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O Serviço Social enquanto profissão surge vinculado ao agravamento das questões

sociais, assumindo a função de executor das ações socais destinadas à população pauperizada,
que tinham por objetivo amenizar os conflitos entre a classe proletária e a burguesia. Sabe-se,
portanto, que desde sua origem o Serviço Social encontra-se em meio ao antagonismo dos
interesses entre as duas classes sociais fundamentais.

A partir da década de 1960 iniciou-se na categoria o movimento de reconceituação que


buscou a ruptura com a prática do Serviço Social tradicional, e teve como resultado a definição
da direção política e ideológica da profissão, que tinha como premissa o compromisso com a
defesa de direitos da classe trabalhadora com vistas à construção de uma nova ordem societária.
Tais preceitos foram incorporados ao Código de Ética Profissional em 1993.

A Lei de Regulamentação da Profissão estabelece, no seu artigo 4º, como competências


do assistente social:

• elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto à órgãos da administração


pública direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares;

• elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam de âmbito de
atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil;

• encaminhar providências e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população;

• orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos


e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos;

• planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais; • planejar, executar e avaliar


pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações
profissionais;

• prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta, indireta, empresas


privadas e outras entidades;

• prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais,
no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade;

• planejamento, organização e administração de serviços sociais e de Unidade de Serviço Social;

• realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais
junto aos órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras
entidades.

No artigo 5º, apresenta como atribuições privativas do Assistente Social:

• coordenar, planejar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e


projetos na área de Serviço Social;

• planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;

• assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas


e outras entidades em matéria de Serviço Social;
• realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a matéria
de Serviço Social;

• assumir, no magistério de Serviço Social, tanto a nível de graduação quanto pós-graduação,


disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação
regular;

• treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social;

• dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e pós-


graduação;

• dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço Social;

• elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos e


outras formas de seleção para assistentes sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos
inerentes ao Serviço Social;

• coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos de


Serviço Social;

• fiscalizar o exercício profissional por meio dos Conselhos Federal e Regionais;

• dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas;

• ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e entidades


representativas da categoria profissional.

Na mesma época em que o Serviço Social passava por este processo de renovação e
amadurecimento teórico, o Brasil encontrava-se em um momento de grande efervescência
política pelo fim da ditadura militar e concomitante a redemocratização do país, destaca-se a
força do movimento de reforma sanitária, que lutou pela universalização do acesso a saúde,
compreendo que este era direito de todos e um dever do Estado.

A luta da sociedade pela garantia de direitos teve como desfecho a conquista da


Constituição de 1988 (onde o Serviço Social passa a vivenciar um momento de expansão dos
campos de trabalho), considerada um grande avanço, pois instaura direitos sociais e inaugura a
Seguridade Social no Brasil, contemplando políticas universais, sendo composta através do
tripé: Saúde, que se caracterizou enquanto política universal, não contributiva, representada pela
criação do Sistema Único de Saúde (SUS); Previdência Social considerada uma política restrita
aos trabalhadores contribuintes; e Assistência Social, destinada a quem dela necessitar,
objetivando garantir segurança de sobrevivência e autonomia da população.

Porém é somente em 1993, em um contexto extremamente desfavorável à expansão das


políticas públicas pelo iniciar do desmonte do manto público que a Carta de 88 conferia à ação
estatal no âmbito das políticas, que assistência social é regulada enquanto política pública com a
promulgação da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), que proclamava entre seus
princípios a realização da política de assistência de forma integrada às outras políticas setoriais e
a busca da universalização dos direitos sociais, a descentralização político-administrativa e a
primazia da responsabilidade do Estado na condução desta política.
Em 2005, com aprovação da NOB SUAS estabeleceu-se os parâmetros de
operacionalização da gestão da política de assistência e a normatização para a implantação do
Sistema Único de Assistência Social (SUAS) com objetivo de organizar a Assistência Social
sob comando único em todo o território nacional, considerando as realidades regionais e locais.

Com o SUAS, a assistência social é divida em níveis de proteção básica e especial. O


primeiro deve ser realizado pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), tendo
por objetivo o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, numa perspectiva de
prevenir a violação de direitos das famílias. No que se refere à proteção especial, ela é dividida
em média e alta complexidade e devem ser prestadas nos Centros de Referência Especializada
de Assistência Social (CREAS) às famílias que já tiveram seus direitos violados. O que
diferencia esses dois níveis de complexidade é a existência ou não de vínculos familiares e ou
comunitários e a violação de direitos.

O SUAS representa uma concreta forma de operacionalização da Política Nacional de


Assistência Social constituindo um grande avanço para que esta se configure como uma política
de Estado e não de governo. Neste sentido, os princípios e diretrizes do SUAS tais como
qualidade dos serviços prestados e universalização no acesso aos direitos são totalmente
contraditórios à realidade posta. Isso se comprova quando observamos o orçamento da
assistência cujos recursos têm sido muito mais destinados aos programas de transferência de
renda, do que à montagem da proteção básica que o SUAS exige.

Portanto, embora a Política de Assistência Social represente grandes avanços com o


SUAS, reafirma-se a orientação neoliberal da boa focalização através da centralidade das
políticas na política de transferência de renda. Os desafios postos para a implementação do
SUAS se aprofundam, ainda mais quando considerado o processo de privatização das políticas
da seguridade - saúde e da previdência - acompanhado pela expansão - em magnitude e
centralidade - da política de assistência, o que vem acarretando numa seguridade social pública
meramente assistencial. O processo de descentralização, orientado pelos interesses devastadores
do neoliberalismo, tornou-se um caráter inviabilizador para a implementação das políticas
públicas, uma vez que a efetividade das mesmas passa a depender do interesse político do
governo municipal e/ou estadual em implementá-las

Segundo o documento Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais na Saúde (2010)


os profissionais são direcionados pelo projeto privatista a trabalharem “a seleção
socioeconômica dos usuários, atuação psicossocial por meio de aconselhamento, ação
fiscalizatória aos usuários dos planos de saúde, assistencialismo por meio da ideologia do favor
e predomínio de práticas individuais”, e em contrapartida, o projeto de Reforma Sanitária
apresenta como principais demandas do serviço social na saúde questões como:
“democratização do acesso às unidades e aos serviços de saúde; estratégias de aproximação das
unidades de saúde com a realidade; ênfase nas abordagens grupais; acesso democrático às
informações e estímulo à participação popular”.

Para uma prática profissional coerente a categoria deve levar em conta o conceito
ampliado de Saúde, não mais compreendida enquanto ausência de doença, mas sim enquanto
fruto das relações sociais e destas com o meio físico, social e cultural. Dessa forma, o agir
profissional deve superar a perspectiva biologista e distanciar-se de praticas paramédicas e da
fragmentação do conhecimento, pois o trabalho com os aspectos sociais que determinam o
processo saúde-doença exige o conhecimento e visão generalistas, que trabalhem com sujeito
em sua totalidade. Ainda evidencia-se que há uma distância entre o SUS real e o SUS
constitucional, distância essa que precisa ser percorrida rumo à efetivação da proposta do
movimento sanitário.

O pressuposto do assistente social na educação se dá via a emergente necessidade de um


profissional na Política de Educação, que possa pensar e intervir com foco e referência na
família. Atualmente podemos observamos as diversas mudanças que a configuração do grupo
familiar, e não mais aquela pensada como a “família ideal” (pai, mãe e filhos), mas a nova
realidade de arranjos familiares (monoparentais, extensas, de casais homossexuais, etc), nas
suas mais diversas composições em que estas possam se configurar na sociedade atual. Existem
várias limitações impostas à Política de Educação na atual sociedade brasileira, e tais limitações
foram construídas e reforçadas em diferentes conjunturas históricas que marcaram o processo de
construção da concepção de educação no Brasil.

Nesse sentido, o/a assistente social na educação pode de fato contribuir para uma
educação pensada em sua integralidade. Mais que atender o aluno no seu processo de ensino,
faz-se necessário de que as instituições de educação disponham dos meios para que este alcance
êxito e sucesso estudantil. E muitas vezes é na família que encontramos os problemas e as
soluções para nossas demandas cotidianas no contexto escolar.

Deste modo, o/a assistente social pode promover o encontro da família com a realidade
escolar, fomentar espaços de participação desta na dinâmica institucional, a partir da perspectiva
de gestão democrática na educação.

É na compreensão da educação como direito social, que deve ser garantido com
estrutura laica, gratuita e de qualidade, que portanto, a inserção do profissional de Serviço
Social nesse campo de atuação requer um desafio, que é o de construir uma intervenção
qualificada enquanto profissional da educação, possibilitando que junto aos outros atores do
âmbito educacional, desenvolvam um trabalho de parceria, uma vez que não se deve ter a
presunção de que tais problemas seriam exclusivos da atuação de um determinado profissional,
quando na verdade, seu efetivo enfrentamento requer, na atualidade, não só a atuação dos
assistentes sociais, mas de um conjunto mais amplo de profissionais especializados.

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