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DICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL

Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff)


“Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana)

60 DICAS MATADORAS DICA 02


DE DIREITO CONSTITUCIONAL (Teoria Geral da Constituição)
(Instagram: @marciliosff)
BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE: Com a EC
“Sonhar é acordar-se para dentro” 45/2004, foi incluído o §3º, art. 5º, da CF/88, através
(Mário Quintana) do qual: “Os tratados e convenções internacionais sobre
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
Queridos amigos e futuros colegas de profissão,
É CHEGADA A HORA!
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes
às emendas constitucionais”.
Passados cerca de dois meses, vocês se esforçaram e ATENÇÃO: Com esse dispositivo, as normas
se dedicaram, renunciaram a prazeres da vida para atingir constitucionais NÃO SÃO APENAS aquelas constantes
esse sonho. da Constituição propriamente dita (documento único),
mas também de tratados internacionais recepcionados
Vocês estão aqui e podem conseguir esse objetivo, com o mesmo quórum das Emendas Constitucionais.
basta acreditar no seu projeto de vida. Esse somatório (Constituição + tratados recepcionados
na forma acima) é o que a doutrina denomina de
Como sempre disse a vocês, o segredo da aprovação é
BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE.
uma boa revisão. Logo, preparei algumas dicas especiais,
querendo ajudar vocês ao máximo.
DICA 03
(Teoria Geral da Constituição)
Lembrem-se de que esse objetivo é seu e que você se
preparou para isso. Não há concorrentes, não há qualquer
SUPRALEGALIDADE DE TRATADOS SOBRE DIREITOS
obstáculo além de você. Basta ter confiança e acreditar, que a HUMANOS NÃO INCORPORADOS NO RITO DO ART.
aprovação com certeza virá!
5º, §3º, DA CF: Os tratados sobre direitos humanos
não incorporados de acordo com o rito do art. 5º, §3º
Vamos juntos!
da CF/88 possuem natureza SUPRALEGAL, estando
Prof. Marcílio Ferreira Filho abaixo da Constituição, mas acima da Lei. (ADI 5240)
Exemplo: Tratado que proibição do depositário infiel não
NÃO DEIXE DE SEGUIR O NOSSO INSTAGRAM E ENVIAR foi incorporado com o rito do art. 5º, §3º da CF/88.
FEEDBACK SOBRE O NOSSO MATERIAL Porém, o STF reconheceu que ele possui caráter de
Insta: @marciliosff
E-mail: contato@marcilioferreira.com supralegalidade, ou seja, está acima das leis, mas
abaixo da Constituição.
DICA 01
(Classificação da Constituições) DICA 04
(Aplicabilidade das normas constitucionais)
QUANTO À ALTERABILIDADE: As constituições
possuem diversas classificações. Entre elas, a EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS: A
classificação mais cobrada é quanto à ALTERABILIDADE classificação das normas constitucionais de acordo
(alteração da CF). com a sua eficácia se divide em:
Nessa classificação, as Constituições podem ser:
PLENA não dependem de regulamentação para ter
RÍGIDAS eficácia, bem como não podem ser
Para alteração da Constituição, exige-se
restringidas. A sua eficácia inicia e
um processo mais rígido que as
permanece plena. (ex: direito à vida)
normas infraconstitucionais
FLEXÍVEIS A Constituição possui mesmo processo CONTIDA nascem com eficácia total, porém podem
de alteração de uma norma
ser “contidas” com uma regulamentação
infraconstitucional
posterior. (ex: liberdade profissional, pode
SEMIRRÍGIDAS Mescla das rígidas e flexíveis. Algumas ser restringida por uma lei que regulamente
(semiflexíveis) normas são de natureza rígida, a profissão).
enquanto outras de natureza flexível.
(Constituição Imperial de 1824) LIMITADA iniciam sem eficácia, dependendo de uma
IMUTÁVEIS Não são passíveis de alteração regulamentação posterior para ter
(permanentes,
aplicabilidade. (ex: direito de greve dos
graníticas ou
servidores públicos).
intocáveis):
SUPERRÍGIDAS Além de possuir um processo de
ATENÇÃO1: As normas de eficácia limitada, caso não
alteração rígido, existem normas que
são imutáveis (ex: cláusulas pétreas) sejam regulamentadas, permitem a impetração do
MANDADO DE INJUNÇÃO ou da Ação Declaratória de
Inconstitucionalidade por Omissão (ADO).

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ATENÇÃO2: Muito embora as normas de eficácia DICA 07


limitada iniciem sem eficácia inicial, pode-se afirmar que (Poder Constituinte)
elas possuem uma eficácia mínima. Sãos os EFEITOS
REVOGADOR e INIBIDOR. PODER CONSTITUINTE DECORRENTE E LIMITAÇÕES
À AUTO-ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS: O Poder
EFEITO REVOGADOR Revoga as disposições Constituinte Decorrente é aquele exercido pelos
contrárias a ela. Estados e pelo DF, sendo limitados e condicionados ao
EFEITO INIBIDOR Inibe a elaboração de leis cumprimento da Constituição Federal.
contrárias a ela. Esses poderes são submetidos aos limites
constitucionais, que são dividos em categoria de
DICA 05 PRINCÍPIOS. São eles:
(Teoria Geral da Constituição)
Princípios Essência da Art. 34, VIII da CF:
ELEMENTOS DAS CONSTITUIÇÕES: As Constituições constitucionais organização hipóteses
podem ser divididos de acordo com seus elementos, sensíveis constitucional SENSÍVEIS, que
que são: federativa admitem
intervenção
Princípios Normas Normas sobre
Elementos Normas que regulam a estrutura constitucionais organizatórias da processo
orgânicos do Estado e do Poder (Ex: Título III extensíveis União que se legislativo que
– Da Organização do Estado); estendem aos tratam da União,
Elementos elenco de direitos e garantias Estados, por mas são
limitativos fundamentais, limitando a atuação previsão EXTENSÍVEIS aos
dos poderes estatais (Ex: Título II – constitucional Estado
Dos direitos e garantias expressa ou
fundamentais); implícita;
Princípios Rstringem a Normas já
Elementos revelam a ideologia de Estado ESTABELECIDAS
constitucionais capacidade
socioideológicos Social, intervencionista (Ex: Título II estabelecidos na Constituição
organizatória dos
– Dos Direitos Sociais); Estados de sobre Estados e
Elementos de Objetivam solução de conflitos maneira direta no DF
estabilização constitucionais, defesa da Texto
constitucional Constituição, do Estado e das Constitucional.
instituições democráticas (Ex:
Título V – Da Defesa do Estado e ATENÇÃO: Não existe Poder Constituinte no âmbito
das Instituições Democráticas); dos Municípios.
Elementos Regras de aplicação da própria
formais de constituição (ex: ADCT). DICA 08
aplicabilidade (Poder Constituinte)

DICA 06 O poder constituinte DERIVADO é sujeito a limites. São


(Poder Constituinte) eles:
TEMPORAIS Apesar de referidas pela doutrina,
ESPÉCIES PODER CONSTITUINTE: O Poder não existem na Constituição de
Constituinte se divide em ORIGINÁRIO e DERIVADO. O 1988. Dizem respeito a períodos
originário é aquele que edita pela primeira vez a determinados em que não é possível
Constituição, sendo ilimitado, absoluto, incondicionado a mudança do texto constitucional
MATERIAIS Correspondem às cláusulas pétreas
etc. O derivado, por outro lado, é aquele que é instituído
(art. 60, §4º), que vedam a emenda
pelo originário, sendo dele decorrente. constitucional em certos assuntos.
O DERIVADO pode ser: Para que uma emenda seja
considerada inconstitucional nesta
seara, deverá tentar abolir o núcleo
REFORMADOR Aquele que altera a Constituição essencial das cláusulas pétreas.
através de Emenda; CIRCUNSTANCIAIS São limitações que impedem a
REVISOR Aquele previsto no art. 3º da ADCT mudança do Texto Constitucional em
(norma de eficácia exaurida) situações específicas vivenciadas no
Estado. É o caso do art. 60, §1º, da
DECORRENTE Aquele que é exercido pelos CF/88, ao dispor que “a
Estados e pelo DF no exercício de Constituição não poderá ser
competência estadual. emendada na vigência de
intervenção federal, de estado de
defesa ou de estado de sítio.

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FORMAIS São limites previstos no Texto ATENÇÃO: Não é admitido no Brasil, exceto quando a
Constitucional, que exigem um própria Constituição nova assim o prevê.
processo legislativo formal e com
requisitos bem definidos para DICA 12
aprovação das emendas. Podem ser (Preâmbulo constitucional)
subjetivas (referentes à iniciativa –
ex: art. 60, caput) e objetivas PREÂMBULO CONSTITUCIONAL NÃO É NORMA
(requisitos de aprovação – ex: art. JURÍDICA: Segundo entendimento do STF, o preâmbulo
60, §2º). Estas limitações serão constitucional não é considerado como norma e não
melhor estudadas quando da análise
pode servir como paradigma para fins de controle de
do processo legislativo
constitucionalidade.
DICA 09 ATENÇÃO: "Preâmbulo da Constituição: não constitui
(Poder Constituinte) norma central. Invocação da proteção de Deus: não se
trata de norma de reprodução obrigatória na
DIREITO ADQUIRIDO EM FACE DE UMA NOVA Constituição estadual, não tendo força normativa." (ADI
CONSTITUIÇÃO (CONSTITUINTE ORIGINÁRIO): O 2.076)
Poder Constiuinte Originário é absoluto e, portanto,
não é possível alegar direito adquirido em face de uma DICA 13
nova Constituição. (Fundamentos e Objetivos)
Contudo, em face de Emenda à Constituição
(Constituinte Reformador), esse poder é limitado e o FUNDAMENTOS X OBJETIVOS: Os fundamentos da
direito adquirido poderá ser arguido. República se diferenciam dos objetivos.
FUNDAMENTOS Sempre palavras soltas:
(art. 1º) SO + CI + DI + VA + PLU
Poder Constituinte Não pode alegar direito
Originário Soberania
adquirido Cidadania
(nova CF) - ilimitado
Poder Constituinte Dignidade da pessoa humana
Pode sim alegar direito
Reformador valores sociais do trabalho e da livre
adquirido iniciativa
(uma EC) - limitado
pluralismo político.
OBJETIVOS Sempre verbos no infinitivo
DICA 10
(art. 3º) I - construir uma sociedade livre,
(Direito intertemporal)
justa e solidária;
DIFERENÇA ENTRE REPRISTINAÇÃO E EFEITO II - garantir o desenvolvimento
REPRISTINATÓRIO: nacional;
III - erradicar a pobreza e a
Repristinação marginalização e reduzir as
3 normas Lei “C” revoga Lei “B”. Porém,
desigualdades sociais e regionais;
a Lei “B” é revogada pela Lei
IV - promover o bem de todos, sem
“A”. Nesse caso, a Lei “C” só preconceitos de origem, raça, sexo,
voltar a ter vigência, caso a Lei cor, idade e quaisquer outras formas
“A” assim determine de discriminação.
Efeito 2 normas Lei “A” é revogada pela Lei “B”.
repristinatório Porém, a Lei “B” é declarada DICA 14
inconstitucional pelo STF. (Direitos fundamentais)
Nesse caso, volta a vigorar
automaticamente a Lei “A”, Os direitos fundamentais se dividem em três gerações,
exceto se o STF disser de acordo com as conquistas históricas que
diferente consolidaram esses direitos. Se tiver dúvida na prova,
faça comparação com o lema francês: liberdade,
DICA 11
(Direito intertemporal) igualdade e fraternidade.

TEORIA DA DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO: Trata-se de 1ª GERAÇÃO Direitos individuais


uma teoria que diz respeito à relação intertemporal (liberdade/propriedade)
entre uma Constituição NOVA e a Constituição ANTIGA. 2ª GERAÇÃO Direitos sociais (saúde, educação,
Exemplo: Constituição nova é editada. A Constituiçãõ trabalho, previdência, habitação etc.)
antiga se torna lei infraconstitucional? 3ª GERAÇÃO Direitos transindividuais (meio
Conceito da teoria: Parte da Constituição anterior ambiente, desenvolvimento,
compatível com a nova seria recepcionada pela nova qualidade de vida, direitos do
com status de lei. consumidor etc.)

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DICA 15 LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o


(Direitos fundamentais) naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em
EFICÁCIA HORIZONTAL X VERTICAL: O entendimento tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma
atual é de que as normas sobre direitos fundamentais da lei;
se aplicam a todas as relações jurídicas, sejam elas de LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens
direito público (relação vertical), seja de direito privado sem o devido processo legal;
(relação horizontal). LV - aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são
Vertical Estado x Como o Estado goza de assegurados o contraditório e ampla defesa, com os
Particular prerrogativas, fala-se em meios e recursos a ela inerentes;
relação vertical. Devem-se LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
observar as regras de processuais quando a defesa da intimidade ou o
direitos fundamentais interesse social o exigirem;
Horizontal Particular Como são iguais, fala-se em
x relação jurídica horizontal. DICA 17
Particular Devem-se observar as (Remédios constitucionais)
regras de direitos
fundamentais. CABIMENTO - MANDADO DE SEGURANÇA: O
mandado de segurança pode ser individual ou coletivo, e
ATENÇÃO: Fala-se também em relação jurídica só cabe quando houver DIREITO LÍQUIDO E CERTO, que
DIAGONAL, sob a qual também incidem os direitos significa o direito que pode ser comprovado
fundamentais. As relações jurídicas diagonais seriam DOCUMENTALMENTE.
aquelas em que a relação é PRIVADA, porém existe ATENÇÃO: Controvérsia sobre matéria de direito não
uma desproporção entre os poderes das partes (ex: impede concessão de Mandado de Segurança. (Súmula
direito trabalhista, direito do consumidor. STF 625)
ATENÇÃO2: Na ação de Mandado de Segurança não se
DICA 16 admite condenação em honorários advocatícios.
(Direitos Fundamentais) (Súmula STJ 105)
ATENÇÃO3: O prazo para impetração do Mandado de
ARTIGO 5º: Principais dispositivos do art. 5º em provas Segurança é DECADENCIAL de 120 dias. No entanto,
objetivas: quando ele é PREVENTIVO, não há prazo, já que ainda
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela não ocorreu a lesão!
podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para DICA 18
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação (Remédios Constitucionais)
judicial;
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO: Conforme art.
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
5º, LXX, o mandado de segurança coletivo pode ser
comunicações telegráficas, de dados e das
impetrado por: “a) partido político com representação
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por
no Congresso Nacional; e b) organização sindical,
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
entidade de classe ou associação legalmente
estabelecer para fins de investigação criminal ou
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano,
instrução processual penal;
em defesa dos interesses de seus membros ou
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas,
associados;”
em locais abertos ao público, independentemente de
ATENÇÃO: Existem duas súmulas muito cobradas em
autorização, desde que não frustrem outra reunião
prova em relação ao mandado de segurança coletivo:
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo
Súmula STF 630: A entidade de classe tem legitimação
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
para o Mandado de Segurança ainda quando a
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos
pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da
informações de seu interesse particular, ou de
respectiva categoria.
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
Súmula STF 629: A impetração de Mandado de
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
Segurança coletivo por entidade de classe em favor dos
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
associados independe da autorização destes.
sociedade e do Estado;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder DICA 19
Judiciário lesão ou ameaça a direito; (Remédios Constitucionais)
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada;

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HABEAS DATA: O habeas data pode ser utilizado para ATENÇÃO: A mutação constitucional é diferente da
3 (três) hipóteses relacionadas à informação: ACESSO, declaração de inconstitucionalidade ou da alteração
RETIFICAÇÃO e ANOTAÇÃO. do texto constitucional. Nela, apenas altera-se a
CUIDADO! A anotação não está prevista na CF, mas sim interpretação acerca de uma norma, sem modificar o
na Lei 9.507, art. 7º, III. seu conteúdo ou sem declarar a inconstitucionalidade.
CUIDADO2: O habeas data só pode ser impetrado se
houver RECUSA ou OMISSÃO em relação ao pedido DICA 23
administrativo do impetrante. (Controle de constitucionalidade)
Súmula 02-STJ: “Não cabe o ‘habeas data’ (CF/88,
art. 5º, LXXII, ‘a’) se não houve recusa de informações EFEITO AMBIVALENTE DAS DECISÕES EM SEDE DE
por parte da autoridade administrativa”. ADI: A decisão proferida em ADI, caso julgue pela
CUIDADO3: Não cabe habeas data em relação a constitucionalidade, terá efeitos abstratos (vinculante,
informações de TERCEIROS, a não ser na hipótese de erga omnes) de uma declaração de constitucionalidade.
sucessores do falecido, segundo jurisprudência do STJ. A mesma coisa ocorre em relação à ADC. Ou seja, há
uma ambivalência entre ADI e ADC.
DICA 20 ATENÇÃO: No caso de medida cautelar em ADI, o
(Remédios Constitucionais) indeferimento não importa em efeito ambivalente.

CABIMENTO - MANDADO DE INJUNÇÃO: O mandado DICA 24


de injunção é utilizado quando houver OMISSÃO (Controle de constitucionalidade)
LEGISLATIVA que torne inviável o exercício de norma
constitucional. DEFESA DA LEI EM ADI PELO AGU: Nas ADI`s, o
O STF adota, como regra, a teoria concretista, segundo Advogado-Geral da União (AGU) será citado para
a qual as omissões devem ser resolvidas defender a lei impugnada. Há exceções à essa
concretamente pelo Poder Judiciário, não ficando previsão? Ou seja, existem hipóteses em que ele poderá
restrito à mera notificação ao Poder Legislativo acerca deixar de fazer a defesa da constitucionalidade da Lei?
da sua mora. A nova lei do MI (Lei 13.300) consolidou Sim! Segundo entendimento do STF, o AGU não
tal entendimento no art. 8: precisa se pronunciar pela constitucionalidade da lei
questionada quando:
Art. 8. Reconhecido o estado de mora legislativa, será
a) quando já́ há entendimento do STF;
deferida a injunção para:
b) quando manifestamente contrário aos interesses
I - determinar prazo razoável para que o impetrado
da União.
promova a edição da norma regulamentadora;
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício DICA 25
dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas (Controle de constitucionalidade)
reclamados ou, se for o caso, as condições em que
poderá o interessado promover ação própria visando a CONTROLE PREVENTIVO DE CONSTITUCIONALIDADE
exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no NA VIA JUDICIAL: Sabe-se que o controle de
prazo determinado. constitucionalidade pode ser PREVENTIVO (antes da
ATENÇÃO: A nova lei também passou a prever promulgação da lei ou ato normativo) ou REPRESSIVO
expressamente a possibilidade de Mandado de Injunção (após a promulgação).
COLETIVO (art. 12). O controle de constitucionalidade preventivo pode
ocorrer na via JUDICIAL?
DICA 21 Admite-se apenas através de MS protocolado por
(Remédios Constitucionais) Parlamentar, nos casos de
(a) vício no processo legislativo;
LEGITIMIDADE - AÇÃO POPULAR: A ação popular (b) projeto tendente à abolição de cláusula pétrea.
serve para impugnar atos lesivos ao interesse público e
só pode ser ajuizada por CIDADÃO, que deverá DICA 26
comprovar essa qualidade por meio do título de eleitor. (Controle de constitucionalidade)
Súmula 365-STF: “Pessoa jurídica não tem
legitimidade para propor ação popular”. CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO: “Somente
pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
DICA 22 membros do respectivo órgão especial poderão os
(Interpretação/Hermenêutica constitucional) tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público” (CF, art. 97).
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL: É a mudança na ATENÇÃO: Essa cláusula determina que a declaração
interpretação de uma mesma norma constitucional de inconstitucionalidade ou ato normativo do Poder
com o passar do tempo, sem alteração do seu Público, no âmbito dos Tribunais, não pode ocorrer por
conteúdo. (evita a petrificação do direito). órgão fracionário (ex: 1ª Câmara Cível), devendo ser

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decidido pelo Plenário ou órgão especial, instaurando nos tribunais, por exemplo, quando vários juízes vêm
um incidente específico para isso. declarando a sua inconstitucionalidade.
*Conferir art. 948 do CPC.
CUIDADO! A cláusula de reserva de plenário não se DICA 29
aplica às hipóteses de: (Controle de constitucionalidade)
(1) quando já houver decisão do próprio tribunal ou do
STF sobre a matéria; EFEITOS DA DECISÃO PROFERIDA EM CONTROLE
(2) declaração de não recepção; ABSTRATO (cautelar x mérito):
(3) interpretação conforme a constituição;
(4) declaração de constitucionalidade. Decisão de Efeitos ex tunc (exceto se houver
mérito modulação), vinculante, erga mones.
DICA 27 Decisão Efeitos ex nunc (exceto se houver
(Controle de constitucionalidade) cautelar modulação), vinculante, erga mones.
LEGITIMADOS PARA ADI (CF, art. 103):
Macete: para facilitar a memorização, eles são divididos ATENÇÃO: Nas duas hipóteses, admite-se a modulação
em 3 (três) grupos: 1) mesas; 2) pessoas/autoridades; de efeitos temporais da decisão.
e 3) instituições/entidades. Cada grupo possui 3 (três)
integrantes. Desses 3 (três integrantes), o "mais fraco", DICA 30
(Controle de constitucionalidade)
o "menos importante", de cada grupo é legitimado
especial (exige pertinência temática), sendo, portanto, 3 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO
(três) os legitimados especiais. Os demais são TRIBUNAL DE JUSTIÇA: O controle de
legitimados universais (não exigem pertinência constitucionalidade em caráter abstrato também pode
temática). Abaixo, sublinhados e em negrito, estão os acontecer no âmbito do Tribunal de Justiça (TJ),
legitimados especiais. conforme art. 125, §2º.
1) 3 Mesas: ATENÇÃO: Os legitimados da ADI-Estadual NÃO
1.1) Mesa do Senado Federal (inciso II); PRECISAM ser os mesmos da ADI-Federal, sendo
1.2) Mesa da Câmara dos Deputados (inciso III); vedado apenas a atribuição de legitimidade para agir a
1.3) Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara um único órgão.
Legislativa do DF (inciso IV).
DICA 31
2) 3 Pessoas/autoridades: (Controle de constitucionalidade)
2.1) Pres. da República (inciso I);
2.2) PGR (inciso VI); CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
2.3) Governador do Estado ou do DF (inciso V); SIMULTÂNEO (STF X TJ):
Do que se trata?
3) 3 Instituições: Ocorre quando forem propostas duas ADI’s (STF e TJ),
3.1) Conselho Federal da OAB (inciso VII); tendo como parâmetro norma de reprodução
3.2) Partido político com representação no CN (inciso obrigatória da CE diante da CF. Nesse caso, suspende-
VIII); se o curso da ADI-Estadual até o julgamento pelo STF.
3.3) Confederação sindical ou entidade de classe de Com o julgamento pelo STF da ADI, duas coisas podem
âmbito nacional (inciso IX). ocorrer:

ATENÇÃO: Os legitimados da ADI são os mesmos da Se o STF julgar A ADI-Estadual perde o objeto
PROCEDENTE
ADO, ADC e ADPF.
Se o STF julgar a ADI- Estadual tem continuidade, pois
DICA 28 IMPROCEDENTE pode haver declaração de
(Controle de constitucionalidade) inconstitucionalidade com base em
outro parâmetro da CE.
CONTROVÉRSIA JUDICIAL RELEVANTE NA ADC: A
ADC tem por requisito a comprovação de controvérsia
DICA 32
judicial relevante. (Controle de constitucionalidade)
Justificativa: Não se pode querer a declaração de
constitucionalidade de qualquer norma, pois as leis já CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE: No Brasil,
gozam de presunção de constitucionalidade. Assim, não existe constitucionalidade OU inconstitucionalidade
exige-se que, para uma lei ser objeto de ADC, haja uma superveniente. A compatibilidade de uma norma com a
controvérsia judicial relevante. Constituição é inferida a partir do momento em que ela
Conceito: A controvérsia judicial relevante é a ingressa no ordenamento jurídico.
comprovação de que a norma está sendo controvertida ATENÇÃO: Se a norma é constitucional e fica
incompatível com futura EC, será ela revogada. Se a

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norma era inconstitucional e passa a ser compatível VII – partido político com representação no Congresso
com uma futura EC, continuará sendo inconstitucional. Nacional;
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de
DICA 33 âmbito nacional;
(Controle de constitucionalidade) IX – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara
Legislativa do Distrito Federal;
INEXISTÊNCIA DE HIERARQUIA ENTRE NORMAS
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
CONSTITUCIONAIS ORIGINÁRIAS: Não existe
XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de
hierarquia entre normas formalmente constitucionais,
Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais
independentemente do seu conteúdo. Assim, não é
Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho,
cabível falar em inconstitucionalidade de norma
os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais
originária.
Militares.
ATENÇÃO: Apesar disso, é possível falar em
§ 1º O Município poderá propor, incidentalmente ao
inconstitucionalidade de uma Emenda Constitucional,
curso de processo em que seja parte, a edição, a
caso esta viola normas formal ou materialmente a CF.
revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula
DICA 34 vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo.
(Controle de constitucionalidade) ATENÇÃO: Em caso de violação à súmula vinculante,
cabe a apresentação de RECLAMAÇÃO
ADI POR PARTIDO POLÍTICO E PERDA DE CONSTITUCIONAL diretamente no STF.
REPRESENTAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL:
“a aferição da legitimidade deve ser feita no momento DICA 37
(Organização política)
da propositura da ação e que a perda superveniente de
representação do partido político no Congresso CRIAÇÃO DE UM NOVO ESTADO: “Os Estados podem
Nacional não o desqualifica como legitimado ativo para incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se
a ação direta de inconstitucionalidade”. (ADI 2159 para se anexarem a outros, ou formarem novos
AgR/DF) Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da
ATENÇÃO: Para que uma ADI seja proposta por um população diretamente interessada, através de
partido político, basta que ele tenha representação no plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
Congresso Nacional, mesmo que seja apenas 1 complementar.” (CF, art. 18, §3o)
representante. Nesses casos, se ele perder o Requisitos:
representante ao longo do curso de uma ADI, esta (a) Plebiscito (todos os afetados participarão)
continuará tramitando normalmente. (b) Lei complementar do Congresso Nacional
DICA 35 DICA 38
(Intervenção federal) (Organização política)
INTERVENÇÃO UNIÃO-MUNICÍPIO: A União somente CRIAÇÃO DE UM NOVO MUNICÍPIO: “A criação, a
pode intervir nos Estados-membros e no DF, enquanto incorporação, a fusão e o desmembramento de
os Estados somente poderão intervir nos Municípios Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período
integrantes de seu território. A exceção é a União determinado por Lei Complementar Federal, e
intervir nos municípios existentes dentro de Território
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às
Federal (art. 35, caput da CF).
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
DICA 36 dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
(Súmula vinculante) publicados na forma da lei”. (CF, art. 18, §4o).
Requisitos:
LEGITIMADOS PARA PROPOR SÚMULA (a) Lei estadual
VINCULANTE: Os legitimados para propor a edição, a (b) Lei Complementar Federal estabelecendo o
revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula período em que pode ocorrer
vinculante NÃO SÃO OS MESMOS DA ADI. O rol de (c) Divulgação de Estudos de Viabilidade
Municipal apresentados e publicados
legitimados é MAIOR. Confira o art. 3º da Lei 11.417: (d) Plebiscito (todos os afetados participarão)
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal; DICA 39
III – a Mesa da Câmara dos Deputados; (Poder Legislativo)
IV – o Procurador-Geral da República;
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do IMUNIDADE DOS PARLAMENTARES: A Constituição
Brasil; estabelece normas destinadas aos Parlamentares para
VI - o Defensor Público-Geral da União; proteção da função por eles exercida. Fala-se em
IMUNIDADES materiais e formais.

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DICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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“Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana)

1. IMUNIDADES MATERIAIS: Diz respeito ao DIREITO (e) decretar prisão preventiva;


MATERIAL, ou seja, à impossibilidade de ser imputada (f) tomar decisões imotivadas
RESPONSABILIDADE civil ou penal ao deputado pelas (Informativo 162 do STF).
suas manifestações.
Art. 53, CF: Os Deputados e Senadores são invioláveis, DICA 41
civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, (Poder Legislativo)
palavras e votos.
ATENÇÃO: Os vereadores só possuem imunidade na TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO: O TCU é um órgão
circunscrição (município) onde atuam e não possuem auxiliar do Legislativo, mas é autônomo em relação a
imunidade formal. esse.
CUIDADO: O TCU não julga contas do Chefe do Poder
2. IMUNIDADES FORMAIS: Diz respeito ao DIREITO Executivo, mas sim o Congresso Nacional. O TCU
PROCESSUAL, ou seja, à impossibilidade de ser apenas emite PARECER.
denunciado. No caso dos deputados, essa A mesma sistemática se aplica no âmbito Estadual e
responsabilidade não é absoluta. Municipal.
*Conferir §2, 3, 4 e 5 do art. 53 da CF:
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do DICA 42
(Poder Legislativo)
Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em
flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos ESPÉCIES DE DELEGAÇÃO - LEI DELEGADA: A Lei
serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa Delegada é prevista na Constituição Federal, porém
respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus existem duas espécies de delegação
membros, resolva sobre a prisão. constitucionalmente previstas:
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou
Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Delegação típica Congresso delega ao Chefe do
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa Executivo, sem necessidade de
respectiva, que, por iniciativa de partido político nela retorno para análise
representado e pelo voto da maioria de seus membros,
poderá, até a decisão final, sustar o andamento da Delegação atípica Congresso delega ao Chefe do
ação. Executivo, mas volta ao
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa Congresso para análise, em
respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco votação única, vedada qualquer
dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. emenda (CF, art. 68, §3o).
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição,
enquanto durar o mandato.
DICA 43
DICA 40 (Poder Legislativo)
(Poder Legislativo)
INEXISTÊNCIA DE HIERARQUIA ENTRE L.O. E L.C.: O
PODERES DA CPI: As Comissões Parlamentares de STF entende que não há hierarquia entre L.O. e L.C.,
Inquérito (CPI) possuem apenas a finalidade de mas sim mera divisão de competências pela CF/88.
INVESTIGAR fatos (poderes típicos de autoridade Assim, pode uma L.O. revogar o dispositivo de uma
judicial), não podendo punir. As suas conclusões devem L.C., caso este não seja de competência exclusiva de
ser encaminhadas aos órgãos de controle, como o uma L.C.
Ministério Público. Quais os poderes da CPI? ATENÇÃO: A diferença entre LO e LC está no quórum
de aprovação. A LO é aprovada por maioria simples
PODE (a) convocar autoridades, sob pena de (maioria dos presentes), enquanto que a LC é aprovada
crime de responsabilidade; por maioria absoluta (maioria dos membros).
(b) quebra de sigilo bancário, fiscal e Entretanto, NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE LO E LC.
telefônico;
DICA 44
(Poder legislativo)
NÃO PODE (a) interceptação telefônica;
(b) decretar indisponibilidade de bens. PRERROGATIVA DE FORO E PERDA DO MANDATO:
Não pode mandar prender (salvo em Se um parlamentar possui foro especial (ex: deve ser
flagrante); julgado no STF), a perda do mandato reflete no
(c) determinar medidas processuais de julgamento de processos em curso?
garantia, tais como: sequestro e Ex: Um parlamentar foi denunciado no STF pelo
indisponibilidade de bens (Informativo cometimento de um crime, porém, no curso do
158 do STF); processo, renunciou ou perdeu o mandato. Qual a
(d) impedir que pessoa deixe o País; consequência?

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A perda do mandato reflete na perda da prerrogativa de Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da
foro, exceto: República, por dois terços da Câmara dos Deputados,
(a) quando já iniciado o julgamento; será ele submetido a julgamento perante o Supremo
(b) quando houver claro intuito de fraudar a Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou
competência da Corte. perante o Senado Federal, nos crimes de
responsabilidade.
DICA 45 § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
(Processo legislativo) I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia
ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
VEDAÇÃO MATERIAL À EDIÇÃO DE MEDIDA
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração
PROVISÓRIA: Existem matérias em que é vedada a do processo pelo Senado Federal.
edição de medidas provisórias. Essas limitações são § 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o
chamadas de limitações materiais à medida provisória. julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular
§ 1o É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
prosseguimento do processo.
I – relativa a:
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória,
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos
e direito eleitoral; nas infrações comuns, o Presidente da República não
b) direito penal, processual penal e processual civil; estará sujeito a prisão.
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a § 4º O Presidente da República, na vigência de seu
carreira e a garantia de seus membros; d) planos plurianuais, mandato, não pode ser responsabilizado por atos
diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e estranhos ao exercício de suas funções.
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3o;
II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança DICA 49
popular ou qualquer outro ativo financeiro; (Poder Executivo)
III – reservada a lei complementar;
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E PODER
Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da REGULAMENTAR: O Poder Público não pode criar
República. direitos e obrigações, se não mediante lei (princípio da
legalidade, conforme art. 5, II e 37, caput, da CF).
DICA 46 Os Decretos não podem inovar no ordenamento jurídico
(Processo legislativo) (decreto autônomo), mas apenas podem dar execução
a uma lei existente (decreto executivo).
PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE: “A matéria
constante de proposta de emenda rejeitada ou havida Decretos Art. 84, IV, Amplamente admitidos,
por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta executivos da CF apenas dão execução a uma
na mesma sessão legislativa” (CF, art. 60, §5º e 62, lei já existente, sem inovar
§10) (Não podem ser objeto de
ATENÇÃO: tal princípio é absoluto (não há exceção) ADI)
para EC e MP, mas não para LO, pois pode haver Decretos Não existe Viola o princípio da legalidade
reapresentação caso haja maioria absoluta de qualquer autoônomos como regra. e a CF diretamente.
das casas (CF, art. 67). Exceção: art. (Podem ser objeto de ADI)
84, VI, da CF.
DICA 47
(Processo legislativo) DICA 50
(Partidos Políticos)
TEORIA DA DUPLA REFORMA (dupla revisão): Trata-
FIDELIDADE PARTIDÁRIA: O Congresso Nacional é
se de uma teoria que permite, em um primeiro
dividido entre a Câmara dos Deputados e o Senado
momento, retirar da Constituição a proibição de
Federal, que adotam sistemas diferentes de votação.
abolição das cláusulas pétreas para, logo em seguida,
Na eleição para a Câmara dos Deputados, os votos vão
retirar os direitos propriamente ditos.
Essa hipótese não é aceita no Brasil!. para os partidos políticos (sistema proporcional).
Na eleição para o Senado Federal, os votos vão para os
DICA 48 candidatos (sistema majoritário).
(Poder Executivo) ATENÇÃO: Segundo entendimento do STF, a regra de
fidelidade partidária se aplica apenas à Câmara dos
RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA Deputados, uma vez que o mandato pertence ao
REPÚBLICA: Está muito na moda a responsabilidade do partido político (sistema majoritário).
Presidente da República, portanto é necessário Logo, o Senador poderá trocar de partido político sem
conhecer bem o art. 86 da CF, que trata do assunto: perder o cargo.

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DICA 51 INELEGIBILIDADE RELATIVA EM RAZÃO DO


(Direitos políticos) PARENTESCO (inelegibilidade reflexa):
CF art. 14, §7º: “São inelegíveis, no território de
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL: “A lei que jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra adoção, do Presidente da República, de Governador de
até um ano da data de sua vigência” (CF, art. 16) Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou
de quem os haja substituído dentro dos seis meses
DICA 52
(Direitos políticos) anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
eletivo e candidato à reeleição”
VERTICALIZAÇÃO DAS COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS: SV 18: “A dissolução da sociedade ou do vínculo
Tratava-se da exigência formulada pelo TSE no sentido conjugal, no curso do mandato, não afasta a
de que coligações ajustadas para determinado cargo inelegibilidade prevista no § 7o do artigo 14 da
(ex: Presidente da República) não poderiam formar Constituição Federal”.
outras coligações, com partidos diversos, para outros
DICA 55
cargos (ex: Governador).
(Poder Judiciário)
Tal exigência foi afastada expressamente no art. 17,
§1o (EC 52/06). GARANTIAS FUNCIONAIS DOS MAGISTRADOS: Os
Assim, atualmente, não há obrigatoriedade de magistrados possuem garantias funcionais, a fim de
verticalização das coligações partidárias. permitir o livre exercício de suas funções (CF, art. 95).
DICA 53 São elas:
(Direitos políticos)
VITALICIEDADE Após 2 anos, o juiz só poder
CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA X PASSIVA: A perder o cargo mediante
capacidade eleitoral se diferencia em ativa (possibilidade sentença judicial transitada em
julgado.
de votar) e passiva (capacidade de ser votado/eleito). INAMOVIBILIDADE Não podem ser removidos, salvo
por motivo de interesse público.
1. Capacidade eleitoral ativa: IRREDUTIBILIDADE DE O subsídio dos magistrados não
Obrigatória para: maiores de dezoito anos SUBSÍDIO pode ser reduzido, a não ser nas
Facultativa para: os analfabetos; os maiores de setenta hipóteses constitucionais
anos; e os maiores de dezesseis e menores de dezoito
anos. DICA 56
CUIDADO! Não podem alistar-se como eleitores os (Poder Judiciário)
estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos. COMPOSIÇÃO DO STF: O STF é composto de 11 (onze)
ministros, os quais NÃO PRECISAM SER FORMADOS
2. Capacidade eleitoral passiva: EM DIREITO!
Exige-se: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno Conforme art. 101, caput, os Ministros do STF são
exercício dos direitos políticos; III - o alistamento escolhidos “escolhidos dentre cidadãos com mais de
eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de
filiação partidária; VI - a idade mínima de: idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada”.
Eles “pelo serão nomeados pelo Presidente da
35 anos Presidente e República, depois de aprovada a escolha pela maioria
Vice-Presidente da República e absoluta do Senado Federal” (CF, art. 101, parágrafo
Senador. único).
30 anos Governador e
Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
21 anos
DICA 57
Deputado Federal,
Deputado Estadual ou Distrital,
(Poder Judiciário)
Prefeito,
Vice-Prefeito e QUINTO CONSTITUCIONAL: O quinto constitucional é
juiz de paz; uma parcela da composição dos Tribunais que é
18 anos Vereador composta obrigatoriamente por membros da advocacia
e do Ministério Público. Confira o art. 94 da CF:
ATENÇÃO: São inelegíveis os inalistáveis e os “Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais
analfabetos. Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito
Federal e Territórios será composto de membros, do
DICA 54
(Direitos políticos) Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e
de advogados de notório saber jurídico e de reputação

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ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade diretamente, sem necessidade de prévio esgotamento
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de da discussão no âmbito administrativo.
representação das respectivas classes. No entanto, a Constituição prevê uma exceção para o
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal caso de Justiça Desportiva:
formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, CF, Art. 217, § 1º O Poder Judiciário só admitirá
que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus ações relativas à disciplina e às competições
integrantes para nomeação.” desportivas após esgotarem-se as instâncias da
ATENÇÃO: No âmbito do STJ, não há quinto justiça desportiva, regulada em lei.
constitucional, mas sim terço! Veja o art. 104, ATENÇÃO: Fala-se em outras exceções que não são
parágrafo único, II, da CF/88. constitucionais, mas sim legais:
(a) Habeas Data: é necessária uma recusa ou
DICA 58 omissão da autoridade, conforme Súmula 02-
(Poder Judiciário) STJ;
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO (b) Reclamação constitucional em face de ato
GERAL DA MATÉRIA: O STF é o tribunal de cúpula do administrativo, conforme art. 7, §1 , da Lei
o

Poder Judiciário, tendo como função a proteção das 11.417/2006.


normas constitucionais. O art. 102, que trata da sua
competência, possui 3 (três) incisos, que estabelecem a
competência originária (inciso I), a competência
recursal para Recurso Ordinário (inciso II) e a
competência recursal para Recurso Extraordinário
(inciso III).
O Recurso Extraordinário serve para levar discussões
constitucionais ao STF, porém não é qualquer RE que
pode subir ao Supremo. Exige-se o requisito da
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA:
“No recurso extraordinário o recorrente deverá
demonstrar a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a
fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso,
somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois
terços de seus membros.” (CF, art. 102, p. 3).

DICA 59
(Poder Judiciário)
VEDAÇÕES AOS MAGISTRADOS: Aos magistrados, a
CF estabelece algumas vedações, a fim de assegurar o
livre exercício de suas funções. Vale a pena conhece-las:
Art. 95 [...]
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou
função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou
participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento
do cargo por aposentadoria ou exoneração.
ATENÇÃO: As vedações se aplicam aos magistrados,
mesmo que estes se encontrem em disponibilidade.

DICA 60
(PODER JUDICIÁRIO)

EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DE


JURISDIÇÃO: Como regra, qualquer lesão ou ameaça a
lesão a direito pode ser levada ao Poder Judiciário

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