8. Poema Régio
Marcelo G. Gários*
a Maçonaria pode ser vista como a soma de tudo que é bom, justo e razoável,
na vida da justiça humana. Ela representa o ideal a ser alcançado por cada
maçom individualmente, bem como por toda a humanidade.
Nosso Irmão Elias Mansur Neto, no livro O que você precisa saber sobre
Maçonaria (2005), escreve que:
a instituição vem transmitindo aos seus membros, normas de conduta social
baseadas nos princípios da Igualdade, Liberdade e Fraternidade, que na
realidade são os fins supremos da Maçonaria.
Planejamento
Organização
Divulgação
Execução
Resultados
Não foi a Revolução Francesa que adotou essa trilogia, mas sim a
Maçonaria, em 1848, na Segunda República Francesa. A tríade de
Revolução Francesa de 1789 era: Liberdade, Igualdade ou Morte – não
existe Revolução Fraterna ou com Fraternidade. Na realidade, o grito de
guerra era: Liberdade, Igualdade e Morte aos tiranos.
Para nós, no Brasil, são representados pelo Orador e pelo Secretário.
Talvez essa seja a hipótese mais correta.
Capítulo 4
C ONFIDÊNCIAS DO CAMINHO
Geraldo Faria*
Os versos de John Donne são como uma voz em nosso tempo. Em nosso
agitado cotidiano, no qual somos cobrados a todo instante pelas necessidades
do trabalho, temos de nos lembrar constantemente: “Nenhum de nós é uma
ilha…”. Às vezes, tudo o que queremos é um pouco de paz e tranquilidade…
Mas o destino ou a trajetória da vida profissional pode nos convocar para
missões da mais alta importância. Missões para as quais não podemos dizer
NÃO, mesmo que sintamos em nosso íntimo que não estamos tão bem
preparados. Há trabalhos que exigem coordenação e espírito de equipe. Uma
interação que possa superar as diferenças de personalidade e unir os talentos
de cada um para alcançarmos o mesmo objetivo. Associar forças, somar as
competências, estabelecer a real sinergia, para juntar as ideias e construir
um resultado melhor. Estilos, culturas e formações diversificadas são o que
fazem um diferencial competitivo numa equipe vencedora. Lealdade,
honestidade, transparência e integridade são os traços de muitos. Às vezes, o
pessimismo e o negativismo afloram em situações críticas da vida. O sábio
compreende: o impossível é apenas aquilo que ninguém teve a coragem de
realizar; a multiplicação de forças supera a lógica matemática. Cada um com
sua personalidade, cada qual com seu dom: forças diferentes que se fundem
na armadura contra os perigos da mais audaciosa missão. Sem entender as
diferenças e respeitar as opiniões alheias, não alcançaremos a sinergia
essencial. Impulsionados por um sonho, movidos pela paixão, somos
envolvidos pela magia e nos transformamos em bravos guerreiros,
marchando pelos campos até a vitória final. Unidos somos todos maiores que
somados um a um. Juntos temos força contra as ameaças que nos fazem cair.
Um escudo de proteção diante de surpresas que surgem no caminho. As
dificuldades nos fazem mais fortes. Cada obstáculo vencido é um
aprendizado, para que superemos nossos desafios. Assim se criam
verdadeiras amizades, um inabalável espírito de equipe. Ter a percepção de
saber o que fazer na hora certa para apoiar um companheiro. Com confiança
mútua, esforço coordenado e cooperação voluntária, o que parecia ser uma
tarefa intransponível torna-se um estimulante desafio. Momentos
inesquecíveis que conferem um significado infinito à existência finita do
homem. Nenhum homem é uma ilha completa em si mesma, todo homem é
um pedaço do continente, uma parte da terra firme.
Vós que vos aproximeis agora, a um novo grau de Conhecimento, segui com
segurança o vosso caminho, sabendo que o caminho da sabedoria, somente o
homem incansável pode avizinhar-se à nascente da Luz.
A récita:
Por fim, Mozart publicou sua última cantata maçônica no ano de 1792,
que, sem dúvida, refere-se à Cadeia de União, omitindo-se o mote: Palavra
Semestral, aliás, nunca por ele referida, seja em sua obra global, seja em sua
biografia, que inclui uma série de cartas escritas a seu pai.
Das inúmeras peças musicais dedicadas à Maçonaria, Mozart deixa para
o final de sua vida a referência direta à Cadeia de União.
A referida cantata intitula-se Lasst uns mit geschlungen Handen (Irmãos
Mão na Mão), com pequeno trecho:
Irmãos, findemos este trabalho mão na mão com o alegre som de júbilo. Esta
Cadeia circular como este sagrado lugar, todo o globo terrestre. Honrar a
virtude e a humanidade, ensinar a si mesmo e aos outros o amor, seja sempre
o nosso dever. Então aflui a Luz não somente ao oeste mas também ao sul e
ao norte.
A Loja Maçônica Cel. José Persilva, por ser uma Loja de pesquisa, dedica-
se à produção de artigos que visam a contribuir para o esclarecimento de
temas importantes, os quais vêm preocupando a comunidade maçônica em
geral.
Em razão da grande quantidade de Lojas e potências maçônicas
espalhadas pelo planeta, estabeleceu-se uma discussão sobre quem
dispunha de autoridade para reconhecer uma Loja ou potência maçônica
como regular. Esse é um tema realmente importante, que deve ser
esclarecido, em vista de sucessivas divergências que costumam ocorrer
entre as diversas Lojas e potências: Quem é regular e quem pode ser
considerado maçom?
Estudos nesse sentido vêm sendo realizados e contam com a valorosa
contribuição dos Irmãos José Vicente Menezes, Hiroito Torres Lage, Alceny
José Mendes, José Wyllen Fontes e Elias Mansur Neto, que elaboraram
trabalhos sobre o tema com palestras apresentadas em reuniões da Loja
Maçônica José Persilva.
Com o propósito de apresentar uma contribuição ainda mais efetiva,
recorremos a outras fontes, que se encontram listadas na relação de
autores consultados, ao final deste capítulo. O objetivo deste capítulo é
fornecer informações sobre reconhecimento e regularidade maçônica, de
modo que permita cada membro a avaliar a sua real importância.
O mundo maçônico
O mundo maçônico está dividido em dois blocos. De um lado, estão as
potências reconhecidas, ou seja, aquelas que possuem a chancela da Grande
Loja Unida da Inglaterra (GLUI), e do outro, as não reconhecidas, potências
que não reconhecem a GLUI como instituição reguladora da Maçonaria
universal. Dentro desse contexto, no mundo maçônico, costuma-se
classificar como irregulares as potências não reconhecidas, o que não é
verdade, como vamos explicar mais adiante.
Dentre as regras de regularidade e reconhecimento que a GLUI tenta
impor, algumas têm origem na Maçonaria operativa, mas outras foram
criadas após 1717 e tinham por objetivo submeter as potências da
Maçonaria mundial à tutela daquela instituição. O critério que a GLUI
utiliza para reconhecer uma potência maçônica é complexo e, por vezes,
incoerente. As contradições são muitas. Segundo as palavras do Ir.·.
Bartolomeu M. dos Santos, M.·.I.·., da ARLS Cavaleiros e Antares:
1. universalidade;
2. irrevogabilidade;
3. existência desde tempos imemoriais.
Como é possível observar pelo exposto, não se sabe com certeza quantos
e quais são os verdadeiros Landmarks, ficando, por conseguinte, muito
difícil adotá-los como referência para se estabelecerem critérios de
reconhecimento e regularidade
O componente político do problema
Algum tempo depois do nascimento da Maçonaria especulativa, a antiga
e bem conhecida rivalidade política entre a França e a Inglaterra veio à
tona. O Grande Oriente da França (GOF), seguindo as tradições
progressistas de seu país e sob a alegação de que não queria discriminar os
homens livres e de bons costumes, retirou de sua Constituição a
obrigatoriedade de se crer em Deus para que um candidato pudesse ser
feito maçom. Como consequência, o GOF foi excomungado pela GLUI.
Segundo as palavras do Ir.·. Bartlomeu M. dos Santos, da ARLS Cavaleiros
e Antares, “a citação da Bíblia como Livro Sagrado foi um dos obstáculos
históricos que provocaram o cisma entre a Maçonaria Francesa e a
Maçonaria Inglesa”. Oswald Wirth complementa-o dizendo que “os
anglosaxões, ao exigirem a Bíblia, e somente a Bíblia, negam a
universalidade da Maçonaria e, se encararmos o problema desse ponto de
vista, a ‘irregularidade’ está do lado deles, e não do nosso”. Wirth afirmava
ainda: “Somos obrigados a nos inclinar diante dos fatos. Os anglo-saxões
querem ter sua Maçonaria particular e renunciam ao universalismo
proclamado em 1723”.
A Maçonaria, não sendo propriedade de ninguém, não pode ser
controlada por um poder central mundial. A esse respeito, Morivaldo C.
Fagundes ressalta:
Dou-lhe pois, plena permissão para fazer legítimo uso do meu parecer
contido nas cartas anteriores acerca da injustiçada e improcedente decisão
do Supremo Concílio (2002 e 2006) de nossa I.P.B. em relação aos fiéis
presbiterianos filiados à maçonaria.
Artigo I
O primeiro artigo desta Geometria:
O Mestre-maçom deve ser muito perfeito
Tanto quanto correto, confiável e franco,
Pois disto ele jamais se lastimará;
Pagará seus companheiros descontadas suas despesas
Com seu alimento bem o sabe;
Então paga corretamente, por tua fé,
Tudo o que eles têm direito;
Conforme seu contrato e não mais.
Segundo as suas tarefas
E não economizará nem por amor ou nem por medo
De nenhum lado aceitará suborno;
Nem do Senhor, nem do companheiro, nem de quem seja
Não aceitará nenhuma forma de gratificação
E como um Juiz permanecerá justo
Para assim fazer a ambos um grande bem
E com sinceridade faz isso aonde fores
E teu respeito e teu ganho será maior.
Artigo II
O segundo artigo da boa Maçonaria
Diz que deve ouvir com cuidado
Que cada Mestre, que é Maçom,
Deve estar presente à Assembleia Geral
Assim que com certeza seja informado
Onde a Assembleia terá lugar.
Àquela Assembleia ele estará obrigado a ir
A não ser que tenha razoável desculpa
Ou não seja da obediência da Guilda
Ou a engano seja induzido
Ou que tenha uma doença muito grave
Que impeça de estar no meio deles;
Isto são desculpas boas e coerentes
Sem mentiras para aquela Assembleia.
Artigo III
O terceiro artigo sem dúvida é este
Que o Mestre não tome um Aprendiz
Sem que tenha bastante certeza
de sete anos ficar com ele, como lhe digo,
Aprender seu ofício, isto é compensador
Com menos tempo ele não poderá estar capaz
De dar lucro nem ao Senhor nem a si mesmo
Como tu sabes por boas razões.
Artigo IV
O quarto artigo deve ser esse
Que o Mestre sempre o tenha sob sua vista
Que não faça do Aprendiz um escravo
Nem o contrate por cobiça;
O Senhor a quem ele é destinado
Pode vir buscar o Aprendiz onde estiver,
Se na Loja ele for aceito
Muito mal poderá causar
E se isso acontecer
Pode aborrecer a alguns ou até a todos.
Todos os Maçons que lá estão
Juntos devem ficar sempre
E se ele na Guilda permanecer
Com muitos infortúnios deverá contar;
Então em todo o caso, e por preocupação,
Toma sempre um Aprendiz de condição melhor
Como encontrei escrito em tempos antigos
que o Aprendiz seja de modos gentis;
Assim antigamente, sangue de importantes Senhores
Entrou nesta Geometria que é pleno de sucesso.
Artigo V
O quinto artigo é verdadeiramente bom
O Aprendiz deverá ser de sangue legítimo.
O Mestre não deve, por nenhum motivo
Tomar um Aprendiz que seja deformado;
Isto significa, como tu deves ouvir,
Que ele tenha todos os seus membros inteiros;
Pois para à Guilda seria uma grande vergonha,
Formar um homem coxo ou manco.
Pois um homem de tal sangue imperfeito
Traria à Guilda apenas pouco lucro
Assim isto tudo deves conhecer sempre,
Que a Guilda precisa de homens vigorosos;
E um homem mutilado não tem forças
Deves saber isso muito antes da noite.
Artigo VI
O sexto artigo não deves te enganar.
Que o Mestre não prejudique o Senhor
Ao tomar um Senhor como seu Aprendiz.
Quanto os Companheiros o fazem, de qualquer forma.
Que naquela Guilda eles sejam muito perfeitos.
Assim se ele não for, tu deves ver isto.
Também é contra a boa razão
Receber seu aluguel como seus Companheiros fazem.
Este mesmo artigo neste caso
Manda que o Aprendiz dele receba menos
Que seus Companheiros, que já são perfeitos,
De diversos modos, sabe compensar isto,
O Mestre deve então informar ao Aprendiz
Que o seu salário logo aumentará.
E antes que seu contrato chegue ao fim
O seu salário deve estar reformado.
Artigo VII
O sétimo artigo é este agora
Tudo isso deve revelar a todos,
Que nenhum Mestre por sujeição ou imposição
Permita o roubo, nem de vestimenta nem de alimentos,
Ladrões ele jamais poderá abrigar,
Nem alguém que tiver matado um homem,
Nem mesmo quem tem o nome conspurcado,
A fim de não levar a Guilda à vergonha.
Artigo VIII
O oitavo artigo mostra isto
Que o Mestre deve fazer muito bem
Se ele tiver algum homem na Guilda
Que não seja tão perfeito quanto deveria
Ele deve substituí-lo logo sem demora
E colocar em seu lugar um homem mais perfeito.
Pois tal homem por essa imprudência
Poderia levar a Guilda a menor respeito.
Artigo IX
O nono artigo mostra muito bem
Que o Mestre deve ser tão sábio quanto forte;
Que ele não se incumba de um trabalho
A não ser que possa fazê-lo e terminá-lo;
E aos Senhores deve ser de proveito também
E para sua Guilda, onde quer que ele vá;
E que a fundação seja bem conduzida,
E que não tenha falhas e nem rache.
Artigo X
O décimo artigo é para que se saiba,
Que na Guilda, do menor ao maior,
Nenhum Mestre deve suplantar outro
Mas ficar juntos como Irmão e Irmã,
Nessa original Guilda, todos ou alguns,
Que pertencem a um Mestre Maçom.
Não devem tomar o lugar de nenhum homem,
Que tenha tomado sobre si um trabalho
Com pena de isso estar muito difícil,
Se não pesar não mais que dez libras.
Mas se isto houver é declarado culpado,
Quem tomou primeiro o trabalho nas mãos;
Pois nenhum homem na Maçonaria
Substituirá outro livre de perigo,
E se o trabalho for assim mesmo executado
E se neste caso o trabalho fracassar
Então o Maçom que o trabalho assumiu
O benefício do Senhor ele deve preservar.
Se neste caso o trabalho fracassar
Nenhum Maçom, por sua vez, se intrometerá
Na verdade ele que começou a fundação
Se ele for um Maçom bom e correto
Ele tem o firme propósito
Que levará seu trabalho a bom término.
Artigo XI
O décimo primeiro artigo que lhes cito
É tão justo quanto livre;
Pois ensina, por sua força,
Que nenhum Maçom deveria trabalhar à noite
Mas se o estiver praticando com prudência
Isso pode ser retificado
Artigo XII
O décimo segundo artigo é de alta dignidade
Todo o Maçom onde quer que ele esteja,
Nunca depreciará o trabalho dos seus Companheiros
Se ele quiser sua dignidade manter;
Com palavras dignas ele o louvará
Com inteligência que Deus te concedeu;
Mas isso corrige em tudo o que podes
Entre ambos, sem dúvida.
Artigo XIII
O décimo terceiro, assim Deus me ajude,
É que se o Mestre tem um Aprendiz
Dê-lhe então o ensino completo
E os pontos mensuráveis que lhe ensine,
Para que o ofício hábil ele possa conhecer
Onde quer que vá sob o Sol.
Artigo XIV
O décimo quarto artigo por bom motivo,
Mostra ao Mestre como ele deverá agir.
Ele não deverá tomar para si um Aprendiz
Sem que tome diversas precauções,
Ele deve dentro do seu período
Diversos pontos lhe ensinar.
Artigo XV
O décimo quinto artigo põe um fim
Naquilo que do Mestre é um amigo
Por ensinar-lhe, como a nenhum outro homem,
Que falsos compromissos não deve assumir.
Nem apoiar seus Companheiros em seus erros,
Pois nenhum bem que ele possa ganhar;
Nem falso juramento para o fazer sofrer
Pelo temor da salvação de sua alma.
A fim de que não se torne uma vergonha para a Guilda
E a ele mesmo trazer demasiada censura.
Outros Regulamentos
Nessa Assembleia outros pontos mais foram definidos
Por importantes Senhores e Mestres também,
Que quiserem conhecer esta Guilda e vir a sua sede.
I Ponto
Deve sempre amar muito a Deus e à Santa Igreja
E também ao Mestre a que estiver ligado
Onde quer que vá, no campo ou na floresta,
E seus Companheiros amará também,
Para que tua Guilda aceite o que fazes.
II Ponto
O segundo ponto como vos digo
Que o Maçom trabalhe na tarefa diária
Tão corretamente quanto pode ou deve,
Para merecer seu salário para o dia de descanso,
E lealmente trabalhe em sua tarefa
Para bem merecer ter sua recompensa.
III Ponto
O terceiro ponto deve ser rigoroso
Para que o Aprendiz o conheça bem
E do seu Mestre e conselho ele receba e guarde
E dos seus Companheiros com seus bons propósitos
A privacidade do seu aposento não conte a ninguém
Nem da Loja, o que quer que se faça;
O que quer que ouvires ou os vires fazer
Não conte a ninguém onde quer que tu vás;
As deliberações da reunião na sede e também no abrigo.
Guarde-as bem em grande reverência
A fim de que não retorne a ti como censura
E leves a Guilda a grande vergonha
IV Ponto
O quarto ponto também nos ensina,
Que nenhum homem seja infiel a sua Guilda;
Em erro ele não deve apoiar ninguém
Contra a Guilda, mas afaste-se dele;
Nem prejuízos ele deve causar
Nem ao seu Mestre, nem aos Companheiros também;
E embora o Aprendiz esteja sob ordens
Ainda assim ele seguirá a mesma lei.
V Ponto
O quinto ponto é sem dúvida
Que quando o Maçom recebe o pagamento
Do seu Mestre destinado a ele
Cheio de humildade deve estar;
Sendo assim deve o Mestre por bons motivos
Avisá-lo legalmente antes do meio-dia
Se não o quiser ocupar mais
Conforme o fazia anteriormente;
Contra esta ordem ele não deve se opor
Se ele pensa muito em prosperar.
VI Ponto
O sexto ponto deve ser dado a conhecer
Tanto ao mais alto quanto ao mais baixo
Pois que este caso poderá acontecer;
Entre os Maçons, todos ou alguns,
Por causa de inveja ou raiva de morte
Frequente se originam fortes discussões.
Então convém ao Maçom se isto ele puder
Colocá-los juntos durante um dia
Mas neste dia da amizade eles não farão nada
Faça que o dia do trabalho termine perfeito;
Ao dia Santo vocês devem chegar bem,
E fazer do descanso um dia de amizade
Para que não seja um dia que o trabalho
Que foi impedido com tal desordem.
Para tal desfecho, então, tu os induzas
A permanecerem fiéis à lei de Deus.
VII Ponto
O sétimo pode bem significar
Que boa vida longa Deus nos concedeu
Como o percebes claramente.
Não deves ao lado da esposa do teu Mestre deitar
Nem das de teus Companheiros, de modo algum
A fim de que a Guilda não te menospreze;
Nem com a concubina de teus companheiros
Não mais do que quisesses que ele fizesse com a tua
A pena por isto deves estar certo
Sendo ele Aprendiz por sete anos completos
E tiver faltado em alguns deles
Assim punido então ele deve ser;
Com muito cuidado deverá desse ponto iniciar
Por tal desonra mortalmente infame.
VIII Ponto
Do oitavo ponto, deves estar certo,
Se você tiver aceito qualquer remédio
Abaixo do teu Mestre seja sincero
E disto nunca terás arrependimento;
Um sincero mediador deves precisar ser
Para teu Mestre, e teus Companheiros livres;
Faça sinceramente o que for preciso
A ambas as partes, e isso é certamente correto.
IX Ponto
O nono ponto nós devemos chamá-lo
Para que seja um guarda de nossa sede,
Se estivéreis juntos num recinto
Cada qual servirá o outro com humildade;
Companheiro gentil, tu o deves saber
De ser guarda cada um em seu turno
semana após semana sem dúvida
Assim serão todos guardas cada um em sua vez
Para amáveis servir uns aos outros.
Como se fossem Irmãos e Irmãs.
Aí ninguém deve ser pesado um ao outro
Nem querer vantagens para si próprio.
Cada homem deve igualmente isento
Daqueles gastos, assim deve ser;
Cuides em corretamente pagar sempre cada homem
De quem compraste cada alimento consumido
Que nenhum pedido seja feito a eles
Nem aos teus Companheiros em nenhum escalão,
A homem ou a mulher, onde quer que seja,
Pague-os bem e honestamente, como nós queríamos.
Por isso de teu Companheiro boa recordação terás
Por isto paga bem como se fosse teu
A fim de não envergonhar teu Companheiro
E colocar a ti mesmo em grande culpa.
Então boa conta deves prestar
Das tais mercadorias que recebeste.
Dos bens de teus Companheiros, que tu gastaste,
Onde e como e com que finalidade;
Tais contas deves trazer contigo para
Quando teus Companheiros desejarem que tu o faças.
X Ponto
O décimo ponto apresenta uma vida boa
Para viver sem cuidados e disputas;
Pois se o Maçom viver impropriamente
E em seu trabalho for falso eu o sei
E através de falsa desculpa
Tentar difamar seus Companheiros sem motivo
Através de difamação falsa de tal forma
Pode trazer vergonha para a Guilda.
Se ele faz à Guilda tal vilania
Então nenhum favor lhe faça certamente.
Nem o manterás nesta vida imoral
Sem medo de que se transforme em preocupação e discórdia.
Mas ainda assim tu não adiarás
A menos que queiras obrigá-lo
A aparecer onde quer que tu o queiras
Onde tu o queira; irritado ou calmo;
Na próxima assembleia deverás chamá-lo
Para aparecer perante todos os seus Companheiros
E a menos que perante ele não apareça
À Guilda ele deve renunciar;
Ele será então punido perante a lei
Que foi criada nos velhos tempos.
XI Ponto
O undécimo primeiro ponto é de grande discrição
Conforme deves saber por bons motivos;
Um Maçom, se conhece bem a sua Guilda
E vê seu Companheiro desbastando uma pedra
E está a ponto de estragar aquela pedra
Corrige-o logo se isto puderes.
E ensina-o a se corrigir
Para que o trabalho do Senhor não seja danificado
E ensina-o rapidamente o emendar-se.
Com palavras justas, que Deus te concedeu
Por sua graça que paira sobre nós
Com doces palavras fomenta sua amizade.
XII Ponto
O décimo segundo ponto é de grande realidade
Onde a assembleia estiver reunida
Lá estarão os Mestres e os Companheiros também,
E muitos outros grandes senhores também;
Lá estará a autoridade suprema daquele país,
E também o prefeito daquela cidade,
Cavaleiros e Fidalgos também devem estar
E também os edis como você verá;
Aquela decisão que eles tomarem lá
Eles manterão todos em unanimidade
Contra aquele homem, onde quer que ele esteja
Ele pertence à Guilda, ou forçado ou livre
Ele deve ser tomado sob sua custódia.
XIII Ponto
O décimo terceiro ponto é para nós de proveito
Ele jurará que nunca será um ladrão,
De não auxiliá-lo em sua falsa ação.
Com nenhum bem que ele tenha roubado
E tu deves conhecer isto ou pecar
Nem pelo bem dele, nem pelo bem de sua família.
XIV Ponto
O décimo quarto está repleto de boa norma
A ele que devia estar sob temor;
Um juramento firme ele deve fazer.
Ao seu Mestre e a seus Companheiros que lá estão;
Ele deve estar imperturbável e correto
A todo esse regulamento, onde quer que ele vá.
E ao senhor de sua associação, o rei.
Será fiel acima de tudo
E a todas essas questões acima
A eles tu precisas jurar
E todos farão este igual juramento
Dos Maçons, sejam eles voluntários ou impostos;
A todos estes pontos acima
Isto foi instituído com grande sabedoria
E delas devem informar-se cada homem
de sua reunião, tão bem quanto possível;
E se algum homem for julgado culpado
Em qualquer dessas questões em especial
Seja quem ele for, deixem que seja procurado
E à Assembleia ele seja trazido.
XV Ponto
O décimo quinto ponto é de grande saber
Para aqueles que lá terão jurado
Este regulamento aprovado em Assembleia
Pelos grandes senhores e Mestres, acima citados
Para os mesmos que são desobedientes, eu sei
Contra o regulamento aqui descrito
E esse artigos que aqui foram alterados
Por grandes senhores e Maçons em conjunto.
E se eles foram examinados abertamente
E antes daquela Assembleia, detidamente
E não se emendarem de suas culpas
Então devem eles renunciar à Guilda
E nenhuma Guilda de Maçons os recusará
E jurarão nunca mais o usar;
Mas se eles quiserem se corrigir
Contra a Guilda nunca devem agir
E se eles assim não o quiserem fazer
A autoridade suprema logo os levará
E colocará seus corpos numa prisão profunda
Por causa da transgressão que cometeram
E tomarão seus bens e seu gado
E passarão para as mãos do rei, cada peça
E os deixarão lá ficar no silêncio total
Enquanto for vontade da liga do rei.