JOGOS E BRINCADEIRAS E A
Data de aprovação:
BANCA EXAMINADORA
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Prof. Dr. Edson Martins Junior
Orientador
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Profª. Drª. Dinéia Hypólitto
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Profª. Drª. Erika Hokama
Dedico esta nova conquista, este
trabalho, em especial a meu esposo
Jorge, que me apoiou e deu suporte
necessário, a meus filhos Tiago e Lorena,
pela compreensão de minhas ausências
e foram meus parceiros de toda hora, à
minha mãe Dª Izabel, meu pai Waldemar
(in memoriam) todos grandes
incentivadores e aos meus irmãos, fiéis
companheiros.
AGRADECIMENTOS
APRESENTAÇÃO. ..................................................................................................... 9
Problema............................................................................................................... 10
OBJETIVOS. ............................................................................................................. 11
Objetivo Geral....................................................................................................... 11
Objetivos Específicos. ......................................................................................... 11
METODOLOGIA ....................................................................................................... 11
JUSTIFICATIVA. ....................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 37
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APRESENTAÇÃO.
Problema.
As pesquisas indicam que cada vez mais, o lúdico, que tem grande importância
no desenvolvimento da criança, está desaparecendo do espaço escolar, e até mesmo
os profissionais da área, evitam introduzir o lúdico como uma das ferramentas
fundamentais para o desenvolvimento saudável das crianças, em seus conteúdos
dados em sala de aula. Diante disto, cabe a seguinte questão;
OBJETIVOS.
Diante da questão levantada, pode-se ressaltar que este projeto tem os
seguintes objetivos:
Objetivo Geral.
Rever, na bibliografia existente, os estudos relativos à ludicidade voltadas à
psicomotricidade, com a finalidade de contribuir e favorecer o desempenho geral dos
alunos.
Objetivos Específicos.
METODOLOGIA
JUSTIFICATIVA.
O jogo é uma das ações mais usadas, devido ao fato de articular as várias
percepções, possibilitando que o aluno compreenda tudo e tenha sua aquisição de
conhecimentos de forma significativa. Se faz necessário destacar que a palavra
“lúdico” provem do latim ludus que significa jogo infantil, diversão e recreação, ficando
também maior o seu alcance, mas também se refere ao ato de jogar usando regras
em referência a uma socialização.
A relevância deste trabalho, se dá pela importância deste tema, por sua
utilização em salas de aulas, pois poucas famílias podem ou sabem como a ludicidade
pode contribuir com aquisição cognitiva de seus filhos. Ao se separar as crianças do
ambiente lúdico estão automaticamente ignorando seus próprios conhecimentos, pois
quando a criança entra na escola ela já possui algumas experiências que lhes foram
proporcionadas através das brincadeiras e do jogo.
Inúmeras obras de conceituados autores, destaque para Brougère (2010),
Freinet (2004), Fröbel (2001), Piaget (1998), Rousseau (2017), Vygotsky (2007),
Wallon (1989), demonstram a grande relevância da ludicidade para o crescimento
cognitivo, contudo infelizmente, mesmo com toda produção literária, ainda assim, não
houve sucesso em mudar concepções e práticas educativas que limitam a ludicidade
a uma simples atividade paralela, sem grande valor no contexto formativo da criança.
Para amparar ainda mais os objetivos propostos e afiançar o que foi
demonstrado neste projeto, elegeu-se estes: Celso Antunes, Ivani Fazenda, Gilda
Rizzo, Tizuko Morchida Kishimoto e Vitor Marinho Oliveira, bem como as legislações
pertinentes ao assunto. Dito o anteposto, voltamos ao assunto focal deste projeto.
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1. REFERÊNCIAL TEÓRICO.
Existem diversos autores que abordam sobre estes temas, e para este projeto
foram utilizadas obras e publicações de especialistas que descrevem com seriedade
a importância da ludicidade e da psicomotricidade na educação lúdica e da utilização
dos jogos em salas de aulas e na escola, com observância da psicomotridade.
Assim, o lúdico passa a ser uma ponte entre a educação e a criança, pois a
criança é um ser essencialmente brincante, resiste, luta, fantasia, tem força e energia.
O trabalho sustentado na ação do brincar permite interferir, com base nas
observações seletivas que são realizadas, nas construções de aprendizagens das
crianças. A capacidade de imitação realizada pelas crianças sinaliza os avanços da
capacidade perceptiva e do desenvolvimento do pensamento.
Através da imitação as crianças representam ações observadas no dia-a-dia
que não são compreendidas por elas e desta forma colocando-se na visão de atores
se colocam em situações diversificadas a fim de compreendê-las transformando os
processos mais elementares de pensamentos em processos superiores. Nesse
sentido o Referencial Curricular Nacional do Ensino Infantil, aponta;
Além da dimensão afetiva e relacional do cuidado, é preciso que o professor possa
ajudar a criança a identificar suas necessidades e priorizá-las, assim como atendê-las
de forma adequada. Assim, cuidar da criança é sobretudo dar atenção a ela como
pessoa que está num contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua
singularidade, identificando e respondendo às suas necessidades. Isto inclui
interessar-se sobre o que a criança sente, pensa, o que ela sabe sobre si e sobre o
mundo, visando à ampliação deste conhecimento e de suas habilidades, que aos
poucos a tornarão mais independente e mais autônoma. (p. 25).
A opção pelo uso pedagógico dos computadores e das novas tecnologias não
é, e jamais deve ser entendida como, simplesmente “uma nova maneira de maquiar
velhas práticas educacionais”, mas sim uma opção ideológica por romper com essas
práticas.
1.4. Psicomotricidade
No começo de sua vida quando a memória e imaginação são inativas, a criança
presta atenção em coisas que afetem o seu sentido, por isso é importante deixa-la
tocar objetos, pois assim ela aprende;
Ao sentir o calor, o frio, a dureza, a moleza, o peso, a leveza dos corpos, a julgar seu
tamanho, sua forma e todas as sua qualidade sensíveis, olhando, apalpando, ouvindo
e principalmente comparando a vista ao tato, estimando pelo olhar a sensação que
provocariam em seus dedos. (ROUSSEAU, 2017, p. 592).
A criança precisa ser estimulada na Educação, sem perder a ludicidade que
envolve e de acordo com suas faixas etárias.
Para Associação Brasileira de Psicomotricidade (ABP), ela, a psicomotricidade
é a ciência que estuda o homem através de seu corpo em movimento, em relação
com o mundo interno e externo com as possibilidades de perceber, atuar e agir com
o outro, com os objetos e consigo mesmo relacionado ao processo de maturação,
onde o corpo é origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas.
Para Oliveira (2005) acrescenta que “é na brincadeira que a criança explora e
experimenta as relações com o mundo e consigo mesma”. De acordo com o autor, os
jogos favorecem o equilíbrio afetivo da criança e contribuem para o processo de
apropriação dos signos sociais.
A Associação Brasileira de Psicomotricidade (ABP), entidade de caráter
cientifica cultural sem fins lucrativos, foi fundada em 19 de abril de 1980 com o intuito
de lutar pela regulamentação da profissão, unir os profissionais da psicomotricidade e
contribuir para o progresso da ciência. Para ela, a psicomotricidade é a disciplina que
estuda o homem através de seu corpo em movimento, em relação com o mundo
interno e externo com as possibilidades de perceber, atuar e agir com o outro, com os
objetos e consigo mesmo relacionado ao processo de maturação, onde o corpo é
origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas.
Uma das finalidades da psicomotricidade é preparar a base para a educação
daquelas capacidades indispensáveis à aprendizagem escolar, evitando dificuldades
tão comuns à alfabetização.
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Nessa fase, atividades que envolvem correr, pular e dançar ainda são
indicadas. No entanto, propor brincadeiras que a desafiem pode fazer toda a
diferença. Amarelinha, passa-anel e elefantinho de cor são brincadeiras que se
encaixam nessas características. Tem a finalidade de estimular ao pensamento, com
contas simples, regras a serem cumpridas, noções de causa e efeito e sequência de
ideias.
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1.9. Habilidades
As habilidades conceituais da criança são ampliadas a partir dos jogos e
brincadeiras e, portanto, do uso da imaginação. Ao brincar, a criança está sempre
acima da própria idade, acima de seu comportamento diário, maior do que é na
realidade. Assim sendo, quando a criança imita os mais velhos em suas atividades
culturalmente e/ou socialmente padronizadas, ela gera oportunidades para o seu
próprio desenvolvimento intelectual. A utilização de jogos educativos no ambiente
escolar traz muitas vantagens para o processo de ensino e aprendizagem, entre elas:
1.10. Recursos.
A utilização de recursos humanos e materiais de relevância lúdica e pedagógica
que colaborem para o desenvolvimento da criança, são de suma importância e devem
ser estudados com antecedência para serem utilizados para obter os resultados
desejados.
Gómez (1997, p. 65) explana que existem estratégias as mais diversas, que
possibilitam o uso adequado de recursos didático-pedagógicos nos ambientes
escolares, tais como dinâmicas e técnicas de integração, histórias, teatralizações,
exibições de imagens, exploração de sons diversos e o que a imaginação criar,
respeitando sempre os limites de aceitação do público e adequação à faixa etária do
público-alvo.
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1.11. Benefícios.
A Coordenação motora é a capacidade de coordenação de movimentos
decorrente da integração entre comando central (cérebro) e unidades motoras dos
músculos e articulações.
Segundo Le Boulch (2007, p. 36), a educação psicomotora deve ser praticada
desde a mais tenra idade; conduzida com perseverança, permite prevenir
inadaptações difíceis de corrigir quando já estruturadas.
Coordenação motora fina: diz respeito aos trabalhos mais finos, aqueles que podem
ser executados com o auxílio das mãos e dedos, especificamente aqueles com grande
importância entre mãos e olhos.
O autor formulou uma teoria geral do movimento, a Psicocinética, a partir da
qual propõe aos educadores meios práticos para utilizar o movimento como uma das
bases fundamentais da educação global da criança
A boa desenvoltura da coordenação fina possibilitará uma escrita de boa
qualidade, sendo possível observar, por exemplo, quando a criança pega água em
um copo plástico sem derramar ou quando empregando a força necessária para
pintar desenhos nas mais diferentes texturas e superfícies.
Conforme Negrine (1995, p. 15), a educação psicomotora pode ser entendida
como uma metodologia.
2. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS.
O objetivo deste trabalho foi ressaltar e rever por meio da bibliografia existente,
os estudos relativos à ludicidade voltadas à psicomotricidade, com a finalidade de
contribuir e favorecer o desempenho geral dos alunos. Para esse feito foram
discriminados alguns elementos importantes que podem ser trabalhados com os
alunos. Identificou-se as linguagens que podem colaborar na educação lúdica.
Destacamos a legislação pertinente a educação lúdica.
Inúmeras obras de conceituados autores, destaque para Brougère (2010),
Freinet (2004), Fröbel (2001), Piaget (1998), Rousseau (2017), Vygotsky (2007),
Wallon (1989), demonstram a grande relevância da ludicidade para o crescimento
cognitivo, contudo infelizmente, mesmo com toda produção literária, ainda assim, não
houve sucesso em mudar concepções e práticas educativas que limitam a ludicidade
a uma simples atividade paralela, sem grande valor no contexto formativo da criança.
Durante os dois anos em que estou estagiando na EMEF Almirante Tamandaré,
pode-se observar, que em três salas de primeiros anos, todas elas não conseguiram
a totalidade de alfabetização da sala de aula, na primeira sala ficaram 4 alunos, na
segunda 10 alunos sem a devida alfabetização e na terceira ainda em curso, mas já
é possível perceber que vários educandos que possuem muitas dificuldades, também
terminarão o ano letivo sem a devida alfabetização, visto que, nos segundos e
terceiros anos ainda hoje tem crianças que não foram alfabetizadas e nem letradas.
Contudo, as poucas vezes que algum professor utilizou a ludicidade o
aprendizado ficou mais leve, quando utilizado a metodologia lúdica, percebo que os
educandos têm maior interesse e curiosidade, a aula se torna mais dinâmica e flui
com maior facilidade. Parece que estão brincando e de repente percebem que estão
aprendendo e isso se torna prazeroso para os educandos bem como para nós
professores educadores.
A ausência de estímulos com que vejo os professores dos primeiros anos
trabalharem a ludicidade, nada além de utilizar o tempo todo a alfabetização
tradicional, sem aplicar a metodologia lúdica em suas aulas. A meu ver, a ludicidade,
alfabetização e letramento tem que caminhar sempre juntos, não podendo haver
dicotomia. Hoje os educadores chegam muito imaturos à docência, e recebem uma
enorme carga de informações, percebo que possuem muitas dificuldades,
principalmente quando trabalhado na metodologia tradicional.
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REFERÊNCIAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Informação e Documentação,
Referenciais e Apresentação: NBR 6023. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. Disponível
em <http://www.usjt.br/arq.urb/arquivos/abntnbr6023 .pdf> acesso em 04 maio 2018.
BRÊTAS, José Roberto da Silva; PEREIRA, Sônia Regina; CINTRA, Cintia de Cássia;
AMIRATI, Kátia Muniz. Avaliação de Funções Psicomotoras de Crianças. Vol. 18.
São Paulo: Acta Paulista, 2005.
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FREINET, Célestin. Pedagogia do Bom Senso. Tradução: João Baptista. 7ª ed. São
Paulo: Martins Fontes, 2004.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª.ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
OLIVEIRA, Vitor Marinho. O que é Educação Física. São Paulo; Brasiliense, 1985.
Disponível em <https: // drive. google. com/ file/ d/0B012kIkRVkHlZzVrcmstNFlqYWM/
view> Acesso em 18 mar. 2018.