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ÉTICA EM PESQUISA EDUCACIONAL: regulamentos, cuidados e perspectivas

Luciano Lima da Silva


Lucianolima.silva@outlook.com

Fazer pesquisa, também requer do(a) investigar(a) uma postura ética diante toda
a produção científica. Neste sentido, Santos (2017) e Silva e Lionço (2018), defendem a
regulamentação ética perante as especificidades da Ciência Humanas e Sociais – CHS,
já Fonseca (2010) o mundo multidisciplinar e os embates éticos na visão antropológica.
Primeiramente, Santos (2017) argumenta que a ética regulamentadora expressa
pelos sistemas de pesquisa nas universidades, como, a Plataforma Brasil, Comitês de
Ética em Pesquisa (CEP) e Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) dão conta
de um tipo de tratamento ético, atendem algumas demandas de ordem ética no âmbito
da pesquisa mundial, padronizam e formatam, e protegem os participantes, sobretudo,
não atendem às diferentes especificidades éticas presentes no cotidiano das quais
precisam ser levadas em consideração no momento da investigação. Ou seja, está
premissa permite descolar a racionalidade da Matriz Bioética Principialista para validar
as práticas vinculadas ao campo das Ciências Humanas e Socais.
Nessa mesma ótica, Silva e Lionço (2010) trazem uma reflexão sobre os
cuidados éticos durante a pesquisa CHS, de modo que a investigação científica não se
reduza apenas ao cumprimento burocrático e acadêmico. Sendo assim, para Santos
(2017) a avaliação ética no campo da pesquisa, no sentido coconstitutiva, não deve ser
restrita apenas aos procedimentos metodológicos e das considerações de ordem ética, e
sim da perspectiva teórica; dos tipos de perguntas (problemáticas); dos tipos abordagens
ou dos métodos; da elaboração das análises; da publicação dos dados até feedback aos
participantes da pesquisa e à sociedade.
Acerca desse contexto, Fonseca (2010) reforça que os cuidados éticos não se
resumem apenas em cartilhas de regras que restringem um só momento da pesquisa,
mas impõe o(a) pesquisador(a) a ser atencioso(a) em todo o processo. O resultado da
pesquisa é fruto de uma perspectiva política, travada por meio de diálogos cívicos que
precisa ser reconhecido na sociedade multidisciplinar, e ampliando para novos
interlocutores nas discussões sobre ética e técnica de pesquisa.
Portanto, os autores citados buscam validar as especificidades no campo da
pesquisa social para superar os desafios e lacunas perante o protocolo Bioético, por
meio dos cuidados éticos e da participação da sociedade durante a pesquisa científica.
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FONSECA, Cláudia. Que ética? Que ciência? Que sociedade? In: FLEISCHER, Soraya & SCHUCH, Patrice (Orgs.). Ética e regulamentação na pesquisa
antropológica. Brasília: LetrasLivres : Editora Universidade de Brasília, 2010. 248p. Disponível
em: https://eva.udelar.edu.uy/pluginfile.php/313759/mod_resource/content/1/Fleischer%20e%20Schuch_etica_antropologica.pdf.
SACCHI DOS SANTOS, Luís Henrique. Por um babelismo ético na educação: reflexões acerca das implicações e possibilidades de se proceder à ética coconstitutiva dos
modos de se fazer pesquisa. Educação. Porto Alegre, v. 40, n.2, p. 160-173. mai-ago, 2017. http://revistaseletronicas.pucrs.br/faced/ojs/index.php/faced/article/view/26550
SILVA, Erica Quinaglia; LIONÇO, Tatiana. Cuidados éticos na pesquisa social: entre normas e reflexões críticas. Amazôn., Rev. Antropol.(Online) 10 (2): 588 - 609, 2018.
Disponível em:https://periodicos.ufpa.br/index.php/amazonica/article/download/6519/5249

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