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REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DO LENÇOL D’ÁGUA

Ocorre com certa freqüência em obras de fundações


ou em escavações quaisquer, a presença do nível d’água
acima da cota em que estas obras deverão ser construídas.
O nível d’água elevado impõe que se realize o
rebaixamento do lençol pelo menos até o fim das
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construções subterrâneas e a devida instalação dos sistemas


de drenagem e impermeabilização a fim de manter a
segurança e funcionalidade da estrutura.
O efetivo rebaixamento do lençol freático torna mais
seguras as condições de trabalho, evita a infiltração de água
nas escavações, melhora as condições de estabilidade do
solo escavado e possibilita mais eficiência nos reaterros
realizados.
A adoção de um controle da água subterrânea facilita a construção das
estruturas enterradas, abaixo do nível de água, considerando que:

a) Intercepta a percolação d’água que emerge nos taludes ou fundo de


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escavações;
b) Aumenta a estabilidade dos taludes e evita o carreamento hidráulico do
solos destes taludes e do fundo da escavação;
c) Reduz a carga lateral em estruturas de escoramento;
d) Elimina ou reduz a necessidade do emprego de ar comprimido em obras de
túneis;
e) Melhora as condições de escavação e reaterro;
f) Permite manter basicamente inalteradas as condições de suporte do terreno
localizado subjacentemente ao apoio da estrutura a ser construída.
Métodos de controle da água subterrânea
Para atender os objetivos citados, há dois modos de se controlar a água
subterrânea:

a) Interceptação e remoção da água, através de bombeamento apropriado.


Este bombeamento pode ser feito a partir de pontos de coleta localizados à
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superfície da escavação ou a partir de drenos sub-superficiais, ponteiras


filtrantes, e poços profundos.

a) Isolando o fluxo da água da escavação através de uma barreira física que


exclua a água da mesma.
(estacas prancha, trincheiras impermeáveis).
Obs.: O emprego do ar comprimido em túneis ou tubulões também pode ser
considerado um processo de exclusão da água.
Fatores que influenciam a escolha do sistema de rebaixamento
Inicialmente é necessário fazer uma avaliação do dano que o fluxo d’água pode
acarretar, caso ele atinja a escavação. Em função deste dano pode-se captar a
água por meio de drenos, poços rasos, sistema de ponteiras filtrantes ou de poços
profundos.

Os principais fatores a serem considerados são:


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a) Tipo de obra
Para escavações rasas e rebaixamento de até 6,0 m do lençol d’água, deve-se
adotar um sistema convencional de ponteiras filtrantes. Para rebaixamentos
maiores, em lugares exíguos, deve-se prever um sistema de poços profundos
através de bombas submersas ou de injetores.

a) Condições do subsolo
A formação geológica e a natureza do subsolo são determinantes na escolha
do sistema de rebaixamento, pois a permeabilidade e a drenabilidade do solo
ou da rocha é que norteiam o dimensionamento do sistema a ser utilizado.
c) Altura de rebaixamento e quantidade de água a ser bombeada
À medida que aumenta a altura de rebaixamento, caminha-se em
geral e sucessivamente, da captação superficial à necessidade de
ponteiras e daí para poços profundos. É necessário portanto uma
avaliação da quantidade de água que fluirá para o interior da
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escavação

d) Natureza do aquífero e fontes de percolação


Artesianos: São aqueles em que o aqüífero está confinado entre duas
camadas impermeáveis e a água se encontra sob pressão superior à
atmosférica.
Livres: Não existe confinamento e a água se encontra com pressão
igual à atmosférica.
e) Efeitos do rebaixamento em estruturas adjacentes

O rebaixamento tem como um dos seus efeitos a diminuição das


pressões neutras, provocando portanto, um aumento nas tensões
efetivas, fazendo com que ocorram recalques indesejáveis em
estruturas próximas (num raio aproximado de 100 m).
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A norma brasileira NBR-6122-1996 recomenda: "qualquer obra de


fundação, escavação ou rebaixamento de lençol d'água feita próximo
a construções existentes deve ser projetada levando em conta seus
eventuais efeitos sobre essas construções, obedecendo-se ao disposto
no capítulo 9".
Aqüíferos Artesiano e Livre
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Livre

Artesiano
A fonte de percolação pode ser um curso d´água
próximo, um lago, a linha da costa marítima ou
simplesmente um corpo d´água muito extenso.
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Métodos para rebaixamento do nível d’água e alívio de pressões neutras

• Poços superficiais, valas e trincheiras drenantes;


• Sistema de ponteiras filtrantes;
• Sistema de poços profundos
• Drenos verticais de conexão;
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• Eletrosmose;
• Drenos horizontais profundos.
Principais sistemas para rebaixamento

Bombeamento direto
Consiste na coleta da água em valetas, executadas no fundo da
escavação, que são ligadas a um ou vários poços, estrategicamente
dispostos, onde a água é acumulada e à medida que atinge um
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determinado volume recalcada para fora da zona de trabalho.


As bombas utilizadas são escolhidas com base em critérios empíricos de
acordo com a necessidade da obra.

Inconvenientes do bombeamento
• Em escavações com escoramento estanque, a força de percolação
da água pode causar perda de suporte (gradiente hidráulico alto),
provocando súbita ruptura do fundo da escavação;
• Possibilidade de carreamento de partículas que pode provocar
recalques acentuados em estruturas vizinhas à escavação, em
particular em calçadas e ruas.
Exemplo de situação em que o bombeamento é normalmente utilizado:
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Início do
rebaixamento
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Fim do
rebaixamento

Fotos de Alonso
1999
Ponteiras Filtrantes
Formado por poços de pequeno diâmetro (4" a 6"), onde são
posicionadas ponteiras ligadas por tubos a um coletor e uma bomba
de sucção. Essas ponteiras possuem entre 1 1/4" e 1 1/2" de
diâmetro. A parte perfurada tem 1,0 m de comprimento.
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O sistema consiste dispor ao longo da periferia da área a rebaixar um
tubo coletor com 4” de diâmetro, dotado de tomadas de água, espaçadas
da ordem de 1 m a 3 m.
A água extraída do solo pelas ponteiras filtrantes é conduzida através do
tubo coletor, até a câmara de vácuo, de onde é recalcada para fora.
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Alonso - 1999
REBAIXAMENTO COM O USO DE PONTEIRAS FILTRANTES
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As principais vantagens deste método são:

• A simplicidade de instalação associada ao baixo custo;


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• Evita o carreamento de partículas mais finas de solo


(caso do bombeamento), não provocando a erosão
interna;

• Área de influência do rebaixamento reduzida, não


ocorrendo rebaixamentos indesejáveis sob construções
existentes.
A grande limitação desse sistema é a altura de sucção máxima que se
consegue no campo que é de 5,0 a 6,0 m, ainda assim em condições
extremamente favoráveis (teoricamente, ao nível do mar, a altura de
sucção seria de 10,33 m de coluna d'água - m.c.a.).

A eficiência do sistema é muito dependente da quantidade de água a


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esgotar: quanto menor essa quantidade, maior é a possibilidade de


entrada de ar, o que tende a diminuir o vácuo ou torná-lo intermitente.
O sistema é pouco eficiente para solos pouco permeáveis.

A vazão da água em cada ponteira varia de acordo com a


permeabilidade do solo, sendo normais vazões de 0,5 a 1 m3/h. Como
as bombas utilizadas têm capacidade entre 30 a 40 m3/h, então cada
conjunto pode ser constituído por até 60 ponteiras.
Rebaixamento com ponteiras filtrantes.
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Alonso - 1999
Sistema linear de ponteiras filtrantes.
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Fundações e Empuxos de Terra
Rebaixamento periférico com ponteiras filtrantes.
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Fundações e Empuxos de Terra
Fundações e Empuxos de Terra
Poços Profundos

Quando há necessidade de escavações mais profundas


em espaços restritos (edifícios em áreas urbanas com mais
de dois subsolos abaixo do N.A. túneis de metrô, etc.),
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deve-se utilizar os poços profundos, os quais possibilitam o


rebaixamento a profundidades maiores que 5,0 m.

São dois os processos mais utilizados para esgotamento


da água que é coletada nos poços profundos:

 Uso de injetores

 bombas de recalque submersas.


Fatores a considerar em um projeto de bombeamento:

o geometria da escavação (formato e profundidade):

o natureza do aquífero (notadamente a estratificação das


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camadas, a posição original do nível d´água e a


permeabilidade)

o alcance horizontal (raio de influência) do rebaixamento


(importante para se avaliar a possibilidade de eventuais
danos sobre a vizinhança ou áreas próximas.)
Sistema de Injetores

Neste sistema são executados poços de 25 a 30 cm de


diâmetro e profundidades de até 40 m, espaçados de 4 a 8
m. O rebaixamento pode utilizar dois sistemas: com tubos
paralelos ou com tubos concêntricos.
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O sistema funciona como um circuito semi-fechado


em que a água é injetada por uma bomba centrífuga
através de uma tubulação horizontal até o injetor instalado
no fundo do poço.
A água injetada atravessa o bico venturi do injetor e
é acrescida pela água que é aspirada do solo subindo por
outro tubo de retorno, com diâmetro ligeiramente superior
ao de injeção, até a superfície.
Vantagens:

o Maior simplicidade de instalação


o Baixo custo de investimento (bomba de 10-15 HP)
o facilidade na substituição e manutenção das bombas;
o Facilidade na variação de vazão dos injetores.
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Desvantagens:

o A eficiência do sistema é baixa (20 a 30%);


o Indicados para bombeamentos por períodos curtos e/ou
quantidades reduzidas de água (seis meses e vazões máximas
inferiores a 3 m³/h e médias da ordem de 1 m³/h, por poço).
SISTEMA INJETOR PARA REBAIXAMENTO
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Rebaixamento com Bombas submersas
Consiste em bombear a água do poço através de bombas que
permanecem sempre submersas no fundo do poço (40 a 60 cm de
diâmetro).

Vantagens:
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o Grande capacidade de vazão com rendimentos de até 70% de


eficiência, o que permite grande aproveitamento de energia
elétrica.

o Permitem projetos com recalques de vazões superiores a 5 m³/h


por poço, dependendo naturalmente da altura de rebaixamento.

o Possibilidade de trabalhar combinadamente com vácuo para


aumento de retirada de água de solos estratificados em grandes
profundidades.
Desvantagens

o Alto investimento necessário (uma bomba por poço).

o Custo unitário das bombas de eixo vertical mais alto que as de


superfície;
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o as bombas submersas requerem uma manutenção muito mais


sofisticada,

o As bombas submersas demandam uma camada de pré-filtro de


areia (ou pedrisco) do poço mais espessa, o que resulta em poços
de maior diâmetro que aqueles para injetores (20 a 30 cm para
injetores e acima de 30 a 40 cm para bombas submersas);

o Devido à diferença de vazão entre poços é frequente a queima de


motores elétricos e desgaste prematuro dos rotores trabalhando em
seco.
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Bomba Submersa
Rebaixamento com bomba submersa
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Rebaixamento com bomba submersa
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Cálculo de uma instalação de rebaixamento

As expressões fundamentais dos cálculos hidráulicos, aplicados ao


rebaixamento do nível d´água, resultam das teorias clássicas
estabelecidas por Darcy, Dupuit, Forchheimer e outros.
Considerações Básicas:
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O projeto de um rebaixamento é feito seguindo os pontos básicos a


seguir:
a) Pré dimensionamento das instalações com base na experiência do
projetista e possíveis ajustamentos em campo;
b) Determinação, com base nas teorias de percolação de água nos solos,
das condições futuras de fluxo, seja no tocante à vazão afluente, seja no
que diz respeito à posição do lençol freático.
c) Verificação do projeto durante a operação.
O cálculo do rebaixamento tem como fundamento a Lei de Darcy:

Q = k .i. A
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onde
Q = vazão
k = coeficiente de permeabilidade
i = gradiente hidráulico
A = área da seção de escoamento

Q
Q = k .i. A ⇒ = V = k .i
A
Caso de um único poço
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rp = raio do poço
R = raio de influência do poço

Em um ponto qualquer da curva de rebaixamento:

dh
V = k .i ⇒ V = k.
dr
A descarga através de uma superfície cilíndrica de raio r e altura h será:

 dh   dh 
Q = V . A = k . A.  ⇒ Q = k . 2πrh
 dr   dr 
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 Q  dr 
hdh =   
 2kπ  r 
2 H
H Q R dr h Q
∫hw hdh = 2kπ ∫rp r ⇒ =
R
ln r rp
2 hw
2kπ

H 2 − hw2 kπ ( H 2 − hw )
2

=
Q
(ln R − ln rp ) ⇒ Q=
2 2kπ ln
R
rp
Q r
h − hw =
2 2
ln
kπ rp
O rebaixamento a uma distância r do eixo do poço será:

Q r
h − hw =
2 2
ln
kπ rp
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Para determinar-se a distância R, limite de influência do poço, pode-se utilizar a


equação de Sichardt:

R = 3000( H − hw ) k

onde: k(m/s), H e hw (m)


No caso em que o poço não atinge a camada impermeável, adota-se H
como a distância entre a superfície da água e o fundo do poço.
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Cálculo para um grupo de poços:
1. Calcula-se o raio médio do círculo equivalente à área a ser rebaixada.
a

b A = a.b ⇒ A = πrm2
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2. Calcula-se o raio de influência R, pela expressão de Sichardt:


R = 3000( H − hw ) k
kπ ( H 2 − hw )
2
3. A vazão total será: Q=
R
ln
rm
4.Cálculo da vazão máxima de cada ponteira usando-se a regra de Sichardt:

2πrm hw k
qmax =
15
5. Determinação do número de ponteiras ou número de poços. Aconselha-se
majorar a vazão calculada (Q) em 25%. 1,25Q
n=
q
As fórmulas apresentadas definem
o fluxo d’água em regime
permanente de acordo com as
várias situações hidrológicas.
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Os dados necessários são:


a) Permeabilidade do solo
b) Espessura das camadas;
c) Os valores de H e hw que definem
o abatimento do lençol, e o raio do
poço rw
APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE REBAIXAMENTO
Fundações e Empuxos de Terra
APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE REBAIXAMENTO
Fundações e Empuxos de Terra

Müller, Maria Cristina Nakano – São Paulo -2004

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