O ciclo do nitrogênio ( ou ciclo do azoto) é o ciclo biogeoquímico
que contém todas as fases de transformação que o nitrogênio sofre
em sua passagem entre o reino mineral e os seres vivos que participam na sua assimilação e fixação. O nitrogênio é encontrado na forma de um gás em nossa atmosfera e é introduzido nos ecossistemas de duas formas: pela fixação biológica que ocorre na combinação deste elemento com o metabolismo de algumas plantas e pela fixação industrial sob a forma de adubo ( Troppmair, 2012 p. 24) No geral o nitrogênio é captado por plantas, em sua maioria as leguminosas, que vivem em mutualismo com bactérias do gênero Rhizobium, por cianobactérias e por azotobacters. O principal reposítório de nitrogênio no nosso planeta é a atmosfera onde é possível encontrar cerca de 78% desse gás, ele também pode ser encontrado nos solos e nos oceanos. As plantas não conseguem assimilar o nitrogênio diretamente, apenas sendo possível em três tipos de íons: amônio ( NH4+), nitrito ( NO2 ) e nitrato ( NO3-) tendo que passar por vários processos para se obter esses íons, como a fixação e a nitrificação. A fixação é o processo onde se transforma o gás azoto em outros elementos mais necessários em processos químicos como o amoníaco, o nirato e o nitrito. Existem duas maneiras de converter esses compostos, a maneira natural : onde é executada de forma a gerar substratos metabólicos e para a inserir os mesmos na cadeia alimentar por meio de compostos nitrogenados e a maneira artificial. Algumas bactérias entram em simbiose com leguminosas para captar e transformar as moléculas de nitrogênio, essa transformação libera compotos úteis para os outros seres vivos. Essa simbiose faz com que a planta comsuma os aminoácidos produzidos por essas bactérias que vivem em suas raízes. Algumas bactérias nitrificantes possuem vida livre. A fixação atmosférica acontece quando há incidência de relâmpagos, com uma carga elétrica elevada, eles conseguem partir as moléculas de nitrogênio fazendo com que essas moléculas se liguem aos átomos de oxigênio criando assim o monóxido de hidrogênio (NO), esse monóxido posteriormente é dissolvido na água da chuva , contribuindo com a chuva ácida e acaba sendo alocado no solo. Esse método é responsável por fixar de 3 a 4% de nitrogênio. Por processos industriais é possível transformar o hidrogênio e o nitrogênio em amoníaco, esse amoníaco é utilizado em fertilizantes e a aplicação desses fertilizantes industriais sustenta 40% da população mundial. Os nitratos que se formam pela nitrificação são utilizados pelas plantas e logo em seguida transformados em compostos com base em carbono afim de produzir aminoácidos e compostos orgânicos com bases nitrogenadas. Esses compostos são incorporados em grande parte nas raízes em crescimento das plantas, mais especificamente nas células jovens. A amonização é tida por meio de matéria orgânica morta que se transforma em amônio, esse processo é feito por bactérias ( aeróbicas e anaeróbicas) e fungos. A nitrificação é o processo onde o aminoácido é oxidado, nele se produz nitratos partindo do amoníaco. As bactérias nitrificantes fazem esse processo em duas partes: na primeira parte o amoníaco é transformado em nitrito, esse processo é chamado de nitrosação e as bactérias que fafzem essa transformação são chamadas de nitrosomonas, a segunda parte se inicia quando as nitrobacters convertem o nitrito em nitrato que estão prontos para serem utilizados pelas plantas, esse processo é denominado de nitratação. A desnitrificação é o processo onde o nitrogênio retorna a atmosfera, esse processo é possível graças a algumas espécies de bactérias ( como por exemplo as Pseudomonas ) em ambiente anaeróbico. Essas bactérias consomem os nitratos no lugar do oxigênio e liberam gás nitrogênio.