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PLANO DE TRABALHO DOS TRS

2019
SUMÁRIO Página | 2

Resumo atividades por TRs ............................................................. 7

LINHA 01 ........................................................................................ 7
Organização do espaço ....................................................................................................................... 7

Economia metropolitana ..................................................................................................................... 8

Megarregião ........................................................................................................................................ 8

LINHA 02 ........................................................................................ 8
Mobilidade .......................................................................................................................................... 8

Habitação ............................................................................................................................................ 9

Economia Solidária .............................................................................................................................. 9

Estrutura Social.................................................................................................................................. 10

Gestão das Águas .............................................................................................................................. 10

LINHA 03 ...................................................................................... 10
Regimes Urbanos............................................................................................................................... 11

PLANOS DE TRABALHO ................................................................. 12

LINHA 01 ...................................................................................... 13

INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO-METROPOLITANO E
CONSTRUÇÃO DE PARÂMETROS DE ANÁLISE DAS DINÂMICAS DE
METROPOLIZAÇÃO ....................................................................... 14 Página | 3

Resumo .............................................................................................................................................. 15

Objetivos ........................................................................................................................................... 15

Metodologia ...................................................................................................................................... 17

Resultados Esperados........................................................................................................................ 20

Agenda de pesquisa .......................................................................................................................... 21

Referências Bibliográficas (Não informada) ...................................................................................... 22

Núcleos participantes ........................................................................................................................ 22

ECONOMIA METROPOLITANA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL:


mudanças da base produtiva e mercado de trabalho .................... 26
Resumo .............................................................................................................................................. 27

Objetivos ........................................................................................................................................... 27

Metodologia ...................................................................................................................................... 28

Resultados Esperados........................................................................................................................ 28

Agenda de pesquisa .......................................................................................................................... 29

Referências Bibliográficas ................................................................................................................. 30

Núcleos participantes ........................................................................................................................ 33

Megarregião Rio de Janeiro-São Paulo .......................................... 37


Resumo .............................................................................................................................................. 38

Objetivos ........................................................................................................................................... 38

Metodologia ...................................................................................................................................... 39

Resultados Esperados........................................................................................................................ 41

INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
Agenda de pesquisa .......................................................................................................................... 41

Referências Bibliográficas ................................................................................................................. 41

Núcleos participantes ........................................................................................................................ 42


Página | 4
LINHA 02 ...................................................................................... 43

Mobilidade Urbana | O Planejamento da mobilidade e do


transporte público em Regiões Metropolitanas ............................ 44
Resumo .............................................................................................................................................. 45

Objetivos ........................................................................................................................................... 49

Metodologia ...................................................................................................................................... 50

Resultados esperados........................................................................................................................ 52

Referências Bibliográficas ................................................................................................................. 52

Núcleos Participantes ........................................................................................................................ 53

Direito à Cidade e Habitação ........................................................ 55


Resumo .............................................................................................................................................. 56

Objetivos ........................................................................................................................................... 56

Metodologia ...................................................................................................................................... 60

Agenda de pesquisa .......................................................................................................................... 60

Resultados esperados........................................................................................................................ 61

Referências bibliográficas.................................................................................................................. 61

Núcleos participantes ........................................................................................................................ 62

Direito à Cidade, trabalho e economia social e solidária no contexto


metropolitano. ............................................................................. 66
Resumo .............................................................................................................................................. 67

Objetivos ........................................................................................................................................... 67

INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
Metodologia ...................................................................................................................................... 67

Resultados Esperados........................................................................................................................ 68

Agenda de pesquisa .......................................................................................................................... 68

Referências Bibliográficas ................................................................................................................. 68 Página | 5

Núcleos participantes ........................................................................................................................ 70

Estrutura social das metrópoles brasileiras ................................... 71


Resumo .............................................................................................................................................. 72

Objetivos ........................................................................................................................................... 72

Metodologia ...................................................................................................................................... 73

Resultados Esperados........................................................................................................................ 74

Agenda de pesquisa .......................................................................................................................... 74

Referências Bibliográficas ................................................................................................................. 75

Núcleos participantes ........................................................................................................................ 77

Gestão das águas urbanas e do saneamento básico em Regiões

Metropolitanas: impasses e possibilidades de universalização .................... 80

Resumo .............................................................................................................................................. 81

Objetivos ........................................................................................................................................... 81

Metodologia ...................................................................................................................................... 83

Resultados Esperados........................................................................................................................ 85

Agenda de pesquisa .......................................................................................................................... 87

Referências Bibliográficas ................................................................................................................. 88

Núcleos Participantes ........................................................................................................................ 91

LINHA 03 ...................................................................................... 93

Regimes Urbanos ......................................................................... 94


Resumo .................................................... 95

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Plano de Trabalho dos TRs
Objetivos ........................................................................................................................................... 95

Metodologia ...................................................................................................................................... 95

Resultados Esperados........................................................................................................................ 96

Agenda de pesquisa .......................................................................................................................... 97 Página | 6

Referências Bibliográficas ................................................................................................................. 98

Núcleos participantes ........................................................................................................................ 99

INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
O projeto do INCT possui uma organização dos projetos em linhas de atuação,
Página | 7
mas com o desenvolvimento das pesquisas, culminou na organização de 09
Termos de Referências (TRs), expostos abaixo.

Cada TR possui um coordenador nacional e adesão voluntário dos núcleos,


sendo obrigatório a adesão ao TR de Regimes Urbanos, da Linha. Como
esclarecimento, informamos que os projetos da Linha 04 referem-se às
atividades de extensão e difusão científica.

Resumo atividades por TRs

LINHA 01
METROPOLIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO URBANO:
DINÂMICAS, ESCALAS E ESTRATÉGIAS

Organização do espaço
 Encontro dos integrantes do TR durante o XVIII ENANPUR.

 Realização de seminário regional no Núcleo Goiânia, ao final do ano 2019. (Goiânia)

 Relatório geral do TR ao final do primeiro semestre.

 Relatórios parciais dos núcleos no meio e final do ano.

 Organização de e-book com resultados consolidados na pesquisa do tema deste TR em 2018 e


2019, com capítulos compostos pelos diversos integrantes.

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Plano de Trabalho dos TRs
Economia metropolitana

 Encontro dos integrantes do TR durante o XVIII ENANPUR.

 Relatórios parciais dos núcleos no meio do ano.


Página | 8

 Encontro do TR para discussão dos relatórios – Agosto/2019

 Recebimentos dos relatórios finais – Setembro/2019

 Livro até dezembro/2019

Megarregião

 2 Relatórios e 04 artigos ou um texto a ser publicado.

 Relatório de bolsa de doutorado de Matheus Cavalcanti Bartholomeu.

 Relatório de bolsa de pós-doutorado de Eudes Leopoldo relativo ao tempo de usufruto da bolsa

LINHA 02
DIREITO À CIDADE NA METRÓPOLE: BEM-ESTAR URBANO E
OPORTUNIDADES

Mobilidade

 Encontro dos integrantes do TR durante o XVIII ENANPUR

 Envio das bases em formato Microsoft Excel para os núcleos (Dados do PAC, BNDES, BID e
Banco Mundial) – Junho/19

 Prazo para envio do levantamento sobre as características gerais do sistema e dos


deslocamentos e do relatório preliminar sobre os planos – Julho/19

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Plano de Trabalho dos TRs
 Prazo para envio do relatório preliminar sobre as características do modelo e marco
regulatórios – Agosto/19

 Reunião por vídeo conferência entre os pesquisadores para planejamento e ajustes –


Agosto/19 Página | 9

 Envio do relatório com análise dos dados do PAC – Setembro/19

 Produção de artigos

 Publicação de livro

Habitação

 Encontro dos integrantes do TR durante o XVIII ENANPUR.

 Publicação de artigos com os resultados das pesquisas realizadas em 2018;

 Realização de workshop com pesquisadores latino-americanos;

 Realização de oficina para discussão dos resultados preliminares das pesquisas;

 Organização de uma coletânea, sob a responsabilidade dos coordenadores do TR, reunindo


artigos apresentados no Congresso 20 anos, ENANPUR e outras contribuições dos
pesquisadores associados ao TR, com proposta de finalização no final de 2019. Nesse caso, os
recursos estariam garantidos a partir de recursos da FAPERJ.

 Oficina com pesquisadores de três países, de curta duração, no segundo semestre,


dependendo da viabilização de recursos

Economia Solidária

 Artigo “Economia popular” no Brasil urbano: as políticas e seus diagnósticos”, de Luciana Lago
e Irene Mello, a ser publicado em periódico.

 Artigo “The Solano Trindade Housing Occupation as an Urban Self-Management Project in


metropolitan Rio de Janeiro”, de Luciana Lago, Fernanda Petrus e Irene Mello, a ser publicado
no livro “The self-build experience: between self-regulation and formal government”, Policy
Press, University of Bristol.

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Plano de Trabalho dos TRs
 Sessão livre no ENAMPUR: “Outras economias urbanas: Repensar o trabalho e a terra na cidade
periférica”.

 Organização e publicação da coletânea “Cooperação na cidade: um projeto socialista”, com


trabalhos apresentados no Congresso 20 anos e outros encomendados.
Página | 10
 Organização do Seminário “Agricultura e cidade” (título provisório), para troca de experiências
de redes urbanas agroecológicas e políticas públicas no Brasil, Uruguai e Argentina.

Estrutura Social
Engloba os projetos 2.5 e 2.6 (Direito à Cidade, Estrutura Social e a “Nova Classe Média”) do INCT

 Relatório elaborado pelos núcleos sobre as mudanças na estratificação social, a partir das
categorias sócio-ocupacionais, que resultará em num livro de análises das diferentes
metrópoles do país;

 Relatório que faz a revisão bibliográfica sobre o tema da pobreza, que terá como objetivo
subsidiar as análises dos núcleos. Isso poderá resultar em um livro ou em artigos para
publicação em periódico, mas com resultados previstos para 2020;

 Relatório sobre a revisão bibliográfica que trata da nova classe média, vamos elaborar um
artigo sobre o Brasil e o Brasil Metropolitana para publicação em periódico especializado

Gestão das Águas

 Encontro dos integrantes do TR durante o XVIII ENANPUR.

 Mapa dos atores chaves na gestão das águas urbanas, identificando as relações entre eles
(coalizões e conflitos) e o referencial discursivo que orienta essas coalizões - prazo novembro
de 2019.

 Identificação os conflitos existentes sobre a utilização das águas/recursos hídricos nos


territórios analisados

 Revisão sobre o tema da financeirização - Núcleo RJ

 Mudanças na política nacional de saneamento no governo Bolsonaro – Resp. Ana Britto e


Juliano Ximenes

LINHA 03
DIREITO À CIDADE, CIDADANIA E GOVERNANÇA URBANA

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Plano de Trabalho dos TRs
Regimes Urbanos

 Elaboração do panorama nacional das PPPs e OUCs - junho de 2019


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 Elaboração do roteiro para os estudos de caso - abril de 2019

 Elaboração dos relatórios parciais dos estudos de casos - dezembro 2019

 Relatório sobre associativismo – abril de 2019

 Produção do relatório com a tabulação dos indicadores fiscais dos municípios, com dados já
disponíveis, e socializar para os núcleos

 Elaboração do artigo sobre eleição presidencial (2018) e desenvolvimento geográfico Desigual

 Elaboração de relatório preliminar sobre o tecido associativo de algumas Regiões


Metropolitanas com base na base dos dados do IPEA. A ser enviado para os Núcleos até o final
o final da segunda semana de Maio juntamente com a base de dados.

 Elaboração de relatório sobre o tecido associativo dos municípios brasileiro com base na base
de dados do IBGE (FASFIL). A ser enviado aos Núcleos até junho de 2019 juntamente com a
base de dados.

 Elaboração de relatório sobre a cultura política-eleitoral (direita x esquerda) e indicadores de


orientações de políticas públicas dos municípios (pró-mercado x redistribitiva). A ser enviado
para os Núcleos até até agosto de 2019 com respectivo bando de dados.

 Elaboração de relatório sobre as estruturas produtivas dos municípios, com base nas categorias
de classificação das atividades produtivas produzidas pela pesquisa Economia Metropolitana.
A ser enviado para os Núcleos até agosto de 2019 com o respectivo bando de dados.

 Envio até junho do relatório sobre padrões de gestão urbana dos municípios com respectivo
banco dados. Esperamos autorização do IBGE, já que esta pesquisa foi elaborada em parceria
com esta instituição.

 Elaboração de um estudo das condições fiscais da governança urbana dos municípios e as


regiões metropolitanas. Para o segundo semestre.

 Segundo semestre: conclusão do mapas nacional (e metropolitano) das condições


econômicas, políticas, institucionais e sociais para a análise dos regimes urbanos.

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Plano de Trabalho dos TRs
PLANOS DE
Página | 12

TRABALHO

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Plano de Trabalho dos TRs
Página | 13

LINHA 01

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Plano de Trabalho dos TRs
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO-METROPOLITANO E

CONSTRUÇÃO DE PARÂMETROS DE ANÁLISE DAS

DINÂMICAS DE METROPOLIZAÇÃO Página | 14

Responsável: Olga Lucia C de Freitas-Firkowski


Núcleo: Núcleo Curitiba

Responsável: Rosa Moura


Núcleo: Núcleo Curitiba

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Plano de Trabalho dos TRs
Resumo
A pesquisa volta-se a compreender o processo de metropolização brasileiro e seu poder de articulação
e polarização do território nacional. Particulariza análises sobre as dinâmicas de estruturação das
metrópoles, de produção e reestruturação econômica, social e espacial em curso, dos movimentos Página | 15

migratórios e pendulares e suas implicações na expansão dessas aglomerações. Busca também


caracterizar as diversas configurações espaciais resultantes desses processos, bem como identificar
novas formas de arranjos espaciais, com foco em sua gênese e peculiaridades de suas morfologias.

Objetivos
Geral: analisar o processo de metropolização brasileiro e as configurações espaciais resultantes, com
ênfase nos processos e formas espaciais de concentração e desconcentração urbanas das regiões
metropolitanas e sua integração funcional com outros conjuntos urbanos do território nacional.

Específicos:

 Analisar os processos de urbanização e metropolização no estado do Rio Grande do Sul e suas


repercussões na rede urbana regional e nos espaços urbanos, especialmente os que
conformam centralidades regionais; compreender a formação de novas centralidades regionais
nessa UF e a atual configuração da sua rede urbana; comparar os processos em curso no RS
com outras realidades regionais do Brasil, bem como entender a inserção dos mesmos nos
processos de urbanização e metropolização em nível nacional e internacional. (Porto Alegre)

 Continuidade do estudo comparativo das metrópoles brasileiras Curitiba e Belém, sobre


convergências e distanciamentos na estruturação metropolitana. (Curitiba)

 Realizar a caracterização socioeconômica do arranjo urbano-regional Brasília-Anápolis-


Goiânia, com ênfase para as novas dinâmicas impostas pelas atividades econômicas, seus
impactos na morfologia urbana e na demanda por infraestrutura física e técnico-científica,
indicando possíveis alternativas para os desafios colocados. (Goiânia)

 Identificar, no âmbito da urbanização concentrada e dispersa, parâmetros que caracterizem


uma dinâmica de metropolização ancorada nas concentrações urbanas de Recife, João Pessoa
(no litoral), Campina Grande e Caruaru (no Agreste). (Recife/Campina Grande)

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Plano de Trabalho dos TRs
 Avançar os estudos referentes às escalas da urbanização brasileira, voltando-se aos arranjos
transfronteiriços, com foco nas relações e interações entre as metrópoles e as cidades da
fronteira. (Curitiba)

 Consolidar as análises realizadas pelos diversos núcleos do Observatório das Metrópoles, Página | 16

estabelecendo uma comparação entre a estrutura socioespacial das principais regiões


metropolitanas brasileiras e identificando padrões e diferenças na evolução desta estrutura no
período 2000-2010. (Belo Horizonte).

 Realizar leitura mais detalhada da espacialização resultante da tipologia sócio-ocupacional


concluída para a macrometrópole paulista. (São Paulo)

 Investigar, nos recortes metropolitano e macrometropolitano, os padrões de moradia, uso do


solo, equipamentos urbanos e circulação, espaços públicos e abertos, e infraestrutura, visando
definir padrões espaciais de crescimento, de consumo de solo urbanizado na metrópole, o
surgimento de novas formas de tecido urbano e tipologias habitacionais; analisar a formulação
de políticas públicas setoriais: de habitação, transporte e infraestrutura que vão influir nos
padrões de moradia e uso do solo, mobilidade, densidade e centralidades. (Salvador)

 Identificar parâmetros e desenvolver metodologia para estabelecer, em municípios


metropolitanos, um critério básico para diagnóstico do padrão de ocupação das cidades
metropolitanas, como referência para classificar diferentes níveis de densidade. (Curitiba)

 Prosseguir estudos referentes à construção de uma agenda metropolitana de adaptação


climática na Região Metropolitana de Natal. (Natal)

 Analisar a implementação do Estatuto da Metrópole no Paraná e Brasil, buscando apreender o


que de fato tem sido proposto e onde, pensando, portanto na viabilização dessa nova norma;
analisar também os parâmetros metodológicos utilizados para identificar as dinâmicas de
integração funcional e/ou de metropolização nos processos de sua implantação; e identificar
processos de institucionalização de unidades regionais (regiões metropolitanas, aglomerações
urbanas e regiões integradas de desenvolvimento) que alterem as configurações atuais.
(Maringá e Curitiba)

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Plano de Trabalho dos TRs
 Convidar pesquisadores de países vizinhos para apresentarem (presencialmente ou em
atividades via web) estudos correlatos que venham a contribuir para o debate sobre padrões
sul-americanos nas dinâmicas espaciais, particularmente urbano-regionais. Primeiro convite
foi realizado e aceito por recém-doutor da Universidade de Caldas, Manizales, Colômbia, que
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discorrerá sobre a cidade região “Eixo cafeteiro”. (Curitiba)

Metodologia
As atividades acontecerão, algumas individualmente por determinados núcleos, outras articulando
pesquisadores de mais de um núcleo. Não serão constituídos subgrupos de trabalho, e todos os estudos
propostos serão debatidos perante todos os integrantes do TR em eventos que permitam encontros
presenciais ou à distância. Os métodos utilizados para encaminhamentos do TR em 2019 estão
descritos a seguir:

Análises comparativas:

 Análise comparativa da dinâmica da metropolização de Curitiba e Belém, a partir da produção


dos respectivos núcleos, além de levantamentos de informações em diversa bases, em especial
da RAIS/2017. (Curitiba)

 Análise comparativa da evolução da estrutura socioespacial das 15 principais metrópoles


brasileiras, no período entre 2000 e 2010, verificando a existência de padrões, bem como de
diferenças, tendo como base para esta análise a construção de uma tipologia única, utilizando
as categorias sócio-ocupacionais construídas pelo Observatório das Metrópoles e sua
expressão espacial. (Belo Horizonte)

 No caso da macrometrópole paulista, a análise da espacialização será realizada através das


áreas de ponderação, comparando com as mudanças no mercado de trabalho e na alocação
de plantas industriais e postos de serviços, além da exploração das tipologias verificadas. (SP)

Análises qualitativas

 Análise qualitativa, baseada em estudo de caso a escolher, através de pesquisa local e


entrevistas com atores importantes, tentando desvendar a lógica de regiões que se distinguem

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Plano de Trabalho dos TRs
na macrometrópole paulista. Além disso, é previsto também o estudo de migrações para e inter
municípios da macrometrópole, inclusive internacionais (São Paulo).

 Análise da desconcentração metropolitana no Rio Grande do Sul, a partir da cidade-região de


Porto Alegre. (Porto Alegre) Página | 18

 Análise do policentrismo, rede urbana e desenvolvimento regional no Rio Grande do Sul, a


partir de aglomerações urbanas selecionadas. (Porto Alegre)

 Identificação de formas e processos de cemitérios industriais em municípios limítrofes de Porto


Alegre. (Porto Alegre)

 Análise das dinâmicas de estruturação das metrópoles Brasília e Goiânia no que se refere à
produção e reestruturação econômica, social e espacial em curso, dos movimentos migratórios
e pendulares e suas implicações na expansão dessas aglomerações. (Goiânia)

 Partindo da ideia de que as pontas desse arranjo, Brasília e Goiânia, incluído Anápolis,
encontram-se mais avançadas no processo de metropolização, propõe-se estudar os impactos
desse processo nos demais núcleos urbanos que possuem menores proporções. Desta forma,
será possível rever a caracterização das diversas configurações espaciais resultantes desses
processos, bem como identificar novas dinâmicas, com foco em sua gênese e peculiaridades
de suas morfologias. (Goiânia)

 Para a análise da dinâmica de metropolização das concentrações urbanas de Recife, João


Pessoa, Campina Grande e Caruaru serão aprofundados aspectos teóricos da diferenciação
urbanização/metropolização e contextualizar, considerando padrões da urbanização regionais
no Nordeste; aprimorado banco de dados e técnicas de representação procurando fontes que
possam respaldar a construção de parâmetros em escala regional; mensurada a expansão física
das grandes e médias concentrações urbanas e em cidades de menor porte, procurando
relacionar essa expansão à dinâmica imobiliária sustentada por agentes privados e públicos;
estudadas as tendências de localização das atividades econômicas nas concentrações urbanas
e fora delas, assim como a complementariedade entre os portos da região; e verificada se e
como os agentes vinculados à inovação e a economia do conhecimento cooperam numa rede
regional. (Recife/Campina Grande)

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Plano de Trabalho dos TRs
 Nos recortes metropolitanos e macrometropolitano de Salvador, serão realizados
levantamentos e análises de dados dentre outras variáveis: fluxos de pessoas e mercadorias,
migrações intrametropolitanas, imagens de sensorialmente remoto, dados geodemográficos.
(Salvador)
Página | 19

Bases de dados e parâmetros desenvolvidos ou em teste

 Avaliar e realizar exercícios piloto para aplicação, nas regiões onde se situam as RMs de Recife,
Campina Grande e Curitiba, do uso da ferramenta GHSL (Global Human Settlement Layer),
disponibilizada pela Comissão Europeia em parceria internacional com GEO Human Planet
Initiative (https://ghsl.jrc.ec.europa.eu/). Trata-se de uma ferramenta aberta e gratuita, que se
volta para avaliar a presença humana no planeta, por meio da produção de informações
espaciais globais, análises baseadas em evidências e conhecimento. Oferece recursos para
evidenciar/mensurar de 1975 a 2015 a expansão das cidades para além das concentrações
metropolitanas, evidenciando dinâmicas e configurações regionais (difusas e com graus
diversos de concentração) do processo de urbanização. (Recife, Campina Grande e Curitiba)

 Estudar e formular um conjunto de indicadores urbanísticos e ambientais que possam ser


usados no monitoramento e acompanhamento da evolução e transformações dos processos
de desenvolvimento urbano e regional. (Salvador).

 Identificar parâmetros que apontem quais condições paisagísticas e de saturação de terrenos


correspondem a cada recorte de densidade demográfica por setor censitário na RM de Curitiba.
(Curitiba)

 Desenvolver uma metodologia que utilize imagens da sobreposição de setores censitários e


crie uma classificação paisagística do nível de saturação dos terrenos (os setores serão classificados
como de baixa saturação, média-baixa saturação, média saturação, média-alta saturação e alta
saturação). O município de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, será tomado como
piloto para a aferição da metodologia, que poderá ser utilizada para diagnóstico do padrão de
ocupação das demais cidades metropolitanas. (Curitiba)

 Definição dos indicadores, escalas e temporalidades; montagem de banco de dados de


referência com informações disponíveis com base nas definições de indicadores, escalas e

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Plano de Trabalho dos TRs
temporalidade para a construção da agenda metropolitana de adaptação climática na Região
Metropolitana de Natal. (Natal)

Leitura de espaço (roteiro de campo e entrevistas)


Página | 20
 Entre os arranjos transfronteiriços identificados no estudo das escalas da urbanização
brasileira, sete foram objeto de leitura do espaço, técnica que inclui roteiro e reconhecimento
de campo, visitas técnicas, entrevistas agendadas com agentes locais e regionais, e entrevistas
casuais com moradores, comerciantes, prestadores de serviços e visitantes locais. A aplicação
dessa técnica permite o reconhecimento espacial do arranjo configurado, de seus problemas
urbanos e relativos a gestão do território, e de sua função como centralidade transfronteiriça.
Os resultados dessas atividades servem como informações primárias para subsidiar as
reflexões quanto às relações entre cidades de fronteira/metrópoles. (Curitiba)

Resultados Esperados

Publicação de artigos (já previstos)

 Sobre o comparativo das tipologias sócio-oculacionais, há um artigo aprovado para a RBEUR.


(São Paulo)

 Previsto artigo, intitulado “Hipersegregação das elites metropolitanas brasileiras na década de


2000: interpretações a partir da RMBH”, além da elaboração de mais dois artigos. (Belo
Horizonte)

 Previstas duas publicações sobre o arranjo Brasília/Anápolis/Goiânia.

Apresentação de resultados em eventos

 Apresentação dos resultados parciais das pesquisas nos eventos científicos programados para
o ano de 2019, a saber, XVIII ENANPUR (maio), XIII ENANPEGE (setembro) e XVI SIMPURB
(novembro).

 Participação, com apresentação de trabalhos, em mesas do XVIII ENANPUR.

 Participação no IX Seminário Internacional da RIDEAL (Red de investigación sobre áreas


metropolitanas de Europa y América Latina).

Realização de seminários e oficinas de trabalho

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Plano de Trabalho dos TRs
 Encontro dos integrantes do TR durante o XVIII ENANPUR.

 Realização de seminário regional no Núcleo Goiânia, ao final do ano 2019. (Goiânia)

 Realização de seminário interno ao núcleo, com a apresentação de resultados parciais da


pesquisa, previsto para o final do primeiro semestre. (Porto Alegre) Página | 21

 Realização de seminários temáticos para a discussão de aspectos teóricos e empíricos com os


pesquisadores do núcleo. (Salvador)

 Debate temático com recém-doutor do Instituto de Estudos Territoriais da Universidade de


Caldas (Colômbia) sobre o arranjo espacial “Eixo Cafeteiro”. (Curitiba)

Agenda de pesquisa

Relatórios

 Relatório geral do TR ao final do primeiro semestre.

 Belo Horizonte: poderá ser elaborado um relatório parcial em agosto e um relatório final em
dezembro.

 Goiânia: prevê articulação entre os núcleos Goiânia e Brasília, envolvendo também


pesquisadores de Anápolis; propõe-se a construção de relatórios semestrais.

 Porto Alegre: apresentação dos resultados parciais nos eventos programados.

Organização de e-book temático

 Organização de e-book com resultados consolidados na pesquisa do tema deste TR em 2018 e


2019, com capítulos compostos pelos diversos integrantes do TR.

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Plano de Trabalho dos TRs
Referências Bibliográficas (Não informada)

Núcleos participantes
Página | 22

1. Baixada Santista (não aderiu)

2. Belém (não aderiu)

3. Belo Horizonte
Responsável no núcleo: Jupira Mendonça/Alexandre Diniz/Luciana Teixeira
email: jupira@gmail.com/alexandremadiniz@gmail.com/lucianatandrade1@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Jupira Mendonça
Alexandre Diniz
Luciana Teixeira

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Plano de Trabalho dos TRs
4. Brasília
Responsável no núcleo: Rômulo Ribeiro
email: rjcribeiro@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Página | 23
Frederico de Holanda,
Sérgio Gadelha,
Cristiane Guinancio,
Daniel Sant'anna

5. Campina Grande /João Pessoa


Responsável no núcleo: Lívia Miranda
email: liviaibmiranda@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Twane Xavier
Alexandre Sabino

6. Curitiba (coordenação)
Responsável no núcleo: Olga L. C. de Freitas-Firkowski e Rosa Moura
email: olgafirk@gmail.com; rmoura.pr@gmail.com
Pesquisadores vinculados

7. Fortaleza
Responsável no núcleo: Alexandre Queiroz Pereira
email: aqpufc@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Eustogio Dantas
Maria Clelia Lustosa Costa
José Borzacchiello da Silva
Denise Elias
Iara Rafaela Gomes
Edilson Pereira Junior
Alexsandra Muniz
Cleiton Marinho Nogueira

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Plano de Trabalho dos TRs
Tiago Estevam Gonçalves
Fabiano Lucas Freitas

8. Goiânia (aguardando resposta)


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9. Maringá
Responsável no núcleo: Ana Lúcia Rodrigues
email: alrodrigues1962@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Lilian Chirnev (chirnev@hotmail.com);
Clédina Regina Lonardan Acorsi (crlacorsi@gmail.com);
Carla Franciele Horing (ra99597@uem.br);
Wesley Ferreira de Souza (wesley.geo@hotmail.com)

10. Natal
Responsável no núcleo: Zoraide Pessoa
email: zoraidesp@gmail.com
Pesquisadores vinculados

11. Porto Alegre


Responsável no núcleo: Paulo Roberto Rodrigues Soares
email: geoprrs@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Heleniza Ávila Campos;
Ana Clara Fernandes,
Henrique Dorneles de Castro (doutorando)

12. Recife (aguardando resposta)

13. Salvador
Responsável no núcleo: Gilberto Corso Pereira
email: gilbertcorso@gmail.com
Pesquisadores vinculados

INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
Maria das Graças Gondim dos Santos Pereira;
Gilberto Corso Pereira

14. São Paulo


Responsável no núcleo: Suzana Pasternak Página | 25

email: suzanapasternak@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Suzana Pasternak,
Lucia Bógus.

15. Rio de Janeiro (não aderiu)

16. Vitória (não aderiu)

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Plano de Trabalho dos TRs
ECONOMIA METROPOLITANA E DESENVOLVIMENTO

REGIONAL: mudanças da base produtiva e mercado de

trabalho Página | 26

Responsável: Maria do Livramento Clementino


Núcleo: Núcleo Natal

Responsável: Marcelo Gomes Ribeiro


Núcleo: Núcleo Rio de Janeiro

INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
Resumo
O Brasil é, na atualidade, um país eminentemente urbano, em que parcela significativa de sua
população se concentra nos espaços metropolitanos, o que confere à dinâmica econômica modos de
estruturação que reflete essa realidade. De um lado, o modo como o país se organiza populacional e Página | 27

territorialmente influencia na sua estrutura econômica; de outro lado, essa estrutura econômica
contribui para a organização populacional e territorial do país. Neste sentido, a preocupação com o
desenvolvimento econômico nacional deve considerar, ao mesmo tempo, o papel que desempenha as
principais metrópoles nesse processo, na medida em que são importantes mercados de consumo e de
trabalho, e o impacto desse desenvolvimento sobre os espaços metropolitanos, principalmente
referentes à estrutura econômica e à organização do mercado de trabalho de cada uma dessas
metrópoles. Porém, mesmo que isso seja válido para todo o país, o modo como cada metrópole se
apresenta economicamente também reflete as condições de sua formação histórica e do contexto
regional onde elas estão inseridas. Por este motivo, torna-se muito significativo a análise da estrutura
econômica e da organização do mercado de trabalho das principais metrópoles do país, tendo em vista
suas diferenças econômicas regionais, para podermos refletir sobre a importância dessas metrópoles
para o desenvolvimento econômico nacional. Neste sentido, este projeto dará ênfase às análises da
estrutura produtiva regional e metropolitana, da divisão socioespacial do trabalho, da importância,
característica e dinâmica da indústria por intensidade tecnológica e do terciário urbano-metropolitano.

Objetivos
O objetivo geral do TR é analisar as mudanças na estrutura produtiva e na organização do mercado de
trabalho das principais metrópoles brasileiras e o desenvolvimento regional. Busca-se, a partir dos
objetivos específicos, realizar uma análise urbano-metropolitana “multiescalar”. O primeiro olhar, na
perspectiva multiescalar, considera a economia metropolitana no seu contexto regional e sua
articulação com o espaço nacional ou mesmo internacional. O segundo considera a economia
metropolitana numa perspectiva intraurbana, onde se pretende compreender o modo como se
configura internamente suas atividades econômicas e também seu mercado de trabalho.

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Plano de Trabalho dos TRs
Metodologia
Serão utilizados métodos quantitativos e bases de dados secundárias (PIB dos Municípios, do IBGE, e
RAIS, Antigo Ministério do Trabalho). Além de uma classificação geral das atividades econômicas, com
base na CNAE 2.0, já realizada em 2018, pretende-se desenvolver outros recortes temáticos, tais como: Página | 28

1) Serviços por intensidade de conhecimento

2) Complexo urbano-imobiliário-financeiro

3) Complexo urbano-imobiliário-turístico.

Para o desenvolvimento desses novos recortes temáticos estão comprometidos os grupos de Natal e
do Rio de Janeiro.

O recorte regional a ser utilizado está baseado nas regiões metropolitanas institucionais, regiões
geográficas imediatas e intermediárias e unidades federativas pertencentes a cada uma das regiões
metropolitanas dos 17 núcleos do Observatório.

Ao longo do ano de 2019, a pesquisa será desenvolvida em parceria com os seguintes núcleos: Belém,
Belo Horizonte, Brasília, Curitiba (a confirmar), Fortaleza, Maringá, Natal, Rio de Janeiro, Salvador, São
Paulo, Porto Alegre, que farão os estudos analíticos das mudanças na estrutura produtiva, a partir dos
dados do PIB, e na organização do mercado de trabalho formal, a partir da classificação das atividades
econômicas e dos dados da RAIS. Os grupos receberão uma base de dados consolidada, com um roteiro
de trabalho específico.

Resultados Esperados
Os resultados esperados para 2019 serão:

Relatórios parciais e finais dos núcleos, tratando dos aspectos teórico-conceituais e dos períodos de
análise a partir do entendimento das dinâmicas do experimento desenvolvimentista (retomada da
atividade econômica e geração de empregos) e da virada ultraliberal (crise).

Desenvolvimento do Primeiro Livro Nacional.

INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
Desenvolvimentos dos box´s dos Serviços por intensidade de conhecimento, do Complexo urbano-
imobiliário-financeiro e do Complexo urbano-imobiliário-turístico.

Atlas da economia metropolitana no Brasil em Mapas (avaliar).


Página | 29
Elaboração de artigos pelos núcleos.

Agenda de pesquisa

Atividades Prazos

Envio do roteiro e das bases de dados para os núcleos participantes 28/3

Reunião do TR Economia Metropolitana e Desenvolvimento Regional Entre 27 e 31/5


durante o ENANPUR
(data e horário a
confirmar)

Recebimentos dos relatórios parciais 24/7

Leitura dos relatórios parciais entre os grupos 25/07 a 31/08

Espacialização e representação cartográfica dos dados (apresentar Última semana de


durante o encontro do TR) agosto

Encontro do TR para discussão dos relatórios Última semana de


agosto

Recebimentos dos relatórios finais 30/9

Preparação do livro Até dezembro

Box dos Serviços por intensidade de conhecimento Até agosto

Box do Complexo urbano-imobiliário-financeiro Período de março a


setembro

INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
Referências Bibliográficas
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METRÓPOLES E O DIREITO À CIDADE: DILEMAS, DESAFIOS E ESPERANÇAS, 2018, RIO DE JANEIRO.
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INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
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INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
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Plano de Trabalho dos TRs
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Núcleos participantes

1. Baixada Santista (aguardando resposta)

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Plano de Trabalho dos TRs
2. Belém
Responsável no núcleo: Raul da Silva V. Neto
email: netoventuraraul@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Página | 34
Juliano Pamplona Ximenes Ponte;
José Júlio Ferreira Lima;
Ricardo Bruno;
Danilo Araújo;
Ana Cláudia Duarte Cardoso;
Roberta Menezes Rodrigues

3. BH
Responsável no núcleo: André Mourthé
email demourthe@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Cláudia Júlia Guimarães Horta

4. Brasília
Responsável no núcleo: Sérgio Gadelha
email: professor.sergio.gadelha@gmail.com
Pesquisadores vinculados

5. Campina Grande (não aderiu)

6. Curitiba
Responsável no núcleo: Wilhelm Milward Meiners
email wim.uni@gmail.com
Pesquisadores vinculados

7. Fortaleza
Responsável no núcleo: Edilson Alves Pereira Junior
email: edilsonapjr2009@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Alexsandra Muniz

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Plano de Trabalho dos TRs
8. Goiânia (aguardando resposta)

9. Maringá
Responsável no núcleo: Jaime Trintin
email: jgtrintin@gmail.com Página | 35

Pesquisadores vinculados
Jaime Graciano Trintin (jgtrintin@gmail.com);
Marina Silva Cunha (mscunha@uem.br);
Paulo Roberto de Souza (prsouza@uem.br)
Ana Lucia Rodrigues (alrodrigues1962@gmail.com);
Carla Franciele Horing (ra99597@uem.br)

10. Natal
Responsável no núcleo: Maria do Livramento Miranda Clementino (coordenação)
email: mlmclementino@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Juliana Bacelar de Araújo
Rodolfo Finatti
Rebeca Marota da Silva

11. Porto Alegre


Responsável no núcleo: André Augustin
email andreaugustin.fee@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Judite Sanson de Bem;
Moisés Waissermann;
Margarete Araújo;
Paulo Roberto R. Soares;
Ana Clara Fernandes;
Fabian Domingues

12. Recife (aguardando resposta)

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Plano de Trabalho dos TRs
13. Rio de Janeiro (coordenação)
Responsável no núcleo: Marcelo Ribeiro
email: marceloribeiro@ippur.ufrj.br
Pesquisadores vinculados
Página | 36
Felipe Raitano (CAPES),
Diogo Matos (TCT4),
Themis Aragão (PD)
Franklin Soldati (PD),
Vitor Boa Novas,
Clarice Antoun,
Vitor Drumond,
Paula Guedes
Juliana Athayde,
Juciano Rodrigues

14. Salvador
Responsável no núcleo: Inaiá Carvalho
email: inaiammc@ufba.br
Pesquisadores vinculados

15. São Paulo


Responsável no núcleo: Ricardo Gaspar
email ricgaspar@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Ricardo Gaspar,
Gabriel Rossini
Alexandre Abdal,
João Marcus Pires Dias

16. Vitória (não aderiu)

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Plano de Trabalho dos TRs
Megarregião Rio de Janeiro-São Paulo

Página | 37

Responsável: Sandra Lencioni


Núcleo: Núcleo São Paulo

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Plano de Trabalho dos TRs
Resumo
A constituição de megarregiões emerge nitidamente no século XXI e se impõe sobre a urbanização
constitutiva de metrópoles e revela uma mudança paradigmática na verdadeira natureza do processo
de urbanização. A pesquisa tem como centro de discussão o desenvolvimento da megarregião Rio de Página | 38

Janeiro-São Paulo compreendida como urbanização regional, como uma pós urbanização no dizer de
Soja (2013).

O objetivo da pesquisa é discutir o conceito de megarregião e analisar a região de maior concentração


de riqueza do país relacionando-a à lógica do capitalismo global financeirizado que caracteriza os dias
atuais e à lógica do capital produtivo. Essas duas lógicas conjugam-se nitidamente na megarregião Rio
de Janeiro-São Paulo combinando os processos de capitalização com os de valorização. Do ponto de
vista da urbanização regional nela se fazem presentes as lógicas de aglomeração e de dispersão, de
homogeneidade, fragmentação e hierarquia entre os lugares consubstanciando as policentralidades,
em que o Rio de Janeiro e, em particular, São Paulo se reafirmam como centros mais importantes do
país.

Também nessa megarregião encontra-se áreas de alta e baixa densidades de diversas naturezas:
imobiliária, financeira, produtiva, comercial e de serviços avançados que desenvolvem
complementariedades e estabelecem fortes vínculos com a economia global. Perceber essa realidade
nova que conjuga e articula metropolização do espaço, financeirização e globalização, e, mais além,
capturar sua essência são ações investigativas de fundamental importância.

OBS.: A pesquisa trata de um grande conjunto regional e a referência da investigação não tem como ponto de
partida um lugar definido a priori, mas uma região de referência na qual as principais metrópoles são as do Rio
de Janeiro e a de São Paulo. Por meio de algumas questões chaves é que se definirá o próprio conjunto regional
que se coloca não como um ponto de partida, mas como um ponto de chegada da pesquisa.

Objetivos
O objetivo geral da proposta de pesquisa para o ano de 2019 é o de compreender a megarregião Rio
de Janeiro-São Paulo enquanto uma metropolização regional policêntrica enfatizando-se processos e
relações que expressam a concentração das atividades econômicas e da produção da riqueza e que
reafirmam essa região como o centro econômico do país reiterando o histórico desenvolvimento
desigual do território brasileiro.

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Plano de Trabalho dos TRs
Os objetivos específicos básicos são:

 Discutir o conceito de megarregião como um novo espaço em formação em termos de escala,


forma, estrutura e função.
Página | 39
 Analisar dados básicos para a delimitação preliminar dos limites da megarregião, levando-se
em consideração também estudos anteriores que se voltaram para a discussão da forte
integração entre o Rio de Janeiro e São Paulo.

 Desenvolver argumentos com fundamentação teórica que justifiquem a escolha das


referências analíticas a serem desenvolvidas em 2019; a saber: a) relação entre capital
mobiliário e financeirização; b) atividades inovadoras e intensivas em conhecimento; c) fluxos
de importação e exportação de mercadorias.

a) Exemplificar por meio de processos de urbanização relacionados especialmente à


investimentos de capital, à atuação de incorporadoras de capital aberto e aos fundos de
investimentos imobiliários e aos fundos de private equity, a ampliação do processo de
financeirização imobiliária na megarregião como uma das expressões da hegemonia do capital
financeiro.

b) Analisar a concentração das atividades inovadoras e intensivas em conhecimento


relacionando-as às determinadas condições gerais de produção que lhes são fundamentais e
que ao se concentrarem na megarregião se constituem em um dos elementos chaves que
diferenciam essa região do restante do país. Essa diferença decorre da natureza distinta da
produção (que envolve uma relação significativa entre ciência,

c) conhecimento e tecnologia), mas também porque a investigação dessas atividades inovadoras


e intensivas em conhecimento permite uma leitura sobre o estabelecimento de redes, fluxos e
conexões da megarregião com a economia global.

d) Analisar os fluxos de importação e exportação de mercadorias pelos principais portos e


aeroportos da megarregião, com o sentido de examinar os vínculos da megarregião com a
economia global.

 Avaliar a delimitação preliminar da megarrregião e reelaborar seus limites com especial


atenção para as referências analíticas adotadas desenvolvendo uma reflexão teórica sobre
regionalização.

Metodologia
Os procedimentos metodológicos dessa pesquisa estão sintetizados a seguir. Quanto ao planejamento
de envolvimento da rede ainda se está dando os primeiros passos e não há subgrupos de trabalho.

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Plano de Trabalho dos TRs
 Pesquisa bibliográfica e sistematização crítica das leituras relativas ao conceito de megarregião
com especial atenção aos conceitos correlatos; tais como, megalópole, cidade-região; cidade
global, cidade arquipélago e metápoles.

 Análise crítica dos diferentes indicadores utilizados nos estudos precedentes a respeito da
unidade Rio de Janeiro-São Paulo. Página | 40

 Discussão dos diferentes recortes e definição dos limites da megarregião Rio de Janeiro-São
Paulo a ser trabalhado na presente fase da pesquisa.

 Dimensionamento dos espaços naturais da megarregião Rio de Janeiro-São Paulo.

 Descrição geral dos portos e aeroportos da megarregião Rio de Janeiro-São Paulo objetivando
selecionar os de maior significado nas exportações e importações de mercadorias e os mais
importantes em termos de fluxos de passageiros.

 Análise da hierarquia entre as cidades utilizando-se a pesquisa sobre as Regiões de Influência


das Cidades - REGIC (IBGE).

 Seleção dos indicadores para cada uma das 3 referências analíticas: a) relação entre capital
mobiliário e financeirização; b) atividades inovadoras e intensivas em conhecimento; c) fluxos
de importação e exportação de mercadorias.

 Reelaboração do Quadro de Indicadores feitos no início da pesquisa, somente em relação às 3


referências analíticas a serem desenvolvidas em 2019 no âmbito das 3 referências analíticas.

 Discussão dos indicadores objetivando justificar os que foram selecionados no sentido de


comprovar sua pertinência e potência esclarecedora.

 Estabelecimento da relação de cada uma das referências analíticas com as condições gerais
necessárias para o desenvolvimento da relação entre capital mobiliário e financeirização,
atividades inovadoras e intensivas em conhecimento e importação e exportação de
mercadorias.

 Elaboração de procedimentos estatísticos dizendo respeito a cada uma das 3 referências


analíticas

 Síntese de informações não estatísticas sobre cada uma das 3 referências analíticas.

 Síntese bibliográfica das principais leituras teóricas sobre os temas relativos às 3 referências
analíticas.

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Plano de Trabalho dos TRs
 Análise dos dados e informações objetivando selecionar os mais significativos que possam
melhor exprimir a unidade da megarregião Rio de Janeiro-São Paulo levando-se em
consideração o recorte regional preliminar.

 Redefinição dos limites da megarregião Rio de Janeiro-São Paulo.


Página | 41
 Análise do significado da megarregião Rio de Janeiro-São Paulo em relação ao Sudeste e ao
restante do país.

Resultados Esperados
A pesquisa está sendo desenvolvida formalmente por 4 pesquisadores: Sandra Lencioni, Regina Tunes,
Eudes Leopoldo e Matheus Cavalcanti Bartholomeu. Para a discussão da circulação aérea teremos a
incorporação de Ana Paula Camilo Pereira que aceitou o convite para participar, devendo, ainda, ser
formalmente incorporada após a consulta e aval devidos.

A projeção é a de elaboração de 2 Relatórios e cada um dos participantes deverá elaborar um artigo ou


um texto a ser publicado.

Agenda de pesquisa

 Relatório de bolsa de doutorado de Matheus Cavalcanti Bartholomeu.

 Relatório de bolsa de pós-doutorado de Eudes Leopoldo relativo ao tempo de usufruto da bolsa

Referências Bibliográficas
Aqui estão arrolados apenas os 4 textos de referência relativos ao conceito de megarregião (Harrison;Hoyler) e,
também, (Ross); ao conceito de megalópole (clássico conceito antecedente ao de megarregião, de Gottmann) e
à proposição de que estamos vivendo uma pós urbanização na qual a era da metrópole moderna parece estar
terminando (Soja).

Gottmann, J. Megalopolis. The urbanized northeastern seabord of the United States. New York : The
Twentieth Century Fund, 1961.

Harrison, J.; Hoyler, M.(ed) Megaregions. Globalization‘s New Urban Form? Cheltenham, UK,
Northampson, MA, USA. Edward Elgar, 2015.

Roos, C. (ed) Megaregions. Planning for Global Competitiveness. Wahsington, Covelon, London, Island
Press, 2009.

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Plano de Trabalho dos TRs
Soja, E. W. Para além de Postmetropolis . Revista da Universidade Federal de Minas Gerais, 20, jan/jun
de 2013,. p. 136-167.

Núcleos participantes
1. São Paulo Página | 42
Responsável no núcleo: Sandra Lencioni (coordenação)
email: slencion@usp.br
Pesquisadores vinculados
Lucia Bógus,
Suzana Pasternak
Luis Felipe A.Magalhães
Eudes Leopoldo

2. Rio de Janeiro
Responsável no núcleo: Matheus Bartholomeu
email: matheusscb@live.com
Pesquisadores vinculados
Juciano Rodrigues
Regina Tunes

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Plano de Trabalho dos TRs
Página | 43

LINHA 02

INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
Mobilidade Urbana | O Planejamento da mobilidade e do

transporte público em Regiões Metropolitanas

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Responsável: Rosangela Luft


Núcleo: Núcleo Rio de Janeiro

Responsável: Juciano Rodrigues


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Plano de Trabalho dos TRs
Resumo
O presente projeto de pesquisa procura analisar o planejamento do transporte público e da mobilidade
urbana desenvolvidos nas regiões metropolitanas brasileiras no período entre a promulgação da
Constituição Federal de 1988 até os dias atuais, considerando o atual contexto da Política Nacional de Página | 45

Mobilidade Urbana instituída pela Lei Federal 12.587/121 e alterada pela Lei 13.640/20182. Em primeiro
lugar, busca-se entender o contexto e as motivações para a elaboração de planos elaborados nos
âmbitos municipais e metropolitanos. Ao mesmo tempo, pretende-se investigar quais elementos
orientaram, por um lado, a realização de investimentos, observando se estes foram desenvolvidos sob
a perspectiva de políticas públicas integradas ou de ações fragmentadas e, por outro, se o transporte
foi tratado a partir de uma perspectiva mais ampla de mobilidade, acessibilidade e de justiça social.

Introdução

A pesquisa tem a mobilidade como paradigma de análise (AMAR, 2012). Nessa perspectiva, a
mobilidade é um conceito que se firma nos últimos anos e suplanta a ideia de transporte, não se
restringe, portanto, apenas aos deslocamentos individuais diários que pensam o sujeito em uma
condição passiva. Mobilidade é assim entendida como um fenômeno que se relaciona com as
complexidades territoriais e sociais de vivência deste sujeito, em suas experiências individuais e
coletivas. Segundo AMAR, “la movilidad es entendida cada vez más em términos de creación de
relaciones, de oportunidades y de sinergias, más que como un pasaje de distancias a una velocidad
cada vez mayor” (2012).

Trata-se de um fenômeno em que o movimento faz sentido em si e determina, em maior ou menor


intensidade, a fruição territorial de direitos (sociais, econômicos, culturais etc), cabendo considerar, na
sua efetivação, as características e necessidades dos sujeitos, as relações destes com o espaço e as
características dos meios através dos quais – e nos quais – a mobilidade se realiza. E, ainda, na

1
A Lei 12.587/12 institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana, em atendimento à determinação
constitucional que a União institua as diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive transportes, além
de tratar de questões da política urbana estabelecida pelo Estatuto da Cidade.
2
Essa alteração teve como objetivo regulamentar o transporte remunerado privado individual de
passageiros (transporte via solicitação de viagens via aplicativos ou outras plataformas de comunicação
em rede).

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qualidade de direito fundamental social (art. 6º, CF), ele impõe ao Estado obrigações que garantam sua
efetivação.

O funcionamento e organização dos sistemas de transporte, por sua vez, têm relação com diversos
aspectos da vida urbana. Em especial, por constituírem aspectos centrais da própria organização Página | 46

territorial das cidades, provocam efeitos diversos não apenas sobre as formas de circulação em si, mas
também sobre as condições de vida e de reprodução social, a partir do momento que determina o
acesso a diversas oportunidades, a exemplo daquelas do mercado de trabalho ou da educação
(KATZMAN e RETAMOSO, 2005; RIBEIRO, RODRIGUES E CORRÊA, 2010; LAGO; 2010; PEREIRA et. al,
2017). Esse é aspecto reforça o papel fundamental do Estado na efetivação da mobilidade urbana,
considerando que um ponto incontornável desta discussão é a necessidade imperiosa de superação
das desigualdades de oportunidades, especialmente em grandes ciudades e aglomerações urbanas.

A aplicação do conceito de mobilidade tanto no plano analítico como no campo das políticas públicas
é bastante recente. Nesses contextos, por trás das medidas para permitir e facilitar a circulação de
pessoas e mercadorias no meio urbano sempre predominou as ações de transporte, de infraestrutura,
de viação, de ordenamento territorial, sendo, em grande parte das vezes, desenvolvidas de forma
desarticulada, tanto do ponto de vista territorial como setorial. Além disso, o planejamento territorial
se apropria do termo mobilidade há muito pouco tempo, razão pela qual, para analisar o planejamento
e as ações de mobilidade no período estabelecido para a presente pesquisa, será necessário trabalhar
com ações e elementos que adotam também aquelas denominações.

Nesta pesquisa, três elementos de escala nacional justificam e reforçam a necessidade de investigação
sobre as medidas de mobilidade e transporte observadas no período considerando:

a imposição de elaboração de planos de transporte urbano integrado pelo Estatuto da Cidade (Lei n.
10.257/2001), que tratou de maneira sintética o tema do transporte ao impor, no seu art. 41, §2º, que
Municípios com mais de quinhentos mil habitantes desenvolvessem planos de transporte urbano
integrado compatíveis com os planos diretores municipais – ou fossem inseridos dentro destes. O
Conselho das Cidades, ao expedir a Resolução Recomendada n. 34/2005, passou a denominá-lo Plano
Diretor de Transporte e da Mobilidade. Contudo, em 2012, apenas 13 dos 36 Municípios obrigados a
aprovar os planos o tinham feito e essa baixa adesão pode ser explicada, entre outros fatores, pela
restrita e concentrada transferência de recursos federais para implantação de infraestrutura de

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transporte público coletivo no período pós Estatuto da Cidade (LIMA NETO e GALINDO, 2015).

os vultuosos aportes de recursos que foram destinados neste domínio em virtude da realização dos
grandes eventos esportivos – Copa do Mundo e Olimpíadas – e também do PAC, e. A realidade do
planejamento do transporte e da mobilidade nas cidades brasileiras e nas regiões metropolitanas tem Página | 47

como uma das principais características o descompasso entre o que foi planejado e o que foi executado.
Parte disso se explica pelas prioridades definidas em função das decisões tomadas a partir de 2007 de
realizar os grandes eventos esportivos no país. Tais fatos ocasionaram o direcionamento de massivos
recursos públicos e financiamentos internacionais para as obras relacionadas diretamente aos jogos e
aos legados que estes deixariam, restringindo-se muito aos municípios diretamente envolvidos, ou seja,
às capitais e não aos demais municípios das RMs. Na área de mobilidade, “considerando apenas os
investimentos federais realizados entre 2006 e 2010, por exemplo, apenas 4% dos municípios
brasileiros receberam recursos” (IPEA, 2012, p. 15). As prioridades dos poderes públicos foram
determinadas sobretudo pelos recursos financeiros nacionais e internacionais disponibilizados nesse
período. No que diz respeito a esses recursos, destacam-se dois subprogramas do Programa de
Aceleração de Crescimento (PAC) federal, que foram o PAC Copa do Mundo e PAC 2 Mobilidade de
Grandes Cidades. Apenas no Rio de Janeiro, esses dois programas geraram 5,8 bilhões em
investimentos, sendo R$ 3,05 bilhões em financiamentos e 1,032 bilhão de recursos do orçamento geral
da União (OGU), atingindo mais 1/7 dos investimentos totais via PAC. São Paulo atingiu proporção
equivalente, visto que os investimentos totalizaram 6,57 bilhões, onde 2,35 bilhões foram provenientes
de financiamentos e 704 milhões do OGU (LIMA NETO e GALINDO, 2015). A Portaria no 65/2011 do
Ministério das Cidades, que institui o processo de seleção e diretrizes gerais para o PAC Mobilidade
Grandes Cidades, fixou, entre as condições de enquadramento das propostas, que estas deveriam ser
compatíveis com o plano diretor e com o plano de transporte urbano (art. 4º, VIII). Apesar disso, não
foram estabelecidos maiores detalhamentos a respeito desta compatibilidade, sendo ela ignorada em
muitos casos. LIMA NETO e GALINDO (2015) acrescentam que os Municípios que mais receberam
recursos per capita sequer tinham aprovado plano municipal de transporte/mobilidade.

a promulgação da Lei no 12.587/2012, que instituiu as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade


Urbana e sua posterior alteração, em 2018, que procura dar conta dos novos serviços de transporte
que surgiram primeiramente em contextos metropolitanos, alterando as formas de deslocamento e
gerando efeitos sobre as condições de mobilidade. consolidou normativamente o paradigma da
mobilidade e trouxe novas diretrizes de planejamento e gestão direcionados à priorização de

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transportes públicos e transportes não motorizados. Nesta lei, a mobilidade é tratada de forma
integrada se comparada aos mecanismos institucionais precedentes, estabelecendo medidas mais
equitativas que contemplam não só o transporte público, mas também as desiguais condições de uso
do espaço urbano e os efeitos nocivos do transporte individual motorizado. A lei prevê, ainda,
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mecanismos de aprimoramento da transparência e da gestão dos serviços públicos de transporte e
amplia a obrigatoriedade do planejamento da mobilidade ao determinar sua elaboração por Municípios
com mais de 20 mil habitantes. Com essa e outras medidas, a Lei da Política Nacional de Mobilidade
Urbana definiu algumas condições para o desenvolvimento de uma agenda cooperativa entre os entes
federados, mas foi omissa em avançar na fixação de mecanismos permanentes – e distributivos – de
sustentação financeira (IPEA, 2012). A lei dispõe sobre medidas cooperativas dos entes federados,
adjudicando à União papéis que indicam um protagonismo para induzir a coordenação federativa ao
lhe conferir as atribuições de prestar a assistência técnica aos demais entes – estimulando ações
integradas nas aglomerações urbanas –, contribuir para a capacitação continuada dos agentes ligados
à PNMU, organizar informações sobre o Sistema Nacional de Mobilidade Urbana e fomentar a
implantação de projetos de transporte público de média e alta capacidade, bem como o
desenvolvimento tecnológico e científico nesta área (art. 16). “Assim, o papel da União será o de
principal indutor do reconhecimento dos territórios das RMs como área de planejamento, admitindo a
assimetria de capacidade técnica, política e institucional entre os municípios que a integram” (LIMA
NETO e GALINDO, 2015, o. 15). Já as atribuições cooperativas dos Estados foram centralizadas na
integração dos serviços que ultrapassam os limites municipais e a proposição de políticas tributárias
favoráveis à implantação da PNMU (art. 17). Aos Municípios coube a função de planejar e avaliar sua
política de mobilidade e de prover e regular os serviços de sua competência. A lei da PNMU impôs,
ainda, que “em Municípios acima de 20.000 (vinte mil) habitantes e em todos os demais obrigados, na
forma da lei, à elaboração do plano diretor, deverá ser elaborado o Plano de Mobilidade Urbana,
integrado e compatível com os respectivos planos diretores ou neles inserido” (art. 24, §1º),
condicionando sua aprovação até 2019 para que continuem recebendo recursos orçamentários
federais destinados à mobilidade urbana. Paralelamente, o Estatuto da Metrópole (Lei no 13.089/2015)
também estabeleceu a necessidade de realizar o planejamento regiões metropolitanas através dos
planos de desenvolvimento urbano integrado (PDUIs), com observância de algumas diretrizes
essenciais e impondo aos Municípios a necessidade de adequar seu planejamento local ao PDUI.

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Este recente acúmulo de normas, planos e investimentos realizados nas regiões metropolitanas motiva-
nos a investigar melhor como foram desenvolvidos e como se articulam e em que medida há
preocupação em promover uma mobilidade ampliada; quais percepções de mobilidade predominaram
nas decisões, nos planos e nos financiamentos; se prevaleceram ações fragmentadas ou articuladas sob
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a égide de planos e no âmbito de políticas públicas e quais agentes foram e são determinantes neste
âmbito.

Objetivos
Objetivo geral

Compreender o planejamento da mobilidade e do transporte público nas regiões metropolitanas


brasileiras através do levantamento das medidas de mobilidade e transporte observadas no período
entre a promulgação da Constituição Federal de 1988 e o período atual, considerando a instituição da
Lei 12.587/12 e sua subsequente alteração através da Lei 13.640/18.

Objetivos específicos:

Levantar as características gerais dos sistemas de mobilidade urbana em cada região metropolitana,
considerando os modos e serviços de transporte e as infraestruturas disponíveis no período atual;

Levantar as características gerais dos deslocamentos, suas espacialidades e aspectos como o tempo de
deslocamento;

Mapear os modelos de gestão e marcos regulatórios, considerando sua evolução no período e


observando os aspectos institucionais (órgãos responsáveis por políticas, regulação e fiscalização), os
modelos de remuneração; os modelos de contratação e as políticas de transparência;

Mapear os arranjos empresariais, através da observação dos dados sobre as propriedades das
empresas e a estrutura organizacional do setor de transportes;

Avaliar a introdução do paradigma de mobilidade nos termos descritos acima nos planos (Planos
Diretores e planos de transporte e mobilidade) elaborados a partir de 1988;

Analisar as medidas de mobilidade em municípios e regiões metropolitanas a partir das ações e


investimentos realizados no período.

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Metodologia
Preliminarmente, o recorte territorial da presente pesquisa em sua perspectiva panorâmica e
comparativa contempla as Regiões Metropolitanas onde as Áreas de Concentração Populacional (ACP)
são consideradas metrópoles pelo estudo Região de Influência de Cidades (IBGE, 208), ficando em Página | 50

aberta a possibilidade de execução em regiões metropolitanas sedes de núcleos do Observatório das


Metrópoles em função do interesse e adesão dos pesquisadores interessados.

O recorte temporal a partir da Constituição Federal de 1988 se justifica em função de mudanças


institucionais importantes que afetaram a estruturação e gestão das RMs, entre as quais se destacam
a redefinição das competências constitucionais, sobretudo para criação das regiões metropolitanas que
deixam de ser responsabilidade da União e passam aos Estados; a descentralização mais significativa
de responsabilidades tributárias e de recursos orçamentários para os entes subnacionais e; o
reconhecimento do Município enquanto ente dotado de autonomia dentro do quadro da federação
brasileira.

A pesquisa terá como valor-base e norte a mobilidade urbana, compreendida esta como direito
fundamental que garante a interação dos sujeitos entre si e com os lugares – de lazer, de trabalho, de
religião, de cultura etc. – sendo ela determinante na conformação das subjetividades, no exercício da
cidadania e na fruição de outros direitos. Logo, no plano mais geral, a pesquisa envolverá pesquisa
bibliográfica e análise de referentes teóricos nacionais e internacionais sobre o tema da mobilidade
urbana e do transporte, pensando o tema a partir dos contrastes socioeconômicos das metrópoles
brasileiras e contemplando medidas que minimizem os atuais quadros de exclusão socioespacial.

O levantamento das características gerais dos sistemas de mobilidade será feito através consulta e
coleta de informações em sites institucionais das prefeituras e/ou autoridades metropolitanas
constituídas. No caso da infraestrutura de transporte, além da listagem dos elementos existentes,
pretende-se realizar o levantamento dos dados espaciais disponíveis afim de compor um Sistema de
Informação Geográfica (SIG);

O levantamento das características dos deslocamentos terá como fonte principal as pesquisas
domiciliares do IBGE (Censo e PNAD) e, quando houver, pesquisas origem-destino.

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Os modelos de gestão e marcos regulatórios serão mapeados através de pesquisa documental em
fontes institucionais correspondentes através da análise de documentos legislativos, editais, contratos
etc.

Para mapear os arranjos empresariais e a estrutura organizacional do setor de transportes, pretende- Página | 51

se observar três aspectos específicos: 1) as empresas que operam o serviço público de transporte; 3)
os sócio proprietários 3) como essas empresas se arranjam para compor consórcios e afins. As fontes
para esse mapeamento podem ser: a Receita Federal; Juntas Comerciais; Contratos Públicos; sites das
empresas, e; site dos órgãos competentes.

A análise dos planos será realizada em documentos elaborados nas diferentes escalas – nacional,
estadual, metropolitana e municipal – desde que se apliquem aos territórios em análise e que incidam
direta ou indiretamente sobre a mobilidade urbana (ex: planos diretores, planos de viação, planos de
transporte, planos de mobilidade, planos metropolitanos). Tais documentos podem ser encontrados
em fontes do Governo Federal, como o Ministério das Cidades, dos Governos Estaduais e Municipais e,
por fim, nas autoridades metropolitanas.

Este trabalho pretende se apoiar na capacidade de articulação dos núcleos do Observatório das
Metrópoles. A comunicação entre pesquisadores se dará por meio de um grupo de e-mails criado com
essa finalidade. Esse recurso será utilizado para envio das bases de dados, envio de possíveis
atualizações do roteiro de análise de dados, recebimento dos relatórios, esclarecimentos sobre os
procedimentos, conceitos e definições em geral.

Por fim, a análise das medidas de mobilidade em municípios e regiões metropolitanas a partir das ações
e investimentos realizados com recursos dos entes responsáveis pelas ações na área da mobilidade,
aqueles obtidos por transferências intergovernamentais e os derivados de financiamentos obtidos
junto a órgãos multilaterais. As decisões a serem avaliadas relacionam-se à destinação dos referidos
recursos, às estruturações e reestruturações dos serviços de transporte público, às medidas adotadas
quanto aos meios de transporte não motorizados e à promoção de um ordenamento territorial
pensado à luz da mobilidade urbana.

Agenda de pesquisa

02 de maio/2019 – Envio do Plano de Trabalho aos Núcleos

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12 de maio/2019 – Prazo para o retorno dos núcleos interessados em participar do Projeto.

26 a 31 de maio/2019 – Reunião preliminar com pesquisadores dos núcleos durante o ENANPUR/2019

03 a 07 de junho/2019 – Período para ajusto do Projeto e Plano de Trabalho.


Página | 52

10 de junho/2019 – Envio das bases em formato Microsoft Excel para os núcleos (Dados do PAC, BNDES,
BID e Banco Mundial).

10 de junho a 31 de julho/2019 – Prazo para envio do levantamento sobre as características gerais do


sistema e dos deslocamentos e do relatório preliminar sobre os planos

31 de julho a 23 de agosto/2019 – Prazo para envio do relatório preliminar sobre as características do


modelo e marco regulatórios

29 de agosto/2019 – Reunião por vídeo conferência entre os pesquisadores para planejamento e


ajustes

30 de setembro/2019 – Último prazo envio do relatório com análise dos dados do PAC

29 de fevereiro/2019 – Prazo de envios de artigos

Abril de 2019 – Editoração de livro

Maio de 2019 – Publicação de livro com textos produzidos a partir dos resultados do projeto.

Resultados esperados
(Não informado)

Referências Bibliográficas
(Não informado)

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Núcleos Participantes

Página | 53

1. Baixada Santista (aguardando resposta)

2. Belém
Responsável no núcleo: Juliano Pamplona Ximenes Ponte
email: julianoximenes@gmail.com
Pesquisadores vinculados
José Júlio Ferreira Lima;
Roberta Menezes Rodrigues;
Raul da Silva Ventura Neto

3. Belo Horizonte
Responsável no núcleo Marcelo Amaral
email: m.amaral.br@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Ana Marcela Ardilla;
André Veloso;
Helena Coelho;
Paulo Góes;
Marina Abreu;
Guilherme Tampieri

4. Brasília
Responsável no núcleo: Romulo Ribeiro
email: rjcribeiro@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Frederico de Holanda,

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Valério de Medeiros,
Marcos Thadeu

5. Campina Grande (não aderiu)

Página | 54
6. Curitiba
Responsável no núcleo: Jussara Silva
email: jumaria25@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Elisa Maria Almeida Vasconcelos

7. Fortaleza (não aderiu)

8. Maringá
Responsável no núcleo: Fabíola Castelo de S.Cordovil
email: fabiolacordovil@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Leonardo Cassimiro Barbosa (leonardo.cb@gmail.com);
Felipe Violi Monteiro (felipe_violi@hotmail.com);
Lucas Friedrich Martins Gil

9. Natal (não aderiu)

10. Porto Alegre


Responsável no núcleo: André Augustin
email: andreaugustin.fee@gmail.com
Pesquisadores vinculados
André Augustin

11. Recife (aguardando resposta)

12. Salvador
Responsável no núcleo: Juan Moreno Delgado
email: juan.moreno@ufba.br
Pesquisadores vinculados

13. São Paulo (não aderiu)

14. Rio de Janeiro (coordenação)


Responsável no núcleo: Juciano Rodrigues
email: juciano@observatoriodasmetropoles.net
Pesquisadores vinculados
Rosangela Luft

15. Vitória (não aderiu)

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Direito à Cidade e Habitação

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Responsável: Adauto L. Cardoso


Núcleo: Núcleo Rio de Janeiro

Responsável: Camila D’Ottaviano


Núcleo: Núcleo São Paulo

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Plano de Trabalho dos TRs
Resumo
Como parte do projeto geral da Rede Observatório das Metrópoles – “As Metrópoles e o Direito à
Cidade: conhecimento, inovação e ação para o desenvolvimento urbano” – o Termo de Referência do
projeto “Direito à Cidade e Habitação” tinha os seguintes objetivos centrais: Página | 56

1. Balanço das políticas habitacionais do ciclo lulista;


2. acompanhamento de conjuntura;
3. articulação com a “Linha 4 – Estratégias Metropolitanas para o Direito à Cidade e o
Desenvolvimento Urbano”; e
4. diálogo com pesquisadores da América Latina visando identificar convergências e divergências nas
políticas habitacionais recentes, em contextos neoliberais / neodesenvolvimentistas.

Durante 2018, foram desenvolvidas atividades em torno dos três primeiros objetivos, com foco na
realização de uma pesquisa nacional de balanço do PAC Favelas e acompanhamento dos debates em
torno da utilização dos recursos do FGTS.

Para 2019/2020, pretende-se:

1. Dar continuidade às pesquisas em torno do Objetivo 1, a partir de três eixos: (a) desdobramento
da pesquisa sobre o PAC Favelas em uma investigação mais geral sobre políticas de intervenções
em assentamentos precários; (b) desenvolvimento de um novo eixo de pesquisa denominado
“Financeirização do Imobiliário e Crise: impactos nas metrópoles brasileiras”; (c) dar início a nova
pesquisa sobre avaliação das políticas de regularização fundiária no Brasil;
2. dar continuidade ao acompanhamento de conjuntura, com foco na atuação do Governo Federal e
do Ministério do Desenvolvimento Regional e nos debates em torno da utilização do FGTS;
3. dar continuidade às atividades colocadas no Objetivo 3.
4. planejar e buscar recursos para realização de uma primeira oficina latino-americana sobre o tema
do Direito à Cidade e Habitação.

Objetivos
A formulação originalmente incluída no escopo do projeto “As Metrópoles e o Direito à Cidade:
conhecimento, inovação e ação para o desenvolvimento urbano”, para o tema do Direito à Cidade e
Habitação, elaborada em 2014, tinha como objetivo dar continuidade e aprofundar às pesquisas

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desenvolvidas nos anos anteriores, tendo como foco a atuação do Governo Federal na provisão de
novas moradias, particularmente voltadas para as camadas de baixa renda, no âmbito do Programa
Minha Casa Minha Vida (PMCMV).

No entanto, as crises econômica e política ocorridas entre 2015 e 2016 e o interregno do governo Página | 57

golpista (2016-2018) vieram a alterar radicalmente o quadro político, com consequências importantes
sobre a problemática da pesquisa, o que levou a uma estruturação do Termo de Referência para o
projeto Direito à Cidade e Habitação em torno de quatro grandes objetivos:

1. Balanço do ciclo lulista;


2. acompanhamento de conjuntura;
3. articulação com a linha 4; e
4. estabelecer um diálogo com pesquisadores da América Latina visando identificar convergências e
divergências nas políticas habitacionais recentes, em contextos neoliberais /
neodesenvolvimentistas. Abaixo, relacionamos uma breve síntese das atividades desenvolvidas
entre 2017/2018 em relação aos 4 objetivos e os objetivos colocados para 2019/2020 (estamos
considerando que as atividades aqui previstas deverão se prolongar no mínimo até o final do
primeiro semestre de 2020):
OBJETIVO 1 – Balanço do ciclo de políticas habitacionais do lulismo:

Em relação a esse objetivo foram definidas anteriormente duas prioridades: um balanço do PAC Favelas
e um estudo sobre os conflitos em torno da utilização dos recursos do FGTS.

Para a realização da pesquisa sobre os resultados da atuação do Programa de Aceleração do


Crescimento (PAC) no campo da urbanização de favelas foi realizada uma parceria com a Universidade
Federal do ABC (UFABC), através do Laboratório de Estudos e Projetos Urbanos e Regionais (LEPUR),
coordenado pela profa. Rosana Denaldi, que dividiu a coordenação do projeto e se responsabilizou pelo
estudo da região do ABC Paulista e do município de São Paulo. Foram mobilizados ainda os núcleos de
Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Belém, além do Rio de Janeiro. Os resultados
foram publicados no livro “Urbanização de favelas no Brasil: um balanço prelimair no PAC”, lançado
em novembro de 2018.

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Plano de Trabalho dos TRs
Em relação a este eixo de análise, algumas equipes de pesquisa envolvidas manifestaram interesse em
dar continuidade ao trabalho, desdobrando a temáticas das intervenções em assentamentos precários.
Foram definidos provisoriamente três eixos possíveis de pesquisa:

1. Avaliação das intervenções em assentamentos precários do ponto de vista do saneamento. Para Página | 58
o desenvolvimento dessa abordagem a pesquisa poderá contar com a participação, em nível de
coordenação, da profa. Luciana Ferrara (UFABC). Estão envolvidos os núcleos de Campina Grande,
Belém e Fortaleza. O Grupo formulou um projeto para apresentação em edital recentemente
lançado pela FINEP.
2. Avaliação das condições institucionais para políticas de intervenção em favelas. Para o
desenvolvimento dessa abordagem, está sendo desenvolvido um projeto de pesquisa, sob a
responsabilidade dos núcleos Curitiba e Campina Grande, a ser discutido em reunião futura.
3. Discussão sobre as possibilidades de caracterização da precariedade habitacional (tipologias,
estratégias de intervenção, etc). Esse tema será discutido em reunião futura.

Para a realização da pesquisa sobre os conflitos em torno da utilização dos recursos do FGTS, contamos
com a participação da profa. Luciana Royer, da FAUUSP, incorporada ao Núcleo São Paulo. Foi
elaborado um texto pela equipe Rio de Janeiro, apresentado no “Seminário Internacional
Financeirização e Estudo Urbanos: Olhares cruzados Europa e América Latina” e outra pela profa.
Luciana Royer, em conjunto com Vitória Oliveira, apresentado no “Congresso Observatório das
Metrópoles 20 anos”. Esse tema continuará na agenda de pesquisa através da atuação da profa.
Luciana Royer e também integrando o novo projeto de pesqusia “Financeirização do Imobiliário e
Crise: impactos nas metrópoles brasileiras”.

Em torno do Objetivo 1, pretende-se, a partir do segundo semestre de 2019, dar início a duas pesquisas:

1. “Financeirização do Imobiliário e Crise: impactos nas metrópoles brasileiras”, conforme já


discutido com alguns pesquisadores durante o “Congresso Observatório das Metrópoles 20 anos”.
Essa pesquisa terá como objetivo discutir os impactos da crise sobre o processo de financeirização
das empresas do setor imobiliário, buscando identificar as estratégias empresariais para
enfrentamento desse cenário. Pretende-se também no âmbito dessa pesquisa retomar a análise
do Programa Minha Casa Minha Vida. O detalhamento do projeto e da metodologia estão em
elaboração e serão discutidos com os

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Plano de Trabalho dos TRs
pesquisadores envolvidos em reunião futura. Já demonstraram interesse os núcleos de Porto
Alegre, Maringá, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Natal, Belém, Brasília e Vitória. Esse
projeto conta ainda com a colaboração dos pesquisadores Lucia Shimbo do IAU-USP e Beatriz
Rufino da FAUUSP
Página | 59
2. Avaliação dos avanços e limites da regularização fundiária: balanço do lulismo e mudanças
recentes. Esse projeto está em elaboração, contando com a participação da profa. Rosangela Luft
do IPPUR-UFRJ e da pesquisadora Betania Alfonsin e será discutido em reunião futura.
OBJETIVO 2: Acompanhamento de conjuntura

Em relação ao Objetivo 2 foi realizado, principalmente, o acompanhamento das disputas em torno da


utilização dos recursos do FGTS, com a elaboração dos dois textos apresentados nos seminários acima
citados. Será dada continuidade a essas atividades durante o período 2019/2020.

Com relação ao acompanhamento das conjunturas locais, não dispomos ainda das informações dos
núcleos, apenas em relação ao núcleo Rio de Janeiro.

Com relação ao acompanhamento da política nacional de habitação, será dada continuidade, através
do acompanhamento de notícias veiculadas pela imprensa. Cabe ressaltar que a natureza desse tema
não permite um planejamento preciso, sendo mais coerente a adoção de um princípio de flexibilidade,
para que possamos nos adequar às mudanças em curso, particularmente no momento de mudança de
governo e de reestruturação da política urbana.

Para o período 2019/2020, colocam-se como atividades fundamentais, em relação a esse objetivo, o
desenvolvimento dos projetos “Financeirização do Imobiliário e Crise: impactos nas metrópoles
brasileiras” e “Avaliação dos avanços e limites da regularização fundiária: balanço do lulismo e
mudanças recentes”, cujo recorte temporal ultrapassa o ciclo lulista e avança até 2018.

Cabe ressaltar que esse objetivo se articula muito fortemente com o Objetivo 3, fornecendo bases de
informação para as atividades de participação no debate público, divulgação, formação de atores, etc.

OBJETIVO 3: Articulação com a linha 4

Esse objetivo vem sendo desenvolvido principalmente através de participação em atividades de


extensão, em conjunto com outras equipes e outros pesquisadores do Observatório das Metrópoles,
basicamente a partir dos núcleos regionais.

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Plano de Trabalho dos TRs
Como atividade de caráter mais nacional, destaca-se documento propositivo para repensar a política
habitacional, elaborado a partir de demanda do BRCidades e que foi difundido através de seus canais
de divulgação e também através do Boletim do Observatório das Metrópoles.

Para 2019 propõe-se manter a participação nas atividades de formação, proposição de artigos, além Página | 60

de textos de divulgação para publicação no Boletim do Observatório das Metrópoles. Está previsto
também o lançamento da página do Grupo de Pesquisa Habitação e Cidade, como parte da página do
Observatório das Metrópoles, manutenção da articulação com o BR Cidades, além da proposição de
ações junto com outros grupos de pesquisa do Observatório.

OBJETIVO 4: Estabelecer um diálogo com pesquisadores da América Latina

Com relação a esse objetivo a única iniciativa foi uma reunião com a pesquisadora Ruth Munhoz, da
Universidade General Sarmiento, da Argentina, visando identificar os pesquisadores desta
Universidade que poderiam ter interesse em participar de um debate em torno das questões
habitacionais na América Latina.

Para o ano de 2019/2020, pretende-se começar a estruturar de forma mais consistente essa
articulação, com a realização de uma oficina ainda no segundo semestre de 2019.

Metodologia
Quanto às metodologias de pesquisa, cada projeto irá desenvolver a sua própria abordagem, mais
adequada ao seu objeto e seus objetivos, sempre considerando-se a possibilidade de realizar pesquisas
comparativas. Como estamos em uma fase de transição, as metodologias de pesquisa estão ainda em
discussão.

Agenda de pesquisa
Do ponto de vista da programação das atividades, estamos propondo para a rede o seguinte
cronograma:

1. Janeiro 2019 a Maio 2019 – elaboração de propostas para o desenvolvimento dos projetos
previstos para o período nos 3 eixos previstos: Assentamentos Precários; Financeirização do
Imobiliário e Regularização Fundiária.

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Plano de Trabalho dos TRs
2. Maio de 2019 – realização de um encontro durante o ENANPUR, para a discussão dos projetos e
definição dos núcleos e pesquisadores engajados em cada projeto.
3. Agosto de 2019 – Envio de um Plano de Trabalho, pelos Núcleos, detalhando o seu envolvimento
na pesquisa, com definição de objetivos, base de dados e fontes de informação disponíveis e
Página | 61
cronograma de trabalho.
4. Dezembro de 2019 – Envio de um Relatório Preliminar, sintetizando os resultados encontrados
até o momento.
5. Dezembro de 2019 – Realização de uma oficina para discussão dos resultados preliminares (a ser
confirmada conforme a disponibilidade de recursos).
Com relação ao Objetivo 4, a proposta, até o momento, é realizar uma oficina com pesquisadores de
três países, de curta duração, no segundo semestre, dependendo da viabilização de recursos.

Resultados esperados
1. Publicação de artigos com os resultados das pesquisas realizadas em 2018;

2. Realização de workshop com pesquisadores latino-americanos;

3. Realização de reunião durante o ENANPUR;

4. Realização de oficina para discussão dos resultados preliminares das pesquisas;

5. Organização de uma coletânea, sob a responsabilidade dos coordenadores do TR, reunindo


artigos apresentados no Congresso 20 anos, ENANPUR e outras contribuições dos
pesquisadores associados ao TR, com proposta de finalização no final de 2019. Nesse caso, os
recursos estariam garantidos a partir de recursos da FAPERJ.

Referências bibliográficas
(não informado)

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Plano de Trabalho dos TRs
Núcleos participantes

Página | 62

16. Baixada Santista (aguardando resposta)

17. Belém
Responsável no núcleo: Roberta Menezes Rodrigues
email: roberta.menezes@uol.com.br
Pesquisadores vinculados
José Júlio Ferreira Lima;
Juliano Pamplona Ximenes Ponte;
Raul da Silva Ventura Neto

18. Belo Horizonte


Responsável no núcleo: João Tonucci / Daniel Medeiros de Freitas
email: jontonucci@gmail.com; danielmedeirosdefreitas@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Renan Almeida;
Hamilton Ferreira;
Sofia Lages;
Ramon Torres;
Marina Paolinelli;
Pedro Patrício;
Marcelo Brandão;
Carolina Portugal;
Ana Carolina Soraggi;
Bruno Siqueira

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Plano de Trabalho dos TRs
19. Brasília
Responsável no núcleo: Cristiane Guinancio
email: cristiane-g@uol.com.br
Pesquisadores vinculados

20. Campina Grande Página | 63


Responsável no núcleo: Demóstenes Moraes
email: damoraes6@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Ionara de Araújo Silva (Mestranda),
Kainara Lira dos Anjos,
Kaline Mendes,
Alexandre Sabino,
Glenda Dantas.

21. Curitiba
Responsável no núcleo: Madianita Nunes da Silva
email: madianita@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Simone Aparecida Polli;
Maria Tarcisa Silva Bega;
Elisa Maria Vasconcelos;
Patrícia Baliski;
Kelly Vasco;
Liria Yuri Nagamine;
Érika Poleto;
Flávia Iankowski;
Pedro Carneiro,
Amanda Gavioli;
Aline Sanches;
Ana Gabriela Texeira.

22. Fortaleza
Responsável no núcleo: Luiz Renato Pequeno
email: renatopequeno@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Valeria Pinheiro
Sara Vieira Rosa

23. Goiânia (aguardando resposta)

24. Maringá
Responsável no núcleo: Pollyana Machiavelli
email: pollyana.machiavelli@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Ricardo Luiz Tows (ricardotows@gmail.com);
Carla Franciele Horing (ra99597@uem.br);

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Plano de Trabalho dos TRs
Wesley Ferreira de Souza (wesley.geo@hotmail.com)

25. Natal
Responsável no núcleo: Sara Raquel Fernandes de Medeiros
email: saramedeiros@gmail.com
Pesquisadores vinculados Página | 64
Sara Raquel Fernandes de Medeiros

26. Porto Alegre


Responsável no núcleo: Mário Leal Lahorgue
email: mllahorgue@gmail.com
Pesquisadores vinculados
André Augustin,
Lucimar Fátima Siqueira

27. Recife (aguardando resposta)

28. Salvador
Responsável no núcleo: Laila Mourad
email: mourad.laila7@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Aparecida Netto;
Gilberto Corso Pereira

29. São Paulo (coordenação)


Responsável no núcleo: CamilaD'Ottaviano
email: camila.dottaviano@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Luciana Royer
Beatriz Rufino
Lucia Shimbo
Rosana Denaldi
Juliana Gomes Petrarolli
Ana Gabriela Akaishi
Camila Pereira Saraiva

30. Rio de Janeiro (coordenação)


Responsável no núcleo: Adauto Cardoso
email: adcard.cardoso@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Samuel Jaenisch (PD)
Luciana Ximenes (TCT5)
Nuno Patrício (TCT5)*
Thais Velasco (TCT5)
Ariane Beltrão (IC)
Adriano Mendes (IC)
Ana Clara Meirelles

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Plano de Trabalho dos TRs
Alexandre Yassu
Alice Pina
Beatriz Kalichman
Tainá Alvarenga
Rosangela Luft
Página | 65

31. Vitória
Responsável no núcleo: Latussa Monteiro
email: latussa.b@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Latussa Monteiro
Letícia Tabachi

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Plano de Trabalho dos TRs
Direito à Cidade, trabalho e economia social e solidária no

contexto metropolitano.

Página | 66

Responsável: Luciana Corrêa do Lago


Núcleo: Núcleo Rio de Janeiro

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Plano de Trabalho dos TRs
Resumo
Há em geral nas pesquisas sobre economia popular um reducionismo de seu universo às atividades
mercantis comumente chamadas de atividades geradoras de renda. Não se reconhece o significado
econômico de inúmeras práticas produtivas e reprodutivas nutridas por recursos não monetários e que Página | 67

em grande medida consistem em práticas solidárias. Práticas essas que são condição fundamental para
a reprodução das famílias dos trabalhadores e trabalhadoras. Assim, o projeto objetiva investigar as
práticas econômicas desenvolvidas nos territórios populares, buscando desvendar as diferentes formas
de associativismo e reciprocidade e as conexões intra e extra bairro presentes nessas práticas.

Para tanto, a primeira etapa foi construir uma metodologia de pesquisa qualitativa que garantisse a
apreensão da complexidade das relações sociais enraizadas nos territórios populares. A complexidade
está na trama de formas de produzir e circular bens e serviços fundamentais para a reprodução da vida
humana que foram sendo supridos pela combinação diferenciada, em cada território, entre estratégias
familiares e associativas de autoprodução, políticas redistributivas e ações empresariais. A segunda
etapa, foi aplicar a metodologia num bairro periférico na metrópole do Rio de Janeiro, como projeto
piloto e avaliar, com base nos resultados empíricos alcançados, a capacidade da metodologia orientar
ações efetivas que elevem as condições urbanas de vida dos trabalhadores por meio de práticas
solidárias sustentáveis a longo prazo.

Objetivos
Em 2019, faremos a sistematização e análise das 90 entrevistas de longa duração realizadas em
2017/18 com famílias do bairro São Bento, em Duque de Caxias. Ao longo da análise, será estruturado
o livro a ser publicado. Não há outros núcleos envolvidos no projeto.

Estamos em negociação com a Prefeitura de Maricá para realizar, no segundo semestre de 2019, a
pesquisa no empreendimento do MCMV com 1.400 famílias, com o objetivo de subsidiar a política de
economia solidária em curso no município.

Metodologia
Quatro pesquisadores estão realizando a sistematização e análise das 90 entrevistas realizadas: Luciana
Lago (observatório), Irene Mello (Observatório), Davi Rodrigues (NIDES) e Paulo Carvalho (UERJ). Se a
pesquisa em Maricá se concretizar, formaremos um grupo de pesquisa mais amplo para desenvolve-la.

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Plano de Trabalho dos TRs
A pesquisa não conta com pesquisadores bolsistas.

Resultados Esperados

 Artigo ““Economia popular” no Brasil urbano: as políticas e seus diagnósticos”, de Luciana Lago
Página | 68
e Irene Mello, a ser publicado em periódico.

 Artigo “The Solano Trindade Housing Occupation as an Urban Self-Management Project in


metropolitan Rio de Janeiro”, de Luciana Lago, Fernanda Petrus e Irene Mello, a ser publicado
no livro “The self-build experience: between self-regulation and formal government”, Policy
Press, University of Bristol.

 Sessão livre no ENAMPUR: “Outras economias urbanas: Repensar o trabalho e a terra na cidade
periférica”.

 Organização e publicação da coletânea “Cooperação na cidade: um projeto socialista”, com


trabalhos apresentados no Congresso 20 anos e outros encomendados.

 Organização do Seminário “Agricultura e cidade” (título provisório), para troca de experiências


de redes urbanas agroecológicas e políticas públicas no Brasil, Uruguai e Argentina.

Agenda de pesquisa
Já apresentada acima.

Referências Bibliográficas
Coletivo Usina Luta por moradia e autogestão na América Latina: uma breve reflexão sobre os
casos do Uruguai, Brasil, Argentina e Venezuela. In: Rodrigues, F. C.; Novaes, H. T.; Batista, E. L.
(orgs.). Movimentos Sociais, Trabalho Associado e Educação para além do capital. Sao Paolo: Expressão
Popular, 2012.

Coraggio, J. L. Territorio y economias alternativas. Ponencia presentada en el I Seminário Internacional


Planificación Regional para el Desarrollo Nacional. Visiones, desafíos y propuestas, La Paz, Bolivia, 30-
31 de julio de 2009.

Coraggio, J. L. Da economia dos setores populares à economia do trabalho. In: Kraychete, G. et alii.
Economia dos setores populares: entre a realidade e a utopia. Petrópolis, Vozes, 2000. p. 91-141.

Flores, E. O. La producción social del hábitat: ¿opción marginal o estrategia transformadora? Extraído de

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Plano de Trabalho dos TRs
http://www.forumsocialmundial.org.br/noticias_textos.php?cd_news=504, em 22/12/2012.

Jeifetz, N. e Rodríguez, M. C. La autogestión cooperativa como herramienta de transformación social y


política. Reflexiones desde la práctica del MOI (Argentina). 2008. Extraído de http://www.moi.org.ar ,
em 15/11/2012.
Página | 69
Gaiger, L.I. e Huyven, P.S. Um retrato nacional da Economia Solidária no Brasil. VI Encuentro
Internacional “La Economía de los/as Trabajadores/as”. Buenos Aires/Pigüé, 2017.

Henriques, F. C. 2014. As disputas em torno do conceito de economia solidária:

experimentação de uma utopia ou retrocesso na luta dos trabalhadores? Latitude, Vol. 8, nº 1, pp. 63-
91.

Lago, L. C. (org.) Autogestão habitacional no Brasil: utopias e contradições. Rio de Janeiro, Letra
Capital/Observatório das Metrópoles, 2012.

Pochman, M. Economia do microempreendimento informal no Brasil. Texto para discussão n. 2,


SEBRAE. Brasília, 2005.

Polanyi, K. 2012. A grande transformação: as origens da nossa época. Rio de Janeiro,Elsevier.

Rosenfield, C. e Almeida, M. Contratualização das relações de trabalho: embaralhando conceitos


canônicos da sociologia do trabalho. Política & Trabalho, n. 41, Outubro de 2014, pp. 249-276

Singer, P. 2003. Economia Solidária: um modo de produção e distribuição. In: Singer, P. e Souza, A. R. A
economia solidária no Brasil: a autogestão como resposta ao desemprego. São Paulo, Contexto, p.110-
30.

Souza, M. L. 2003. Reforma urbana, orçamentos participativos e economia popular: em busca de


sinergias para o planejamento sócio-espacial. In: Anais do X Encontro Nacional da ANPUR. Belo
Horizonte, ANPUR.

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Plano de Trabalho dos TRs
Núcleos participantes

Página | 70

1. Belo Horizonte
Responsável no núcleo: Evandro Luisa Alves
email: evandroluisalves13@gmail.com

2. Curitiba
Responsável no núcleo: Christian Luiz da Silva
email: christianlsilva76@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Camille Rossato Bolson;
Natasha Chanoski

3. Rio de Janeiro (coordenação)


Responsável no núcleo: Luciana ago
email: lucianacorrealago@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Irene Mello
Fernanda Petrus
Davi Rodrigues
Paulo Carvalho

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Plano de Trabalho dos TRs
Estrutura social das metrópoles brasileiras

Página | 71

Responsável: Marcelo Gomes Ribeiro


Núcleo: Núcleo Rio de Janeiro

Responsável: André Salata


Núcleo: Núcleo Porto Alegre

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Plano de Trabalho dos TRs
Resumo
Este projeto buscará aprofundar a análise das categorias sócio-ocupacionais nas metrópoles brasileiras Página | 72
em duas perspectivas: (i) uma análise de seu comportamento na década atual e (ii) uma análise de seu
comportamento no médio/longo prazo, a partir dos anos 1980. Além disso, buscará aprofundar a
discussão em torno da pobreza e pobreza urbana decorrente da crise econômica e social porque passa
o Brasil e retomada da discussão sobre a nova classe média nesse momento de crise.

Objetivos
Compreender o sentido das mudanças na estrutura social brasileira, a partir da análise da estrutura de
classe e da pobreza, tendo em vista a passagem de uma sociedade urbano-industrial para uma
sociedade de serviços, em especial nesse momento de crise econômica e social experimentada na atual
década.

Objetivos específicos:

1. Análise da estrutura de classe na atual década das metrópoles do país, a partir do comportamento
das categorias sócio-ocupacionais, tendo em vista o processo de inflexão ultraliberal colocado em curso
no país a partir de 2015, em especial;

2. Análise da estrutura de classe das principais metrópoles do país, tendo em vista a passagem de uma
sociedade urbana-industrial para uma sociedade urbana de serviços, numa perspectiva de médio/longo
prazo;

3. Aprofundamento da discussão de pobreza e, em especial, de pobreza urbana nas metrópoles


brasileiras, sobretudo a partir do contexto de crise econômica e social, tendo em vista o processo de
inflexão ultraliberal ocorrido nos últimos anos;

4. Retomada da discussão sobre o surgimento de uma nova classe média, tendo em vista a mudança
de conjuntura econômica e social no país nos últimos anos.

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Plano de Trabalho dos TRs
Metodologia
1. Para alcançar o primeiro objetivo específico, a análise será baseada na utilização da PNAD
Contínua, com foco no período de 2012 a 2017, que são os anos em que essas bases de dados
estão disponíveis. Essa análise está sendo feita por vários núcleos do Observatório das Página | 73

Metrópoles, com dados já disponibilizados para todos eles.

2. Para o alcance do segundo objetivo específico, será feita análise a partir dos dados dos censos
demográficos de 1980, 1991, 2000 e 2010 e da PNAD Contínua de 2018 (quando for divulgado
seus resultados), aprofundando algumas categorias sócio-ocupacionais estratégicas
(empregadores, profissionais de nível superior, trabalhadores do terciário; operários da
construção civil; operários da indústria; trabalhadores domésticos etc.).

3. Será aprofundada teoricamente a discussão sobre pobreza, relacionando essa discussão com a
situação de vulnerabilidade social, exclusão etc., de modo a construir um arcabouço teórico
que nos permita realizar a análise dessa situação de pobreza nas metrópoles brasileiras nos
últimos anos, tendo em vista seu aumento, para podermos elucidar a partir dessa discussão
outros aspectos da estrutura social. Para tanto, serão organizados os dados para serem
analisados pelos núcleos do Observatório das Metrópoles a partir do segundo semestre de
2019, tendo em vista a definição de pobreza que será realizada a partir do aprofundamento
teórico. Deveremos trabalhar com a PNAD Contínua, o que implica em utilizar dados a partir
de 2012 até os dias atuais.

4. Até agora já foi elaborado um relatório que realizou a revisão bibliográfica sobre o tema da
nova classe média no Brasil e também em outras situações no mundo. A partir dessa revisão
bibliográfica, vamos realizar análise para verificar empiricamente se no contexto de crise
econômica e social ainda se sustenta essa perspectiva adotada no debate público brasileiro.
Todavia, decidimos que sobre esse tema não iremos mobilizar a rede do Observatório das
Metrópoles, tendo em vista que o tema da pobreza terá maior capacidade de mobilização no
atual contexto histórico.

Todo o trabalho de articulação dos núcleos do Observatório das Metrópoles se dá por meio de um
grupo de e-mails criado com essa finalidade. Esse recurso tem sido utilizado para envio das bases

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Plano de Trabalho dos TRs
de dados, envio do roteiro de análise dos relatórios, recebimento dos relatórios, esclarecimentos
sobre os procedimentos, conceitos e definições em geral.

Resultados Esperados
Página | 74
1. Em relação ao primeiro objetivo específico, já está sendo elaborada análise pelos núcleos do
Observatório das Metrópoles, na forma de relatório, sobre as mudanças na estratificação
social, a partir das categorias sócio-ocupacionais, que resultará em num livro de análises das
diferentes metrópoles do país;

2. Em relação ao segundo objetivo específico, apesar de ainda não ter sido definido, tendo em
vista que o processo de análise indicará os tipos de produtos a serem elaborados, pretendemos
elaborar artigos sobre algumas categorias sócio-ocupacionais estratégicas para serem
publicados em periódicos;

3. Além do relatório que faz a revisão bibliográfica sobre o tema da pobreza, que terá como
objetivo subsidiar as análises dos núcleos, pretendemos dar orientação para os núcleos
poderem produzir reflexões sobre o tema. Isso poderá resultar em um livro ou em artigos para
publicação em periódico, mas com resultados previstos para 2020;

4. Além do relatório sobre a revisão bibliográfica que trata da nova classe média, vamos elaborar
um artigo sobre o Brasil e o Brasil Metropolitana para publicação em periódico especializado.

Agenda de pesquisa
Estratificação sócio-ocupacional a partir dos dados da PNAD Contínua

28 de Fevereiro/2019 – Recebimento dos relatórios dos núcleos

12 de Abril/2019 – Retorno dos relatórios para os núcleos com indicações de revisão, aprofundamento
e reformatação, a partir de regras estabelecidas, para elaboração de artigo que comporá o capítulo do
livro do Observatório das Metrópoles sobre o tema.

13 de Maio/2019 – Recebimento dos artigos dos núcleos

07 de Junho/2019 – Devolução dos artigos com revisão geral para os núcleos

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Plano de Trabalho dos TRs
01 de Julho/2019 – Último prazo envio dos artigos pós-revisão geral

08 de Julho/2019 – Início do processo de editoração

Agosto/2019 – Publicação do livro


Página | 75

Pobreza

1º Semestre/2019 – Aprofundamento da discussão sobre o tema da pobreza e também da conjuntura


econômica e social do país para refletir sobre a nova pobreza das metrópoles brasileiras. Esse esforço
resultará num relatório abrangente sobre o tema;

1º Semestre/2019 – Organização dos dados sobre a nova pobreza, a partir do aprofundamento desse
tema e das definições que serão utilizadas;

2º Semestre/2019 – Envio para os núcleos dos dados organizações sobre a nova pobreza, do relatório
produzido sobre o tema e de roteiro de orientação para produção de artigos.

Reunião quinzenal

Realização de reunião quinzenal para discussão de textos sobre o projeto de estrutura social, discussão
de metodologias de análise, apresentação de trabalhos concluídos ou em andamento pela equipe que
compõe o grupo de pesquisa etc, a partir do dia 22 de março de 2019, sempre sexta-feira, das 13h às
16h.

Referências Bibliográficas
BERTELLI, A. R.; PALMEIRA, M. G. S.; VELHO, O. G. C. A. (Orgs.) Estrutura de Classes e Estratificação
Social. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1966.

BOURDIEU, P. A Distinção: crítica social do julgamento. São Paulo, SP, Edusp, 2008.

CARDOSO, A.; PRETECEILLE, E. Classes Médias no Brasil: Do que se Trata? Qual seu Tamanho? Como
Vem Mudando? DADOS, s, Rio de Janeiro, vol. 60, no 4, 2017.

CASTEL, R. As Metamorfoses da Questão Social: uma crônica do salário. Petrópolis: Vozes, 1998.

CROMPTON, R. Class and Stratification. Blackwell Publishers, 1993.

GOLDTHORPE, J. H. Social mobility and class structure in modern Britain. Oxford, Clarendon Press, 1987.

INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
MILLS, C. W. White Collar. New York: Oxford University Press, 1951.

NERI, M. C. A Nova Classe Média. Rio de Janeiro, FGV, 2008. Disponível em


http://www.cps.fgv.br/ibrecps/M3/M3_TextoFinal.pdf. Acessado em fevereiro de 2019.

PAES DE BARROS, R.; CARVALHO, M.; FRANCO S. Pobreza Multidimensional no Brasil. IPEA: Rio de
Página | 76
Janeiro, outubro de 2006 (TD 1227).

POCHMANN M. et. Al (Orgs.) Classe Média, desenvolvimento e crise. São Paulo: Cortez, 2006. (Atlas da
nova esterificação social no Brasil; v. 1)

POCHMANN M. et. Al (Orgs.) Trabalhadores Urbanos. Ocupação e Queda na Renda. São Paulo: Cortez,
2007. (Atlas da nova esterificação social no Brasil; v. 2)

POCHMANN M. et. Al (Orgs.) Proprietários, concentração e continuidade. São Paulo: Cortez, 2009.
(Atlas da nova esterificação social no Brasil; v. 3)

POCHMANN, M. Nova Classe Média? O Trabalho na Base da Pirâmide Social Brasileira. São Paulo,
Boitempo. 2012.

QUADROS, W. J. O Milagre Brasileiro e a Expansão da Nova Classe Média. Tese de Doutorado,


Campinas: IE/UNICAMP, 1991.

RIBEIRO, M. G.; COSTA, L. G.; RIBEIRO, L. C. Q. (Orgs.) Estrutura social das metrópoles brasileiras: análise
da primeira década do século XXI. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2013.

ROCHA, S. Pobreza no Brasil: afinal, de que se trata? Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.

SALATA, A. R. A Classe Média Brasileira: Posição Social e Identidade de Classe. Rio de Janeiro,
Faperj/Letra Capital, 2016.

SAVAGE et al. A New Model of Social Class? Findings from the BBC’s Great British Class Survey
Experiment. Sociology, 47(2), 219-250, 2013.

SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

SOUZA, J. Os Batalhadores Brasileiros: Nova Classe Média ou Nova Classe Trabalhadora? Belo
Horizonte, UFMG Editora, 2010.

WRIGHT, E. O. A general framework for the analysis of class structure. Politics & Society, v.13, n. 4, p.
383-423, 1984.

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Plano de Trabalho dos TRs
Núcleos participantes

Página | 77

1. Baixada Santista (aguardando resposta)

2. Belém
Responsável no núcleo: José Júlio Ferreira Lima
email: jjlimaufpa@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Juliano Pamplona Ximenes Ponte;
Raul da Silva Ventura Neto

3. Belo Horizonte
Responsável no núcleo: André Mourthé
email: demourthe@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Claudia Horta

4. Brasília
Responsável no núcleo: Rômulo Ribeiro
email: rjcribeiro@gmail.com
Pesquisadores vinculados

5. Campina Grande (não aderiu)

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Plano de Trabalho dos TRs
6. Curitiba
Responsável no núcleo: Marley Vanice Deschamps
email: marley.deschamps@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Paulo Delgado
Página | 78
7. Fortaleza
Responsável no núcleo: Maria Clelia Lustosa Costa
email: clelialusosa@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Maria Elisa Zanella
Jader Oliveira Santos
João Sergio Queiroz de Lima
Adryane Gorayeb
Antonio Jeovah Meireles

8. Goiânia (aguardando resposta)

9. Maringá
Responsável no núcleo: Paulo Roberto de Souza
email: prsouza@uem.br
Pesquisadores vinculados
Ana Lúcia Rodrigues (alrodrigues1962@gmail.com);
Clédina Regina Lonardan Acorsi (crlacorsi@gmail.com);
Carla Franciele Horing (ra99597@uem.br);
Wesley Ferreira de Souza (wesley.geo@hotmail.com)

10. Natal
Responsável no núcleo: Zoraide Souza Pessoa
email: zoraidesp@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Zoraide Souza Pessoa
Maria do Livramento Clementino

11. Porto Alegre (coordenação)


Responsável no núcleo: André Salata
email: andre_salata@yahoo.com.br
Pesquisadores vinculados
Bianca Reis Ramos;
Glenny Terezinha Guimarães

12. Recife (aguardando resposta)

13. Salvador
Responsável no núcleo: Inaiá Carvalho
email: inaiammc@ufba.br

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Plano de Trabalho dos TRs
Pesquisadores vinculados
Claudia Monteiro Fernandes

14. São Paulo


Responsável no núcleo: Suzana Pasternak
email: suzanapasternak@gmail.com Página | 79
Pesquisadores vinculados
Suzana Pasternak,
Lucia Bógus,
Mônica Carvalho,
Clarissa Gagliardi,
Mario Jorge Junqueira,
Fábio César

15. Rio de Janeiro (coordenação)


Responsável no núcleo: Marcelo Ribeiro
email: marceloribeiro@ippur.ufrj.br
Pesquisadores vinculados
Felipe Raitano (CAPES)
Diogo Matos (TCT4)
Themis Aragão (PD)
Franklin Soldati (PD)
Vitor Boa Novas
Clarice Antoun
Vitor Drumond
Paula Guedes
Juliana Athayde
Juciano Rodrigues

16. Vitória
Responsável no núcleo: Pablo Lira
email: pabloslira@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Pablo Lira,
Latussa Monteiro
Letícia Tabachi

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Plano de Trabalho dos TRs
Gestão das águas urbanas e do saneamento básico em

Regiões Metropolitanas: impasses e possibilidades de

universalização Página | 80

Responsável: Ana Lucia Britto


Núcleo: Rio de Janeiro

Responsável: Lívia Miranda Campina Grande / Fabiano Diniz


Núcleo: Campina Grande

Responsável: Juliano Ximenes Pontes


Núcleo: Belém

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Plano de Trabalho dos TRs
Resumo
A pesquisa busca analisar e avaliar a gestão das águas e do saneamento básico em área
metropolitanas e aglomerações urbanas em três dimensões: política, ambiental, técnica e
urbanística. Nesse sentido o objeto central da análise são as políticas públicas relacionadas à Página | 81
gestão das águas e do saneamento, suas características e sua capacidade de atuar sobre a
universalização do acesso ao saneamento básico, reduzindo as desigualdades, de promover
a segurança hídrica e de preservar a qualidade dos recursos hídricos. O pano de fundo da
pesquisa são as condições sistêmicas que incidem sobre a gestão, definidas como “processos
políticos e econômicos, e culturais - como a cultura política dominante - que podem facilitar ou
dificultar a adoção de políticas públicas particulares”. (Heller e Castro, 2007)

Nosso ponto de partida é assumir que os obstáculos mais importantes a serem enfrentados
na ação na pública voltada à redução da desigualdade e da insegurança no acesso à água,
que marcam os territórios metropolitanos, não são resultados da escassez objetiva do recurso
água, tampouco da falta de conhecimento científico e de soluções tecnológicas. Nesse
sentido, segue-se a linha adotada por Moss (2001.) que, ao tratar das infraestruturas urbanas,
afirma que as raízes das dificuldades das metrópoles em atender as demandas por recursos
naturais, como a água, e financiar a modernização e ampliação das redes de infraestrutura,
como os sistemas de abastecimento, não estão na tecnologia mas nas estruturas de gestão
e, portanto, nas decisões políticas de caráter distributivo.

Assim, sugerimos que as assimetrias no acesso aos benefícios da água e os problemas


decorrentes de calamidades de origem hídrica que caracterizam as metrópoles brasileiras,
como as secas e as inundações, derivam principalmente de processos de caráter
socioeconômico, político, cultural e institucional, que envolvem a gestão desses serviços
urbanos e a formulação e implementação de políticas públicas no âmbito dessa gestão.

Objetivos
Geral - A pesquisa busca analisar e avaliar a gestão das águas e do saneamento básico nas
regiões metropolitanas dodo Rio de Janeiro, Campina Grande, Recife e Belém em três
dimensões: política, ambiental e técnica.

1.2 Específicos:

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Plano de Trabalho dos TRs
(i) Identificar quem são os atores-chave na gestão das águas urbanas e como se constroem
relações entre eles (coalizões e conflitos) e o referencial discursivo que orienta essas coalizões

(iii) Identificar os conflitos existentes sobre a utilização das águas/recursos hídricos nesse
território. Página | 82

(iv) Identificar são as políticas públicas relacionadas à gestão do saneamento e dos recursos
hídricos, e avaliar a capacidade dos agentes institucionais públicos para atuar na redução da
desigualdade hídrica nas metrópoles e atender às demandas previstas para próximas
décadas.

(v) Identificar quem são e como atuam os novos grupos privados que se estruturaram para
prestar serviços de saneamento no território em questão.

(iv) Analisar como se dá efetivamente o acesso aos serviços de saneamento no território


metropolitano, sobretudo naquelas onde o acesso pelos sistemas formais é precário; examinar
quais são e como funcionam os sistemas não formais

(v) Avaliar os paradigmas tecnológicos adotados e sua adequação para o enfrentamento do


desafio de universalizar o acesso aos serviços de saneamento básico, recuperar a qualidade
das águas urbanas, responder as possíveis inseguranças decorrentes das mudanças
climáticas ( secas/ inundações)

(vi) Analisar de que modo os instrumentos que regulam a operação das políticas públicas de
gestão do saneamento e dos recursos hídricos incorporam essas alternativas sócio-técnicas
e quais paradigmas as guiam.

(vii) Levantar alternativas sócio-técnicas que possam contribuir para o enfrentamento dessas
desigualdades e quais os impasses para adotá-las.

(vii) Discutir a ideia de ameaça de escassez de água para a Região Metropolitanas estudadas,
avaliando em que medida essa escassez é exercida por mudanças ambientais (em termos de
raridade e qualidade) ou é social e politicamente construída; revisitar o conceito de segurança
hídrica, a partir dessa discussão.

INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
Metodologia
Entende-se que o TR é uma forma de colocar em diálogo e contribuir para o avanço de
pesquisas realizadas nos núcleos
Página | 83
2.1 – Ponto de partida: o que temos

- Levantamento e sistematização de teses e dissertações recentes que trabalham o tema nas


regiões metropolitanas envolvidas no TR visando identificar metodologias e aportes às
questões que orientam a pesquisa.

Foram identificadas teses para Campina Grande; Rio de Janeiro e Recife sobre as questões
do acesso à água e ao saneamento, crise hídrica (Rio de Janeiro e Campina Grande) e
atuação do setor privado (Recife e Rio de Janeiro). Há dados de planos de água e esgoto da
Região Metropolitana de Belém que serão usados. Há estudos sobre os bacias hidrográficas
com resultados parciais. Há dissertações de mestrado e teses de doutorado a respeito.

- Sistematização de literatura que trata dos conceitos básicos que orientam a pesquisa tendo
como bases: ecologia política da água; justiça hídrica; ciclo urbano da água; segurança hídrica;
coalizões e conflitos em políticas públicas (com foco nas políticas públicas de saneamento
básico); sistemas sócio técnicos; urbanismo sensível à água. Algumas das teses e
dissertações levantadas já trabalharam esses conceitos

2.2 – O que pode ser feito de forma coletiva ( demandas para a bolsista TR)

- Levantamento e organização de informações sobre saneamento nas bases existentes sobre


gestão das águas e do saneamento.

Bases Nacionais: SNIS 2017, Munic IBGE 2017, PNAD 2017, ANA, Ipeadata.

Bases Locais para cada metrópole:

Rio de Janeiro: PDUI, SEA, CEDAE, PMSBs, Comitês de Bacia, Prefeituras

Campina Grande: Plano de Recursos Hídricos (desatualizado desde 2006), Plano de


Saneamento (elaborado em 2015, mas ainda travado na Câmara dos Vereadores),

Recife:

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Plano de Trabalho dos TRs
Belém: dados da Companhia de Saneamento do Pará; Planos Diretores dos Sistemas de Água
(2004) e Sistema de Esgotamento Sanitário (2009) da Região Metropolitana de Belém; dados
da Companhia de Habitação do Estado do Pará (2009-2017); dados do Serviço Autônomo de
Água e Esgoto do Município de Belém; dados da Fundação Amazônia Paraense de Amparo à
Página | 84
Pesquisa (Fapespa); dados da Secretaria de Planejamento do Governo do Estado do Pará.

- Identificação de metodologias de pesquisa comuns para algum padrão de análise. Verificar


quais vêm sendo utilizadas e buscar uma homogeneidade que facilite o diálogo entre as
pesquisas do TR, assim como a elaboração de artigos em conjunto e o relatório final.

- Elaboração de mapas para a análise de como as regiões metropolitanas são diferenciadas


nos índices de acesso, na intermitência etc. Esses produtos podem ser eficientes inclusive
para auxiliar os agentes estaduais. Trata-se de um desafio a ser enfrentado, visto que dados
de intermitência nas regiões metropolitanas, por exemplo, normalmente são de difícil acesso.
Portanto, serão utilizadas diferentes fontes de dados. Será dado preferência ao software livre
QGIS.

Alguns estudos de referência inicial que trazem possíveis caminhos para o mapeamento das
intermitências, irregularidade no abastecimento.

Rio de Janeiro:

-Tese de doutorado da Maria Helena Custódio do Carmo que avaliou o acesso à nas escolas
da Rede Municipal de Ensino de Duque de Caxias. A partir do georeferenciamento e de mapas
dos sistemas de abastecimento, é possível traçar um raio das áreas de intermitência das
escolas

- Pesquisa de acesso à água em Campos Elíseos e no morro do Alemão, com questionários


domiciliares.

Campina Grande:

- Trabalho de escolha de variáveis para identificar as zonas da cidade que estavam mais
sujeitas ou que tinham mais desvantagens do ponto de vista do abastecimento. Cruzando
assim vários indicadores: renda, topografia, localização das caixas d'água etc. E no final, foi

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Plano de Trabalho dos TRs
criado um mapa de vulnerabilidade com os atenuantes. Em campo, foi identificado como é que
se relacionava o usuário com o armazenamento de água nos tempos de intermintência.
Percebeu-se que, quanto maior a capacidade de armazenamento, maior a possibilidade de
atenuar a situação.
Página | 85
- Pesquisa de metabolismo urbano de Simone Marinho. Prevê a visualização da cidade
enquanto organismo vivo. Essa metodologia permite olhar para dentro da cidade, como é que
pode pensar a cidade com maior sensibilidade dos recursos hídricos, de modo a otimizar o
uso da água dentro do ambiente urbano.

Belém

Diagnósticos e Planos Diretores dos Sistemas de Água e de Esgoto da Região Metropolitana


de Belém. Diagnóstico do Plano Estadual de Saneamento Básico do Pará.

Resultados Esperados
Explicite os produtos esperados para 2019, com publicações, relatórios, incremento da rede
de comunicação entre os pesquisadores, difusão e compartilhamento dos avanços da
pesquisa, etc. Colocar os produtos já realizados ( trabalhos, dissertações e teses em
andamento)

Teses e Dissertações Concluídas:

1 - Sobre ocupações de áreas alagáveis; interfaces entre águas urbanas e uso e ocupação do
solo; análise pelo viés do urbanismo sensível à água.

Belém:

Camila Madeira da Silva Santos. O Uso da Drenagem como Método de Avaliação de


Desempenho da Ocupação Urbana: Uma reflexão sobre a Avenida Augusto Montenegro.
Orientador: Juliano Pamplona Ximenes Ponte.2017

Nayara Sales Barros Espaços urbanos sensíveis à agua: um estudo sobre a relação entre a
forma urbana e a água na Bacia Hidrográfica do Paracuri – Belém/PA Orientador: Ana Lucia
Britto – 2018.

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Plano de Trabalho dos TRs
Camila Cristina dos Santos Cruz. Análise urbanístico-ambiental de bacias hidrográficas
metropolitanas da RMB. 2018. Dissertação (Mestrado em Mestrado em Arquitetura e
Urbanismo) - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFPA, .
Orientador: Juliano Pamplona Ximenes Ponte.
Página | 86
.Camilla Souza Barbosa. Planos e usos na orla de Belém. 2018. Dissertação (Mestrado em
Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e
Urbanismo da UFPA, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
Orientador: Juliano Pamplona Ximenes Ponte.

Campina Grande:

Simone Danielle Aciole Morais Marinho. Planejamento Urbano Sensível aos Recursos
Hídricos: análise a partir do metabolismo urbano e da produção do espaço em campina
Grande. Dissertação de mestrado. Orientadores: Carlos de Oliveira Galvão e Lívia Miranda,
2018

2 – Sobre crise hídrica e desigualdades no acesso à água na perspectiva da ecologia política:

Rio de Janeiro

Suyá Quintslr. A (re)produção da desigualdade ambiental na metrópole: Conflito pela água,


"crise hídrica" e macrossistema de abastecimento no Rio de Janeiro. Orientador: Henri
Acselrald. Tese de doutorado 2018

Maria Helena do Carmo Silveira Costa. Gestão de Políticas Públicas de Abastecimento de


Água em Interface com a Educação: um estudo de caso na Rede Municipal de Ensino de
Duque de Caxias – Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Tese de doutorado 2018

Andreza Garcia de Gouveia. Escassez hidrossocial e abastecimento de água: o caso do


município de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Orientadores: OrientadoraRosa Maria Formiga
Johnsson e Ana Lucia Britto. Dissertação de Mestrado. 2017

Campina Grande:

Maria Helena Del Grande . Distribuição e Acesso à Água em Campina Grande: Uma análise a
partir da Ecologia Política. Orientadores: Carlos de Oliveira Galvão e Lívia Miranda. Tese de
doutorado 2016

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Plano de Trabalho dos TRs
3- Sobre os atores chaves na gestão das águas urbanas e do saneamento; coalizões e
conflitos; privatização

Rio de Janeiro:
Página | 87
Suyá Quintslr. A (re)produção da desigualdade ambiental na metrópole: Conflito pela água,
"crise hídrica" e macrossistema de abastecimento no Rio de Janeiro. Orientador: Henri
Acselrald. Tese de doutorado 2018

Eva Bezit. Quel rôle pour la société civile dans le processus de privatisation de la CEDAE
(Compagnie d’Etat des Eaux et de l’Assainissement) dans la Région Métropolitaine de Rio de
Janeiro ? Mémoire de Master 2. Institut d’estudes politiques de Toulouse, 2018

Recife:

Arnaldo de Souza. Articulações entre o público e o privado. O caso do programa cidade


saneada. Dissertação de Mestrado. Orientadores: Maria Ângela de Almeida Souza e Ronald
Fernando Albuquerque Vasconcelos, 2018.

Agenda de pesquisa
Elencar os prazos de elaboração dos relatórios parciais, intermediários e finais dos núcleos,
previsão de agenda de encontros, prazos de devolutivas de resultados, prazos de envio de
bases, etc

Produtos para 2019

1 - Relatórios parcial 1: Mapa dos atores chaves na gestão das águas urbanas, identificando
as relações entre eles (coalizões e conflitos) e o referencial discursivo que orienta essas
coalizões; identificar quem são e como atuam os novos grupos privados que se estruturaram
para prestar serviços de saneamento no território em questão; mapear as políticas públicas
relacionadas à gestão do saneamento e dos recursos hídricos. - prazo novembro de 2019.
Todos os núcleos envolvidos

2 - Relatórios parcial 2: Identificação os conflitos existentes sobre a utilização das


águas/recursos hídricos nos territórios analisados, na perspectiva da discussão da segurança
hídrica entendida na perspectiva da ecologia política crítica adotada por Loftus ( 2015) e

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Plano de Trabalho dos TRs
Jepson et al. ( 2017). Todos os núcleos envolvidos

4- Relatório parcial 3: Revisão sobre o tema da financeirização no campo dos serviços de água
e mapeamento dos atores privados que atuam no Brasil e sua relação com o setor financeiro.
Núcleo Rio de janeiro Página | 88

5 – Relatório parcial 4: as mudanças na política nacional de saneamento no governo Bolsonaro


( revisão do Plansab, Media Provisória 868, programas de financiamento desenvolvidos) –
Responsáveis Ana Britto e Juliano Ximenes

Reuniões TR

1a reunião por Skype 22 de fevereiro de 2019

2a reunião por Skype – a marcar (abril de 2019)

3a reunião – presencial – Enanpur maio de 2019

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Plano de Trabalho dos TRs
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Núcleos Participantes Página | 91

1. Baixada Santista (aguardando resposta)

2. Belém (coordenação)
Responsável no núcleo: Juliano Ximenes
email: julianoximenes@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Raul da Silva Ventura Neto;
Roberta Menezes Rodrigues;
José Júlio Ferreira Lima

3. Belo Horizonte (Não aderiu)

4. Brasília
Responsável no núcleo: Daniel Sant'Ana
email: arq.santana@gmail.com
Pesquisadores vinculados

5. Campina Grande (coordenação)


Responsável no núcleo: Lívia Miranda
email: liviaibmiranda@gmail.com

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Plano de Trabalho dos TRs
Pesquisadores vinculados
Simone Moraes (Doutoranda)
Carlos de Oliveira Galvão,
Márcia Rios,
Ester Luiz (Doutoranda)
Página | 92
6. Curitiba (Não aderiu)

7. Fortaleza
Responsável no núcleo: Jader de Oliveira Santos
email: jadersantos@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Adryane Gorayeb

8. Goiânia (aguardando resposta)

9. Maringá
Responsável no núcleo: Cristhiane Michiko Passos Okawa
email: crisokawa@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Samir Jorge (sjorge@uem.br)
Lourival Domingos Zamuner (lzamuner2301@gmail.com)
Carla Franciele Horing (ra99597@uem.br);
Wesley Ferreira de Souza (wesley.geo@hotmail.com)

10. Natal (Não aderiu)

11. Porto Alegre (Não aderiu)

12. Recife (aguardando resposta)

13. Salvador (Não aderiu)

14. São Paulo (Não aderiu)

15. Rio de Janeiro (coordenação)


Responsável no núcleo: Ana Lucia Britto
email: anabrittoster@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Suya Quintslr
Mariana Dias
16. Vitória (Não aderiu)

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Plano de Trabalho dos TRs
Página | 93

LINHA 03

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Plano de Trabalho dos TRs
Regimes Urbanos

Página | 94

Responsável: Orlando Junior, Alexsandro, Bárbara, Erick, Ricardo, Patrícia, Mariana Werneck, Filipe,
Nelson Rojas, Franklin
Núcleo: Núcleo Rio de Janeiro

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Plano de Trabalho dos TRs
Resumo
O objetivo do projeto é identificar a natureza, as formas de operação e os impactos (sociais, espaciais,
culturais, etc.) dos regimes urbanos nas metrópoles brasileiras, a partir da inflexão ultraliberal e da
financeirização das políticas urbanas, espera-se que a pesquisa contribua para responder algumas Página | 95

perguntas cruciais, num âmbito mais geral: (i) quais são as orientações e sentidos das estratégias dos
governos municipais e a sua tradução em políticas públicas, pensadas na dualidade pró-crescimento x
provisão de bem estar social e urbano; (ii) quais são as coalizões dominantes em cada caso
metropolitano; e,(iii) quais são as condições econômicas, políticas e sociais que sustentam e legitimam
essas coalizões e suas estratégias, sobretudo quanto à mobilização de recursos políticos-institucionais,
formação de alianças interescalares, agenciamento da mídia, cooptação de forças da sociedade, etc.

A hipótese geral que orienta a nossa análise é a de que o país está vivendo um momento de aceleração
de um ajuste espacial - o empreendedorismo local como força econômica. Corre-se o risco de uma nova
dinâmica de desenvolvimento geográfico desigual comandada por uma lógica econômica assentada no
empreendedorismo local. Nosso objetivo é ver se isto está acontecendo nas metrópoles brasileiras e
que tipo de respostas estão sendo dadas no âmbito local.

Objetivos
- Produzir um panorama nacional da adoção de instrumentos pró-mercado pelos municípios polos
metropolitanos.

- Desenvolver os estudos de casos sobre os projetos e programas urbanos, envolvendo a identificação


das coalizões de poder envolvidas nesses projetos.

Metodologia
O TR está organizado em três subgrupos:

- PPP e OUC

- Associativismo e cultura política

- Economia política

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Plano de Trabalho dos TRs
A atualização do banco dos indicadores fiscais ainda não foi realizada. As tentativas de contratação de
uma consultoria não foi viabilizada. A ideia é discutir com o TR Estrutura Social a possibilidade de
alguém trabalhar a base de dados fiscais já disponível e ver a possibilidade de contratação de uma
consultoria para atualização da base de dados.
Página | 96

No que se refere ao grupo de associativismo, as bases existentes (Mapa das OSC do IPEA e a Base de
Fundações e Associações sem Fins Lucrativos, FASFIL, coordenada pelo IBGE) mostram serem úteis,
embora as lacunas identificadas (no caso do Mapa IPEA casos de repetição de OSCs e no caso da FASFIL,
o último dado é de 2010) prossegue o diálogo com o IBGE no sentido de ter acesso aos microdados da
base de 2010 e conhecer o processo de atualização da FASFIL face 2020.

Buscaremos também atualizar o banco com a inclusão dos indicadores econômicos a partir da RAIS -
Responsáveis: Juciano e Marcelo

Será realizada uma leitura crítica dos relatórios dos núcleos sobre PPPs e OUCs, identificando eventuais
lacunas.

Elaboração do roteiro dos estudos de caso sobre projetos/programas urbanos, incorporando a


dimensão da economia urbana, do associativismo e da cultura política.

Resultados Esperados
1. Produção do relatório sobre associativismo com as tubulações de dados disponíveis (Ipea e
IBGE/Fasfil), que são consideradas interessantes para cada núcleo. O relatório deve conter ainda
uma pequena explicação das possibilidades e limites dos dados. Responsáveis: Filipe Correa e
Humberto. Um primeiro rascunho do relatório será disponibilizado até 18 de Abril de 2019.

2. Produção do relatório com a tabulação dos indicadores fiscais dos municípios, com dados já
disponíveis, e socializar para os núcleos. Responsáveis: Erick e Juciano

3. Elaboração do panorama nacional das PPPs e OUCs nas cidades brasileiras. Responsáveis: Orlando
Junior , Barbara, Ricardo e outros

4. Elaboração do artigo sobre eleição presidencial (2018) e desenvolvimento geográfico desigual.


Responsáveis: Orlando Junior, Nelson e Filipe

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Plano de Trabalho dos TRs
5. Elaboração de relatório preliminar sobre o tecido associativo de algumas Regiões Metropolitanas
com base na base dos dados do IPEA. A ser enviado para os Núcleos até o final o final da segunda
semana de Maio juntamente com a base de dados.

6. Elaboração de relatório sobre o tecido associativo dos municípios brasileiro com base na base de Página | 97

dados do IBGE (FASFIL). A ser enviado aos Núcleos até junho de 2019 juntamente com a base de
dados.

7. Elaboração de relatório sobre a cultura política-eleitoral (direita x esquerda) e indicadores de


orientações de políticas públicas dos municípios (pró-mercado x redistribitiva). A ser enviado para
os Núcleos até até agosto de 2019 com respectivo bando de dados.

8. Elaboração de relatório sobre as estruturas produtivas dos municípios, com base nas categorias de
classificação das atividades produtivas produzidas pela pesquisa Economia Metropolitana. A ser
enviado para os Núcleos até agosto de 2019 com o respectivo bando de dados.

9. Envio até junho do relatório sobre padrões de gestão urbana dos municípios com respectivo banco
dados. Esperamos autorização do IBGE, já que esta pesquisa foi elaborada em parceria com esta
instituição.

10. Elaboração de um estudo das condições fiscais da governança urbana dos municípios e as regiões
metropolitanas. Para o segundo semestre.

11. Segundo semestre: conclusão do mapas nacional (e metropolitano) das condições econômicas,
políticas, institucionais e sociais para a análise dos regimes urbanos.

Agenda de pesquisa
1. Elaboração do panorama nacional das PPPs e OUCs - junho de 2019

2. Elaboração do roteiro para os estudos de caso - abril de 2019

3. Elaboração dos relatórios parciais dos estudos de casos - dezembro 2019

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Plano de Trabalho dos TRs
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RIBEIRO, L.C. Queiroz (2018) As metrópoles e o direito à cidade na inflexão ultraliberal da ordem urbana
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INCT Observatório das Metrópoles


Plano de Trabalho dos TRs
_____ Reflections on Regime Politics: from governing coalition to Urban Political Order. In. Urban
Affairs Review, v.51, n.1, 2015, p.101-137

Núcleos participantes

Página | 99

17. Baixada Santista (aguardando resposta)

18. Belém
Responsável no núcleo: Juliano Pamplona Ximenes Ponte
email: julianoximenes@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Bárbara Lou da Costa Veloso Dias; Gustavo Ribeiro; Raul da Silva Ventura Neto; José Júlio
Ferreira Lima; Roberta Menezes Rodrigues; Romero Ximenes Ponte

19. Belo Horizonte


Responsável no núcleo: Barbara França
email: bbarbaralucia@yahoo.com.br
Pesquisadores vinculados
Rita Velloso, Laura Castro, Taís Clark, Thiago Canettieri, Elisa Marques, Luciana Teixeira de
Andrade, Alexandre Magno Diniz, Juliana Gonzaga Jayme, Clarissa Veloso, Marcelo Braga,
Livia Matos, Raissa Rocha, Renata de Leorne Salles, Paula de Senna Figueiredo, Rogério
Palahres, Leonardo Andrade, Bruna Silva, Emília Mendes, Renato Fontes, Léa Souki, Natália
Mol, Sophia Garnieri, Jordan Oliveira, Thaís Nassif, Luísa Greco, Júlia Birchal, Júnia Ferrari,
Marina Abreu, Laís Grossi, Maria Soalheiro, Jupira Mendonça, Maria Luisa Machado.

20. Brasília
Responsável no núcleo: Rômulo Ribeiro

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Plano de Trabalho dos TRs
email: rjcribeiro@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Christiane Coelho

21. Campina Grande


Responsável no núcleo: Lívia Miranda Página |
email: liviaibmiranda@gmail.com
Pesquisadores vinculados 100
Jovanka Baracuí,
Isabelle Monteiro (mestranda),
Maria Rita Albuquerque (mestranda),
Jobson Bruno Lima (PIBIC)
Joyce Neves (TCC-PIBIC)

22. Curitiba
Responsável no núcleo: Olga L. C. de Freitas-Firkowski
email: olgafirk@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Débora Follador; Wilhelm Milward Meiners; Leticia Gadens; Jussara Maria Silva; Rosa Moura
Thaís Kornin; Maria Tarcisa Bega, Liria Yuri Nagamine; Rodolfo Silva; Elisa Maria Vasconcelos;
Patricia Baliski; Marley Deschamps; Paulo Delgado; Augusto Pereira; Madianita Nunes da
Silva; Christian Silva.

23. Fortaleza
Responsável no núcleo: Luiz Renato Pequeno
email: renatopequeno@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Maria Clelia Lustosa Costa
Joao Sergio Queiroz de Lima
Alexandre Queiroz Pereira
Antonio Jeovah Meireles
Adryane Gorayeb
Jader de Oliveira Santos
Valeria Pinheiro
Rodolfo Damasceno Góis

24. Goiânia (aguardando resposta)

25. Maringá
Responsável no núcleo: Ricardo Luiz Tows
email: ricardotows@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Paulo Roberto de Souza (prsouza@uem.br)
Ana Lúcia Rodrigues (alrodrigues1962@gmail.com);
William Antônio Borges willbillborges@gmail.com
Luiz Donadon Leal (ldleal@uem.br);
Pollyana Machiavelli (pollyana.machiavelli@gmail.com)
Kerla Mattiello (kmattiello@uem.br)

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Plano de Trabalho dos TRs
Carla Franciele Horing (ra99597@uem.br);
Wesley Ferreira de Souza (wesley.geo@hotmail.com)
Carla Fernanda de Oliveira Paulo (carlafernandaop@gmail.com)
Aline Santiago Luz (aline88sl@hotmail.com)

26. Natal Página |


Responsável no núcleo: Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva
email: alexsandroferreira@hotmail.com 101
Pesquisadores vinculados
Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva
Maria Dulce Bentes Sobrinha
Lindijane Almeida
Maria do Livramento Clementino
Richardson Leonardi Moura da Câmara
Brunno Costa do Nascimento
Pedro Henrique Correia do Nascimento Oliveira
Ana Vitória Araujo Fernandes
Wildenberg Matias
Rodolfo Finatti

27. Porto Alegre (coordenação)


Responsável no núcleo: Paulo Roberto Rodrigues Soares
email: geoprrs@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Luciano Fedozzi, Vanessa Marx, Mário Lahorgue, Lucimar Fátima Siqueira, André Augustin,
Nanashara Sanches (doutoranda), Luiz Apollo (mestrando), Betânia Alfonsin, Milton Cruz,
Adriana Furtado (doutoranda), Júlia Ribes (doutoranda), Tássia Norman (mestranda), Adriano
Zerbielli, Mariana Vivian (mestranda), Vitória Gonzatti (mestranda), Elisa Utzig (mestranda)

28. Recife (aguardando resposta)

29. Salvador
Responsável no núcleo: Inaiá Carvalho
email: inaiammc@ufba.br
Pesquisadores vinculados
Gilberto Corso Pereira;
Rafael Arantes;
Carla Galvão,
Maina Silva,
Juan Moreno Delgado

30. São Paulo


Responsável no núcleo: Monica Carvalho
email: monicacarvalho@uol.com.br
Pesquisadores vinculados
João Marcus Pires Dias, Carolina Nakagawa Lanfranchi, Marisa Borin, Dulce Baptista

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Plano de Trabalho dos TRs
31. Rio de Janeiro (coordenação)
Responsável no núcleo: Orlando Junior
email: orlando.santosjr@gmail.com
Pesquisadores vinculados
PPP
Orlando dos Santos Junior Página |
Patrícia Novaes,
102
Erick Omena
Mariana Werneck.
Economia Política das Cidades
Alexsandro Ferreira,
Bárbara Pinheiro,
Wilhelm Meiners
Erick Omena,
Cultura Política, Associativismo e Capacidade Institucional Local
Luiz Cesar Ribeiro,
Luciano Fedozzi,
Nelson Rojas,
Filipe Correa,
Antonio Alkimin,
Humberto Meza,
Franklin Soldati
Erick Omena,

32. Vitória
Responsável no núcleo: Pablo Lira
email: pabloslira@gmail.com
Pesquisadores vinculados
Pablo Lira,
Latussa Monteiro
Letícia Tabachi

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