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O marxismo defende a organização do proletariado pelo fim das desigualdades do

capitalismo

No século XIX, vários pensadores tinham grande preocupação em dar respostas aos
vários problemas sociais que se desenvolviam no seio da sociedade capitalista. Os
socialistas utópicos foram os primeiros a proporem e teorizarem meios que pudessem
resolver a expressa diferença percebida entre os membros do proletariado e da classe
burguesa.

Em 1848, os pensadores Karl Marx e Friedrich Engels apareceram com um elaborado


arcabouço teórico que visava renovar o socialismo. Para tanto, realizaram um complexo
exercício de reflexão sobre as relações humanas e as instituições que regulavam as
sociedades. Como resultado, obtiveram uma série de princípios que fundamentaram o
marxismo, também conhecido como socialismo científico.

Por meio do chamado materialismo histórico, compreenderam que as sociedades


humanas viabilizam suas relações a partir da forma pela qual os bens de produção são
distribuídos entre os seus integrantes. Dessa forma, as condições socioeconômicas
(infraestrutura) acabavam determinando como a cultura, o regime político, a moral e os
costumes (superestrutura) se configurariam.

Um exemplo dessa condição pode ser vista no processo revolucionário francês. Nesse
evento histórico, o socialismo científico observa que o desenvolvimento da economia
capitalista foi impondo a criação de um novo regime político, leis e costumes que se
adequavam a essa nova realidade. Nesse sentido, os arcaicos costumes feudais bem
como seus demais representantes acabaram sendo combatidos.

Além disso, o pensamento marxista alega que o materialismo dialético seria uma das
molas propulsoras fundamentais que alimentam as transformações históricas. Dessa
forma, no momento em que um sistema econômico passa a expor os seus problemas e
contradições, os homens passam a refletir e lutar por novas formas de ordenação que
possam se adequar às novas demandas.

Por isso, ao avaliar os mais diferenciados contextos históricos, Marx e Engels chegaram
à conclusão de que a história das sociedades humanas se dá por meio da luta de classes.
Nessa perspectiva, o marxismo aponta que a oposição que se desenvolvia entre nobres e
camponeses na Idade Média seria uma variante da mesma relação de conflito que, no
mundo contemporâneo, ocorre entre a burguesia e o proletariado.

Pensando estrategicamente as contradições do capitalismo, Marx e Engels defendiam


que a superação definitiva de tal sistema seria alcançada por uma sociedade sem classes.
Contudo, para que isso fosse possível, os trabalhadores deveriam conduzir um processo
revolucionário incumbido da missão de colocar a si mesmos frente ao Estado, com a
instalação de uma ditadura do proletariado.

Esse regime ditatorial teria a função de assumir os meios de produção e socializar


igualmente as riquezas. Dessa forma, seriam dados os primeiros passos para o alcance
de uma sociedade igualitária. Na medida em que essa situação de igualdade fosse
aprimorada, o governo proletário cederia lugar para uma sociedade comunista onde o
Estado e as propriedades seriam finalmente extintas.

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Marxismo"; Brasil Escola. Disponível em


<https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conceitos-marxismo.htm>. Acesso em 18 de
marco de 2019.

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conceitos-marxismo.htm
Foi no estado alemão, agitado e cheio de problemas, que nasceu o marxismo. Essa
teoria não foi concebida apenas por Karl Marx(1818 – 1883), ele teve uma colaboração
ideológica e financeira de Friedrich Engels(1820 – 1895).

Eles escreveram em parceria o Manifesto Comunista (1848) e A ideologia alemã.


Algumas das obras de Marx foram: O 18 Brumário de Luís Bonaparte, Contribuição à
crítica da economia política, e a mais importante que foi O Capital. Já Engels escreveu
Anti-Duhring, A dialética da natureza, A origem da família, da propriedade privada e do
Estado e outras.

Eles formularam seu pensamento baseado na realidade social da sua época, que era de
um grande avanço técnico e aumento do controle da natureza pelo homem mas por
outro lado, a classe trabalhadora sofria mais opressão e ficava cada vez mais pobre. Sua
doutrina partiu do estudo dos economistas ingleses Adam Smith e David Ricardo e da
filosofia de Hegel.

Essa doutrina se compõe de uma teoria científica, o materialismo histórico, e de uma


teoria filosófica, o materialismo dialético. Segundo o materialismo, o mundo material é
anterior ao espírito e este deriva daquele. Marx chama de infra-estrutura a estrutura
material da sociedade, sua base econômica, que consiste nas formas pelas quais os
homens produzem os bens necessários à sua vida.

HISTÓRIA

Teoria Marxista – Marxismo

Foi no estado alemão, agitado e cheio de problemas, que nasceu o marxismo. Essa
teoria não foi concebida apenas por Karl Marx(1818 – 1883), ele teve uma colaboração
ideológica e financeira de Friedrich Engels(1820 – 1895).

Eles escreveram em parceria o Manifesto Comunista (1848) e A ideologia alemã.


Algumas das obras de Marx foram: O 18 Brumário de Luís Bonaparte, Contribuição à
crítica da economia política, e a mais importante que foi O Capital. Já Engels escreveu
Anti-Duhring, A dialética da natureza, A origem da família, da propriedade privada e do
Estado e outras.
Eles formularam seu pensamento baseado na realidade social da sua época, que era de
um grande avanço técnico e aumento do controle da natureza pelo homem mas por
outro lado, a classe trabalhadora sofria mais opressão e ficava cada vez mais pobre. Sua
doutrina partiu do estudo dos economistas ingleses Adam Smith e David Ricardo e da
filosofia de Hegel.

Essa doutrina se compõe de uma teoria científica, o materialismo histórico, e de uma


teoria filosófica, o materialismo dialético. Segundo o materialismo, o mundo material é
anterior ao espírito e este deriva daquele. Marx chama de infra-estrutura a estrutura
material da sociedade, sua base econômica, que consiste nas formas pelas quais os
homens produzem os bens necessários à sua vida.

A superestrutura corresponde à estrutura jurídico-política e a estrutura ideológica. A


posição do marxismo, é que a infra-estrutura determina a superestrutura, mas ao tomar
conhecimento das contradições, o homem pode agir ativamente sobre aquilo que o
determina. As manifestações da superestrutura passam a ser determinadas pelas
alterações da infra-estrutura decorrentes da passagem econômica do sistema feudal para
o capitalista. O movimento dialético da história se faz por um motor, que é a luta de
classes. Essa luta acontece porque as classes tem interesses antagônicos. No modo de
produção capitalista essa relação de antagonismo se dá porque o capitalista detém o
capital e o operário não possui nada, tendo que vender a sua força de trabalho.
A partir desse ponto, Marx formula uma de suas conceitos mais conhecidos que é a
mais-valia. Esse mais-valia é concebida quando o trabalhador vende ao capitalista a sua
força de trabalho por um valor estipulado num contrato. Acontece que ele produz mais
do que esperado, e como ele fica com tempo disponível dentro da empresa ele produz
um excedente que é a mais-valia. Essa mais-valia não é dividido com o trabalhador e
fica nas mãos do capitalista que vai acumulando o capital. A mais-valia é portanto o
valor que o trabalhador cria além de sua força de trabalho e é apropriado pelo
capitalista.

Outro conceito que Marx constrói é o da alienação. O trabalhador quando vende a sua
força de trabalho se torna estranho ao produto que concebeu. Essa perda do produto
causa outras perdas para o trabalhador, como a separação da concepção e execução do
trabalho, e ainda com o avanço tecnológico, ele fica sujeito ao ritmo da linha de
montagem, não tendo controle sobre o seu ritmo normal de trabalho. Para que o
trabalhador não se revolte, o capitalismo usa de mecanismos de introdução de ideologia
na cabeça das pessoas, para que estas se conformem com a situação de desigualdade.

O Socialismo

Para Karl Marx, a classe operária, organizada em um partido revolucionário, deverá


destruir o Estado burguês e organizar um novo Estado capaz de acabar com a
propriedade privada nos meios de produção. Esse novo Estado, que ele chama de
ditadura do proletariado, deverá liquidar a classe burguesa no mundo inteiro. Essa
primeira fase é chamada de socialismo, precisa de um aparelho estatal burocrático, um
aparelho repressivo e um aparelho jurídico. É nessa fase que se dará a luta contra a
antiga classe dominante, para se evitar a contra-revolução. O princípio do socialismo é:
“De cada um, segundo sua capacidade, a cada um segundo seu trabalho”.

A segunda fase, é chamada de comunismo, e se define pelo fim da luta de classes e


consequentemente o fim do Estado. Haveria um desenvolvimento prodigioso das forças
produtivas, que levaria a uma era de abundância, ao fim da divisão do trabalho em
trabalho material e intelectual, e a ausência de contraste entre cidade e campo e entre
indústria e agricultura. O princípio do comunismo é: “De cada um, segundo sua
capacidade, a cada um, segundo suas necessidades”. Com a passagem para o
comunismo, a luta de classes não mais seria entre dominantes e dominados, e sim entre
as forças progressistas e as forças conservadoras.

Correntes marxistas contemporâneas e as aplicações do método marxista

Lênin ( 1870 – 1924 ), teórico do marxismo, cujo verdadeiro nome era Vladimir Ilitch
Ulianov, foi também um revolucionário. Quando os socialistas revolucionários,
liderados pelos mencheviques, derrubaram os o czarismo em março de 1917, Lênin se
encontrava exilado na Suíça. Retornando à Rússia, liderou a facção dos bolcheviques,
que tomou o poder em outubro do mesmo ano. O seu propósito era restabelecer a
verdadeira concepção de Marx e Engels, deformada pela Segunda Internacional ( 1889
– 1914 ), a partir da qual alemães e franceses apoiaram a guerra imperialista de 1914.

Ele também rompeu com o teórico alemão Kautsky, acusando-o de oportunismo e de


adotar posições não revolucionárias, além de imprimir interpretações positivistas e não
dialéticas ao pensamento marxista. Propunha a quebra do Estado burguês pela violência
e instaurar a ditadura do proletariado, e foi contra os anarquistas que achavam
necessário abolir o Estado imediatamente. Sob o seu comando, a Rússia se tornou União
Soviética, onde acabou com a propriedade privada, planificou a economia, fez reformas
agrárias, nacionalizou bancos e fábricas.

Leon Trótski (1879 – 1940) foi companheiro de Lênin nas lutas de 1917, e defendia
revolução permanente, que significa o prolongamento da luta de classes em nível
nacional e internacional, que gerará a guerra civil interna e a guerra revolucionária
externa. Trótski foi muito perseguido pelo seu maior inimigo, Stálin, e refugiou-se no
México, onde foi assassinado por um stalinista.

Joseph Stálin (1879 – 1953), foi o sucessor de Lênin no poder da URSS e fortaleceu o
Estado ao ponto de transformá-lo num regime totalitário. Imprimiu ao socialismo um
caráter fortemente nacionalista, fortaleceu a polícia e o exército e desenvolveu o culto à
personalidade. Esteve menos preocupado com a teoria e mais com a formulação de
máximas de ação. Após sua morte, Kruchev assumiu o poder e promoveu o processo de
desestalinização.

Rosa Luxemburg (1871 – 1919), natural da Polônia, ajudou na formação da Liga


Espartaquinista e fundou o Partido Comunista Alemão. Defendia a tese da
espontaneidade das massas e criticava o partido único, cuja consequência é o governo
ditadorial de uma minoria. Alertou severamente sobre os perigos da burocracia, que
poderia levar à supressão da democracia.

Antônio Gramsci (1891 – 1937) foi um dos mais importantes teóricos italianos, preso
durante catorze anos pela ditadura fascista. Mesmo no cárcere, onde ficou até a morte,
escreveu muito, enfatizando a crítica ao dogmatismo do marxismo oficial, que ao
petrificar a teoria, impedia a prática revolucionária.

https://www.coladaweb.com/historia/teoria-marxista
Psicanálise

Psicanálise é um campo clínico e de investigação teórica da psique humana


independente da Psicologia que tem origem na Medicina [1][2], desenvolvido
por Sigmund Freud, médico que se formou em 1881, trabalhou no Hospital Geral de
Viena e teve contato com o neurologista francês Jean Martin Charcot, que lhe mostrou o
uso da hipnose.

Sigmund Freud, o pai da psicanálise.

Freud, médico neurologista austríaco, propôs este método para a compreensão e análise
do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente, abrangendo três áreas:

1. um método de investigação do psiquismo e seu funcionamento;


2. um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humano;
3. um método de tratamento caracterizado pela aplicação da técnica da Associação
Livre[3]

Essencialmente é uma teoria da personalidade e um procedimento de psicoterapia; a


psicanálise influenciou muitas outras correntes de pensamento e disciplinas das ciências
humanas, gerando uma base teórica para uma forma de compreensão da ética,
da moralidade e da cultura humana.[4]

Em linguagem comum, o termo "psicanálise" é muitas vezes usado como sinônimo de


"psicoterapia" ou mesmo de "psicologia". Em linguagem mais própria, no
entanto, psicologia refere-se à ciência que estuda o comportamento e os processos
mentais, psicoterapia ao uso clínico do conhecimento obtido por ela, ou seja, ao
trabalho terapêutico baseado no corpo teórico da psicologia como um todo, e psicanálise
refere-se à forma de psicoterapia baseada nas teorias oriundas do trabalho de Sigmund
Freud; psicanálise é, assim, um termo mais específico, sendo uma entre muitas outras
formas de psicoterapia, no entanto a psicanálise não é uma ciência, sendo na melhor das
hipóteses apenas uma prática médica[5].

Índice

 1Definição
 2Correntes, dissensões e críticas
 3Ver também
 4Autores importantes
 5Referências
 6Bibliografia
 7Ligações externas

Definição[editar | editar código-fonte]

De acordo com Sigmund Freud, psicanálise é o nome de (1) um procedimento para a


investigação de processos mentais que são quase inacessíveis por qualquer outro modo,
(2) um método (baseado nessa investigação) para o tratamento de distúrbios neuróticos,
e (3) uma coleção de informações psicológicas obtidas ao longo dessas linhas, e que
gradualmente se acumulou numa "nova" disciplina científica. [6] A essa definição
elaborada pelo próprio Freud pode ser acrescentada um tratamento possível da psicose e
perversão, considerando o desenvolvimento dessa técnica do pseudonimo.

Ainda segundo o seu criador, a psicanálise cresceu num campo muitíssimo restrito. No
início, tinha apenas um único objetivo — o de compreender algo da natureza daquilo
que era conhecido como doenças nervosas ‘funcionais’, com vistas a superar a
impotência que até então caracterizara seu tratamento médico. Em sua opinião, os
neurologistas daquele período haviam sido instruídos a terem um elevado respeito por
fatos químico-físicos e patológico-anatômicos e não sabiam o que fazer do fator
psíquico e não podiam entendê-lo. Deixavam-no aos filósofos, aos místicos e — aos
charlatães; e consideravam não científico ter qualquer coisa a ver com ele.[7]

Os primórdios da psicanálise datam de 1882 quando Freud, médico recém formado,


trabalhou na clínica psiquiátrica de Theodor Meynert, e mais tarde, em 1885, com o
médico francês Charcot, no Hospital Salpêtrière (Paris, França). Sigmund Freud, um
médico interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes
com sintomas neuróticos ou histéricos. Ao escutar seus pacientes, Freud acreditava que
seus problemas se originaram da não aceitação cultural; ou seja, seus desejos eram
reprimidos, relegados ao inconsciente. Notou também que muitos desses desejos se
tratavam de fantasias de natureza sexual. O método básico da psicanálise é o manejo da
transferência e da resistência em análise. O analisado, numa postura relaxada, é
solicitado a dizer tudo o que lhe vem à mente (método de associação livre). Suas
aspirações, angústias, sonhos e fantasias são de especial interesse na escuta, como
também todas as experiências vividas são trabalhadas em análise. Escutando o
analisado, o analista tenta manter uma atitude empática de neutralidade. Uma postura de
não-julgamento, visando a criar um ambiente seguro.

A originalidade do conceito de inconsciente introduzido por Freud deve-se à proposição


de uma realidade psíquica, característica dos processos inconscientes. Por outro lado,
analisando-se o contexto da época observa-se que sua proposição estabeleceu um
diálogo crítico à proposições Wilhelm Wundt (1832 — 1920) da psicologia com a
ciência que tem como objeto a consciência entendida na perspectiva neurológica (da
época) ou seja opondo-se aos estados de coma e alienação mental. [8]

Muitos colocam a questão de como observar o inconsciente. Se a Freud se deve o


mérito do termo "inconsciente", pode-se perguntar como foi possível a ele, Freud, ter
tido acesso a seu inconsciente para poder ter tido a oportunidade de verificar seu
mecanismo, já que não é justamente o inconsciente que dá as coordenadas da ação do
homem na sua vida diária.

Não é possível abordar diretamente o inconsciente (Ics.), o conhecemos somente por


suas formações: atos falhos, sonhos, chistes e sintomas diversos expressos no corpo.
Nas suas conferências na Clark University (publicadas como Cinco lições de
psicanálise) nos recomenda a interpretação como o meio mais simples e a base mais
sólida de conhecer o inconsciente. [9]
Outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é que ele introduz na dimensão
da consciência uma opacidade. Isto indica um modelo no qual a consciência aparece,
não como instituidora de significatividade, mas sim como receptora de toda significação
desde o inconsciente. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro "eu", e essa é
a grande ideia de que temos no inconsciente uma outra personalidade atuante, em
conjuntura com a nossa consciência, mas com liberdade de associação e ação.

O modelo psicanalítico da mente considera que a atividade mental é baseada no papel


central do inconsciente dinâmico. O contato com a realidade teórica da psicanálise põe
em evidência uma multiplicidade de abordagens, com diferentes níveis de abstração,
conceituações conflitantes e linguagens distintas. Mas isso deve ser entendido em um
contexto histórico cultural e em relação às próprias características do modelo
psicanalítico da mente.[10]

Correntes, dissensões e críticas[editar | editar código-fonte]

Diversas dissidências da matriz freudiana foram sendo verificadas ao longo do século


XX, tendo a psicanálise encontrado seu apogeu nos anos 50 e 60.

As principais dissensões que passou o criador da psicanálise foram C. G. Jung e Alfred


Adler, que participavam da expansão da psicanálise no começo do século XX. C. G.
Jung, inclusive, foi o primeiro presidente da Associação Internacional de Psicanálise
(IPA), antes de sua renúncia ao cargo e a seguidor das ideias de Freud. Outras
dissidências importantes foram Otto Rank, Erich Fromm e Wilhelm Reich. No entanto,
a partir da teoria psicanalítica de Freud, fundou-se uma tradição de pesquisas
envolvendo a psicoterapia, o inconsciente e o desenvolvimento da práxis clínica, com
uma abordagem puramente psicológica.

Desenvolvimentos como a psicoterapia humanista/existencial, psicoterapia reichiana,


dentre diversas e tantas terapias existentes, foram, sem dúvida, influenciadas pela
tradição psicanalítica, embora tenham conferido uma visão particular para os conteúdos
da psicologia clínica.

O método de interpretar os pacientes e buscar a cura de enfermidades físicas e mentais


através de um diálogo sistemático/metodológico com os pacientes foi uma inovação
trazida por Freud desenvolvido a partir de suas observações e experiência de tratamento
através da hipnose. Até então, os avanços na área da psicoterapia eram obsoletas e
tinham um apelo pela sugestão ou pela terapia com banhos, sangria (medicina) e outros
métodos antigos no combate às doenças mentais[11][12]. O verdadeiro choque moral
provocado pelas ideias de Freud serviu para que a humanidade rompesse, ou pelo
menos repensasse muito de seus tabus e preconceitos na compreensão da sexualidade,
tornando importantíssima sua contribuição ao conhecimento humano.

Na atualidade, a Psicanálise já não se limita à prática e tem uma amplitude maior de


pesquisa, centrada em outros temas e cenários, desenvolvendo-se como uma
ciência[13] psicológica autônoma. Hoje fica muito difícil afirmar se a Psicanálise é uma
disciplina da Psicologia ou uma Psicologia própria.[carece de fontes]

Após Freud, muitos outros psicanalistas contribuíram para o desenvolvimento e


importância da psicanálise. Entre alguns, podemos citar Melanie
Klein, Winnicott, Bion e André Green. No entanto, a principal virada no seio da
psicanálise, que conciliou ao mesmo tempo a inovação e a proposta de um "retorno a
Freud" veio com o psicanalista francês Jacques Lacan. A partir daí outros importantes
autores surgiram e convivem em nosso tempo, como Françoise Dolto, Serge André, J-D
Nasio e Jacques-Alain Miller.

Uma das recentes tendências é a criação da neuropsicanálise segundo


Soussumi [14] tendo como antecedentes a fundação do grupo de estudos de neurociência
e psicanálise no Instituto de Psicanálise em 1994 com a participação de Arnold Pfefer, e
o neurocientista da Universidade de Columbia como James Schwartz, que a partir de
1996, fica sobre a coordenação de Mark Solms, psicanalista inglês com formação em
neurociência, que vinha trabalhando em Londres e publicando trabalhos sobre o assunto
desde a década de 1980 que juntamente com Pfeffer, em Londres, julho de 2000 ,
organizam o I Congresso Internacional de Neuro-Psicanálise, onde é criada a Sociedade
Internacional de Neuro-Psicanálise.

Destaca-se ainda nesse ínterim a publicação do artigo intitulado Biology and the future
of psychoanalysis: a new intellectual framework for psychiatry (em português, “A
biologia e o futuro da psicanálise: uma nova estrutura intelectual para a psiquiatria”) do
neurocientista Eric Kandel, em 1999 . Segundo Kandel, a neurociência poderia fornecer
fundamentos empíricos e conceituais mais sólidos à psicanálise. Um ano após a
publicação do referido texto, em 2000, Kandel recebe o prêmio Nobel de medicina por
suas contribuições à neurobiologia, introduzindo o conceito de plasticidade neural. [

Autores importantes[editar | editar código-fonte]


 Anna Freud  Jacques Lacan
 Carl Gustav Jung  Jacques-Alain Miller
 Donald Winnicott  Jean-Bertrand Pontalis
 Ernest Jones  Melanie Klein
 Erik Erikson  Sigmund Freud
 Françoise Dolto  Slavoj Žižek
 Hermann Rorschach  Wilfred Bion
 Karl Abraham  Wilhelm Reich
 Jean Laplanche
 Strachey, J. (Ed.) Sigmund Freud, edição standard brasileira das obras de Sigmund
Freud 24 V. RJ, Imago, 1996
 Etchegoyen, R. Horacio : Fundamentos da Técnica Psicanalítica - 2ª Edição,
Editora: Artmed, 2004, ISBN 85-363-0206-2
 Rapaport, D. A estrutura da teoria psicanalítica (Estudos n 75). SP, Perspectiva,
1982
 Souza, P. C. As palavras de Freud, o vocabulário freudiano e suas versões. SP,
Companhia das Letras, 2010
 Hothersall, D. História da psicologia moderna. SP, McGraw-Hill, 2006
 Ferreira Netto, G. A. Wim Wenders : psicanálise e cinema. SP, Editora: Unimarco,
2001, ISBN 85-860-2233-0

Ligações externas
Teoria feminista

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Feminismo

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 e
A teoria feminista é a extensão do feminismo no discurso teórico, imaginário ou
filosófico. Destina-se a compreender a natureza da desigualdade de gênero. Ele examina
o papel social das mulheres, experiência, interesses, tarefas e política feminista em uma
variedade de campos, tais
como antropologia e sociologia, comunicação, psicanálise, economia
doméstica, literatura, educação e filosofia.

A teoria feminista se concentra em imaginar a desigualdade de gênero. Temas


imaginados no feminismo incluem a discriminação, a objetificação (especialmente
pessoal), opressão, o patriarcado, o matriarcado,[2][3] estereótipos, história da arte e arte
contemporânea,[4][5] e estética.[6][7]

História[editar | editar código-fonte]

Teorias feministas surgiram pela primeira vez já em 1794, em publicações tais como A
Vindication of the Rights of Woman por Mary Wollstonecraft, "The Changing Woman"
(A Mulher em Mudança),[8] "Ain't I a Woman?" (Não sou eu uma mulher?),[9] "Speech
after Arrest for Illegal Voting" (Discurso após a prisão de voto ilegal),[10] e assim por
diante. The Changing Woman é um mito Navajo que deu crédito a uma mulher que, no
final, povoa o mundo.[11] Em 1851, Sojourner Truth abordou questões de direitos das
mulheres através de sua publicação, "Ain’t I a Woman". Sojourner Truth abordou a
questão das mulheres que têm direitos limitados devido à percepção falha dos homens
das mulheres. Truth argumentou que, se uma mulher negra pode executar tarefas que
foram supostamente limitada aos homens, então qualquer mulher de qualquer cor
poderia executar as mesmas tarefas. Após sua prisão por votar ilegalmente, Susan B.
Anthony fez um discurso dentro de tribunal em que ela abordou as questões da
linguagem dentro da constituição documentada em sua publicação, "Discurso após a
prisão por voto ilegal" em 1872. Anthony questionou os princípios consagrados na
constituição e sua linguagem de gênero masculino. Ela levantou a questão de por que as
mulheres são responsáveis para ser punidas nos termos da lei, mas elas não podem usar
a lei para sua própria proteção (as mulheres não podiam votar, nem tinham direito de
propriedade). Ela também questionou por que as mulheres devem respeitar leis que não
especificam as mulheres.

Nancy Cott faz uma distinção entre o feminismo moderno e seus antecedentes, em
especial a luta pelo sufrágio. Nos Estados Unidos, ela coloca o ponto de viragem nas
décadas antes e depois que as mulheres obtiveram o voto em 1920 (1910-1930). Ela
argumenta que o movimento das mulheres antes foi principalmente sobre a mulher
como uma entidade universal, ao passo que ao longo deste período de 20 anos,
transformou-se em principalmente preocupado com a diferenciação social, atento à
individualidade e diversidade. Novas questões tratadas mais com a condição da mulher
como uma construção social, identidade de gênero e relações dentro e entre os sexos.
Politicamente, isto representou uma mudança a partir de um alinhamento ideológico
confortável com a direita, para um mais radical associado com a esquerda.[12]

Susan Kingsley Kent diz que o patriarcado de Freud foi o responsável pela diminuição
do perfil feminismo nos anos entreguerras,[13] outras como Juliet Mitchell consideram
que isto é demasiado simplista desde que a teoria freudiana não é totalmente
incompatível com o feminismo.[14] Alguns estudos feministas deslocaram-se da
necessidade de estabelecer as origens da família, para analisar o processo
do patriarcado.[15] No pós-guerra, Simone de Beauvoir ficou em oposição a uma
imagem da "mulher no lar". De Beauvoir forneceu uma dimensão existencialista ao
feminismo com a publicação de Le Deuxième Sexe (O Segundo Sexo) em
1949.[16] Como o título indica, o ponto de partida é a inferioridade implícita das
mulheres, e a primeira pergunta de Beauvoir pergunta é "o que é uma mulher?". A
Mulher, ela percebe que é sempre percebida como a "outra", "ela é definida e
diferenciada com referência ao homem e não ele com referência a ela". Neste livro e seu
ensaio, "Mulher: Mito e Realidade", Beauvoir antecipa Betty Friedan na tentativa de
desmistificar o conceito masculino da mulher. "Um mito inventado pelos homens para
confinar as mulheres ao seu estado oprimidos. Para as mulheres não é uma questão de
afirmar-se como mulheres, mas de se tornar seres humanos em grande escala." "Não se
nasce mulher, mas torna-se mulher", ou como Toril Moi coloca "uma mulher se define
através da forma como ela vive a sua situação encarnada no mundo, ou, em outras
palavras, através da maneira pela qual ela faz algo que o mundo faz dela". Portanto, a
mulher deve recuperar seu sujeito, para escapar seu papel definido como "outra", como
um ponto cartesiano de partida.[17] Em sua análise do mito, ela aparece como aquela que
não aceita nenhum privilégio especial para as mulheres. Ironicamente, as filósofas
feministas tiveram que extrair de Beauvoir de fora da sombra de Jean-Paul Sartre para
apreciá-la plenamente.[18] Embora mais filosofá e romancista do que ativista, ela assinou
um dos manifestos da Mouvement de Libération des Femmes.
O ressurgimento do ativismo feminista na década de 1960 foi acompanhado por uma
literatura emergente de preocupações para a terra e espiritualidade, e ambientalismo.
Este, por sua vez, criou um ambiente propício para reacender o estudo e debate
sobre matrilinearidade, como uma rejeição do determinismo, como Adrienne
Rich[19] e Marilyn French,[20] enquanto para as feministas socialistas como Evelyn
Reed,[21] a realização do patriarcado está associado as propriedades do capitalismo.
Psicólogas feministas, como Jean Baker Miller, procurou trazer uma análise feminista
às teorias psicológicas anteriores, provando que "não havia nada de errado com as
mulheres, mas sim com a maneira como a cultura moderna ás viram."[22]

Elaine Showalter descreve o desenvolvimento da teoria feminista como tendo um


número de fases. O primeiro que ela chama de "crítica feminista" - onde a leitora
feminista examina as ideologias subjacentes nos fenômenos literários. O segundo
Showalter chama de "Ginocriticas" - onde a "mulher é produtora do sentido textual",
incluindo "a psicodinâmica da criatividade feminina e linguística e o problema de uma
linguagem feminina; a trajetória do indivíduo ou da carreira literária feminina coletiva e
da história literária". A última fase ela chama de "teoria do gênero." - Onde a "inscrição
ideológica e os efeitos literários do sistema sexo/gênero são explorados".[23] Este
modelo tem sido criticado por Toril Moi, que vê-lo como um modelo essencialista e
determinista para a subjetividade feminina. Ela também criticou-o por não ter em conta
a situação das mulheres fora do Ocidente.[24] A partir de 1970, as ideias psicanalíticas
que foram decorrentes no domínio do feminismo francês ganharam uma influência
decisiva sobre a teoria feminista. Psicanálise feminista desconstruiu as hipóteses fálicas
sobre o inconsciente. Julia Kristeva, Bracha Ettinger e Luce Irigaray desenvolveram
noções específicas e relativas a diferença sexual inconsciente, o feminino e
da maternidade, com amplas implicações para a análise do cinema e literatura.[25]

1. Brabeck, M. and Brown, L. (with Christian, L., Espin, O., Hare-Mustin, R.,
Kaplan, A., Kaschak, E., Miller, D., Phillips, E., Ferns, T., and Van Ormer, A.)
'Feminist theory and psychological practice', in J. Worell and N. Johnson
(eds.) Shaping the future of feminist psychology: Education, research, and
practice (Washington, D.C.: American Psychological Association, 1997),
pp.15-35
2. ↑ Gilligan, Carol, 'In a Different Voice: Women's Conceptions of Self and
Morality' in Harvard Educational Review (1977)
3. ↑ Lerman, Hannah, Feminist Ethics in Psychotherapy (Springer Publishing
Company, 1990) ISBN 978-0-8261-6290-8
4. ↑ de Zegher, Catherine. Inside the Visible. Massachusetts: MIT Press 1996
5. ↑ Armstrong, Carol and de Zegher, Catherine. Women Artists at the Millennium.
Massachusetts: October Books / MIT Press 2006. ISBN 0-262-01226-X
6. ↑ Arnold, Dana and Iverson, Margaret (Eds.). Art and Thought. Blackwell.
2003. ISBN 0-631-22715-6
7. ↑ Florence, Penny and Foster, Nicola. Differential Aesthetics. Ashgate.
2000. ISBN 0-7546-1493-X
8. ↑ "The Changing Woman" (Navajo Origin Myth). Feminist Theory: A Reader.
2nd Ed. Edited by Kolmar, Wendy and Bartowski, Frances. New York:
McGraw-Hill, 2005. 64.
9. ↑ Truth, Sojourner. "Ain’t I a Woman". Feminist Theory: A Reader. 2nd Ed.
Edited by Kolmar, Wendy and Bartowski, Frances. New York: McGraw-Hill,
2005. 79.
10. ↑ Anthony, Susan B. "Speech After Arrest for Illegal Voting". Feminist Theory:
A Reader. 2nd Ed. Edited by Kolmar, Wendy and Bartowski, Frances. New
York: McGraw-Hill, 2005. 91-95.
11. ↑ http://www.firstpeople.us/FP-Html-Legends/Changing_Woman-Navajo.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_feminista

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