HOSPITALAR
Resumo
Introdução
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Acadêmica de Licenciatura em Pedagogia – UNINTER. E-mail: cidinhajenifer@hotmail.com
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Mestre em Educação pela PUCPR, Professora Pesquisadora da Educação Profissional IFPR, Orientadora e
Coordenadora do PAP CIC – Curitiba UNINTER. E-mail: karina.r@uninter.com
ISSN 2176-1396
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Em meio a diversos campos de atuação do pedagogo, o presente artigo tem por objetivo
através da pesquisa investigar, os tipos de práticas pedagógicas dentro do contexto hospitalar,
conhecer o trabalho do professor/pedagogo no acompanhamento pedagógico de crianças e
adolescentes em situação de internamento hospitalar; e compreender o processo humanização
no ensino e aprendizagem nesse espaço tão peculiar.
A atuação do pedagogo não se restringe apenas ao ambiente escolar e, portanto, faz-se
necessário que este profissional atue em outros ambientes e conquiste novos espaços. A atuação
do profissional pedagogo e as mediações pedagógicas realizadas em especial no
acompanhamento pedagógico de crianças e adolescentes em situação de internamento
hospitalar ou tratamento se saúde, são algumas das funções do professor/pedagogo, que por
meio de sua atuação e contribuição contribui para o aprendizado daqueles que estão
impossibilitados de frequentar a instituição escolar devido ao seu estado de enfermidade.
Partindo do princípio de que a educação está presente em toda parte e que a escola não
é o único espaço para que ela aconteça, a pedagogia traz consigo o cuidado com a criança, a
atenção à infância, sendo assim, constata-se que os pedagogos, cada vez mais recorre a
ocupação dos espaços não escolares. Um desses novos campos de atuação do professor ocorre
nos hospitais, pela necessidade de se atender os educandos que estão hospitalizados ou em
tratamento de saúde durante o período de escolarização.
As práticas pedagógicas realizadas na classe hospitalar3 junto às crianças e adolescentes,
acometidos de enfermidades e afastadas do ambiente escolar em vista da sua patologia, a classe
hospitalar fica responsável por intermediar a criança e ao adolescente com a escola, nesse
período de hospitalização, ajudando no acompanhamento pedagógico durante essa etapa.
O professor é agente articulador na qualidade de vida as crianças e adolescentes
hospitalizados. Pois, neste momento eles encontram-se fragilizados, e não precisam somente de
cuidados físicos, mas também de atenção as suas necessidades emocionais, afetivas e sociais.
Sua função é resgatar o brincar e a alegria de viver dessas crianças e adolescentes
hospitalizados, ajudando-os a compreender a necessidade de hospitalização, tornando menos
doloridos os procedimentos utilizados em seu tratamento, auxiliando ainda, na recuperação da
autoestima e equilíbrio, diante de um ambiente indesejado, porém, necessário, como é o
hospital, atitudes tais que podem significar a melhoria do quadro clinico desses internos.
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É preciso tornar claro que por Classe Hospitalar nesse texto entendemos como sendo o “espaço” locus de
aprendizagem. Um ambiente com características de uma sala de aula dentro do hospital.
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Sendo assim, com atuação dos professores diminui-se o prejuízo que teriam em
seus conhecimentos, e motiva-os a seguir, valorizando a integrado a sociedade, através das
atividades escolares e a convivência com outros que se encontram também em estado de
enfermidade, internados.
De acordo com a mesma autora Esteves (2008, p. 4), “a filosofia da pedagogia
humanística defende o direito de toda criança e adolescente à cidadania, e o respeito às pessoas
com necessidades educacionais especiais e no direito de cada um ter oportunidades iguais. ”
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O termo Pedagogia Hospitalar é entendido como sendo uma modalidade de educação que atende a estudantes
no ambiente hospitalar.
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Acontece por meio de variadas atividades lúdicas e recreativas como a arte de contar
histórias, brincadeiras, jogos, dramatização e a continuação dos estudos no hospital.
A sistemática do trabalho de Pedagogia hospitalar dependerá da instituição, ou seja,
da disponibilidade do espaço físico oferecido pelo hospital. Se o professor tem uma
experiência de escola, sabe até onde pode ir com a recreação e a partir de onde deve
desenvolver um trabalho de cunho mais educacional. É isso que marca o papel do
professor no hospital: trazer a educação para tudo, aproveitando qualquer motivo,
qualquer movimento da criança, desde a hora das rotinas hospitalares, como o almoço,
o café da manhã, a visita, até a hora de a criança fazer um exame ou ir ao banheiro.
Tudo isso pode ser pedagógico, e é isso que marca o trabalho do professor no hospital.
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Diante disso, deve prevalecer a unidade de todos os envolvidos no processo e uma ação
conjunta de profissionais pedagogos, classe hospitalar e equipe da instituição hospitalar para
promover o desenvolvimento adequado.
De acordo com Matos e Mugiatti (2009, p.116):
Tal condição requer um fazer e um agir que não devem estar vinculados a processos
estanques, deixando o educador livre para desenvolver e criticar a sua ação
pedagógica, a fim de fazê-la reflexiva e transformadora da realidade que envolve o
escolar atendido em contexto hospitalar.
Não se trata de adaptar o modelo escolar ao hospital, mas de produzir modelos de ação
pedagógicas que respondam às peculiaridades do espaço hospitalar, de cada hospital,
e da situação existencial da criança concreta, aquela diante de nós com todas as suas
circunstâncias de vida.
Não podemos apenas utilizar das mesmas estratégias utilizadas em sala de aula
regular, isso não é possível por suas peculiaridades, que exige do professor uma
postura de trabalho flexível e que seja capaz de lidar diariamente com a diversidade,
que seja capaz de avaliar em curto prazo, se o escolar naquele momento (independente
de sua idade) apresenta condições físicas, psicologias para participar das atividades
pedagógicas educacionais promovidas pelo professor, respeitando, assim, o tempo de
aprendizagem de cada indivíduo.
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Considerações Finais
REFERÊNCIAS
TAAM, Regina. Pelas trilhas da emoção: A educação no espaço da saúde. Maringá: Eduem,
2004.