As organizações sem fins lucrativos podem variar freqüentemente entre si, em razão de
seus objetivos, suas origens históricas e geográficas e suas formas de financiamento. Há
um consenso comum de que todas terão que gerir adequadamente seus recursos para
conseguir alcançar os objetivos para as quais foram criadas.
Ainda que não sejam empresas de negócios, as organizações sem fins lucrativos, têm
"clientes" aos quais se destinam seus serviços, e devem financiar suas próprias
atividades, fato que as obriga a pensar em termos próximos aos costumeiros nas
empresas que visam o lucro. A conseqüência é a transferência das técnicas das
organizações mercantis de caráter privado e das empresas do setor público para as
organizações do Terceiro Setor. Este fenômeno tem originado uma maior divisão do
trabalho e das tarefas, uma estrutura hierárquica mais concentrada, uso do planejamento
estratégico como instrumento de gestão, e uma maior complexidade administrativa e
formalização dos processos de gerência.
Um levantamento feito pela Kanitz & Associados revela que, em 1999, existia 59.899
profissionais em atuação e 2864 vagas abertas no Terceiro Setor. Levantamento feito
pelo GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas mostra que 53% dos
colaboradores das organizações possuem ensino superior completo ou incompleto e
67% das entidades utilizam serviços de consultoria quando necessitam de mão-de-obra
especializada que não faz parte de seu quadro de funcionários. (Caderno de Empregos,
16/12/01)
Neste turbilhão de mudanças, dados e informações sobre o Terceiro Setor, existe espaço
para médicos, dentistas, ambientalistas, designers, engenheiros, demonstrando o
surgimento de oportunidades em todas as áreas profissionais como um todo.
Bibliografia
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