SÃO PAULO – SP
2015
ARTHUR RÉGIO DE OLIVEIRA CORREIA
SÃO PAULO – SP
2015
Correia, Arthur Régio de Oliveira
C847m Modelo de abrigo de ponto de parada de ônibus para o município de
São Paulo. / Arthur Régio de Oliveira Correia. – São Paulo, 2015.
185f.
COMISSÃO EXAMINADORA
_________________________________
Prof. Esp. Clayton Caetano dos Santos de Jesus
Orientador
Faculdade Oswaldo Cruz
_________________________________
Prof. Mestre Guilherme Viera Rodrigues Maciel
Coordenador
Faculdade Oswaldo Cruz
Agradeço aos professores da Faculdade Oswaldo Cruz que fizeram parte do curso,
pelos incentivos e ensinamentos aprendidos que serviram de suporte ao longo desta
jornada.
À família pelo suporte nos momentos difíceis e compreensão nas ausências, bem
como pelo apoio incondicional, paciência e estímulo.
Obrigado!
EPÍGRAFE
The city of São Paulo has the largest population density in Brazil, being also
responsible for the largest fleet of vehicles in the country. The major car flow provides
an exponential increase in congestion in the city, which requires greater infrastructure
studies encompassing the public transport system and the urban space, aiming to draw
guidelines and goals for improving urban mobility in the capital. Issues related to urban
mobility, involving public transport develop interest in private vehicles that end up
aggravating the travel time for daily routes. Based on this scenario, the waiting time for
public transport is even greater, being necessary to observe an important element of
the system, that it is the bus shelter. Finally, the research is intended to provide a bus
shelter model for the city of São Paulo with functional enhancements and integrated
services, in order to include different types of users
Keywords: Urban furniture. Accessibility. Ergonomics. Bus shelter. Design
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 19
2.5.1.2 Simbologia.................................................................................................... 39
2.8.1 Antropometria............................................................................................. 73
2.10 DESIGN........................................................................................................... 80
2.11 TECNOLOGIAS................................................................................................ 82
3 METODOLOGIA ................................................................................................. 87
1 INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO
1
- 1º. Qualidade de responsável. 2º. O dever de dar conta de alguma coisa que se fez ou mandou
fazer, por ordem pública ou particular (2009)
2
- 1º.Que diz respeito a uma sociedade. 2º. Relativo, pertencente, devotado ou apropriado ao
intercurso às relações amigáveis (2009)
3
- A expressão correta, “abrigos para usuários em pontos de parada de ônibus”, por sua extensão,
será então tratada como “abrigo de ônibus” ou “ponto de ônibus”. Apesar desta nomenclatura já
estar incorporada no cotidiano dos usuários e técnicos.
4
- Concessionária responsável pela instalação e manutenção dos novos abrigos, formada pelas
empresas: Odebrecht, Band, APMR e Kalítera.
20
1.2 PROBLEMA
Pouca atenção tem sido dada à qualidade dos serviços prestados ao público
em relação aos abrigos de parada de ônibus, o que gera críticas negativas por meio
dos usuários, que fazem o uso frequente destes e dos meios de transporte coletivos.
Entre as principais críticas estão: auxilio à deficientes,5 proteção contra intempéries,
monitores de identificação e informação, conforto, entre outros. (PROTESTE, 2015)
O levantamento de dados em bibliotecas, arquivos públicos e acervos
pessoais comprovam que o tema está disperso e apresentam em partes a ausência
de sistematização do assunto quando realizadas buscas de dados, as publicações
são simples, manuais com dimensionamentos básicos, apresentando certa dispersão
em relação ao usuário.
1.3 JUSTIFICATIVA
5
- Uma deficiência é qualquer perda ou anormalidade da estrutura ou função psicológica, fisiológica
ou anatômica. Representa a exteriorização de um estado patológico e, em princípio, reflete
distúrbios no nível do órgão. (CIDID – Classificação Internacional de deficiências, incapacidades e
desvantagens.) - (1993)
21
1.4 OBJETIVOS
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
6
- O nome São Paulo foi escolhido porque o dia da fundação do colégio em 25 de janeiro de 1554, a
igreja católica celebrava a conversão do apóstolo Paulo de Tarso.
23
2.2.1 Infraestrutura
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/
Fonte: https://upload.wikimedia.org/
2.3.1 Cidadão
São Paulo hoje, tem uma população estimada em 11.967.825 (IBGE, 2015), em
uma área de 1.521 km², sendo a cidade mais populosa do Brasil (Figura 3).
Fonte: http://www.ibge.gov.br
7
- DEDIHC refere-se ao departamento de direitos humanos e cidadania
26
Para assegurar estes direitos, é necessário que exista uma boa infraestrutura
na cidade, para que pessoas que necessitem de atenção especial, como idosos e
deficientes, não fiquem às margens da sociedade, a fim de proporcionar tratamento
igualitário entre todas as pessoas garantindo seus direitos estabelecidos por lei.
A cidade de São Paulo é a mais populosa do brasil segundo o IBGE8, com uma
população estimada em 11.967.825 (IBGE, 2015), e a sétima no mundo. A população
cresce exponencialmente (Figura 4), isto é uma evidência de que o dinamismo
populacional está se expandindo e se manifestando no município, em busca de
melhor aproveitamento econômico e por melhor qualidade de vida. A cidade possui
um IDH 9 muito alto (0.805), porém a distribuição do desenvolvimento humano na
cidade não é homogênea. (PNUD, 2010)
Fonte: http://www.ibge.gov.br
8
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que é responsável por disponibilizar publicações
referentes as geociências e estatísticas sociais, demográficas e econômicas, o que inclui realizar
censos e organizar as informações obtidas nestes. (IBGE, 2010)
9
- Índice de Desenvolvimento Humano, uma medida importante concebida pela ONU para avaliar a
qualidade de vida e o desenvolvimento econômico de uma população.
27
Fonte: http://www.ibge.gov.br
O envelhecimento10, está relacionado a perda progressiva ou dificuldade das
capacidades sensoriais: visual, auditiva, térmica, olfativa, gustativa, que não se
tornam deficiências incapacitantes, por exemplo: o uso de óculos ou aparelhos
10
- Processo de desgaste do organismo como um todo, relacionado ao fato das células do corpo
irem morrendo e não sendo substituídas por novas como na juventude. Relacionado ao tempo.
28
458016
396003
292410
170445
127549
90458
53068
45948
30202
Fonte: http://www.automec.com.br
Fonte: http://www.armarinhosaojose.com.br
Fonte: http://www.mapabraille.com.br
Fonte: http://www.thyssenkruppelevadores.com.br
Fonte: https://image.freepik.com
Fonte: http://www.deca.com.br
Fonte: http://www.sptrans.com.br
Fonte: http://totalacessibilidade.com.br
O piso tátil é um piso diferenciado com textura e cor, em relação ao piso
adjacente e deve ser perceptível por pessoas com baixa visão ou, completamente
cegas, a fim de orientá-las.
A sinalização tátil é constituída de dois tipos, a direcional e a de alerta. O piso
de alerta tem como função alertar o usuário para algum perigo e obstáculo, como por
exemplo, algum mobiliário urbano, escadas, rampas, que não possam ser rastreados
com o uso do bastão. O piso direcional, mais conhecido como piso guia, tem como
função conduzir o usuário através de uma trilha, a fim de o deficiente possa se
11
- o termo foi criado em 1988 nos Estados Unidos, e hoje faz parte da legislação norte americana,
que compõe com outras leis, o ADA-American whith Disabilities Act, que regula os direitos dos
cidadãos com deficiência no país. (ADA, 2010)
35
2.5 PADRONIZAÇÃO
12
- Associação Brasileira de Normas Técnicas, responsável por padronização de normas técnicas
usadas em diversas áreas, inclusive no meio acadêmico.
36
2.5.1 Normatização
13
- International Organization for Standardization – Responsável por normatização de diretrizes,
especificações ou características, que asseguram materiais, produtos, processos e serviços.
14
- DIN – Deutsches Institut für Normung e.V.
15
- ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
16
- ANSI – American National Standards Institute
37
17
- Para mais definições de mobiliário urbano, ver anexo 1
38
2.5.1.1 Acessibilidade
2.5.1.2 Simbologia
A sinalização tátil no piso pode ser do tipo de alerta ou direcional. Ambas devem
ter cor contraste com o piso adjacente, e podem ser sobrepostas ou integradas ao
piso existente.
A sinalização tátil de alerta deve ser instalada perpendicularmente ao sentido
de deslocamento de modo que, obstáculos suspensos entre 0,6m e 2,1m de altura
do piso, devem exceder em 0,6m o afastamento de tal objeto. (Figura 20)
Desníveis, tais como plataformas de embarque e desembarque, devem ter cor
contrastando com o piso, e instalado em toda extensão onde houver risco de queda
e estar a uma distância da borda de no mínimo 0,5m. (Figura 21)
42
2.5.2 Legislação
VI – painel publicitário/informativo;
VII – painel eletrônico para texto informativo;
§ 1º Abrigos de parada de transporte público de passageiros são instalações
de proteção contra intempéries, destinados aos usuários do sistema de
transporte público, instalados nos pontos de parada e terminais, devendo em
sua concepção, ter definidos os locais para veiculação de publicidade e os
painéis informativos referentes ao sistema de transportes e sua integração
com o metropolitano.
§ 2º Totem indicativo de parada de ônibus é o elemento de comunicação
visual destinado à identificação da parada de ônibus, quando houver
impedimento para instalação de abrigos.
(SÃO PAULO, Lei nº14223, 2006)
18
Os pontos de ônibus da gestão da prefeita Marta Suplicy, em São Paulo, foram atingidos por esta
proibição, do autor reproduzir seu projeto, e que inclusive deu margem a um projeto paralelo da
prefeitura.
19
VLT- Sigla para designar Veículo Leve sobre Trilhos
50
Fonte: http://www.sptrans.com.br
2.6.2 Ônibus
20
- São Paulo Transportes, tem como finalidade a gestão do sistema de transporte público por ônibus
no município de São Paulo. (SPTRANS, 2013)
21
- Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo, responsável pelo transporte
intermunicipal por ônibus na Grande São Paulo, Baixada Santista, Campinas e Vale do Paraíba
51
responsável pela definição das especificações técnicas dos veículos para transporte
coletivo em São Paulo. A engenharia da empresa definiu um conjunto de
especificações na aplicação operacional, buscando informações relativas ao perfil
viário, além de considerar sugestões e reclamações de usuários. O embarque e
desembarque à esquerda, por exemplo, permite uma operação mais veloz e,
consequentemente, aumenta o nível de satisfação dos passageiros, além do ônibus
quatro portas, que pode realizar embarques e desembarques do lado esquerdo, em
plataformas centrais e do lado direito, quando a disposição da pista exigir.
A SPTrans também garante a acessibilidade aos veículos, a instalação de
elevadores eletro-hidráulicos nas carrocerias permite o acesso de cadeirantes, além
de instalação de rampas com mecanismo manual de atuação para passageiros
especiais e de mobilidade reduzida, em veículos com piso baixo, a fim de transpor o
desnível entre o solo e o piso do ônibus.
O ganho de velocidade comercial é primordial para o incentivo ao transporte
coletivo, traz consequências diretas na economia de combustível e menores índices
de congestionamentos e poluição, dentre alguns desses ganhos estão:
Acesso ao ônibus pelo lado esquerdo não conflita com conversões à direitas e,
assim, melhora o fluxo para outros veículos.
Aproveitamento dos canteiros centrais, em níveis baixos, como pontos para
embarque e desembarque de passageiros.
Maior flexibilidade operacional, uma vez que o veículo pode ser usado
indistintamente nos lados esquerdo e direito da pista.
O sistema ainda prevê a utilização de ônibus de entrada baixa ou piso
totalmente baixo, que permite o acesso a passageiros com mobilidade reduzida,
idosos, gestantes, deficientes, entre outros.
Os veículos especificados para operação de transporte pelo sistema municipal
estão dispostos na figura 24.
52
Fonte: www.sptrans.com.br
22
Associação Nacional de Transporte Públicos.
53
Pode ser definido como mobiliário urbano, um elemento concebido para uso em
ambiente urbano, instalado em espaço público e de propriedade pública ou particular,
que oferece interface com sistemas urbanos. Estes sistemas podem ser de
infraestrutura com interface de uso técnico (postes, armários telefônicos, entre
outros), e de infraestrutura com interface de uso para a população (abrigo de ônibus,
bancos, lixeiras, telefones públicos).
O mobiliário precisa ser integrado aos espaços urbanos, de modo que não
prejudique a paisagem da cidade.
Importante item do mobiliário urbano, o abrigo de ônibus deve ser projetado para
proteger e acomodar os passageiros enquanto aguardam a chegada do transporte
coletivo. Normalmente possuem cobertura para proteção contra sol e chuva, bancos
55
No período colonial, São Paulo era pouco mais, ou praticamente composta por
vilas. O mobiliário era instalado nos espaços à medida que a implantação dos
serviços urbanos demandavam por elementos para interface com o município, ou
ainda que servissem às funções e atividades urbanas. No fim do século XIX, São
Paulo impõe seu pensamento no espaço urbano e sofistica a cidade, melhorando a
iluminação, pontos de bondes, remodelação de praças, bancas fixas para serviços
de rua e limpeza pública. Os serviço começaram a se consolidar, com elementos e
artefatos que propiciassem melhorias no espaço público, aprimorando fontes de
56
Fonte: http://www.urbanismobr.org
Nos anos 70, o período da ditadura militar, a cidade amadurecida, mas impedida
23
- Trata-se de um estudo encomendado pelo prefeito de São Paulo, Lineu Prestes, à IBEC
24
- International Basic Economy Corporation – Sociedade comercial com sede em NY dirigida por
Nelson Rockefeller.
57
25
- Empresa formada por Odebrecht Transport(58,70%), Band (17,65%), APMR (17,65%) e Kalítera
Engenharia (6%), é responsável pela instalação e manutenção de abrigos de ônibus em São Paulo.
26
- São grandes firmas internacionais que exploram a instalação e manutenção de propaganda em
mobiliário urbano, em contrapartida à instalação e manutenção dos equipamentos no município
(COMISSÃO, 2001)
60
Esta publicidade é explorada por diversas empresas, entre elas estão: Clear
Channel (Estados Unidos), a CEMUSA (Espanha), JCDecaux (França), Sarmiento
Publicidad Exterior (Argentina). (Figuras 30 à 33)
27
- Roads & Transport Authority, que consiste em 734 ônibus que trafegam por 79 rotas diferentes, e
mais de 1.860 pontos de ônibus equipados com ar condicionado e internet wireless (Dubaibus.com)
61
(Figura 35) e foi concebido com base na rede integrada de transporte da cidade de
Curitiba.
Fonte: http://www.zdnet.com/
No Brasil existem diversos modelos de abrigo de ônibus nas cidades, com vários
formatos e utilização de diferentes materiais. Em Curitiba, desde os anos 1970, se
destaca na área de mobilidade urbana, e seu modelo de transporte foi referência
mundial, em Bogotá, Los Angeles, México e Panamá. Os abrigos são chamados de
estações tubo, que contam com painéis informativos aos usuários e grande espaço
para acomodação dos usuários. O abrigo encontra-se 0,85 m acima do nível da rua,
para justamente estar nivelado com o acesso ao ônibus, garantindo maior facilidade
de embarque, e acessibilidade (Figura 39).
Fonte: http://www.tecmundo.com.br
63
Fonte: http://www.cemusadobrasil.com.br
Fonte: http://www.rio.rj.gov.br
64
Fonte: http://www.cemusadobrasil.com.br
65
Fonte: http://www.omnibus.com.br
Fonte: http://www.sptrans.com.br
67
28
- Companhia Municipal de Transporte Coletivo, foi substituída pela SPTrans em 1995.
29
- Pela identidade de gestão do então Governador Mário Covas, tal abrigo muitas vezes é
identificado como “abrigo Covas”.
68
Fonte: https://www1.arcoweb.com.br
homenagem aos 450 anos do município. O abrigo tornou-se o padrão adotado pela
companhia na instalação dos abrigos por todo o município, em alguns casos sendo
instalado até mesmo nos corredores ondem haviam os abrigos B&C (BELLINI, 2008).
O projeto buscou manter o aspecto plástico, priorizando os baixos custos de
instalação e manutenção. Dentro da concepção estrutural, a proposta era evitar as
grandes fundações, a sobrecarga de peso da estrutura e captação pluvial sofisticada.
O Abrigo era mais barato e mais simplificado do que do escritório B&C,
eliminando assim uma de suas características, que era o duplo acesso (Figura 50).
Fonte: http://www.sptrans.com.br
Os abrigos SP450 possuem outros modelos de abrigos e totens referentes a
esta gestão, como os modelos de Inox e Barcelona30, que estão instalados em muitos
pontos da cidade, principalmente os modelos Inox, presentes ainda em importantes
vias da cidade. (Figura 51)
30
- Para mais definições referentes aos abrigos SP450, ver anexo 3
70
Fonte: http://arktetonix.com.br/
31
- A SPObras é uma empresa pública municipal, pertencente à Prefeitura de São Paulo, sendo
vinculada à Secretaria Municipal de infraestrutura urbana e obras.
71
A instalação dos pontos têm critérios físicos, técnicos, sociais e políticos. Nos
locais com baixa quantidade de usuários, em calçadas esquias, a empresa toma
como critério a instalação de pontos simples, totens (Figura 53), segundo uma
hierarquia própria, encontrando-se simples totens metálicos indicativos, alguns com
indicação de linhas e trajetos.
Figura 53 – Totens de parada de ônibus
Fonte: http://g1.globo.com
72
2.7.7 Custos
2.8 ERGONOMIA
2.8.1 Antropometria
consideram a linha do horizonte visual, que está relacionada com a altura dos olhos
e o cone visual, que corresponde à área de visão apenas com o movimento
inconsciente dos olhos. Para a aplicação dos ângulos de alcance visual, deve-se levar
em conta a variação da linha do horizonte para pessoa em pé, entre 1,40m e 1,50m
e para pessoa sentada, entre 1,05m e 1,15m (Figura 54).
Figura 54 Cones visuais
2.9 MATERIAIS
2.9.1 Aço
2.9.2 Alumínio
Fonte: http://www.fundicaobarbosa.com.br
O alumínio é altamente moldável, tanto por fundição a quente, laminação a frio,
perfis entre outros, sendo um dos preferidos de engenheiros e designers pela
facilidade e maleabilidade de trabalho ou mesmo pela pré-fabricação do material. O
material pode ter diversos formatos e dimensões, empresas grandes como a ALCOA
por exemplo, é capaz de fornecer perfis, chapas, tarugos, tubos, lingotes, em variados
tamanhos, sendo possível a manipulação e transformação do alumínio.
2.9.3 Vidro
Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br
79
2.9.4 Polímeros
transparente quanto o vidro, mas com resistência maior. O termoplástico possui uma
resistência a impacto 250 vezes superior ao vidro, e de 30 à 40 vezes mais resistente
que o acrílico, além de resistência química.
Por ser um termoplástico, pode ser moldado tanto à quente (Injeção plástica)
quanto pode ser deformado à frio, pois trata-se de um material flexível. As aplicações
são diversas, principalmente aquelas relacionadas à segurança: proteção de
máquinas, coberturas, divisórias, para-choques, para-brisas e tetos de veículos
industriais, claraboias, blindagens, entre outros. (Figura 60)
Figura 60 – Aplicação do policarbonato
Fonte: http://www.vedax.com.br
2.10 DESIGN
O design industrial, segundo (LÖBACH, 2001 p. 17) pode ser definido como
“toda atividade que tende a transformar em produto industrial passível de fabricação,
as ideias para a satisfação de determinadas necessidades de um indivíduo ou grupo”.
Com um processo de adaptação dos produtos de uso, fabricados industrialmente, às
necessidades físicas e psíquicas dos usuários ou grupos de usuários, os aspectos de
design passam a influenciar os projetos, de modo a melhorar a performance de
determinados produtos.
forte apelo do design industrial, projetado pelo designer Guto Índio da Costa, assim
como modelos projetados no mundo todo. Os abrigos estão sendo contemplados com
novas formas e funções ao redor do mundo, e a universidade de Chiao Tung, na
cidade de Hsinchu, Taiwan, encomendou um novo tipo de abrigo de ônibus. O ponto
criado pelos designer da faculdade que usaram elementos dos anos 70, elementos
eletrônicos e arquitetura moderna holandesa, foi construído com estruturas tubulares
de aço dobradas e revestido por chapas de aço e vidro temperado. (Figura 61)
Figura 61 – Abrigo da universidade Chiao Tung
Fonte: http://obviousmag.org
O designer iraniano, Hadi Teherani, projetou novos abrigos para a cidade de
Hamburgo, na Alemanha, promovendo novas aplicações dos mobiliários urbanos, de
modo a introduzir a minimalismo, gerando um abrigo formando como uma única
unidade homogênea. O perfil de alumínio e o revestimento de vidros laminados
formam um abrigo aliando a transparência e a luminosidade natural, com a iluminação
artificial de LED. (Figura 62)
Fonte: http://www.haditeherani.com
82
2.11 TECNOLOGIAS
Fonte: http://senseable.mit.edu
32
Instituto de tecnologia de Massachusetts, é um centro universitário de educação e pesquisa voltado
a ciência, engenharia e tecnologia, entre outros.
83
Fonte: http://sfcitizen.com
84
Fonte: http://www.sptrans.com.br
As informações são apresentadas aos usuários, que podem acessar as
informações através da internet onde encontram-se os ônibus, o pontos próximos,
velocidade média e tempo de percurso, e através dos painéis informativos instalados
em terminais e em pontos de parada, se disponíveis. (Ver anexo 6)
Fonte: http://bilheteunico.sptrans.com.br
Fonte: http://moovitapp.com
87
3 METODOLOGIA
33
- Definição de levantamento bibliográfico é “elaborada a partir de material já publicado, constituído
principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na
internet”. (GIL, 2008 p. 45)
88
3.2.2 Amostra
Dubai, Bogotá, Curitiba, Brasília e Rio de Janeiro, serviram como base para
caracterização do perfil dos abrigos de ônibus instalados ao redor do mundo, e suas
funcionalidades bem como as tecnologias empregadas, exemplo de São Francisco
que utiliza de energia solar para atender premissas de conectividade.
Cabe ressaltar que os responsáveis pela fabricação, instalação e manutenção
dos abrigos é relevante para os estudos realizados, a fim de analisar os materiais
utilizados, estruturas entre outros. As empresas são multinacionais que se aliam a
empresas nacionais em consórcios para participar das licitações, e acabam
disponibilizando essas informações nos próprios websites.
Demais dados também foram coletados de arquivos e documentos
disponibilizados em fontes eletrônicas em websites de assuntos referentes ao tema
em questão. Diversos tópicos sobre o assunto são abordados, muitas vezes até
profundamente por entidades jornalísticas como Globo, Folha de São Paulo, Record,
entre outros, que levantam dados relevantes à questão dos abrigos de ônibus, suas
funcionalidades, defeitos e a relação com o usuário.
A pesquisa em campo, colhendo informações por meio de registros fotográficos,
serviram para o melhor entendimento e conhecimento envolvendo os pontos, de
modo a analisar as atuais condições de disposição dos abrigos.
34
- Por sua extensão será considerado apenas como R.P.M.
95
96
lo, baixaria para 8 pessoas em pé. Com uma área de aproximadamente 6,5 metros
quadrados, a cobertura só é capaz de assegurar a proteção contra garoas leves,
desde que estas não estejam acompanhadas por ventos, caso contrário a chuva
atingiria algumas das pessoas presentes nos abrigos. Outro ponto ligado à cobertura
diz respeito ao seu revestimento, que neste caso, não é exposto como uma cobertura
de vidro como apresentado no projeto original35, mas sim uma variação do projeto que
consiste em usar policarbonato alveolar (pg. 67), em uma base de aço perfurado.
(Quadro 5). O abrigo dispõe apenas de iluminação natural, portanto este é isento de
energia elétrica.
Quadro 5 – Cobertura do abrigo
35
- O projeto original previa uma cobertura de vidro, porém com reclamações de usuários referente
ao calor, os vidros foram trocados por outros serigrafados e com proteção infravermelha e uv.
101
Outros aspectos também foram analisados por sua ausência, bem como a
proteção lateral contra ventos, característica essa que nenhum dos modelos
projetados possui.
A iluminação dependente de luz solar e a claridade do mobiliário é feita por meio
de postes de energia elétrica, característica popular em mais de um modelo. O
aproveitamento de energia solar para iluminação do ponto também poderia beneficiar
e auxiliar na segurança, bem como nos custos a longo prazo.
A climatização é dependente do ambiente externo, podendo ser agravada pela
aplicação mal projetada de vidros sem proteção adequada.
Disponibilização referente a ônibus, rotas e itinerários, abrangente,
contemplando todo tipo de passageiros, desde crianças, adultos, idosos à deficientes
no geral. Painel eletrônico dispondo de informações sobre os itinerários dos ônibus,
bem como avisos sonoros de identificação de ônibus. Sistema integrado à central de
transportes por meio de redes wireless, de modo a fornecer internet gratuita para os
usuários.
Segurança por meio de câmeras de monitoramento, a fim de garantir a
integridade de pessoas nos abrigos, além de ajudar a monitorar e intimidar ações que
venham a danificar o mobiliário.
4 DIRETRIZES DO PROJETO
- Aumentar o pé direito;
- Cobertura com proteção superficial contra raios UV e infravermelhos;
- Dispor de lixeiras nos abrigos;
4.1.2 Ergonomia
- Bancos inteiriços;
- Encosto para apoio das costas;
- Altura ideal do piso ao assento (0,45cm);
- Assentos confortáveis e que proporcione conforto térmico;
- Altura correta para aplicação de informações visuais;
4.1.3 Acessibilidade
4.1.4 Processos
4.1.5 Publicidade
4.1.6 Tecnologias
5 DESENVOLVIMENTO
5.1.1 Parâmetros
36
Um longe costuma ser um lugar confortável, pode ser uma sala pública onde uma pessoa senta ou
espera o acontecimento de algum evento. Podem existir lounges em trens, hotéis teatros,
aeroportos, navios ou outros locais que disponham de uma instalação social.
110
O modulo do abrigo é formado por uma única peça de alumínio, que formam as
laterais e o teto do mobiliário. Esta peça é uma lamina de 10m de largura por 2,8m
de comprimento com 25mm de espessura, que pode ser encontrada em algumas
metalúrgicas como ALCOA, que fornecem nestas especificações incluído o corte e
dobra necessário para que a chapa adquira o formato desejado. O alumínio foi
fortemente empregado neste projeto por suas características, e o módulo da
cobertura e laterais também foi utilizado esse material devido a suas propriedades
anticorrosivas, dissipador térmico, resistência e leveza, tanto que este módulo teria
peso específico 5 vezes maior caso fosse utilizado aço inoxidável. As laterais
integradas permitem maior vedação contra intempéries e a largura permite proteger
114
5.2.1.2 Conforto
5.2.1.3 Acessibilidade
5.2.1.5 Publicidade
5.2.1.7 Segurança
não, e para proteger as pessoas de possíveis quebras e estilhaços das luzes. (Figura
89).
5.2.1.8 Modularidade
5.2.1.9 Custos
37
Associação Brasileira do Alumínio, responsável juntamente com a Fundação Getúlio Vargas de
apresentar cotações e valores referente ao Kg do alumínio
126
6 CONCLUSÃO
7 REFERÊNCIAS
ADA The Americans with Disabilities Act of 1990 [Online]. - 2010. - 5 de outubro de
2015. - http://www.ada.gov/2010_regs.htm.
BAXTER Mike Projeto de Produto: Guia prático para o design de novos produtos
[Livro]. - São Paulo : Blucher, 2011.
DECRETO 47950/03 SÃO PAULO Lei 14223 // Disposição sobre ordenação dos
elementos que compõem a paisagem urbana do município de São Paulo. - São
Paulo : [s.n.], 26 de setembro de 2006.
IIDA ITIRO Ergonomia: projeto e produção [Livro]. - São Paulo : Blucher, 2005.
MOSES ROBERT Cidade objeto: São Paulo [Livro]. - São Paulo : IBEC -
international basic economy corporation, 1950. - p. 71.
MUNARI BRUNO Das coisas nascem coisas [Livro]. - São Paulo : Martins Fontes,
2008.
ANEXO 1
ANEXO 2
ANEXO 3
ANEXO 4
Regras para calçadas em São Paulo
147
148
149
150
151
152
ANEXO 5
Concessão Onerosa SPOBRAS
153
154
155
ANEXO 6
Sistemas informatizados para a gestão do transporte coletivo do município de
São Paulo – SPTrans – 2009
156
157
158
159
160
161
162
163
164
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ANEXO 6
Desenho técnico com dimensões do abrigo e seus componentes.
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