EXPERIMENTAL
Macaé
Prof. Rodrigo de Siqueira Melo Química Analítica Experimental
APRESENTAÇÃO
A disciplina de Química Analítica Experimental será realizada por meio de aulas práticos em
laboratório visando à aprendizagem e familiarização do estudante com as técnicas básicas da
análise quantitativa e a compreensão dos fundamentos teóricos em que as mesmas se baseiam. O
trabalho em laboratório será realizado individualmente ou em grupo de dois estudantes e
envolverá a determinação da concentração ou quantidade de matéria desconhecida em espécies,
utilizando métodos básicos e rotineiros. Os resultados serão avaliados dentro dos limites de erro
pertinentes aos diferentes métodos empregados. Esta disciplina apresenta, portanto,
características acentuadamente experimentais que exigirão do estudante dedicação, interesse,
cuidado, atenção e, especialmente, uma atividade no laboratório cuidadosamente planejada.
Aconselha-se o estudante planejar previamente o procedimento da aula de laboratório antes de
iniciar sua execução, a fim de facilitar o aprendizado e utilizar adequadamente o tempo destinado
às aulas práticas. É importante dispor de um caderno de anotações de laboratório. Todos os
dados, observações, cálculos, e questionamentos devem nele ser anotados direta e
organizadamente. Esse procedimento facilitará a elaboração dos relatórios.
Cada grupo de estudantes, em cada experiência, trabalhará com um conjunto de materiais
necessário para a realização das análises. Esses materiais deverão ser entregues ao término de
cada aula em devidas condições de limpeza e ordem. Qualquer acidente que, porventura, venha
ocorrer deverá ser comunicado diretamente ao professor. No início de cada aula prática serão
fornecidas orientações, ou até mesmo alterações de texto, a fim de propiciar melhor compreensão
do assunto no contexto da Disciplina.
A redação deverá ser coerente quanto ao tempo dos verbos empregados, recomendando-
se expor os resultados das observações e experiências no passado, reservando o presente para as
generalidades ou para as referências a condições estáveis. É sempre conveniente recorrer a
tabelas e gráficos, pois permitem concentrar grande quantidade de informações. Os valores
numéricos deverão estar acompanhados de unidades de medida, pertencentes,
preferencialmente, ao sistema internacional. A unidade de medida deverá ser incluída também no
cabeçalho das tabelas e nos eixos das figuras. Os Relatórios de aulas práticas deverão ser digitados
eletronicamente, seguindo o modelo mostrado no Apêndice I e utilizando fonte Times New Roman
ou Arial, tamanho 12 e com espaçamento 1,5 entre as linhas. Os gráficos deverão ser gerados em
Excel ou outro programa compatível. Quanto às ilustrações, poderão ser cópias fieis de
publicações, desde que as fontes sejam citadas no trabalho. Finalmente, o Relatório deverá ser
impresso em folha A4. As partes que compõem esse trabalho acadêmico são:
1. Introdução: é o resumo da teoria que fundamenta a prática de laboratório realizada,
estabelecendo vínculos com os procedimentos implemantados e utilizando, obrigatoriamente, as
respectivas citações bibliográficas, lembrando que a cópia de textos de outros autores, sem que se
faça à referência dos mesmos, é crime previsto em lei.
2. Objetivos: é a descrição sucinta do que se pretende obter da experiência.
3. Parte Experimental
3.1. Materiais e reagentes: descrição dos materiais e das preparações dos reagentes
utilizados nessa prática;
3.2. Procedimento experimental: descrição do procedimento seguido em aula, não
necessariamente o procedimento proposto, justificando e discutindo a escolha. O procedimento
poderá ser resumido mediante a elaboração de um fluxograma didático.
3.3. Esquema de aparelhagem: descrição do equipamento e esquema do arranjo
experimental, ressaltando as principais características das unidades utilizadas;
3.4. Cálculos: é a demonstração matemática da aplicação dos dados obtidos
durante o experimento, traduzindo-os em resultado final;
3.5. Gráficos, tabelas ou figuras: são itens que valorizam o trabalho e devem ser
auto-explicativos.
4. Resultado e Discussão: os resultados finais devem ser sempre apresentados em tabelas,
gráficos ou destacados no texto. Sempre que houver valores teóricos ou esperados, estes devem
ser citados e comparados com os valores obtidos, discutindo suas eventuais diferenças. Se houver
cálculos, mostre cada tipo com exemplo. Se houver um número significativo de dados, indique o
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LIMPEZA DE VIDRARIA
Todo material de vidro que vai ser utilizado em análise quantitativa deve estar,
rigorosamente, limpo. Para isso, deve-se lavá-lo com água e detergente, enxaguá-lo várias vezes
com água e água destilada (várias porções de 5 a 20 mL). Apenas pipeta, bureta e balões
volumétricos devem ser tratados com solução de potassa-alcoólica 10% que é obtido dissolvendo-
se 100 g de KOH em 50 mL de água e, após o resfriamento, completando-se para 1 L com álcool
etílico comercial. Ao executar a operação de limpeza, utilizando esse desengordurante, deve-se
proceder, no final da lavagem com água, uma com solução diluída de HCl (1 : 20) para neutralizar
eventuais resíduos alcalinos.
A secagem de buretas, pipetas e balões deve ser feita por sucção a vácuo e não em estufa.
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Aferição da Pipeta
Enche-se a pipeta, previamente limpa, com água destilada e acima da sua provável graduação.
Limpa-se a parte externa da extremidade livre com papel absorvente e esvazia-se a água,
controlando a vazão com o dedo indicador, até acertar o menisco. Verte-se a quantidade de água
remanescente em um Erlenmeyer, previamente limpo e pesado em balança analítica.
O escoamento da pipeta no Erlenmeyer deve ser, efetuado controlando-se a vazão com o
dedo, estando a ponta da pipeta encostada na parede do recipiente (tempo de escoamento
mínimo: 30 segundos). Após o escoamento, afasta-se a extremidade da pipeta da parede do
recipiente com cuidado. A quantidade de líquido restante na ponta da mesma não deve ser
soprada para o interior do recipiente. A seguir, mede-se a massa do conjunto Erlenmeyer + água.
Repete-se a aferição descrita até obter-se volumes concordantes. A seguir, calcula-se o volume da
pipeta. Repetir o procedimento até obter resultados próximos.
Aferição da Bureta de 10 mL
Enche-se, a mesma, até um pouco acima do traço correspondente ao zero, verificando se há
bolhas de ar em sua parte interior, as quais deverão ser eliminadas, escoando-se, rapidamente,
parte do líquido nela contida. Completa-se, novamente, a bureta até um pouco acima do traço
correspondente ao zero, acerta-se, então o zero. Enxuga-se a extremidade externa da ponta da
bureta com papel absorvente, não permitindo que o papel absorva água de seu interior. Deixa-se
escoar lentamente, com exatidão, 1,0 mL de água, recolhendo-a em um Erlenmeyer previamente
pesado em balança analítica. Mede-se a massa de água. No mesmo Erlenmeyer, escoam-se mais
1,0 mL da bureta (de 1,0 a 2,0 mL), e novamente, pesa-se o conjunto. Repetir essas operações,
sucessivamente, de 1,0 em 1,0 mL, até esgotarem-se os 10 mL daquele aparelho. A aferição deve
ser repetida para comparação dos volumes, relativos a cada intervalo realizado.
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A concentração molar de uma solução padronizada pode ser então obtida através da
formulação:
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TITULAÇÃO
A análise titulométrica consiste em adicionar quantidades discretas de um determinado
reagente, de concentração conhecida, na determinação da concentração de substâncias
desconhecidas no meio reacional. O reagente é denominado solução padrão ou titulante e a
substância a ser determinada é chamada de titulada.
No processo de titulação, a substância titulada é determinada através de sua capacidade
de reação com a solução padrão. Essa capacidade é verificada através de uma adição progressiva
da solução padronizada à solução que contém o constituinte a ser determinado até que se alcance
o ponto final da reação. O ponto em que a reação se completa é denominado de ponto de
equivalência, sendo este verificado com auxílio de indicadores, os quais indicam o término da
reação através de uma mudança em sua coloração.
O ponto de equivalência e o ponto final da reação não coincidem necessariamente, sendo
que a diferença entre eles constitui o erro da titulação, e sua magnitude está de acordo com as
propriedades químicas do sistema envolvido.
1. Volumetria de Neutralização
A volumetria de neutralização envolve a titulação de espécies químicas ácidas com uma
solução padrão alcalina (alcalimetria) ou a titulação de espécies químicas básicas com uma solução
padrão ácida (acidimetria). É, portanto, um método baseado na reação de íons H+ e OH-.
O ponto final da reação de neutralização é sinalizado com auxílio de indicadores ácido-
base. Essas substâncias possuem colorações diferenciadas de acordo com a concentração dos íons
H+ presentes em solução. Dessa forma, nota-se a importância em se reconhecer o ponto de escala
de pH que se situa o ponto de equivalência da titulação, bem como a forma em que o pH varia ao
longo do procedimento.
Alguns indicadores comumente usados em titulações de neutralização são:
• Fenolftaleína – em que na forma ácida apresenta-se incolor e na forma básica possui uma
coloração rosada.
• Azul de bromotimol – na forma ácida possui coloração amarela e na forma básica coloração azul.
• Vermelho de metila – na forma ácida apresenta-se na cor vermelha e na forma básica possui cor
amarela.
• Alaranjado de metila – possui coloração vermelha na forma ácida e alaranjada na forma básica.
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Material e Reagentes: erlenmeyer 125 mL, bureta, béquer 50 mL, balão volumétrico 1000 mL, pipeta
volumétrica 25 mL, solução padronizada de NaOH 0,1M, solução KH2PO4 (0,5g do sal para 60 mL de água),
solução saturada de NaCl (7 g do sal para 20 mL de água), indicadores: verde de bromocresol, timolftaleína,
fenolftaleína, alaranjado de metila e ácido fosfórico comercial.
Procedimento:
1° Passo: Preparo da amostra
1) Pesar cerca de 4 g do ácido fosfórico comercial em balança analítica
2) Transferir quantitativamente para balão volumétrico de 1 L, contendo uma certa quantidade de água.
3) Completar o volume do balão com água destilada até a marca de aferição.
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PRÁTICA 09: Determinação de Cloreto de Sódio através dos Métodos de Mohr e Fajans
Método de Mohr: este método é comumente utilizado na determinação de íons cloreto em
solução. O indicador usado é o cromato de potássio e o titulante uma solução padronizada de nitrato de
prata. No ponto final da titulação, quando a precipitação do cloreto se completa (precipitado branco), o
primeiro excesso dos íons prata irá reagir com o indicador, ocasionando a precipitação do cromato de prata
(precipitado marrom). Deve-se ressaltar que a precipitação do AgCl ocorre primeiro uma vez que sua
solubilidade molar é bem inferior (cerca de 5x) em relação a do Ag2CrO4.
Reação da Titulação:
A titulação deve ser realizada em meio neutro ou levemente básico (entre 6,5 e 10,5), afim de evitar que os
íons H+ reajam com os íons CrO42- do indicador.
Método de Fajans: este método é baseado na propriedade de certos composto de serem adsorvidos na
superfície de determinados precipitados, ocasionando uma mudança em sua coloração. O indicado,
portanto, presente na forma de ânion, é adsorvido eletrostaticamente ao precipitado coloidal carregado
imediatamente após o ponto de equivalência. As formas, adsorvida e não adsorvida, apresentam
colorações diferenciadas, permitindo a verificação do ponto final da titulação.
Material e Reagentes: erlenmeyer 125 mL, bureta, pipeta volumétrica 10 mL, solução padrão de NaCl (2,95
g/L), solução padronizada de AgNO3 0,1 M, solução de HNO3 0,1 M, solução de K2CrO4 (5% m/V),
fluoresceína (0,1% m/V).
Procedimento:
Método de Mohr
1) Transferir para erlenmeyer, uma alíquota de 10 mL da solução padrão de NaCl.
2) Verificar o pH da solução com papel indicador de pH. Este deve estar 6,5 < pH < 10,5. Caso o pH não
esteja ajustado, adicionar NaOH ou HNO3 para tal fim.
3) Adicionar ao erlenmeyer 1 mL do indicador cromato de potássio.
4) Lavar a bureta em que se fará a titulação com água destilada e em seguida com a solução padronizada de
AgNO3 0,1M (3x, volume de 5mL).
5) Encher a bureta com a solução padronizada de AgNO3 0,1M até a marca zero.
6) Colocar abaixo do erlenmeyer uma folha de papel branco para facilitar a visualização do ponto de
viragem.
7) Gradualmente, ir adicionando a solução de AgNO3 da bureta à solução do erlenmeyer, agitando-o
continuamente com movimentos circulares.
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8) A adição de AgNO3, gota a gota, deve ser realizada até que a solução do erlenmeyer se torne marrom.
Este é o ponto de viragem. ANOTE o volume gasto de AgNO3.
9) Repita a titulação mais 2 vezes e faça a média dos valores encontrados.
10) Realizar o mesmo procedimento descrito acima para o branco da análise (1x). Obs. No método de Mohr
recomenda-se a realização de um branco de análise, afim de corrigir os erros derivados do excesso de prata
em solução. O volume obtido na titulação do branco deve ser reduzido do volume da titulação da amostra.
Método de Fajans
1) Transferir para erlenmeyer, uma alíquota de 10 mL da solução padrão de NaCl.
2) Verificar o pH da solução com papel indicador de pH. Este deve ser ácido, em torno de pH = 4,0. Caso o
pH não esteja ajustado, adicionar HNO3 para tal fim.
3) Adicionar ao erlenmeyer 10 gotas do indicador fluoresceína.
4) Lavar a bureta em que se fará a titulação com água destilada e em seguida com a solução padronizada de
AgNO3 0,1M (3x, volume de 5mL).
5) Encher a bureta com a solução padronizada de AgNO3 0,1M até a marca zero.
6) Colocar abaixo do erlenmeyer uma folha de papel branco para facilitar a visualização do ponto de
viragem.
7) Gradualmente, ir adicionando a solução de AgNO3 da bureta à solução do erlenmeyer, agitando-o
continuamente com movimentos circulares.
8) A adição de AgNO3, gota a gota, deve ser realizada até que a solução do erlenmeyer se torne
avermelhada. Este é o ponto de viragem. ANOTE o volume gasto de AgNO3.
9) Repita a titulação mais 2 vezes e faça a média dos valores encontrados.
Questões:
a) Calcular a concentração, em mol/L, da solução de cloreto de sódio, para cada método aplicado.
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Volumetria de Complexação
A titulometria com formação de complexos ou complexometria baseia-se em reações que
envolvem um íon metálico e um agente ligante com formação de um complexo suficientemente estável.
Apesar de existir um grande número de compostos usados na complexometria, os complexos formados
com o ácido etilenodiaminotetracético (EDTA), são os mais comuns, uma vez que vários íons metálicos
reagem estequiometricamente com o EDTA. Este é um ácido tetracarboxílico, possuindo quatro
hidrogênios ionizáveis, sendo simplificadamente representado por H4Y. A reação com íon metálico pode ser
genericamente representa por:
M+q + Y4- MY(q-4)
O EDTA, na forma de ácido ou sal dissódico, pode ser obtido em alto grau de pureza, podendo ser usado
como padrão primário, porém, se necessário pode ser padronizado contra solução padrão de Zinco ou com
Carbonato de Cálcio. A solução aquosa de EDTA apresenta as espécies H4Y, H3Y-, H2Y2-, HY3- e Y4, sendo que
a forma predominante depende do pH. O EDTA é um ácido fraco para o qual pK1 = 2,0; pK2 = 2,7; pK3 = 6,2;
pK4= 10,3. Estes valores demonstram claramente que os dois primeiros prótons são mais facilmente
ionizáveis do que os outros dois restantes. Este reagente possui uma grande versatilidade que provém da
sua potência como agente complexante e da disponibilidade de numerosos indicadores íon-metal, cada um
efetivo em um intervalo limitado de pH. A espécie complexante é Y4-, portanto é necessário um ajuste de
pH, a fim de obter uma constante de formação condicional (K’) favorável para o íon metálico em questão.
K’= Kabs.α4
onde α4 é a fração da espécie Y4- em dado pH, e Kabs á a constante de formação absoluta do complexo
formado por EDTA e o íon metálico.
É interessante considerar a estabilidade dos complexos com o pH do meio, já que o EDTA pode
complexar o íon H+. Os complexos com metais bivalentes são estáveis em meio amoniacal, mas tendem a
ionizar em meio ácido. Algumas aplicações importantes do EDTA são as determinações de dureza de água,
de cálcio em leite e magnésio em calcário.
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Durante a complexação, todos os íons responsáveis pela dureza são complexados pelo EDTA. O meio deve
ser tamponado (pH=10) tendo em vista que em pH ácido, o EDTA é protonado em vez de formar os
complexos de interesse.
Material e Reagentes: erlenmeyer 125 mL, bureta, proveta, pipeta graduada, solução de EDTA 0,01 M,
solução tampão amoniacal, solução indicadora Negro de Eriocromo-T, amostra de Água do Mar,
Procedimento:
1) Transferir, com auxílio de uma pipeta graduada, uma alíquota de 5 mL da amostra de água do mar para
um erlenmeyer.
2) Adicionar ao erlenmeyer 2 mL de solução tampão amoniacal (CAPELA) e 7 mL de água destilada.
3) Adicionar gotas do indicador negro de eriocromo-T.
4) Lavar a bureta em que se fará a titulação com água destilada e em seguida com a solução EDTA 0,01 M
(3x, volume de 5mL).
5) Encher a bureta com a solução de EDTA 0,01 M até a marca zero.
6) Colocar abaixo do erlenmeyer uma folha de papel branco para facilitar a visualização do ponto de
viragem.
7) Gradualmente, ir adicionando a solução de EDTA da bureta à solução do erlenmeyer, agitando-o
continuamente com movimentos circulares.
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8) A adição de EDTA, gota a gota, deve ser realizada até que a solução do erlenmeyer se torne azul. Este é o
ponto de viragem. ANOTE o volume gasto de EDTA.
9) Repita a titulação mais 2 vezes e faça a média dos valores encontrados.
Questões:
a) Calcular a concentração, em mg/L, de carbonato de cálcio (MM = 100,09 g/mol) na amostra de água do
mar analisada.
b) Calcular o teor em % (m/V) de Ca e Mg na amostra de água do mar.
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Volumetria de Oxi-Redução
A volumetria de oxi-redução se caracteriza por reações de transferência de elétrons. Dessa forma,
observa-se que uma substância sofre oxidação e a outra sofre redução. Uma titulação envolvendo reações
de oxi-redução é caracterizada por uma mudança pronunciada do potencial de redução do sistema ao
redor do ponto de equivalência, o qual pode ser determinado tanto através do uso de indicadores como
com o uso de eletrodos. Ao contrario da volumetria ácido-base, em que é necessário adicionar um
indicador (geralmente um ácido ou uma base orgânico), na volumetria de oxi-redução se utiliza das
propriedades inerentes às espécies oxidada / reduzida da solução titulante. Por exemplo, o permanganato
(comumente utilizado nesse método), apresenta uma solução violeta intensa, enquanto ao se reduzir a íon
manganês em solução ácida, produz uma solução aquosa incolor. Em análise farmacêutica, os principais
métodos para titulação de oxi-redução são: permanganatometria (KMnO4), cerimetria (Ce(SO4)2),
iodimetria (I2), iodometria (Iodeto/Na2S2O3), iodatimetria (KIO3) e dicromatometria (K2Cr2O7).
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BIBLIOGRAFIA
BACCAN, N. et al., Química Analítica Quantitativa Elementar. 3a ed., Campinas: Edgard Blücher, 2001.
HARRIS, D.C., Análise Química Quantitativa. 6ª ed. LTC – Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro, 2005.
SKOOG, D. A; WEST, D. M.; HOLLER, F. J., Fundamentals of Analytical Chemistry. 6a ed., Saunders
CollegePublishing, Orlando. 1992. VOGEL, Análise Química Quantitativa. 6ª ed., LTC – Livros Técnicos e
Científicos, Rio de Janeiro, 2002.
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