OBJETIVOS DA LICITAÇÃO
CONCEITO DE LICITAÇÃO
PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO
A própria Lei de Licitações diz quem deve licitar, em seu art. 1º, Parágrafo
Único:
Art. 1o (...)Parágrafo Único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos
órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as
fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista
e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.
Em suma, onde estiver o dedo da Administração, controlando o uso de
recursos do patrimônio público, deverá estar presente o instituto da
licitação. Assim, impede-se o uso de pessoas interpostas, para evitar o uso
do procedimento expediente que já foi usado com freqüência.
Porém, cabe lembrar que as pessoas jurídicas criadas pelo Estado
para a exploração de atividade econômica não precisam licitar para o
exercício de sua atividade-fim. Assim, a Petrobrás não precisa licitar para
vender derivados de petróleo, assim como o Banco do Brasil não precisa
licitar para abertura de contas correntes. Porém, para as atividades-meio
(compra de equipamentos, contratação de serviços de terceiros, etc.) estão
obrigados a licitar.
O OBJETO DA LICITAÇÃO
Dispensa de licitação:
Inexigibilidade de licitação:
Observe que em todas essas hipóteses, a licitação não deve ser utilizada,
não porque isso contrarie algum interesse público. É que em todos esses
casos a competição não é viável e a licitação é um procedimento
competitivo.
O rol de hipóteses do art. 25 é meramente exemplificativo. É possível que,
na prática, o administrador se depare com outras situações em que a
competição seja inviável, e que todavia não estejam descritas no art. 25.
Para facilitar a compreensão das diferenças entre dispensa e inexigibilidade,
observe a seguinte tabela:
Vamos entendê-los:
Critério de maior lance ou oferta: Esse critério, como a própria lei já diz,
se aplica aos casos em que a Administração está alienando algum bem. Não
há outro critério possível nesses casos que o de melhor preço oferecido pelo
licitante comprador.
CRITÉRIOS DE DESEMPATE
Mas atenção: esse artigo foi editado antes da reforma do art. 171 da
Constituição, que até a Emenda Constitucional n.º 6, editada no ano de
1995, fazia a distinção entre empresas brasileiras e empresas brasileiras de
capital nacional. Por essa razão há autores respeitáveis que entendem
inaplicáveis os incisos I e II desse dispositivo, restando como critério de
desempate apenas o Inciso II, ou seja, o fato dos bens serem
produzidos no país. Mas, o texto legal permanece em vigor, então, cuidado
ao responder uma questão sobre esse assunto: observe o que o examinador
está procurando aferir: o simples conhecimento do texto legal ou o seu
conhecimento do posicionamento da doutrina sobre esse assunto.
Se mesmo usando os critérios do art. 3º não foi possível o desempate, o
único método possível é o sorteio (art. 45, § 2º da Lei 8.666/93 Lei de
Licitações).
Licitações: O Procedimento
Modalidades de licitação
Modalidades básicas
- Para aquisições:
- Concorrência
- Tomada de preço
- Convite
- Para alienações:
- Concorrência
- Leilão
Observe o esquema, que sintetiza as regras previstas nos arts. 17, § 6º, 19
e 23, §3º da Lei de Licitações:
Concorrência obrigatória:
- Compra de bens imóveis.
- Concessão de concessão de direito real de uso.
- Licitações internacionais.
- Registro de preços
- Concessão e permissão de serviços públicos
- Celebração de Parcerias Público-Privadas"
Fases da licitação
Fases da licitação
1 - Edital
2 - Habilitação
3 - Julgamento
4 - Homologação
5 - Adjudicação
Fase do edital
O edital, como vimos deve ser claro e completo e não poderá direcionar a
licitação. Um eventual vício do Edital comprometerá todo o procedimento,
podendo obrigar a Administração a começar tudo do início.
Por essa razão, a Lei de Licitações prevê as formas e prazos de divulgação
do instrumento convocatório (art. 21 da Lei 8.666/93) e estabelece prazos
para a impugnação do edital, seja pelo participante seja por qualquer
cidadão (art. 41 da Lei 8.666/93 e art. 4º, incisos I e V da Lei 10.520/2002").
Se houver necessidade de modificação do instrumento convocatório,
que modifique as exigências originalmente previstas, deverá haver nova
divulgação do instrumento convocatório e reabertura dos prazos para os
licitantes.
A fase da habilitação
- a habilitação jurídica
- a qualificação técnica
- a qualificação econômico-financeira
- a regularidade fiscal
O edital não pode fazer exigências absurdas, de documentos
desnecessários ou impertinentes, pois a própria Constituição diz que
somente se permitem "as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações" (CF/88, art. 37,
Inciso XXI).
A fase do julgamento
- a proposta comercial
- a proposta técnica (somente nas licitações do tipo melhor técnica e do tipo
técnica e preço)
A fase da homologação
A fase da adjudicação
A Administração, por sua vez, não poderá celebrar o contrato com mais
ninguém além dele. Ela não poderá celebrar o contrato com mais ninguém,
mas mesmo após a adjudicação será possível para a Administração desistir
da contratação, em razão de algum fato superveniente e relevante. É óbvio
que também nesse caso, o vencedor terá direito ao ressarcimento das
despesas que fez para participar da competição.
A adjudicação é, portanto, o ato final do procedimento licitatório.
O pregão