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FENAV – ITEC – UFPA

DISCIPLINA: INSTALAÇÕES NAVAIS

INSTALAÇÕES NAVAIS
GOVERNO

Tópico 1 – Lemes e aparelhos de


governo dos navios mercantes
Prof. André Vinícius
andrecosta@ufpa.br
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1. Introdução

• Aparelho:
São equipamentos do casco que desempenham uma
função básica ou auxiliar, para que possibilite ao navio
cumprir todas as finalidades para as quais foi projetado.

• Classificação:
a. Aparelhos de salvaguarda da vida humana no mar;
b. Aparelhos de governo e lemes;
c. Aparelhos de atracação, fundeio e manobras;
d. Aparelhos para carga e descarga em geral.
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2. Lemes e Aparelhos de Governo de Navios


Mercantes

2.1 Finalidade e importância


a. Responsável pelo governo do navio;
b. Equipamento mais solicitado durante a
viagem;
c. Assegura estabilidade direcional;
d. Confere manobrabilidade e rumo.
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2.2 Componentes
a. Roda do leme ou timão

b. Transmissão entre a roda do leme e a máquina do leme, podendo


ser:
• Mecânica: cabos, correntes, vergalhões (shaft type);
• Hidráulica: utilizando telemotor, pistões hidráulicos
• Elétrica: utilizando mecanismo eletromecânico

c. Máquina do Leme:
• Servo-motor, comandada à distância;
• Instalada na casa de máquinas;
• Sistemas de acionamento:
Vapor: abertura e fechamento de válvulas;
Hidroelétrico: motor + bomba hidráulica;
Motor elétrico + caixa de redução: utiliza uma alavanca.
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Figura 1: Sistema hidráulico de acionamento do leme.


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Figura 2: Sistema hidráulico de acionamento para dois lemes.


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Figura 3: Sistema Eletro-hidráulico de acionamento para dois lemes.


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d. Transmissão entre a máquina do leme e o leme:


Transmissão direta: barras acionam diretamente a cana do leme;
Transmissão por quadrante: roda dentada acionará o leme;
Transmissão por parafuso sem fim: segura, porém de baixa
eficiência;
Transmissão por tambor: efetuada por cabos ou correntes que
acionam um quadrante acoplado à madre do leme.

Figura 4: Funcionamento do parafuso Sem fim


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e. Leme: Recebe diretamente os esforços devidos à água quando


o navio está em manobras. Constitui-se de:
• Madre do Leme: é o eixo do leme, sofrendo grandes esforços
de flexão e torção. É acoplado à máquina do leme.

• Porta do Leme: Constituído de chapas, é a parte que suporta


diretamente a pressão da água quando o navio muda de rumo.

• Cana do Leme: barra horizontal encaixada na cabeça da madre


do leme, servindo para manejar o leme, dando-lhe o ângulo
necessário.

• Governaduras: conjunto de pinos e encaixe dos pinos que dão


apoio ao leme. O eixo geométrico das governaduras deve
coincidir com o eixo da madre do leme.
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Figura 5: Aspectos gerais de lemes.


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2.3 Requisitos dos Aparelhos de Governo


a. Todo navio com mais de 60m ou quando o diâmetro da
cabeça madre for maior que 9”, deverá ser operado por pelo
menos uma unidade motora;

b. o sistema de governo principal deverá ser capaz de


movimentar o leme de 35º de um dos bordos até 35º do bordo
contrário em menos de 30s de operação, com o navio a vante
a toda velocidade.

Figura 6: movimento do leme.


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c. O sistema auxiliar de governo deve ser capaz de mover o leme de


15º de um dos bordos até 15º do bordo contrário em menos de 60s de
operação, com o navio a meia velocidade ou 7 nós, o que for maior;

d. O sistema auxiliar deve ser operado manualmente e deve ser


independente do principal;

e. Quando o sistema principal é eletro-hidráulico com 2 unidades


motor-bomba independentes, é dispensado o sistema auxiliar.

f. O navio necessita de um sistema mecânico para os casos de


extrema emergência além de prover um freio de cintas atuando na
madre, mantendo o leme em meio navio quando for utilizado o
sistema de emergência.
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2.4 Tipos de Leme


a. Quanto a localização:
• Na popa;
• Na proa;
• Especiais.

Figura 7: Lemes em submarinos.


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b. Quanto ao apoio:
• Leme apoiado nas governaduras ou soleiras;
• Leme suspenso;
• Leme parcialmente suspenso.

c. Quanto a compensação:
• Leme ordinário ou não compensado;
• Leme semi-compensado;
• Leme compensado.
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Figura 8: Tipos de lemes


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d. Lemes especiais
• Leme Kitchen: permite reversão de marcha com o hélice girando
em um só sentido;
• Leme Oertz: o cadaste e a porta formam um perfil hidrodinâmico;

Figura 10: Oertz

Figura 9: Kitchen
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Leme ativado: um pequeno motor aciona um hélice


girando sempre em um só sentido;
Contra-leme: metades superior e inferior do leme são
torcidas para bordos contrários;
Hélice cicloidal ou Voith-Schneider.

Figura 10: Voith-Schneider.


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2.5 Estrutura do Leme


a. Lemes ordinários: chapas suportadas por braçadeiras
horizontais, que também servem de suporte para as
governaduras;
b. Perfil hidrodinâmico: esqueleto com formas apropriadas,
deverá possuir resistência suficiente de forma a suportar os
esforços atuantes no leme.
c. Outras partes dos sistemas do leme:
• Pinos e mancais das governaduras;
• Soleira do cadaste;
• Mancais de apoio e de sustentação;
• Tubulão do leme;
• Batentes;
• Protetores de zinco contra corrosão eletrolítica.
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2.6 Geometria do Leme


Considerando um leme retangular:
• Aresta de ataque: é a aresta que primeiro encontra o fluxo de
água proveniente do hélice;
• Aresta de fuga: é a aresta de saída do fluxo de água após
percorrer o corpo do leme;
• Aresta Superior: superfície que delimita superiormente o
corpo do leme;
• Aresta Inferior: superfície que delimita inferiormente o corpo
do leme;
• Altura do leme ou envergadura (a): é a distância vertical entre
as faces superior e inferior;
• Largura do leme ou corda (b): distância horizontal entre os
bordos de ataque e de fuga;
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• Área do leme (A): é o produto A = a × b, para lemes


retangulares;
• Razão de aspecto do leme (r): é a razão a/b (altura/argura);
• Para lemes não retangulares, a razão de aspecto é dada por
(altura média)²/área do leme;
• Grau de compensação: para lemes compensados ou semi-
compensados, é a relação:

á𝑟𝑒𝑎 𝐴𝑉 𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑑𝑟𝑒


á𝑟𝑒𝑎 𝐴𝑅 𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑑𝑟𝑒

• Espessura do leme (t): nos lemes de perfil hidrodinâmico, é a


máxima largura do perfil;
• Razão espessura/largura: é a razão t/b.
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Figura 11:
Geometria do leme
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2.7 Estimativa para o projeto do Leme:


Área do leme A: a área do leme é dada como porcentagem do
produto L x H do navio (comprimento x calado), que representa a
superfície lateral submersa do navio. Outros fatores como a
velocidade e navegabilidade dos navios afetam muito esta
porcentagem de modo que a finalidade do navio influi bastante na
determinação da área do leme.

Navios de passageiro: A/(L×H) = 1,17 a 1,43%


Cargueiros de grande porte: A/(L×H) = 1,43 a 1,66%
Ferry boats e rebocadores de alto mar: A/(L×H) = 1,00 a 3,33%
Embarcações para navegação em canal: A/(L×H) = 1,66 a 2,00%
Cruzadores: A/(L×H) = 2,00 2,50%
Destroyers: A/(L×H) = 2,20 a 2,50%
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Largura do leme (b): a largura do leme também é


função do tipo do navio e de seu comprimento,
geralmente em torno de 2%.
Scott Russell recomenda: largura máxima = 0,02 x L ft.
Já Steinhaus fornece a seguinte tabela para a largura do
leme em função do comprimento do navio:

Comprimento do Largura máx. do


Navio (L-m) leme em %
30 a 60 2,77 a 3,08
60 a 100 2,00 a 2,50
100 a 150 1,66 a 2,00
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Grau de compensação do leme: a compensação serve


para facilitar a manobra do leme em pequenos
ângulos do leme, consequentemente diminuindo o
tamanho da máquina do leme, pois necessitará de menor
torque para as manobras naqueles ângulos.

Geralmente, nos navios mercantes, o grau de


compensação é tal que o ângulo de compensação, ou seja
o ângulo para o qual o torque na madre do leme se anula,
seja aproximadamente de 15° a 20°. Para estes valores, o
grau de compensação varia entre 1/2,5 a 1/4,0.
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Razão espessura/largura do leme: varia entre 0,17 a 0,20 para
navios mercantes em geral, dependendo do tipo de perfil
escolhido. Do ponto de vista da construção, é conveniente uma
razão espessura/largura maior, mas para uma melhor eficiência
do leme, deve-se preferir limitações de tamanho. O espaço
ocupado pelo leme na popa do navio sofre as seguintes
restrições:

a) A aresta inferior do leme não deve projetar-se abaixo da linha


prolongada da face inferior da quilha.
b) A aresta de fuga não deve projetar-se além da vertical tangente
à parte posterior da popa do navio.
c) Deve haver pelo menos uma folga de 5 cm (2 pol) entre a
aresta superior do leme e o chapeamento do painel de popa do
navio.

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