INTRODUÇÃO 4
1. 42
2. 42
2.1 42
2.1.1 Identificação do paciente 5
2.1.2 Queixa principal e diagnóstico médico 5
2.1.3 História da doença pregressa 6
2.1.4 História da doença atual 6
2.1.5 História familiar e social 6
2.2 CONCEITO E EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA 6
2.2.1 Fisiopatologia da doença 7
2.3 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 8
2.3.1 Avaliação Física 8
2.3.2 Avaliação antropométrica 8
2.3.3 Avaliação bioquímica 10
2.3.4 História alimentar 12
2.4 DIAGNÓSTICO CLÍNICO NUTRICIONAL 13
2.5 TRATAMENTOS REALIZADOS 13
2.5.1 Tratamento medicamentoso e interação fármaco-nutriente 13
2.6 NECESSIDADES NUTRICIONAIS 15
2.7 TERAPIA NUTRICIONAL PROPOSTA PELO HOSPITAL, CARACTERÍSTICA DA DIETA E
ADEQUAÇÃO 17
2.8 EVOLUÇÃO CLÍNICA E DIETOTERAPICA 21
2.9 CONDUTA NUTRICIONAL PROPOSTA PELO ESTAGIÁRIO 22
2.10 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 25
3 OUTRAS ATIVIDADES 26
CONCLUSÃO 27
REFERÊNCIAS 28
APÊNDICES 29
40
INTRODUÇÃO
41
1. HISTÓRICO DO LOCAL DE ESTÁGIO
O Hospital e Pronto Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado foi fundado em
24/09/1998, com números significativos no atendimento que registra 600 atendimentos
diários, com uma média de 6 mil atendimentos e de 18 mil exames laboratoriais ao mês,
fora os exames de imagem, cujos principais são o Raio-X e a tomografia
computadorizada, é referência em cirurgias para o trauma em 14 especialidades médicas,
incluindo neurologia, cabeça, pescoço e cirurgia vascular.
A unidade hospitalar, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Susam),
contabilizou, em 12 meses de setembro de 2013 a agosto de 2014, 173,4 mil consultas
médicas, 104,8 mil internações e 7 mil cirurgias em diferentes especialidades. Outras
especialidades disponíveis na unidade hospitalar são: Cirurgia geral, clínica médica,
medicina intensiva, além de enfermagem intensiva e fisioterapia. A pediatria também está
presente na unidade, que o hospital tem como anexo o Pronto-Socorro da Criança da
Zona Leste, popularmente conhecido como Joãozinho, que atende casos de crianças com
idade até 14 anos de auxílio à atenção infantil.
Acesso em 15 de Outubro de 2017.
2. DESENVOLVIMENTO
42
2.1.3 História da doença pregressa
Em agosto do ano vigente, o paciente relatou que vinha sentindo fortes dores
torácicas, mais que se recusava a procurar um atendimento hospitalar, evoluindo seu
quadro para um Infarto Agudo do Miocárdio, onde foi submetido a realizar uma
Angioplastia Coronariana no Hospital Francisca Mendes, no intervalo de um mês retornou
a sua casa onde permaneceu queixando-se de fortes dores torácica, retornou para o
Hospital da Zona Norte onde foi submetido a um procedimento de Cateterismo Cardíaco
no dia 17.10.2017, logo após foi transferido para o Hospital e Pronto Socorro Dr. João
Lúcio para cuidados médico e recuperação do quadro clínico.
43
intimamente estão relacionados ao estilo de vida, aos quais se dá especial ênfase por sua
influência. A IC continua sendo uma síndrome de característica maligna, com alto índice
de mortalidade nas formas avançadas, pode ocorrer como consequência de qualquer
doença que afete o coração tendo uma prevalência bastante elevada em pacientes com
hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes melittus (DM), e a doença arterial
coronariana (DAC) (GUYTON, 2011).
No Brasil, no ano de 2007 as doenças cardiovasculares (DCV) representaram a
principal causa de mortalidade no país e a terceira causa de internação, sendo a IC a
principal condição cardíaca que leva à internação, sendo responsável por 2,6% das
internações do país nesse ano e por 6% dos óbitos. Mais de 2/3 das internações por IC
ocorrem em pacientes acima de 60 anos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA,
2012).
44
inflamatório) onde demonstra a complexidade com que se articula no seu
desenvolvimento (GUYTON, 2011).
2.3 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
45
Além disso, a antropométrica é importante no monitoramento do estado nutricional, sendo
utilizada em pesquisas epidemiológicas e na prática clínica. (SAMPAIO, 2012)
Segundo (SAMPAIO 2012), suas vantagens são justificadas pelo fato de ser um
método de baixo custo e pouco invasivo, pela obtenção rápida dos resultados e
fidedignidade do método, sendo largamente aplicada no âmbito individual ou coletivo,
ainda segundo o autor mesmo com todas essas vantagens deve-se considerar algumas
situações em que os indicadores antropométricos tornam-se limitantes, como,
impossibilidade de se identificar deficiências nutricionais específicas e alterações recentes
na composição e distribuição corporal.
No dia 19/10/2017, foram coletados os dados das medidas importantes para avaliar
o estado nutricional do paciente. Os parâmetros que são importantes e de mais relevância
para faixa etário e estado nutricional do mesmo é peso atual, IMC e estatura, em relação
aos resultados dos parâmetros encontrados apresenta inadequados, pois o paciente
encontra-se sobrepeso.
DADOS CLASSIFICAÇÃ
RESULTADO ADEQUAÇÃO
ANTROPOMETRICOS O
Data: 19/10/2017 - - -
AJ (cm) - Acamado 44 cm - -
(indica eutrofia)
46
Panturrilha (cm) 38 cm Sem perda de >31 cm
massa magra
(Eutrofia)
47
Exames Bioquímicos
Hemácias 4.63 mm3 4.68 mm3 4.50 – 6.10 mm3 Sem alteração
Hemoglobina 12.5 g/dL 12,7 g/dL 13.5 – 18.0 g/dL Sinalizou anemia
discreta.
Plaquetas 185 mm3 168 mm3 130 - 450 mm3 Sem alteração
Creatinina 0.9 mg/dL 0.8 mg/dL 0.6 – 1.1 mg/dL Sem alteração
48
persistente da
glicose no
sangue indica
(hiperglicemia)
que é o indicador
de diabetes
mellitus.
CKMB (marcador 165,7 u/L 161,0 u/L 5,0 ng/mL Com os valores
do miocárdio (os valores aumentados
estabelece o máximos são confirma o infarto
infarto agudo do verificados agudo do
miocárdio) miocárdio.
cerca de 12
horas após o
infarto)
(NEMER, 2010)
49
Paciente relata consumir habitualmente no café da manhã uma unidade de pão
(massa grossa) ou tapioca, e como bebida normalmente café preto. Faz colação que é
frutas normalmente banana, abacaxi ou melancia, no almoço costuma consumir, carne
bovina, frango e peixe assado ou cozido, arroz, feijão, macarrão, farinha. No lanche da
tarde gosta de café preto, acompanhada geralmente por tapioca ou pão massa grossa.
No jantar semelhante ao almoço retirando em algumas ocasiões o feijão, em outras relata
consumir sopa de carne, não faz ceia. Costuma adicionar açúcar e sal nas preparações já
prontas. Ainda em relação aos hábitos alimentares, em suas próprias palavras relatou
gostar de praticamente tudo, tendo aversão apenas por carne e frango, costuma tomar
água regularmente.
Pode-se observar que os alimentos acima devido à forma que estão sendo
consumindo pelo paciente não estão suprindo as necessidades nutricionais, causando
assim deficiência de vitaminas e minerais, o consumo de carboidratos simples esta
indicando o alto índice glicêmico, e possivelmente levando ao seu quadro nutricional e
clinico que se encontra.
50
a identificação dos distúrbios nutricionais, possibilitando uma intervenção adequada de
forma a auxiliar na recuperação e manutenção do estado de saúde do paciente.
51
prolongado.
52
O estabelecimento das necessidades nutricionais do indivíduo enfermo constitui
ainda grande desafio para o nutricionista, visto que ainda não há consenso de
recomendações nutricionais específicas para todas as doenças ou situações clínicas
encontradas na prática. Além disso, o enfermo frequentemente apresenta várias
comorbidades associadas à doença base, e cada um responde de forma diferenciada a
terapêutica nutricional. Assim, o profissional deve utilizar o máximo de informações acerca
da história clínica, bioquímica e nutricional do paciente, para definir a conduta nutricional
mais adequada, sendo de suma importância o acompanhamento sistemático, para que
sejam feitas as adequações das recomendações às necessidades do indivíduo.
(HINKELMANN, 2015)
Para cálculo do gasto energético basal e valor energético total do paciente utilizou-
se a fórmula de Harris e Benedict 1919, para o cálculo do gasto energético total foi
utilizado o fator atividade de 1,3 especifico para pacientes deambulando e o valor de 1,5
que representa o fator injuria para indivíduos em quadro de insuficiência cardíaca. Para
distribuição dos macronutrientes foi usado como parâmetro os valores de referência da
AMDR para indivíduos do gênero masculino >70 anos. Aos micronutrientes como
referência para adequação da conduta alimentar proposta usou-se os valores das DRIS
para a mesma faixa etária e idade já citados acima, e para as necessidades hídricas
utilizou-se a fórmula Holliday-Segar, (1957).
MACRONUTRIENTES NECESSIDADES
Carboidratos 45 % 65 %
292 g 421,2 g
53
Proteínas 10 % 35 %
65 g 227 g
Lipídios 20 % 35 %
58 g 101 g
Holliday-Segar, (1957).
54
Vitamina B12 2,4ug ND
Fibras 30g ND
55
alterados e baixos podendo causar deficiências, inflamação, constipação e declínio da
imunidade dificultando a melhora do seu quadro clínico.
(9:00 horas)
(salada cozida)
(salada crua)
Alface 2 folhas M
56
Ceia Mingau de Mucilon 1 copo 180 ml
NORMOCALÓRICA
CARBOIDRATOS 45 % 65 %
HIPOGLICIDICA
292 g 421,2 g
PROTEÍNAS 10 % 35 %
HIPERPROTEICA
65 g 227 g
LIPÍDIOS 20 % 35 %
HIPOLIPÍDICA
58 g 101 g
57
MICRONUTRIENTES VALOR VALOR DE VALOR DE
ENCONTRADO REFERÊNCIA ADEQUAÇÃO
REFERÊNCIA
RDA
UL
(>70 anos)
(>70 anos)
58
vitamina A
causa
cegueira.
59
A e fibras para a manutenção do corpo e do seu estado nutricional, além dos efeitos
benéficos sobre a prevenção de anemia, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, e para o
restabelecimento da imunidade.
Em relação o que foi ofertado para o paciente através de uma dieta oral, livre
proposta, foi visando um cardápio nutritivo, quantitativo e qualitativo, rico em vitaminas
para a manutenção do organismo e recuperação do mesmo (GOMES, 2013).
Melancia 1 fatia M
(salada crua)
Alface 3 folhas M
60
Suco de maracujá 1 copo de 180 ml
Lanche (vitaminada)
1 Copo de 180 ml
Leite desnatado
4 unidades
Torrada com ervas
NORMOCALORICA
61
CARBOIDRATOS 45 % 65 %
NORMOGLICÍDICA
292 g
421,2 g
PROTEÍNAS 10 % 35 %
HIPERPROTEICA
65 g
227 g
LIPÍDIOS 20 % 35 %
62
Magnésio (Mg) 412mg 420mg 350mg Adequado
63
● Bebidas alcoólicas.
● Não adicionar sal nas refeições prontas.
3 OUTRAS ATIVIDADES
CONCLUSÃO
64
REFERÊNCIAS
Manual de nutrição clinica: para atendimento ambulatorial do adulto / Leila Sicupira Carneiro
de Souza Leão – Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
65
CHEMIN, S. Formação dos profissionais de nutrição e da versatilidade que o
nutricionista brasileiro tem adquirido. Rev. Nutrinews , São Paulo. Edição 198. Agosto.
2000. p. 21-22
CUPARI, L. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Nutrição Clínica no Adulto.
2ª ed. São Paulo: Manole; 2005.
CUPPARI, LILIAN. Guia de nutrição: clínica no adulto, 3. Ed, Manole, Barueri, 2014.
DE PAULA, PAULO. Avaliação nutricional de adultos e idosos, FANOR, Fortaleza,
2016
LOPES, EVERTON. DE CARVALHO, RUMÃO, FREITAS, RIVELILSON. Análise das
possíveis interações entre medicamentos e alimento/nutrientes em pacientes
hospitalizados, Piauí, 2010.
APÊNDICES
Adequação do peso (%) Peso atual x 100 75,6 x 100= 7560=113% Sobrepeso
Peso ideal 67 67
Perda de peso (%) Peso usual – peso atual x 100 80 – 75,6 x 100 = Dentro da
Peso usual 80 normalidade
66
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
67
TABELA DE ADEQUAÇÃO DA DIETA PROPOSTA PELO HOSPITAL
NORMOCALÓRICA
CARBOIDRATOS 45 % 65 %
HIPOGLICIDICA
292 g 421,2 g
PROTEÍNAS 10 % 35 %
68
259,2 Kcal 907,2 Kcal 369,2 Kcal 142,4 %
HIPERPROTEICA
65 g 227 g
LIPÍDIOS 20 % 35 %
HIPOLIPÍDICA
58 g 101 g
NORMOCALORICA
CARBOIDRATOS 45 % 65 %
NORMOGLICÍDICA
292 g
421,2 g
69
PROTEÍNAS 10 % 35 %
HIPERPROTEICA
65 g
227 g
LIPÍDIOS 20 % 35 %
70
TABELA DO CARDÁPIO PROPOSTO PELO HOSPITAL
71
Ceia Mingau 1 copo 342 2,55 0,23 0 0 0,16 12,38 0 0 0 3
de 250ml
mucilon
Suco de 1 copo 77,4 24,38 0,65 0,29 0 0,50 15,84 0 0 0
goiaba 180ml
Biscoito 4 148 3,51 0,67 0,67 1,5 0,20 6,97 0 0 0
integral unidades
TOTAL 567,4 30,44 1,55 0,96 1,5 0,86 35,19 0 0 0 3
VALORES DO CARDÁPIO 2.636 kcal 664 369,24 252 19,5 107,57 568 234,2 0 4,67 15
72
CARDÁPIO PROPOSTO PELO ESTAGIÁRIO
Refeição/ Alimento Qtde. Kcal CHO PTN LIP FIB Fe Ca Mg Se Na
Horário /Medida (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg)
caseira
Desjejum Café c/ leite 1 copo 128 26,5 5,2 20,0 0 0,79 10 0,5 0,4 0,5
desnatado 180ml
Cará cozido 2 fatias 197 40,72 1,6 20,0
M
Omelete 1 ovo 110,5 19,3 2 16,0 0 0,21 123 26,04 0,43 44,85
65g
Melancia 1 fatia M 45 98,0 0,91 10,0 0 0,72 24,5 5 15,4 63
Colação Iogurte 1 120 25 10,5 15,1 0 4,2 560 80 11 100
natural unidade
200 ml
Abacaxi 3 fatias 58 120,4 0,6 17 1 0,2 4 13 0 0
M
Almoço Carne guisada 2 229,6 55,3 98 30 0,2 0,7 6,2 4,5 2,45 137,9
unidades
M
Arroz 1 colher 244 42,4 2,4 30,0 5,47 1,50 43,88 33 0,86 386,6
parboilizado servir
Feijão carioca 1 concha 150 41,4 5 25,0 0 1,95 657 76,5 0 111
cozido M
Tomate 1 colher 7,20 15 0,24 10 10,8 7,2 162 - - 0
sevir
Pepino 1 colher 3,06 10 0,13 10
servir
Alface 3 folhas 5,7 15,4 0,13 12 0,56 0,16 3,2 4,6 0 15,6
M
Suco de 1 copo 120 42 1,34 25 0,52 0,1 5,4 3 0,22 7
maracujá 180ml
Lanche Abacate 1 copo 62 20 0,6 32,0 0 0 0 0 0 0 0
picado
130g
Leite 1 copo 120 33,2 15 20 1,43 0,36 3,85 13,65 0 3,5
desnatado 250ml
Torrada c/ 4 89,2 45 3 10 0 0 225 0 0 0
ervas unidades
Jantar Frango 1 peito 228,6 50,1 109,2 40 2,96 3,76 65,77 60,06 18,2 200
desfiado c/ M
legumes
73
Sopa de 1 copo 67,17 26,1 1,2 10
legumes 200ml
Ceia Leite 1 copo 120 33,2 15 20,0 0 4,2 560 80 11 100
desnatado 180ml
Torrada 4 89,2 45 3 10,0
integral unidades
VALORES DO CARDÁPIO 2.672,3 1.058,2 286,1 484 39,32 33,33 2740,8 417,85 61,61 1162,95
74
75