ARAGUATINS
2018
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ARAGUATINS
CURSO DE LETRAS
ARAGUATINS
2018
RESUMO:
O relatório de estágio é uma escrita reflexiva que apresenta pontos importantes da regência de
estágio através de relatos nos quais apresentamos nossas vivências, enquanto futuros
professores, tendo como auxílio a experiência de profissionais na área. O presente relatório
contará com uma vertente do ensino da gramática fundamentada por três autores; Maria
Helena de Moura Neves, Sírio Possenti e Luiz Carlos Travaglia. Contempla o aprendizado da
gramática. Apresentamos na sequência didática uma fundamentação na qual teve como
experiências às regências realizadas no ensino médio, tendo como foco a relação do ensino da
língua materna e o ensino de gramática. As teorias usadas pelos autores seguem a mesma
perspectiva sobre os novos métodos aplicados dentro do ensino de língua, pois acreditam que
as tradicionais técnicas não são mais capazes de mediar uma aprendizagem que pedem os dias
atuais. Contudo os assuntos apontados mostraram importância tanta para a nossa vida
educacional e profissional, quanto para a aprendizagem dos alunos. O estágio supervisionado
III conta com essas vertentes educacionais citadas acima, expondo o vínculo da língua
materna com a gramática e como podem e devem andar juntas no processo de tornar os alunos
não apenas dominantes de gramatica, mas sim leitores, alunos comunicativos e reflexivos.
01.INTRODUÇÃO..........................................................................................................5
02. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................6
03.CONHECIMENTOS TRABALHADOS.......................................................................8
04. METODOLOGIA.......................................................................................................8
04.1. CRONOGRAMAS DE EXECUÇÃO DO ESTÁGIO......................................................9
05. SOBRE AS ESCOLAS...............................................................................................9
06. REGÊNCIAS DAS AULAS......................................................................................10
06.1. SOBRE O PLANEJAMENTO...................................................................................... 12
07. RECURSOS.............................................................................................................12
08. AVALIAÇÃO...........................................................................................................12
09. REFERÊNCIAS.......................................................................................................13
11. ANÁLISE DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA.........................................................16
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................20
APÊNDICES.................................................................................................................21
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1. INTRODUÇÃO
O respectivo relatório de estágio supervisionado III abrange regências nos anos finais do
ensino fundamental e ensino médio. A carga horária da disciplina em questão conta com 200
horas, sendo: 60 horas destinadas a aulas presenciais na universidade e às 140 horas restantes
foram divididas entre o nível fundamental II e o ensino médio para a aplicação da regência, ou
seja, 70 horas para cada escola.
Foi necessário, também, nas duas instituições escolares na qual demos aulas, 03 horas
de observações de aulas de língua portuguesa e 02 horas de observações de planejamento da
professora supervisora.
Para concretizar o que será explanado serão apresentados três autores que defendem o
mesmo panorama. Maria Helena de Moura Neves defende que os professores de português
devem usar métodos além dos tradicionais (1990, p. 43); já Sírio Possenti acrescenta
princípios indispensáveis para o ensino da língua materna (1996, p. 09) e, por fim, Luiz
Carlos Travaglia traz uma proposta que busca responder o desnorteio dos professores ao
ensinar gramática nas aulas de Português como língua materna (2009, p.9).
É notável que alguns métodos tradicionais não sejam mais eficazes, As Orientações
Curriculares para o Ensino Médio de Língua Portuguesa (OCEMLP) citam que as ações
realizadas na disciplina de língua materna, no contexto do ensino médio, devem propiciar ao
aluno o refinamento de habilidades de leitura e de escrita, de fala e de escuta. (BRASIL, p.
18).
Antes de apresentar as propostas sobre gramática, vamos começar por mostrar a sua
origem e conceito. O seu primeiro aparecimento:
Foi na Grécia, por volta do séc.”.V a.C., que se iniciaram, como ramo da filosofia,
os estudos lingüísticos que, desenvolvidos pelos romanos, pelos trabalhos
especulativos da Idade Média e pelo estudo normativo dos gramáticos dos períodos
subseqüentes, constituem o que no ocidente se tem chamado “gramática tradicional.
(LOBATO,1986, p. 77/79).
1
Esse termo foi utilizado por nós para definir uma aula na qual o professor fala e o aluno, por sua vez,
apenas decora o que foi dito, levando o discente a não aprender o conteúdo em sua plenitude.
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objetivo for dominar a variedade padrão de uma língua e tornar os alunos hábeis leitores e
autores pelo menos razoáveis” (POSSENTI, 1996, p. 57).
Diante dessas inovações no ensino de língua, o OCEMLP também visa novas praticas
de linguagem, buscando o ensino com a interação, acopla o domínio de sua língua para o
aluno, e para que isso ocorra de forma relevante a:
assunção desse ponto de vista determina que o trabalho com a língua(gem) na escola
invista na reflexão sobre os vários conjuntos de normas – gramaticais e
sociopragmáticas– sem os quais é impossível atuar, de forma bem-sucedida, nas
práticas sociais de uso da língua de nossa sociedade. (BRASIL, p. 30)
Como já dito, aprendemos desde cedo que existe uma gramática correta, ou seja, a ser
seguida, sendo a normativa. O professor, quando tem o conhecimento relacionado à referida
gramática, pode aplicar na escrita, o uso adequado de situações exigidas pelo ato das normas
ou padrões da língua culta na qual estabelece conceitos, porém certas regras não valem para o
uso da língua já que Possenti acredita:
Como vimos acima, descobrir as funções da gramática dentro da língua materna causa
em alguns professores que se prendem à questão de que ensinar gramática pode ou não ser a
mesma coisa que ensinar língua, um certo desconexo. Tornando isso um problema frequente
entre os docentes, pois acabam não sabendo o que fazer em sala de aula levando a aula a um
caminho não tão satisfatório como deveria ser.
Ensinar normas e regras sobre uma língua que já dominamos a fala parece inútil
para alguns, mas é útil para que nossos alunos tenham uma competência gramatical. Não
estamos falamos de gerar sequências linguísticas que todo usuário da língua possui, e sim da
admissão das regras da língua tendo capacidade de comunicação. Travaglia acredita que a:
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[...] comunicação acontece sempre por meio de textos, pode-se dizer que, se o
objetivo de ensino de língua materna é desenvolver a competência comunicativa,
isto corresponde então a desenvolver a capacidade de produzir e compreender textos
nas mais diversas situações de comunicação (TRAVAGLIA, 2009, p. 19).
A citação acima vai ao encontro das teorias de Neves, pois afirma que “o falante de uma
língua natural é competente para, ativando esquemas cognitivos, produzir enunciados de sua
língua, independentemente de qualquer estudo prévio de regras de gramática” (2014, p. 15).
Com isso, vê-se a importância do ensino das normas da língua para o aluno tendo como
base um aprendizado onde o tradicionalismo não tem espaço. Neste capítulo usamos três
autores para fundamentar o que foi dito: Travaglia, Neves e Possenti.
3. CONHECIMENTOS TRABALHADOS
04. METODOLOGIA
Neste capítulo apresentaremos as metodologias usadas durante as regências no Ensino
Fundamental II e Médio. Buscamos métodos em que os alunos mostrassem maior participação
no decorrer das aulas e nós, enquanto professores em formação explanassem o conteúdo de
9
uma forma mais didática. Foram eles: aulas expositivas-dialogadas, leitura coletiva e
individual, prática da oralidade, dinâmicas em grupo e atividades lúdicas.
ENSINO FUNDAMENTAL
TURMA DATA QUANTIDADE DE AULAS
7° ano 1 e 2 19.09.2018 04
7° ano 1 e 2 20.09.2018 04
7° ano 1 e 2 21.09.2018 04
7° ano 1 e 2 25.09.2018 04
7° ano 1 e 2 26.09.2018 04
ENSINO MÉDIO
TURMA / ATIVIDADE DATA QUANTIDADE DE AULAS
2º Ano 6, 7,8 16.10.2018 05
2º Ano 6, 7,8 17.10.2018 05
2º Ano 6, 7,8 19.10.2018 05
O Colégio Estadual de ensino fundamental conta com um espaço mediano que abriga
cerca de 510 alunos, sendo a maioria no período matutino. Para atender essa demanda a escola
conta com 47 funcionários, incluindo os professores. A unidade escolar atende alunos de
diversas classes sociais advindas da zona urbana e rural, com dezoito turmas de ensino regular
do 6º ao 9ºano do ensino fundamental, porém foram trabalhadas apenas turmas de 7º ano.
A biblioteca possui cerca de 4.947,00 mil livros sem contar com os didáticos que
mudam de exemplares a cada três anos. O ambiente é climatizado, tem uma decoração
agradável que estimula o estudo e o silêncio é sempre mantido para ajudar na leitura. Há dois
multimídias disponíveis para as aulas que são agendados para uso ao longo da semana.
No mais, dispõe de dez salas de aula, seis banheiros, cozinha, despensa, auditório,
secretaria, almoxarifado, sala de computação, sala de orientação pedagógica, financeiro, sala
do diretor e sala de professores. O auditório é bem amplo, cabendo, em média 250 alunos.
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Está sempre aberto para realização de eventos escolares. Durante a realização da regência não
havia nenhum projeto em execução ou andamento.
O Colégio Militar de ensino médio conta com cinco projetos destinados a língua
materna e literatura que são de grande relevância para o desenvolvimento e valorização da
língua portuguesa. São eles: Semana de Ortografia; Soletrando; Noite cultural; Sarau Literário
e Oficina de Redação. Os projetos contribuem para uma melhor escrita do discente,
crescimento do conhecimento de vocábulos e interação aluno-professor com os projetos
culturais.
A professora supervisora que nos acompanhou teve a devida atenção em planejar aula
conosco, o que proporcionou o olhar profissional para melhor desenvolvimento do todo.
Ajudou-nos em relação à impressão de atividades para trabalhar em sala e avaliava tudo que
era exposto para os alunos. Durante toda a regência nos conduziu em sala de aula sem deixar-
nos desacompanhados.
Ao final da exposição de cada conteúdo fizemos uma dinâmica, o que fez com que o
assunto fixasse melhor para os discentes, já que eles deveriam estudar para participar das
aulas lúdicas. Isso nos rendeu muita participação. Em geral os alunos gostaram mais do
último conteúdo (complemento verbal), sendo o mais complexo dos três e exigiu uma maior
atenção, aulas mais planejadas e uma dinâmica mais lúdica.
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O estágio no Ensino médio iniciou-se dia 08/10/18 e encerramos dia 28/10/18. Também
trabalhamos três conteúdos, dois para a disciplina de Língua portuguesa, sendo Pontuação e
Figuras de pensamento e para a disciplina de Redação aplicamos Texto Dissertativo
Argumentativo. Foram quatro aulas de Língua portuguesa e uma de redação para cada turma,
sendo cinco aulas para cada classe durante a semana.
Nosso planejamento foi acompanhado pela professora supervisora, o que nos deu uma
direção sobre como trabalharíamos os conteúdos. As turmas em um todo são ótimas,
abraçaram nossas ideias e formas de transmitir o conteúdo, alunos comunicativos, que
facilitaram todo o nosso trabalho, cada atividade proposta foi executada com êxito.
Os discentes mostraram interesse nos conteúdos, tiraram varias dúvidas sobre pontuação
e estudaram bastante para ter argumentos para o debate na disciplina de redação, mas o
conteúdo que realmente prendeu-lhes a atenção foi figuras de pensamento, no qual puderam
usar toda sua criatividade na hora de formular frases e também de atenção nas atividades
propostas, que eram de competição entre grupos.
Nossa única dificuldade foi o tempo, pois os conteúdos trabalhados exigem um tempo
maior, mas conseguimos conduzir o aprendizado aos alunos com o tempo disponível, e
tivemos resultados satisfatórios. Sabemos que no meio da educação pode haver inúmeros
imprevistos, tivemos alguns que não atrapalharam em nada na nossa regência.
Portanto, nosso estágio supervisionado III foi realizado com êxito com a colaboração de
cada um dos alunos e professores envolvidos, no qual nos ensinaram algo e que também nos
deram a oportunidade de propagar novos conhecimentos a eles.
embasamento de cada conteúdo, sugestões e dicas sobre o assunto, tivemos o auxílio de livros
de gramáticas, sites educativos e de materiais fornecidos pelas professoras supervisoras. As
professoras davam as devidas instruções e então fazíamos os planos e no final do
planejamento do dia apresentamos a elas, tirávamos duvidas e concluíamos.
Portanto, como futuros professores foi de suma importância planejar com o auxilio das
professoras regentes, pois tivemos um norte de como organizar o tempo para cada conteúdo e
aproveitar o final da aula para sempre instigar o aluno a pensar sobre a próxima aula.
07. RECURSOS
Neste capítulo apresentaremos os recursos usados durante as aulas regidas nas escolas
de Ensino Fundamental II e Médio. Foram eles: quadro branco; pinceis para quadro branco;
apagador; material impresso; multimídia; bandeira nacional (para aula de 07 de setembro);
dicionários e uma caixa para fazer sorteio de frases. Tais recursos serviram para proporcionar
momentos mais lúdicos em que o discente participava de maneira mais ativa trazendo maior
rendimento para a aula.
08. AVALIAÇÃO
Tendo em vista essa perspectiva, realizamos nossa avaliação em duas frentes, uma
relacionada às atividades de fixação, prática da oralidade e outra levando em conta a
participação dos alunos durante o andamento das atividades, das dinâmicas e do empenho em
cada aula. Entre essas, duas divisões foram dadas uma pontuação de meio ponto para quem
realizou as atividades propostas.
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A avaliação dos alunos quanto à sua participação nas aulas levou em conta o interesse
deles pelas atividades desenvolvidas, e execução das dinâmicas. A cooperação dos alunos com
os colegas e professores nas atividades lúdicas em grupo, seu posicionamento em relação aos
conteúdos e práticas desenvolvidos e sua interação com a turma também foram levadas em
conta na avaliação.
09. REFERÊNCIAS
Livro:
Sites:
Sites:
10. AUTOAVALIAÇÃO
Mas foi no Ensino Médio que descobri o público alvo que quero trabalhar, minha
interação com os alunos e intimidade com o conteúdo, me fizeram ver que cresci muito em
relação a docência e que ainda tenho muito o que aprender sobre a educação, pois ela mutável
e nós futuros docentes devemos estar sempre buscando novos conhecimentos.
Encontrei-me segurança ao dar aula, meu domínio em sala de forma não imposta, mas
de maneira sutil e espontânea, também foi sendo moldada a cada nova aula, a experiência foi
de suma importância na minha vida acadêmica.
Acredito que um professor formado passa por provações diárias em sala de aula, em que
deve sempre buscar melhorias para si, para os seus métodos e para seus alunos. Eu, enquanto
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professor em formação, vejo essas provações como algo positivo. Durante o estágio
supervisionado I, no qual tive apenas observação de sala, notei vagamente essa provação no
docente, todavia na gerência em sala, quando pude ter uma maior noção do cotidiano de um
profissional da área e se por, mesmo que por alguns dias, em seu lugar, a visão teve maior
impacto.
Ao ter esse contato com sala de aula pude ter, com maior exatidão, a certeza que teoria
que prática nem sempre andam pelo mesmo caminho. Enquanto educador devo me renovar
diariamente para conseguir transmitir o máximo de conhecimento ao discente, mudando de
método cada vez que falha e não se conformando em dar apenas uma boa aula.
Neste capítulo será apresentada a análise da sequência didática na qual contará com
relatos sobre o ensino de gramática de uma determinada aula e turma. A turma escolhida foi o
2º Ano “7” do ensino médio, nela houve um maior desenvolvimento e interação aluno-
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Para realizar a análise didática é apropriado utilizar relatos vivenciados em sala. A aula
escolhida, como dito, está relacionada ao ensino da gramática com maior precisão nas Figuras
de Pensamentos, que de acordo com o OCEMLP o conteúdo “[...] implica tanto a ampliação
contínua de saberes relativos à configuração, ao funcionamento e à circulação dos textos
quanto ao desenvolvimento da capacidade de reflexão sistemática sobre a língua e a
linguagem.” (BRASIL, 2006, p. 18).
que a escola tem a função de promover condições para que os alunos reflitam sobre
os conhecimentos construídos ao longo de seu processo de socialização e possam
agir sobre (e com) eles, transformando-os, continuamente, nas suas ações, conforme
as demandas trazidas pelos espaços sociais em que atuam. Assim, se considerarmos
que o papel da disciplina Língua Portuguesa é o de possibilitar, por procedimentos
sistemáticos, o desenvolvimento das ações de produção de linguagem em diferentes
situações de interação, abordagens interdisciplinares na prática da sala de aula são
essenciais. (BRASIL, 2006, p. 27).
Sobre a regência foi notado que os alunos sentiram uma boa sintonia com o conteúdo
trabalhado. A aceitação do tema abordado foi relevante por conta das metodologias
trabalhadas, que se apropriou de músicas, poemas e ditos populares, para complementar o
ensino de gramática.
Na aula do dia 17.10.2018 que começou às 13 da tarde no 2º ano “7”, teve um belo
resultado. Na aula passada, do dia 16, foi aplicado o conteúdo pontuação em sala, eles
começaram a notar nosso jeito de dar aula. No final do dia percebemos que em apenas duas
aulas a maioria tinha compreendido o conceito de pontuação, com isso encerramos o
conteúdo. Na aula seguinte o conteúdo trabalhado foi figuras de pensamento, na qual tivemos
o clímax da semana.
Tivemos duas aulas para exposição do conteúdo. No início da aula apresentamos o
conteúdo de forma lúdica, usando como auxílio dos gêneros citados acima (poemas, músicas,
ditos populares e outros). Foram expostas as oito figuras: antítese, paradoxo, ironia,
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se ficar claro que conhecer uma língua é uma coisa e conhecer sua gramática é outra.
Que saber uma língua é uma coisa e saber analisá-la é outra. Que saber usar suas
regras é uma coisa e saber explicitamente quais são as regras é outra. Que se pode
falar e escrever numa língua sem saber nada "sobre" ela, por um lado, e que, por
outro lado, é perfeitamente possível saber muito "sobre" uma língua sem saber dizer
uma frase nessa língua em situações reais. (POSSENTI, 1996, p. 53)
Logo após a explicação, separamos a sala ao meio formando dois grupos para realização
de uma atividade lúdica. A dinâmica continha dezesseis frases com duas de cada uma das oito
figuras. A proposta foi informar a qual figura pertencia cada frase, através de sorteios, na qual
equipe escolheu um devido representante (líder) cujo deveria indicar um aluno, por vez, para
identificar uma das dezesseis frases distintas, caso uma equipe não soubesse a frase passava
para a concorrente.
Os alunos demostraram maior interesse na temática exposta, o que trouxe uma aula na
qual a participação e interação com o tema foi o auge. Assim notamos que quando a forma
lúdica da aula aplicada trouxe um bom desempenho não só para os discentes, porém também
para o nosso desenvolvimento enquanto professor em formação.
2
Exemplos: lembraram-se das aspas para identificar a ironia
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Percebemos que o docente deve sempre ter um estudo e domínio do conteúdo que será
transmitido para que haja maiores possibilidades de uma aula bem sucedida, como diz
Travaglia que: “O professor é que tem de saber muito sobre a língua (sua estrutura e
funcionamento) para selecionar e ordenar conteúdos e montar exercícios adequados ao ensino
da habilidade que pretende seja adquira.” (TRAVAGLIA. 2009, p. 111).
Portanto neste capítulo foi discutido o ensino das figuras de pensamento dentro da
gramática. Usamos as teorias de Travaglia, Possenti e Neves para firmar o ensino exposto no
decorrer das aulas, compreendendo, assim, que a gramática trabalhada com a língua terá uma
interação aluno-mestre de maior êxito.
No decorrer das aulas regidas, notamos a relevância das disciplinas dadas ao longo do
curso, na qual vimos a importância da fonologia na forma de ensinar língua, a necessidade da
didática no cotidiano e planejamento do professor, o indispensável uso da literatura e que, por
fim, precisa-se de todos esses saberes para aplicar uma simples aula gramatical.
A regência em sala nos fez conhecer o nosso futuro local de trabalho, e que devemos
nos avaliar todos os dias, como professores e seres humanos, reconhecermos que a prática de
pensar, mesmo com muitas dificuldades encontradas no meio educacional, é importante.
Percebemos que a identidade profissional é construída com a experiência, com o tempo e
aprimoramento, tornando nosso estágio enriquecedor nessa etapa de formação inicial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LOBATO, Lúcia Maria Pinheiro. Sintaxe gerativa do português. Belo Horizonte: Belo
Horizonte, 1986.
NEVEZ, Maria Helena de. Que Gramática estudar na escola? Norma e uso da língua
Portuguesa. São Paula, Editora Contexto, 2014.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola / Sírio Possenti - Campinas,
SP :Mercado de Letras : Associação de Leitura do Brasil, 1996.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino da gramática.
14. Ed. São Paulo: Cortez, 2009.
APÊNDICES
Universidade Estadual do Tocantins
Curso de letras – Habilitação Português/Espanhol
Disciplina: Estágio Supervisionado III
Prof. ª: Jane Guimarães Sousa
Estagiários: Marcos Smith e Thaysi Oliveira
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PLANO DE AULA
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Apresentar a bandeira nacional explicando, trabalhar a letra do hino relacionando com
poemas brasileiros de forma expositiva dialogada. Significação das palavras do hino
utilizando o dicionário, dinâmicas envolvendo o conteúdo.
CONTEÚDO
Interpretação do Hino Nacional e Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, para ressaltar o patriotismo.
ATIVIDADES
Atividade relacionada à busca de vocábulos do Hino Nacional não presentes no cotidiano
dos alunos;
Interpretação do Hino Nacional com as palavras traduzidas e reescrevendo frases
morfologicamente corretas;
Atividade de fixação impressa relacionada ao conteúdo.
RECURSOS
Quadro branco, pincel, apagador, material impresso, dicionários, material visual (Bandeira
Nacional).
MEIOS AVALIATIVOS
Distribuir uma cópia do Hino Nacional para cada aluno (ou dupla);
Solicitar que sublinhem as palavras que não conhecem;
Solicitar que procurem nos dicionários, e escrevam no caderno;
Trocar as palavras sublinhadas no hino por seus significados;
Fazer a leitura do hino, verificando se melhorou o entendimento, e responder atividade de fixação;
Dividir a turma em duas equipes, onde cada equipe recebia uma palavra do hino para falar o
significado, assim cada grupo acumula pontos por meio de acertos.
BIBLIOGRAFIA
https://www.soportugues.com.br/secoes/curiosidades/hino.php
PLANO DE AULA
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Expor uma revisão expositiva dialogada sobre Verbos, trabalhando número, modo, tempo,
pessoa e vozes verbais de formas lúdicas com auxílio de músicas, conteúdo impresso e
metodologias ativas.
CONTEÚDO
Revisão de verbos.
ATIVIDADES
Atividade de fixação trabalhando o conteúdo revisado;
Conjugação verbal em algum tempo verbal e modo;
Músicas para assimilação do conteúdo.
RECURSOS
Quadro branco, pincel, apagador, material impresso, músicas e aparelho de som.
MEIOS AVALIATIVOS
Usar a metodologia Tempestades de Ideias, após a revisão do conteúdo para perceber o nível de
assimilação do conteúdo;
Trabalhar o conteúdo com a participação do aluno no quadro, fazendo-o expor o que sabe escrevendo
frases com verbos em diferentes modos, tempos e vozes;
Utilizar de músicas contemporâneas para empregar os verbos em diferentes conjugações e contextos,
onde os alunos deverão interpretar as canções e responder a questões relacionadas a verbos
encontrados nas mesmas.
BIBLIOGRAFIA
Cunha, Celso; Cintra, Lindley. Gramática do português contemporâneo/ 6. ed. – Rio de
Janeiro: Lexikon, 2013.
PLANO DE AULA
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Apresentar o conteúdo Complemento Verbal com auxílio do multimídia fazendo alusões a
Verbos (conteúdo já trabalhado);
Trabalhar atividade impressa;
Usar métodos lúdicos para melhor assimilação do conteúdo.
CONTEÚDO
Complemento Verbal.
ATIVIDADES
Atividade de fixação trabalhando o conteúdo revisado;
Dinâmica de equipes.
RECURSOS
Quadro branco, pincel, apagador, material impresso, multimídia, papel colorido para
dinâmica.
MEIOS AVALIATIVOS
Atividade de fixação referente a Complementos Verbais;
Trabalhar o conteúdo com a participação do aluno no quadro, fazendo-o expor o que sabe escrevendo
frases com complementos verbais direitos, indiretos e direto indireto;
A sala escolherá dois líderes para dividi-los em dois grupos, logo cada líder escolherá um aluno para
representar sua equipe por vez (o total de 7 alunos escolhidos por grupo), os alunos selecionados
deverão sortear frases com verbos transitivos e dizer se são transitivos diretos, indiretos ou direto
indireto, explicado os motivos de suas escolhas. Se o participante escolhido pelo líder der a resposta
certa a equipe leva pontos, a que se sair melhor leva ponto extra na matéria.
BIBLIOGRAFIA
Cunha, Celso; Cintra, Lindley. Gramática do português contemporâneo/ 6. ed. – Rio de
Janeiro: Lexikon, 2013.
PLANO DE AULA
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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CONTEÚDO
Figuras de pensamentos
ATIVIDADES
Trabalho na qual as equipes divididas identificarão as figuras de linguagem e acumularão
pontos nos acertos.
RECURSOS
PLANO DE AULA
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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CONTEÚDO
Pontuação
ATIVIDADES
PLANO DE AULA
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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ATIVIDADES
DE ACORDO:
________________________________________
Carimbo e assinatura do Coordenador de Estágio
27
____________________________________
Nome completo do Estagiário