Exu Sete Garfos: guiné, arruda, fumo de rolo, espada-de-são-jorge, alho africano, alecrim
e pinhão roxo.
Exu Sete Porteiras: louro-de-cheiro, alecrim, fumo de rolo e marafo.
Exu Sete Relâmpagos: alho africano, fumo de rolo, guiné e caroba.
Exu Tatá Sete Ventanias: carolina-miúda, espada-de-santa-bárbara, fumo de rolo, guiné,
arruda e alecrim.
Exu Timbirí: flores diversas, cânfora e mel (uma colher de café para cada três litros de
água).
Exu Tinhoso: sais perfumados (para banho) ou pétalas de flores diversas.
Exu Tiriri: fumo de rolo e arruda.
Exu Toco Preto: guiné, arruda, erva-cidreira, alecrim, boldo, manjericão e hortelã.
Exu Toquinho: guiné, arruda, alecrim, erva-doce, hortelã, manjericão e boldo.
Exu Tranca-Rua: fumo de rolo, arruda, guiné (deixada em infusão em marafo).
Exu Veludo: guiné, manjerona, alfavaca, boldo, hortelã e poejo.
Exu do Vento: carolina, espada-de-santa-bárbara (de beirada amarela), fumo de rolo e
marafo.
F e t ic h e s o u e le m e n t o s d e p o d e r
São elementos utilizados geralmente junto ao corpo representando uma espécie de talismã
da entidade ou na firmeza do Exu.
Exu Maré: um coração de ouro ou prata.
Exu Brasa: brasa vivas (acesas).
Exu Campeiro: um laço de couro ou um pedaço de laço com argola.
Exu Sete Catacumbas ou Sete Campas: porção de terra colocada num saquinho de
couro.
Exu Sete Caveiras: um crânio feito de metal.
Exu Sete Covas: um tridente de aço imantado.
Exu Sete Cruzes: pipoca com sal.
Exu das Sete Encruzilhadas: uma cruz feita com talos de guiné, arruda ou alecrim e uma
figa dos mesmos materiais.
Exu Sete Estrelas:uma estrela de prata de sete (7) pontas.
Exu Sete Garfos: o número sete, feito de bronze ou outro metal, untado com gordura de
carneiro e embrulhado em seu couro.
Exu Sete Porteiras: um tridente ou figa de aço.
Exu Sete Relâmpagos: uma brasa viva (acesa).
Exu Tatá Sete Ventanias: uma flor feita de ferro.
Exu Timbirí: uma flor branca (rosa ou cravo).
Exu Tiriri: penas de caburé ou coruja.
Exu Toco Preto: um toco queimado ou tição apagado.
Exu Toquinho: um cravo branco natural ou artificial.
Exu Tranca-Ruas: um cravo de aço ou um prego.
Exu Veludo: um galho ou ramo verde.
Exu do Vento: duas argolas ou o número oito em ferro imantado.
T e s t e s e c o n f ir m a ç õ e s
A mediunidade em si sempre foi alvo de testes, especulações e provas. Nos terreiros mais
antigos era muito comum o processo de incorporação ser submetido a testes físicos para
provar sua autenticidade. Passei boa parte da minha infância vendo estas provas sendo
aplicadas no terreiro de minha mãe.
Já na minha adolescência com o avanço do processo mediúnico, eu mesmo fui submetido
por diversas vezes a alguns testes.
Vale lembrar que boa parte dos testes são extremamente agressivos ao corpo físico e
qualquer pessoa pode responder por lesão corporal.
Cuidado!
A Pólvora
Também conhecido por outros nomes: fundanga, merengue, pó de chinês ou voz de
defunto, ela está presente em determinados testes.
O médium já em estado de transe e incorporado, tem uma quantidade de pólvora colocada
em sua mão e depois o material é aceso. O teste implica e não acontecer a queimadura da
região fazendo com que a entidade dê autenticidade da sua presença. Presenciei este teste
diversas vezes. Vi dá certo e errado. Fui submetido a ele com rigor e sucesso. Ufa...rs.
O Candarú
Nos velhos e saudosos tempos, uma das provas mais frequentes era a do Candarú.Ê Um
cuscuzeiro de barro era emborcado na cabeça do iniciado e dentro eram colocados carvões
em brasa.
Ê Depois, lentamente, se despejava azeite de dendê.
Quem estava firme no transe, nada sofria. Quem não estava...
O Bamburral
Antigamente as casas/terreiros de Kimbanda eram nas bocas das matas, longe do
burburinho das cidades. Ali, construíam algumas casinhas simples de barro, plantavam as
árvores sagradas e faziam os fundamentos.Ê Perto da casa principal, onde se guardava o
peji com suas engangas (assentamentos), era armado um cercado muito alto de bambú.
Feito na forma de um grande círculo, no meio dele se fincava um mastro de madeira mais
dura.
Na noite de Lua Cheia escolhida, o iniciado era amarrado com as mãos para trás, mas
suficientemente folgado para poder ficar de pé ou sentar. A meia-noite entravam o Tata e
uma cambone. O sacerdote invocava um ganga (exu bravo) sobre o cambone e o armava
com um facão afiado.
O Tata trancava o cercado e só retornava pela manhã. O kimbandeiro era deixado sozinho
com o ganga enraivecido. O objetivo era sobreviver! A única ferramenta do iniciado era seu
poder pessoal. Olhos nos olhos, o ganga devia ser desarmado e despachado.
Venda de Caboclo
Além da pólvora, este teste era bem tradicional na casa de minha Mãe e foi ensinado pelo
meu avô. Geralmente o teste era aplicado a quatro ou no máximo cinco médiuns ao mesmo
tempo.
Na porta do salão e já devidamente incorporados, os médiuns eram vendados e os
caboclos chamados a girar pelo salão ao som dos atabaques. Nos pés do altar, existia um
número equivalente de pratos de louça, com três fitas de cada cor, um coração de
bananeira e uma faca bem a fiada. Cada caboclo deveria chegar ao seu respectivo prato,
respeitando o fundamento de cor da sua linha através das fitas, abrir o coração e depois
amarra-lo. Simples? O material do médium era identificado embaixo do prato e tinha sido
misturado sem a presença do mesmo antes da incorporação. Além do fundamento da fita,
a entidade tinha que levar seu “cavalo” até o material trazido por ele, dando prova de boa
comunicação e afinidade com o médium.
P o n t o s r is c a d o s e a lg u m a s c u r io s id a d e s s o b r e L e i d e P e m b a
Você sabe o que é Lei de Pemba?
A Lei de Pemba firma no Mundo Visível as forças em ação do Mundo Invisível.
Algumas curiosidades sobre Lei de Pemba:
1) Pretos Velhos: os sábios que guardam o segredo da Lei de Pemba de Umbanda e
Quimbanda. Com muita categoria diziam os velhos umbandistas: SEM PRETO VELHO
NÃO TEM UMBANDA!
2) Lei de Pemba: símbolos e signos que realmente representam forças em ação no
Universo não precisam ser iluminados por velas ou candeias.
A prática de colocar uma vela sobre ou ao lado de um Ponto Riscado se iniciou por um ato
nada mágico: a necessidade e iluminar o chão onde se traçava o ponto durante a noite.
Em nenhum momento a luz da vela empresta algum poder para o Ponto Riscado. O
costume de acender velas para tudo e para todos, no Brasil, se firmou através do piedoso
catolicismo português.
Este costume foi implantado na África também e já estava inserido nas práticas dos
escravos bantus que aqui chegaram.
Ou seja, a prática piedosa do velamento, com o tempo, se transformou em receita mágica.
Mágica?
1) “Por que a maioria dos terreiros umbandistas de hoje não ensinam mais a Lei de
Pemba?”
Quando perguntamos isso a Pai Neguinho (José Libório Gonçalves), um preto velho em
carne e osso, seus olhinhos se iluminaram e ele respondeu:
- “Porque não são mais terreiros de Umbanda! Já viu coco sem água? Mar sem sal?
Galinha que não bota ovo? Alguns terreiros viraram banda de Umbanda e não são mais
Umbanda de banda!”
Alguns pontos curiosos:
cont...
Para lhe ajudar,Oi moço, vou lhe apresentar,
Vou lhe apresentar,
Um espírito de luz,
Para lhe ajudar.
Ele é João Caveira,
Ele é filho de Omulú,
Quem quiser falar com ele,
Alubandê Exu. (Bis)
02 - Portão de ferro,
Cadeado de madeira,
No portão do cemitério,
Quem manda é o Exu Caveira.
SETE CAVEIRAS
01- Seu Sete,
Meu amigo de alma,
Seu Sete,
Meu irmão quimbandeiro,
Girar, todo mundo gira,
O seu Sete é,
Da Coroa de Oxalá, lará... laiá...
Girar, todo mundo gira,
O seu Sete é,
Da Coroa de Oxalá.
Oi seu Sete!... (bis)
02- Você botou o meu nome,
Na boca de um bode,
Mas eu sou filho do seu Sete,
Comigo ninguém pode.
Você botou, você mesmo vai tirar,
É uma ordem do seu Sete,
Você tem que respeitar. (bis)
EXU REI
01- Exu Rei é o maioral,
Exu Rei é o maioral,
Ele vem fazer o bem,
E também fazer o mal.
02- Sete pontas de faca,
Em cima de uma mesa,
Sete velas acesas,
Lá na encruzilhada,
Exu é Rei,
Alubandê Exu,
Exu é Rei,
Alubandê Exu,
Exu é Rei,
Lá nas Sete Encruzilhadas.
Sete facas de ponta,
Em cima de uma mesa,
Sete velas acesas,
Lá na encruzilhada,
Exu é Rei,
Alubandê Exu,
Exu é Rei,
Alubandê Exu,
Exu é Rei,
Lá nas Sete Encruzilhadas.
03- Estava na encruza curiando,
Quando a banda lhe chamou.
Exu no terreiro é rei,
Na encruza ele é doutor.
Exu pega demanda,
Exu é curador. (Bis)
TRANCA RUA
O sino da igrejinha,
Faz belém, blém... blóm... (bis)
Deu meia-noite, o galo já cantou,
Seu Tranca-Ruas que é o dono da gira,
Oi corre gira que Ogum mandou.
Seu Tranca-Ruas que é o dono da gira,
Segura a gira que Ogum mandou.
VELUDO
Exu da meia-noite,
Exu da Encruzilhada,
No terreiro de umbanda,
Sem Exu não se faz nada.
Comigo ninguém pode,
Mas eu posso com tudo,
Na minha encruzilhada,
Eu sou Exu Veludo. (bis)
EXÚ GIRA-MUNDO
Comigo ninguém pode,
Mas eu posso com tudo,
Na minha encruzilhada,
Eu me chamo Gira-Mundo. (bis)
EXÚ DO LÔDO
Exu pequenininho,
Dele não faça pouco,
Olha lá que ele é Exu,
Ele é o Exu do Lodo.
Oi Exu do Lodo,
Você não é brincadeira,
Exu do Lodo,
cont...
Você mora na ladeira,
A capa pÕra Exu,
Que eu mandei fazer,
Não era p’ra Exu,
É p’ra Bará Lodê.
Oi a capa p’ra Exu,
Que eu mandei fazer,
Oi não era p’ra Exu,
É p’ra Bará Lodê. (Bis)
ZÉ PELINTRA
Eu encontrei,
Zé Pelintra na estrada,
Chorava pelo amor de sua
amada,
Ele chorava, por uma mulher,
Chorava por uma mulher,
Oi chorava por uma mulher,
Que não lhe amava. (Bis)