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GÊNEROS LITERÁRIOS

GÊNERO LÍRICO - (Lyra – instrumento musical de corda) –


palavra cantada. O gênero lírico caracteriza-se, essencialmente,
por manifestar a subjetividade do eu lírico, expressando-lhe os
sentimentos, as emoções, o mundo interior. De modo geral, a
musicalidade é um elemento fundamental no texto lírico.
Os tipos de poemas líricos mais comuns são:
 ode,
 soneto,
 cantiga,
 canção,
 elegia e outros.

Hoje também encontramos lirismo nos textos em prosa, uma


vez que é possível expressar sentimentos e sensações, por meio da
elaboração da linguagem.

A SERRA DO ROLA-MOÇA - Mário de Andrade

A Serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não...

Eles eram do outro lado,


Vieram na vila casar.
E atravessaram a serra,
O noivo com a noiva dele
Cada qual no seu cavalo.

Antes que chegasse a noite


Se lembraram de voltar.
Disseram adeus pra todos
E se puserem de novo
Pelos atalhos da serra
Cada qual no seu cavalo.

Os dois estavam felizes,


Na altura tudo era paz.
Pelos caminhos estreitos
Ele na frente, ela atrás.
E riam. Como eles riam!
Riam até sem razão.

A Serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não.

As tribos rubras da tarde


Rapidamente fugiam
E apressadas se escondiam
Lá embaixo nos socavões,
Temendo a noite que vinha.

Porém os dois continuavam


Cada qual no seu cavalo,
E riam. Como eles riam!
E os risos também casavam
Com as risadas dos cascalhos,
Que pulando levianinhos
Da vereda se soltavam,
Buscando o despenhadeiro.

Ali, Fortuna inviolável!


O casco pisara em falso.
Dão noiva e cavalo um salto
Precipitados no abismo.
Nem o baque se escutou.
Faz um silêncio de morte,
Na altura tudo era paz ...
Chicoteado o seu cavalo,
No vão do despenhadeiro
O noivo se despenhou.

E a Serra do Rola-Moça
Rola-Moça se chamou.

SONETO DA FIDELIDADE - Vinícius de Morais

De tudo, meu amor serei atento


Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento


E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure


Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :


Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

A VALSA

Tu, ontem,
Na dança
Que cansa,
Voavas
Co'as faces
Em rosas
Formosas
De vivo,
Lascivo
Carmim;
Na valsa
Tão falsa,
Corrias,
Fugias,
Ardente,
Contente,
Tranqüila,
Serena,
Sem pena
De mim!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
— Eu vi!...

Valsavas:
— Teus belos
Cabelos,
Já soltos,
Revoltos,
Saltavam,
Voavam,
Brincavam
No colo
Que é meu;
E os olhos
Escuros
Tão puros,
Os olhos
Perjuros
Volvias,
Tremias,
Sorrias,
P'ra outro
Não eu!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
— Eu vi!...

Meu Deus!
Eras bela
Donzela,
Valsando,
Sorrindo,
Fugindo,
Qual silfo
Risonho
Que em sonho
Nos vem!
Mas esse
Sorriso
Tão liso
Que tinhas
Nos lábios
De rosa,
Formosa,
Tu davas,
Mandavas
A quem ?!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas,..
— Eu vi!...

Calado,
Sozinho,
Mesquinho,
Em zelos
Ardendo,
Eu vi-te
Correndo
Tão falsa
Na valsa
Veloz!
Eu triste
Vi tudo!

Mas mudo
Não tive
Nas galas
Das salas,
Nem falas,
Nem cantos,
Nem prantos,
Nem voz!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!

Quem dera
Que sintas!...
— Não negues
Não mintas...
— Eu vi!

Na valsa
Cansaste;
Ficaste
Prostrada,
Turbada!
Pensavas,
Cismavas,
E estavas
Tão pálida
Então;
Qual pálida
Rosa
Mimosa
No vale
Do vento
Cruento
Batida,
Caída
Sem vida.
No chão!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
Eu vi!

Profundamente - Manuel Bandeira

Quando ontem adormeci


Na noite de São João
Havia alegria e rumor
Estrondos de bombas luzes de Bengala
Vozes, cantigas e risos
Ao pé das fogueiras acesas.

No meio da noite despertei


Não ouvi mais vozes nem risos
Apenas balões
Passavam, errantes

Silenciosamente
Apenas de vez em quando
O ruído de um bonde
Cortava o silêncio
Como um túnel.
Onde estavam os que há pouco
Dançavam
Cantavam
E riam
Ao pé das fogueiras acesas?
— Estavam todos dormindo
Estavam todos deitados
Dormindo
Profundamente.

Quando eu tinha seis anos


Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci

Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo


Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?

— Estão todos dormindo


Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.

Texto extraído do livro "Antologia Poética - Manuel Bandeira", Editora Nova


Fronteira – Rio de Janeiro, 2001, pág. 81.

GÊNERO ÉPICO – palavra narrada – A epopéia era a forma


poética mais importante nos tempos heróicos da Grécia homérica.
Eram grandes narrativas escritas em verso, que contavam grandes
feitos históricos de um povo, de um país e de seus heróis.

São exemplos de epopéia clássica:

 A “Ilíada” e a “Odisséia”, ambas de Homero;


 A “Eneida” e “As Bucólicas”, de Virgílio
 “Os Lusíadas”, de Camões etc.

Ambas apresentam as seguintes partes:

1a. Proposição: apresentação do tema e do herói;


2a. Invocação”: evocação das musas inspiradoras para que o
episódio proposto seja contado com engenho e arte;

3a. Dedicatória: a epopéia é dedicada a alguém importante;

4a. Narração: o tema proposto é contado;

5a. Epílogo: é a conclusão da narrativa e as considerações finais.

A epopéia moderna não tem uma divisão pré-estipulada.

São “exemplos” de epopéias brasileiras: “Caramuru”, de Santa


Rita Durão; “Uraguai”, de Basílio da Gama; “ Vila Rica”, de Cláudio
Manuel da Costa , dentre outras.

IMPORTANTE: Hoje foi praticamente substituída pela prosa


de ficção, ou seja:
 Romance – narrativa longa em prosa (romance realista,
romance fantástico, romance romântico, romance
histórico, romance de costumes etc.)
 Novela,
 Conto,
 Crônica

Episódio de Inês de Castro

http://www.google.com.br/#hl=pt-BR&biw=1259&bih=599&q=canto+iii+in
%C3%AAs+de+castro&aq=0&aqi=g1&aql=&oq=canto+III+in&fp=aa1c6aba19ac2629

GÊNERO DRAMÁTICO - palavra representada - Pertence ao


gênero dramático toda e qualquer peça teatral (em versos ou em
prosa). O texto dramático é elaborado com a intenção de ser
representado num palco e, por isso, contém INSTRUÇÕES PARA O
MOMENTO DA REPRESENTAÇÃO, chamadas de rubrica.

As formas de dramaticidade:
 Tragédia;
 Comédia;
 Farsa; !

 Auto;
 Ópera;
Peça - O noviço, de Martins Fonte

IMPORTANTE – embora haja, ATUALMENTE, uma


mistura de gêneros - líricos, narrativos e dramáticos - sempre
prevalecerá uma dessas modalidades.

http://www.cursointellectus.com.br/processamento/arqprod.asp?
prod=39&arq=1

(PSS/UFPA-2006) Os gêneros literários constituem modelos aos


quais se deve submeter a
criação artística.
Deles NÃO se deve considerar como verdadeiro:
(A) Segundo concepção clássica, são três os gêneros literários.
(B) Embora a obra literária possa encerrar emoções diversas,
podendo haver intersecção de elementos líricos, narrativos e
dramáticos, há sempre a prevalência de uma destas modalidades.
(C) A criação poética, de caráter lírico, privilegiará os diálogos dos
personagens.
(D) Novelas, crônicas, romances e contos são espécies literárias de
caráter narrativo.
(E) O discurso literário é considerado dramático quando permite, em
princípio, ser representado.

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