ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Salvador
2009
LEONARDO SOUSA CARVALHO
Salvador
2009
TERMO DE APROVAÇÃO
_______________________________________________________
Marcelo José Pirani – Orientador
Doutor em Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Itajubá, UNIFEI, Brasil.
Engenheiro Mecânico, Universidade Federal da Bahia – UFBA
_______________________________________________________
Thamy Cristina Hayashi
Doutora em Engenharia Mecânica, Instituto Superior Técnico, Portugal.
Engenheira Mecânica, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
_______________________________________________________
Abel Ribeiro de Jesus
Mestre em Administração Profissional – UFBA
Doutorando em Engenharia Industrial – UFBA
Engenheiro Mecânico, Universidade Federal da Bahia – UFBA
na minha vida.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ter me ajudado em mais uma etapa de minha vida, me levando a
conclusão desde trabalho.
A meus pais, por terem sido o suporte ao longo de toda a minha vida, seja nos
momentos tristes ou alegres.
A meu irmão, por estar sempre disposto a me ajudar em todas as áreas da minha
vida, sendo um irmão fiel e companheiro.
Ao pessoal da igreja, que me ajudou de forma direta e indireta em todas as
etapas de minha vida.
Aos amigos que formei na universidade, que mutuamente fomos crescendo e
amadurecendo ao longo da vida acadêmica em especial: Fábio Campos, Bruno
Bittencourt, Leonardo Pimentel, Overlach Campos e Marcelo Dantas.
Ao professor orientador Marcelo José Pirani por transmitir seus conhecimentos
acadêmicos para me orientar neste trabalho de conclusão de graduação de curso
em Engenharia Mecânica.
RESUMO
This review compares the detailed and simplified thermal charge for environmental
acclimatization from a residential room. The methodology in this case study is an
initial bibliographic review about the principles of air-conditioning and refrigeration.
Lately a calculation based on Carrier Manual and NBR 16401 (air-conditioning and
windows and walls devices) show us a thermal charge detailed from the residential
room. Also, three more simplified calculations were used in this study of case(first
from a window device catalog, second from Carrier web site called “Dimensionador
Virtual” and third from Inova Ar Condicionado web site). At last, the results were
analyzed and concluded that the simplified method was the method of
“Dimensionador virtual”.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................12
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS ........................................................................14
2.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................14
2.2 DEFINIÇÕES ..............................................................................................14
2.3 1ª LEI DA TERMODINÂMICA .....................................................................16
2.4 DIAGRAMA DE MOLLIER ..........................................................................18
2.5 PRINCÍPIOS DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR .......................................18
2.5.1 Transferência de calor por condução ..............................................19
2.5.2 Transferência de calor por convecção ............................................20
2.5.3 Transferência de calor por radiação ................................................21
2.5.4 Coeficiente global de transferência de calor...................................21
2.6 PSICROMETRIA.........................................................................................22
2.6.1 Definições fundamentais...................................................................22
2.6.2 Carta Psicrométrica ...........................................................................23
2.7 CONFORTO TÉRMICO ..............................................................................24
2.7.1 Conceito .............................................................................................24
2.7.2 Fundamento teórico ..........................................................................24
3 O SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO ...................................................................26
3.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................26
3.2 CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR...............27
3.3 COMPONENTES DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO .............................27
3.3.1 Compressores....................................................................................27
3.3.2 Condensadores..................................................................................29
3.3.3 Evaporadores .....................................................................................30
3.3.4 Dispositivos de expansão.................................................................31
4 CARGA TÉRMICA E SELEÇÃO DO AR CONDICIONADO .............................33
4.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................33
4.2 TEMPERATURA DE BULBO SECO, ÚMIDO e UMIDADE RELATIVA ......34
4.3 TRANSMISSÃO DE CALOR PELA INSOLAÇÃO.......................................35
4.4 TRANSMISSÃO DE CALOR NA PAREDE EXTERNA E TELHADO ..........36
4.5 TRANSMISSÃO DE CALOR NO VIDRO, PAREDE E PISO INTERNOS ...37
4.6 ILUMINAÇÃO..............................................................................................37
4.7 CARGA DE OCUPANTES ..........................................................................38
4.8 CARGA DE MOTORES ELÉTRICOS .........................................................38
4.9 EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS.............................................................38
4.10 CALOR DO AR EXTERIOR PARA RENOVAÇÃO......................................39
4.11 VAZÃO DE AR INSUFLADO NA SALA ......................................................40
4.12 POTÊNCIA FRIGORÍFICA..........................................................................41
4.13 FATOR DE BY-PASS E TADP ......................................................................41
4.14 REPRESENTAÇÃO DOS PROCESSOS NO SISTEMA DE AR
CONDICIONADO ..................................................................................................43
5 ESTUDO DE CASO: COMPARATIVO ENTRE CARGA TÉRMICA
DETALHADA E SIMPLIFICADA ..............................................................................45
5.1 DADOS DO RECINTO................................................................................45
5.2 DETERMINAÇÃO DA CARGA TÉRMICA DETALHADA ............................46
5.2.1 Carga térmica devido à diferença de temperatura no recinto........47
5.2.2 Carga térmica devido à iluminação..................................................49
5.2.3 Carga térmica devido a equipamentos eletrônicos ........................49
5.2.4 Carga térmica devido à quantidade de pessoas .............................49
5.2.5 Calor sensível total no recinto..........................................................50
5.2.6 Calor latente total no recinto ............................................................50
5.2.7 Carga térmica associada à vazão de ar exterior para renovação..51
5.2.8 Carga térmica total do recinto ..........................................................52
5.2.9 Cálculo da vazão de ar ......................................................................53
5.2.10 Determinação do ponto de mistura..................................................53
5.2.11 Determinação do Fator de By-pass..................................................53
5.2.12 Dados para seleção do equipamento...............................................54
5.2.13 Carga térmica variando o número de pessoas ...............................54
5.3 DETERMINAÇÃO DA CARGA TÉRMICA SIMPLIFICADA.........................56
5.3.1 Método proposto no pelo catálogo da Carrier ................................56
5.3.2 Método pelo dimensionador virtual .................................................57
5.3.3 Método proposto na página da Inovar Ar Condicionado ...............58
6 ANÁLISE DOS RESULTADOS .........................................................................60
7 CONCLUSÃO ....................................................................................................62
REFERÊNCIAS.........................................................................................................64
APÊNDICE A – Cálculo da carga térmica no EES ................................................66
APÊNDICE B – Sistema de ar condicionado do estudo de caso ........................68
ANEXO A – Tabelas do Manual da Carrier ............................................................69
ANEXO B – Tabela da NBR 16401..........................................................................74
ANEXO C – Tabelas extraídas de PIRANI, 2004....................................................75
12
1 INTRODUÇÃO
O sistema de condicionamento de ar tem fundamental importância na vida
humana, pois está vinculado ao conforto térmico do homem.
Segundo o “site” (http://www.historiadetudo.com/ar-condicionado.html),
durante muito tempo, o homem pensou em maneiras de amenizar os efeitos do
calor. Invenções mais antigas, como ventiladores, abanadores e até o uso do gelo
em larga escala faziam parte dos métodos para amenizar a temperatura em um
ambiente. No início da década de 90, em Nova York, a empresa Sackett-Wilhelms
Lithography and Publishing Co viu que seu trabalho ficava prejudicado no verão,
pois o calor fazia com que os papéis absorvessem a umidade do ar, tornando as
escritas borradas e escuras. Assim, a empresa contratou o engenheiro formado pela
Universidade de Cornell, Willis Carrier, para desenvolver uma forma de solucionar a
situação. O engenheiro desenvolveu, em 1902, um processo que resfriava o ar,
fazendo-o circular por dutos resfriados artificialmente, o que também era capaz de
reduzir a umidade. Este foi o primeiro ar-condicionado contínuo por processo
mecânico da história.
O dimensionamento da carga térmica de ar condicionado é baseado na zona
de conforto térmico humano. Sendo assim, foram criadas normas e manuais para tal
dimensionamento (CARRIER AIR CONDITIONINIG COMPANY, ABNT NBR 16401,
entre outros), sendo um cálculo de grande complexidade devido à existência de
muitas variantes para cada recinto a ser climatizado. Devido a estas variantes,
provocando uma demanda de tempo para determinar a carga térmica necessária
para cada ambiente, os catálogos dos equipamentos de ar condicionado passaram a
fornecer um cálculo mais simplificado, direto e funcional, que permitiu assim uma
aceleração no processo de determinação da carga térmica.
O tema abordado neste trabalho surgiu, devido ao autor do trabalho de
conclusão de curso já ter estagiado na área de refrigeração e ar condicionado por
um período de 10 meses na empresa “Casa do Ar”. Também pelo fato do tema
escolhido ter sido aproveitado durante o curso de Engenharia Mecânica e
consequentemente, ter transmitido um grande interesse tanto para o autor do
trabalho acadêmico, quanto para o orientador.
Este trabalho tem por objetivo comparar os resultados obtidos do
dimensionamento da carga térmica de um recinto das duas formas abordadas
13
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2.1 INTRODUÇÃO
2.2 DEFINIÇÕES
. . ∆E vc
∑E ent = ∑ E sai +
∆t
(2.2)
Sendo:
Eent – energia que entra no volume de controle;
Esai – energia que sai do volume de controle;
Evc – energia armazenada no volume de controle;
∆t – intervalo de tempo considerado.
Onde:
m – Massa do sistema;
v – Velocidade do sistema.
g – Aceleração da gravidade;
z – Cota (elevação) com relação a um referencial adotado para o sistema.
. .
v² .
v² .
∑ Q + ∑ m h +
ent 2
+ gz = ∑ m h + + gz + ∑ W
sai 2
(2.5)
Sendo:
ε – emissividade
T1 – temperatura da superfície
T2 – temperatura da superfície vizinhança
A – área da superfície
.
Q = UA∆T (2.11)
2.6 PSICROMETRIA
2.7.1 Conceito
3 O SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
3.1 INTRODUÇÃO
O ciclo teórico tem por objetivo representar um ciclo ideal que se aproxime do
real para ser usado como comparação. A figura 6, representa o sistema de
refrigeração por compressão de vapor e seus principais componentes, seguido da
figura 7 que é o ciclo teórico representado no plano Pxh do diagrama de Mollier.
Os processos envolvidos no sistema de refrigeração, de acordo com a figura
6, podem ser definidos como:
• Processo 1→2. Esse processo ocorre no compressor em que o vapor
saturado que sai do evaporador passa a ser comprimido no compressor
aumentando a pressão, tornando o vapor superaquecido. Para ocorrer tal
processo é necessário do trabalho externo no compressor.
• Processo 2→3. Esse processo ocorre no condensador, em que o vapor
superaquecido que sai do compressor faz a troca térmica no condensador à
pressão constante, resfriando-se até o ponto 3, chamado de líquido saturado.
• Processo 3→4. Esse processo ocorre no dispositivo de expansão, em que o
líquido saturado vindo do condensador sofre uma diminuição de pressão,
sendo um processo isoentálpico (entalpia constante) e irreversível (entropia
na saída diferente da entrada), saindo na forma de vapor úmido do dispositivo
de expansão.
• Processo 4→1. Ocorre no evaporador, sendo um processo de transferência
de calor a pressão constante, conseqüentemente a temperatura constante,
desde vapor úmido (estado 4), até atingir o estado de vapor saturado seco.
3.3.1 Compressores
Onde:
Wc – Trabalho teórico de compressão
3.3.2 Condensadores
Onde:
Qc – Calor rejeitado pelo fluido refrigerante
3.3.3 Evaporadores
Onde:
Qo – carga térmica
4.1 INTRODUÇÃO
Q = I t . A.ϕ .a (4.1)
Rs
∆T = ∆Te = ∆Tes + b. (∆Tem − ∆Tes ) (4.2)
Rm
Na equação (4.2):
∆Te Diferença de temperatura equivalente para o mês, hora do dia e latitude
considerada;
∆Tes Diferença de temperatura equivalente para a mesma parede ou telhado na
sombra e hora do dia desejado, corrigido, para as condições de projeto,
dados fornecidos pela tabela A.5 e A.6 do Manual da Carrier para parede
externa e telhado respectivamente;
37
A equação utilizada para determinar a troca de calor pela parede interna, vidro
interno e piso é a mesma, pois são baseadas no mesmo princípio, da simples
transmissão de calor entre o meio externo e a sala, já vista pela equação (2.11). Já
os coeficientes globais são encontrados a partir dos tipos de paredes, vidros e pisos
utilizados no recinto, podendo ser encontrados pelas tabelas do anexo C.
4.6 ILUMINAÇÃO
Onde:
n número de lâmpadas;
PL potência da lâmpada, em watts;
r porcentagem de calor dissipado pelos reatores, sendo:
r = 0,250 para reatores eletromagnéticos;
r = 0,075 para reatores eletrônicos.
A carga térmica de ocupantes é dada pela NBR 16401, pelo calor sensível e
latente liberado pelas pessoas em um determinado tipo de recinto, para uma
determinada temperatura de bulbo seco das condições internas.
Onde:
Peq,i Potência nominal do equipamento i, em Watts.
Onde:
V& Vazão de ar de renovação [m³/h];
ρ ext Massa específica do ar exterior [kg/m³];
Sendo:
Qsensível Calor total sensível [kcal/h];
ρi Massa específica da sala [kg/m³];
Sendo:
hs’ Entalpia do ar no ponto de insuflamento [kcal/kg];
ha Entalpia do ponto de orvalho [kcal/kg];
hm Entalpia da mistura [kcal/kg].
Sendo:
m& e Massa específica do ar externo [kg/m³];
Como:
m& = ρ .V& (5.4)
Sendo:
ρe Massa específica do ar exterior [kg/m³];
Sendo
i Ar na condição do recinto;
e Ar na condição externa;
m Ar na condição de mistura do ar de retorno e de renovação;
s’ Ar na condição de insuflação após sair do condicionador;
ms′ Evolução do ar na serpentina;
s′i Evolução do ar no interior do ambiente condicionado;
44
Rs
∆T = ∆Te = ∆Tes + b. (∆Tem − ∆Tes )
Rm
∆Tes e ∆Tem devem ser corrigidos em função da amplitude diária e da
diferença (Text − Tint ) às 15:00 h, através da Tabela A.7. Assim, para:
(Text − Tint ) = 32-24 = 8 ºC
∆Tdia = 10 ºC
A correção de ∆Tes e ∆Tem é igual a +0,3.
∆Tes e ∆Tem são retirados da tabela A.5 para:
∆Tes: Fachada sul, hora desejada (8:00 h), peso da parede 300 kg/m²
(paredes de tijolos furados 20 cm) é igual a -2,2°C.
48
∆Tem: Fachada leste, hora desejada (8:00 h), peso da parede 300 kg/m²
(paredes de tijolos furados 20 cm) é igual a 0°C.
Logo:
(∆Tes)corrigido = -2,2+0,3 = -1,9 ºC e (∆Tem)corrigido = 0+0,3 = 0,3 ºC
Logo o calor trocado nesta parede é:
444
∆T = ∆Te = −1,9 + 0,55. (0,3 + 1,9) = −0,7692
444 x1,07
.
Q PL = −1,42.13,5.0,7692 = −14,7 Kcal / h
Parede Oeste
A parede oeste se diferencia das paredes norte e sul somente pela área de
troca térmica, logo:
U = 1,42 kcal/(h.m².°C)
A = 13,5 m²
.
Q PO = 1,42.13,5.(24,6 − 24) = 11,5kcal / h
Piso e Teto
O piso e o teto possuem também os mesmos valores de carga térmica, logo:
U = 2,00 kcal/h.m².°C (laje simples com tacos, tabela C.1 em anexo)
A = 13,5 m²
. .
Q P = Q T = 2,00.13,5.(24,6 − 24) = 16,2kcal / h
. . . . . . .
Q TOTAL = Q T + Q p + Q PO + Q PL + Q PN + Q PS = 44,5kcal / h
Pela tabela 1, percebe-se que a hora do dia que apresenta a maior carga
térmica é 15:00h, logo será utilizado esse horário para o cálculo. Para este horário,
tem-se:
(TBS)corrigido = 32 – 0 = 32,0 ºC (tabela A.1)
(TBU)corrigido = 26 – 0 = 26,0 ºC (tabela A.1)
Sendo:
n: número de pessoas
S: Calor sensível (neste caso é 61 kcal/h)
Então:
.
Q SP = 122,0kcal / h
• Calor latente
.
Q LP = n.L [kcal/h] (6.2)
Sendo:
L: Calor latente (para este cálculo é 52 kcal/h)
Então:
.
Q LP = 104,0kcal / h
O calor latente total, neste caso, é igual ao calor latente das pessoas no
ambiente, ou seja:
. .
Q L.TOTAL = Q LP = 104kcal / h
hm = 12,32 kcal/kg
Entrando com entalpia de mistura no psicrométrico, o ponto que toca o
segmento de reta que liga as condições externas às condições internas é o ponto de
mistura. Por conseguinte é possível obter também pelo psicrométrico o ponto de
orvalho do evaporador:
TADP = 12,2 ºC hADP = 35/4,18 = 8,37 kcal/kg
.
Q LP = 5 x52 = 260kcal / h
.
Q S .TOTAL = 305 + 170,3 + 103,2 + 907,5 = 1486,0 x1,1 = 1634,6kcal / h
. .
Q L.TOTAL = Q LP = 260,0 = 273,0kcal / h
.
Q TR = 611,6 + 1634,6 + 273,0 = 2519,2 Kcal / h = 9989,8 Btu / h
56
O quarto possui uma área de 13,5 m², recebe o sol da manhã (insolação na
parede leste) e contém 2 pessoas no recinto, logo a carga térmica total para este
ambiente é:
57
.
Q TR = 10000 + 2 x600 = 11200 BTU / h
O aparelho de janela que atende esta especificação é o Springer Miniflex de
12000 Btu/h que apresenta menor consumo.
Fazendo a mesma consideração, mas considerando 5 pessoas no recinto,
tem-se:
.
Q TR = 10000 + 5 x600 = 13000 BTU / h
Como o aparelho definido pelo dimensionador virtual não está na lista dos
produtos da Casa do Ar, os melhores equipamentos a serem utilizados são os
mesmos especificados para no cálculo da carga térmica teórico.
Utilizando o mesmo programa para o mesmo recinto, aumentando para 5
pessoas no ambiente, tem-se pela figura 28:
58
Logo:
.
Q TR = 9777 Btu / h
.
Q TR = 13200 Btu / h
60
7 CONCLUSÃO
O trabalho de conclusão de curso apresenta o estudo comparativo do
dimensionamento da carga térmica para aparelhos de janela e parede por duas
abordagens, detalhada e simplificada. A detalhada é baseada no Manual da Carrier,
em que são utilizados diversos parâmetros de carga térmica e da seleção do
equipamento. Já os métodos simplificados sugeridos neste trabalho são três:
catálogo da Carrier, dimensionador virtual e extraído do “site” da Inovar Ar
Condicionado. Os resultados de todos os métodos são calculados e comparados
para um quarto residencial.
O trabalho pode transmitir uma abrangência maior da necessidade do
comparativo entre os cálculos da carga térmica detalha e simplificada, servindo de
análise o estudo de caso para um quarto residencial, pois existem no mercado vários
tipos de cálculos simplificados que devem ser analisados com certos critérios, para
não haver superdimensionamento da carga térmica.
Os resultados demonstraram que para este recinto o método baseado nos
catálogos da Carrier e o método do site da Inovar Ar Condicionado produzem
resultados superdimensionados em relação ao cálculo detalhado. Isto (como foi visto
anteriormente) pode diminui a vida útil do aparelho, pois ele irá retirar calor do
ambiente interno mais rapidamente e assim, (devido à presença do sensor de
temperatura) o equipamento irá ligar e desligar com mais freqüência. Contudo, o
método aplicado pelo dimensionador virtual da Carrier obteve resultados mais
próximos para a potência frigorífica do equipamento em relação ao detalhado, sendo
ainda o resultado encontrado mais rapidamente. Isto se deve ao fato de mesmo
variando o número de pessoas no ambiente, os resultados obtidos são bem
próximos do método detalhado.
Portanto, o engenheiro responsável pelo dimensionamento da carga térmica
deve ficar atento a todos os métodos existentes, sejam em catálogos, programas
encontrados e desenvolvidos para os parâmetros que estão sendo adotados, pois
pode produzir resultados precisos ou não. Em casos em que o processo exige um
controle apurado das condições do ambiente a ser climatizado, o método de cálculo
dever o detalhado e não os simplificados.
63
Para trabalhos futuros, sugere-se fazer o cálculo da carga térmica por mais
métodos detalhados e simplificados, para se ter uma análise mais precisa dos
resultados. Além disso, podem ser escolhidos ambientes para estudos de casos
maiores e com mais parâmetros no dimensionamento da carga térmica (janelas,
aparelhos que dissipam calor, entre outros). Assim o trabalho terá muito mais
precisão na análise final dos resultados.
64
REFERÊNCIAS
Tabela A.3: Insolação através dos vidros para 10°S (kcal/h x m² de abertura)
71
Tabela A.4: Insolação através dos vidros para 40°S (kcal/h x m² de abertura)
72