadêmico. As dificuldades atencionais e
executivas podem ser compensadas por um nível intelectual elevado, pelo interesse
ou condições didáticas adequadas (Moojen et al., 2003).
5.5.3. Atenção
199
DISCUSSÃO
200
DISCUSSÃO
201
DISCUSSÃO
202
DISCUSSÃO
203
DISCUSSÃO
204
DISCUSSÃO
205
DISCUSSÃO
206
DISCUSSÃO
Observa-se que embora nos dois testes o grupo TDAH tenha apresentado
mais comprometimento que o controle, o grau de dificuldade foi maior no teste de
Trilhas B. Possivelmente isto decorre do fato da parte B ser mais complexa que a
parte A, não somente devido à interferência de mais estímulos visuais, exigindo mais
percepção e controle da velocidade motora, como também por ser mais longa
(Spreen & Strauss, 1998; Lezak, 1995).
207
DISCUSSÃO
Conforme descrito por Fisher (1998), crianças com TDAH apresentam mais
prejuízos na parte B do teste, evidenciados tanto por maior número de erros quanto
pelo maior tempo na construção das trilhas. Chhabildas et al. (2001) comparando o
desempenho neuropsicológico dos três subtipos de TDAH em testes que avaliam
vigilância, inibição e velocidade de processamento (Trilhas) encontrou déficits
significantes de velocidade de processamento nos TDAH com predomínio de
desatenção e combinado, mas não no TDAH tipo hiperativo/impulsivo, mostrando
que estes déficits estão muito relacionados com os níveis elevados de desatenção.
208
DISCUSSÃO
209
DISCUSSÃO
A ordem direta dos dígitos é uma medida muito relacionada com a atenção
e com o armazenamento de informações na memória de curto prazo, enquanto que
a ordem inversa com o processamento de informações complexas. No teste de
dígitos os escores médios obtidos no grupo TDAH tanto na ordem direta quanto
inversa foram significativamente inferiores aos do controle em todas as faixas de
idades examinadas. Somente os adolescentes apresentaram resultados mais
diferenciados, com desempenho semelhante ao controle na ordem direta e
significante comprometimento nos dígitos inversos.
210
DISCUSSÃO
Nas três faixas de idades analisadas tanto no grupo controle quanto TDAH foi
observada melhor retenção para as pequenas pseudopalavras (2 sílabas) do que
para as mais longas (3, 4 e 5 síliabas). Esses dados mostram que a acuidade na
repetição das pseudopalavras declina à medida que o número de sílabas vai
211
DISCUSSÃO
212
DISCUSSÃO
Desde que Nipher (1878, apud Silva, 1998) observou que a recordação de
palavras do início (primazia) e do final de uma lista (recência) eram mais fáceis do
que as intermediárias, vários estudos sobre a memória baseiam-se em curvas de
posição serial. Desde então, Atkinson e Shiffrin (1968, apud Silva, 1998) observaram
que a MCP estaria relacionado ao fenômeno de recência e a MLP ao de primazia.
213
DISCUSSÃO
214
DISCUSSÃO
215
DISCUSSÃO
216
DISCUSSÃO
217
DISCUSSÃO
218
DISCUSSÃO
219
DISCUSSÃO
5.6.1. Atenção
É descrito que uma resposta motora mais lenta que naturalmente aparece
com a idade parece ser a variável mais importante contribuindo nas diferenças de
idade no desempenho desse teste (Lezak, 1995). Como descrito anteriormente,
nesse estudo os sujeitos foram comparados por faixas de idade, e, embora as
220
DISCUSSÃO
análises aos 12 meses tenham sido efetuadas por idades globais, em função da
redução na amostra, houve expressiva representação das crianças (n = 21) e pouca
dos adolescentes (n = 3). Portanto, possivelmente os resultados obtidos nas
avaliações aos 12 meses sejam mais representativos do desempenho das crianças.
221
DISCUSSÃO
1 e 2 tanto na idade por análise global quanto nas crianças. Entretanto, nos
adolescentes este efeito não foi observado.
222
DISCUSSÃO
223
DISCUSSÃO
traçado tanto na parte A quanto B do teste e pelo menor número de erros cometidos
na parte B, aos 6 meses de tratamento. As avaliações aos 12 meses constataram
progressiva melhora de desempenho nos parâmetros do teste e são consistentes
com os resultados obtidos aos 6 meses de tratamento. Flexibilidade cognitiva e
atenção são funções cognitivas comumente avaliadas nesse teste e foram sensíveis
aos efeitos do MFD. Outros estudos já documentaram melhora nas funções
executivas com o tratamento com MFD medidos por testes neuropsicológicos
(AACAP, 1997; Schmitz et al., 2002).
224
DISCUSSÃO
225
DISCUSSÃO
226
DISCUSSÃO
227
DISCUSSÃO
228
6. CONCLUSÕES
CONCLUSÕES
6. CONCLUSÕES
230
CONCLUSÕES
• O Teste de Cartões de Wisconsin, por sua vez, não foi satisfatório para
detectar as disfunções executivas no TDAH no presente estudo.
231
CONCLUSÕES
232
CONCLUSÕES
233
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REFERÊNCIAS
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246
8. ANEXOS
ANEXOS
ANEXO I
248
ANEXOS
ANEXO II
Jane Tagarro Corrêa Ferreira, Profa de Pediatria da UFES, Médica Pediatra e aluna regular
no curso de doutorado em Ciências Fisiológicas do Programa de Pós-Graduação em Ciências
Fisiológicas (PPGCF) da UFES, vem desenvolvendo um projeto de pesquisa intitulado: “Efeitos do
metilfenidato sobre o desempenho de testes cognitivos pré-frontais em crianças com o
Transtorno de Hiperatividade e Déficit de Atenção”.
O projeto está sendo conduzido no ambulatório de Pediatria do Hospital das Clínicas e no
PPGCF em Maruípe. A pesquisa consiste em avaliar o efeito do Metilfenidato em testes
neuropsicológicos de avaliação da atenção, funções executivas e memória em crianças e
adolescentes em idades de sete a quatorze anos com o Transtorno de Hiperatividade e Déficit de
Atenção (TDAH). A avaliação é feita com a família, à escola e com a criança ou o adolescente. Os
pais ou responsáveis e a criança são encaminhadas para agendamento de consulta com a Dra Jane
no ambulatório de Pediatria do Hospital das Clínicas. Após entrevista inicial com os responsáveis, a
criança será submetida a exames laboratoriais, oftalmológico, otorrinolaringológico, neurológico e
psicológico. Uma vez concluída esta avaliação, serão aplicados testes neuropsicológicos que avaliam
atenção, funções executivas e memória para verificar o comprometimento no TDAH e a eficácia do
tratamento farmacológico. A medicação será fornecida durante o período do estudo ao paciente que
permanecer na pesquisa.
Um contato inicial com a escola será estabelecido visando à divulgação da pesquisa e
identificação de alunos com sintomas de TDAH, encaminhamento para avaliação ambulatorial e
orientação terapêutica. A coleta de dados do aluno na escola será feita em entrevista direta com o
professor após agendamento prévio, concordância e disponibilidade de horário do professor.
Posteriormente a família será chamada para entrevista com um dos membros da equipe na própria
escola e encaminhada para o ambulatório de Pediatria do Hospital das Clínicas.
Espero contar com o apoio da escola e dos professores neste projeto e antecipadamente
agradeço.
Atenciosamente.
249
ANEXOS
ANEXO III
Objetivo do estudo
Verificar o efeito do Metilfenidato sobre a atenção e memória em crianças em idade escolar,
com diagnóstico de Hiperatividade e Déficit de Atenção (ADHD) ao longo de 1 ano de tratamento
supervisionado.
Procedimentos
Você será avaliado inicialmente através de uma entrevista clínica e submetido a uma série de
exames: ECG (Eletrocardiograma), exames laboratoriais que analisam as funções hepática, renal e
tireoidiana, glicemia, fezes, urina, e outros exames especializados conforme necessidade clínica.
Caso seja incluído no estudo, estes exames serão repetidos antes e após o tratamento com
Metilfenidato, ao longo de 1 (um) ano.
Após esta etapa, será inserido em um dos seguintes grupos da pesquisa:
1. Grupo 1. crianças normais
2. Grupo 2. crianças com ADHD não tratadas que serão submetidas a tratamento farmacológico com
Metilfenidato durante 12 meses, nas doses de 0,3 a 1,0 mg/Kg dia.
Uma vez em tratamento em um dos grupos acima, serão aplicados testes neuropsicológicos
para avaliação da memória e atenção, os quais serão realizados antes, com 6 e 12 meses após ter
iniciado o tratamento com Metilfenidato.
Espera-se que os pacientes tenham melhora dos processos atencionais e da memória uma vez
que o Metilfenidato é um medicamento que comprovadamente melhora os sintomas do ADHD e por
isso é considerado agente de primeira escolha para o tratamento desta patologia.
Você não deverá usar nenhum outro tipo de medicação durante o período em que estiver
fazendo o tratamento em estudo, sob risco de apresentar complicações sérias de saúde.
Mesmo os medicamentos que não tenham controle de vendagem só poderão ser utilizados
após consultar o responsável pela pesquisa.
Efeitos colaterais com as medicações deste estudo poderão ocorrer. A saber: insônia,
diminuição do apetite, irritabilidade, perda de peso, dor abdominal, cefaléia, ansiedade, euforia, tics
nervosos, pesadelos, rash cutâneo, desinteresse pelos outros, propensão a chorar, vertigens,
sonolência, roer unhas, conversar pouco, tristeza, etc.
Caso ocorra algum efeito colateral em qualquer etapa do estudo você terá acesso aos
profissionais responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. Os responsáveis
pelo estudo são: Dra. Jane Tagarro Corrêa Ferreira, CRM /ES 2498 e Profa Dra. Ester Miyuki
Nakamura Palacios CRM /ES 4746 que poderão ser encontrados no endereço: Av. Marechal
Campos, 1468 B. Maruípe, Vitória-ES e pelos telefones: 33357337, 99898031, 99600666. Caso
necessário, o atendimento também poderá ser realizado pelo serviço de Pronto Socorro do Hospital
Universitário Antônio Cassiano de Moraes, da Universidade Federal do Espírito Santo.
Em caso de dúvidas ou alguma outra consideração sobre ética em pesquisa, poderá entrar em
contato com o comitê de Ética em Pesquisa do HUCAM (Hospital Universitário Antônio Cassiano de
Moraes), no endereço acima descrito.
Os voluntários que participarem do estudo serão ressarcidos de eventuais despesas
decorrentes da participação no mesmo. Este ressarcimento será efetuado logo após a participação do
voluntário em cada sessão de teste.
Fica assegurada a desistência dos voluntários na participação do estudo em qualquer etapa do
projeto e caberá também ao médico pesquisador responsável, a qualquer momento, a exclusão de
qualquer voluntário em consideração ao seu bem estar.
Será garantido aos participantes do estudo, assistência médica e hospitalar necessárias ao
diagnóstico, tratamento e acompanhamento médico de qualquer evento adverso ou danos físicos
250
ANEXOS
----------------------------------------------------------------
Assinatura do paciente/representante legal
Data: -----/-----/-----.
----------------------------------------------------------------
Assinatura da testemunha
Data: -----/-----/-----.
---------------------------------------------------------------------------
Dra. Jane Tagarro Corrêa Ferreira – CRM / ES 2498
251
ANEXOS
ANEXO IV
SNAP IV
O questionário SNAP-IV para crianças e adolescentes foi construído a partir dos sintomas do
Manual de Diagnóstico e Estatística - IV Edição (DSM-IV) da Associação Americana de Psiquiátrica.
Esta é a tradução validada pelo GEDA – Grupo de Estudos do Déficit de Atenção da UFRJ e pelo
Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência da UFRGS.
Para cada item, escolha a coluna que melhor descreve (a/ou) criança / adolescente
(MARQUE UM X).
Nem um Só um
Bastante Demais
pouco pouco
1. Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou
comete erros por descuido nos trabalhos da escola ou
tarefas.
252
ANEXOS
253
ANEXOS
ANEXO V
CONNERS (para os pais)
Nome:---------------------------------------------------------------------------------------------------Sexo:----------------
Idade:----------------------------------------------------------Série:---------------------------------------------------------
Observador:------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Para cada item, escolha a coluna que melhor descreva o comportamento habitual da criança /
adolescente, obedecendo a seguinte pontuação: Nunca = 0; Às vezes = 1; Freqüentemente = 2;
Sempre = 3. (MARQUE UM X).
8. Apresenta tremores.
254
ANEXOS
255
ANEXOS
ANEXO VI
CONNERS (para os professores)
Nome:---------------------------------------------------------------------------------------------------Sexo:----------------
Idade:----------------------------------------------------------Série:---------------------------------------------------------
Observador:------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Para cada item, marque com um X a coluna que melhor descreva o comportamento habitual da
criança / adolescente, obedecendo a seguinte pontuação: Nunca = 0; Às vezes = 1;
Freqüentemente = 2; Sempre = 3.
Comportamento habitual em classe Nunca Às vezes Freqüente- Sempre
0 1 mente = 2 3
1. Mostra-se constantemente inquieto
(sempre manipulando objetos).
2. Fala muito ou faz ruídos estranhos com a
boca.
3. Fica desanimado ante o estresse de uma
prova.
4. Apresenta dificuldades na coordenação
motora.
5. É muito ativo.
6. É excitável e impulsivo.
20. É mentiroso.
256
ANEXOS
30. Submisso.
31. Desafiante.
33. Tímido.
34. Medroso.
38. Cooperativo.
Resultados
257
ANEXOS
ANEXO VII
Anamnese
1. IDENTIFICAÇÃO
2. DADOS DA FAMÍLIA
Pai:-----------------------------------------------------Escolaridade:-----------------Profissão:--------------------
Mãe:----------------------------------------------------Escolaridade:-----------------Profissão:--------------------
Irmãos/Escolaridade:------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3. MOTIVO DA CONSULTA
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
258
ANEXOS
Já recebeu algum tipo de educação continuada especial? E se ocorreu, por quanto tempo?
Para dificuldade de aprendizagem-----------------------------------------------------------------------
Para distúrbios emocionais ou de comportamento--------------------------------------------------
Classe especial-----------------------------------------------------------------------------------------------
Terapia da linguagem e da fala---------------------------------------------------------------------------
Outros -----------------------------------------------------------------------------------------------------------
259
ANEXOS
Parto.
Normal Cesárea. Indicação?---------------------------------
Induzido Com Fórceps
260
ANEXOS
Apresentação.
Cefálico Pélvico
Duração do trabalho de parto.---------------------------------------------------------------------------------------
7. ANTECEDENTE PESSOAIS
Doenças Congênitas? Sim Não
Qual(ais)? -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Doenças Anteriores.
Sim Não Idade
Alergia alimentar
Alergia medicamentosa
Alergia respiratória
Amigdalites
Asma
Cardiopatias
Caxumba
261
ANEXOS
Cirurgias
Coqueluche
Crises convulsivas
Diabetes
Diarréias
Difetria
Doenças Renais
Febres Eruptivas
Infecções urinárias
IVAS
Otites
Refluxo Gastroesofágico
Sinusites
Uso soro heterólogo
Outras patologias
Tratamentos já efetuados.-----------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A criança /adolescente foi um bebê tranqüilo? Chorava muito? Como era segundo esta lista?
Muito tranqüilo Tranqüilo
Medianamente Difícil Muito difícil
8. DSPM.
IDADE
Sustentar a cabeça
Sentar sem apoio
Engatinhar
262
ANEXOS
9. ALIMENTAÇÃO
Sugou após nascimento? Sim Não
Quanto tempo?----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Qual/ais? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Outros Alimentos.
Idade.--------------------------------
Tipo-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Alimentação atual.
Tipo-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Ingere diariamente leite, carne e ovos? Sim Não
Apresentou problemas alimentares na infância? Sim Não
Qual/ais?-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Apresentou cólicas do lactente? Sim Não
263
ANEXOS
10. IMUNIZAÇÕES.
O cartão de vacinas está em dia? Sim Não
Anotar no prontuário.
11. COMPORTAMENTO
Quais as preocupações a respeito do seu comportamento atual?
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
É insistente?
Muito Pouco Moderado
264
ANEXOS
Sim Não
Se sim, qual(ais)?
Psicoterapia individual Psicoterapia de grupo
Terapia familiar com a criança Tratamento domiciliar
Internamento para diagnóstico
Outros------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Duração-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Filhos. -----------------Legítimos.-------------------Adotivos.-------------------Gemelares.---------------------
Falecidos---------------Causa(s)--------------------------------------------------------------Idade------------------
Pais.
Consangüinidade. Sim Não
265
ANEXOS
Composição da família.------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Habitação.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Formação religiosa.-----------------------------------------------------------------------------------------------------
266
ANEXOS
ANEXO VIII
EXAME FÍSICO
Tanner--------------------------------------------------------------------------Menarca--------------------------------
Pele e anexos.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Aparelho Respiratório.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------
Aparelho Circulatório.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Abdome.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Aparelho Músculo-esquelético.-------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
267
ANEXOS
ANEXO IX
Exame Neurológico
1 .Linguagem.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2. Consciência ------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3. Equilíbrio estático-----------------------------------------------------------------------------------------------------
4. Equilíbrio dinâmico---------------------------------------------------------------------------------------------------
Andar numa linha reta. (Anotar desvios ou outras alterações).--------------------- ---------------------------
Saltar com 2 pés juntos. P A
5. Movimentação voluntária
Inspeção (espontânea).--------------------------------------------------------------------------------------------------
Força muscular MSD---------------------------------------MID-----------------------------------------
MSE---------------------------------------MIE------------------------------------------
6. Coordenação.
Dirigir mão-objeto. P A
Dedo-nariz. P A
Dedo-lóbulo da orelha. P A
Calcanhar-joelho. P A
Coordenação dinâmica na marcha P A
7. Movimentação passiva.
Tônus muscular. Palpação. N DIM. AUM.
8. Movimentação Involuntária Espontânea (descrever).------------------------------------------------------
9. Movimentação Involuntária Reflexa. (Anotações: P = Presente; V = vivo; Ex = exaltado; A =
ausente; NO = não obtido; D = diminuído).
DIREITO ESQUERDO
Aquileus
Patelares
Adutores
Estilo-radial
Bicipital
Tricipital
Cutâneo-abdominais
Cutâneo-plantares
10. Sensibilidade.
11. Pares Cranianos.
Reflexos pupilares à luz. P A
Acompanhar foco luminoso. P A
Reflexo consensual. P A
11. Pesquisa de sinais de Irritação meníngea.
Rigidez de nuca. P A
Brudzinski P A
Kernig P A
Lasègue. P A
268