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Silvia Adela Kohan

Como
esCrever
dilogos
A arte de desenvolver o diálogo
no romance e no conto
Guias do Escritor

Silvia Adela Kohan

Tradução: Gabriel Perissé

Como
esCrever
dilogos
A arte de desenvolver o diálogo
no romance e no conto
Copyright desta tradução © 2011 Autêntica Editora/Gutenberg

TíTl GAl
Cómo escribir diálogos

TA
Gabriel Perissé

Ev TéCCA
Cristina Antunes

jET GáfC E CAA E ml


Patrícia De Michelis

ETA ElETôCA
Patrícia De Michelis

Ev
Ana Carolina Lins

ETA EávEl
Rejane Dias

eisado conore o oo Acordo rtogrco.


Todos os direitos reserados pea Autêntica Editora. enhua parte desta
pubicação poder ser reproduzida, sea por eios ecânicos,etrnicos,
e
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Kohan, iia Adea
Coo escreer diogos : a arte de desenoer o diogo no roance e no
conto / iia Adea Kohan. – Beo Horizonte : Gutenberg Editora, 2011. – (Guias
do Escritor ; 1)

Ttuo srcina: Cóo escribir diogos.


Bibiograa
B 978-85-89239-88-2

1. Contos - Arte de escreer 2. Escrita criatia 3. oances - Arte de escreer


. Ttuo. . rie.

11-01542 C-809

índices para catogo sistetico:


1. Arte de escreer diogos : etórica 809
suá

introdução................ ................ ................. ................. ................. ............ 7

1.odiálogonarrativo................................................................. 9
 Defnição.............................................................................. 10
 Características...................................................................... 10
 Constituição......................................................................... 11
 Condiçõesnecessárias........................................................ 11
 Funçõesdodiálogo............................................................. 15
 Outrasoperaçõesqueodiálogopermite......................... 18

2.tiposdediálogos ...................................................................... 21
 Discursodireto.................................................................... 22
 Discursoindireto................................................................. 22
 Discursolivre....................................................................... 24
 Combinaçõesevariações................................................... 24
 Omonólogo......................................................................... 26
 Osolilóquio.......................................................................... 29
 Odiálogonocinemaenoteatro....................................... 30
 Mescladegêneros................................................................ 31

3.Formasderepresentaçãodosdiálogos.................33
 Asormasclássicas.............................................................. 34
 Apontuaçãocorreta............................................................ 35
 Ousodasaspas.................................................................... 36
 Osmatizesexpressivos........................................................ 36
 Semoverbo“dizer”............................................................. 37

4.aartedoinciso.......................................................................... 38
 Osobjetivos.......................................................................... 39
 Ousoadequadodoinciso.................................................. 40
 Olugardoinciso................................................................. 41
 Ousodoverbo“dizer”........................................................ 41
 Ampliaroeeito................................................................... 42
 Outrasmodalidadesdediálogo......................................... 43
5.osrecursoslinguísticos.................................................... 47
 Quemala............................................................................. 48
 Comoala............................................................................. 49
 Modismosverbais................................................................ 50
 Gírias..................................................................................... 51
 Aexpressãoadequada......................................................... 51

6.opersonagemserevela
 ....................................................... 57
Avozidentifcada................................................................ 58
 Avozúnica........................................................................... 58
 Váriasvozes.......................................................................... 59
 Umaetapaacumprir.......................................................... 60
 Dizereser............................................................................ 60
 Oidioleto............................................................................. 61
 Dequemundoelevem....................................................... 61
 Osentidodesuaspalavras................................................. 63
 Afchaeoesquemadosrelacionamentos........................ 64
 Avozdospersonagenssecundários................................. 65
 Ointerlocutor...................................................................... 65
7.diálogoounarrador?.................................... 69
 Quemtemopoderdentrodotexto.................................. 70
 Ograudeintervenção........................................................ 71
 Modalidadesemcontraste................................................. 71
 Onarradormaisadequado................................................ 72
 Comoempregarodiálogo................................................. 73

8.tema,localediálogo..................................... 75
 Cadasituaçãoimplicaumtema........................................ 76
 Enoquesdotema............................................................... 76
 Oestereótipo........................................................................ 77
 Umteste................................................................................ 78
 Olocal.................................................................................. 79

9.Ferramentaouarmadilha?............................. 81
 Beneícios............................................................................. 82
 Riscos:osproblemasmaiscomuns................................... 82
 Diálogoeloquenteversusdiálogopobre........................... 84
 14passos............................................................................... 85
 Aadequaçãodeumdiálogo............................................... 86
notas................................................................... 81
intuçã
Somosseresquealam.Porissoéumatentaçã opoderocuparo
lugardeoutraspessoaseescreveroquedizemnovaziodapágina.
Nestesentido,escreverdiálogoséentraremcontatocomoqueháde
maisgenuínonoserhumano.
Noentanto,devemostomarcuidado.Sefzermosseresalarem,
suaspalavrasdeverãotersentidoeequilíbrioparaquesejamouvidas
adequadamente.Apresentarumpersonagemalandodedeterminada
ormaazoleitorimaginarummododeexistirconcreto.Seoautoror
bastantehabilidoso,nemprecisaráutilizardescriçõesísicasouexpli-
caromododepensardeseuspersonagens.Odiálogo,comoparteda
tramadocontooudoromance,serásufcientementerevelador.
Certamente,precisamossabercomclarezaoquepretendemos
comumdiálogo.Paraisso,éundamentalconhecerproundamente
suasvariações,suasunçõeseasdierentesestratégiasdisponíveis.
Nestelivro,vamosaprenderquandoconvémempregarodiálogo
numromanceouemoutrostiposderelatoecomopodemostraba-
lharaspalavraseosenunciadosparaobterumdiálogoefcaz.

8
s
o
g
o
l
á
i
d
r
e
v
e
r
c
s
e
o
m
o
c
1.
o á
naat 9
Odiálogobemconstruídoéumadasormasnarrativasmaiscon-
vincentes,porqueaparentementenãoapresentaintermediários,euma
dasmaissugestivas,porprovocaracuriosidadedoleitor.Permiteque
“escutemos”asvozesdospersonagenseassistamosaumaconversa
semqueseusprotagonistaspercebamnossapresença.Écomoestar
entreelessemservisto.
Comoestratégialiterária,odiálogoéumadasmaisefcazese,aomes-
motempo,umadasmaisdiíceisdesepôremprática.Graçasao
diálogo,
ospersonagensexpressamoquesóestatécnicapossibilita.Noconto,o
diálogoéumaerramentaqueajudaadefniropersonagem.Noroman-
ce,contribuiparaodinamismogeraldaobra.Alémdisso,peloqueosa-
lantesdizem,revelacomosãoosinterlocutoreseoerecedadossobreos
outrospersonagensesobreoambienteemqueahistóriasedesenvolve.
Quandolemosumbomdiálogo,acreditamosqueaquelasvozes
pertencemapessoasreais,sempreequandoasvozesestiverembem
dierenciadasentresi,numaentonaçãoadequadaetransmitindoin-
ormaçõesprecisas.Nestecaso,aconclusãoéaseguinte:opersona-
gemalae,porisso,existe.
10
s
o
g
deFinição
o
l
á
i
d
r
Apalavra“diálogo”provémdogrego diálogos,queequivalea“con-
e
v
e
r
c
versa”. É o intercâmbio discursivo entre dois ou mais personagens
s
e
o
quealamalternadamente,oracomoemissores,oracomoreceptores,
m
o
c emitindosuasmensagens.Emoutraspalavras,numdiscursodireto,o
diálogoexigearéplicadeuminterlocutorexplícito(ouimplícito,em
certosusosmodernosdodiálogo).Éaormanarrativaqueapresenta

amaiorcoincidênciaentreoquesedizesuaduraçãotemporal.No
entanto,comoimitaçãodalinguagemconversacionalquesaidaboca
dospersonagens,nãoéimitaçãoliteral,masrutodeumaelaboração.
Odiálogopodeharmonizar-secomanarraçãoeadescrição.
Historicamente,odiálogoéabasedogêneroteatral,maspode
serutilizadoemqualquertipodefcçãonarrativacomoummeca-
nismoqueeliminaoulimitaapresençadonarrador,potencializan-
doapresençadopersonagem.

características
Odiálogoapresentaosacontecimentosmedianteasvozesdosper-
sonagens.Trata-sedeumaormadenarraçãovinculadaaocinema
eaoteatro.Emsentidoestrito,odiálogoéaderontação(podendo
haverounãoconvergências)entreduasvisõesdemundo(oudoisin-
terlocutores)queparticipamdeumasituaçãooudeumacena.Ambos
osinterlocutoresdevemsernecessáriosesecomplementarempara
constituiraestruturadodiálogo,azendocomqueatramaprogrida.
Asprincipaiscaracterísticasevantagensdodiálogosãoasseguintes:

• Onarradordesapareceeospersonagensalamporcontaprópria.
• Sãoospersonagensqueinormamsobreasituação,oconfitoe
aaçãodorelato.
• Oleitorconheceospersonagensdiretamente,aolersuaspala-
vrasepercebersuasormasdeexpressão.
• Éaormanarrativaquemaisseaproximadoleitor.

constituição v
i
t
a
r
r
a

Odiálogoéumaestruturaaberta,inconclusa,constituídapor: n
o
g
o
l
á
i
d

a. Discursos: sãoaspalavrasdiretasdospersonagens,quepo- o

11
demserdois(umalanteeuminterlocutor)oumais.
b. Incisos:sãoesclarecimentoseitospelonarrador.Vêmdepois
deumtravessãoeservemparasituarospersonagensnacena,
paraindicarreaçõesprovenientesdeseupensamento,deseus
sentimentosoudesuaconsciência,oupararegistrarumgesto
ouaçãodopersonagemenquantoestáalando.

Exemplo:

— Recuso-me a vê-lo — disse ele, batendo a porta.


 

condiçõesnecessárias
Háumasériedecondiçõesparaproduzirdiálogosefcazes.São
asseguintes:

i
Intencionalidade é a motivação que impulsiona uma rase. Tu-
do o que nossos personagens dizem nasce de uma determinada
intencionalidade.Quandoalam,dizemalgomaisdoqueestãoalando.
Estãoacrescentandoumaspectoàsuahistória,umainormaçãoque
nosaráacompanharomomentodeconitopeloqualeventualmente
estejamatravessando.Suaspalavrasestãoconectadasàsuapersonali-
dade,aocontextoeàsituaçãovividaeprocuramprovocarumaaltera-
çãonocursodosacontecimentos.
Aspalavrasquecolocamosnabocadenossospersonagensde-
vemterumajustifcativa.Sealguém,porexemplo,diz“estoucom
dordecabeça”,suaintençãopoderiaser:apresentar-secomoumser
debilitado,chamaraatençãodeoutropersonagemparaquemodi-
fquesuarelação,nãoparticipardeumacena,anteciparumdeter-
minadodesenlace,denunciarumambientecontaminado,etc.Sediz
“estoucomdorde cabeça,eujuro”,estáacrescentandouma ênase
cujaintençãoédemonstrarqueointerlocutordesconfadequeessa
dorsejaverdadeira.

p
Aspalavrasquesaemdabocadenossospersonagensdevemser
cuidadosamenteescolhidas.Esse cuidadodecorredabuscadeexa-
tidão—apalavraempregadadeveterumsignifcadopreciso—,da
12
s
quantidade—nãodevemosmultiplicaraspalavrasdesnecessaria-
o
g
o
l
mente—edapreocupaçãocomariquezalexical—convémrecor-
á
i
d
r
reraodicionáriodesinônimosenãonosrestringirmosaoterritório
e
v
e
r
c
empobrecidodepalavrasrepetidasoudesgastadaspelouso.
s
e
o
m
o
c
n
Devesoardemodonatural.Maisdoquelerumdiálogo,oleitor
escutamentalmenteaconversadospersonagens.Porquesãotão

bonsosdiálogosescritosporErnestHem ingwayouIsaacAsimov?
Équenãoparecemorçados,sãoabsolutamenteconvincentesenão
têm rodeios e rebuscamentos. A naturalidade é sua característica
primordial.

Fz
Odiálogodeveuircomritmopróprio,comonumpoema.A
pereita adequação do coloquial ao literário deve ser complemen-
tadacomumapereitaadequaçãoliteráriaaocoloquial.Esseritmo
nãotemamesmavelocidadeemtodososdiálogos.Auidezestá
proundamenteligadaaotipodesituaçãorepresentada.Raymond
Chandlertrabalhavaesseaspectocommaestria.Umadassituações
maisrápidasemaiságeiséadointerrogatóriodorelatopolicial,que
pressupõegrandeeconomiadelinguagem,poisointerrogadocostu-
marespondercomragmentosdoquesabe.

cê
Devemosestaratentosàcaracterizaçãodenossospersonagens
paraqueodiálogosejacoerente.Seelessãocamponeses,poderemos
recorreràlinguagemrural,comoazMiguelDelibes;seimaginamos
umpersonagemcomtendênciaàdispersão,seráprecisoincluirdi-
gressõesemsuaala.Sejaqualorolugarqueocupemnomundo
narrado,sejamprotagonistasoufgurantes,oimportanteéconse-
guirqueospersonagensseexpressemdeacordocomsuapersona-
lidade.UmapresentadordeTVnãopodealarcomoumlutadorde
boxe,porexemplo,sequeremosqueodiálogotragainormações
sobreascaracterísticasdopersonagem.
Tambéménecessáriolevaremcontaacargaemocionalqueestá o
v
i
t
emjogo.Opersonagemdeveráusarasormasverbaisadequadas a
r
r
a

paraaliviarsuastensõesoureorçarumaideia.Seestivermorren- n
o
g
o
l
á
dodeódio,nãocaberáum“quepena!”ouum“vejabem!”.Reações i
d

incoerentescomseuestadodeânimoenviarãoumamensagemam- o

13
bíguaparaoleitor.

p
Duranteatrocadediscursosentredoisoumaisinterlocutores,
odiálogodevecriarumaincógnita,que podemostraduzircomo
capacidadede revelação.Escritoresminimalis tas comoRaymond
Carver são mestres nisso. Henry James, por exemplo, emprega o
diálogoparadaraconhecero quiddoromance,semodeclarar

diretamente.
Alémdisso,odiálogodevesersignifcativo,revelandoapersona-
lidadedoalante.

v
Considera-se que o diálogo representa de modo claríssimo a
identidadeentreotempodanarraçãoeotempododiscurso,embo-
rahajacasosem queo diálogopareçaacontecermaisrapidamente
doquenarealidadeeemoutrosdêasensaçãodedurarmaistem-
podoqueseriapossível,prejudicandosuaveracidade.Noprimeiro
caso,oleitorterádededuzirporsimesmooquealtaàhistória,à
medidaqueelaorprogredindo.Nosegundocaso,terádepularalgu-
maslinhasdodiálogoparatomarciênciadoqueestáacontecendo.
Um diálogo veraz por excelência oi desenvolvido por Miguel de
Cervantes,emDomQuixotedelaMancha.

i
As palavras que um personagem diz dependem, crescem, alte-
ram-seemrelaçãodiretacomodiscursodeoutropersonagem.São
igualmente importantes os discursos do alante e do interlocutor.
Aaladeum dependedado outro.Concordamoscomo linguista
OswaldDucrotquandoeleescreve:

O exame dos diálogos efetivos demonstra que o en-


cadeamento das réplicas apoia-se menos no que o lo-
cutor “disse” do que nas intenções que, segundo o
destinatário, teriam levado o outro a dizer o que dis-
se. À frase “parece que este lme é interessante” ( )
responde-se com “eu já fui ver” ( q) porque se supõe,
por exemplo, que o locutor disse  para propor que
os dois fossem ver o lme, e a resposta de q dá um
motivo para não ir.
14
s
o
g
o
l
á
i
d
r
Portanto,devemosestabelecerumequilíbrioentreosdiscursos
e
v
e
r
c
dosinterlocutores.Aaltadeconexãoentreelessrcinaumasuces-
s
e
o
m
sãodemonólogosnolugardeumdiálogo.
o
c

c
Acontinuidadeeoprogressonarrativocaminhamjuntos.Cada
raseéumamensagemenviadapeloalanteaoouvinte;aresposta
desteúltimosurgecomoconsequênciadamensagem,eestarespos-
ta,porsuavez,aetaráaquelequeantesaloueaquemalarádepois,
eassimpordiante.Oestímuloentreunseoutrosérecíprocoecons-
tituiacontinuidadenarrativa.
Devemosestabelecerumfocondutorentreosdiálogos,explo-
randodoisveiosprincipais:

1. Osestadosdeânimodospersonagensesuasvariaçõesdesenham
umadeterminadacurva.
2. Éprecisosabercomclarezaemquecenaeemquemomentodes-
sacenasedarãoospontosculminantes,oclímax,quedevemser
enatizadosdemodoconveniente.
Um diálogo pode ser ambíguo (aludindo a algo que
não se expressa diretamente), mas jamais confuso. Por
outro lado, se não houver intencionalidade, evitemos
reforços explicativos.

Funçõesdodiálogo
Odiálogoéumaormadeapresentaçãoeindicaarelaçãoen-
treospersonagens;portanto,sãováriasasunçõesquedesempenha
numanarrativa.Nãoé obrigatórioquedesempenhetodas,mas,ao
lançarmãododiálogo,podemosrecorreraumaouaváriasdessas
unções.Basicamente,sãoasseguintes:

cf
Apresentacomvivacidadee imediatezuma cenadoconitoou o
v
i
t

dasituação,emvezdorelatodonarrador,nopapeldemediador.O a
r
r
a
n
diálogo,porexemplo,poderácontribuirparaaumentarosuspense, o
g
o
l
á
aopôroleitoremcontatodiretocomosatoresdodrama,nummo- i
d

mentodeperigo,deinquietação,derupturacomanormalidade.Os o

15
próprios personagens contarão o que estiver acontecendo e o que
estiveremsentindo.

tz
Se,emvezdeumragmentonarrativo,transcrevemosumdiá-
logoentreperso nagens,éporq uedesejamosconta ralgodemodo
maisrápidoedireto.Àmedidaqueasalassesucedem,percebe-
sequeospersonagens(eoleitor)sabemalgumacoisadeinteresse
paraahistória.
Um recurso muito comum entre alguns escritores do passado
era,emvezdemostraraação,colocaroleitordiantededoisperso-
nagens,umdelesassistindoàação,eooutronão.Oprimeirorelata
aosegundooqueestáacont ecendo.Esserecursoerausadono tea-
tro,poisnãosepodiacolocarnopalcodoisexércitos,porexemplo,e
entãoumcriado,doaltodeumatorre,contavaaoseusenhoroque
estavaacontecendonocampodebatalha.
Recursosemelhanteéutilizarumdiálogoparaqueoleitortome
conhecimento de acontecimentos que se deram antes que o relato
começasse.Nãohánenhumperigonessaestratégiaquandoumdos
interlocutoresdesconheceoqueooutroestácontando.Massetodos
jáestãocientesdosatos,convémiremrenteedesenvolverodiálogo

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