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LUIZ FERNANDO ALVES NOVAES

DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS


DOMICILIARES URBANOS DO ESTADO DE MATO
GROSSO DO SUL

Campo Grande
LUIZ FERNANDO ALVES NOVAES

2018
DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
DOMICILIARES URBANOS DO ESTADO DE MATO
GROSSO DO SUL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade Anhanguera - UNIDERP, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Engenharia Ambiental.

Orientador: Danielle Oliveira

Campo Grande
2018
LUIZ FERNANDO ALVES NOVAES

DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES


URBANOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

SUBTÍTULO DO TRABALHO, SE HOUVER

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade Anhanguera - UNIDERP, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Engenharia Ambiental.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Me(a). Titulação Nome do


Professor(a)Hugo Koji Suekame

Prof. Dr. Hugo Henrique De Simone Souza(a).


Titulação Nome do Professor(a)

Prof. Me. Cesar Henrique Brum Ocampos(a).


Titulação Nome do Professor(a)
Campo Grande, 0514 de novedezembro de
2018

AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer, primeiramente, a Deus por me proporcionar o dom da
vida, pela oportunidade de ter caminhado até aqui e concluído esse trabalho.
Agradeço aos meus pais pelo apoio, incentivo e paciência por todo esse
período em que estiver cursando engenharia ambiental.
Agradeço também aos meus colegas da classe pela dádiva da amizade criada
ao longo desses 5 anos.
Agradeço aos professores que estiveram ali presentes e dispostos a nos ajudar
para uma aprendizagem sempre melhor.
NOVAES, Luiz Fernando Alves. Disposição final de resíduos sólidos do estado de
Mato Grosso do Sul. 2018. 33 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de
Engenharia Ambiental – Universidade Anhanguera - UNIDERP, Campo Grande, 2018.

RESUMO

Este presente estudo tem o objetivo de verificar o cenário da disposição de resíduos


sólidos domiciliares urbanos do estado de Mato Grosso do Sul por meio de revisão
literária, sua fundamentação baseou-se em temáticas sobre gestão de resíduos
sólidos. Refere-se a um trabalho descritivo com fins qualitativos e quantitativos
envolvendo os 79 municípios do estado. Onde observou-se que após 18 anos da
criação da PNRS permite-se afirmar que os municípios ainda estão longe de cumprir
as diretrizes da lei, conclui-se que apesar de vários esforços a grande maioria dos
municípios deposita seus resíduos sólidos gerados em lixões, uma parte significativa
já possui o Plano Municipal Integrado de Resíduos Sólidos, entretanto uma grande
parcela ainda não possui serviços de coleta seletiva, compostagem e organização dos
catadores, o único serviço prestado que aproxima da realidade dos planos elaborados
são as usinas/galpões de triagem, poréem existem possibilidades significativas desse
cenário mudar com a elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos juntamente
com as propostas de arranjos entre os municípios fazendo com que os custos
relacionados manuseio correto com resíduos sólidos seja mais coerente com a
realidade financeira dos municípios.

Palavras-chave: Resíduos sólidos; Disposição final de resíduos sólidos domiciliares


em Mato Grosso do Sul; Resíduos sólidos; Ggestão de Rresíduos Ssólidos.; Commented [DM1]: Não coloque frases, este campo é
destinado a apenas palavras.
Disposição Final.
NOVAES, Luiz Fernando Alves. End disposal of solid waste in the state of Mato
Grosso do Sul. 2018. 33 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia
Ambiental – Universidade Anhanguera - UNIDERP, Campo Grande, 2018.NOVAES,
Luiz Fernando Alves. Disposição final de resíduos sólidos do estado de Mato Grosso Commented [DM2]: Coloque em língua estrangeira.
do Sul. 2018. 33 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Ambiental – Formatted: Font: Not Bold
Universidade Anhanguera - UNIDERP, Campo Grande, 2018. Formatted: Default Paragraph Font
Formatted: Font: Not Bold

ABSTRACT

This study aims to verify the scenario of urban household solid waste disposal in the
state of Mato Grosso do Sul by means of a literary review, its basis was based on solid
waste management. Refers to a descriptive work with qualitative and quantitative
purposes involving the 79 municipalities of the state. Where it was observed that after
18 years of the creation of the PNRS it is possible to state that municipalities are still
far from complying with the law, it is concluded despite several efforts, the majority of
municipalities deposit their solid waste generated in dumps, significant part already
has the Integrated Municipal Plan of Solid Waste, however a large portion still does
not have services of selective collection, composting and organization of the collectors,
the only service provided that approximates the reality of the plans elaborated are the
factories / warehouses of sorting, there is a significant possibility of this scenario
change with the elaboration of the State Solid Waste Plan together with the proposals
of arrangements between the municipalities making the costs related to correct
handling of solid waste be more coherent with the financial reality of the municipalities.

Key-words: Final disposition of solid residues in Mato Grosso do Sul; Solid wastes;
solid waste management.Solid wastes; Mato Grosso do Sul; Solid waste management;
End disposal.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Disposição final dos RSU coletados no brasil (T/ano) .............................. 15


Figura 2 - Situação da disposição final de resíduos domiciliares dos municípios do
estado. ...................................................................................................................... 17
Figura 3 - Situação dos catadores nos municípios do Estado de Mato Grosso do Sul.
.................................................................................................................................. 23
Figura 4 – Situação dos aterros sanitários, o da esquerda em Aquidauana e o da
direita em Guia Lopes da Laguna. ............................................................................ 24
Figura 5 – Mapa dos arranjos propostos para Mato Grosso do Sul. ......................... 27
Figura 6 – Custos dos municípios relacionados à triagem, transbordo e disposição
final. ........................................................................................................................... 28
Figura 7 - Variação dos custos mensais diante da demanda diária de tratamento de
resíduos sólidos para cada arranjo. .......................................................................... 29
Figura 1 - Disposição final dos RSU coletados no brasil (T/ano) .............................. 15
Figura 2 - Situação da disposição final de resíduos domiciliares dos municípios do
estado. ...................................................................................................................... 17
Figura 3 - Situação dos catadores nos municípios do Estado de Mato Grosso do Sul.
.................................................................................................................................. 23
Figura 4 – Situação dos aterros sanitários, o da esquerda em Aquidauana e o da
direita em Guia Lopes da Laguna. ............................................................................ 24
Figura 5 – Mapa dos arranjos propostos para Mato Grosso do Sul. ......................... 27
Figura 6 – Custos dos municípios relacionados à triagem, transbordo e disposição
final. ........................................................................................................................... 28
Figura 7 - Variação dos custos mensais diante da demanda diária de tratamento de
resíduos sólidos para cada arranjo. .......................................................................... 29
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Taxa de cobertura do serviço de coleta de RSDU dos municípios


participantes segundo região geográfica. ................................................................. 13
Tabela 2 - Quantidade diária de resíduos sólidos domiciliares encaminhados para
diferentes formas de destinação final. ...................................................................... 14
LISTA DE QUADROS Commented [DM3]: Não é necessário fazer lista com
apenas 1 quadro.

Quadro 1 - Consórcios intermunicipais existentes no Mato Grosso do Sul. .............. 25


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABRELPE Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos


Sólidos
CIDECO Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Colônia

CIDECOL Consórcio Intermunicipal para Desenvolvimento da Costa Leste

CIDEMA Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Integrado das Bacias


Hidrográficas do Rio Miranda e Apa
CODEVALE Consórcio Público de Desenvolvimento do Vale do Ivinhema
COINTA Consórcio Intermunicipal para Desenvolvimento Sustentável da Bacia do
Rio Taquari
CONISUL Consórcio Intermunicipal para Desenvolvimento Sustentável da Região
Sul de Mato Grosso do Sul
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
MP-MS Ministério Público de Mato Grosso do Sul
MS Mato Grosso do Sul
ONU Organização das Nações Unidas
PERS-MS Plano Estadual de Resíduos Sólidos de Mato Grosso do Sul
PMGIRS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
PNRS Política Nacional dos Resíduos Sólidos
RSDU Resíduos Sólidos Domiciliares Urbanos
RSU Resíduos Sólidos Urbanos
SNIS Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento
TCE-MS Tribunal de Conta do Estado de Mato Grosso do Sul
UTR Usina de Triagem de Resíduos
Formatted: Centered

SUMÁRIO Formatted: Bottom: 1.08"

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 1311


2. SITUAÇÃO DA DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
DOMICILIARES DOS MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO DO SUL ......................... 13
3. DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES DOS
MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO DO SUL ............................................................ 19
4. PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA DISPOSIÇÃO FINAL ADEQUADA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES PARA MUNICÍPIOS DO ESTADO DE
MATO GROSSO DO SUL......................................................................................... 24
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 30
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 3231
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14 Formatted: Default Paragraph Font, Font: Bold, Check
spelling and grammar, All caps
2. SITUAÇÃO DA DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Formatted: Default Paragraph Font, Font: Bold, Check
DOMICILIARES DOS MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO DO SUL ......................... 13 spelling and grammar, All caps
Formatted: Default Paragraph Font, Font: Bold, Check
3. DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES DOS spelling and grammar, All caps
MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO DO SUL ............................................................ 19
Formatted: Default Paragraph Font, Font: Bold, Check
4. PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA DISPOSIÇÃO FINAL ADEQUADA DE spelling and grammar, All caps

RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES PARA MUNICÍPIOS DO ESTADO DE Formatted: Default Paragraph Font, Font: Bold, Check
spelling and grammar, All caps
MATO GROSSO DO SUL......................................................................................... 24
Formatted: Default Paragraph Font, Font: Bold, Check
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 30 spelling and grammar, All caps
Formatted: Default Paragraph Font, Font: Bold, Check
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32 spelling and grammar, All caps
Formatted: Default Paragraph Font, Font: Bold, Check
spelling and grammar, All caps
Formatted: Default Paragraph Font, Font: Bold, Check
spelling and grammar, All caps
Formatted: Default Paragraph Font, Font: Bold, Check
spelling and grammar, All caps
Formatted: Default Paragraph Font, Font: Bold, Check
spelling and grammar, All caps
13

1. INTRODUÇÃO Commented [DM4]: Logo da Instituição apenas na capa.


Formatted: Top: 1.08", Not Different first page header

Um dos diversos desafios e preocupações da sociedade está relacionado à


sustentabilidade do planeta, é o aumento constante da geração de resíduos sólidos
por parte de todo âmbito da sociedade civil e para completar o total descaso com a
disposição final dos resíduos gerados, porém controlar ou diminuir a geração é um
trabalho relativamente difícil de ser realizado, pelo fato de estar diretamente ligada as Commented [DM5]: Sugiro trocar termos.

atividades antrópicas. Segundo um estudo feito pela ABRELPE (2016) a geração de


resíduos sólidos domiciliares urbanos no brasil atingiu um patamar de 218.874ton/dia
no período entre os anos de 2014 e 2015. A gestão correta e um manejo adequado
dos resíduos sólidos pode ser a solução para minimizar o aumento excessivo na
geração dos resíduos.
A Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), estabelecida pela lei
12.305/2010, compreende de forma genérica, o conjunto de princípios, objetivos,
instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo Federal, tem como Commented [DM6]: Sugiro retirar.

princípio básico ações como: a não geração, a redução, a reciclagem, o tratamento


dos resíduos sólidos e a destinação final adequada ambientalmente.
No Brasil, segundo o ministério do meio ambiente, muitos municípios ainda
descumprem a legislação vigente, Lei 12.305/2010 que determina a extinção dos Commented [EL7]: Legislação vigente

lixões a céu aberto do país e substitui-los por aterros sanitários. A lei dava prazo de
quatro anos para que eles se adequassem, ou seja, em 2014 deveriam estar em
conformidades, mas um projeto aprovado pelo senado determinou prazo escalonado
de acordo com o município, o projeto previa que capitais e regiões metropolitanas
teriam até julho de 2018 para acabar com os lixões, municípios de fronteira e os com
mais de 100 mil habitantes (baseado no CENSO 2010), teriam um anos a mais para
implementação de aterros sanitários, cidades que tem entre 50 e 100 mil habitantes
prazo até julho de 2020 e para os municípios com menos de 50mil habitantes prazo
até julho de 2021 (VANZELLA; LEVY; SURUAGY, 2016). Diante da atual política
nacional de resíduos sólidos (PNRS) criada em 2010 e com prazo final para os
municípios se adequarem prorrogado por várias vezes e posteriormente a conclusão
do plano estadual de resíduos sólidos de Mato Grosso do Sul, como se encontra o
cenário de disposição final dos resíduos sólidos domiciliares urbanos do estado?
O objetivo geral trabalho é verificar por meio de revisão de literatura o atual
cenário de destinação final de resíduos sólidos domiciliares urbanos de Mato Grosso
14

do Sul, bem como as alternativas utilizadas pelos municípios do estado. Para atingir
o objetivo foram elaborados três objetivos específicos:
 Pesquisar dados secundários da situação de disposição final de resíduos
sólidos domiciliares dos municípios de Mato Grosso do Sul;
 Diagnosticar a gestão de resíduos sólidos domiciliares dos municípios de
Mato Grosso do Sul;
 Verificar a existência de proposta de solução para disposição final adequada
de resíduos sólidos domiciliares para os municípios do estado de Mato Grosso do Sul.
Para elaboração deste trabalho sobre a disposição final de resíduo sólidos
domiciliares do estado de Mato Grosso do Sul, foi utilizada a revisão de literatura.
Foram aplicados para fundamentação da pesquisa, trabalhos realizados nos últimos
dez anos além de locais periódicos como livros, artigos e internet. Foram consideradas
informações que caracterizam a disposição final dos resíduos sólidos dos municípios
do estado, tais como Aterros sanitários, lixões e consórcios intermunicipais, e
utilização de palavras chaves como: resíduos sólidos, disposição final de resíduos no
MS, aterros sanitários do estado de Mato Grosso do Sul, geração de resíduos sólidos
no Brasil.
Formatted: Top: 1.08"
13

2. SITUAÇÃO DA DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS


DOMICILIARES DOS MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO DO SUL

Segundo levantamento da Organização das Nações Unidas – ONU Brasil


(2016), o país destina cerca de 80 mil toneladas de RSU – Resíduos Sólidos Urbanos
-todos os dias de forma inadequada, isso equivale a cerca de 40% de todo lixo
coletado. Ao contrário do que se era esperado a crise econômica no brasil não reduziu
a quantidade de RSDU (resíduos sólidos domiciliares urbanos) gerados pela
população, mostrando que o consumismo não possui relação direta com a produção
de “lixo” urbano, os habitantes do pais cresceram cerca de 0,8% e a geração de
resíduos total aumentou 1,7% (GALLARDO,2017).
Conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA (2012) a
coleta e transporte de RSDU, vem evoluindo desde 2001 e cresce continuamente, em
2009 essa taxa alcançou quase 90% do total de domicílios, apesar do índice no
território estar distribuído de forma desigual.
De acordo com Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento – SNIS
(2018) o índice de cobertura de coleta domiciliar de resíduos no Brasil foi de 98,6%
pela terceira vez consecutiva, considerando coleta indireta e direta. Pode-se observar
na Tabela 1Tabela 1Tabela 1 a taxa de cobertura do serviço de coleta domiciliar das Formatted: Font: (Default) Arial
Formatted: Font: (Default) Arial
regiões brasileiras dos municípios participantes.

Tabela 1 - Taxa de cobertura do serviço de coleta de RSDU dos municípios


participantes segundo região geográfica.
Taxa de cobertura da coleta domiciliar em
Quantidade de Quantidade de relação à população urbana
Região
municípios
Mínimo (%) Máximo (%) Indicador (%)
Norte 221 8,2 100 95,6
Nordeste 871 16,4 100 97,1
Sudeste 1.307 29,3 100 99,3
Sul 981 9,6 100 99,4
Centro Oeste 290 21,3 100 98,8
Total (2016) 3670 8,2 100 98,6
Total (2015) 3520 15,9 100 98,6
Total (2014) 3765 14,5 100 98,6
Fonte: SNIS, (2018).
14

Entretanto, apesar do resultado ser alto, percebe-se quem nem todos os


municípios das regiões participam do levantamento, e pelo menos, 43 cidades dos
3.670 participantes cerca de 1,2% não atingem 50% do patamar de cobertura de sua
população, deste montante 17 são da região Nordeste, 11 da Sul, 7 da Norte, 5 da
Sudeste e 3 da região Centro-Oeste (SNIS, 2018).
De acordo com D’Almeida (2000) existem quatro maneiras mais conhecidas de
disposição final de resíduos sólidos urbanos, são elas:
 Lixões: locais longe do centro das cidades onde são depositados no solo e
a céu aberto todos os tipos de resíduos coletados integram de forma inadequada a
disposição final dos resíduos sólidos urbanos.
 Aterro controlado: tem um menor teor prejudicial do que os lixões, uma vez
que os resíduos depositados no solo seguidamente são recoberto com terra,
reduzindo a poluição do local.
 Aterro sanitário: é a alternativa de maior vantagem, tendo em vista a redução
dos impactos, subdivisão da área de aterro em células para alocar o lixo; disposição
dos resíduos no solo anteriormente preparado tornando-se impermeável.
 Incineração: representa a queima dos rejeitos em um incinerador ou usina
de incineração, com temperaturas que ultrapassam os 900º C, tem a vantagem que é
a redução relevante do volume dos rejeitos municipais.
 A
Tabela 2
Tabela 2Tabela 2 ilustra a porcentagem em toneladas por dia dos resíduos
sólidos domiciliares para cada forma de disposição final no período entre os anos de
2000 e 2008 no Brasil.

Tabela 2 - Quantidade diária de resíduos sólidos domiciliares encaminhados para


diferentes formas de destinação final.
2000 2008
Destino final Quantidade Quantidade
% %
(t/d) (t/d)
Aterro
49.614,50 35,4 110.044,40 58,3
Sanitário
15

Aterro
33.854,30 24,2 36.673,20 19,4
Controlado
Lixão 45.484,70 32,5 37.360,80 19,8
Total 128.953,50 - 184.078,40 -
Fonte: IPEA, (2012).

Conclui-se que 50,5% dos municípios brasileiros existe a presença de “lixões”,


o que corresponde a 19,8% da quantidade total encaminhados para um destino final
(IPEA, 2012).
De acordo com a ABRELPE (2016), a disposição final de resíduos sólidos
domiciliares urbanos no território nacional demonstrou uma piora em comparação ao
ano anterior, de 58,7% para 58,4% ou seja, 41,7 milhões de toneladas de resíduos
foram enviadas para aterros sanitário. O percurso de destinação final inadequada
continua sendo trilhado por cerca de 3.331 das municipalidades brasileiras, os
mesmos destinaram mais 29,7 milhões de toneladas de resíduos, o que corresponde
em 41,6% de todo o resíduos coletado no ano de 2016, para aterros controlados ou
lixões, esses que não possuem nenhum tipo de sistema ou medidas necessárias
contra danos ambientais, como pode-se observar no gráfico da Figura 1Figura 1Figura Formatted: Font: (Default) Arial
Formatted: Font: (Default) Arial
1.

Figura 1 - Disposição final dos RSU coletados no brasil (T/ano)

Fonte: Pesquisa ABRELPE, (2016)


16

O Gráfico 1Gráfico 1Gráfico 1 mostra a quantidade em toneladas por dia da disposição


final de resíduos sólidos urbanos por tipo de destinação.

Gráfico 1 - Disposição final de RSU no Brasil (T/dia)

60.00%
114.189
116.631

50.00%

40.00%
2015
30.00%
2016
47.942

47.315

33.948

20.00%
34.177

10.00%

0.00%
ATERRO SANITÁRIO ATERRO CONTROLADO LIXÃO

Fonte: Pesquisa ABRELPE, (2016).

Comparando os dados do período entre 2008 a 2016 observa-se uma evolução


de 3,76% na quantidade de resíduos destinados a aterros sanitários ao decorrer dos
anos, no aterro controlado ocorreu um aumento de 29% na disposição e nos lixões
houve uma redução de 9%.O Gráfico 2Gráfico 2Gráfico 2 abaixo sistematiza a
disposição final dos resíduos sólidos domiciliares dos estado de Mato Grosso do Sul
nos diferentes tipos de destinação final.
17

Gráfico 2 - Destinação final dos resíduos sólidos do MS.

0.00% 10.00% 20.00% 30.00% 40.00% 50.00% 60.00% 70.00% 80.00%

Aterro Sanitario (privado) Aterro Sanitario (próprio) Lixão

Fonte: TCE-MS/ESCOEX, (2016).

Vale ressaltar que existem 9 aterro sanitários no processo de implantação e


não manifestam prenúncio para seu funcionamento, pois apresentam-se aterros de
pequeno porte não possuem proporção para operarem com as vantagem técnicas,
financeira e ambiental (TCE-MS,2016).
Segundo o Plano Estadual de Resíduos Sólidos de Mato Grosso do Sul (PERS-
MS) dentre os resíduos domiciliares, comerciais e de prestadores de serviços, 17,72%
dos municípios destinam esses resíduos para aterros sanitários licenciados, e 10
municípios fazem a disposição através de aterros controlados, método o “lixão” é
coberto com terra. A Figura 2Figura 2Figura 2 contempla a situação a do estado de
MS.
18

Figura 2 - Situação da disposição final de resíduos domiciliares dos municípios do


estado.

Fonte: PERS-MS, (2017).

Conforme a figura 2 e Bernardes et al. (2017) o estado ainda se encontra numa


situação bem a baixo do esperado no que está relacionado à disposição final de
resíduos sólidos domiciliares urbanos mais de 75% dos municípios do estado de Mato
Grosso do Sul precisam dar uma destinação final ambientalmente correta em seus
resíduos sólidos e se adequar nas diretrizes da Política Nacional dos Resíduos Sólidos
(PNRS), dos 79 municípios do estado cerca de 62 ainda utilizam lixões como
destinação final dos seus resíduos sólidos, isso equivale a 78,5%. Do restante dos
municípios apenas 7 (8,9%) realizam de forma adequada sua disposição final em
aterros sanitários próprios e 10 (12,6%) destinam seus resíduos utilizando o
transbordo do resíduo para aterros sanitários privados.

.
19

3. DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES


DOS MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO DO SUL

O instrumento básico de uma gestão municipal relacionada a resíduos sólidos


é o Plano municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS, no estado
de Mato Grosso do Sul dos seus 79 municípios, 46 possuem esses planos elaborados,
29 em elaboração e 4 não elaborados. O prazo final legal era até 02 de agosto de
2012 para finalizar os planos municipais, e alguns dos municípios encontram-se em
inconformidade (PERS, 2017). A Gráfico 3Gráfico 3Gráfico 3 mostra a situação dos
municípios com relação a existência de PMGIRS.

Gráfico 3 - Situação dos Municípios quanto a elaboração dos instrumentos de


planejamento para resíduos sólidos.

Planos Elaborados
29
Planos em Elaboração
46
Planos não Elaborados

Fonte: PERS-MS, (2017). Commented [DM8]: Comente a figura.

Conclui-se que dentre os municípios do estado 58% atendem a exigência de


possuir um PMGIRS, estando em conformidade para receber recursos federais, ou
controlados pela união designados a empreendimentos e serviços ligados à gestão
de resíduos sólidos, 37% estão com os planos em processo de elaboração e 5% das
municipalidades ainda não o possuem e nem estão elaborando os mesmos (PERS-
MS, 2017).
20

No cumprimento da legislação outro ponto crucial é a implantação de coleta


seletiva, uma vez que os objetivos estabelecidos é que apenas o rejeito seja
encaminhado para aterros sanitários (MP-MS, 2015).
Segundo Júnior (2017) no que está relacionado a abrangência da coleta
seletiva dos municípios do estado de mato grosso do sul, 24% alegaram possuir o
serviço de coleta seletiva, 76% municípios não desempenham o serviço. Dentre os
que possuem 63% confirmam uma totalidade de atendimento no seu território urbano
e 37% realizam uma coleta parcial. O Gráfico 4Gráfico 4Gráfico 4 contempla em
porcentagem os municípios do estado que possuem coleta seletiva, bem como os que
coletam em todo seu território urbano.

Gráfico 4 - Situação quanto a coleta seletiva e abrangência da coleta nos municípios


que a possui.

Total
63%

Não Possui Possui


76% 24%

Parcial
37%

Fonte: JÚNIOR, (2017). Commented [DM9]: Comente a figura.

Observa-se com os dados do gráfico acima que cerca 19 municípios do estado


possuem serviços de coleta seletiva e 60 alegaram não possuir, dentre eles 12
declaram possuir uma coleta com abrangência total em seu perímetro urbano e 7
coletam parcialmente (JÚNIOR, 2017).
Outro instrumento importante para redução para redução do volume
encaminhado para os aterros são as usinas de triagem de resíduos (UTRs) e a
compostagem de resíduos orgânicos. UTRs são primordiais para separação de
21

materiais que posteriormente serão encaminhados para reciclagem e a compostagem


dos resíduos orgânicos é essencial não só para o tratamento (são os que mais
produzem chorume), mas para aumentar a vida útil nos aterros (MP-MS, 2015). O
Gráfico 5Gráfico 5Gráfico 5 expõe a situação dos municípios referente a estruturas de
triagem.

Gráfico 5 - Situação dos municípios com relação a triagem.


GT-desativado UTR-desativada Não possui GT-em operação UTR-em operação

36%
33%

15%

11%

5%

Fonte: MP-MS, (2015).

Conclui-se que com relação a situação de triagem nos municípios do estado


que 28 não possuem espaço para o serviço, 26 constam com usinas em operação, 4
estão com as usinas desativadas, 12 apresentam galpão em operação para exercer
as atividades 9 dispõem de galpões desativados (MP-MS, 2015).
Segundo o PERS-MS (2017) apenas 7,59% municípios contam com uma
estrutura de compostagem de resíduos orgânicos em funcionamento, dentre eles
2,53% unidades são de empresas particulares e 5,06% realizadas por empresas
terceirizadas, os demais 92,41% municípios não praticam nenhuma medida que evite
a destinação desses resíduos em aterros. O Gráfico 6Gráfico 6Gráfico 6 ilustra a
operacionalização das unidades de compostagem do Estado.
22

Gráfico 6 - Formas de operacionalização das unidades compostagens do Estado de


Mato Grosso do Sul.
Não possui Empresa tercerizada Empresa particular

92.41%

5.06%

2.53%

Fonte: PERS-MS, (2017).

Entende-se que 6 municípios contam com unidades de compostagem, entre


eles 4 são realizados por empresas terceirizadas e 2 por empresas particulares, e 73
municípios não possuem nenhuma unidade de compostagem, dados preocupantes
relacionados a quantidade de resíduos orgânicos enviado aos aterros sanitários
(PERS-MS, 2017).
Não menos importante na temática relacionada a gestão municipal de resíduos
sólidos domiciliares a priorização do municípios para organização e funcionamento de
cooperativas e/ou associações de catadores dos materiais recicláveis, geralmente
compostas por pessoas de baixa renda, o levantamento apontou que 57 municípios
não contemplam de uma organização de catadores, 7 possuem cooperativa, 14
constam associações e 1 ambas formas de organização (MP-MS, 2015). A Figura
3Figura 3Figura 3 expõe a situação dos catadores dos municípios do estado.
23

Figura 3 - Situação dos catadores nos municípios do Estado de Mato Grosso do Sul.

Fonte: MP-MS (2015).

Observando os dados apresentados pode-se afirmar que o estado de Mato


Grosso do Sul está longe de cumprir algumas das determinações como PMGIRS,
Coleta Seletiva, Unidades de Compostagem e organização de Catadores, para que
seus municípios tenham uma gestão relacionada aos resíduos sólidos eficiente e um
aumento na vida útil dos aterros sanitários (MP-MS, 2015).
24

4. PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA DISPOSIÇÃO FINAL ADEQUADA DE


RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES PARA MUNICÍPIOS DO ESTADO DE Commented [DM10]: Procure desenvolver mais o texto
sobre o capítulo para fundamentar melhor o trabalho sem a
MATO GROSSO DO SUL adição de muitas figuras ou quadros.

Segundo Bernardes et al. (2017) na maior parte dos municípios do estado as


chances de investimentos eram muitos obsoletas, dificultando as ações do poder
público municipal, em contrapartida alguns municípios que progrediram adquirindo
recursos para implantação de aterros sanitários, depararam-se com alguns dilemas
não permitindo que avanços para alcançar a eficácia do seus aterros, projetaram-se
aterros para receber pouco volume e um prazo de vida menor. Como exemplo tem-
seos a cidade de Aquidauana, onde elaborou-se o projeto, obteve-se o capital para Commented [DM11]: Seja sempre impessoal, evite o
uso dos “emos, imos, amos, irei, farei...”
implantar ou-se o aterro sanitário incluindo o tratamento do lixiviado, no entanto por É fundamental tomar cuidado para que os verbos sejam
utilizados na terceira pessoa do singular, evitando usar a terceira
pessoa do plural e nunca a primeira pessoa. Seja sempre
complicações na forma em que foi operado, tornou-se um lixão. O município de Guia impessoal.
Lopes da Laguna passou por um problema semelhante, o aterro sanitário funcionava
Commented [DM12]: Reescrever
normalmente, porém sua vida útil terminou e sem a existência de capital e
planejamento para construção de uma nova vala o aterro passou a operar de forma
inadequada. A Figura 4Figura 4Figura 4 ilustra a situação dos aterros sanitários nas Formatted: Font: (Default) Arial
Formatted: Font: (Default) Arial
cidades mencionadas acima.

Figura 4 – Situação dos aterros sanitários, o da esquerda em Aquidauana e o da


direita em Guia Lopes da Laguna.

Fonte: Bernardes et al. (2017).

Constata-se a partir da figura 4 acima que o planejamento de aterros com pouca


vida útil, a inexistência de segregação dos resíduos, a baixa demanda e a falta de
capacidade técnica e econômica do poder executivo, faz com que a operacionalização
dos mesmo seja de custos elevados (BERNARDES et al. 2017).
25

Diante do cenário encontrado o poder público procurou solucionar os


problemas por meio de arranjos entre os municípios em consórcios públicos, onde foi
possível mostrar a viabilidade econômica para disposição final dos resíduos
domiciliares de maneira correta atingindo resultado eficaz em um prazo longo,
aumentando a eficiência de ações de outras fontes do capital privado (TCE-MS, 2016).
Conforme Bernardes et al. (2017) para proposta definitiva dos arranjos realizou-
se vários testes de viabilidade econômica e técnica, simulações de vários cenários,
os seguintes fatores foram essenciais para a escolha da cidade onde o aterro sanitário
posteriormente será instalado, tais como: a cidade que mais gera resíduos, centro
urbanos com aterros sanitários instalados, porem fora de operação e os custos para
a criação do transbordo. Segundo Junqueira (2006) consorcio são agremiações que
agregam vários municípios para realizar ações conjuntas, e que não alcançariam os
mesmos resultados ou utilizariam mais recursos e mais tempo se fossem realizados
individualmente.
Além dos critérios citados acima, de acordo com o PERS-MS (2017) foram
utilizados parâmetros como: unidade de gerenciamento e planejamento, distancias
entre as municipalidades, e características das malhas viária, levantamento de
arranjos já existentes em Mato Grosso do Sul. Atualmente no estado do Mato Grosso
do Sul existem apenas 6 consórcios públicos intermunicipais, 88,61% ou seja 70
municípios estão inseridos em algum dos referidos consórcios, como ilustra o Quadro
1Quadro 1Quadro 1.

Quadro 1 - Consórcios intermunicipais existentes no Mato Grosso do Sul.


Consórcios intermunicipais Municípios integrantes Formatted: Font: 10 pt
Glória de Dourados, Deodápolis, Jatei,
Consórcio Intermunicipal de Commented [DM13]: O tamanho da fonte dentro do quadro
Vicentina, Fátima do Sul, Itaporã, Douradina,
Desenvolvimento da Colônia deve ser 10
Rio Brilhante, Novo Horizonte do Sul e Nova
(CIDECO) Formatted: Font: 10 pt
Alvorada do Sul.
Água Clara, Aparecida do Taboado, Formatted: Font: 10 pt
Consórcio Intermunicipal para
Cassilândia, Chapadão do Sul, Inocência, Formatted: Font: 10 pt
Desenvolvimento da Costa Leste
Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Selvíria e Três
(CIDECOL) Formatted: Font: 10 pt
Lagoas
Anastácio, Antônio João, Aquidauana, Bela
Consórcio Intermunicipal para o Vista, Bonito, Camapuã, Caracol, Corguinho, Formatted: Font: 10 pt
Desenvolvimento Integrado das Bacias Corumbá, Guia Lopes da Laguna, Jaraguari,
Hidrográficas do Rio Miranda e Apa Jardim, Ladário, Maracaju, Miranda, Nioaque,
(CIDEMA) Porto Murtinho, Rio Negro, Rochedo e
Sidrolândia.
Consórcio Público de Desenvolvimento do Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Formatted: Font: 10 pt
Vale do Ivinhema Brasilândia, Ivinhema, Nova Andradina, Novo
26

(CODEVALE) Horizonte do Sul, Santa Rita do Pardo e


Taquarussu.
Consórcio Intermunicipal para Alcinópolis, Bandeirantes, Costa Rica, Coxim, Formatted: Font: 10 pt
Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Figueirão, Pedro Gomes, Rio Verde de Mato
Rio Taquari Grosso, São Gabriel do Oeste e Sonora.
(COINTA)
Consórcio Intermunicipal para Amambai, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Formatted: Font: 10 pt
Desenvolvimento Eldorado, Iguatemi, Itaquirai, Japorã, Juti,
Sustentável da Região Sul de Mato Grosso Mundo Novo, Naviraí, Paranhos, Sete Quedas e
do Sul Tacuru.
(CONISUL)
Fonte: PERS-MS, (2017).

Pode-se que esse conjunto de municípios consociados já existentes


apresentam condições técnica, ambiental e economicamente viáveis, apenas um
contrato de rateio e de programa já atenderia a execução desse serviços por gestão
associada (PERS-MS, 2017).
A partir dos parâmetros citados anteriormente foram definidos três cenários de
regionalização, onde nesta etapa do planejamento seria escolhida a opção mais viável
nos pontos de vistas técnicos, sociais, econômicos e ambientais, após a análise dos
cenários foi definida novas hipóteses que retrataram a combinação de dois ou mais
municípios diferentes, o cenário 3 definiu-se apresentam 7 hipóteses diferentes. No
total foram formalizadas 11 modelagens de cooperação distintas até a escolha da mais
eficiente (PERS-MS, 2017). Observe a Figura 5Figura 5Figura 5. Formatted: Font: (Default) Arial
Formatted: Font: (Default) Arial
27

Figura 5 – Mapa dos arranjos propostos para Mato Grosso do Sul.

Fonte: TCE-MS/ESCOEX, (2016).

A figura 5 acima mostra que foram criadas propostas 14 arranjos


intermunicipais todo atendendo aos critérios já mencionados, pode-se notar que o
conjunto de municípios intitulados são sempre os ais próximos entre si para reduzir
relevantemente os custos.
De acordo com o TCE-MS (2016) com os arranjos foi possível avaliar os custos
mensal com triagem, transbordo e disposição final dos resíduos em razão da
quantidade de habitantes de cada município, obteve-se uma média de R$5,47 por
habitante/mês e R$1,90 como desvio padrão. A Figura 6Figura 6Figura 6 contempla
a relação de cada município.
28

Figura 6 – Custos dos municípios relacionados à triagem, transbordo e disposição


final.

Fonte: TCE-MS/ESCOEX, (2016).

Observa-se na figura acima os custo que cada município tem com e triagem,
transbordo e disposição final correta de seus resíduos sólidos. O distrito de Japorão é
o que possui o valor mais alto com R$14,09 por habitante/mês e a cidade de Itaporã
possui o menor valor com R$2,57 (TCE-MS 2016).
Conforme Bernardes et al. (2017). Como resumo dos cálculos financeiros com
relação aos 14 arranjos, a Figura 7Figura 7Figura 7 mostra os valores dos custos
totais do mês relacionados com aterros sanitários dos mais variados tamanho,
considera-se já os custos mensais, investimentos de implantação e ampliação com
um horizonte de 20 anos, além disso foi calculado os custos e implantação e operação
de um aterros com capacidade de receber até 30 ton./dia.
29

Figura 7 - Variação dos custos mensais diante da demanda diária de tratamento de


resíduos sólidos para cada arranjo.

Fonte: TCE-MS/ESCOEX, (2016).

Observando a Figura 7Figura 7Figura 7 conclui-se que o valor do custo de um


aterro com capacidade de recebimento de até 30 ton./dia mensal, é parecido com um
que recebe 100 ton./dia, custo esse girando em torno de R$200.000,00 por mês.
Ressaltando que 82,27% dos centros urbanos do estado seria atendido
individualmente com um aterro que recebe até 30 ton./dia, com isso a formação de
consorcio entre os municípios para divisão dos custos é a alternativa mais vantajosa
(BERNARDES et al. 2017).
30

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do presente estudo teve como objetivo expor um cenário


de como os municípios do estado de Mato Grosso Sul se apresentamestão lidando
com a destinação final adequada e a gestão dos seus resíduos sólidos domiciliares,
após 18 anos daa criação da Ppolítica nNacional de Rresíduos Ssólidos (lei
12.3050/2010) que expressa diretrizes para uma gestão correta dos resíduos e o fim
dos lixões, depois de 18 anos em que lei 12.305/2010 como o estado se apresenta. Commented [DM14]: Reescrever.

Foram levantados dados de fontes com credibilidade distintas, alcançou-se as


informaçõesão necessárias de todos os 79 centros urbanos que formam o estado
trazendo à tona a realidade que os mesmo se encontram.
Através de pesquisas bibliográficas conclui-se que o estado apesar de estar em
evolução assim como o território nacional, está bem abaixo do esperado, ainda possui
um número elevado de lixões em operação e sem previsões de parar. Outro dado
desalentador tem relação com o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos a maioria dos municípios do estado possui o plano elaborado, porém a coleta
seletiva, compostagem e organização dos catadores mostram números
desanimadores, bem inferior ao que se espera de um estado cujo os municípios em
sua maioria já possuem diretrizes, objetivos e metas expressos em seus PMGIRS.
Um único , único dados que se aproxima da realidade dos municípios com
planos elaborados são as usinas/galpões de triagem. Ainda assim existe uma
possibilidade de alavancar nesses pontos negativos com a criação do Plano Estadual
de Resíduos Sólidos com a atuação do ministério público.
, aA partir da proposta criada pode-se notar que o municípios não tinham uma
capacidade técnica para lidar com os serviços relacionados aos aterros sanitários,
alguns municípios até fizeram investimento em vão. A proposta expõe que a criação
dos 14 arranjos consorciados atenderia todos os municípios do estado com
planejamento de horizonte de no mínimo 20 anos para implantação e operação dos
aterros com custos mais próximos da realidade de cada cidade, além de organização
para melhorias na qualidade dos serviços. Commented [DM15]: Parágrafo extenso. Divida em
menores.
Vale destacar que que o manuseio correto com os resíduos sólidos pode-se
fornecer benefícios econômicos como geração de empregos, e socioambientais como
31

melhoria na qualidade de vida e diminuição da poluição ambiental. A conjunção entre


as cidades é um passo importantíssimo para um futuro sustentável.

Commented [DM16]: Retirar página em branco.


32

REFERÊNCIAS

ABRELPE, Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos


Sólidos. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2016. Disponível em:
<http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2016.pdf>. Acesso em: 04 set. 2018.

BERNARDES, F.S. et. al. PANORAMA DA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS


NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL E UMA PROPOSTA DE SOLUÇÃO
BASEADA NOS CONSÓRCIOS DE MUNICÍPIOS. VIII fórum internacional de
resíduos sólidos. Curitiba, 2017.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de


Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 03
ago. 2010.

D’ALMEIDA, Maria Luiza Otero; VILHENA, André. Lixo Municipal: Manual de


Gerenciamento Integrado. 2 ed. São Paulo: IPT/CEMPRE, 2000. 370 p.

GALLARDO, Silvia Maria Ascenção Guedes. O MANEJO DOS RESÍDUOS


SÓLIDOS NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS E A SITUAÇÃO OBSERVADA NO
ESTADO DE SÃO PAULO. Cadernos da escola paulista de contas públicas. São
Paulo, 2017, p. 41-49.

IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada. DIAGNÓSTICO DOS


RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: Relatórios de pesquisa. Brasília, 2012.
Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1562
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JÚNIOR, João Mendes Silva. Encontro sobre Gestão de Resíduos Sólidos


PANORAMA DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM MATO GROSSO DO
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res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos_13_11_17.pdf > Acesso em: 02 out. 2018.

JUNQUEIRA, A. T. M. Consórcio Intermunicipal: um instrumento de ação.


Revista Cepam, São Paulo, Fundação Faria Lima. 2006.

MATO GROSSO DO SUL (Estado). Tribunal de Contas. Indicadores de resíduos


sólidos nos municípios de MS / Inspetoria de Engenharia, Arquitetura e Meio
Ambiente - IEAMA. Campo Grande: TCE-MS / ESCOEX, 2016. (Série
Transparência; 5).

MP-MS, Ministério Público de Mato Grosso do Sul. RELATÓRIO DOS PRINCIPAIS


ASPECTOS RELACIONADOS À GESTÃO E GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL. Disponível em:
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33

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descartados-de-forma-inadequada-afirma-onu/>Acesso em: 05 set. 2018.

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MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS – 2016. Brasília, Março 2018.
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VANZELLA, Rafael; LEVY, Patrícia; SURUAGY, Jéssica. Política Nacional dos


Resíduos Sólidos e Prorrogações. Disponível em:
<https://www.machadomeyer.com.br/pt/noticias/nossas-noticias/politica-nacional-de-
residuos-solidos-e-prorrogacoes>. Acesso em: 04 set. 2018.

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