Saúde não significa apenas a ausência de doença, mas também bem estar
somático, psico, social e harmonia no meio em que vive. É importante que os
profissionais quetrabalham com pacientes que apresentam e sofrem com as
conseqüências das desordens do Aparelho Estomatognático e estruturas
relacionadas, tenham consciência de que também os fatores somáticos, psíquicos e
sociais podem estar alterados e comprometer o senso normal de bem estar. Estes
pacientes podem apresentar persistente desconforto na face, cabeça, articulações
temporomandibulares – ATMs e pescoço, além de contrações, fadiga muscular e
limitação dos movimentos mandibulares.
SISTEMA NERVOSO
• Neurofisiologia
2. Integração no SNC.
Os interoceptores incluem:
Ex. Presente nas crianças antes da erupção dos dentes, os movimentos reflexos
simples de abertura e fechamento mandibular fazem parte dos reflexos inatos de
sucção e amamentação. Com a erupção e oclusão dos dentes, os contatos
interoclusais excitam os proprioceptores da membrana periodontal, cujos estímulos
sensoriais chegam ao SNC pelo cérebro onde são integrados, produzindo a resposta
motora indicada. Posteriormente, ante a situação de reforço constante do mesmo
estímulo, criase um arco reflexo adquirido, produzindo-se a sinapse dos neurônios
aferentes e eferentes, tornando-se desnecessária a intervenção do córtex
cerebral para que ocorra a mastigação, reflexo semelhante ocorre no ato de andar
e outros.
Os reflexos mais importantes que se apresentam no Aparelho Estomatognático
são:
Sistema Muscular
O músculo Temporal.
O músculo Masseter.
• Sua porção superficial tem origem nos 2/3 anteriores do arco zigomático e sua
porção profunda na superfície média do arco zigomático.
A força dos músculos (masseteres) tem sua maior concentração sobre a cúspide
• Sua porção superior tem origem na superfície infratemporal da asa maior do osso
esfenóide, e a porção inferior na superfície do processo pterigóide do osso
esfenóide.
• Tem sua origem na face medial da lâmina lateral da fossa pterigóidea na base do
crânio.
O músculo gênio-hióideo.
O Músculo milo-hióideo.
• Tem sua origem na linha milo-hióidea da mandíbula (da raiz do último molar à
sínfise mandibular).
O músculo Digástrico.
• Insere-se no tendão intermediário, aderindo ao osso hióide por uma alça fibrosa.
• Tem a função de puxar o mento para trás e para baixo na abertura da boca,
auxiliando assim o pterigóideo lateral na protrusão da mandíbula.
O Músculo estilo-hióideo.
• Tem com função tracionar o osso hioide para cima e para trás.
Músculo esternocleidomastóideo
Músculo trapézio
Músculo bucinador
• Tem sua origem nos processos alveolares das maxilas e mandíbula na região molar
e no ligamento pterigomandibular.
• Insere suas fibras que se misturam com as fibras do músculo orbicular da boca,
no ângulo da boca.
• Insere suas fibras de um lado com as fibras do lado oposto na linha mediana dos
lábios.
Músculo Platisma
Músculos da língua
São dezessete, um ímpar o lingual superior e mais oito pares que executam os
diferentes movimentos da língua.
A pressão da língua para fora versus a pressão do músculo bucinador para dentro
da cavidade bucal, determinam o posicionamento do corredor da pressão neutra
(zona neutra). Conforme os dentes erupcionam, essas forças oponentes os
conduzem horizontalmente para sua posição. O tamanho da língua e o comprimento
dos músculos peribucais influenciam na posição da zona neutra, assim como o faz
qualquer hábito parafuncional que altere a pressão da língua ou dos lábios.
Funções musculares
Ocorrem por meio de contrações sempre em direção à sua origem, podendo ser:
• ISOTÔNICA: quando o músculo ao se contrair tem somente um de seus extremos
de inserção fixo, e se encurta sem aumentar a tensão de suas fibras (ex.: abrir e
fechar a boca).
A irrigação dos elementos que constituem as ATMs é conduzida por ramos das
artérias temporal superficial, timpânica anterior, meníngea média e auricular
posterior.
MODELOS DE GESSO
CONCEITO:
c) Isentas de distorções
Embora possamos analisar os Modelos de Estudo individualmente,
obteremos melhor resultado se estiverem montados em um articulador, no
mínimo, semi-ajustável e com auxílio de um arco facial, e se o articulador
for ajustado com o registro de mordida lateral.
MOLDAGEM
A obtenção do molde e posterior modelo de estudo em gesso é um
procedimento crítico e, como em qualquer outro trabalho odontológico,
todos os passos são de igual importância. Entre eles, está a correta seleção
e emprego dos materiais e técnicas utilizadas.
Propriedades físico-químicas:
Atóxico (não libera subprodutos)
Fluidez limitada
Elasticidade (baixa resistência ao rasgamento)
Recuperação elástica: 97,3%
• Adere a moldeira através de retenções mecânicas
• A estabilidade dimensional pode ser alterada em função da sinérese
(perda do conteúdo de água para o ambiente) e pela embebição
(ganho de água, quando submerso), o que indica que o vazamento do
gesso deve ser o mais imediato possível .
Indicações:
- Moldagem para obtenção de modelo de estudo, Moldagem para obtenção
de modelo de trabalho em: próteses removíveis (parcial e total), prótese
fixa (técnica de moldagem com casquete e elastômero), moldagem para
placas de clareamento e ortodontia
Contra Indicações:
2. Seleção da Moldeira
3. Preparo da Moldeira
4.Profilaxia
Toda moldagem deve ser precedida de profilaxia das superfícies
dentárias, eliminando-se detritos, placa bacteriana, tártaro e outros debris.
Neste sentido são utilizados uma solução aquosa de pedra pomes ou pasta
profilática, aplicada sobre a superfície coronária dos dentes e com o auxílio
de taça de borracha e escova, fio ou fita dental, se limpa a coroa dos dentes
(se necessário usamos também extratores de tártaro).
5. A Moldagem propiamente dita
Tipos de gesso:
• Tipo II - Gesso comum ou Paris
• Tipo III- Gesso Pedra
• Tipo IV- Gesso Pedra Especial modificado.
• Tipo V- Gesso Extra Duro de expansão modificada.
1.Material necessário
-balança com graduação em gramas
-gesso pedra melhorado tipo IV (uma lata)
-medidor graduado para água (proveta de 50ml)
-vibrador
-cuba de borracha e espátula para manipulação de gesso
-recipiente plástico com tampa hermética (umidificador)
2. Manipulação do gesso
Pesar 100g de gesso pedra tipo IV, adicionando-o à água, previamente
medida de acordo com as especificações do fabricante, e manipular o gesso
de acordo com a técnica recomendada.
4.Armazenamento do conjunto
Após vazado o molde deve ser armazenado em um umidificador por um
tempo nunca inferior a 45 minutos, ou superior a 60 minutos, a fim de evitar
que a interface alginato gesso interaja, tornando a superfície do modelo
enfraquecida e com aspecto de giz (pulvurulento).
5.Remoção do molde-modelo
Remover o modelo do molde decorridos no máximo 60 minutos, com
cuidado de não fraturar o modelo ou seus dentes. Se houver dificuldades em
removê-lo, coloque a moldeira sob água corrente e proceda sua remoção.
6. Cuidados finais
Analisar criticamente o modelo, verificando a precisão dos detalhes
copiados e se necessário repita a moldagem. Remova as bolhas,
ocasionalmente existentes, com o auxílio de um esculpidor Hollenback 35,
bisturi nº 11 ou espátula LeCron. COM CUIDADO PARA NÃO ALTERAR A
ANTOMIA OCLUSAL.
1. Material necessário
-modelos de estudo
-mordida em cera “utility” da MIC do paciente
-lápis preto nº2
-régua milimetrada
-cortador de gesso