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UNIVERSIDADE MUSSA BIN BIQUE

Manual
DE
MATEMÁTICA APLICADA
À
GESTÃO, ADMINISTRAÇÃO E
CONTABILIDADE & AUDITORIA

Volume I

Ismael Cassamo Nhêze

Fevereiro, 2009
Índice

Matemática elementar – Revisões ......................................................... 3

Sucessão numérica. Limite de sucessão .................................................... 6

Função real de variável real. Limite e continuidade de função ............ 19

Cálculo diferencial em R............................................................................. 40

Cálculo Integral............................................................................................ 80

Séries Numéricas. ………………………………………………………….125

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Tema 1 : Sucessão numérica. Limite de sucessão

1. Noções de Matemática Elementar.


2. Sucessões e progressões: Definição; Monotonia; Problemas de aplicação.
3. Limite de sucessão: Definição de limite de sucessão; Definição de sucessão convergente e
sucessão divergente; Sucessão limitada. O número .
4. Problemas de aplicação: Tempo e investimento; Taxa de juros; Crescimento positivo e
negativo; Valor presente e valor futuro.

1.Matemática Elementar

1. Função Linear

Definição: Chama-se função linear ou função do primeiro grau a uma incógnita x , a toda a função da
forma y  ax  b
Exemplo: Dado o gráfico da função y = x + 2

A imagem gráfica de uma função linear é uma recta


não paralela aos eixos x e y. O ponto b (de abcissa
igual a 0, ponto onde a recta corta o eixo das
ordenadas) chama-se ordenada na origem.

Ordenada na origem e declive de uma recta.


Seja f ( x)  ax  b , a função linear cujo gráfico é
y

y2

y
y1 
x

0 x1 x2 x

Por: Ismael Cassamo Nhêze


 , chama-se inclinação da recta.
y y 2  y1
a  tg   , chama-se declive ou coeficiente angular da recta. O declive duma recta mede
x x2  x1
a sua inclinação.
Monotonia de uma função linear: Uma função linear f ( x)  ax  b é monótona crescente se o
declive é positivo ( a  0 ) e monotona decrescente se o declive é negativo ( a  0 ).
f (0)  b , valor que a ordenada toma quando a abcissa está na origem, chama-se ordenada na origem.
Equação da recta que passa por um ponto Px1 , y1  com declive a: y  y1  ax  x1  .

Equação da recta que passa por dois pontos Px1 , y1  e Qx2 , y 2  :


y 2  y1
y  y1  x  x1  , onde a  y 2  y1
x2  x1 x 2  x1
Condição de paralelismo e de perpendicularidade de duas rectas
Seja l : y  a1 x  b1 e m : y  a2 x  b2 , equações de duas rectas l e m
l // m  a1  a2 , isto é, duas rectas paralelas têm o mesmo declive.
1
l  m  a1   , isto é, duas rectas perpendiculares têm o declive de uma delas igual ao simétrico
a2
do inverso do declive da outra recta.
Exemplos:
1. Determine a equação da recta que passa pelo ponto P(2,-1) e tem a inclinação de 45°.
Resolução
a  tg 45°=1
y  y1  ax  x1 
y 1  x  2  y  x  3
2. Determine a equação da recta que passa pelos pontos P(1,-3) e Q(-2,4).
Resolução
y 2  y1
y  y1  x  x1 
x2  x1
43 7 7 2
y3 ( x  1)  y  3   ( x  1)  y   x 
 2 1 3 3 3
3. Determine a equação da recta que passa pelo ponto P(-1,3) e é paralela à recta que passa pelos
pontos Q(2,-1) e R(0,5).

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Resolução
y 2  y1 5 1
a1   a1   3
x2  x1 02
a  a1  a  3
y  y1  ax  x1 
y  3  3( x  1)  y  3x

4. Seja A(1,8), B(-3,0) e C(1,-2), três pontos no plano.


Verifique que a recta definida por A e B é perpendicular à recta definida por B e C.
Resolução
Declive da recta que passa pelos pontos A e B
y 2  y1
a
x 2  x1
08
a 2
 3 1
Declive da recta que passa pelos pontos B e C
y 2  y1
a1 
x 2  x1
20 1
a1  
1 3 2
então as rectas dadas são perpendiculares.

2. Função quadrática
Definição: Chama-se função quadrática a toda a função polinomial da forma f ( x)  ax 2  bx  c ,
a, b, c  IR  a  0 .
O gráfico de uma função quadrática é uma parábola com a concavidade virada para cima ou para baixo,
conforme se tenha a  0 ou a  0 . O ponto máximo (para a  0 ) ou mínimo (para a  0 ) da função
 b 
quadrática chama-se vértice da parábola e é dado por V   ,  .
 2a 4a 

b   b 
Os zeros da função em IR se existirem são x1   x2  , onde   b 2  4ac .
2a 2a
Se   0 , a função tem dois zeros reais e diferentes e consequentemente, a parábola corta o eixo das
abcissas em dois pontos.
Se   0 , a função tem um zero duplo e consequentemente, a parábola é tengente ao eixo das abcissas
num ponto.
Por: Ismael Cassamo Nhêze
Se   0 , a função não tem zeros e consequentemente, a intersecção entre a parábola e o eixo das
abcissas é vazia.
Fórmula resolvente simplifiada
Se na função f ( x)  ax 2  bx  c , b  2k , k  Z , isto é o coeficiente do termo linear é par então, os
zeros da função quadrática tomam a forma:

 k  k 2  ac  k  k 2  ac
x1   x2 
a a

Se b  2k , k  Z , e a  1 então, x1   k  k 2  c  x2  k  k 2  c
b
Eixo de simetria de uma parábola: x  
2a
    
Contradomínio da função quadrática: CDf   , , para a  0 e CDf    ,  , para a  0
 4a   4a 
Decomposição do trinómio quadrático: ax 2  bx  c  ax  x1 x  x2 
b
Soma dos zeros de uma função quadrática: x1  x2  
a
c
Produto dos zeros de uma função quadrática: x1 .x 2 
a
Exemplos:
1. Resolva as seguintes equações:
a) x  1x  2  0  x  1  0  x  2  0  x1  1  x2  2

b) x 2  4  0  x   4  x1  2  x2  2

c) 3x 2  6 x  0  3x( x  2)  0  3x  0  x  2  0  x1  0  x2  2
d) x4  14 x2  40  0
Fazendo t  x 2 vem:
t 2  14t  40  0  t  7  49  40  t1  10  t 2  4

t1  10  x 2  10  x   10

t 2  4  x 2  4  x  2

Solução: x1   10  x2  10  x3  2  x4  2

Por: Ismael Cassamo Nhêze


2. Esboce o gráfico da função f ( x)  x 2  x
Zeros da função:
f ( x)  0  x 2  x  0  x( x  1)  0  x1  0  x2  1
Coordenadas do vértice
b 1
xv    xv  
a 2
 1
yv    xv  
4a 4
 1 1
V   , 
 2 4

x f(x)
-3 6
-2 2
-1 0

0 0
1 2
2 6

3. Função inversa de uma função


Dada a função injectiva de A em B`= f(A) definida por f : A B´; x  y  f (x) .
Chama – se função inversa de f e representa-se por f -1 à função definida de B´em A do seguinte modo
: f -1 : B´ A ; y  x  f 1 ( x) .
Assim:
 (a; b)  f  (b; a)  f-1
 Df-1 = D´f (o domínio da função inversa de f é igual ao contradomínio de f);
 D´f-1 = Df (o contradomínio da função inversa de f é igual ao domínio de f);
  
f  f 1 ( x)  x x  Df 1
  
f 1  f ( x)  x x  Df
 Os gráficos de f e f-1 são simétricos em relação à recta .

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Exemplo: Considere as funções f ( x)  x 3 e g ( x)  3 x ambas injectivas em IR. A representação
gráfica de cada função é a que se segue:

Sobrepondo os dois gráficos, verifica-se que têm três pontos em comum: (-1; 1), (0; 0) e (1; 1) .
Estes pontos pertencem também a recta y = x

Podemos, então dizer, que as curvas são


simétricas em relação à recta y = x o que significa
que se um ponto (a, b) pertence ao gráfico de f
então (b, a) pertence ao gráfico de g, tal como
vimos atrás.

Exemplo

Resolução
a)
b) Df = D’g
D’f = Dg

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Exemplo
1
Dadas funções: a) f(x) = x + 2 b) g ( x) 
x3
Para cada função:
i)Determine a inversa. ii)Indique o contradomínio:

Resolução:

a) i)Procuremos uma expressão designatório da função inversa, fazendo


y = x + 2  x = y -2

f -1(x) = x -2; é a inversa da função f(x) = x + 2

ii) D’f = Df -1 = R

b) i)Analogamente

1 1 1
y  x  3  x   3
x3 y y
1
g 1 ( x)   3
x
ii) D’f = Df -1 = R\{0}

4. Função Exponencial
Chama-se função exponencial e escreve-se f ( x)  a x ou y  ax a toda a aplicação

f : IR  IR  (a 1, a  0)

Vamos considerar dois casos:

1°. Função exponencial de base a  1 . Seja a  2 , então f ( x)  2 x .

x Y = 2x Observando o gráfico, podemos


concluir:
- 1
●Df = R;
2 4
●D’f = R+;
- 1 ●f(0) = 1;
1 2
●A função é crescente;
0 1 ●A curva nunca corta o eixo de x;

1 2

2 4

Por: Ismael Cassamo Nhêze


x
1 1
2°. Função exponencial de base 0  a  1 . Seja a  , então f ( x)    .
2 2

x y = 2x Observando o gráfico,
podemos concluir:
-2 4
●Df = R;
-1 2
●D’f = R+;
0 1 ●f(0) =1;

1 1 ●A função é decrescente;
2 ●A curva nunca corta o
eixo de x;
2 1
4

Dos exemplos 1 e 2 pode-se concluir que:


1. A função exponencial está definida em |R
2. A função exponencial é sempre positiva.
x
1
3. Todos os gráficos das funções exponenciais y  a x e y    passam pelo ponto (0,1)
a
x
1
4. Os gráficos das funções y  a e y    são simétricos em relação ao eixo dos y
x

a

Propriedades de operações com potências


1. a m .a n  a mn 2. a m .b m  (a.b) m 3. a m .a m  a 2m
4. a m : a n  a mn 6. a m : b m  (a : b) m 7. a m : a m  1
8. a 0  1, a  0 1
9. a n  n , a  0 a
n
b
n

a 10.     , a0  b0


b a
 
11. a n
p
 a np
12. n
a a
p
p
n 13. bn a  n b n a

14. a p ( x )  a q ( x )  p( x)  q( x), a  0 15. a p ( x )  a q ( x )  p( x)  q( x), a  1

16. a p ( x )  a q ( x )  p( x)  q( x), a  1 17. a p ( x )  a q ( x )  p( x)  q( x), 0  a  1

18. a p ( x )  a q ( x )  p( x)  q( x), 0  a  1

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Exemplos:
1. Resolva as seguintes equações:
a) 3 x  9
Resolução
3 x  9  3 x  32  x  2
b) 4 x 1  32
Resolução

4 x 1  32  2 2 
x 1 7
 2 5  2 2 x 2  2 5  2 x  2  5  x 
2

c) 253 x 1  556 x
Resolução
56 x 56 x
56  x
253 x 1  556 x  5 2   3 x 1
5 2
 56 x2  5 2
 6x  2 
2
 13x  52  x  4

x 6
1
2
d) 3 x
Resolução
 x 6  x 6
 1  3x  30  x 2  x  6  0  x1  3  x2  2
2 2
3x

e) 2 2 2 x  2 3,5 x
Resolução

2 2 2 x  2 3,5 x  2 2 2.2 x  2 3,5 x  24 2 x  2  2 3,5 x  4


2 4.2 x  2  2 3,5 x
x 6
x6 x6 2
 2 8
2 3, 5 x
2 8
 2 3,5 x   3,5 x  27 x  6  x 
8 9
f) 5 x  20
Resolução
5 x  20  5 x  4.5  log 5 5 x  log 5 (4.5)  x  1  log 5 4
2. Resolva as inequações
x
1 1
a)   
 3 81
Resolução
x x 4
1 1 1 1
        x4
 3 81  3  3

Por: Ismael Cassamo Nhêze


b) 4 x  6.2 x  8  0
Resolução
4 x  6.2 x  8  0
Fazendo t  2 x , vem:
t 2  6t  8  0  2  t  4 , donde 2  2 x  4  2  2 x  2 2  1  x  2
5. Função Logarítmica
Denominamos função logarítmica a função IR+ IR, dada por f ( x)  log a x com a  IR  \ 1.
Vamos considerar dois casos:

1°. Função logarítmica de base a  1 . Seja a  2 , então f ( x)  log 2 x

x y Observando o
gráfico, podemos
1 -2 concluir:
4 ●Df = R+;
1 -1 ●D’f = R;
2 ●f(1) =0;

1 0 ●A função é
crescente;
2 1 ●Não corta o eixo y;
4 2

1
2°. Função logaritmica de base 0  a  1 . Seja a  , então f ( x)  log 1 x
2 2

x y Observando o gráfico,
podemos concluir:
2 -1
●Df = R+;
1 0 ●D’f = R;

1 1 ●f(1) =0;
2 ●A função é decrescente;
●Não corta o eixo y;
1 2
4

1 3
8

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Propriedades dos logaritmos
1. log a (b.c)  log a b  log a c b
2. log a    log a b  log a c
c
3. log a (b.c)  log a b  loa c 4. log a b n  n log a b
5. log a a  1 6. log a a n  n
p p
7. log a n b p  log a b 8. log a n a p 
n n
9. log a 1  0 log c b
10. log a b 
log c a
11. a loga b  b

Exemplos:
1. Resolva as equações:
a) log 3 x  2  1  log 3 x
Resolução
x  2  0  x  2
Domínio de existência:    x  0  D  x  IR : x  0
 x0  x0
log 3 x  2  1  log 3 x  log 3 x  2  log 3 x  1  log 3 xx  2  1  xx  2  3
 x 2  2 x  3  0  x1  3  D  x  1  D
Solução: x=1
1
b) log 3 x  2
log 3 x 9
Resolução
1  1
Domínio de exdistência: x  0  3x  1  x  0  x   D   x  IR : x  0  x  
3  3
1 log 3 3x 1  log 3 x
log 3 x   2  log 3 x   2  log 3 x   2  3 log 3 x  3
log 3 x 9 log 3 9 2
 log 3 x  1  x  3  D
Solução: x=3
c) x logx  x3  7
Resolução
Domínio de existência: x  0  x  1  x  3  x  0  x  1  D  x  IR : x  0  x  1
x logx  x3  7  x  3  7  x  4  D
Solução: x=4
d) 3 x  5
Resolução
3 x  5  log 3 3 x  log 3 5  x  log 3 5

Por: Ismael Cassamo Nhêze


6. Função Irracional
Chama-se função irracional a uma função cuja expressão analítica é uma expressão irracional.
O domínio de uma função irracional é o conjunto dos valores do radicando para os quais a expressão
tem significado.

Exemplo:
x
a) f ( x)  x ; Df = [0,+ [ b) g ( x)  3 2 x ; Df = R c) g ( x)  3 ; Df = R\ {5}
x 5

7.Função Radical
A função irracional do tipo f ( x)  A a x  b  B é denominada função radical.
Exemplo:
Seja f a função definida por f ( x)  x :
 domínio 0;  
 gráfico de f:

x y x
0 0
4 2
9 3

 Sinal: A função é positiva

 Monotonia: A função é crescente

 Zeros: x = 0

8. Função y = senx
Gráfico da função y = sen x

Vamos ver, agora, como varia a função y = sen x no intervalo [0, 2π], isto é para 0 ≤ x ≤ 2π.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


 Df = R;

 D’f = [-1, 1]

 p = 2 π;

 Paridade: sen x é uma


função impar, porque
sen(-x) = -sen x

9. Função y = cotgx
Gráfico da função y =cotgx

 Df={x  R| x  k }

 D’f = R;

 p = π;

 Paridade: cotg x é uma


função impar, porque
cotg(-x) = -cotg x

10. Função y = secx


Gráfico da função y = secx

Vejamos como varia a função secx no intervalo [0, 2π]

1
 sec x 
cos x


 Df={x R x   k |}
2

 D’f= y  R y  1 ou y  1;

 p = 2π;

 Paridade: sec(x) é uma função


par, porque sec (x) = sec (-x)

Por: Ismael Cassamo Nhêze


11. Função modular
Noção de módulo de um número
A todo o número x podemos associar um valor absoluto de x ou um número real denominado módulo
de x representado por x obtido do seguinte modo:

 x se x  0
x 
 x se x  0

Algumas Propriedades:

Sendo x e y quaisquer números reais, tem-se:


x  x x  x2
2
M1 M4
M2 xy  x  y M5 x 0 x0
x | x|
M3   y  0 M6 x2  x
y | y|
Equações modulares
As equações modulares são resolvidas através da aplicação de algumas propriedades que estão
definidas a seguir dando continuidade às propriedades citadas anteriormente:
M7 x  a  x  a  x  a M8 x  y  x  y  x  y

M9 x  a  x2  a2 M 10 x  y  x2  y2

Exemplos
Resolva as equações
1. x  2  6

1º método
x  2  6  x  2  6  8  x  2  6  4
V  8;4
2º método
x  2  6  x  2  6 2  x 2  4 x  4  36  x 2  4 x  32  0
2

Resolvendo a equação do 2º grau, obtemos x1  4  x2  8 . Assim temos: V  8;4

a) x  3  4 x  1

Por: Ismael Cassamo Nhêze


1º método
2 4
x  3  4 x  1  x  3  4 x  1  x  3  (4 x  1)  x1    x2 
3 5
2º método
x  2  6  x  2  6 2  x 2  4 x  4  36  x 2  4 x  32  0
2

2 4
Resolvendo a equação do 2º grau, obtemos x1   e x2  . Assim temos:
3 5
Inequações modulares
Para resolver inequações modulares aplicam-se algumas das seguintes propriedades do módulo:
Dado a  IR0

M 11 x  a  a  x  a M 12 x  a  x  a  x  a

x  a  a  x  a x  a  x  a  x  a

Exemplos
Resolva as inequações:
1. x  2

Os valores que satisfazem essa inequação estão entre –2 e 2: Vejamos a seguir

x  2  2  x  2

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

/ / / / / / / / / / / / /

(x)
Sendo o conjunto-solução
V  x  IR | 2  x  2   2;2

2. x  2

x  2  x  2 ou x  2

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

/ / / / / / / / / / / / /

(x)
Sendo o conjunto solução:
V  x  IR | x  2  x  2   ;2  2; 
Por: Ismael Cassamo Nhêze
3. x  3  5

Segue o mesmo raciocínio...


x  3  5  5  x  3  5  8  x  2

Sendo o conjunto solução:


V  x  IR | 8  x  2   8;2
12. Percentagens
A expressão por cento que costuma ser usada na linguagem comum, e é indicada pelo símbolo %, pode
sempre ser entendida com o mesmo significado de centésimo. Assim, quando se diz que dos 80 milhões
de habitantes adultos de um certo país, 30% são analfabetos, significa que os analfabetos representam
30
uma fracção igual a do total dos habitantes adultos e corresponde a 24 milhões de habitantes. De
100
30
facto 30%   0,30
100
30% de 80=0,3.80=24.
Exemplo1. O preço de uma mercadoria sofreu um acréscimo com a inflação, passando de 180,00
meticais para 207,00 meticais. Qual é a taxa de aumento que sofreu esse preço?
Resolução
P P  P0 207  180
t t  t   0,15  15%
P P 180
2. A venda de uma mercadoria que custou 612,00 meticais deu, ao vendedor, um lucro de 40% sobre o
preço de venda.
a) Qual é o preço de venda?
b) De quanto foi o lucro?
Resolução
P  Pc P  612
a) iv  v  0,4  v  0,6 Pv  612  Pv  1020
Pv Pv
O preço de venda é de 1020,00 meticais.
b) L  Pv  Pc  L  1020  612  408
ou L  Pv i  L  1020.0,4  408
O lucro foi de 408,00 meticais.

13. Regimes de capitalização


A operação de adição dos juros ao capital tem o nome de capitalização. Existem dois regimes de
capitalização, o regime de capitalização simples e o regime de capitalização composta.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


13.1. Regime de capitalização simples

O regime de capitalização simples ou juros simples, consiste em somar os juros ao capital uma única
vez, no fim do prazo contratado. Os juros para o período do contrato são calculados como C 0 i , onde
C 0 é o capital aplicado e i a taxa de juros para o período.
Assim, o capital acumulado C a juros simples é:
C n  C 0  C 0 ni  C n  C 0 (1  ni)

13.2. Regime de capitalização composta


No regime de capitalização composta ou capitalização a juros compostos, é contado o período de
capitalização. Se o prazo total em que é feito o investimento tiver vários desses períodos, no final de
cada período os juros serão capitalizados e o montante assim constituído passará a reder juros durante o
período seguinte.
Assim, se um capital C 0 for aplicado a uma taxa i dada para um certo período, os montantes
consecutivos no fim de cada um dos n períodos em que o capital ficar aplicado serão, respectivamente:
C1  C0  C0 i  C0 (1  i)
C2  C1 (1  i)  C0 (1  i) 2
C3  C2 (1  i)  C0 (1  i) 3
.
.
.
Cn  Cn1 (1  i)  C0 (1  i) n

Por: Ismael Cassamo Nhêze


O montante no fim de n períodos, chamado apenas C será C  C0 (1  i) n

Exemplos
1. Um capital de 100000,00 meticais foi aplicado para render juros de 30% ao trimestre, durante um
ano.
a) Determine o montante no fim de cada trimestre pelo regime de capitalização simples.
b) Determine o capital acumulado a juros simples, no fim de um ano.
c) Determine o montante acumulado a juros compostos, no fim de um ano.

Resolução
a) C  C0 i  C  100000.0,3  30000
O montante no fim de dada trimestre pelo regime de capitalização simples é de 30000,00 meticais
b) C  C0 (1  ni)  C  100000.(1  4.0,3)  220000
O capital acumulado a juros simples, no fim de um ano é de 220000,00 meticais.
c) C  C0 (1  i) n  C  100000(1  0,3) 4  285610
o montante acumulado a juros compostos, no fim de um ano é de 285610,00 meticais.

2. Se a inflação mensal está em torno de 7%, em quanto tempo uma mercadoria que custa 15000,00
meticais atingirá o preço de 26670,00 meticais?

Resolução
C
ln
C C C0 ln 1,778
C  C0 (1  i ) n  (1  i ) n   n ln(1  i)  ln n n  8,5
C0 C0 ln(1  i) ln 1,07
A mercadoria atingirá esse preço em oito meses e meio.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


EXERCÍCIOS

1. Factorize as seguintes expressões:


x3  x 2  x 2 iii) y 2  4 y  4  2( y  2) 4 2
i) ii) 3( x  4)  ( x  4) iv) a  a

2. Simplifique as expressões:
t 2  3t ( x  1) 3  3x( x  1) 2 x3  x 2  x  1 x 2  4 2x  6
i) ii) iii) iv) 2
t 3  5t ( x  1) 6 x 2  2x  1 x  2 2x  6
3. Resolva as seguintes equações:
i) 15x  x 2  0 ii) p 2  16  0 iii) 2 x 2  9  0
iv) (q  3)(q  4)  0 v) x( x  1)  2 x( x  1) vi) x 2  4 x  4  0
3 1 1 1 x 1 x  3 6
vii) x  1  viii)   ix)  
x 1 4 x 2 x 4 x2 x x x  2 
4. Resolva as seguintes inequações:
i) 2 x 2  5x  3 ii)  x  1  0 iii) x  1x  2  x  12x 1 x 1
2
iv) 1
2x  3
5. Desenvolva as seguintes operações:

m2
 x  j
8 8 1 6
k
i)  si
i 3
ii) j
iii) (
k 1 k 1
) iv)  ( m  3)
m2
j 1

n 1
5 n 1 7
v) n2 n
vi)  (1  ri )
i 1
vii)  (1  i 2 )
i 1
viii)  (1  i
i 1
5
)

6. Usando o símbolo de somatório, escreva a soma:

32 42 100 2 ii) 2(3) 2  2(3) 3  2(3) 4  ...  2(3) 20


i) (  1)  (  1)  ...  (  1)
2 2 2

7. Efectue as seguintes operações:


4 3
4x  5 1 1 v) ( x 2  3) : ( x  1)
iii)  (ax
i 2
i
 bx i 2 )   (ax i 1  bx i 1 )
i 1
iv) (
2
 )( x  1)
3 3

8. Calcule:
6! 36! (n  2)! ( x  1)!
i) ii) iii) iv)
4! 34! n! x!
(R: 30) (R: 1260) (R: n 2  3n  2 ) (R: x  1 )
9. Resolva as seguintes equações:

i) ii) iii) iv) v)


2x  4  4 7  2 x 1 x 5 3 3x  4 x  3
4 1
2 2x  1

Por: Ismael Cassamo Nhêze


10. Resolva as seguintes inequações:
i) x  3  5 ii) 2 x  1  7 iii) x  2  x  1 iv) 2x  3  x  2
11. Resolva as seguintes equações:

i) x 1  2 ii) x  11 1  x iii) 2 x 6 3 x iv) 2 x  5  3x  8

12. Resolva as seguintes equações:


i) 2 x  64 ii) 16 x  4 3 iii) 5 x  5 x 1  30 iv) 2 2 x  32 12.2 x

13. Resolva as seguintes inequações:


i) ii) iii) iv) v)

2x  8 2
x
4 1
x2  x
1
x ( x  1)
1
x 1
2 2 x  6. 2 x  8  0
     1    
3 9 2  3  3

14. Resolva:
i) log 4 x   1 ii) log 2 x  log 4 x  3 iii) log 4 x  log 4 8 iv) log 1 (2 x 1)  log 1 x
2 2

15. Calcule:
i) 13% de 150 ii) 6% de 2400 iii) 5.5% de 200
(R: 19.5) (R:144) (R: 11)
16. Uma caixa contendo 5 bolas custa 8.5 dólares. Se cada bola fôr comprada separadamente sai ao
preço unitário de 2 dólares. Em termos percentuais qual é vantagem de se comprar 1 caixa em vez
de 5 bolas separadamente? (R: 15%)

17. Em 1980 o PBN de um determinado país era 3394000000de dólares. Se este número for escrito na
forma 3,394 10 x dólares qual é o valor de x? (R: x=9)

18. A superfície de um determinado país é 391000 Km2. Escreva este número na forma 3,91 10 x Km2
e 3,9110 y m2. Quais são os valores de x e y? (R: x=5 y=11)

19. Num banco, no início do ano 2000, foram depositados 2000 contos. O banco paga 4% de juros
anualmente.
a) Que valor será acumulado na conta, a juros simples, no início do ano 2006?
b) Que valor será acumulado na conta, a juros compostos, no início do ano 2006?
Exprima em % o crescimento total respectivo. (R: em regime de juros simples - 2 480 contos, 24%, em
regime de juros compostos - 2 530:638 contos, 26:5%)

20. Diga qual o valor de um capital de 100 000 contos, ao fim de 5 anos, se ele for composto a uma
taxa anual de juros de 8% em regime de juros compostos. (R: 146 933 contos)

21. Num banco foram depositados 100 000 contos. Sabe-se que a taxa de juros anual oferecida é 10 %.
Qual será o capital total após 4 anos?
a) Em regime de juros simples ( R: 140 000 contos)
b) Em regime de juros compostos (R:146 410 contos)

Por: Ismael Cassamo Nhêze


22. Num banco foi depositado 100 000 contos em regime de juros simples. N o fim de 5 anos na conta
foi acumulado o valor de 106 000 contos. Determine a taxa de juro anual i . (R: 1.2 %)

23. Sabendo que ao fim de 1 ano um certo capital valia 125 mil contos e ao fim de 3 anos 165 mil
contos, determine o capital inicial e a taxa de juro de composição anual (em regime de juros
compostos). (R: 108:8 mil contos)

24. Num banco, no início de 1995, foram depositados C contos. O banco paga i% de juros anualmente
em regime de juros compostos. No início do ano 2000 na conta foi acumulado o valor de 468 379
contos, e no início do ano 2003 na conta foi acumulado o valor de 557 847 contos. Determine o
valor actual C e a taxa de juro anual i. (R: 350 000 contos, 6%)

25. Um banco paga 3% de juros anualmente em regime de juros compostos. Ao fim de 4 anos na conta
foi acumulado o valor de 225 102 contos. Determine o valor actual. (R: 200 000 contos)

Por: Ismael Cassamo Nhêze


2.Sucessão numérica. Limite de sucessão

2.1 Noção de sucessão numérica

Definição 1: Chama-se sucessão de números reais a qualquer aplicação de IN* em IR.

Por exemplo, an = 3n -2, a sucessão assim definida é 1, 4, 7, 10, 13, …, 3n - 2.

Definição 2: Uma sucessão de números reais {an} diz-se crescente se é an+1 - an> 0
E decrescente se an+1 - an< 0.

Definição 3: Uma sucessão diz-se monótona se é crescente ou decrescente.

n3
Exemplo: Estude a monotonia da sucessão a n  .
2
Resolução:
an 1  an 
n 1  3  n  3  1  0 ,
a sucessão é crescente.
2 2 2
Definição 4: Uma sucessão real {an} diz-se limitada se existe um número real positivo M tal que, para
todo n IN* é an M.

n 1
Exemplo: Considere sucessão u n 1  . Mostre que é verdadeira a proposição
n
2  u n  3, n N * . O que se pode concluir com a veracidade da proposição anterior.

Resolução:
 n 1
1 2 n N *
 n  n  1  2n 1  0 Verdadeiro

n
  
1  n  1  3 n  n  1 3n n 1 Verdadeiro

 n
Portanto a proposição é verdadeira.
Podemos concluir que a sucessão un é limitada.

Definição 5: Chama-se subsucessão de uma sucessão {an} a qualquer sucessão que dela se possa obter
por supressão de termos.

Exemplo: Considere sucessão u n   2  .


n

Os primeiros termos são -2, 4, -8, 16, -32, 64…


É evidente que em qualquer sucessão se pode extrair uma infinidade de subsucessões, como por
exemplo a subsucessão de termos de ordem impar: -2, -8 -32 … ou de ordem par: 4, 16, 64…

Definição 6: Duas sucessões {an}e{bn} dizem-se iguais quando an = bn para todo n IN*.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Definição 7: Chama-se soma das sucessões {an} e {bn} à sucessão {cn} tal que cn = an + bn
para todo n IN. Chama-se produto das sucessões {an} e {bn} à sucessão {cn} tal que cn = an  bn
para todo n IN. Analogamente, chama-se quociente das sucessões {an} e {bn} com bn  0 para todo
a
n IN, à sucessão {cn} tal que c n  n para todo n IN*.
bn

2.1.2.. Progressão Aritmética

Definição 8: Progressão aritmética é uma sucessão de números reais em que é constante a diferença
entre cada termo e o precedente, isto é, n IN, an+ 1 - an = d; onde d é uma constante.
Ao número d dá-se o nome de razão da progressão.

 an  a1  n 1d é a expressão do termo geral;

 sn 
n
a1  an   2a1  n  1d .n é a expressão da soma dos n primeiros termos
2 2

Exemplo:
Considere a seguinte progressão aritmética {2, 5, 8, 11, …}:
a) Determine o termo de ordem 10.
b) Determine a soma dos primeiros dez termos.

Resolução:
a) an = a1 + ( n - 1)d  a10 = 2 + ( 10 - 1)3 = 29
a  an 2  29
b) S n  1  n  S10  10 155
2 2

2.1.2 Progressão Gemétrica

Definição 9: Progressão geométrica é uma sucessão de números reais em que é constante o quociente
a n 1
entre cada termo e o precedente, isto é, n IN,  q ; onde q é uma constante.
an
Ao número q dá-se o nome de razão da progressão geométrica.

 an  a1  q n1 é a expressão do termo geral;

 sn 

a1 1  q n 
é a expressão da soma dos n primeiros termos
1 q
Exemplo: A soma dos oito primeiros termos de uma progressão geométrica de razão 2 é igual 255.
Calcule 0 2º termo.

Resolução:

Sn 

u1 1  q n   S8 

u1 1  28 255  u1 1
1 q 12
u n  u1q n 1  u 2 1 2 2 1  2
Por: Ismael Cassamo Nhêze
Exercícios

26. Determine as sucessões geradas pelos seguintes termos gerais:


1 2n  1
Un  ; U n  (1)n ; U n 
2n  1 2n  1

27. Considere as sucessões dadas e determine os respectivos termos gerais:


1 2 3 4 5
0, , , , , , .....
a) 3, 6, 9, 12, ….. b) 1, 2, 4, 8, 16, … c) 2 3 4 5 6

d) 5, 7, 9, 11,…… e) - 4, - 1, 2, … f) 1, 3, 5, 7, …
5 7 9
3, , , ,....
g) 2, 4, 8, 16, … h) 2 3 4

3n  1
28. Dada a sucessão de termo geral U n  :
2n
i) Determine os termos de ordem 1 e 15.
ii) Calcule a soma dos três primeiros termos da sucessão.
23
iii) Averigue se é termo da sucessão.
15
3
iv) Prove que  n  N ,  U n  2 .
2
3  2n
29. Considere a sucessão de termo geral U n  :
n2
i) Prove que é monótona.
ii) Prove que é limitada

30. Considere a sucessão Vn  5  1 


n  1
n 1
:
n
ii) Determine V5 e V6 .
49
iii) Mostre que. n N :Vn  .
10
 n  N ,  6  Vn  6
iv) Prove que:

31. Prove que são monótonas as seguintes sucessões:

1 n 1 n  1 se n  100
i) an  3 ii) bn  
n 1 2 n iii) cn   1  2n
 2n  6 se  100

32. Prove que não são monótonas as seguintes sucessões:


Por: Ismael Cassamo Nhêze
i) a n   1 
n 1 ii) bn  2  n iii) cn  n  3
2
n

n
3 se n  8

iv) c n   n  1
 se n  8
 3
Progressão Aritmética

33. Em uma progressão aritmética (PA) , o primeiro termo é 2 e o sexto é 17. Qual é a razão dessa PA?

34. O primeiro termo de uma PA é 3 e o último é 9. Escreva a PA, sabendo que o número de termos é
igual a razão.

35. Escreva uma progressão aritmética cujo segundo termo é 18 e o décimo termo, -6.

36. Determine o valor de x, de modo que x + 4, 2x + 4 e 5x – 2, nessa ordem, formem uma progressão
aritmética.

37. A sequência x2, (x + 2)2, (x + 3)2 é uma progressão aritmética. Calcule o valor de x.

38. Na progressão aritmética (4, x, 10, y) , calcule x e y.

39. Calcule a soma dos trinta primeiros termos da progressão aritmética (3, 8, 13, 18, ...).
 16 29 13 
 , , , ...
40. Calcule a soma dos oito primeiros termos da progressão aritmética  3 6 3 .

41. Calcule x na equação 1 + 4 + 7 + ... + x = 117.

Progressão Geométrica
3 2 
42. Calcule o sétimo termo da progressão geométrica (PG)  , 1, , ... .
2 3 
43. Calcule o primeiro termo de uma PG cujo décimo termo é 243 e a razão, 3.

44. Determine a razão de cada uma das seguintes progressões geométricas:


i) ii) iii) iv)

2,
2
,
2 
, ...
3
 ,
1
,
1 
, ... 
5 , 5, 5 5 , ...  2
 ,
3
,
9 
, ...
 25 625  7 7 21  5 5 10 

45. Em uma progressão Geométrica, de quatro termos, os extremos são 2 e 54. Calcule a razão.

46. Calcule a soma dos dez primeiros termos da progressão geométrica (1, 3, 9, 27,...).

47. Em uma progressão geométrica, o quarto termo é 135 e o sétimo 3645. Calcule a soma dos oito
primeiros termos.
Por: Ismael Cassamo Nhêze
48. Calcule a soma dos termos das seguintes progressões geométricas infinitas:
 1 1   1 1 
i) 1, , , ... ii) 1, , , ...
 2 4   5 25 

3. Limite de uma sucessão


Definição 10: Diz-se que a sucessão real {an} converge para o número real a ou que a e o limite da
sucessão ao tender n para infinito, quando a todo o >0 corresponde um natural n0 = n0 () tal que, para
todos os termos de ordem n >n0 se tenha |an -a| <.

Se as condições da definição são satisfeitas, a sucessão (an) diz-se convergente e escreve-se

ou ainda lim an= a quando não haja duvida acerca da variação de n. Uma sucessão que não
satisfaça as condições da definição diz-se sucessão sem limite ou sucessão divergente: divergente
infinita (ou para infinito) se, quando n   , |an| se torna superior a qualquer numero real
positivo; divergente oscilante, se não existe nenhum limite.
n
Exemplo: Prove que lim 1
n  n  2

De acordo com a definição, há que mostrar que escolhido qualquer >0 existe uma ordem
a partir da qual os termos da sucessão se situam todos a uma distância de 1 a menos de ,
n
isto é, se verifica a relação 1  
n2
n 2 2
Ora, com efeito, resolvendo a desigualdade tem-se 1   
n2 n2 n2
2
Ou seja, 
n2
2  2
De onde resulta n 

Que é a ordem a partir da qual se verifica a condição.
2  2  0,1
Portanto, se considerarmos  = 0,1 tem-se n  18 ; o que significa que a partir da ordem 19
0,1
todos o termos da sucessão estão próximos de 1 a menos de 0,1.

Propriedades gerais dos limites:


1. O limite de uma sucessão, quando existe, é único;
2. Toda sucessão convergente é limitada (o recíproco é falso);
3. Toda sucessão monótona e limitada é convergente;
4. Toda a subsucessão extraída de uma sucessão convergente é também convergente para o mesmo
limite;
5. Toda a sucessão limitada de números reais tem pelo menos uma subsucessão convergente.

Propriedades algébricas dos limites:


1. Se {an}e{bn}são sucessões reais tais que lim a n  a e lim bn  b , então lim an  bn   a  b .
n  n  n 

Por: Ismael Cassamo Nhêze


2. Se {an}e {bn}são sucessões numéricas reais convergentes, respectivamente, para a e b, então :
lim an . bn   ab .
n 

1
3. Se lim an  a  0 existe um número M>0 tal que, para qualquer n>M é a n  a.
n  2
1 1
4. Se lim an  a  0 então lim 
n  n  an a
an a
5. Se lim an  a e lim bn  b ( bn e b ≠ 0 ) então lim  .
n  n n  b b
n

6. Se lim an  a , lim bn  b e p inteiro então:


n  n

a) lim a p n    lim a n   a p ;
p

n   n 
b) lim an  p lim an  p a
p
n n
lim bn
c) lim an  n   lim a 
n
 ab
b
n   n 
7. Se {an} tende para o limite finito e positivo a, então tem-se lim log b a n   log b  lim an   log b a .
n  n  
a1  a 2    a n
8. Teorema do limite da média Aritmética: Se lim an  a , então lim 
n  n  n
lim an  a (a finito ou infinito).
n

9. Teorema do limite da média Geométrica: Se an>0 e lim an  a (finito ou infinito)então


n 

lim n a1  a2   an = lim an  a .
n n 
10. Em cada um dos casos seguintes, sempre que o segundo limite existe o primeiro também existe e
tem o mesmo valor (o recíproco e falso).
a
a) lim n a n  lim n 1
n  n  a
n

a
b) lim n  lim (a n 1  a n )
n n n 

a a  an
c) lim n  lim n1
n 1  bn
n b n  b
n

Exemplos:
1  3n 2
1. Calcule lim 2
n   2n  3n  1

Resolução:
 1   1 
n 2  2  3  2  3
1  3n 2
  n  = lim  n   3
lim 2 =   = lim
n   2n  3n  1
  n n2  2  3  1  n  2  3  1  2
 2   2 
 n n   n n 

Por: Ismael Cassamo Nhêze


3n 2  1
2. Calcule lim
n n

Resolução:
 1
n 3n  
3n  1   
2
 1
   = lim 
n
lim = lim  3n    
n n  n   n n  
 n

3. Calcule lim
n 
 n 1  n 
Resolução:

 
n  1  n = [ - ] = lim
 n 1  n  n 1  n  = lim n 1 n
lim
n  n  n 1  n  n
n 1  n
=

1
= lim =0
n
n 1  n

4. Calcule lim n n .
n 

Resolução:

 
1
A substituição directa conduz a um indeterminação lim n = lim n   0 . n n
n  n 

n 1
Recorrendo a alínea a) da propriedade 10 tem-se lim n n  lim 1
n  n  n

ln n
5. Calcule lim
n n

Resolução:
 
A substituição directa conduz a indeterminação   , para levantar a indeterminação vamos
 
recorrer a alínea b) da propriedade 10:
n 1 n 1
= lim ln n 1  ln n lim ln
ln n
lim  ln lim  ln 1  0
n n n  n n n n

6. Calcule lim n n!
n

Resolução:
 
lim n n! =  0 , a partir da propriedade 9 temos
n

lim n n! = lim n 1  2  3    n = lim n  


n n  n

3.1. Sucessões divergentes


Definição 11: Uma sucessão diz-se divergente se não é convergente.
Por: Ismael Cassamo Nhêze
Definição 12: Diz-se que uma sucessão real {an} diverge para mais infinito e escreve-se an  + ou
lim an    , quando a todo o número real positivo L corresponde a uma ordem n0 a partir da qual é
n 

sempre an > L.

Definição 13: Diz-se que uma sucessão real {an} diverge para menos infinito e escreve-se an  -  ou
lim an    , quando -an  + .
n 

Classificação das sucessões quanto a existência e natureza do limite


 Convergentes ( se tendem para um número real )

  Pr opriamente divergentes ( se tendem para   ou  )
 
 Divergentes 
  Oscilantes ( se tendem para  ou não tendem para qualquer valor)
 

3.2. O número e

n
 1
Teorema : A sucessão do termo geral de an  1   é monótona crescente e limitada
 n
superiormente.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


n
 1
Definição 14 :chama-se números e ao limite: lim  1    e
n 
 n
O valor de e é sempre aproximadamente: e = 2,7182818284…

n
 a
Teorema : lim  1    e a
n 
 n
n
Com efeito, fazendo a mudança de variável n  , quando n  ∞ também n   e portanto
a
n a
 a
n  1  
lim 1    lim 1     ea
n 
 n  n  
 n  
Exemplo
n
 n2 1
Calcule lim   2 
n 
 n 
n n
 n2 1  1  1 
n n n
 1   1  1
lim   2   lim 1  2   1  1    lim 1   . lim 1    e 1 .e  e 0  1
n 
 n  n  
 n   n  n  n  
 n n  
 n

Exercícios
49. Prove a partir da definição de limite que:
kn 1
a) lim k
n n
Por: Ismael Cassamo Nhêze
3n 1
b) lim 3
n n4
2n  1
50. Dada a sucessão de número reais de termo geral U n  :
n
a) Prove, aplicando a definição, limUn = 2
b) Determine a menor ordem a partir da qual todos os termos da sucessão são valores aproximados
de 2 a menos de: i) 0,01; e de ii) 0,002

2  3n
51. Considere a sucessão de número reais de termo geral U n  :
2n
3
a) Prove, aplicando a definição, limUn = 
2
3
b) Quais são os termos da sucessão que diferem de  a menos de 0,01?
2
52. Dada a sucessão de número reais de termo geral Vn  3   1  :
n 2

n
a) Prove, a partir da definição, que a sucessão é convergente para 3.

b) Determine os valores de n para os quais a suessão Vn é próxima de 3 a menos de 0,01.

53. Prove que a sucessão an 1


 1
n
é limitada mas divergente.
2
54. Classifique quanto à existência e natureza do limite as sucessões cujos termos gerais são os
seguintes:
 1 n c) 3   1  n  1 n
n
1
a) 2  b) 5  d) n 
n n n
 n   1 n 
2
 n
3
g) n  n 2
h) n2  n  n
e)   f)  
 2n 
 3n   

55. Calcule:
n 1 3 n 2  2n 1
a) lim b) lim c) lim
n n2 n n 2
2
n 3n  2
n 2  2n 1 3  52 n  2 8n3  2n 1
d) lim e) lim f) lim 3
n   3n  2  5n 2 n   4  25n  5 n n 3 2
3n
4 2

2
n10  9n7 1 6n  52  n  23
  n  
g) lim h) lim i) lim
n   2n  2n 3  5
4 n n  23 n6  2n2 n 2
 25 3n3  7
j) lim
n 
 n  2  n 1  1 1 1 1
k) lim     n   1 2  3   n 
l) lim  

n 2 4 8 2  n
 n 2  3 
1 1 1 n) ln n  2
m) lim 1      o) lim
n 1  n   ln n  1
n n
 2 n 1 2 3
lim  2  2  2   2 

n n n n n 

Por: Ismael Cassamo Nhêze


n 1! n
n!  1
n

p) lim n q) lim ln 1  
2n  1
r) lim 
n n n n
n n ln n
n n
 1  n2  2n  3 
s) lim 1  2  t) lim n u) lim  
n
 n  n n   2n  3 
n!  

4.Problemas de Aplicação
4.1. Valor Presente e Valor Futuro

Chamamos de VP o valor presente, que significa o valor que eu tenho na data 0 (zero); VF é o valor
futuro, que será igual ao valor que terei no final do fluxo, após juros, entradas e saídas.
Na fórmula M = P . (1 + i)n , o principal P é também conhecido como Valor Presente (PV = present
value) e o montante M é também conhecido como Valor Futuro (FV = future value).
Então essa fórmula pode ser escrita como FV = PV (1 + i) n
FV
Isolando PV na fórmula temos: PV 
1  i n
Com esta mesma fórmula podemos calcular o valor futuro a partir do valor presente.
Exemplo:
Quanto teremos daqui a 12 meses se aplicarmos 1.500,00Mt a 2% ao mês?
Solução:
FV = 1500 . (1 + 0,02)12 = 1.902,36Mt

4.2. NPV - Net Present Value (Valor Presente Liquido)

NPV = VP – I VP – Valor presente , I – Capital a investir


NPV > 0 Projecto viável
NPV ≤ 0 Projecto não viável
Exemplo:
Dado um projecto que necessita de um investimento inicial no valor de 11 milhões de meticais produz
um no fim de 3 anos (retorno de capital) 15 milhões de meticais. Calcule o NPV (Net Present Value =
Valor Presente Líquido) e diga se o projecto é viável ou não, sabendo que a taxa de juros no mercado é
de 8%.
FV 15
PV   11,907 Milhões de Mt
1  i  n
1 0,083
NPV = VP – I = 11, 907 – 11 = 0.907 > 0 , O projecto é viável.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


4.3. Capitalização contínua
A capitalização contínua pode ser considerada como um caso especial da capitalização composta.
Supõe-se na capitalização contínua por certo prazo, que os períodos de capitalização são tão pequenos
quanto se queira, o que fará com que o número desses períodos cresça indefinidamente.
Assim, supondo que o montante C 0 é sugeito à capitalização contínua com uma taxa i, em n períodos
tem-se para valor acumulado:
i
n  n

 i  i 
C  lim C0 1    lim C0 1     C0 e i
i

n 
 n n   n  
 
Se o período de aplicação for de n anos (ou se a taxa i for anual e n for o número de períodos
correspondentes à taxa), tem-se C  C0 e ni
Na prática, a capitalização contínua é raramente utilizada. É um método teórico de capitalização,
utilizado em análise de projectos onde há interesse em se supor o capital crescendo continuamente no
tempo.

EXERCÍCIOS

56. Qual deve ser o capital em dólares a ser investido para que no fim de um ano o retorno seja 10.000
dólares, considerando uma taxa de juro de 5%?

57. Qual é o capital, em dólares, a ser investido para que no fim de seis anos, o retorno seja 10.000
dólares, considerando uma taxa de juro de 8%?

58. Suponha que necessita de 7500 dólares no dia 1 de Agosto do próximo ano. Quanto deve depositar
no banco, à taxa de 1,3% por mês, se o depósito for efectuado no dia 1 de Março do corrente ano?

59. Se um individuo possui 2400 dólares, quantos anos são necessários, para acumular 3000 dólares
sabendo que a taxa anual de juros é de 5%?

60. Para cada projecto das alíneas seguintes, indica-se o investimento inicial do projecto e o respectivo
retorno após um determinado período. Calcule o NPV (Net Present Value = Valor Presente
Líquido) e diga se o projecto é viável ou não:
a)Custo inicial de $11000, 3 anos depois o retorno é de $15000; taxa de juros de 8%.
b) Custo inicial de $750, 5 anos depois o retorno é de $1000; taxa de juros de 9%.
c)Custo inicial de $50000, 3 anos depois o retorno é de $75000; taxa de juros de 14%.
d)Custo inicial de $50000, 5 anos depois o retorno é de $100000; taxa de juros de 14%.
e)Custo inicial de $5000, 3 anos depois o retorno é de $10500; taxa de juros de 6%.
f)Custo inicial de $5000, 5 anos depois o retorno é de $7750; taxa de juros de 6%.
(Sol - Não viável apenas b), NPV = -100,07. Todos os outros são viáveis, pois apresentam o
“NPV”positivo, sendo respectivamente igual a: $907,5; $622.86; $1936,87; $3816,12; $791,25).

Por: Ismael Cassamo Nhêze


61. Um investidor tem a possibilidade de escolher de entre os projectos abaixo indicados, um que seja
economicamente mais viável, sabendo que a taxa de juros corrente é de 10% ao ano:
Projecto A: Custo $2000 e retorno $3000 em 4 anos.
Projecto B: Custo $2000 e retorno $4000 em 6 anos.
Projecto C: Custo $3000 e retorno $4800 em 5 anos. (Sol – Projecto B)

62. Considere dois projectos A e B envolvendo um capital inicial de $30000, cada um. A tabela abaixo
indica o retorno de cada projecto no fim de cada ano, durante 5 anos.
Projecto A Projecto B
Retorno no 1º ano $6000 $8000
Retorno no 2º ano $10000 $8000
Retorno no 3º ano $10000 $8000
Retorno no 4º ano $10000 $8000
Retorno no 5º ano $8000 $8000

Considerando a taxa de juros anual de 10%, qual dos dois projectos apresentam melhor viabilidade?
(Sol – Os dois Projectos são viáveis, porém o melhor investimento é o Projecto A)

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Tema 2: Função real de variável real. Limite e continuidade de função

1. Funções em IR: Definição de função; Domínio e contradomínio; Função crescente, função decrescente;
Paridade de Funções; Funções polinomiais, exponenciais e logarítmicas; Função racional e receita.

2. Limite e Continuidade de função em IR: Definição; Teoremas sobre limites; Limites laterais;
Continuidade de funções; Propriedades sobre funções contínuas; Pontos de descontinuidade e sua
classificação; Problemas de aplicação.

3. Problemas de aplicação: Modelos de Funções lineares, quadráticas e exponenciais; Interpretação


económica do número ; Juro composto; Função f(t)=Aert; Função lucro; Análise de equilíbrio; Ponto de
equilíbrio; Demanda e oferta; Equilíbrio de Mercado; Ponto de equilíbrio de Mercado.

1. Função real de variável real

1.1. Noção de função


Definição 1: Chama-se função real de uma variável real a toda a aplicação f de um subconjunto D IR
isto é: D IRIR.
O subconjunto D IR para o qual a função está definida chama-se o domínio da função e será
representado por Df. O conjunto das imagens através de f dos elementos de D é o contradomínio da
função e representar-se-á por CDf ou por D’f.

As funções com expresão analítica classificam-se em funções algébricas e funções transcendentes.

Definição 2 : Chama-se função algébrica a toda a funçãoy = f(x) que é solução duma equação do tipo
P0 x y n  p1 x y n1  ...  Pn x   0 em que P0(x), P1(x),…,Pn(x) são polinómios em x.

São, por exemplo, função algébrica, as funções polinomiais y  a0 x n  a1 x n1  ...  an


Px 
em que a0, a1,…,an são constantes, as funções racionais y  em que P(x) e Q(x) são polinómios, e
Q x 
as funções irracionais (em que figuram radicais)
Definição 3: Chama-se função transcendente a toda a função que não é algébrica. É, por exemplo, o
caso das funções trigonométricas, da função exponencial, da função logarítimica, etc.

Definição 4: Uma função f é injectiva num intervalo I do seu domínio se para dois quaisquer valores
(diferentes) desse intervalo as respectivas imagens são sempre diferentes, isto é,
se a ≠ b  f(a) ≠ f(b), a,bI.
Exemplo:
Definição 5: Uma função diz-se par se para qualquer ponto x do domínio se verifica f(-x) = f(x).
Exemplo:

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Definição 6: Uma função diz-se impar se para qualquer ponto x do domínio se verifica f(-x) = -f(x).
Exemplo:

Exercícios
63. Seja f(x) = x2 – 4x + 6.
a) Encontre: i) f(0); ii) f(3); iii) f(-2)
1 7
b) Mostre que f    f   e f(2-h) = f(2+h)
2 2
Respostas: i) 6; ii ) 3; iii) 18
x 1
64. Seja f ( x)  .
x 1
a) Encontre: i) f(0); ii) f(1); iii) f(-2)
1  1 1
b) Mostre que f     f x  e f   
 x  x f ( x)
Respostas: i) –1; ii) 0; iii) 3
5x  3
65. Se y  f ( x)  , mostre que x = f(y).
4x  5
66. Determine a função inversa das seguintes funções:
a) f ( x)  2 x  2 d) f ( x)  x 2
b) f ( x)  e3 x 1 e) f ( x)  x
c) f ( x)  5 ln( x  2) f) f ( x)  log 2 x  3

67. Caracterize a função inversa da função: f ( x)  2  log 0,5 x  2 e esboce os gráficos de f e de f -1.

68. Determine o domínio de cada uma das seguintes funções:

a) y  x 2  4 b) y  x 4  4 c) y  x2  4 d) y 
x
x3

e) y 
2x x2  1 g) y 
1 x
f) y  h) y 
x  2x 1 x 2 1 9x 2
x2

x 6
j) y  log 5
i) y  ln x  3 x2 k) y  log 3 x  3 (6  2 x) l) log 2 x  3 ( x 2  7 x 10)

69. Esboce o gráfico das funções e encontre o domínio e contradomínio de cada uma:
a) f ( x)   x 2  1  x 1 se 0  x  1 c) f ( x)   4 x
b) f ( x)  
2 x se 1 x
d) f(x) = x = “o maior inteiro menor ou igual a x” e) f ( x)  x  3
Por: Ismael Cassamo Nhêze
f) f ( x) 
4 x2  4 x
g) f ( x)  h) f ( x)  i) f ( x)  senx
x x2 x
j) f ( x)  x  x
k) f ( x)  2 x 2
x

l) f ( x)  tgx m) f ( x)   
3
n) f ( x)  ln x
o) f ( x)  log 1 x  x se x  0
p) f ( x)  
2 se x  0
3

70. O custo total por dia C de uma firma é uma função de uma produção diária, Q : C  150  7Q . A
firma tem um limite de capacidade de 100 unidades de produto diário. Determine o domínio e o
contradomínio da função custo?

71. Suponha que a demanda P, de uma certa mercadoria, é uma função da sua produção diária Q é
dada pela forma analítica P  Q 2  16 . Indique o domínio e o contradomínio da função demanda.

72. Um electricista cobra 2500,00Mt por ida ao domicilio e 3000,00Mt por cada hora de trabalho.
Exprima o custo total do serviço C do electricista em função das horas x que dure o serviço.
[R: C ( x)  2.5  3x em contos]
73. Um autor recebe de comissão 200000MT mais 350Mt por cada livro vendido. Represente o seu
rendimento R como função do número de livros vendidos x.
[R: R( x)  200  0.35x em contos]
74. Um aparelho de análises médicas custou 2400 contos e sofre uma amortização contabilistica de 300
contos por ano. Indique o valor contabilistico da máquina VC em função do número de anos de
serviço t?
[R: VC ( x)  2400  300t em contos]
75. Uma empresa vendeu 5000 conjuntos de ferramentas em 1980 e 20000 conjuntos em 1985.
Supondo que a evolução temporal da quantidade vendida seria razoávelmente aproximada por uma
função linear, exprima a quantidade vendida pela empresa QVend em função do tempo t?
[R: QVend (t )  3000 t  5000 conjuntos de ferramentas]
76. A função custo total (CT) de uma fábrica é função do número de unidades produzidas e vendidas
Q, quantidade que depende a variável tempo t. Dado que a produção é totalmente vendida, exprima
a função custo total da fábrica em relação à variável tempo considerando:
1
a) CT (Q)  1500  40Q ; Q(t )  16t   t 2 b) CT (Q)  Q 2  3Q  75 ; Q(t )  8t  2 .
4

[R: Q(t )  1500  240t  10t 2 ; CT (Q(t )  64t 2  8t  73 ]


77. Um fabricante de cassettes TMI tem um custo fixo mensal de 12 100 dólares e um custo variável de
=$0.60 por cassete. Determine a função C que fornece o custo total que a TMI tem na fabricação de
x cassettes/mês.
[R: 0.6 x  12100 ]
78. Uma empresa produz agendas electrónicas a um custo variável de
v( x)  0.000003x  0.17 x  200 x dólares, onde x denota o número de unidades fabricadas por
3 2

mês. O custo fixo mensal da divisão que produz essas agendas electrónicas é de 100 000 dólares.
Por: Ismael Cassamo Nhêze
Suponha que o total arrecadado pela empresa a partir da venda de x agendas é dado pela função
arrecadação total R( x)  0.1x 2  500 x ; (0  x  5000) . Onde x é medido em dólares.
a) Determine a função lucro total.
b) Qual é o lucro quando 1500 unidades são produzidas e vendidas por mês?
[R: a)  0.000003x 3  0.27 x 2  300 x  100000 ; b) 182.375 dólares]
79. Dadas as funções receita total RT (x) e custo total CT (x) seguintes: i) - exprima em cada um dos
casos a função resultado líquido [ lucro =  (x) ]; ii) – determine o nível de máximo lucro a partir
das ordenadas do vértice da parábola; iii) – calcule as abcissas dos pontos em que  ( x)  0
(pontos-mortos em termos da quantidade vendida).
a) RT ( x)  600  5x 2 b) RT ( x)  280 x  2 x 2 c) RT ( x)  540 x  3x 2
CT ( x)  100 x  10 500 CT ( x)  60 x  5 600 CT ( x)  90 x  16 200
[  ( x)  RT ( x)  CT ( x) ]

2. Limite de uma função num ponto

Definição 7: Seja f(x) uma função real de variável real definida num conjunto DIR e a um ponto de
acumulação de D ( quer dizer, f(x) é definida numa vizinhança de a excepto, possivelmente no próprio
ponto a). Nestas condições, diz-se que o número b é limite de f(x) ao tender x para a e escreve-se
lim f ( x)  b , quando a todo número real  >0 corresponde >0 (normalmente depende de ) tal que é
x a

f ( x) b   para todos os x D tais que 0  x  a   .

Exemplos: Prove a partir da definição que lim ( x 2  3x)  10.


x 2

Resolução: Seja   0 , um número arbitrário positivo. Temos de achar um   0 para o qual 0<|x-
2|< então: x 2  3x   10  
 
Portanto: x 2  3x  10  x  2  7x  2  x  2  7 x  2 .
2 2

Se 0 <  ≤ 1, então 2 ≤ . Daí, tome  como sendo mínimo de 1 e /8. Com isso, se 0 < |x-2| < ,
temos x 2  3x   10   2  7    7  8  

Observação: A definição de limite dada acima é equivalente à seguinte definição em termos de


sucessão infinita: lim f ( x)  A se e somente se, para toda sucessão {Sn} tal lim f(Sn)=A. Em outras
x a
palavras, seja qual for a sucessão {Sn} tal que Sn se aproxima de a, a sucessão correspondente
{f(Sn)}tem de se aproximar de A.

2.1. Limite Laterais

Definição 8: Seja f(x) uma função real definida num conjunto DR e a um ponto de acumulação de D.
Diz-se que o número real b é limite à direita (esquerda) de f(x) no ponto a, quando, ao tender x para a
por valores x>a (x<a), a todo o >0 corresponde um >0.
Por: Ismael Cassamo Nhêze
|f(x)-b|< para todos os x  D tais que |x-a|< e x>a (x<a)
Escreva-se então: lim f ( x)  b quando se trate de limite lateral direito, e
x a

lim f ( x)  b quando se trate de limite lateral esquerdo.


x a 

Teorema: É condição necessária e suficiente para que uma função f(x) tenha o limite finito b quando
x→ a, que lim f ( x)  lim f ( x)  b .
x a x a

2.2. Propriedades dos limites


Como consequência da definição de limite apresentada, transferem-se para as funções reais de variável
real todas as propriedades dos limites das sucessões, desde a unicidade, limite de uma constante e todas
as propriedades operatórias quer com limites finitos quer com limites infinitos.

2.3. Indeterminações:
0 
Chamam-se indeterminações aos seguintes símbolos: , ,    , 0   , 1 , 0 0 e  0 .
0 

2.4. Limites notáves.


sen x
 lim 1
x 0 x
tg x
 lim 1
x 0 x
x
 1
 lim 1    e
x 
 x
lim  f ( x )  1g ( x )
Teorema. Se lim f ( x)  1 e lim g ( x)   então lim f ( x)  exa
lim g ( x )
xa (a finito ou infinito).
x a x a x a

Exemplos:
1. Calcule os seguintes limites:
 1 2 
a) lim ( x 3  3x 2  2) b) lim   2 
x  x  1 x 1
 x  1 
x 4 ln(5  x 2 )  ln 5 x 2
c) lim d) lim e) lim 
x4
x 2 x0 x2 x2 x 2

Resolução:

a) lim ( x 3  3x 2  2)    
x

 3 2
lim ( x 3  3x 2  2)  lim x 3 1   3    1  
x  x
 x x 

Por: Ismael Cassamo Nhêze


 1 2 
b) lim   2     
x  1 x 1 
 x 1 
 1
lim   2
2   x  1 2
  lim 
 x 1 
 = lim  2   lim
x 1 = 1 1
lim 
x  1 x 1
 x  1  x  1  x  1  x  1  x  1  x  1 x  1x  1
2 x  1  x  1 2

x 4 0
c) lim  
x4
x  2 0
x  4  x  4 
lim
x4
x 4
x 2
= lim
x4  x 2 
x 2
x 2   lim
x4
x 2
x 4
 lim
x 4
 
x 2 4

ln(5  x 2 )  ln 5  0 
d) lim  
x0 x2 0
1
5  x2  1  x2
ln      
ln(5  x 2 )  ln 5 2
5  lim 1 ln 1  x   lim ln 1  5  
lim  lim   
x0 x2 x0 x2 x  0 x2
  5  x  0  1 
 
 x2 
1
 1  x2
  1

 ln lim 1  5   ln e 5  1
x  0 1  5
 
 x2 
x  2 0  x  2 se x  2

e) lim    Sabendo que x  2  
x2 x  2 0   x  2  se x  2

x 2 x 2
lim = lim   1
x  2 x 2 x  2  x  2

1
2. Determine os limites laterais em x = 0 da função f ( x)  1
.

1 2 x

Resolução:

A função não está definida em x = 0.


Fazendo tender x para 0 pela direita (isto é, por valores o positivos), tem-se
1 1 1
lim  lim  1
x 0 
1
x 0  1 1  0
1 2 x 1 1
2x
Entretanto, fazendo tender x para zero pela esquerda, vem
1 1
lim  lim 0.
x 0 
1 x 0 1  
1 2 x

A função tem, portanto, limites laterais distintos no pontos x = 0.


Por: Ismael Cassamo Nhêze
2.5. Continuidade de funções

Definição 9: Uma função real f(x) diz-se contínua num ponto a do seu domínio se lim f ( x)  f (a) .
x a

Para que f(x) seja contínua num ponto a deverão verificar-se as três condições seguintes:
a) Estar definida no ponto a.
b) Existir lim f ( x) .
x a

c) lim f ( x)  f (a)
x a

Definição 10: Uma função f(x) diz-se contínua à esquerda de a se lim f ( x)  f (a) e diz-se contínua à
x a

direita de a se lim f ( x)  f (a) .


x a

Propriedades das funções contínuas

Propriedade 1:Sejam f e g funções contínuas em a e k constante. Então:

 f + g é contínua em a.
 kf é contínua em a.
 f . g é contínua em a.
f
 é contínua em a, se g (a)  0 .
g

Exemplos:
a) Segue da propriedade do produto de funções contínuas que f ( x)  x n , onde n  IN, é uma função
contínua.

b) Toda função polinomial é contínua, pois é soma de funções contínuas.

c)Toda função racional é contínua em a se o denominador não se anular em a, pois uma função
racional é razão de duas funções polinomiais. Segue que toda função racional é contínua em seu
domínio.

Propriedade 2:(continuidade num intervalo): Uma função é contínua em ]a, b[ sse é contínua em
todos os pontos deste intervalo.

Uma outra propriedade importante das funções contínuas é enunciada no teorema a seguir e diz que a
composta de funções contínuas ainda é uma função contínua.

Teorema: Sejam f e g duas funções tais que Im(f)  Dg e a  Df e. Se f for contínua em a e g for
contínua em f(a), então gf  gof será contínua em a.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


2.6. Pontos de descontinuidades

Definição 11: A função f(x) diz-se descontínua no ponto a se não é contínua nesse ponto.

Classificação dos pontos de descontinuidade:


a) Se o limite de f(x) quando x → a existe mas é diferente de f(a), o ponto a diz-se um ponto de
descontinuidade removível (ou eliminável).
b) Se os limites laterais no ponto x = a existem mas são diferentes a descontinuidade diz-se não
removível de 1ª espécie.
c) Se não existe em IR algum dos limites laterais no ponto x = a (ou algum dos limites laterais é
∞) a descontinuidade diz-se não removível de 2ª espécie.

Exemplos:
Estude a continuidade das funções:
 x  2 se x 1 1
a) f ( x)   No ponto x = 1 b) g ( x) 
3x se x 1 x 2

Resolução
a) Df = IR;
lim f ( x)  lim 3x   3
x 1 x 1

lim f ( x)  lim x  2  3 , Os limites laterais coincidem, logo existe lim f ( x) e


x 1 x 1 x 1

É igual a f(1) ; a função é continua no ponto x= 1.

b) Df = IR\{2}
1
lim f ( x)  lim 
x 2 x 2
x 2

A função não é contínua no ponto x = 2

Exercícios

80. Considere as funções f e g, reais de variável real, definidas por f ( x)  3x  2 e


2 x  1 se x  1
g ( x)  
3 se x  1
a. Calcule: i) lim f ( x) ; ii) lim g ( x) ; iii) lim f ( x)
x 1 x 1 x  4

b. Defina por expressão designatória a função f  g e calcule lim  f ( x)  g ( x)


x 1

1 1
81. Sendo f ( x)  x  2  , verifique que lim f ( x)  .
x x  2 2

82. Calcule cada um dos seguintes limites:

Por: Ismael Cassamo Nhêze


x  3

a. lim x 2  1  b. lim
2x  3
c. lim
2x2  1
x   4x  5 x   6  x  3x 2

x x2  5x  6 x3
d. lim e. lim f. lim 2
x   x2  5  5x  6
x   x 1 x   x

3x  3 x 3x  3 x  1 3x3  2 
g. lim h. lim i. lim    
x    3x  3 x x    3x  3 x x   x  1
 2 
a) 10 b) 0.5 c) -2/3 d) 0 e)  f) 0 g) 1 h) -1 i)  

83. Calcule:


a. lim x 2  4 x
x2
 
b. lim 3x 3  2 x 2  3x  4
x  1
 c. lim
3x  1
2

x 1  x  13

3 x  3 x x 1 x2  4
d. lim e. lim f. lim
x  0 3 x  3 x x 2 x2  1 x  2 x 2  5x  6

x 2  3x  2 x2 x2
g. lim h. lim i. lim
x  1 x 2  4 x  3 x 2 x2  4 x 2
x2  4
x2
k. lim
 x  h
3
 x3 l. lim
x 1
j. lim x 1
x 2 x2  4 h 0 h x 32
2

x  1 1 x 2  2x  6  x 2  2x  6
m. lim n. lim
x 0 3
1 x 1 x 2  4x  3
x 3

1 1 1 1 3 1
Sol.: a) –4; b) -2; c) ; d) 0; e) ; f) –4; g) ; h) ; i) 0; j) ; k) 3x2; l) 2; m) ; n)  .
2 3 2 4 2 3
84. Calcule os seguintes limites:

a. lim
2 x  33 3x  22 b. lim
2 x 2  3x  4
c. lim
2x  3
x   x5  5 x 
x4  1
x 
x  x
x2 x2  1 x 2  2x
d. lim e. lim f. lim
x 
10  x x x  1 x 2  3x  2 x  2 x 2  4x  4

x 2  a  1x  a 2 x3 xh x


g. lim h. lim i. lim
x a x3  a3 x 7x  49 2 h 0 h

x 

j. lim x x 2  1  x  k. lim
sen x
x 0 2x
l. lim
x 0
sen 3 x
x
sen 5 x sen x 1  cos x
m. lim n. lim o. lim
x  0 sen2 x x 1 sen3x x 0 x2
sen x  sen a 2  x
2
 x 1
x 1
p. lim q. lim   r. lim  2 
x a xa x 0 3  x  x 1 x  1 
   
sen x n x
 x 2  2x  3   1  x 
x
t. lim 1   u. lim  
s. lim  2   n x  x  1
x  0 x  3x  2 
n 
   

Por: Ismael Cassamo Nhêze


n2
 n  1 x. lim 1  sen x  x
n 1
 2
v. lim 1   w. lim   x 0
n 
 n n 
 n 
ln 1  x  z. lim xln 1  x   ln x
y. lim x  
x 0 x
a 1 1 1 1 1 5 1
Sol.: a) 72; b) 2; c) 2; d) ; e) –2; f) ; g) 2
; h)  ; i) ; j) ; k) ; l) 3; m) ; n)
3a 56 2 x 2 2 2 3
1 4 3
; o) ; p) cos a ; q) ; r) 1 ; s) ; t) e-1; u) e-1; v) e2; w) e-1; y) e; x) e; z) 1.
2 9 4 2
85. Calcule os seguintes limites laterais:
x 1 senx x 1
a. lim b. lim  c. lim d. lim
x 1 x  1
x  1
x2  1 x 0 x 0 x
1 ex

e. lim
x
f. lim 
1
g. lim

ln 1  e x  h. lim

ln 1  e x 
x  20 x  2 x 0 1
x   x  
x x
1 ex
Sol.: a) –1; b) 1; c) –1; d) –1; e) - ; f) 0; g) 0; h) 1

86. O custo de produção de um tipo de video-cassetes é C ( x)  15000  6 x , onde x é o número de


cassetes produzidas. O custo médio por cada cassete, denotado por C (x) , é obtido dividindo a
equação C (x) por x. Determine:

a. C (1000) b. C (100000) c. lim C ( x) d. lim C ( x)


x10000 x  

87. Uma Companhia de treinamento determinou que, em média, um novo trabalhador pode produzir
75s
P(s) peças do seu trabalho por dia após s dias de treinamento, onde P( s)  . Determine:
s 8

a. P(1) b. P(11) c. lim P( s) d. lim P( s)


s11 s  
[Sol.: a) 25 ; b) 825 ; c) 825 ; d) 75 ]
3 19 19

88. Estude a continuidade das funções dadas nos pontos indicados:

x se x  0
a. f ( x)   ; xo  0 e xo  1
1 se x0

 x2  9
 se x  3
b. g ( x)   x  3 ; xo  3 e xo  3
 6 x3
 se
Por: Ismael Cassamo Nhêze
c. c( x)  [ x] = “maior número inteiro contido em x” xo  0 e xo  1

x
 se x  0
d. h( x)   x ; xo  0
0 x 0
 se

 x
 se x  0
e. m( x)   senx ; xo  0

1 se x  0

89. Considere a função real de variável real definida por m(x). Determine o parâmetro real k de modo
que a função seja contínua para x = 2

 x 2  3x  2
 se x  2
m( x )   x 2  4
 3k  2 se x  2

90. Mostre que f ( x)  | x | é contínua em todo o seu domínio.

1 2 x
91. Mostre que f ( x)  1
tem descontinuidade em xo = 0 .
1 2 x

1
92. Mostre que a função f ( x)  1
tem, em xo  0 uma descontinuidade removível (eliminável)
1 3 x

ou uma descontinuidade não removível, ou ambas.

93. Determine os pontos de descontinuidade das funções e classifique-os:


8  x3 1
a) y  b) y 
x 2 x 1
De seguida esboçe os respectivos gráficos nas vizinhanças dos pontos de descontinuidade.

94. Esboce o gráfico de cada uma das seguintes funções, encontre as descontinuidades, explica por que
a função não é de ser contínua nestes pontos e classifique-os:

x x 2  3x  10 c) f ( x)  | x |  x
a) f ( x)  b) f ( x) 
x x2
x4 1 x  3 se x  2
d) f ( x)  e) f ( x)   2
x2  1 x  1 se x2

Por: Ismael Cassamo Nhêze


4  x se x3 x 3  x 2  17 x  15
 g) f ( x) 
f) f ( x)   x  2 se 0 x  3 x 2  2 x  15
x  1 x0
 se

95. Esboce o gráfico das seguintes funções e determine se elas são contínuas no intervalo 0; 1:

 1 se x0 1
  se x  0
a. f ( x)   0 se 0 x  1 b. f ( x)   x
0 
1 se x0
 se x 1
 1 se x  0 x se x0
c. f ( x)   2 
x se x0 d. f ( x)  0 se 0 x  1
x x 1
 se

96. Para cada par de valores reais atribuídos a  e , a expressão seguinte, define uma função real de
variável real.
Determine  e  de modo que a função seja contínua no intervalo 0; 1.
  se x  0
 2
 x x
f ( x)   2 se 0  x  1
 x  4x  3
  se x  1
x 2 1
97. Considere a função g, real de variável real, definida por g ( x)  2 . Sabe-se que uma outra
x 2
função f é contínua em IR\{-3, 3}.
Para que valores x é contínua f  g ?

98. Mostre que a função f(x) = sen(cosx) é contínua em IR.

  x 2  1, se x 1
99. Para que valor de k a função f ( x)   é contínua. Esboce o gráfico.
 2x  k, se x1

3.Problemas de Aplicação

EXERCÍCIOS:

100.A função demanda (procura) por uma certa marca de videocassete e a correspondente função
oferta são dadas respectivamente por p  d ( x)  0.01x 2  0.2 x  8 e p  s( x)  0.01x 2  0.1x  3
, onde p é expresso em dólares e x é medido em unidades de milhar. Determine a quantidade e o
preço de equilíbrio.
[R: Aquantidade de equilíbrio é de 10 000 videocassetes; e o preço de equilíbrio é de $5 por cada
videocassete]
Por: Ismael Cassamo Nhêze
101.Dez mil dólares são aplicados a 8% de juros (por ano), compostos trimestralmente. Dê a formula
que descreve o valor do investimento após 3 anos? (R: A=10 000(1,02)12

102.Uma conta poupança paga 6% de juros, compostos contínuamente. Quanto deve ser depositado
agora para que se tenha 1000 dólares no final de 4 anos (R: 786,63)

103.Quinhentos dólares são depositados numa conta poupança que paga 5% de juros, compostos
diáriamente. Calcule o saldo da conta no final de 3 anos (considerando que não ocorram depósitos
ou levantamentos adicionais) (R: 580,91)

104.Qual a taxa que deve ser paga a um investimento para que este duplique no fim de 5 anos, se o juro
é composto contínuamente? (R: 13,8%)

105.Por quanto tempo se deve empregar uma certa quantia para triplicar quando aplicada a juros
compostos contínuamente segundo uma taxa de 6%? (R: 18.3 anos)

106.Suponha que um empresário faz um investimento inicial de 10 mil dólares. Suponha que o
investimento pague 10% de juros compostos contínuamente num período de 5 anos e 3% de juros
compostos contínuamente os 5 anos seguintes.
a) Quanto valerão os 10 mil dólares 10 anos depois?
b) Suponha que o empresário tenha uma alternativa de investimento que paga 7% de juros
compostos contínuamente. Qual dos investimentos é superior, num período de 10 anos, e por
quanto supera o outro?

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Tema 3: Cálculo diferencial em R

1 Cálculo Diferencial. Taxas de varição. Conceito de derivada. Interpretação geométrica da


derivada. Regras de derivação de funções. Derivadas de 2a ordem e de ordem superior. Problemas
de aplicação.

2 Aplicação das derivadas no estudo das funções em IR. Cálculo de máximos e mínimos.
Intervalos de monotonia. Concavidade. Pontos de inflexão. Assímptotas.

3 Aplicação das Derivadas nas áreas de Economia e de Gestão. Funções Marginais. Custo
Marginal. Receita Marginal. Lucro Marginal. Custo Médio e Receita Média. Custo Médio
Marginal. Elasticidade-preço da Demanda. Elasticidade – renda da Demanda. Relação entre
Receita e Elasticidade-preço da Demanda.

1.Cálculo Diferencial

1.1. Conceito de derivada. Interpretação geométrica da derivada.


Sejam y = f(x) uma função real de variável real definida em ]a, b[ e x0 ] a, b[.

f ( x0  x)  f ( x0 )
A razão chama-se razão incremental ( ao acréscimo x da variável independente
x
correspondente o acréscimo f ( x0  x)  f ( x0 ) da função).
A derivada da função no ponto x0, f ´(x0 ) é o limite,
se existir, da razão incremental quando x tende
para zero

f ( x0  x)  f ( x0 )
f ´(x0 )  lim
x  0 x

Geometricamente f ´(x0 ) é o declive da recta


tangente ao gráfico da função no ponto P é a posição
limite da secante PP’ quando P’ tende para P,
deslocando-se sobre a curva.

Equação da tangente à curva no ponto (x0, y0)

y  y0  f ´(x0 ) . x  x0 

Equação da normal à curva no ponto (x0, y0)

Por: Ismael Cassamo Nhêze


y  y0  
1
x  x0 
f ( x0 )
A derivada de uma função num ponto pode ser finita ou infinita.

Uma função diz-se diferenciável num ponto se tiver derivada finita nesse ponto, e diferenciável num
intervalo ]a, b[ se tiver derivada finita em todos os pontos do intervalo.

1
Exemplo: Considere a função f ( x)  :
x2
a) Calcule a derivada de f no ponto x = 1.
b) Determine a equação da recta tangente e normal à curva f no ponto x = 1

Resolução:
1 1

f ( x0  x)  f ( x0 ) x  x  2 x0  2
a) f ´(x0 )  lim = lim 0 =
x  0 x x  0 x
x  2  x0  x  2  x
= lim 0 = lim =
x 0 x x  2  x  x  2  x  x x  2  x  x  2 
0 0 0 0

1 1
= lim 
x  0  x  2 x  x  2  x0  22
0 0

1
No ponto x = 1  f ' (1)    1
1  22
b) - A equação da tangente à curva num ponto (x0, y0) é y  y0  f ´(x0 ) . x  x0 

1 1
y 0  f (1)   1 e f ' ( x0 )  f ' (1)    1
1 2 1  22
Logo y  1   1. x 1  y   x 1 1  y   x
- A equação da normal à curva num ponto (x0, y0) é y  y 0  
1
x  x0 
f ( x0 )
y  1    1. x 1  y  x 1 1  y  x  2

1.2.Regras de derivação de funções

Seja u = f(x), z = g(x) , y = h(x) e k uma constante


 Derivada da soma
u  z  y  u  z   y
 Derivada do produto de uma função por uma constante
u  kz  u   kz 
 Derivada de um produto
u  z  y  u   z y  z y
 Derivada de um quociente

Por: Ismael Cassamo Nhêze


z z y  z y 
u  u 
y y2

1.3.Derivadas de funções elementares

i) Se f ( x)  k  f ( x)  0 (k é uma constante)
ii) Se f ( x)  x n  f ( x)  nx n 1
1 1
iii) Se f ( x)   f ( x)   2
x x
1
iv) Se f ( x)  x  f ( x) 
2 x
v) Se f ( x)  senx  f ( x)  cos x
vi) Se f ( x)  cos x  f ( x)   senx
1
vii) Se f ( x)  tgx  f ( x) 
cos 2 x
1
viii) Se f ( x)  cot gx  f ( x)  
sen 2 x
ix) Se f ( x)  a x  f ( x)  a x ln a , (a  0 e a 1)
x) Se f ( x)  e x  f ( x)  e x
1
xi) Se f ( x)  log b x  f ( x)  , (b  0 e b 1)
x ln b

Exemplos: Calcule a derivada das seguintes funções:


3x  5
a) f(x) = x + 2 b) g(x) = 2x7 c) h( x)  d) m( x)  e x senx
x 1
Resolução:

a) f’(x) = 1 + 0 = 1

b) g’(x) = 2. 7x7-1=14x6

c) h' ( x) 
3x  5' x 1  x 1' 3x  5 = 3x 1 13x  5 = 3x  3  3x  5
=
x 12 x 12 x 12
8
=
x 12

 
d) m' ( x)  e x ' senx  e x senx '  e x senx  e x cos x  e x senx  cos x 
e)

1.4.Derivadas de funções compostas

Seja a função composta y  h( x)   f  g ( x)  f g x  ,sendo g derivável em relação a x e f derivável


em relação a g(x), então: h( x)  f g x  g ( x) .

Por: Ismael Cassamo Nhêze


dy dy du
Considerando u = g(x) e y = f(u), temos:   Chamada regra da cadeia.
dx du dx
Exemplo:Determine a derivada das seguintes funções:
1
a) y  e x
2
b) y  sen( x 3  5x) c) n(x) = ln(3x – 5)

Resolução:
1
a) y  e x
2

 dy u
 y  e  e
u

du dy dy du dy x 2  1
  e  2 x  2 xe x  1
2

 ; , logo
u  x 2  1  du dx du dx dx
 2x
 dx

b) y  sen( x 3  5x)
 dy
 y  sen u  du  cos u
 cosx 3  5 x  3x 2  5  3x 2  5cosx 3  5 x 
dy
 ;
u  x 3  5 x  du  3x 2  5 dx
 dx
c) n' ( x) 
1
3x  5' = 3
3x  5 3x  5

1.5.Derivadas de 2a ordem e de ordem superior

Seja y = f(x) uma função diferenciável de x. Chamemos sua derivada de primeira a derivada da função
(ou derivada primeira). Se a derivada primeira for deferenciável, sua derivada é chamada derivada
d2y
segunda da função original e é denotada por um dos símbolos , y  ou f (x) .
dx 2
Por sua vez, a derivada da derivada segunda é chamada derivada terceira da função e é denotada por
d3y
um dos símbolos , y  ou f (x) . E assim em diante.
dx 3
N.B. A derivada de uma função de uma dada ordem em um ponto pode existir somente quando a
função e todas as derivadas de ordem menor são diferenciáveis neste ponto.

Exemplo: Determine a derivada quarta da seguinte função: y  x 3  2 x 2  7 x  18


dy d2y d3y d4y
 3x 2  4 x  7 ;  6 x  4 ;  6 0
dx dx 2 dx 3 dx 4
Obs: Todas as derivadas de ordem superior a 4 existem e são nulas.

1.6.Derivadas implicitas

Uma equação f(x,y) = 0, em geral, define y impliciamente como função de x em algum intervalo.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


1 x
Por exemplo a equação xy + x – 2y -1 = 0, com x ≠ 2, define a função y  .
x2
A derivada y’ pode ser obtida por um dos seguintes processos:
1. Resolvendo, quando possível, a equação explicitando y e derivando com relação a x.
2. Pensando em y como a função de x, derivando ambos os lados da equação com relação a x e então
resolvendo a relação obtida explicitando y’. Este processo de diferenciação é conhecido como
derivação implícita.

Exemplo: Determine y’ se a) xy + x – 2y -1 = 0 b) x 2  y 3  seny  5x 3 .  0

Resolução:
a) xy + x – 2y -1 = 0
d d d d d d
Temos, x ( y)  y ( x)  ( x)  2 ( y)  (1)  (0)
dx dx dx dx dx dx
1 y
ou xy’ + y +1 – 2y’ = 0; logo y '  .
2 x
Analogamente podemos calcular derivadas de ordem superior
2  x  1  y   1  y
d d  1  y  2  x  y'1  y 2 x 2  2y
Então ( y' )  y' '     
dx dx  2  x  ( 2  x) 2
( 2  x) 2
(2  x) 2
O segundo método é derivar implicitamente ambos os lados da equação dada quantas vezes forem
necessárias para produzir a ordem requerida de derivação e eliminar todas as derivadas de ordem
inferior. Esse procedimento é recomendado somente quando é pedido o cálculo de uma derivada de
ordem superior em um dado ponto especifico.

b) x 2  y 3  seny  5x 3  0
2 x  15 x 2
2 x  3 y 2 y   cos y  y  15x 2  0   
y  3 y 2  cos y   2 x 15x 2  y   
 
3 y 2  cos y

1.7.Derivação Logarítmica

Se uma função diferencial y = f(x) for um produto e/ou quociente de vários factores, o processo de
d d
derivação poderá ser simplificado com o uso do logaritimo natural: ( y)  y (ln y)
dx dx
Por exemplo y = (x2+2) 3 (1-x3) 4
ln y  ln( x 2  2) 3 (1  x 3 ) 4  3 ln( x 2  2)  4 ln(1  x 3 )
 6x 12 x 2 
y'  y
d
 
3 ln( x 2  2)  4 ln(1  x 3 )  ( x 2  x) 3 (1  x 3 ) 4  2  
3 
dx  x  2 1 x 
y   6 x( x 2  2) 2 (1  x 3 ) 3 (1  4 x  3x 3 )

Por: Ismael Cassamo Nhêze


1.8.Diferencial

dy
Interpretação de como um Quociente diferencial.
dx
dy
Até aqui, tem sido visto como uma simples notação para a derivada da função y = f(x).
dx
dy
O que faremos a seguir é interpretar como um quociente entre dois acréscimos. Inicialmente, vamos
dx
olhar para dx como um acréscimo em x e, em seguida, procuraremos uma interpretação para o
acréscimo dy.
Sabemos que f '(x) é o coeficiente angular da reta tangente t, no ponto (x, f(x)), e que
dy
 f (x) . Se observarmos, então, para dy como acréscimo na ordenada da reta tangente t,
dx
dy
correspondente ao acréscimo dx em x, teremos  f (x) .
dx

Observe pelo gráfico sobre a interpretação geométrica de derivada que:

y  f ( x  dx)  f ( x) é o acréscimo que a


função sofre quando se passa de x a x+ dx.
O acréscimo dy pode então ser
visto como um valor aproximado para y ;
evidentemente, o erro y  dy que se
comete na aproximação de y por
dy será tanto menor quanto menor for dx.

Definição: Seja f(x) uma função e sejam x e y , variáveis e relacionadas por y = f(x) . Então a
diferencial dx é um número qualquer do domínio de f(x) para o qual f '(x) existe , a diferencial de dy é
definida por dy = f '( x )dx

Exemplo: Se y = f(x) = x2 -5x +7 , achar dy .

Solução: f '(x) = 2x -5  dy = (2x -5 )dx

Deve observar-se a diferença entre a diferencial dx da variável independente x e a diferencial dy da


variável dependente y . Pois, dx pode assumir qualquer valor, mas o valor de dy depende de x , dx , f(x)
e, por tanto, de f '(x) .

Interpretação geométrica de dy comparando-o a y

Aqui, supõe-se que f(x) é diferenciável em x1 e toma-se dx = x , representa-se x como um


incremento no valor x1 até x1 + x1 e y será variação correspondente em y1 , isto é, y2 = y1 + y .
Entretanto, desde que f '(x) é o coeficiente angular da recta tangente ao gráfico de f(x) em (x1,f(x1 )), isto
Por: Ismael Cassamo Nhêze
é, (x1 ,y1 ), segue-se que dy = f '(x)dx será o incremento correspondente no valor de y , seguindo-se a
direcção da tangente.

Recta tangente t ao ponto P= (x1, y1 ) da


função f(x) e reta secante s que passa por

P= (x1 , y1 ) e Q = (x1 + x ,y1 + y ) da


função f(x) .

Na Figura ,
tem-se que o incremento da função y = f(x)
que é dada por y = f(x + x )-f(x)

Note que quando se dá o incremento x , o ponto P desloca para Q , e observe que no ponto P passa
uma recta tangente t, enquanto por P e Q , passa uma reta secante s. Aplicando o conceito de limite,
quando x tende para zero ( x  0 ) , o ponto Q tende para o ponto P , e a recta secante tende para a
recta tangente em P , o acréscimo y tende para a diferencial dy e x tende para a diferencial dx .

Assim,
dy  lim y  lim  f x  x   f x  
x  0 x  0

y
dy  lim y  lim  x = y dx
x  0 x  0 x

ou finalmente dy  y dx = f x dx

A expressão acima é a própria definição de diferencial, e pela Figura observa-se que quanto menor for
x , menor será a diferença entre o acréscimo y e a diferencial dy .

Assim, a diferencial de uma função é obtida pelo produto da derivada da função pela diferencial da
variável de derivação.

Para uma função f (x), a diferencial segue a seqüência abaixo

Função Derivada Diferencial


y  f (x) dy dy  f ( x)dx
y   f ( x) 
dx
y  h(t ) dy dy  h(t )dt  dh
y   h(t ) 
dt

Da Figura fica claro que dy pode ser considerado uma boa aproximação de y desde que dx = x e
y dy
que x seja suficientemente pequeno. A razão  f (x) quando x  0 que difere de por um
x dx
número extremamente pequeno , donde

Por: Ismael Cassamo Nhêze


y dy  dy  dy
    y     x  y  x  x
x dx  dx  dx
y dy  dy   dy 
dx  lim  x   dx
dy dy
    y     x  lim y  lim  x  x   dy 
x dx  dx  x 0

x  0 dx
 dx x  0
 dx
0

dy 
dy  dx  dy  f ( x)dx 
dx   y  dy
y  f x  x   f ( x) 

Assim f ( x  x)  f ( x)  f x  dx

Observação: A diferencial pode ser usada para efectuar cálculos aproximados.

Exemplo:

1. Calcular a raiz y = f (x)= 3x2- 2x + 4, para x1 =1, dx = x = 0,02


a) Calcular y  f ( x1  x)  f ( x1 ) ) exactamente.
b) Fazer uma estimativa de y , usando dy  f ( x)dx .
c) Determinar o erro   y  dy
Resolução:
 
a) y  f ( x1  x)  f ( x1 ) = f (1 0,02)  f (1) = f (1,02)  f (1) = 31,02  2.1,02  4  3.12  2.1 4
2

y  5,0812  5 = 0,0812

b) dy  f ( x)dx
f ( x)  6 x  2  dy  6 x  2dx
dy  f (1)dx  6  1  20.02  0,08

c)   y  dy = 0,0812  0,08  0,0012

2. Usar diferenciais para estimar 35 .


Para isso toma-se a raiz conhecida mais próxima como referência, ou seja, 36 = 6 e faz-se
y  36  dx = x =35 -36 = -1; consideremos a função y  f ( x)  x e x1 =36
35  36  y  6  f ( x)dx
1 1 1 1
f ( x)   f ( x1 )   y  dy  (1)    0,08333...
2 x 2 36 2 36 12
Então: 35  6   0,08333  5,91666...

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Exercícios

y
107.Calcule y e :
x
a. y = 2x -3 e x varia de 3,3 a 3,5.
b. y = x2 + 4x e x varia de 0,7 a 0,85.
2
c. y  e x varia de 0,75 a 0,5.
x
4 16
[Sol.: a) 0,4 e 2 ; b) 0,8325 e 5,55 ; c) e  ]
3 3

108.Calcule y se y = x2 - 3x + 5, x = 5 e x   0,01. Qual é então o valor de y quando x = 4,99?


[Sol.: y = -0,0699; y= 14,9301]

109.A procura de cortes de cabelo CC, numa determinada barbearia, depende do preço p (em centenas
de meticais) e pode ser representada pela função procura, CC ( p)  144  p 2 . Calcule:
a) A taxa de variação media da procura de cortes de cabelo TVMCC resultante da subida de preço
de p  6 (600,00MZN ) para p  8 (800,00MZN ) ;
b) A taxa media de variação na procura TVMCC, dada uma pequena alteração no preço a partir de
p6 ;
c) A taxa instantânea de variação na procura de cortes de cabelo TVICC em p  6 .

[Sol.: a) -14; b)12   p . Considerando p  6 , se  p  1 , TVMCC  12  (1)  13 (a procura


decresce de 108 para 95 unidades). E, se  p  2 TVMCC  12  (2)  14 (a procura decresce de 108
para 80 unidades, isto , 28 unidades ou 14 unidades em media por cada aumento de 100,00 MZN em p ); c)
TVICC  12 ]

110.Dada a função oferta S ( p)  50 p 2 , calcule:


a) A taxa de variação media da oferta TVMS, quando o preço sobe de p  3 contos para p  5
contos;
b) A taxa de variação media da oferta TMVS, face a uma pequena alteração no preço a partir de
p  3 contos;
c) A taxa de variação instantânea da pferta TVIS no ponto p  3 contos.

[Sol.: a) 400; b) 300  50 p , se p  3 e  p  2 , TMVS  400 ; c) 300.]

111.A partir da definição da derivada, calcule a derivada de cada uma das seguintes funções:

a) y  4x  3 b) y  4  3x y  x 2  2x  3 1 2x  1
c) d) y e) y
x2 2x  1
1  2x g) y x 1 i) y  1  2x 1
f) y h) y j) y
1  2x x 2x

Por: Ismael Cassamo Nhêze


2 4 4 1 1
[Sol.: Resposta: a) 4; b) –3; c) 2 x  2 ; d)  ; e) ; f) ; g) ; h) 
x3 2 x  1 2
1  2 x  2
2 x 2x x
1 1
; i) ; j)  .]
1  2x 22  x  2
3

112.Calcule o coeficiente angular da recta tangente às seguintes curvas no ponto xo  1 .


a) y  8  5 x 2 b) y 
4
c) y 
2 1
[Sol.: a) –10; b) –1; c)  ]
x 1 x3 8

113.Escreva as equações da tangente e da normal ao gráfico da função no ponto de abcissa zero:


x 2 1 b) f ( x)  senx c) f ( x)  ln( x  e)
a. f ( x) 
x2
[Sol.: a)x – 4y – 2 = 0; y = 8x + 2y + 1 = 0 b)y = x; y   x c) x –ey + e = 0; ex + y -1= 0]

114.Encontre as coordenadas do vértice da parábola y  x 2  4 x  1 fazendo uso do facto de que no


vértice o coeficiente angular da tangente é zero. [Sol.: V (2, -3)]

115.Cálcule o coeficiente angular das tangentes à parábola y   x 2  5x  6 em seus pontos de


intersecção com o eixo dos x. [Sol.: em x = 2, m = 1; em x = 3, m = -1]

116.Achar a equação da tangente à curva y = x3 + 3x2 - 5 que é perpendicular a recta 2x -6y + 1 = 0.


Construir a tangente e indicar o ponto de contacto.

117.Achar a equação da tangente à curva y = x3 – 6x que é parelela a recta 6x + 2y + 1 = 0. Construir a


tangente e indicar o ponto de contacto.

118.Calcule a derivada das y  2x  2 x


3 1 1 4
 d)
y 
1

seguintes funções: b) y  3x 2
 x  2x2 2 c) 2
2x x
a) y  x 5  5x 4  10 x 2  6
e) f (t ) 
2
3
6 f) y  1  5x 
6
g) 
y  3x  x 3  1 
4
h) 
y  3  4x  x 2 
1
2
t t
3r  2  x 
5
k) y  2x 2 2  x y  x 3  2x 2
i)   j) y   
l)
2r  3 x 
1 

Soluções
dy dy 3 3 1 dy 1 2
a)  5 x( x 3  4 x 2  4) b)   x  3 c)  3  3
dx dx 2 x 2 dx x
x2 x2
dy 1  2 y    301  5x 
5
t  23 t 2 f)
d)  e) f (t )  
dx 2x t2

Por: Ismael Cassamo Nhêze



y   12 1  x 2 3x  x 3  1 
3
y 
2  x  d 5
g) h) i) 
y dr 2r  32
5x 4 x8  5 x  3  4x 2
j) y  k) y  l) y 
1  x 6 2x 3  2x 2

119.Calcule as derivadas das seguintes funções:

a) y  1 x t2 2  x3  1 
4
d) y  3 sen 2 x
b) s  c) y   3 
3 t 2  2x  1 
x f) y  4tg 5x 1 h) y  sen3x  cos 2 x
e) y  4 cos g) y  cot g 8 x
2 4
i) 
y  cos 1  x 2  j) y  cos1  x 
2
k) y  sen 2 3x  2 l) y  e5x
m) y  e x y  e sen3 x y  e  x cos x y  ee
3 x
n) o) p)
q) y  ln 4 x  5 r) y  ln 3  x 2

Soluções:
a) y 
1
b)
ds

10t
y 
36 x 2 x 3 1 
3

4 x 1 x dt 
3t 2 
2 c)
2 x 3
1  5

d) y' 6 cos 2 x
e) y    2sen
x f) y   20 sec 2 5x
2
g) y    2 cos ec 2 8x h) y   3 cos 3x  2sen2 x i) y   2 xsen 1  x 2  
j) y   21  x sen1  x 
2
k) y  6sen  3x  4  l) y   5e 5 x
m) y   3x 2 e x y   3e sen3 x cos 3x y    e  x cos x  senx
3
n) o)
y  e( x  e
x
) 4 x
p) q) y  r) y 
4x  5 x 32

120.Calcule a derivada das seguintes funções implícitas:

a) xy  x  2 y  1  0 b) x 2 y  xy 2  x 2  y 2  0 c) seny  cos x  y
d) y6  y  x2  0 1
e) y  x  seny  0 f) ey  x y
4
g) y  cosx  y  h) cosxy   x 1 1 1
i) x2  y 2 22
1y y 2  2 x  2 xy senx 2x
Sol.: a) y   ; b) y   ; c) y    d) y  
2x x 2  2 y  2 xy 1 cos y 6 y 5 1
1 1 sen( x  y ) 1  ysen( xy ) y
e) y   f) y   g) y    h) y    i) y   
1 e 1y
1  sen( x  y ) x sen( xy ) x
1  cos y
4

Por: Ismael Cassamo Nhêze


dy
121.Use a derivação logarítmica para calcular :
dx

a) y  xx b) y  x 2 e 2 x cos 3x c) y  x ln x
2 
Sol.: a) y   x x 1  ln x  ; b) y   x 2 e 2 x cos 3x  2  3tg 3x  ; c) y   2 x ln x 1 ln x
x 

122.Calcule todas as derivadas até à terceira ordem das seguintes funções:


a) y  4 x 3  6 x 2  6 x  4 b) y  3 sen 2 x c) f ( x)  x  44 x  33 d) 
f ( x)  x 2  4 
2

e) y  sen3x  cos 2 x f) y  e x cos x g) y  e (1  cos x) h) y  ln senx 

123.Dada função f ( x)  e 3 x .
a. Determine todas as derivadas até à quarta ordem
b. Determine a derivada de ordem n.

124.Achar a diferencial da função:


a. y =3x2 -2x +5 b) g (t )  e 2t  5

Sol.: a) dy = (6x – 2)dx b) dg (t )  2 e 2t  5 dt  


125.Use diferenciais para estimar :
a. 17 b) 3 28 c) cos44o d) e0,2

126.Calcule:
x 3  2x 2  x  2 ln x ex x  senx
a. lim b. lim c. lim d. lim
x 1 x3  7x  6 x 0 cot gx x   x x  x

x f. lim x x g. lim x n ln x  x 1 
e. lim x 0 x 0 h. lim   
x  e x x 1 x  1
 ln x 

1 1
Soluções: a) b) 0 c) +  d) 1 e) 0 f)1 g)0 h)
2 2

127.Numa indústria química, considerou-se a produção de detergente como função do capital investido
em equipamentos e estabeleceu-se P(q)  3q 2 , onde a produção P é dada em milhares de litros e o
capital investido q é dado em milhares de dólares.

a) Determine a taxa de variação media de produção para o intervalo 3  q  5 . Qual é o significado


do seu gráfico?
b) Estime, numéricamente, a taxa de variação instantânea da produção para q  1 . (Use para as
estimativas do limite h  0.1; h  0.01 e h  0.001)

Por: Ismael Cassamo Nhêze


c) Estime a derivada da produção em q  1 , ou seja, p' (1) . Qual a unidade de medida dessa
derivada?
d) Qual o significado numérico e gráfico da derivada encontrada no item anterior?
e) Determine a equação da recta tangente à curva para q  1 . Faça também a representação gráfica.
f) Encontre, algebricamente, a derivada de P em q  1 .
g) Encontre, algebricamente, a função derivada de P em relação a q, ou seja, P' (q) .

128.O custo C para a produção de uma quantidade q de componentes electrónicos é representado pela
função C  f (q) . O custo é dado em dólares (USD) e a quantidade é dada em milhares de
unidades.
a) Qual o significado e a unidade de medida da derivada f ' (q) ?
b) Em termos práticos, o que significa dizer que f ' (10)  5 ?
c) Em uma produção industrial, o que você espera que seja maior, f ' (10) ou f ' (100) ?

129.Para um produto, a receita R, em dólares (USD), ao se comercializar a quantidade q, em unidades,


é dada pela função R  2q 2  1.000q .
a) Esboce o gráfico de R ressaltando os principais pontos.
b) Determine a taxa de variação média da receita para os intervalos 100  q  200 ; 200  q  300 e
300  q  400 . Quais os seus significados gráficos?
c) Estime, numéricamente, a taxa de variação instantânea da receita para q  100 . (Utilize para as
estimativas do limite h  0,1 ; h  0,01 e h  0,001 .)
d) Estime a derivada da receita em q  100 , ou seja, R' (100) . Qual a unidade de medida dessa
derivada?
e) Qual o significado numérico e gráfico da derivada encontrada no item anterior?
f) Determine a equação da recta tangente à curva para q  100 . Faça também a representação gráfica.
g) Encontre, algebricamente, R' (100) .
h) Encontre, algebricamente, a função derivada de R em relação a q, ou seja, R' (q) .
i) Utilizando a função R' (q) encontrada no item anterior, obtenha R' (100) , R' (250) , R' (300) e
represente sobre o gráfico do item (a) as rectas tangents relatives a essas derivadas.
j) Comente os sinais de R' (100) , R' (250) , R' (300) e sua relação com o comportamento da função
R(q) .

Por: Ismael Cassamo Nhêze


2. Aplicação das derivadas no estudo das funções em IR
2.1 Regra de L’Hôspital
Teorema: (Regra de L’Hôspital-Bernoulli) Se f(x) e (x) são infinitamentes pequenas, ou
f ( x)
infinitamentes grandes, quando x  a, isto é, se a razão representa no ponto x = a uma
 ( x)
0  f ( x) f ( x)
expressão indeterminada da forma e teremos, que: lim  lim com a condição de que
0  x  a g ( x) x  a g ( x)

exista o limite desta razão das derivadas.

Obs. Esta regra é também, aplicável no caso em que que a = .

sen3x e x  e  x  2x  1 1 
Exemplo: Determine: a) lim b) lim c) lim   2
x0 2x x0 x  senx 
2
x  0 sen x x 
Resolução:
sen3x  0 
a) lim  
x0 2x 0
sen3x 3 cos 3x 3
lim  lim 
x 0 2x x 0 2 2

e x  e  x  2x 0
b) lim  0
x 0 x  senx  
e x  e  x  2x e x  ex  2 0 e x  ex 0 e x  ex
lim  lim     lim     lim 2
x 0 x  senx x  0 1  cos x
 0  x  0 senx  0  x  0 cos x

 1 1 
c) lim   2      , Reduzindo a fração a um denominador comum, teremos:

x  0 sen 2 x x 
 x  sen x   0 
2 2
2 x  2senx cos x 0 2 x  sen2 x
lim  2 2      lim =    lim =
x 0
 x sen x   0  x  0 2 xsen 2
x  x 2
2 senx cos x  0  x  0 2 xsen 2
x  x 2
sen 2 x
2  2 cos 2 x 0 2  2 cos 2 x
= lim     lim =
x 0 2sen x  2 x2senx cos  2 xsen 2 x  2 x cos x  0 
2 2 x  0 2sen x  4 xsen 2 x  2 x 2 cos x
2

4sen2 x 0
lim  
x  0 4 senx cos x  4 sen 2 x  8 x cos x  4 x cos x  2 x senx
0
2
=
8 cos 2 x 8 1
 lim  
x  0 4 cos 2 x  8 cos 2 x  8 cos x  8 xsenx  4 cos x  4 xsenx  4 xsenx  2 x cos x
2
488 4 3

2.2. Intervalos de monotonia e primeira derivada de uma função

Teorema
Seja f uma função contínua em [a, b] e derivável em ]a, b[ .
 Se f’(x) > 0 para todo o intervalo x  ]a, b[, então f é estritamente crescente em [a, b].
Por: Ismael Cassamo Nhêze
 Se f’(x) < 0 para todo o intervalo x  ]a, b[, então f é estritamente decrescente em [a, b].

2.3 Extremos relativos e primeira derivada de uma função

Teorema
Se uma função f é contínua num intervalo fechado [a, b] e tem um máximo ou um mínimo em c]a, b[
, então f’(c) = 0 ou f’(c) não existe.

Definição: Um número c do domínio de uma função f é um ponto crítico de f se f’(c) = 0 ou f’(c) não
existe.

Seja c um ponto crítico de f e f contínua em c:


 Se f ’(x) muda de sinal de positiva para negativa em c, então f(c) é um máximo relativo.
 Se f ’(x) muda de sinal de negativa para positiva em c, então f(c) é um mínimo relativo.

2.4 Extremos relativos e segunda derivada de uma função

Seja y = f(x) uma função cuja a derivada se anula no ponto x = c, isto é, f ’(c) = 0. Sopunhamos, alem
disso que a derivada segunda f ’’(x) existe e é contínua numa vizinhança do ponto c.
Teorema : Seja f ’(c) = 0; então a função tem um máximo no ponto x = c se f ’’(c) < 0, e um mínimo
se f ’’(c)> 0.

 Se no ponto crítico, x = c, f ”(c) = 0, a função pode , ou admitir neste ponto um máximo ou um


mínimo, ou não ter extremo neste ponto. Neste caso o estudo deverá ser feito segundo o primeiro
método.

2.5 Concavidade e segunda derivada

Se a segunda derivada f’’ de f existe num intervalo aberto ]a, b[ então o gráfico de f:
 Tem a concavidade voltada para cima no intervalo ]a, b[ se f’’ > 0 neste intervalo;
 Tem a concavidade voltada para baixo no intervalo ]a, b[ se f’’ < 0 neste intervalo;

Definição: Chama-se ponto de inflexão ao ponto que separa a parte convexa duma curva contínua da
sua parte côncava.

Teorema
Seja f uma função contínua em [a, b] e derivável em ]a, b[.
Se f’’(c) = 0 ou f’’(c) não existe e a segunda derivada muda de sinal passando pelo valor x = c, o ponto
(c, f(c)) é um ponto de inflexão.

2.6 Assimptotas
Definição: A recta r chama-se assímptota duma curva, se a distância  dum ponto variável M da curva
a esta recta tende para zero, quando o ponto M tende para infinito.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


1. Resulta da definição de assímptota que se lim f ( x)   ou lim f ( x)   , ou lim f ( x)   então
xa xa xa

a recta x = a é uma assímptota vertical.


2. A existência de assímptotas não verticais depende do comportamento da função quando
x → + ∞ ou quado x → - ∞.
f ( x)
 Se a recta y = mx + b é assimptota não vertical quando x → + ∞, vem: m  lim e
x   x
b  lim  f ( x)  mx .
x  

f ( x)
 Se a recta y = mx + b é assimptota não vertical quando x → - ∞, vem: m  lim e
x   x
b  lim  f ( x)  mx .
x  

 Se m = 0 e b IR, a recta é horizontal.

N.B. Uma assímptota não vertical pode ser intersectada pelo gráfico da função.

2.7. Estudo e representação gráfica de funções

A representação gráfica de uma função permite a leitura rápida de todas características.

Para construir o gráfico de uma função é conveniente previamente determinar:


1. o domínio;
2. os pontos de intersecção com os eixos;;
3. os pontos de descontinuidade;
4. as simetrias do gráfico (em relação á origem e ao eixo dos y y);
5. as assimptotas do gráfico;
6. os intervalos de crescimento e decrescimento; os máximos e mínimos relativos;
7. o sentido da concavidade do gráfico; os pontos de inflexão.

Por vezes é ainda necessário calcular as coordenadas de mais alguns pontos do gráficos.

Exemplos:
Esboce o gráfico de cada uma das seguintes funções, indicando: i) domínio; ii) os zeros da função iii)os
pontos de descontinuidade e as assímptotas; iv) os extremos e intervalos de monotonia; v) concavidade
e pontos de inflexão.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


6x2  x4 2 x2  5
a) f ( x)  b) g ( x)  c) h( x) 
9 x 1 x

Resolução:
6x2  x4
a) f ( x) 
9
i)A função f é polinomial e portanto o Df = R.

6x2  x4
ii) f ( x) 
9

 0  6x2  x4  0  x2 6  x2  0  x2  0  6  x2  
 x  0  x   6  x1   6  x2  0  x3  6

S:  6; 0 ; 6 
iii) A função f é polinomial e portanto contínua em R, isto é, não tem pontos de
descontinuidades nem assímptotas verticais.

6x2  x4
lim f ( x)  lim    , Isto é, não tem assímptotas horizontais
x x 9

'
 6 x 2  x 4  12 x  4 x3
iv) f ' ( x)    
 9  9
12 x  4 x
 
3
f ' ( x)  0   0  4x 3  x2  0  4x  0  3  x2  0 
9
 x  0  x   3  x1   3  x2  0  x3  3

x  ; 3  3  3;0  0 0; 3 3  3;


f´ + 0 - 0 + 0 -
f max min max

f ( 3 ) 

6 3   3  
2
4


18  9
1 Máximo; f (0)  0 Mínimo
9 9

f ( 3) 
6 3     3
2 4


18  9
1 Máximo
9 9
'
 12 x  4 x 3  12  12 x 2
v) f ' ' ( x)    
 9  9
12  12 x 2
f ' ' ( x)  0   0 12 12 x 2  0  x  1
9
x  ;1 -1  1;1 1 1;
f ´´ - 0 + 0 -

Por: Ismael Cassamo Nhêze


f P.I. P.I.

6 1   1 6 1 5
2 4

f (1)    Ponto de inflexão


9 9 9
6  12 14 6 1 5
f (1)    Ponto de inflexão
9 9 9

O gráfico de f

2
b) g ( x) 
x 1
2
i) Df = R\ {1}. ii) g ( x) 
 0  2  0 impossível, logo a função não tem zeros
x 1
iii) A função g não é contínua em x = 1, isto é, tem um ponto de descontinuidades no ponto de
abcissa x = 1.

Assímptotas:
Verticais:
2 
lim g ( x)  lim   
x  1 x 1 x 1 
  x 1 é Assímptota vertical
2
lim g ( x)  lim   
x  1 x  1 x 1 

Horizontal
2
lim g ( x)  lim  0  y = 0 é assímptota horizontal
x x    x 1

'
 2  2
iv) g ' ( x)     
x  12
x  ;1 1 1;
 x 1 
g´ - n.e. -
2
g ' ( x)  0    0  2  0 Imp. g n.e.
x 12

Por: Ismael Cassamo Nhêze


A função g não admite extremos, isto é não tem máximos nem mínimos.
'
 2  4
v) g ' ' ( x)   2 
 x  ;1 1 1;
 x 1  x 13 f ´´ - n.e. +
4 f n.e.
g ' ' ( x)  0   0  4  0 Imp.
x 13

O gráfico.

x2  5
c) h( x) 
x
x2 5
i) Df = R\ {0}. ii) h( x)   0  x 2  5  0 impossível, logo a função não tem zeros
x
Assímptotas:
Verticais:
x2 5 
lim h( x)  lim   
x0 x 1 x 
  x  0 é Assímptota vertical
x 5
2
lim h( x)  lim  
x  0 x 1 x 
Horizontal:
x2 5
lim h( x)  lim    Não tem assímptota horizontal
x x x
Oblíqua:

Por: Ismael Cassamo Nhêze


x2 5
h( x ) x x2 5
m  lim  lim  lim 1
x x x x x   x2

 x2  5  x2 5  x2
b  lim h( x)  mx  lim  
 x   lim 0
x x
 x  x  x
Logo y = x é assimptota oblíqua

'
 x2  5  x2 5
iv) h' ( x)     2
 x  x
x 5
2
h' ( x )  0  2  0  x   5  x  5
x
x   ; 5   5  5;0 0 
0; 5   5  5;
h´ + 0 - n.e. - 0 -
h 2 5 n.e. 2 5
máx min

 
h  5   2 5 é um máximo;  
h 5  2 5 é mínimo
'
 x2  5 10
v) h' ' ( x)   2   3
 x  x
10
h' ' ( x)  0  3  0 10  0 impossível
x

x  ;0 0 0;
h´´ - n.e. +
h n.e.

A função não tem ponto de inflexão

O gráfico.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


EXERCÍCIOS
130.Use o teste da derivada primeira para examinar os valores máximos e mínimos locais de cada uma
das seguintes funções:
a) f ( x)  x 2  2 x  3 b) f ( x)  3  2 x  x 2 c) f ( x)  x 3  6 x 2  9 x  8
d) f ( x)  x 3  2 x 2  4 x  8 e) f ( x)  2  x 
3
f) 
f ( x)  x 2  4 
2

g) f ( x)  x  4 x  3
4 3
f ( x)  x  13 x  2 3
48 1 2
h) f ( x)  x 3  i)
x

2 256
Soluções: a) min (1;  4) ; b) max (1; 4) ; c) max (1;  4) ; min (3;  8) ; d) max (2; 0) ; min ( ; 
);
3 27
e) Não possui nem máximo e nem mínimo; f) max (0;16) ; min (2; 0) ; g) max (0; 6912) ; min (4; 0) . Para
x  3 a função não tem nem máximo nem mínimo; h) max (2;  32) ; min (2; 32) ; i) max (2; 0) ;
min (0;  3 4 ) . Para x  1 a função não tem nem máximo nem mínimo.

131.Examine os valores máximos e mínimos locais das funções do exercício anterior [da alínea a) à
f)]. Usando o método da derivada segunda. Determine também os pontos de inflexão e os intervalos
de convexidade e concavidade.

[Respostas: a) Nenhum pto de inflexão, convexa; b) Nenhum pto de inflexão, côncava; c) Pto de inflexão em
2 2
x  2 ; convexa em x  2 , côncava em x  2 ; d)Pto de inflexão em x   ; convexa em x   ,
3 3
2
côncava em x   ; e) Pto de inflexão em x  2 ; côncava em x  2 , convexa em x  2 ; f) Ptos de
3
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
inflexão em x   ; convexa em x  e x , côncava em  x ].
3 3 3 3 3

Por: Ismael Cassamo Nhêze


 2
132.Verifique que o ponto   2,  2  é ponto de inflexão da função y = xex e determine os intervalos de
 e 
concavidade e convexidade.
1
133.Determine os coeficientes a e b da curva y = ax3 + x2 + bx + de modo que o ponto P(1; 6) é ponto de
3
inflexão.
134.Determine as equações das assímptota das seguintes funções:
x 2 1 x 2  2 x 1
a) y  b) y  c) y  3 2ax 2  x 3 d) y  x  e x
x 1 x
2a
Solução: a) x = -1 , y = x - 1 b) x = 0 , y = x + 2 c) y   x  d) y = x
3

135. Esboce o gráfico de cada uma das seguintes funções, indicando: i) domínio e os pontos de
descontinuidade (se existirem); ii) pontos extremos e intervalos de monotonia; iii) concavidade e
pontos de inflexão; iv) assímptotas e os zeros de cada função (se existirem).

a) f ( x)  x 3  3x 2  2 b) f ( x)  x 4  2 x 2  4
c) f ( x)  x 3  2 x 2  x d) f ( x)   2 x 4  5x 3  3
x 1 2
e) f ( x)  f) y 
x x 5
x 2
g) f ( x)  2 h) f ( x)  2
x 4 x 1
x 1 j) f ( x)  e x (1  x)
i) f ( x)  2
x  4x  3
k) f ( x)  x ln x 2 ex
l) f ( x) 
x
m) y  x x  3 x 4
2
n) y 
x
3x 3 2
o) y  p) f ( x)  x  3
x2  4 x
q) y  2 x  x 2 r) y 
ln x
x


136.Considere a função y  ln (cos x); 0  x  . Determine as coordenadas do ponto de tangência do
2
gráfico desta função com a recta de inclinação m  1 .

137.Determine a equação da recta tangente à curva y 2  x  1 , paralela à recta 2 y  x  10 .

138.Mostre que a função y  x 5  20 x  6 é sempre crescente em todo o seu domínio.

139.Mostre que a função y  1  x 3  x 7 é sempre decrescente em todo o seu domínio.


Por: Ismael Cassamo Nhêze
=====/////=====

Respostas das perguntas 127, 128 e 129:


[127]:
a) Taxa de variação média = 24 l/$. Gráficamente mede a inclinacão da recta secante passando pelos
pontos (3;27) e (5,75) , na curva de produção; b) Taxa de variação instantânea = 6,00 l/$; c) P’(1) =
6,00 l/$; d) O valor indica a taxa com que varia a produção P quando o capital investido é q  1
(milhares de $). Graficamente, representa a inclinação da recta tangente à curva da produção no
ponto (1; P (1))  (1;3) ; e) y  6 x  3 ; f) P’(1) = 6 l/$; g) P’(q) = 6q.
[128]:
a) A derivada f’(q) indica a taxa com que varia o custo quando a quantidade de componentes é q. A
unidade é $/ milhares de unidades; b) Significa que a taxa de variação do custo é de $5/ milhares de
unidades quando a quantidade produzida é de 10.000 unidades; c) f ' (10)  f ' (100) pois, espera-se
variações maiores do custo para níveis inferiores de produção.
[129]:
a) ----; b) No intervalo de 100 a 200 unidades, a receita aumenta em média $400 para cada unidade.
O significado gráfico é a inclina,cão da recta secante que passa por q  100 e q  200 . No intervalo
de 200 a 300 unidades, a receita pode ser considerada em média estável. Apresenta o mesmo
significado gráfico anterior, passando por q  200 e q  300 . No intervalo 300 a 400 unidades, a
receita diminui em média $400 para cada unidade. Também tem o mesmo significado gráfico, mas
passando por q  300 e q  400 ; c) Taxa de variação instantânea = $600 /unidade; d)
R' (100)  $600 / unidade ; e) O valor indica a taxa com que varia a receita (R) quando é
comercializada a quantidade de q  100 unidades. Graficamente, representa a inclinação da recta
tangente à curva da receita no ponto (100; R(100))  (100;80.00) ; f) y  600 x  20.000 ; g)
R' (100)  $600 / unidade ; h) R' (q)  4q  1.000 ; i) R' (100)  $600, R' (250)  0, R' (300)  200 ; j)
R' (100) tem sinal positivo porque está no intervalo crescente da função; R' (250)  0 é nula porque
está no ponto de máximo da função; R' (300) tem sinal negativo por estar no intervalo decrescente da
função.

Respostas das perguntas 135:

a) i) Df = R ii) f ´(x) = 3x2 -6x ; f(x) é


crescente em ]-  , 0 []2, + [; f(x) é
decrescente em ]0 , 2[ ; Max (0; 2) ; min
(2; -2) iii) f´´(x) = 6x – 6 ; f(x) tem a
concavidade voltada para baixo em ]-  , 1 [ e
voltada para cima em ]1, + [ ; P. Inflexão
(1; 0) iv) a função não tem assímptotas ; Zeros:
x1 = 1  3  x2 = 1  x3 = 1  3

Por: Ismael Cassamo Nhêze


b) i) Df = R ii) f ´(x) = 4x3 -4x ; f(x) é
decrescente em ]-  , -1 []0, 1 [; a função é
crescente em]-1 , 0 []1, + [ ; Max (0; 4)
; min (-1; 3); min (1; 3) iii) f´´(x) = 12x2 – 4 ;
f(x) tem a concavidade voltada para cima em
3 3
]-  , - [ ] ; + [ e voltada para
3 3
3 3
baixo em ]- ; [ ; Pts. de Inflexão
3 3
3 31 3 31
(- ; )e( ; ) iv) a função não
3 9 3 9
tem assímptotas nem zeros

c) i) Df = R ii) f ´(x) = 3x2 - 4x + 1 ; f(x) é


1
crescente em ]-  , []1, + [; f(x) é
3
1 1 4
decrescente em ] , 1[ ; Max ( ; );
3 3 27
min (1; 0) iii) f´´(x) = 6x – 4 ; f(x) tem a
2
concavidade voltada para baixo em ]-  , [e
3
2
voltada para cima em ] , + [ ; P. Inflexão
3
2 2
( ; ) iv) a função não tem assímptotas ;
3 27
Zeros: x1 = 0 x2 = 1

d) i) Df = R ii) f ´(x) = -8x3 + 15x2 ; f(x) é


15
crescente em ]-  , [ ; f(x) é decrescente
8
15  15 
em ] , +[ ; Max f    ; 5,23
8 8
iii) f´´(x) = -24x2 – 30x ; f(x) tem a
concavidade voltada para baixo em ]-  , 0 []
5 5
, + [ e voltada para cima em ] 0, [;
4 4
5
Pts. Inflexão f(0)=-3 e f    ; 1,88 iv) a
4
função não tem assímptotas ; Zeros: x1 =1
x2 ≈ 2,39

Por: Ismael Cassamo Nhêze


e) i) Df = R\{0} ii) f(x) é crescente em
]-  , 0 [] 0 , +[ ; não tem Max. nem
min. iii) f(x) tem a concavidade voltada para
cima em ]-  , 0 [e voltada para baixo em ] 0,
+ [ ; Não tem Pts. Inflexão f iv)
Assimptotas : x = 0 A.V. y = 1 A.H.; Zeros:
x =1

f) i) Df = R\{5} ii) f(x) é decrescente em


]-  , 5 [] 5 , +[ ; não tem Max. nem
min. iii) f(x) tem a concavidade voltada para
baixo em ]-  , 5 [e voltada para cima em ] 5,
+ [ ; Não tem Pts. Inflexão f iv)
Assimptotas : x = 5 A.V. y = 0 A.H.; Não
tem zeros.

g) i) Df = R\{-2; 2} ii) f(x) é decrescente em


]-  , -2 [ ]-2; 2[ ] 2 , +[ ; não tem
Max. nem min. iii) f(x) tem a concavidade
voltada para baixo em ]-  , -2 []0; 2[ e
voltada para cima em ]-2; 0[] 2, + [ ; Não
tem Pts. Inflexão f iv) Assimptotas : x = -2 e
x = 2 A.V. y = 0 A.H.; Zeros: x =0.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


h) i) Df = R\{-1; 1} ii) f(x) é crescente em
]-  , -1 [ ]-1; 0[; f(x) é decrescente em
]0, 1 [ ]1; +  [ Max.(0; -2) iii) f(x) tem a
concavidade voltada para cima em ]-  , -1
[]1; + [ e voltada para baixo em ]-1; 1[; Não
tem Pts. Inflexão f iv) Assimptotas : x = -1 e
x = 1 A.V. y = 0 A.H.; Não tem zeros.

i) i) Df = R\{1; 3} ii) f(x) é decrescente em


]-  , 1 [ ]1; 3[]3; +  [; f(x) não tem
Max. nem min. iii) f(x) tem a concavidade
voltada para baixo m ]-  , 1 []1; 3[e voltada
para cima em ]3;+ [; Não tem Pts. Inflexão
iv) Assimptotas : x = 3 A.V. y = 0 A.H.; Não
tem zeros.

j) i) Df = R ii)f(x) é crescente em ]-  ; 0[;f(x)


é decrescente em ]0; +[; Max. (0; 1) iii) f(x)
tem a concavidade voltada para cima ]-  , -1 [
e voltada para baixo em ]-1;+ [; f(-1)  0,74
P. Inflexão iv) Assimptotas : y = 0 A.H.;
Zeros: x = 1

Por: Ismael Cassamo Nhêze


k) i) Df = R|{0} ii)f(x) é crescente em ]-  ;
1 1 1 2 1
 [] ; +  [;;Max. (  ; ) ; min ( ;
e e e e e
2
 ) iii) f(x) tem a concavidade voltada para
e
baixo m ]-  , 0 [ e voltada para cima em
]0;+ [; Não tem Pts. de Inflexão iv) Não tem
assimptotas Zeros: x1 = -1  x2 = 1

l) i) Df = R|{0} ii)f(x) é
decrescente em ]-  ; 0[]0; 1[ e
f(x) é crescente em ]1; + [ ; min.
(1; e) iii) f(x) tem a concavidade
voltada para baixo m ]-  , 0[ e
voltada para cima em ]0;+ [;Não
tem Pts. de Inflexão iv)
Assimptotas : y = 0 A.H.; não
tem zeros

p) D = R\{0}; zeros. -2 e -1;


assimptotas: x = 0 e y = x + 3;
crescente: ]- , - 2 ] e [ 2 , +[;
decrescente: [- 2 , 0[ e ]0, 2 ];
máximo relativo igual a 3-2 2 para x
=- 2 ; mínimo relativo igual a 3+2
2 ara x = 2 ; concavidade voltada
para cima. ]0, +[ e voltada para
baixo: ]- , 0[; D’= ]- , 3-2 2
][3+2 2 , + [.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


3. Aplicação das Derivadas nas áreas de Economia e de Gestão
Objectivo: Estudar o significado económico da marginalidade avaliando: o custo marginal, custo
médio, receita marginal, lucro marginal. O conceito de elasticidade associado ao preço e à procura
(demanda) de um produto e a sua relação com a receita, bem como a elasticidade associada à demanda,
etc.

Funções Marginais:
O significado económico da palavra marginal: - Consideremos por exemplo que numa indústria de
electrodomésticos, na produção de q unidades de um certo tipo de aparelho, o custo C em dólares foi
estudado e pode se estabelecer através da fórmula C  0.1q 3  18q 2  1500q  10000 . Nessas condições
podemos então responder e relacionar as respostas das seguintes perguntas:

a) Qual é o custo quando são produzidos 50 aparelhos?


b) Qual é o custo na produção do 51o aparelho?
c) Qual é a taxa de variação do custo em relação à quantidade q  50 ?

Donde, para responder às questões apresentadas temos a seguinte resolução:

Resolução:
a) Para determinar o custo neste caso quando são produzidos 50 aparelhos, basta substituir q  50 na
função custo e obter-se:
C (50)  0,1  (50) 3  18  (50) 2  1500  50  10 000  52 500,00

b) Para determinar o custo na produção do 51o aparelho, como já se sabe qual é o custo para fabricar
50 aparelhos, basta calcular o custo para fabricar 51 unidades e achar a diferença dos custos. Assim,
teremos:
C (51)  0,1  (51) 3  18  (51) 2  1500  51  10 000  52 947,10 ,
donde
C(51)  C(50)  52 947,10  52 500,00  447,10
ou seja, para a fabricação do 51o aparelho, o custo é de $447,10. Isto é, neste caso, gastou-se
$447,10 por uma unidade.

Este resultado pode ser interpretado doutra maneira dizendo que, no nível de produção de 50
unidades, o custo adicional para a produção de mais uma unidade é de $447,10.
c) Para determinar a taxa de variação do custo, em relação a q, quando q  50 , isto é,

C ' (50)  0,3  (50) 2  36  (50)  1500  450 ; significando que a taxa de variação do custo de
produção no nível q  50 é C ' (50)  450 /unidade.
Donde, comparando o valor obtido em b) para a produção do 51o aparelho, pode notar-se que esse
valor $447,10 é “próximo” da taxa de variação $450,00/unidade no nível q  50 e, isto pode ser
justificado considerando que:

C (51)  C (50) C (50  1)  C (50)


Taxa de Variação    447,10
51  50 1
Por: Ismael Cassamo Nhêze
C (50  h)  C (50)
e, se tiver e calculando o limite quando h  0 ter-se-á,
h

C (50  h)  C (50)
C ' (50)  lim  450 / unidade .
h0 h

Isto significa portanto que o valor $447.10 é uma aproximação deste limite quando se considera h  1 .
A este acréscimo de $447.10 que se verifica na produção de uma unidade para além das 50 produzidas,
é chamado custo marginal ou seja, custo adicional para a produção de mais um electrodoméstico
quando já se produziram 50 electrodomésticos. Este valor pode ser então aproximado pelo cálculo da
derivada C ' (50) . Assim, os economistas, por uma questão prática e pela rapidez nos cálculos,
costumam considerar Custo Marginal, num determinado nível de produção, como a derivada da
função custo num ponto dado. Com efeito, apesar de que no nível q  50 o resultado não seja
exactamente o mesmo, considera-se aqui a aproximação feita e chamaremos então, Custo Marginal em
q  50  C ' (50) .

Tome-se de novo a função custo C  0.1q 3  18q 2  1500q  10000 e preencha-se a tabela que se segue
e depois calcule-se a diferença entre C (a  1)  C (a) e C ' (a) .

Quantidade Custo Calcular Custo Calcular Custo


Produzida C (a) Marginal por Marginal por
qa [ C (a  1)  C (a) C ' (a)
]
... ... ... ...
50 52 500,00 ? 450,00
51 52 947,00 447,10 ?
... ... ... ...
65 58 912,50 ? 427,50
66 59 341,60 429,10 ?
... ... ... ...
150 167 500,00 ? 2 850,00
151 170 377,10 2 877,10 ?

Ora, para o nível q  65 electrodomésticos tem-se o custo marginal C ' (65)  427,50 que é uma boa
aproximação para o custo real (429,10) na produção do 66o electrodoméstico.

Função Custo Marginal e outras Funções Marginais:


Assim, como foi possível notar, para cada nível de produção tem-se um custo marginal, o que motiva a
determinação da função Custo Marginal. E, em análises feitas em economia e gestão, define-se a
função Custo Marginal, simbolizada por Cmg , como a derivada da função Custo, isto é, Cmg  C ' (q)
. Donde, se tivermos:

C (q)  0.1q 3  18q 2  1500q  10000 ,


então,
Por: Ismael Cassamo Nhêze
Cmg  C ' (q)  0.3q 2  36q  1500 .

Com este tipo de função, os economistas e os gestores têm o interesse em avaliar como variam os
custos em determinados níveis de produção na medida em que ocorrem variações nas quantidades
produzidas.

Este conceito de custo marginal pode também ser estendido para a análise de outras funções como:
Receita Marginal, Lucro Marginal, Custo Médio Marginal, Produção Marginal, etc. Assim,
formulamos em seguida as correspondentes definições.

Função “Receita Marginal”:


Dá-nos a variação da receita correspondente ao aumento de uma unidade na venda de um
produto. A função Receita Marginal, designada por Rmg , é obtida pela derivada da Função
Receita R(q) e escreve-se: Rmg  R' (q) .

N.B.: A Receita na venda de um produto é dada por R  p  q onde p é o preço em função da


quantidade demandada q.

Função “Lucro Marginal”:


Dá-nos a variação do lucro correspondente ao aumento de uma unidade na venda de um
produto. A função Lucro Marginal, designada por Lmg ou  mg , é obtida pela derivada da
Função Lucro L(q) ou  (q) e escreve-se: Lmg  L' (q) ou  mg   ' (q) .

Função “Custo Médio Marginal’:

A função “Custo Médio”, designada por C me é obtida dividindo-se a função Custo C (q) pela
C (q)
quantidade q produzida, ou seja, C me  .
q
A função “Custo Médio Marginal” dá-nos a variação do custo médio de um produto
correspondente ao aumento de uma unidade na produção dele. Esta é obtida pela derivada da
função Custo Médio e escreve-se: Cme mg  C ' me (q)

Função “Produção Marginal”:


Dá-nos a variação da produção correspondente ao aumento de uma unidade na quantidade de
insumos (factor de produção = ou capital; ou mão-de-obra; ou matéria-prima; etc.), utilizado na
produção. A função Produção Marginal, designada por Pmg é obtida pela derivada da função
Produção P(q) e escreve-se: Pmg  P' (q) .
De forma análoga são também estudadas funções marginais como as funções: “Propensão Marginal a
Consumir”; Propensão Marginal a Poupar.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Propensão Marginal a Consumir e a Poupar
Designando o consumo c como função da renda y por c  f ( y) e a poupança s em função da renda y
por s  f ( y) . Como seria de imaginar, o aumento da renda das famílias pode resultar nos aumentos do
consumo e da poupança. Assim, pode-se dizer que para as famílias, por exemplo, o consumo somado à
poupança se iguala à renda, ou seja, y  c  s . Isto permite por sua vez dizer que a poupança das
famílias é igual à diferença entre a renda e o consumo, ou seja, s  y  c . E, sendo o consumo uma
função da renda, é comum analisar a variação do consumo correspondente à renda. Tal análise relativa
à taxa de variação do consumo em relação à renda é, portanto, a derivada do consumo em relação à
renda e é conhecida por Propensão Marginal a Consumir e mede em quanto aumenta o consumo
quando há aumento de uma unidade na renda e escreve-se,
dc
Propensão Marginal a Consumir: cmg  c' ( y )  .
dy
De forma análoga, também pode-se analisar a variação na poupança relativamente à variação da renda,
isto é, a taxa de variação da poupança em relação à renda; ou seja, a derivada da poupança em relação à
renda e que é conhecida por Propensão Marginal a Poupar e mede em quanto aumenta a poupança
quando há o aumento de uma unidade na renda. Simbolicamente escreve-se,
ds
Propensão Marginal a Poupar: s mg  s' ( y )  .
dy
Ora, tomando em conta o que foi anteriormente referido que y  c  s , e derivando esta expressão em
relação a y obtém-se:
dy dc ds dc ds
  ou seja, 1   ,
dy dy dy dy dy

significando isto que a soma da Propensão Marginal a Consumir com a Propensão Marginal a
Poupar é igual à unidade. Isto é, cmg  s mg  1 . E, sendo as funções c e s crescentes, as referidas
derivadas são positivas e portanto teremos:
cmg  1  s mg ou s mg  1  cmg ; (com 0  cmg  1 e 0  s mg  1 ).
Em geral usa-se funções do primeiro grau para expressar as funções do consumo e da poupança.
=====////=====

ELASTICIDADE

Elasticidade–preço da Demanda
Usa-se para avaliar a “sensibilidade” da demanda em relação às mudanças de preços e denota-se
dq p
por E   e dá-nos aproximadamente a variação percentual da demanda mediante o aumento
dp q
de 1% no preço.

Classificação da Elasticidade–preço da Demanda:

i. Se | E | 1 ; então a demanda é inelástica em relação ao preço, ou seja, a demanda é pouco


“sensível” à variação do preço em um determinado nível.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


ii. Se | E | 1; então a demanda é elástica em relação ao preço, isto é, a demanda é bastante
“sensível” à variação do preço em determinado nível.
iii. Se | E | 1; então a demanda tem elasticidade unitária em relação ao preço.

Exemplo/Exercício: A demanda para um certo produto é dada por q  100  5 p , onde o preço varia no
intervalo 0  p  20 .
a) Obtenha a função que dá a elasticidade-preço da demanda para cada preço:
dq p (100  5 p)'. p  5p
{Resolução: E     }
dp q (100  5 p) 100  5 p
b) Obtenha a elasticidade para os preços p  5 , p  10 e p  15 e interprete as respostas.
[Sol.: Para p  5  E  0.33 , indicando que, se ocorrer um aumento de 1%
para o preço p  5 , a demanda diminuirá 0.33% aproximadamente. Para
p  10  E  1, indicando que se ocorrer um aumento de 1% no preço
p  10 , a demanda cairá 1% aproximadamente. Para p  15  E  3 ,
indicando que se ocorrer um aumento de 1% no preço p  15 , a demanda cairá
3%, aproximadamente]
=====///=====
Elasticidade–renda da Demanda
A Elasticidade-renda da Demanda mede a sensibilidade da demanda mediante o aumento em 1% na
renda do consumidor. Ora, se a demanda q é uma função da renda r, então a elasticidade-renda da
dq r
Demanda será dada por, E   . Assim, como para a maioria dos produtos, a demanda aumenta
dr q
quando a renda aumenta, considera-se aqui apenas a elasticidade positiva que pode ser classificada
como:

Classificação da Elasticidade–renda da Demanda:

(i) Se E  1; então a demanda é inelástica em relação à renda.


(ii) Se E  1 ; então a demanda é elástica em relação à renda, isto é, a demanda é bastante
“sensível” à variação da renda em determinado nível.
(iii) Se E  1 ; então a demanda tem elasticidade unitária em relação à renda.

=====///=====

Relação entre receita e Elasticidade–preço da Demanda


A partir da elasticidade podemos tirar conclusões a respeito do aumento ou da diminuição da receita.
Para tal, vamos estabelecer a receita como função do preço e obter a derivada em relação ao preço:

R( p)  p.q
R' ( p)  ( p.q)'  p'.q  p.q'
q
R' ( p)  q  p.q'   (q  p.q' )
q

Por: Ismael Cassamo Nhêze


q q p
R' ( p)   q  p.q'  q  q   q'
q q q
 p 
R' ( p)  q1  q'  ,
 q 
ou melhor,
 p dq  p dq
R' ( p)  q1    . Sendo  E,
 q dp  q dp
temos,

R' ( p)  q1  E 

Esta última expressão R' ( p)  q1  E  usa-se para estabelecer o comportamento da receita a partir dos

 q1  E  . Considerando a receita como função do preço e E a


dR
valores da elasticidade e anota-se
dp
elasticidade-preço da Demanda ocorrendo num pequeno aumento no preço, então:

(i) Se | E | 1 ; a receita aumenta.


(ii) Se | E | 1; a receita diminui.
(iii) Se | E | 1; a receita permanece constante.
=====///=====

Problema de Controlo de Stock:


Um problema enfrentado por diversas companhias é o de controlo de stock de mercadorias. Idealmente
o gerente deve garantir que a companhia tenha stock suficiente para atender à demanda dos clientes em
todos os momentos. Ao mesmo tempo, ele deve garantir que isso aconteça sem excesso de stock (que
incorre em custos de armazenagem desnecessários) e sem ter de encomendar dos fornecedores com
muita frequência (que incorre em custos de transporte desnecessários). Assim, um problema de stock
refere-se então ao Lote Económico de Compra (LEC) e trata da determinação da quantidade ideal a ser
comprada a um custo mínimo para um período de tempo t, que na maioria dos casos é dotado
anualmente. Com efeito, considerando:

D - como representando a demanda anual de mercadorias ou materiais em unidades a serem


vendidas ou consumidas no período de tempo t pelos seus clientes, considerando que a taxa de
consumo é constante ao longo do tempo, consumindo quantidades iguais por unidade de
períodos,
CP – representando os custos do pedido ou de aquisição, (o que inclui os custos de preparação
e inspecção durante a entrega, mais os custos de transportes, que incluem taxas e fretes),
CT – representando o custo associado à existência de stock ou custo unitário de manutenção,
ou ainda custo de armazenagem;

Então, o custo total neste caso é dado por: CT  C P  C E ,


onde,
CP = (custos de pedidos) x (número de pedidos anuais)
CE = (custo de armazenar uma unidade /ano) x (no médio de unidades no armazém)
Por: Ismael Cassamo Nhêze
D Q
A fórmula anterior ( CT  C P  C E ) também poderá tomar a forma : CT  C P   CE  ,
Q 2
sendo
D – a demanda anual

Q – a quantidade a ser comprada

Q
- o stock médio (definido intuitivamente)
2

C P( anual)  C P  Q
D = custo de pedido

Q
C E ( anual)  C E  2
= custo de armazenagem anual relativo à armazenagem do stock médio.
=====///=====

Exemplo/Exercício:

A Direcção da única empresa de Importação-Exportação e revenda de motocicleta de 250cc estima que


a demanda dessas motocicletas é de 10 000 unidades por ano e que elas serão vendidas a uma taxa
uniforme ao longo do ano. O custo de encomenda de cada carregamento de motocicletas é de $10 000,
e o custo anual de stock de cada motocicleta é de $200. Ora, a Direcção da empresa enfrenta o seguinte
problema: Encomendar muitas motocicletas de uma só vez ocupa valioso espaço de armazenagem e
aumenta o custo de stock. Por outro lado, fazer encomenda com muita frequência aumenta o custo de
encomendas. Qual a quantidade que deve ser encomendada, e com que frequência, para minimizar os
custos de encomenda?
D Q
Resolução: - Recorrendo à fórmula CT  C P   C E  .
Q 2
Seja: D  10 000 unidades ,
Q  x,
C P  $10 000 ,
C E  $200 .

10000 x 100.000.000
Então, CT  $10000   $200    100 x .
x 2 x

Donde, para minimizar o custo total da encomenda faz-se:


100.000.000
CT'  100 
x2
e, CT'  0  x  1000 ,

servindo apenas o valor positivo x  1000 .

Calculando agora a segunda derivada, tem-se:

Por: Ismael Cassamo Nhêze


200.000.000
CT" ( x)   0 para x  1000 ,
x3
significando isso que o custo mínimo será obtido quando a encomenda for de 1000
motocicletas em cada lote, totalizando 10 lotes ao ano e o preço de cada lote neste caso seria
de $200.000.

EXERCÍCIOS

140.Dada a função custo total C  q 3  6q 2  14q  75 , escreva a função do custo variável Cv. Ache a
derivada da função Cv e interprete o seu significado económico.

141.A demanda numa firma é dada pela equação q  40  p 0.5 e o custo total pela equação
TC  16  50q  2.5q 2  q 3 . Qual deve ser o preço a praticar de modo a maximizar os lucros?

142.Qual o lucro máximo de uma empresa cuja receita média é dada pela equação p  660  q e o
custo total TC  25  240q  72q 2  6q 3 .

143.Se o custo marginal de uma firma é a seguinte função da quantidade produzida


Cmg  3q 2  12q  2 . Determine a função do custo total sabendo que a produção de 10 unidades
custa 1000 dólares.

144.Considere que numa empresa Têxtil, o custo, em dólares, para produzir q calças é dado por
C (q)  0.001q 3  0.3q 2  45q  5000 .
a. Obtenha a função custo marginal
b. Obtenha o custo marginal aos níveis q  50 , q  100 e q  200
c. Calcule o valor real para produzir a 201a calça e compare o resultado com o obtido na alínea
anterior

145.Na fabricação de um produto, o custo, em dólares, para produzir q unidades é dado por
C (q)  0,1q 3  3q 2  36q  100 .
a)Obtenha a função Custo Marginal
b)Obtenha o custo marginal aos níveis q  5, q  10 e q  15 explicando os seus significados
c) Calcule o valor real para produzir a 11a unidade e compare o resultado obtido na alínea anterior

146. Numa fábrica de pneus, o preço de um tipo de pneu é dado por p  0.4q  400 ( 0  q  1000 ).
a) Obtenha a função Receita
b) Obtenha a função Receita Marginal
c) Obtenha a receita marginal aos níveis q  400 ; q  500 e q  600 , interpretando o resultado
d) Esboce o gráfico da receita marginal e interprete o seu crescimento ou decrescimento e os
intervalos em que a receita marginal é positiva ou negativa, relacionando tais resultados
e) Esboce o gráfico da receita.

147.Numa fábrica de ventiladores o preço de um tipo de ventilador é dado por p  2q  800 , onde
0  q  400 .
a) Obtenha a função Receita
Por: Ismael Cassamo Nhêze
b) Obtenha a função Receita Marginal
c) Obtenha a receita marginal aos níveis q  100, q  200 e q  300 , interpretando os seus
significados
d) Esboce o gráfico da Receita Marginal e interprete o seu crescimento ou decrescimento e
intervalos em que a receita marginal é positiva ou negativa relacionando tais resultados
e) Esboce o gráfico da receita

148.Uma empresa de pneus tem a receita na venda de um tipo de pneus dada por
R(q)  0.4q 2  400q , ( 0  q  1000 ), conforme o problema 7. Agora, supondo que o custo para a
produção dos pneus é dada por C (q)  80q  28000 ,
a) Obtenha a função Lucro
b) Obtenha a função Lucro Marginal
c) Obtenha o lucro marginal aos níveis q  300 , q  600 , interpretando os resultados
d) Obtenha a quantidade que dá lucro máximo a partir das derivadas do lucro.

149.Numa fábrica de ventiladores a receita na venda de um ventilador é dado por R(q)  2q 2  800q
onde 0  q  400 . Suponha que o custo para a produção de ventiladores seja dado por
C (q)  200q  25000 .
a) Obtenha a função Lucro
b) Obtenha a função Lucro Marginal
c) Obtenha o lucro marginal aos níveis q  100 e q  200 interpretando os resultados
d) Obtenha a quantidade que dá o lucro máximo a partir das derivadas do lucro

150.Numa fábrica de móveis, o custo ao produtor ao produzir q unidades de sofás é dado pela
expressão C (q)  5q 2  200q  500 .
a) Obtenha as funções Custo Marginal; Custo Médio e Custo Médio Marginal
b) Obtenha o custo médio mínimo
(nota: o custo médio mínimo ocorre no ponto em que o custo marginal é igual ao custo médio,
pois, analisando com cuidado a derivada do custo médio, tem-se,
'
 C (q) 
(C me )'    , ou seja,
 q 
C ' (q).q  C (q).q' C ' (q).q  C (q).1
C me mg   .
q2 q2
E, igualando o custo médio marginal a zero, segue,
C ' (q).q  C (q)
0  C ' (q).q  C (q)  0
q2
C (q)
C ' (q)  , isto é, Cmg  Cme c.q.d)
q
c) Esboce o gráfico do custo médio (tendo em atenção o estudo a assímptota que é pode ser
encontrada no estudo geral das funções)
d) Esboce sobreposto os gráficos do custo médio e do custo marginal

151.Numa fábrica de portões electrónicos o custo ao produzir-se q unidades de um tipo de portão é


C  5q 2  50q  125 .
a) Obtenha as funções Custo Marginal Cmg, Custo Médio Cme e Custo Médio Marginal Cmemg
Por: Ismael Cassamo Nhêze
b) Obtenha o número de portões produzidos que dá o custo médio mínimo. Obtenha também o
custo médio mínimo
c) Esboce o gráfico do custo médio
d) Esboce, sobrepostos os gráficos do custo médio e do custo marginal

152.Para uma certa população, a função do consumo é dada por c  0.7 y  210 , onde y é a renda dos
consumidores.
a) Determine a função poupança s.
b) Determine a Propensão Marginal a Consumir e a Propensão Marginal a Poupar e interprete os
resultados.
c) Esboce o gráfico da função c  y e diga o que representa tal gráfico.
d) Esboce, sobrepostos os gráficos das funções consumo, poupança e c  y e interprete o ponto em
que o gráfico do consumo encontra a recta c  y .

153.Para uma certa população, a função do consumo é dada por c  0.8 y  320 , onde y é a renda dos
consumidores.
a) Determine a função poupança s.
b) Determine a Propensão Marginal a Consumir e a Propensão Marginal a Poupar e interprete os
resultados.
c) Esboce o gráfico da função c  y e diga o que representa tal gráfico.
d) Esboce, sobrepostos os gráficos das funções consumo, poupança e c  y e interprete o ponto em
que o gráfico do consumo encontra a recta c  y .

154.Para uma certa população, a função do consumo é dada por c  0.6 y  240 , onde y é a renda dos
consumidores.
a) Determine a função poupança s.
b) Determine a Propensão Marginal a Consumir e a Propensão Marginal a Poupar e interprete os
resultados.
c) Esboce o gráfico da função c  y e diga o que representa tal gráfico.
d) Esboce, sobrepostos os gráficos das funções consumo, poupança e c  y e interprete o ponto em
que o gráfico do consumo encontra a recta c  y .

155.A demanda para um certo produto é dada por q  300  10 p , onde o preço varia no intervalo
0  p  30 .
a) Obtenha a função que dá a elasticidade-preço da demanda para cada preço
b) Obtenha a elasticidade para os preços p  10, p  15 e p  20 e interprete as respostas

156.A demanda para um certo produto é dada por q  1000  20 p , onde o preço varia no intervalo
0  p  50 .
a) Obtenha a função que dá a elasticidade-preço da demanda para cada preço
b) Obtenha a elasticidade para os preços p  12, p  25 e p  30 e interprete as respostas

157.A demanda para um certo produto é dada por q  r 2  160000 , onde r é a renda do consumidor.
a) Obtenha a função que dá a elasticidade-renda da demanda para cada renda

Por: Ismael Cassamo Nhêze


b) Obtenha a elasticidade para as rendas r  300, r  400 e r  600 e classifique a demanda
conforme as elasticidades obtidas interpretando os resultados

158.Para um certo produto a demanda q e o preço p são relacionados por q  50  p , com 0  q  50 .


a) Obtenha os intervalos de preço para os quais a demanda é inelástica, elástica e tem elasticidade
unitária
b) A partir dos resultados obtidos na alínea anterior descreva o comportamento da receita
c) Obtenha a receita como função do preço e esboce os gráficos da demanda e receita. Indique no
gráfico da demanda os intervalos correspondentes às diferentes elasticidades. Indique no gráfico
da receita os intervalos de crescimento e decrescimento bem como o ponto de máximo
associados à elasticidade.

159.Uma firma usa 200 000 unidades de um componente durante um ano, com a demanda variando ao
longo do ano. Cada encomenda do produto tem o preço fixo de $80USD e o custo de armazenagem
por unidade é de $8 USD. Quantas unidades devem se encomendar de cada vez de modo a
minimizar o custo total?

160.Uma firma usa 1280 unidades de um componente em cada ano. O custo de cada encomenda é de
$540 USD e o preço de armazenagem de cada unidade é de $6 USD. Assumindo que a demanda
dos componentes é constante durante o ano, qual deve ser o tamanho da encomenda de modo a
minimizar o custos?

161.Se cada encomenda de um conjunto de componentes custa $700 USD e a armazenagem custa por
componente $20 USD, qual deverá ser a encomenda óptima sabendo que se usam por ano 4480
unidades?

162.A procura de pneus de motocicletas importadas por uma companhia de Importação e Exportação é
40.000/ano e pode ser considerada uniforme ao longo do ano. O custo de encomenda de um
carregamento de pneus é de 400 dólares, e o custo de armazenagem de cada pneu por ano é de 2
dólares. Determine quantos pneus devem ser enviados em cada carregamento para que os custos de
encomenda e armazenamento sejam minimizados. (assumindo que cada carregamento chega assim
que o anterior foi totalmente vendido).
=====///=====
Soluções
[145] a) Cmg  0.3q  6q  36 ;
2

b) Cmg (5)  13,50 dólares, Cmg (10)  6,00 dólares, Cmg (15)  13,50 dólares. Assim, $13,50;
$6,00 e $13,50 dólares são os valores aproximados para produzir a 6a; a 11a e a 16a unidade
do produto;
c) Valor real = $6,10 dólares. Nota-se que o valor real $6,10 difere do valor encontrado no
item anterior Cmg  6,00 dólares em apenas 0,10 dólares.

[147] a) R(q)  2q 800q ;


b) Rmg  4q  800 ;
c) R ' (100)  400; R ' (200)  0; R ' (300)  400 . Receitas aproximadas na venda das 101a; 201a
e 301a unidades, respectivamente. R' (200)  0 indica que em q = 200 a receita é máxima.
R' (300)  400 indica que a receita é decrescente.
Por: Ismael Cassamo Nhêze
d) Rmg é decrescente, ou seja, a taxa da variação é decrescente; Rmg>0 em 0  q  200 com
receita crescente; Rmg <0 em 200  q  400 com receita decrescente.

[149] a) L(q)  2q 2  600q  25000 ;


b) Lmg (q)  4q  600 ;
c) Lmg (100)  200 . Lmg (200)  200 . Assim 200 e -200 são valores aproximados do lucro
para a venda do 1010 e 201o ventilador, respectivamente.
d) q  150 , pois L' (150)  0 e L' ' (150)  0 .

125 125
[151] a) Cmg  10q  50 ; C me  5q  e C memg  5  2 ;
q q
b) q  5 e Cme (5)  100 .
c) e d) - Gráficos seguintes

[153] a) s  y  (0.7 y  210)  0.3 y  210 ;


b) cmg  0.7; s mg  0.3 (n.b: cmg  smg  0.7  0.3  1 );
c) Esboçando o gráfico tem-se uma recta que passa pela origem e que divide o primeiro
quadrante ao meio. Tal gráfico indica níveis em que o consumo é igual à renda, isto é, níveis
em que toda a renda é dirigida ao consumo;
d) Representando as duas rectas de inclinação 0.7 e 0.3 respectivamente para o consumo c e
para a poupança s, ou seja, a Propensão Marginal a Consumir e a Propensão Marginal a
Poupar. Aqui, pode também notar-se que a função os gráficos de c  y intersectam o gráfico
Por: Ismael Cassamo Nhêze
da função consumo c  0.7 y  210 em y  700 , valor que neste caso, representa o nível de
renda em que o consumo é igual à renda, ou seja, a poupança é nulo. Para níveis de renda
inferiores a y  700 , a poupança é negativa, significando que os consumidores estão a
consumir mais do que dispõem, ou, por outras palavras, os consumidores estão a gastar os
recursos poupados. Para níveis de renda superiores a y  700 , tem-se uma poupança positiva,
significando que é poupado o excedente da renda em relação ao consumo.

10 p
[155] a) E  ;
300  10 p
b) p  10; E( p)  0.5 , p  15; E( p)  1.0 , p  20; E( p)  2.0 . Isto é: - Para p  10 , tem-
se a elasticidade E  0.5 , o que indica que, se ocorrer um aumento de 1% para o preço, a
demanda diminuirá 0.5%. Já para p  15 a elasticidade é E  1.0 , indicando que se ocorrer
um aumento de 1% no preço, a demanda cairá aproximadamente 1%. Para o preço p  20 , a
elasticidade é E  2.0 , indicando que se ocorrer um aumento de 1% no preço, a demanda
cairá aproximadamente 2%.
 20 p
[156] a) E  ;
1000  20 p
b) p  20; E( p)  0.67 , p  25; E( p)  1.00 , p  30; E( p)  1.50 . Isto é: Para p  20 ,
tem-se a elasticidade E  0.67 , o que indica que se ocorrer um aumento de 1% para o preço, a
demanda diminuirá 0.67%. Já para p=15 a elasticidade é E  1.0 , indicando que se ocorrer
um aumento de 1% no preço, a demanda cairá aproximadamente 1%. Para o preço p  30 , a
elasticidade é E  1.5 , indicando que se ocorrer um aumento de 1% no preço, a demanda cairá
aproximadamente 1.5%.
2r 2
[157] a) E  2 ;
r  160000
b) p  300; E( p)  0.72 , p  400; E( p)  1.00 , p  600; E( p)  1.38 . Isto é: Para r  300 ,
tem-se a elasticidade E  0.72 , o que indica que se ocorrer um aumento de 1% para a renda,
a demanda deverá aumentar 0.72%. Já para r  400 a elasticidade é E  1.0 , indicando que
se ocorrer um aumento de 1% na renda, a demanda deverá aumentar aproximadamente 1%.
Para a renda r  600 , a elasticidade é E  1.38 , indicando que para ocorrer um aumento de
1% na renda, a demanda deverá aumentar aproximadamente 1.38%.

[158] a) Inelástica para 0  p  25 , elástica para 25  p  50 ; elasticidade unitária para p  25 .


b) Para 0  p  25 a receita aumenta, para 25  p  50 a receita diminui e para p  25 a
receita permanece constante. C) R  50 p  p 2

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Por: Ismael Cassamo Nhêze
Tema 4: Cálculo Integral
1. Integral indefinido: Primitiva de uma Função. Integral Indefinido. Regras de Integração. Método
de Substituição. Método de Integração por partes. Integral de Expressões contendo o Trinómio
Quadrático. Integração de Expressões Racionais. Aplicações do Integral Indefinido.

2. Integral Definido: Integral Definido como Limite de Soma Integral. Cálculo de Integrais
Definidos. Integral Impróprio. Aplicações do Integral Definido. Interpretação de Funções
Marginais. Valor Médio de uma Função. Volume de um Sólido de Revolução. Excedente do
Produtor. Excedente do Consumidor. Valor Futuro de um Fluxo de Renda. Valor Presente de um
Fluxo de Renda. Montante de uma Anuidade. Valor Presente de uma Anuidade. Perpetuidades.
Valor Presente de uma Perpetuidade.

1. Primitiva e Integral indefinido


Definição 1: Se D é um conjunto de números reais e f é uma função de D em R, diz-se que uma função F de
D em R é uma primitiva de f se a derivada de F for igual a f, isto é F’(x) = f(x). Se f tiver uma primitiva, diz-
se que f é primitivável.

Exemplo: Determinar a primitiva da função f x   3x 2 .

Segundo a definição, verifica-se imediatamente que a primitiva de f x   3x 2 é F x   x 3 . Visto que



 
x 3  3x 2 .

Observa-se facilmente que se a função f(x) admite uma primitiva, esta não é única.

Assim no exemplo precedente, poderíamos tomar como primitivas as funções seguintes: F x   x 3 ,


F x   x 3  1 , F x   x 3  5

ou em geral F x   x 3  C (onde C é uma constante arbitrária).

Teorema 1: Se F1 e F2 são quaisquer duas primitivas de f, no intervalo D, a sua diferença é uma constante.

Definição 2: Chama-se integral indefinida da função f(x) e denota-se por  f ( x) dx a toda expressão da
forma F x   C , em que F x  é uma primitiva de f(x). Assim por definição,  f ( x) dx  F ( x)  C , se
F ( x)  f ( x) .

A integral também é conhecida como anti derivada.

A partir da definição da integral podemos constatar o seguinte:

Por: Ismael Cassamo Nhêze


1. A derivada dum integral indefinido é igual a função a integrar, isto é, se F ( x)  f ( x) então

 
 
 f ( x) dx  F ( x)  C   f ( x) .
2. O diferencial dum integral indefinido é igual à expressão sob o sinal de integral (soma)
 
d  f ( x) dx  f ( x)dx .

3. O integral indefinido do diferencial duma certa função é igual à soma desta função e duma constante
arbitrária  dF ( x)  F ( x)  C

 Propriedades do integral indefinido

Teorema 2. O integral indefinido da Soma algébrica de duas ou várias funções é igual à soma algébrica dos
seus integrais.   f ( x)  g ( x) dx   f ( x)dx   g x dx .

Teorema 3. O integral indefinido do produto de uma constante por função é igual ao produto da constante
pela integral da função.  kf ( x) dx  k  f ( x)dx .

 Primitivas de algumas funções elementares

Nas fórmulas que se segue C designa uma constante arbitrária:

x 1 dx
1.  x dx 
C    1 2.   ln x  C
 1 x
3.  senxdx   cos x  C 4.  cos xdx  senx  C
dx dx
5.  cos x  tgx  C
2
6.  sen x   cot gx  C
2

7.  tgxdx   ln cos x  C 8.  cot gxdx  ln senx  C


9.  e dx  e  C
x x
ax
10.  a x dx  C
ln a
dx 1 x a x
11. a 2
x 2
 arctg  C
a a 12.  2
dx
a x 2
1
 ln
2a a  x
C

dx x 14.
13.  a2  x2
 arcsen  C
dx
a
 x 2  a 2  ln x  x  a  C
2 2

Exemplos:

 2x  5senx  x dx


dx
 x dx 4 x
3
Calcule os seguintes integrais: a) b) c) 2

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Resolução:

1
 x dx  x4  C
3
a)
4

 2x  5senx  x dx =  2 xdx   5senxdx  


1
b) x dx  2 xdx  5 senxdx   x dx = 2

3
x2 x 2
2 3
 2  5 ( cos x)   C  x 2  5 cos x  x C
2 3 3
2

dx dx 1 x
c)  4 x 2
= 2 2
x 2
=
2
arctg  C
2

EXERCÍCIOS:

 x dx  x  
5
1) 2) x dx
3x x x 2 dx
3) ( x 4
) dx 4)  x
1 4 dx
5)  ( x2  x x  2)dx 6) 4 x
dx dx
7)  9  x2
8)  1  x2
 2  e dx  5 
 cos x dx
x x
9) 10)

==========/////==========
Método de Substituição

Há casos em que a função integranda se “assemelha” a uma função que se sabe integrar. É o que
acontece, por exemplo com o integral  cos 3x dx em relação a  cos u du .

Então, a substituição da variável x por uma nova variável de integração u, criteriosamente relacionada
com x, permite simplificar o cálculo do integral. Assim, no exemplo considerado, convém fazer u  3x
du 1
, donde, se  3 ou seja, 3dx  du donde, então segue que dx  du e, assim tem-se:
dx 3
1 1 1 1
 cos 3x dx   cos u 3 du  3  cos udu  3 senu  C  3 sen3x  C
Deste modo, podemos dizer que o método de integração com recurso à mudança de variável consiste
em:
Por: Ismael Cassamo Nhêze
 Definir uma nova variável u  g (x) , onde g (x) é escolhida de tal modo que, quando
escrita em termos de u, o integrando é mais simples do que quando escrita em termos
de x.

 Transformar o integral com relação a x num integral com relação a u, através da


substituição de g (x) onde quer que seja por u e g ' ( x)dx por du .

 Integrar a função resultante de u.

 Reescrever a resposta em termos de x, através da substituição de u por g (x).


Outros exemplos/exercícios:
- Calcular I   3x 2 x 3  1 dx .
Resolução:
du
- Aqui, a substituição pode ser: u  x 3  1 ; du  3x 2 dx ou seja, dx  , e portanto o
3x 2
integral calcula-se fazendo:
du
I   3x 2  u  
3x 2
2 3/ 2
  u 1 / 2 du  u C
3
Que passando à variável x fica,
2 3
I ( x  1) 3 / 2  C .
3
EXERCÍCIOS:

 sen(2 x) dx
3
 ( x  1)  2 x dx 2)
2
1)

 2 xe dx  3x
x2
3) 4) 2
x 3  1 dx

x e
2 x3
(ln x) 2 6) dx
5)  x dx
7)  cos(5 x) 1  sen (5 x) dx 8)  5e
5 x 3
dx
x 2  2x
x x 3  1 dx
2

 x 3  3x 2  1 dx
9) 10)
cos 2 xdx xdx
11)  2  3sen2 x  3
12)  2
x 1
x 1 cos xdx
13) x  2x  3
2
dx 14) 
2senx  3
e 2 x dx dx
15)  16) 
2  e2 x 1  3x 2
dx dx
17)  18) 
16  9 x 2 9  x2

Por: Ismael Cassamo Nhêze


dx dx
19)  20) 
9x2  4 4  9x2
x 2 dx 22) 
dx
21) 
3  5x2
5  x6
cos xdx dx
23)  a 2  sen2 x 24) x 2x  5
2

dx dx
25)  3x 2  2 x  4 26)  2
x  3x  1
dx dz
27)  x2  6x  5 28)  2
2z  2z  1
dx 6 x  7dx
29)  3x 2  2 x  2 30)  2
3x  7 x  11

=====///=====

Exercícios Suplementares

C1: - Calcular cada um dos seguintes integrais indefinidos.


 2 xx  4 dx  3x x  1 dx
2 5 2 3 2
1) 2)

 x  5x 2x  5dx  2 x x  3dx


2 3 2
3) 4)

 5e dx  2 xe dx
5 x 3  x2
5) 6)
ln 2 x 
 x ln x  dx
1

3
7) dx 8)
x
7   2 x cosx dx
2
10)
9)  sen x dx
2 
11)  senx cos xdx  cos xe dx
senx
12)
1
 x  4x3x  4dx
3 2


13) dx 14)
2x  1
15) x
2
x 3  1dx 16)  2 cos2x  1dx
C2: - Calcular cada um dos seguintes integrais através das substituições indicadas
 x  2x  1 5x  2dx ; u  x  2x  1
5 10 4 5
17)
18)  1  lnxsenx lnxdx ; u  x lnx
19)  sen2x cos 2xdx ; u  sen2x
 cosx  3 cosx  1senxdx ; u  cosx
2
20)
dx
21)  xxln x  3
; u  ln x

e1 / x 1
22)  x 2 dx ; u  x
Por: Ismael Cassamo Nhêze
C3: - Calcular cada um dos seguintes integrais através das substituições indicadas

 x  2x  1 5x  2dx ; u  x  2x  1
5 10 4 5
23)
24)  1  lnxsenx lnxdx ; u  x lnx
25)  sen2x cos 2xdx ; u  sen2x
 cosx  3 cosx  1senxdx ; u  cosx
2
26)
dx
27)  xxln x  3
; u  ln x

e1 / x 1
28)  x 2 dx ; u  x
C4: - Determinar cada um dos seguintes integrais, utilizando uma substituição apropriada.

 .x cosx 2 dx


e
x sen x 2
29)  x2 1
dx 30)

1  ln x 
ln x 5  7 dx
x4
31)  5
x 7
32)  x ln x  dx 2

cos x
 x  2x  10x 
 x 4 dx
10 5 9
33)  dx 34)
senx
x x
35)  2 dx e
ex
36)  x
dx

x 2  2x 38) 
1
37)  x 3  3x 2  1 dx x ln x
dx

x3 x4
39)  dx 40) 
x4  4 1  8x  x 2
e 2 x  e 2 x senx
41)  2 x
e  e 2 x
dx 42)  2  cos x 3
dx

==========/////==========

Soluções - Parte A:
6
x x2 2x x
1) C 2)  C
6 2 3
1 2 2 2
3) 6 x  x x C 4) x x C
10 5
1 8 44 3
5)    2x  C 6) x C
x x 3
x
7) arcsen  C 1 1x
8) ln C
3 2 1 x

Por: Ismael Cassamo Nhêze


9) 2 x  e x  C 5x
10)  senx  C
ln 5

Soluções - Parte B:
1 1
1) ( x 2  1) 4  C 2)  cos(2 x)  C
4 2
3) e  C
x2 3
2 3
4) ( x  1) 2  C
3
(ln x) 3 1
6) e x  C
3

5) C
3 3
2
3
8) e5 x3  C
7)  [1  sen(5 x)]  C
2
15
2 3
3 1
9) ( x  1) 2  C 10) ln x 3  3x 2  1  C
9 3
1 1 1
11)  C 12) ln x 2 1  C
12 2  3sen 2 x 2 2

13) ln x 2  2 x  3  C
1 1
14) ln 2senx  3  C
2 2
15) ln 2  e2 x   C
1 1
16) arcsen 3 x  C
2 3
1 3x x
17) arcsen  C 18) arcsen  C
3 4 3
1 3x 1 2  3x
19) artg  C 20) ln C
6 2 12 2  3x
1 x3  5 1 5
21) ln C 22) arcsen xC
6 5 x3  5 5 3
1  senx  1 x 1
23) arctg  C 24) arctg C
a  a  2 2
1 3x  1 2x  3  5
25) arctg C 26)
1
ln C
11 11 5 2x  3  5
1 x5 28) arctg (2 x  1)  C
27) ln C
4 x 1
1 3x  1 30) ln 3x 2  7 x  11  C
29) arctg C
5 5

Soluções – exercícios ímpares – Parte C

1. 
1 2
x  4  C
6 2 7 
9.  cos x   C
6 7 2 
3. x 2  5 x   C
1 4 1
11. sen 2 x  C
4 2
Por: Ismael Cassamo Nhêze
5. e 5 x3  C 13. 2 x 1  C

 
3
2 3
15. x 1 2  C
7.
1
ln 2 x 2  C 9
2
17.
1 5
11
 
11
x  2x  1  C 27. ln senx  C
1 2
29.  e  x  C
19. sen2 x 2  C
1 3
2
3
1
31. ln x 3  3x 2  1  C
21.  ln x  C
1 2
3
2
 
1
1 4
23. x 2 1  C 33. x 4 2 C
2
25.
1
10
 
ln x 5  7   C
2
1
35. ln e 2 x  e 2 x  C
2

Por: Ismael Cassamo Nhêze


INTEGRAÇÃO POR PARTES
Se f e g são funções diferenciáveis, então, pela regra de diferenciação do produto,

Integrando ambos os lados, obtemos

ou

ou

Uma vez que a integral à direita irá produzir uma outra constante de integração, não há necessidade de
manter o C nesta última equação; assim sendo, obtemos

 f ( x) g ( x)dx  f ( x) g ( x)   g ( x) f ( x)dx (1)

A qual é chamada de fórmula de integração por partes. Usando esta fórmula, às vezes podemos
tornar um problema de integração mais simples.
Na prática, é usual reescrever (1) fazendo
u  f ( x)  du  f ( x)dx

v  g ( x)  dv  g ( x)dx

Isso dá lugar à seguinte forma alternativa para (1):

 udv  uv   vdu (2)

Exemplo

 xe
x
Calcule: dx

Solução. Para aplicar (2), precisamos escrever a integral na forma  udv


Uma maneira de fazer isso é colocar

para que, du  dx e v   e x dx  e x

Deste modo, a partir de (2)

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Observação:
1. A parte escolhida como dv tem de ser facilmente integrável.

2.  vdu não pode ser mais complicada que  udv .


EXERCÍCIOS:
Integração por partes – Achar:
1.  x 2 ln x dx 2.  x 1  x dx
 x senx dx  x e dx
2 3 2x
3. 4.
5.  x ln x dx 6.  xsenx dx
 xe dx  x( x  5) dx
x 8
7. 8.

 x ln x dx  x e dx
2 2 x
9. 10.

Soluções:
3 5
x3 x3 2 4
1. ln x  C 2. x(1  x) 2  (1  x) 2  C
3 9 3 15
3.  x 2 cos x  2 xsenx  2 cos x  C 3 2x
x e 2 2x
3x e 3xe 2 x 3e 2 x
4.    C
2 4 4 8
x2 1 6. senx  x cos x  C
5. (ln x  )  C
2 2
7. xe  e  C
x x
1 1
8. x( x  5) 9  ( x  5)10  C
9 90
x3 1 11. e ( x  2 x  2)  C
x 2
10. ln x  x 3  C
3 9

2. Integrais contendo o trinómio quadrático

dx
I - Consideremos o integral  ax
 bx  c
2

Transformando o denominador numa soma ou diferença de quadrados podemos encontrar integrais de


tabela.
 2 b c  2 b  b 
2
 b 
2
c  b   c b 2 
2

ax  bx  c  a  x  x    a  x  x           a  x      2 
2

 a a  a  2a   2a  a   2a   a 4a 
c b2
Se considerarmos    k podemos ter
a 4a 2

Por: Ismael Cassamo Nhêze


dx 1 dx
 ax 2
 bx  c
a =
b 
2

 x   k
2

 2a 
b
Fazendo a substituição x   t  dx  dt , logo
2a
dx 1 dt
 ax 2  bx  c = a  t 2  k 2 que é um integral de tabela.

dx
Exemplo: Calcule  3x
 12 x  30 2

dx 1 dx
Resolução:  2 = 1  2 dx 1
  2
dx
 
3x  12 x  30 3 x  4 x  10 3 x  4 x  4  4  10 3 x  22  6
Fazendo a substituição x  2  t  dx  dt , logo
1

dx
= 1  2 dt 2  1  1 arctg t  C  1 arctg x  2  C
3 x  2  6
2
3 t  6 3 6   6 3 6 6

 Ax  B dx
II - Consideremos o integral  ax
 bx  c 2

O método de substituição sugere que no numerador da fracção tenhamos a derivada do denominador,


isto é,
d
dx
 ax 2  bx  c  2ax  b .

A
2ax  b   B  Ab 
 Ax  B dx  2a  2a 
Assim:  2
ax  bx  c  ax  bx  c
2
dx Este integral pode ser escrito da forma duma
soma de dois integrais e retirando os factores constantes do integral, temos:
 Ax  B dx A 2ax  b  Ab  dx
 ax 2  bx  c  2a  ax 2  bx  cdx   B  2a  ax 2  bx  c
O segundo integral é I que já sabemos calcular. Fazendo a substituição
ax 2  bx  c  t  2ax  b dx  dt , logo
2ax  bdx dt
 ax 2  bx  c   t  ln t  C  ln ax  bx  c  C , então
2

 Ax  B dx = A 1 Ab  dt
 ax  ln ax 2  bx  c  B  2 C
2
 bx  c 2a a 2a  t  k 2

x 1dx
Exemplo: Calcule x
 4x  8
2

Resolução:
x 1dx 1 2 x  2 1 2x  4  4  2 1 2 x  4  6
 x 2  4 x  8  2  x 2  4 x  8 dx  2  x 2  4 x  8 dx  2  x 2  4 x  8 dx 
1 2 x  4 dx 1 6dx
  2
2 x  4x  8
 
2 x  4x  8
2

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Fazendo a substituição, no 1º integral temos x 2  4 x  8  t  2 x  4 dx  dt ,
No segundo integral transformemos o denominador numa soma de quadrados
x 2  4 x  8  x 2  4 x  4  4  8   x  2  4
2

1 dt 1 6dx 1 dt dx 1 3 x 2

2 t
 
2  x  2  4
2
   3
2 t x  2  2
2 2
 ln t  arctg
2 2 2
C

1 3 x 2
 ln x 2  4 x  8  arctg C
2 2 2
III - Consideremos o integral  2 dx
ax  bx  c
Fazendo transformações algébricas e mudança de variável análoga ao caso I reduzimos este integral a:
dx
  para a > 0
t  k2
2

dx
  para a < 0
k t2
2

dx
Exemplo: Calcule  28  12 x  x 2

Resolução:
dx dx dx dx
 28  12 x  x 2
  28  ( x  2 x)
2

28  ( x  12 x  6  6 )
2 2 2

28  36  ( x  6 ) 2
dx

82  ( x  6 ) 2
Fazendo a substituição x  6  t  dx  dt , logo
dx dt t x6
 8 2  ( x  6 ) 2   82  t ) 2  arcsen 8  C  arcsen 8  C

IV - Consideremos o integral   Ax2  B dx


ax  bx  c
Fazendo transformações algébricas e mudança de variável análoga ao caso II e III reduzimos este
integral a:
 Ax  B dx A 2ax  b  Ab  dx
 ax 2  bx  c  2a  ax 2  bx  c dx   B  2a  ax 2  bx  c Ou seja
 Ax  B dx A dt  Ab  dx
 ax  bx  c 2a
2  t

 B 

 2
2a  t  k 2
para a>0

 Ax  B dx  A dt   B  Ab  dx
   t  2a  k 2  t 2 para a<0
ax 2  bx  c 2a
Que são integrais de tabela.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


5x  3dx
Exemplo: Calcule  x 2  4 x  10
Resolução:
 2 x  4  4  3  2 x  4  10  3
5 5 5
 2x  3
5x  3dx 
 x 2  4 x  10  x 2  4 x  10 dx   x 2  4 x  10 dx  
2 2 2 dx 
x 2  4 x  10
5 2 x  4 dx dx
2  x 2  4 x  10
 7
x 2  4 x  10

Fazendo a substituição, no 1º integral temos x 2  4 x 10  t  2 x  4 dx  dt .


No segundo integral transformemos o denominador numa soma de quadrados
x 2  4 x 10  x 2  4 x  4  4 10  x  2  6 , então:
2

5 dt
=   7
dx
 
 5 t  7 ln x  2  x  22  6  C 
2

2 t x  22  6
2
 
 5 x 2  4 x 10  7 ln x  2  x 2  4 x 10  C

EXERCÍCIOS:
Calcular os integrais contendo o trinómio quadrático
dx x 3
1.  2 2. x dx
2 x  8 x  20  2x  5
2

3.  2
3x  2dx 3x  1dx
5 x  3x  2
4.  x2  x  1
6 x 4  5 x3  4 x 2 dx
5. 
2x2  x  1
dx 6.  2  3x  4 x 2
dx dS
7.  8. 
1  x  x2 2aS  S 2
dx dx
9.  10.  x3x  5
5  7 x  3x 2
dx 2ax  b
11.  2  3x  x 2
12.  ax 2  bx  c
dx

x  . 3dx x  . 3dx
13.  3  66 x  11x 2
14.  3  4x  4x 2

Soluções:
1 x 2 6  x 1
1. arctg C 2. 
1
ln x 2  2 x  5 
2
ln C
2 6 6 2 6 6  x 1
10 x  3 2x  1
3.
3
10

ln 5 x 2  3x  2  
11
arctg C
3

4. ln x 2  x  1 
2
1

arctg C
5 31 31 3 3

Por: Ismael Cassamo Nhêze


x2 1 1 4x  1 1 8x  3
5. x3   ln 2 x 2  x  1  arctg C 6. arcsen C
2 4 2 7 7 2 41
1 8. ln S  a  2aS  S 2  C
7. ln x   x 2  x  1  C
2
6x  7
ln 6 x  5  12 x3x  5  C
1 1
9. arcsen C 10.
3 109 3
2x  3 12. 2 ax 2  bx  c  C
11. arcsen C
17
1 1 7 2 x 1
13.  3  66 x  11x 2  C 14.  3  4 x  4 x 2  arcsen C
11 4 4 2

3. Integração de Fracções Racionais

f ( x)
Uma função F ( x)  , onde f(x) e g(x) são polinómios, é chamada uma fracção racional. Se o
g ( x)
grau de f(x) é menor que o grau de g(x), F(x) é chamada própria; caso contrario F(x) é dita imprópria.

Uma fracção racional imprópria pode ser expressa como soma de um polinómio e uma fracção racional
própria.
x 3 1 x 1
Por Exemplo: x  2
x 1
2
x 1
Toda fracção racional própria pode ser expressa como uma soma de fracções mais simples (fracções
 
parciais) cujos denominadores são da forma ax  b  e ax 2  bx  c sendo n um número inteiro
n n

positivo. Vamos apenas estudar os seguintes casos, dependendo da natureza dos factores do
denominador:

I – Factores lineares distintos.


A cada factor linear ax + b ocorrendo uma vez no denominador de uma fracção racional própria,
A
corresponde uma única fracção parcial da forma , onde A é uma constante a ser determinada.
ax  b

x 1dx
Exemplo: Calcule x 3
 x 2  6x
x 1 x 1 A B C
Consideremos a fracção própria     então:
x  x  6 x x( x  2)( x  3) x x  2 x  3
23

x 1 A( x  2)( x  3)  Bx( x  3)  Cx( x  2)


x 1  A  B  C x 2  ( A  3B  2C ) x  6 A

Por: Ismael Cassamo Nhêze


 1
A  6
A  B  C  0 
  3
Método geral: Consiste na resolução do sistemas de equações:  A  3B  2C 1   B 
 6 A  1  10
  2
C   15

Método prático: Substituindo na equação x 1 A( x  2)( x  3)  Bx( x  3)  Cx( x  2) os valores x =
1
0  0 1  A(0  2)(0  3)  B0(0  3)  C 0(0  2)  A  
6
3
x = 2  2 1  A(2  2)(2  3)  B2(2  3)  C 2(2  2)  B 
10
x = -3   3 1  A(3  2)(3  3)  B 3(3  3)  C  3(3  2)  C  
2
15

x 1dx 1 dx 3 dx 2 dx
x 3
 x  6x
2
  
6 x
 
10 x  2

15  x  3

x2
3
10
1 3 2
  ln x  ln x  2  ln x  3  C  ln C
6 10 15 6 x  15 x  3
2

II – Factores lineares repetidos.


A cada factor ax + b ocorrendo n vezes no denominador de uma fracção racional própria, corresponde
A1 A2 An
uma soma de n fracções parciais da forma   , onde os A’s são
ax  b ax  b 2
ax  bn
constantes a serem determinadas.
Exemplo: Calcule  3
3x  5dx
x  x2  x  1
3x  5 x 1 A B C
Consideremos a fracção própria 3     então:
x  x  x 1 ( x  1)( x 1)
2 2
x 1 x 1 x 12
3x  5  Ax 1  B x 1x 1  C x 1
2

Para x = -1   3  5  A(1  1) 2  B 1 1(1  1)  C (1  1)  A 


1
2
x = 1  3  5  A(1  1) 2  B1 1(1  1)  C (1  1)  C  4
Para determinar a outra constante usamos qualquer outro valor de x, por exemplo x = 0
x = 0  0  5  A(0  1) 2  B0 1(0  1)  C (0  1)  A  B  C  5
1 1
Logo:  B  4  5  B  
2 2
3x  5dx 1 dx 1 dx dx 1 1 4
 x 3  x 2  x  1  2  x 1  2  x 1  4  x 12  2 ln x 1  2 ln x 1  x 1  C 
1 x 1 4
 ln  C
2 x 1 x 1
Por: Ismael Cassamo Nhêze
III – Factores quadráticos distintos.
A cada factor quadrático irredutível ax2 + bx + c ocorrendo uma vez no denominador de uma fracção
Ax  B
racional própria, corresponde uma única fracção parcial da forma , onde A e B são
ax  bx  c
2

constantes a serem determinadas.

Exemplo: Calcule 
x 3  x 2  x  3dx
x 2  1 x 2  3
x3  x2  x  3 Ax  B Cx  D
Consideremos a fracção própria  2 
( x  1)( x  3)
2 2
x 1 x 2  3
  
Portanto: x 3  x 2  x  3   Ax  B  x 2  3  Cx  D x 2  1 
ou seja: x 3  x 2  x  3   A  C  x 3  B  Dx 2  3 A  C x  3B  D
 A  C 1  B  D 1
então:  e 
3 A  C 1 3B  D  3
Logo A = 0, C =1, B = 1 e D = 0.

x  x  x  3dx  1
3 2
x  dx xdx 1
 x  1 x  3    x 1  x  3  dx   x 1   x  3 
2 2 2 2 2 2
 arctgx  ln x 2  3  C
2
 arctgx  ln x 2  3  C

EXERCÍCIOS:
Integração de Fracções Racionais – Achar:

dx 2x  1
1. x 2
4
2.  ( x  1)( x  2) dx
xdx x5  x4  8
3.  ( x  1)( x  3)( x  5) 4.  x 3  4 x dx
dx ( x  1) dx
5.  x( x 2
 1)
6.  3
x  x 2  6x
x2  2 x4  x3  x  1
7.  x 3  1 dx 8. 
x3  x2
dx

xdx dx
9.  10.  3
( x  1)( x  1) 2 x  2x 2  x
11.  3
dx x3  x2  x  2
x x
12.  x 4  3x 2  2 dx
Soluções:

1 x2 ( x  2) 3
1. ln C 2. ln C
4 x2 x 1

Por: Ismael Cassamo Nhêze


1 ( x  3) 6 x3 x2 x 2 ( x  2) 5
3. ln C 4.   4 x  ln C
8 ( x  5) 5 ( x  1) 3 2 ( x  2) 3
x
C ( x  2) 3 / 10
5. ln 6. ln C
x2 1 x1 / 6 ( x  3) 2 / 15
2 3 2x  1 x2 1 x
7. ln( x  1)  arctg C 8.   2 ln C
3 3 2 x x 1
1 1 x 1 1
9.   ln C 10. ln x  ln x  1  C
2( x  1) 4 x  1 x 1
x 12. arctgx  ln x 2  2  C
11. ln C
x2  1

Por: Ismael Cassamo Nhêze


EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO:

1. Determine f (x ) sabendo que f ' ( x)  3 x 2  4 x  8 e f (1)  9 .


[Sol.: f ( x)  x 3  2 x 2  8 x  2 ]
 x  3
2.   3 
dx é igual a:
 x 
2 3/ 2
x  3x
(A) 3 c
2 5/ 2
x
5
6
(B) ln x  c
x
5
6 2
(C) ln x  x  c
5
(D) ln x  3 ln x 3  c
(E) Nenhuma das alternativas

3. x 2 x 2 1 dx é igual a
1 2
(A) x (2 x 2  1) 3 / 2  c
3
2
(B) (2 x 2  1) 3 / 2  c
3
1
(C) (2 x 2  1) 3 / 2  c
6
1
(D) (2 x 2  1) 1 / 2  c
8
(E) Nenhuma das alternativas

4. A função custo da função custo marginal, C ' ( x )  5 x  1 , quando 10 unidades custam $ 94.20
x
(USD), é dada por:
5  12  C 5 2
(A) (C) x  ln x  c
x 2
(B)
5 2
x  ln x  153.5 (D) 5  x12  10.19
2
(E) Nenhuma das alternativas

 (4t  1)
5. 3dt , é igual a:

1
(A)  (4t  1) 4  C
4
Por: Ismael Cassamo Nhêze
1
(B)  (4t  1) 4  C
16
1
(C)  (4t  1) 4
4
1
(D)  (4t  1) 4
16
(E) Nenhuma das alternativas

2
6. Se a função custo marginal é C ' ( x )  40  , onde x é o número de unidades produzidas, e, se
2x 1
o custo para produzir 6 unidades for $ 700.00, então a função custo é dada por:
(A) 40 x  ln | 2 x  1 | 457.43...
(B) 40 x  ln | 2 x  1 | 462.56...
2
(C) 40 x  C
2x 1
1
(D) 40 x  C
2x 1
1
(E) 40 x   457.43...
2x 1

7. A função Receita marginal da venda de x centenas de um certo bem é R' ( x)  10  0.004 x . Se a


receita da venda de 500 unidades desse mesmo bem é $ 1000.00, então a função receita total é dada
por:

(A) 10 x  0.002 x 2  3500 (B) 10 x  0.002 x 2  950.05


(C) 10 x  0.002 x 2  39.95 (D) 10 x  0.002 x 2  400.20
(E) Nenhuma das alternativas

8. A taxa estimada de produção de petróleo de um certo poço t anos após a produção ter começado é
dada por R(t )  100te 0.1t milhares de barris por ano. Encontre uma expressão que descreva a
produção total de petróleo no final do ano t.
[ Sol.: R(t )  1000e 0.1t (t  10)  10000 ]

9. Supondo que a circulação actual do semanário “Savana”é de 3000 exemplares por semana. O editor
chefe do semanário projecta uma taxa de crescimento de 4  5t 2 / 3 exemplares por semana, daqui a
t semanas pelos próximos 3 anos. Com base nessa projecção qual será a circulação do semanário
daqui a 125 semanas?
[Sol.: S (125)  12 875 exemplares/semana]

10. A velocidade de um carro (em pés/segundo) t segundos após partir do repouso é dada pela função
f (t )  2 t ; (0  t  30) . Determine a posição do carro em qualquer instante t.
[Sol.: f (t )  4 / 3  t 3 / 2 ]

Por: Ismael Cassamo Nhêze


11. Uma Companhia de Relógios fabrica relógios de pulso a um custo marginal diário de produção
associado à função C ' ( x)  0.000009 x 2  0.009 x  8 , onde C ' ( x ) é medida em dólares/unidade e
x denota o número de unidades produzidas. Sabendo-se que a gerência determinou que o custo fixo
diário incorrido na produção desses relógios é de $ 120.00, determine o custo total incorrido pela
Companhia ao produzir os primeiros 500 relógios de pulso/dia.
[Sol.: $ 3 370.00]

12. A Cannon Precision Instruments Corporation fabrica um certo tipo de “flash” electrónico
automático. O lucro marginal estimado associado à produção e venda desses “flashes” electrónicos
é L( x)  0.004 x  20 dólares/unidade/mês. O custo fixo da Cannon para produzir e vender estes
“flashes” é $ 16 000/mês. Com que nível de produção a Cannon realiza um lucro máximo? Qual é o
lucro mensal máximo?
[Sol.: 5000 unidades; $ 34 000]

13. A taxa de variação do preço unitário p (em dólares) de botas femininas Apex é dada por
 250 x
p ' ( x)  , onde x é a quantidade demandada diariamente em unidades de centenas.
(16  x 2 ) 3 / 2
Encontre a função demanda para essas botas se a quantidade demandada diariamente é de 300 pares
( x  3) quando o preço unitário é de $ 50/par.
[Sol..: p( x)  250 / 16  x 2 ]

14. O número de telespectadores de um noticiário na TV, introduzido na temporada de 2005, tem


crescido à taxa de 3 2  12 t 
1 / 3
milhões de telespectadores/ano em seu t-ésimo ano no ar, sendo
(1  t  6) . O número de telespectadores do programa durante o seu primeiro ano no ar é dado por
9 ( 52 ) 2 / 3 milhões. Determine quantos telespectadores são esperados para a temporada 2010.
[Sol.: .... ]

Por: Ismael Cassamo Nhêze


2. Integral Definido

Para se descrever a integral de uma função f de uma variável x entre o intervalo [a, b] utiliza-se a
b
notação: S   f ( x)dx
a

A ideia desta notação utilizando um S


comprido é generalizar a noção de
somatório. Isto porque intuitivamente a
integral de f(x) pode ser entendida como a
soma de pequenos rectângulos de base dx e
altura f(x), onde o produto f(x) dx é a área
deste rectângulo. A soma de todas estas
pequenas áreas, ou áreas infinitesimais,
fornece a área total abaixo da curva.

Mais precisamente, pode-se dizer que a integral acima é o valor limite da soma:

n
b a
 f ( x )x
i 0
i onde x 
n

é o comprimento dos pequenos intervalos nos quais se divide o intervalo (b-a), f(xi) é o valor da função
em algum ponto deste intervalo. O que se espera é que quando n for muito grande o valor da soma
acima se aproxime do valor da área abaixo da curva e, portanto, da integral de f(x) no intervalo. Ou
n
seja, que o limite lim  f ( xi )x   f ( x)dx  S esteja definido.
b

n  a
i 0

b
Definimos 
a
f ( x)dx quando a < b. Portanto outros casos são definidos da seguinte maneira :
a
  a
f ( x)dx  0
a b
 se a < b, então 
b
f ( x)dx = -  f ( x)dx
a
Propriedades da integral definida:
b b
 a
kf ( x)dx  k  f ( x)dx , para qualquer constante k  IR
a

  f ( x)  g ( x)dx = 
b b b

a a
f ( x)dx ± 
a
g ( x)dx , desde que as funções f e g sejam integráveis no
intervalo [a, b].
c b b
 a
f ( x)dx + 
c
f ( x)dx   f ( x)dx , se a função f é integrável no intervalo [a, b] e c[a, b] tal
a
que a < c <b

Por: Ismael Cassamo Nhêze


b
 Teorema do valor médio para integrais:  a
f ( x)dx = (b-a)f(x0) para algum x0 entre a e b.
u d
 Se F (u )   f ( x)dx  F (u )  f (u )
a du

Teorema Fundamental do Cálculo.


Se f(x) é contínua no intervalo de integração [a, b] e se F(x) é uma integral indefinida de f(x) então:
b
 f ( x)dx  F ( x) a  F (b)  F (a)
b
a

3 dx

10
Exemplo: Calcule a)
1
xdx b) 
4 x 2

4
4 x2 42 22
Resolução: a)  2
xdx  
2 2 2

2
8 2  6

 ln x  2 4  ln 12  ln 6  ln 2
10 dx

10
b)
4 x 2

- Calcule:
2 3

 2(2 x  3)  (4  2 x)sen(4 x  x
17 2
1. dx 2. ) dx
3/ 2 1
e 5
ln x
3. 1 x dx 4. x x 2  9 dx
3
ln 2  /2

 [(e )  e ]e dx  1  sen 2 x cos x dx


x 2 x x
5. 6.
ln 1  /2
2 0

 ( x  2 x  1)  (3x  2) dx   x 2  6 x dx
3 2 2
7. 8.
1 6
4 2

 3x dx 10.   8 x 3 dx
2
9.
2 1
36 8
dx
11. 
4 x
12.  (4 x1 / 3  2 x 1 / 3 ) dx
1
1 t 8

13.  e dt 2 14.  (1  3 x ) dx
0 1
3 / 2 1
dx
15.

 senx dx
/2
16.  1 x
0
2

e x
dx
17.  18.  x dx
2

1
x 3
a

Por: Ismael Cassamo Nhêze


x z
dx
19.  senx dx 20.  2x 1
1
0
 /2  /2

 cos 
2
21. dx 22. senx cos 2 x dx ; sugestão cos x=t
0 0
2 1
23.  (2 x  5) dx 24.  ( x 2  2 x  3) dx
1 0
1  /2
cos x dx
 ( x  1) dx 
2
25. 26. 2
1  / 2 sen x
 1
27.  cos x dx 28.  1  t 2 dt
0 x
3 2
29.  x 2 e x dx  sen(8x   ) dx
3
30.
1 

=====///=====
Soluções:
1. 1 / 18 2. 0
3. 1 / 2 64
4.
3
23 
5. 6.
6 2
7. 9 9
8.
2
9. 56 10. 3
11. 2 36  2 4  8 12. 54
1 73
13. 2(e  1) 2 14.
4
2 
15. 16.
2 4
17. 1 18. ( x 3  4) / 3
x 20. ln(2 z  1)
19. 2sen 2
2
 22. 1 / 3
21.
4
23. 8 24. 7 / 3
25. 8 / 3 26. 2  1
27. 0 28.  1  x 2
1 27 30. 0
29. ( e  e)
3

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Integrais Impróprios
b
A integral definida a
f ( x)dx é chamada imprópria quando
1. O integrando f(x) tem um ou mais pontos de descontinuidade no intervalo [a, b], ou
2. Um (ou os dois) limite de integração é infinito.

1. Integrando Descontínuo

a) Se f(x) é contínuo no intervalo [a, b[ mas descontínua em x = b, definimos,


b b 

a
f ( x)dx  lim 
 0 a
f ( x)dx . Desde que o limite exista.

b) Se f(x) é contínuo no intervalo ]a, b] mas descontínua em x = a, definimos,


b b

a
f ( x)dx  lim 
 0 a 
f ( x)dx . Desde que o limite exista.

c) Se f(x) é contínuo no intervalo [a, b] excepto e x = c  [a, b] definimos


b c  b
 a
f ( x)dx  lim 
 0 a
f ( x)dx  lim 
 0 c 
f ( x)dx . Desde que ambos os limites existam.

Obs. Os integrais destes tipos denominam-se integrais impróprios de segunda espécie.

dx 4 dx
 x  2
2
Exemplo: Calcule a)  0
4  x2
b)
0 2

2 dx
Resolução: a) 0
4  x2
o integrando é descontínuo em x = 2. Então,

2 
2 dx 2  dx  x  2  
0
4  x2
 lim 
 0 0
4  x2
 lim arcsen 
 0  20
 lim arcsen
 0  2
 arcsen0


 arcsen1 
2

4 dx
b)  x  2
0 2
o integrando é descontínuo em x = 2, um valor entre os limites de

integração 0 e 4. Então,
2 
 1   1 
4
4 dx 2  dx 4 dx
 x  2
0 2
 lim
  0 0   x  2 2
 lim 
 0 2
x  22
 lim 
 0  x  2 
0
 lim 
 0  x  2 
 2
=

 1 1  1 1   1 1  1 1
 lim     lim     lim     lim     
 0
 2   2  2   0  4  2 2    2   0   2   0  2  
4 dx
O integral  é divergente.
0
x  22

Por: Ismael Cassamo Nhêze


4
4 dx  1 
Obs. Se o ponto de descontinuidade for desconsiderado, obtemos  x  2
0 2
     1 . Este
 x  20
1
resultado é absurdo porque é sempre positivo
x  22
2. Limites de Integração Infinitos
 Se f(x) é contínua em todo intervalo [a, U] definimos:
 U
 a
f ( x)dx  lim
U  a  f ( x)dx . Desde que o limite exista.

 Se f(x) é contínua em todo intervalo [u, b] definimos:


b b
 
f ( x)dx  lim
U  u  f ( x)dx . Desde que o limite exista.

 Se f(x) é contínua, definimos:




a U


f ( x)dx  lim 
U  u
f ( x)dx  lim
U  a  f ( x)dx . Desde que ambos os limites existam.

 dx 0
 e
2x
Exemplo: Calcule a) b) dx
1 x2 

u
 dx U dx  1  1 
Resolução: a) 1 x 2
 lim  2  lim
U  1 x U   x   Ulim  1 1
  1    u 
0
0  e2x  0  1 e 2u  1
b)  e dx  lim  e dx  lim    lim  
2x 2x

 u  u u 
 2  u u    2 2  2
Exercícios
Calcule:

 0
dx dx
1.  2.  1 x
0 1 x
2 2

 1
dx dx
3. 1  x 2 4.  1 x
0
1 1
dx xdx
5.  2 6. 
1
x 0 1 x2
 
 e dx
x dx
7.
0
8.  a 2  x 2 ; (a  0
0
1 
dx dx
9. 
0 1 x2
10. x
0
5

Por: Ismael Cassamo Nhêze


1 
11.  ln xdx 12.  x senx dx
0 0
 
dx dx
13. 
1 x
14. x

2
 2x  2
1 2
dx dx
15. 
0
3
x
16. x
0
3

 1
dx dx
17. x x 1
2
18. x
1
4
1
 

 e sen(bx) dx (a  0) e
 ax  ax
19. 20. cos (bx) dx (a  0)
0 0

Soluções
1.  / 2 2.  / 2 3.  4. 2
5. Divergente 6. 1 7. 1 8.  / 2a
9.  / 2 10. 1 / 4 11. -1 12. Divergente
13. Divergente 14.  15. 3 / 2 16. Divergente
17.  / 2 18. Divergente b b
19. 2 20. 2
a  b2 a  b2

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO:
Encontre a alternativa correcta em cada um dos exercícios seguintes:
3

 ( x  3x  5) dx é igual a:
2
1.
2
(A) 29 / 6 (D) 35 / 6
(B) 31 / 6 (E) 37 / 6
(C) 33 / 6

x e  x dx é igual a:
3
2
2.
1
(A) 0.3691 (D) 0.1120
(B) 0.3679 (E) Nenhuma
(C) 0.1230

e
x
3e
ln x
3. dx é igual a:
1
(A) 3e  3
(B) 3e
(C) 0

Por: Ismael Cassamo Nhêze


(D) -3
(E) Nenhuma

 (3e  27 x 2 ) dx é igual a:
3x
4.
1
3
3 4 3 2 26
(A) e  e 
4 2 3
26
(B) e 3  e 
3
1
(C) e 3 
3
26
(D) 3e 3  3e 
3
(E) Nenhuma

x ln x dx; x  0 Arredondado a quatro casas decimais é igual a:


2
5.
1
(A) 0.6931
(B) 1.0706
(C) 1.8484
(D) 2.6262
(E) Nenhuma

6. O valor médio da função f ( x)  x  1 no intervalo [a, b] onde a  3 e b  8 , é:

(A) 2 / 15
(B) 16 / 15
(C) 38 / 15
(D) 54 / 15
(E) 70 / 15


1
7. O integral impróprio x
5
2
dx :

(A) div. para 1 / 5


(B) conv. para 1 / 5
(C) div. para 2 / 5
(D) conv. para 2 / 5
(E) Nenhuma alternativa

Por: Ismael Cassamo Nhêze


b
1
b  a a
8. O valor médio de uma função no intervalo [a, b] é f ( x) dx . Ora, a temperatura C no

t2
interior de um edifício é dada por C (t )  21  t  graus Celsius, onde t indica o tempo em horas
24
desde o início de uma jornada diária de 12 horas de trabalho. A temperatura média ao longo do dia
é:

(A) 0o C
(B) 2.25o C
(C) 21o C
(D) 25o C
(E) 27 o C

8
1
9. O integral impróprio 
x5 3
dx :

(A) div. para  3 / 8


(B) conv. para 3 / 8
(C) div.
(D) conv. para  3 / 8
(E) Nenhuma alternativa

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Aplicações do Integral Definido
b
Seja  f ( x)dx  F (b)  F (a) , onde
a
F (x) é primitiva de f (x) ou seja F ' ( x)  f ( x) . Ora, assumindo

que a função integranda f (x) como a taxa de variação de uma função F (x) , pode-se dizer que o
b
integral definido da taxa de variação de uma função num intervalo,  f ( x)dx
a
, dá a variação total da

função no intervalo, F (b)  F (a) .

Assim, tem-se:

b
(i)  R' (q)dq  R(b)  R(a)
a
 O integral da receita marginal num intervalo como a

variação total da receita nesse intervalo


b
(ii)  C ' (q)dq  C (b)  C (a)
a
 O integral do custo marginal num intervalo como a variação

total do custo nesse intervalo


b
(iii)  L' (q)dq  L(b)  L(a)
a
 O integral do lucro marginal num intervalo como a variação

total do lucro nesse intervalo

Exemplo: Na comercialização, em dólares, de um certo produto, a receita marginal é dada por


R' (q)  20q  200 e o custo marginal é dado por C ' (q)  20q . Para o intervalo 1  q  5 , obtenha:
5
a) A variação total da receita. [Resp:  R' (q)dq  R(5)  R(1)  560 ]
1
5
b) A variação total do custo. [Resp:  C ' (q)dq  C (5)  C (1)  240 ]
1
5
c) A variação total do lucro. [Resp:  L' (q)dq  L(5)  L(1)  240 ]
1

Em termos de interpretação gráfica da variação total do lucro da alínea c), pode ser entendido como
correspondendo à área entre a curva da receita marginal R' (q)  20q  200 , e a curva do custo
marginal C ' (q)  20q , no intervalo 1  q  5 .

Valor Médio de uma função:


Por: Ismael Cassamo Nhêze
- Se f(x) for uma função continua no intervalo [a; b] , o valor médio m da função f(x) neste intervalo é
definido por:

b
m 1 
b a  f ( x)dx .
a

Volume de um Sólido de Revolução:

- Se uma função contínua tal como f (x) entre x  a e x  b for rodada em torno do eixo X, origina-
se um sólido de revolução, cujo volume pode ser expresso simbolicamente como:

b
V     [ f ( x )]2 dx .
a

Excedente do consumidor:

- Uma função procura p1  f ( x) , relaciona os vários preços que os consumidores estão dispostos a
pagar por quantidades diferentes de um bem. Se o equilíbrio no Mercado ocorrer em ( xo ; po ) , com
todos os consumidores a pagarem o mesmo preço, então os consumidores que tenham adquirido o bem,
mesmo que a um preço superior, têm um benefício. O benefício total para os consumidores, designado
por excedente do consumidor é dado pela fórmula:

x0

Excedente do Consumidor   f ( x)dx  p x


0
0 0

Excedente do produtor:

- Por outro lado, uma função oferta p2  g ( x) , representa os preços aos quais os produtores oferecem
quantidades diferentes de um bem. Se o equilíbrio de Mercado ocorrer em ( x0 , p0 ) , os produtores que
fornecem o bem a preços inferiores a po obtêm um benefício. O ganho total dos produtores, Excedente
do produtor é dado pela fórmula:
x0

Excedente do Produtor  p0 x0   f ( x)dx .


0

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Valor Futuro de um Fluxo de Renda (VF):

- A renda gerada numa empresa não é calculada apenas no final de um ano, de um mês ou de uma
semana. A renda gerada pode ser calculada diariamente em vários instantes; nesse sentido, podemos
falar de um fluxo de renda. É comum uma empresa, ao gerar uma renda, investi-la para obter juros,
acumulando assim as rendas geradas e os juros obtidos no investimento de tais rendas; nesse sentido,
podemos falar do valor acumulado de um fluxo de renda.

Podemos utilizar o integral definido para calcular o valor futuro acumulado de um fluxo de renda, ou
seja calcular com o integral definido o valor acumulado por uma empresa quando a renda gerada é
investida continuamente e no processo de acumulação, os juros são obtidos por capitalização contínua.

Em vários instantes a renda gerada compõe o fluxo de renda mas por simplicidade consideramos anual
a taxa de geração de renda. Tal taxa será dada pela função R(x) , onde x representa o tempo dado em
anos.

Temos a expressão que dá o valor futuro acumulado (VFA) de um fluxo de renda ou simplesmente,
valor futuro de um fluxo de renda, após N anos, onde R(x) é a taxa na qual a renda é gerada
anualmente e i é a taxa de juros compostos continuamente:

N
Valor Futuro  VF  e .  R( x)e ix dx
iN

Exemplo: - Para a Empresa A, um produto gera uma renda a uma taxa de 500 000 dólares por ano. Ao
ser obtida, tal renda é aplicada várias vezes ao dia a uma taxa anual de 8% composta continuamente.
Qual será o VFA para esse fluxo de renda após 5 anos?

 500000e
 0, 08x
Resolução: Com efeito, tem-se, VF  e 0, 08.5
dx , ou seja;
0
5
VF  500000e 0,04  e 0,08x dx .
0

e
0, 08x
Calculando o integral indefinido correspondente dx pelo método de substituição
obtém-se


VF  500000e 0, 4  12,5e 0,08x  5
0 

 500000e 0, 4 .4,121 
 3073904,79

Assim o valor futuro acumulado é de 3073904,79.


Por: Ismael Cassamo Nhêze
=====///=====

Valor Presente de um Fluxo de Renda:

Existem ainda, situações em que é interessante conhecer o valor presente de um fluxo de renda, ou
seja, para um certo período, qual o capital que deve ser aplicado inicialmente para que no final desse
período, o montante obtido seja equivalente ao valor futuro de um fluxo de renda correspondente.

Considerando um fluxo de renda onde R(x) é a taxa na qual a renda é gerada anualmente e i é a taxa
de juros compostos continuamente, vimos que, após N anos, o valor futuro do fluxo de renda é dado
por
N
VF  e iN   R( x)e ix dx .
0

Com a mesma taxa i de juros compostos continuamente, se aplicarmos um capital inicial P após N
anos, obtém-se um montante A  P.e iN , e tal montante deve ser igual ao Valor Futuro do Fluxo de
Renda
N
P.e iN
 e   R( x)e ix dx
iN

Dividindo ambos os membros da igualdade por e iN obtém-se o capital inicial (valor presente do fluxo
de renda) que aplicado inicialmente, iguala o montante ao valor futuro do fluxo de renda
N
P   R( x)e ix dx .
0

Assim temos a expressão que dá o valor presente de um fluxo de renda onde N é o número de anos,
R(x) é a taxa na qual a renda é gerada anualmente e i é a taxa de juros compostos continuamente:

N
Valor Pr esente  VP   R( x)e ix dx
0

==========/////==========

Exemplos/exercícios:

(E-1) – Numa Empresa, a produção duma máquina é vendida e proporciona uma renda a uma taxa de
25000 dólares por ano. Ao ser obtida tal renda é aplicada várias vezes ao dia a uma taxa anual de 10%
composta continuamente. Qual o valor presente dessa máquina considerando que a sua vida útil é de 15
anos e mantidas as mesmas taxas de renda e de juros nesse período?

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Resolução: O valor presente da máquina será o valor presente do fluxo de renda gerado por ela. Tem-
15
se, portanto, VP   R( x)e iN dx e, substituindo N  15 , R( x)  25000 e i  0.10  0.1 , obtém-se
0

15 15
VP   25000 e 0.1x
dx  25000   e 0.1x dx
0 0


VP  25000   10e 0.1 x 15
0  

 25000   10e  0.115
 (10e 0.10 )  
 25000  7.769 
 194225.00

Donde, o valor presente da máquina é de 194225.00 dólares.

(E-2) – Uma companhia calcula que a taxa de renda produzida por uma máquina no tempo t será, em
dólares 5000  100t por ano. Determinar o valor presente deste fluxo contínuo de rendimentos durante
os próximos quatro anos, com uma taxa de juros de 6%.

Resolução: - Com efeito usamos a fórmula

N
VP   R( x)e ix dx
0

e, sendo R( x)  5000  100t , N  4 e i  6%  0.06 , o valor presente deste fluxo de rendimento é

4
VP   (5000  100t ) e 0.06t dt .
0

Ora, usando o método de integração por partes obtém-se:

4
VP   (5000  100t ) e 0.06t dt 
0

1
1
4
(100)  e 0.06t 
 (5000  100t )   e 0.06t 
4
 0.06
 0.06 0
0

100 1
 23025    e 0.06t 
4

0.06  0.06 0

 23025  5927 
 17098

Por: Ismael Cassamo Nhêze


=====///=====

Montante e Valor Presente de uma Anuidade

Uma anuidade é uma sequência de pagamentos feitos em intervalos regulares de tempo. O período de
tempo durante o qual tais pagamentos são efectuados é chamado de prazo da anuidade. Embora os
pagamentos não precisem de ser iguais em valor, eles são iguais em muitas aplicações importantes, e
assumiremos aqui que eles são iguais para as nossas análises. Exemplos de anuidades são depósitos
regulares numa poupança, pagamentos mensais de hipoteca e pagamentos mensais de seguro.

O montante de uma anuidade é a soma dos pagamentos mais os juros obtidos. Uma fórmula para
calcular o montante de uma anuidade A pode ser deduzida com a ajuda da fórmula,

N
VF  e iN   R( x)e ix dx .
0
Considerando:
 P = Valor de cada pagamento;
 i = Taxa de juros compostos continuamente;
 N = Prazo da anuidade;
 m = Número de pagamentos

E, se os pagamentos dentro da anuidade constituem um fluxo de renda constante de R( x)  mP dólares


ao ano. Com este valor de R(x) , a fórmula anterior dá-nos portanto,
N N
VF  e   R( x)e dx  e   mPe ix dx
iN ix iN

0 0
N
 e ix 
VF  mPe iN   
 i 0
 e iN 1
 mPe iN   
 i i


i

mP iN
e 1 , 

O que no leva à fórmula de cálculo do montante de uma anuidade seguinte:

=====///=====

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Montante de uma Anuidade:

mP iN
O montante de uma anuidade é dado pela fórmula A  (e  1) , onde, P, i, N e m são como
i
definido anteriormente (P =Valor de cada pagamento; i =Taxa de juros compostos continuamente;
N=Prazo da anuidade; m=Número de pagamentos).

=====///=====

Valor Presente de uma anuidade:

De forma análoga ao que foi visto para o cálculo do montante de uma anuidade, agora, partindo da
fórmula de cálculo de valor presente de um fluxo de renda,

N
VP   R( x)e ix dx ,
0
pode deduzir-se a fórmula para calcular o valor presente de uma anuidade.

N N
VP   R( x)e dx   mPe ix dx .
ix

0 0
Isto é,

N
 e ix   e iN 1 mP
VP  mP  , ou seja, VP  mP   1  e iN 
 i 0  i i i

Donde, o valor presente de uma anuidade é dado pela fórmula

mP
VP  (1  e iN )
i

(Com P =Valor de cada pagamento; i =Taxa de juros compostos continuamente; N=Prazo da


anuidade; m=Número de pagamentos).

=====///=====

Exemplos/exercícios:

[1] - No dia 1 de Janeiro de 2000, J.P., depositou 2,000 dólares numa conta de aposentadoria que paga
juros à taxa de 10% ao ano compostos continuamente. Assumindo que ele deposite 2.000 dólares
anualmente nesta conta, quanto ele terá no início do ano 2016.
Por: Ismael Cassamo Nhêze
Resolução:
mP iN
- Utilizando a fórmula A  (e  1) , com P  2000 , i  10%  0.1 , N  16 anos e m  1
i
, tem-se:

1  2000 1.6
A  (e  1)  79.060,65 .
0.1

Ou seja, no início do ano 2016, J.P., terá aproximadamente 79.061 dólares na sua conta.

[2] – O proprietário de uma loja de ferramentas deseja estabelecer um fundo do qual ele possa tirar
1000 dólares por mês durante os próximos dez anos. Se o fundo rende juros à taxa de 9% ao ano
compostos continuamente, quanto dinheiro ele necessita para estabelecer o fundo?

Resolução:
- Seja P  1000 ; i  9%  0.09 ; N  10 e m  12 . Com efeito, usando a fórmula

mP
VP  (1  e iN ) ,
i
tem-se:
mP 12000
VP  (1  e iN )   [1  e (0.09)(10) ]  79.124,04;
i 0.09

Isto é, seriam necessários 79.124 dólares para estabelecer esse fundo.

=====///=====

Perpetuidades:

Como antes foi visto, o valor presente de uma anuidade é dado pela expressão

N
VP   R( x)e ix dx
0

ou ainda,

 
N
mP
VP  mP   e ix dx  1  e iN .
0
i

Agora, se os pagamentos de uma anuidade continuam indefinidamente, tem-se então o que é chamado
de Perpetuidade. Assim o Valor Presente de uma Perpetuidade pode ser aproximado pelo integral
impróprio

Por: Ismael Cassamo Nhêze


 
VP   R( x)e ix dx , ou melhor, VP  mP   e ix dx
0 0

obtida da expressão anterior, fazendo o período de anuidade, N, tender para o infinito.

Logo,

 b
VP  mP   e ix dx  lim mP   e ix dx 
b 
0 0

b
 1 
b
 lim mP   e dx  mP lim  e ix  
ix
b 
0
b 
 i 0

 1 1  mP
 mP lim   e ib    .
b 
 i i i

Assim, o Valor Presente (PV) de uma Perpetuidade é dado pela expressão

mP
VP  ,
i

(onde m é o número de pagamentos por ano, P é o valor de cada pagamento e i é a taxa de juros
composta continuamente)

Exemplo/exercícios:

[E-1] - Uma família deseja criar um fundo de bolsas de estudo para uma Faculdade. Se uma bolsa de
estudos no valor de 5000 dólares for concedida anualmente começando dentro de 1 ano, encontre o
valor da doação que eles precisam fazer agora, assumindo que este fundo renderá juros a uma taxa de
8% ao ano compostos continuamente.

Resolução:
O valor da doação é, neste caso, dado pelo valor presente de uma perpetuidade, com m  1 ,
mP
P  5000 e i  8%  0.08 . Donde, usando a fórmula VP  , tem-se:
i
1  5000
VP   62.500 Dólares.
0.08

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Suponha que um fluxo de renda continue indefinidamente. Então, o valor presente de tal fluxo pode ser
calculado a partir da fórmula para o valor presente de um fluxo de renda fazendo T tender para infinito.
Logo, o valor presente solicitado é dado por


VP   R( x)e ix dx
0

[E-2] - Suponha que um indivíduo tem um poço de petróleo no seu quintal que gera um fluxo de renda
dado por R( x)  20e 0.02x , onde R(x) é expresso em milhares de dólares por ano e x é o tempo em
anos a partir do presente. Assumindo que a taxa de juros predominante num futuro previsível é de 10%
ao ano compostos continuamente, qual é o valor presente do fluxo de renda?

Resolução:

- Assim, o valor presente pretendido será,

 
VP   20e  0.02 x
e 0.10 x
dx  20   e 0.12x dx
0 0

 
b
20
VP  20  lim  e 0.12x dx  
b
 lim e 0.12x 0
b  0.12 b
0

VP  
500

 lim e 0.12b  1 
3 b
500
3

 166.667

Isto é, o valor presente desse fluxo de renda é de aproximadamente 166.667 dólares.

=====///=====
EXERCÍCIOS

1. Um oleoduto de uma plataforma de perfuração está avariado, derramando petróleo a uma taxa de
(35t  80) barris por hora. Quantos barris serão derramados no primeiro dia?
[Sol.: 12000 ]

2. A função custo marginal de uma empresa é Cmg  C ' ( x)  x 2  4 x  110 , onde x representa o
número de unidades produzidas diariamente. Os custos fixos são de 340 USD por dia. Qual é o
custo total CT ( x)  C ( x) decorrente da produção de x unidades por dia?
1
[Sol.: C ( x)  x 3  2 x 2  110 x  340 ]
3

Por: Ismael Cassamo Nhêze


1 2
3. O custo marginal de um produto é dado por Cmg  C ' ( x)  x  x  180 . Qual é o custo total
12
CT ( x)  C ( x) da produção de cinco unidades adicionais, se três delas já estiverem a ser
actualmente produzidas?
[Sol.: C (8)  C (3)  885,97 ]

4. O lucro marginal de um industrial é dado por ' ( x)  3x 2  80 x  140 . Calcule o lucro 
decorrente de se aumentar a produção de duas para quatro unidades.
[Sol.: (4)  (2)  704 ]

5. Os custos de manutenção de uma fábrica, M (t ) , aumentam com o envelhecimento da fábrica e do


equipamento. Se os custos de manutenção da fábrica aumentarem a uma taxa anual de
M ' (t )  75t 2  9000 dólares, onde t representa o número de anos, calcule os custos totais de
manutenção da fábrica do quarto ao sexto ano.
[Sol.: M (6)  M (4)  21800 ]

6. Considere que numa dada comunidade, a taxa normal de consumo de água em biliões de galões é
dada por W ' (t )  t  e 0,02t , onde t  0 representa 1980. Calcule o nível total de consumo de água
W (t ) para o período de 1980 – 1990.
10
0,02t
[Sol.: W ( t )   ( t e )dt  61 biliões de galões]
0

22
7. Numa mina de zinco extrai-se o minério a uma taxa Z ' (t )  18t  . Calcule o montante total de
t
minério extraído entre: a) o ano 0 e o ano 9; e b) o ano 0 e o ano n.
2
[Sol.: a ) Z ( t )  597000t ; b) Z ( t )  9n  44 n ]

8. Dez mil dólares foram depositados num banco a uma taxa de juro nominal/ano de 8%, composta
continuamente. Calcule o valor médio do dinheiro nos próximos 5 anos.
15 0,08t
[Sol.: - m  10000e dt  12296 ]
500

9. Numa mina de ouro extrai-se o minério a uma taxa de G' (t )  4,8e 0,016t toneladas. Calcule a
extracção total entre: a) o ano 0 e o ano 10; b) o ano 0 e o ano n.
[Sol.: a) G(t )  300(1,17351 1)  52 ton; b) G(t )  300(e 0,016n  1) ]

10. Na comercialização em dólares, de um certo produto, a receita marginal é dada por


R ' (q)  10q  100 e o custo marginal é dado por C (q)  2,5q . Para o intervalo 2  q  8 ,
obtenha:
a) A variação total da receita
b) A variação total do custo
c) A variação total do lucro
Por: Ismael Cassamo Nhêze
d) A interpretação gráfica da variação total do lucro obtida na alínea anterior
8 8 8
[Sol.: a)  (10q  100)dq  300 ; b)  2,5qdq  75 ;  L dq  225 ; d)A variação do
,
c)
2 2 2
lucro é dada pela área entre as curvas da receita marginal e custo marginal no
intervalo 2  q  8 ]

11. Na comercialização, em dólares, de uma peça automática, a receita marginal é dada por
R ' (q)  3q 2 e o custo marginal é dado por C (q)  27 . Para o intervalo 1  q  3 ., obtenha:
a) A variação total da receita
b) A variação total do custo
c) A variação total do lucro
d) A interpretação gráfica da variação total do lucro obtida na alínea anterior
3 3 3

 3q dq  26 ; b)  27dq  54 ;  L 'dq  28 ;


2
[Sol.: a) c) d) A variação do lucro é
1 1 1
dada pela área entre as curvas da receita marginal e custo marginal no intervalo
1 q  3]

12. Calcule o excedente do consumidor (CS) para cada uma das seguintes curvas de procura nos pontos
indicados:
a) p  375  3x 2 ; xo  10, po  75 };
350
b) p  ; xo  20, po  14 .
x5
[Sol.: a) CS  2000; b) CS  283,30 ]

13. Para uma certa população a propensão marginal a consumir é dada por Cmg  c ' ( y)  0,7 sendo o
consumo c uma função da renda y dos consumidores.
a) Obtenha a variação total da poupança quando a renda variar no intervalo 1000  y  1500
b) Obtenha a função consumo sabendo que, para uma renda de 1000 USD o consumo é de
910 USD
[Sol: a) A variação do consumo é de 350 USD ; b) c( y)  0,7 y  210 ]

14. Numa Empresa, a produção marginal de alimentos beneficiados é dada por P '  q 3 , onde q
representa o capital investido em equipamentos. A produção é dada em toneladas e o capital
investido em equipamentos. A produção é dada em toneladas e o capital em milhares de reais.
a) Obtenha a variação total da produção quando o capital investido varia de 2 até 5 milhares de
dólares
b) Obtenha a função produção sabendo que, para 10 mil dólares investidos em equipamentos,
resulta uma produção de 2500 toneladas de alimentos.
q4
[Sol: a) A variação da produção é de 152,25 toneladas; b) p(q)  ]
4

15. Calcule o excedente do produtor (PS) para cada uma das seguintes curvas de oferta nos pontos
indicados:
a) p  x 2  4 x  60; xo  5, po  85 ;
Por: Ismael Cassamo Nhêze
1
b) p  5  x ; xo  144, po  8 .
4
[Sol.: a ) PS  33,33 b) PS  144 ]

16. Na compra de um modelo de TV, a função demanda é dada por p(q)  1000  200q .
a) Encontre o excedente do consumidor se o preço de mercado da TV é $400,00.
b) Represente graficamente o excedente do consumidor encontrado na alínea anterior
[Sol.: … … …]

17. Na venda de um modelo de TV, a função oferta é dada por p(q)  50q  250 .
a) Encontre o excedente do produtor se o preço de mercado da TV é $400,00
b) Represente graficamente o excedente do produtor encontrado na alínea anterior

[Sol.: a) EP  $225,00 ; b) O gráfico neste caso é a área compreendida entre a recta de


equação p(q)  50q  250 e a recta horizontal po  400 ]

18. Na compra de sapatos, a função demanda é dada por p(q)  108  3q 2 .


a) Encontre o excedente do consumidor se o preço de mercado é $60,00
b) Represente graficamente o excedente do consumidor encontrado na alínea anterior.
[Sol.: … … …]

19. Na venda de sapatos, a função oferta é dada por p(q)  3q 2  12 .


a) Encontre o excedente do produtor se o preço de mercado é $60.00
b) Represente graficamente o excedente do produtor encontrado na alínea anterior.

[Sol.: a) EP  $128,00 ; b) O gráfico neste caso é a área compreendida entre a curva de


equação p(q)  3q 2  12 e a recta horizontal po  60 ]

20. O stock de uma empresa após t meses é dado por N (t )  25  48t  4t 2 para 0  t  12 . Calcule o
stock médio, m, durante o primeiro trimestre do ano. I. É., nos primeiros três meses.
1 3
[ Sol.: m   N (t ) dt  85 ]
30 0

21. Um fabricante introduziu uma nova técnica, o que possibilitou uma taxa de poupança anual de
S ' (t )  400  t 2 dólares. O custo marginal de produção Cmg  C ' (t )  t 2  20t em dólares por ano
também sofreu um acréscimo devido à nova técnica.
a) Durante quanto tempo será a utilização da nova técnica lucrativa?
b) Determine o montante total T poupado durante esse período.

[ Sol.: a) t  10 ; e, fazendo: 400  t 2  t 2  20t  2(t 2  10t  200)  0  t  10 ; b) N.B.: -


esboçar primeiro os dois gráficos no mesmo sistema de coordenadas e encontrar o

Por: Ismael Cassamo Nhêze


ponto comum, depois b) achar os limites de integração (t  0; t  10) e resolver o
10
integral, T   [ S ' (t )  C ' (t )]dt  2333,33 ].
0

22. Segundo as estimativas dos engenheiros, o custo de um novo produto é de CT ( x)  6 x  15 .


Calcule o custo médio CM e  m decorrente da produção das primeiras 64 unidades.
b
1
[Sol.: 47. m  f ( x ) dx  47 ]
baa

23. Para uma empresa, um determinado produto gera uma renda a uma taxa de $200.000,00 por ano.
Ao ser obtida, tal renda é aplicada várias vezes ao dia a uma taxa anual de 10% composta
continuamente. Qual o valor futuro acumulado para esse fluxo de renda após 4 anos?
[Sol.: VF  $983.709,21 ]

24. Numa empresa, a produção de uma máquina é vendida e proporciona uma renda a uma taxa de
$40.000,00 por ano. Ao ser obtida, tal renda é aplicada várias vezes ao dia a uma taxa anual de 12%
composta continuamente. Qual o valor presente dessa máquina, considerando uma vida útil de 10
anos e mantidas as mesmas taxas de renda e de juros nesse período?
[Sol.: VF  1.075,47 dólares]

25. Determine o valor futuro de um fluxo de renda, em que a renda é gerada segundo uma taxa dada
por R( x)  10 x  200 (milhares de dólares/ano), a capitalização contínua é feita a uma taxa anual
de 10% e o período é de 4 anos.
[Sol.: … … …]

26. Uma companhia calcula que a taxa de renda produzida por uma máquina no tempo t será
5000  100t dólares por ano. Determinar o valor presente deste fluxo contínuo de rendimentos
durante os próximos quatro anos, com uma taxa de juros de 6%.
4
[Sol.:  (5000  100t )e 0,06t dt  17098 dólares]
0

27. O dono de um cinema está a considerar dois planos alternativos para reformas do cinema. O plano
A exige um desembolso de 250.000 dólares, enquanto o plano B requer um desembolso de 180.000
dólares. Foi estimado que, adoptando o plano A, resultaria um fluxo de renda líquida gerado à taxa
de f ( x)  630.000 dólares por ano, enquanto o plano B resultaria num fluxo de renda gerado à
taxa de g ( x)  580.000 dólares por ano pelos próximos 3 anos. Se a taxa de juros pelos próximos 5
anos for de 10% ao ano, qual dos dois planos gerará maior renda líquida ao final dos 3 anos?

[Sol.: Fazendo:
3
- Para o plano A,  630.000e 0.1x dx  250.000    1.382.845 .
0
3

 580.000e
0.1x
- Para o plano B, dx  180.000    1.323.254 .
0
Assim, conclui-se que o plano A geraria uma renda maior no final dos 3 anos]

Por: Ismael Cassamo Nhêze


28. Suponha que uma indústria está perante um problema de escolha entre dois métodos de produção
de um dado produto. Quando x unidades do produto estão sendo produzidas, os métodos I e II têm
os respectivos custos marginais CI e CII a seguir indicados. Então qual o método de produção mais
2
 x   x / 1000
barato, se 4000 unidades estão sendo produzidas tendo em conta que, C I ( x)  5    e
 1000 
400
, e C II ( x)  3  .
x2

4000
[Sol.: TI   [5  ( x / 1000)  e  x / 1000]dx  18.476 ;
2

0
4000
TII   [3  400 /( x  2) ]dx  15.041 . Donde se conclui que o método II
2

0
é que poderá conduzir a um custo de produção global mais baixo]

29. Estima-se que um determinado investimento gerará renda à taxa de R( x)  200.000 dólares/ano
pelos próximos 5 anos. Determinar o valor presente desse investimento se a taxa de juros
prevalecente é de 8% ao ano compostos continuamente.
[Sol.: 824.200 dólares]

30. Determine o valor de uma anuidade com pagamentos de 250,00 dólares/mês por um período de 20
anos rendendo juros à taxa de 8% ao ano compostos continuamente.
[Sol.: 148.239 dólares]

31. Um indivíduo deposita 150 dólares/mês numa poupança que rende juros de 8% compostos
continuamente. Calcular o montante que ele terá na sua conta após 15 anos.
[Sol.: 52.203,00 dólares]

32. Uma Família deseja estabelecer uma conta de custódia para financiar a educação dos seus filhos. Se
eles depositarem 200 dólares/mês por um período de 10 anos numa conta poupança rendendo juros
de 9% ao ano compostos continuamente, qual será o saldo da poupança ao fim desse período?
[Sol.: ....dólares]

33. Estime o valor presente de uma anuidade se os pagamentos são de 1200 dólares/mês por um
período de 15 anos e a conta rende juros à taxa de 10% ao ano compostos continuamente.
[Sol.: 11.869,00 dólares]

34. Um grupo de ex-estudantes de uma universidade deseja instituir uma bolsa anual no valor de 1500
dólares a partir do próximo ano. Se o fundo de bolsa de estudos rende juros a uma taxa de 8% ao
ano compostos continuamente, encontre o valor da doação que estes necessitam de fazer hoje.
[Sol.: 18.750 dólares]

Por: Ismael Cassamo Nhêze


35. O valor presente de um fluxo perpétuo de renda que flúi continuamente a uma taxa P(t )

dólares/ano é dado pela fórmula VP   P(t )e rt dx , onde r é a taxa anual de juros compostos
0
continuamente. Usando a fórmula devida, encontre o valor presente de um fluxo perpétuo de renda
líquida dada pela expressão, P(t )  10.000  4000t dólares por ano.
10.000r  4.000 b
[Sol.: VP  2
dólares, (sug. lim rb  0 )]
r b  e

36. O valor capital (valor presente de venda) CV de uma propriedade que pode ser alugada numa base

perpétua por R dólares anualmente é aproximado pela fórmula CV   Re it dt , onde i é a taxa de
0
juros contínua predominante.
a) Mostre que CV  R / i
b) Encontre o valor capital de propriedade que pode ser alugada por 10.000 dólares/ano quando a
taxa de juros contínua predominante é de 12%.
[Sol.: ... ...]

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Tema 5: Séries Numéricas
Séries Numéricas: Definição. Critérios de Convergência. Séries de Potências. Intervalo de
Convergência. Séries de Taylor. Séries de MacLaurin. Desenvolvimento de Funções Elementares
através das Séries de Taylor e de MacLaurin.

1. Séries Numéricas
Em matemática, o conceito de série, ou ainda, série infinita, surgiu da tentativa de generalizar o
conceito de soma para uma sucessão infinita.

Esta generalização traz diversas dificuldades:

 Nem sempre é possível definir uma soma para uma série;


 Não é possível em geral trocar a ordem dos termos da série;
 Algumas séries possuem soma infinita.

Exemplo: Considere a dízima periódica que resulta da divisão de 1 por 3:

1
 0,333...
3

Esta dízima pode ser reinterpretada como a soma da série:

0,3 + 0,03 + 0,003 + 0,0003 + 0,00003 + …

1
E neste caso, dizemos que a soma desta série é
3

 Notação

Se forem a1, a2, a3, a4, …, an ,… os termos da sucessão que desejamos somar. A soma S da série será:

S   an
n 1

No exemplo anterior, temos an  3  10  n , que forma uma progressão aritmética de razão 10 − 1.

E denotamos a série da seguinte maneira


S   3  10  n = 0,3 + 0,03 + 0,003 + 0,0003 + 0,00003 + …
n 1

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Chamamos de soma parcial até o termo n, Sn a soma dos n primeiros termos de uma série:
n
S n   a n  a1  a 2  a3   a n
n 1

Por Exemplo:

S1= a1, S2= a1+ a2, S3= a1+ a2 + a3 , Sn= a1+ a2 + a3 + … + an

 Definição

Define-se a soma S de uma série infinita, o limite das somas parciais quando este limite existe:
 n
S   a n  lim  a n  lim S n
n n
n 1 n 1

Quando este limite existe, definimos ainda o resíduo de ordem n da série, pela seguinte série:

Rn   a n
n 1

Esta definição nos permite escrever: S  S n  Rn para todo n 1 .

A soma parcial pode, portanto, ser interpretada como uma aproximação para a soma da série, enquanto
que o resíduo é o erro desta aproximação.

É claro que: lim Rn  lim S  S n   0


n  n 

 Classificação das séries quanto a convergência

As seguintes classes se aplicam a séries numéricas:

 Série convergente: existe o e é finito.


 Série divergente: existe o e é infinito.

 Série oscilante: não existe o lim  a n (genericamente diz-se divergente)
n 
n 1

 Série absolutamente convergente: existe o e é finito.


 Série condicionalmente convergente: série convergente porém não é absolutamente
convergente.

Observação: Toda série absolutamente convergente é convergente.

 Algumas Séries Notáveis

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Série geométrica


A série geométrica é formada pelos termos de uma progressão geométrica r
n 1
n

Do conhecimento sobre a soma dos termos de uma progressão geométrica podemos concluir que

r
S rn  , para | r | < 1. Portanto esta série é convergente.
n 1 1 r

r
É mais usual: S   r n 
n0 1 r

Série harmónica

A série harmónica é formada pelos termos de uma sucessão harmónica



1 1 1 1 1
S    1        . Esta série é divergente (podemos provar utilizando os testes de
n 1 n 2 3 4 n
convergência que faremos referencia a seguir).

Teorema 1: Uma série convergente (divergente) permanece convergente (divergente) se um número


finito de seus termos é alterado.

Teorema 2: A soma de uma série convergente é única.

 
Teorema 3: Se  an converge para S. então
n 1
 ka
n 1
n , sendo k uma constante, converge para kS.. Se
 

 an diverge, então
n 1
 ka
n 1
n , k ≠ 0 também diverge.


Teorema 4: Se a
n 1
n converge, então lim a n  0 .
n

Obs: O recíproco não é verdadeiro.


Teorema 5: Se lim a n  0 , então
n
a
n 1
n diverge.

Obs: O recíproco não é verdadeiro.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


 Testes de Convergência e Divergência de séries positivas


Definição: Uma série a
n 1
n com todos os seus termos positivos, é chamada série positiva.


Teorema 6: Uma série positiva a
n 1
n é convergente se a sucessão das somas parciais {Sn} é limitada.

Obs: Este teorema segue-se do facto de que a sucessão das somas parciais de uma série positiva é
sempre não crescente.


Teorema 6 (Teste da comparação para convergência): Uma série positiva a
n 1
n é convergente se cada

termo (talvez, depois de um número finito) é menor ou igual ao correspondente de uma



série positiva convergente c
n 1
n .


Teorema 7 (Teste da comparação para divergência): Uma série positiva a
n 1
n é divergente se cada

termo (talvez, depois de um número finito) é maior ou igual ao correspondente de uma



série positiva divergente d
n 1
n .

Exemplo: Examinar a convergência das seguintes séries usando o teste da comparação:


1 1 1 1 1 1
a)     2
2 5 10 17 n 1
 . Sabendo que a série n
n 1
2
é convergente.


1 1 1 1 1
b) 1 
2
  
3 2 n
  . Sabendo que a série n
n 1
(harmónica) é divergente.

Resolução:

1 1 1
a) O termo geral a n   2 para qualquer n  IN. Logo a série
n 1 n
2 n
n 1
2
1
é convergente.


1 1 1
b) O termo geral a n 
n

n
, isto é a série dada é majorante da série n
n 1
. Logo é divergente.

Por: Ismael Cassamo Nhêze



Teorema 8 (Teste da Integral): Seja f(x) uma função tal que f(n) seja o termo geral an da série a
n 1
n de

termos positivos. Se f(x) > 0 e não crescente no intervalo x >  onde  é algum inteiro positivo; então a
 
série a
n 1
n converge ou diverge conforme  f ( x)dx existe ou não existe.

Exemplo: Examinar a convergência das seguintes séries usando o teste da integral:


1 1 1 1 1
a) 1        ( Série harmónica)
2 3 4 n
b)  4n
n 1
2

Resolução:

1 1 1
a) O termo geral da série n
n 1
é an 
n
podemos considerar f ( x)  .
x
Para x > 1, f(x) > 0 e decresce quando x cresce. Estão reunidas as condições para aplicar o teste da
integral. Fazendo  = 1 temos:



f ( x ) dx 
  dx
 lim
U dx
1 x U   1 x  Ulim  
ln x 1U  Ulim
 
ln U  ln 1  
O integral não existe e, portanto, a série é divergente.

1 1
b) Neste caso f (n)  a n  2
. Seja f ( x)  2 . No intervalo x > 1 , f(x) > 0 e é decrescente.
4n 4x
U
 dx  U dx  1  1 1 1
 f ( x)dx =  1 4x 2  Ulim 
  1 4 x 2
 lim    lim 
U  
 4 x  1 U    4U
2
 
4 4
Portanto a série é convergente.


a n 1
Teorema 10 (Teste da razão): Uma série positiva a
n 1
n converge se lim
n   a
1 e diverge se
n

a n 1 a
lim 1 ou se lim n1    . Se o limite é 1 ou não existe, o teste é inconcludente.
n   a n  a
n n


n
Exemplo: Examine a convergência da seguinte série usando o teste da razão 3
n 1
n
:

Resolução:

n 1
Dado que a n 
n a
então lim n 1  lim 3 n 1
= lim
n  13 n
 lim
n  1  1 1
n 1
3 n n   an n   n n    n 3 n    n 3 3
n 1
3
Por: Ismael Cassamo Nhêze
Logo a série é convergente.


Teorema 10 (Teste da raiz): Uma série positiva a
n 1
n converge se lim
n 
n an 1 e diverge se

lim n an 1 . Se o limite é 1 o teste é inconcludente.


n 


1
Exemplo: Examine a convergência da seguinte série usando o teste da razão n
n 1
n
:

Resolução

1 1 1
Dado que a n  n
então lim n n  lim  0 1 . Portanto a série é convergente.
n n  n n  n

 Séries com termos negativos

- Uma série somente com termos negativos pode ser tratada como a negativa de uma série
positiva.

 i  1 2 3 4 n
Por exemplo:              pode ser tratada como
i 1  2i  1  3 5 7 9 2n  1


i 1 2 3 4 
         .
i 1 2i 1 3 5 7 9 

Definição: Uma série cujos termos são alternadamente, positivos e negativos chama-se série alternada.


 1n1 1 1 1
Por exemplo: 
n 1 n
1   
2 3 4

Teorema 11: Uma série alternada converge se |an | > |an+1| para todo o n, e lim a n  0 .
n

1 1 1
Exemplo: Mostre que a seguinte série alternada converge: 1  2
 2  2 
2 3 4
 
 1n 1 1 1
Resolução: O termo geral da série é a
n 1
n 
n 1 n2
então a n  2 e a n  1 
n n 12
logo |an | >

1
|an+1| e lim an  lim  0 . Portanto a série converge.
n  n  n2

Por: Ismael Cassamo Nhêze


n
Definição (Convergência Absoluta): Uma série a
n 1
n  a1  a 2  a3   a n   Converge
n
absolutamente se a
n 1
n  a1  a 2  a3   a n   converge.

Corolário 1:Tota a série positiva convergente é absolutamente convergente.

Corolário 2:Tota a série absolutamente convergente é convergente.

  
Definição (Convergência Condicional): Se  a n converge e  an diverge, dizemos que a n é
n 1 n 1 n 1

condicionalmente convergente ou converge condicionalmente.


Teorema 12(Teste da razão para convergência absoluta): Uma série  a n é absolutamente convergente
n 1

a n 1 a
se lim 1 e é divergente se lim n 1 1 . Se o limite é 1 o teste é inconcludente.
n   an n   an

2 3 4
Exemplo: Examine a convergência da seguinte série: 1   2  3 
3 3 3

 
 1n 1
Resolução: O termo geral da série é  an  
n 1 n 1 3 n 1
, aplicando o teste da razão temos

 1n  2
a n 1 3n 3 n 1 1
lim  lim  lim  1 , Logo a série é absolutamente convergente.
n   a n n    1n 1 n    3 n 3
3n 1

EXERCÍCIOS
1. Escreva os primeiros cinco termos das seguintes séries:

1 n3 (n!) 2
a) un  b) un  c) un 
n(n  1) n 1 (2n)!
xn 3
e) un  n3  1  n 2  1
d) un  (1) n 1 
nk

Por: Ismael Cassamo Nhêze


2. Encontre Sn e S para:
1 1 1 1 1 1
a)  2  3   b)   
5 5 5 1 2 2  3 3  4
1 1 1 1
Soulção: a) S n  1  n  e S  b) S n  1  e S1
4 5  4 n 1

1 1 1 1
3. A série 1       converge para 2. Examine a série que resulta quando:
2 4 8 16
a) seus quatro primeiros termos são retirados;
b) os termos 8 + 4 + 2 são acrescentados à série.
1
Soulção: a) S  b) S  16
8
1 2 3 4 1 3 7 15
4. Mostre que as séries a)      e b)      divergem.
3 5 7 9 2 4 8 16

5. Examine cada uma das seguintes séries gemétricas com relação a convergência. Se a série
convergir, encontre sua soma:
1 1 3 9 27
a) 4  1     b) 1    
4 16 2 4 8
16
Soulção: a) S  b) diverge
5

6. Estudar a convergência das séries usando o teste de D’Alembert (ou método da razão)

1 1 1
a) 1    
1 2 1 2  3 1 2  3  n
2 2 2 23 2n
b)    
1 2 3 n
1 2 3 n
c)    
2 3 4 n 1
1 3 5 2n  1
d)  2  3  n 
2 2 2 2

n
e) 1 3n

n!
f) 1 3n
[Sol.: a) convergente; b) divergente; c) divergente; d) convergente; e)
convergente; f) divergente]

7. Estudar a convergência das séries usando o teste de Cauchy (raiz de índice n-ésima)

2 3 n
1 2 3  n 
a)          
3 5 7  2n  1 
Por: Ismael Cassamo Nhêze
2 3 4 n
 2  3  4 n ( n 1)
 n 
b) 1              1 2    
 3 5  7  2n  1 
 n 1 
2 3 n
2  3  4
c)          
1  3  5   2n  1 

2n
d) 
n 1 n

1
e)  n
n 1 n

[Sol.: a) convergente; b) absolutamente convergente; c)convergente; d)


... ; e) convergente]

8. Estudar a convergência das séries usando o teste da Integral

1 1 1 1 1
a)     2 
4 16 36 64 4n
1 1 1 1 1
b) 1         
2 3 4 5 n
1 1 1 1
c) 1  p  p  p    p  
2 3 4 n

1
d) 
n 1 2n  1

[Sol.: a) converge; b) diverge; c) converge se p>1, e diverge no caso contrário,


isto é, quando p=1 ou p<1 ; d) diverge]

9. Examine a convergência ou a divergência das seguintes séries alternadas.

a) 1 
1

1

1

 1n1  
1.2 1.2.3 1.2.3.4 n!


b)   1
n 1 n 1
n 1 n

 1n 1
c) 
n 1 2n  1
[Sol.: a) converge; b) diverge; c) converge]

10. Examine a convergência condicional ou absoluta das séries abaixo.


23 25 27 2 2 n 1
a) 2     
3! 5! 7! 2n 1!

 1n 1
b) n
n 1
2
2
[Sol.: a) b) são absolutamente convergente]

Por: Ismael Cassamo Nhêze


11. Estude a convergência das séries:
 
n2  2n  1 
n
a)  b)  (1) n 1 
2
n 1 (n  1)(n  3) n 1  5n  7 

12. Mostre que as seguintes séries convergem para as somas indicadas:


  
2 1 3 2 n  3n 3
a)  3 b)   c)  
n 1 3n 1 2
n2 n 1
4
n 1 6n 2

Séries de Potências.

Definição 1: Uma série infinita da forma c x c x
i 0
i
i
i
i
 c0  c1 x  c2 x 2    cn x n   onde os c’s são

constantes, chama-se série de potências.

Definição 2: Uma série infinita da forma




 c x  a    c x  a   c0  c1 x  a   c2 x  a     cn x  a    onde os c’s são constantes,


i i 2 n
i i
i 0

chama-se série de potências em (x –a).

Exemplos


 1i 1 x i  x  x  x 3  x 4    1
1 1 1 n 1 1 n
a) 
i 1 i 2 3 4 n
x 


x  2i 1 x  2 x  2 x  2    x  2 
2 3 n 1

b) 
i  2 i 1
2

1

2 2

32 n 12
 Intervalo de convergência

Definição 3: Para determinados valores de x para os quais a série de potências converge chama--se intervalo
de convergência ou raio de convergência.

O intervalo de convergência é determinado frequentemente pelo teste da razão para convergência absoluta,
suplementado por outros testes.

x2 x3 x4 n
     1
n x
Exemplo: Encontre o intervalo de convergência de x   
2 3 4 n

Por: Ismael Cassamo Nhêze


x n1
 1n1 n 1
Resolução: Pelo teste da razão, temos lim
a n 1
 lim n  1  lim nx   x lim
n
x
n   an n   n n   n  1x n n  n  1
 1n x

A série converge absolutamente em x  1 . A convergência nos pontos extremos deve ser verificada.

1 1 1
Para x = 1, a série é 1      e converge condicionalmente
2 3 4

 1 1 1 
Para x = -1, a série é  1      e diverge (série harmónica)
 2 3 4 

Logo, o intervalo de convergência é ]-1, 1 ]

 Funções desenvolvidas em Séries

As séries de potências de x podem ser geradas de várias maneiras;

1
Por exemplo 1  x  x 2  x 3    x n 1   para -1 <x <1. Obtida por uma divisão contínua.
1 x

EXERCÍCIOS

13. Para que valores de x as séries seguintes convergem?


x x2 xn
a) 1   ;
2 4 2n
x2 x3 x4 xn
b) x      (1) n 1   ;
22 32 42 n2
x x2 xn
c)    ;
1 1 2 2 n n
2k 3k 3 nk
d) x  x2   x   xn ;
2! 3! n!
x x x
e) senx  2 sen  4 sen    2 n sen  ;
3 9 3n
2 2 2 (1  2  3) 2 3 (1  2  3  4) 2 (n!) 2 n
f) x x  x   x   x  ;
4! 6! 8! (2n)!

[Sol.: a)  2  x  2 ; b)  1  x  1 ; c)  1  x  1 ; d)    x   ; e)
   x   ; f)  4  x  4 ].
Por: Ismael Cassamo Nhêze
1
14. Desenvolver em série de potências de x e indicar o intervalo de convergência
10  x
[Sol.: … … …]

15. Desenvolver e  x segundo as potências de x.

x2 x3
[Sol.: 1  x   ]
2! 3!

16. Desenvolver x 3  2 x 2  5x  7 segundo as potências de x  1 .

[Sol.;  3  4( x  1)  ( x  1) 2  ( x  1) 3 ]

17. Desenvolver o polinómio x10  2 x 9  3x 7  6 x 6  3x 4  6 x 3  x  2 em série de Taylor das


potências de x  1 . Mostre também que 1 é raiz tripla deste polinómio.

[ Sol. : f ( x)  81( x  1) 3  270( x  1) 4  342( x  1) 5 


 330( x  1) 6  186( x  1) 7  63( x  1) 8  12( x  1) 9  ( x  1)10 ]

18. Desenvolver cos( x  a) segundo as potências de x .

x2 x3 x4
[Sol.: cos a  x sen a  cos a  sen a  cos a  ... ]
2! 3! 4!

19. Desenvolver ln x segundo as potências de x  1 .


1 1 1
[Sol.: ( x  1)  ( x  1) 2  ( x  1) 3  ( x  1) 4  ... ]
2 3 4

20. Desenvolver sen kx em série de MacLaurin.

(kx ) 3 (kx ) 5 (kx ) 7


[Sol.: kx     ]
3! 5! 7!

21. Desenvolver sen 2 x segundo as potências de x e determine o intervalo de convergência.

Por: Ismael Cassamo Nhêze


2 x 2 23 x 4 25 x 6 2 2n 1  x 2n
[Sol.:      (1)  ]
2! 4! 6! (2n)!

 
22. Desenvolver cos x segundo as potências de  x   .
 4
2 3
1 1   1   1  
[Sol.:  x  x    x   ]
2 2 4 2 2 4 6 2 4

23. Desenvolver e x segundo as potências de ( x  2) .

e2 e2
[Sol.: e 2  e 2 ( x  2)  ( x  2) 2  ( x  2) 3   ]
2! 3!

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Tabela de Derivadas
(Nota: u e v designam funções de x, u’ e v’ as funções derivadas de u e v, e k uma constante. E, ln é o símbolo de logarítmo natural)

Função Derivada Função Derivada Fórmulas Trigonométricas


(1) y  k y'  0 (17) y  ln u y ' u'
(1) tg 
sen (2) cot g  1
 cos
u cos tg sen

(2) y  x y'  1 (18) y  ln u1 y'   uu' (3) sec  1


(4) cos ec  1
cos sen
(3) y  u y'  u' (19) y  ln uv y'  u 'v uv ' (5) sen( )   sen (6) cos( )  cos 
uv
(4) y  kx y'  k (20) y  ln k u y'  1 u 'v uv '
 uv (7) cos( 2   )  sen (8) sen( 2   )  cos 
v k

(5) y  ku y'  k.u' (21) y  sen u y'  cos u . u' (9) sen 2  cos 2   1
(6) y  u  v y'  u'v' (22) y  cos u y'   sen u . u' (10) sen(   )  sen cos   cos  sen
(7) y  uv y'  u'.v  u.v' (23) y  tg u y'  u'
 sec 2 u . u' (11) sen(   )  sen cos   cos  sen
cos2 u

(8) y  u
y' 
u '.v  u.v ' (24) y  cot g u y'   senu'2u   cos ec 2 u . u' (12) cos(   )  cos  cos   sen sen
v v2

(9) y  k
y'   u2
k u' (25) y  sec u y'  sec u . tg u . u' (13) cos(   )  cos  cos   sen sen
u

(10) y  uk y'  k.u k 1


. u' (26) y  cos ec u y'   cos ec u . cot g u . u' (14) sen2  2sen cos 

(11) yk u u
1
k y'  u' (27) y  arc sen u y'  u'
(15) cos 2  cos 2   sen 2
k . k u k 1 1u 2

(12) y u
y'  21  v

u 'v  uv ' (28) y  arc cos u y'   u'
(16) sen  sen  2sen  2  cos  2
v u v2 1u 2

(13) y  ku y'  k u . ln k . u' (29) y  arc tg u y'  u'


(17) sen  sen  2sen  2 cos  2 
1u 2

(14) y  eu y'  e u . u' (30) y  arc cot g u y'   1uu' 2 (18) cos   cos   2 cos  2  cos  2
(15) y  uv y'  u v ln u v'  v. u v1 u' (31) y  arc sec u y'  u'
(19) cos   cos   2sen  2  sen  2
u . u 2 1

(16) y  log k u y ' u' (32) y  arc cos ec u y'   u'


(20) lim
sen 
1
 0 
u . ln k u . u 2 1

Por: Ismael Cassamo Nhêze


Tabela de integrais
(Nota: a, b, C, m, n e p designam constantes e u, v e w designam funções de x; ln é o símbolo
de logaritmo natural)

1)  0 dx  C
2)  df ( x)  f ( x) +C
3)  dx  x +C
4)  a f ( x) dx  a f ( x) dx
5)  a dx  ax +C
( y ) dy
6)  ( y) dx   y'
dy; onde, y' 
dx
7)  (u  v  w) dx   udx   vdx   wdx
8)  u dv  uv   v du
dv du
9)  u dx dx  uv   v dx dx
x n 1
 x dx 
n
10) +C
n 1
u  1
11)  u du 

 C; (  1) ;
 1
du
12)  u
 ln | u | C

au
 a du   C; (a  0)
u
13)
ln a

 e du  e  C;
u u
14)

15)  sen u du   cos u  C


16)  cos u du  sen u  C
17)  tg u du   ln | cos u | C  ln | sec u | C
18)  cot g u du  ln | sen u | C
TABELA DE INTEGRAIS (continuação)
(Nota: a, b, C, m, n e p designam constantes e u, v e w designam funções de x; ln é o símbolo de
logaritmo natural)

19)  sec u du  ln | sec u  tg u | C


20)  cos ecu du  ln | cos ecu  cot g u | C
 sec u du  tg u  C
2
21)

 cos ec u du   cot g u  C
2
22)

23)  sec u  tgu du  sec u  C


24)  cos ec u  cot g u du   cos ec u  C
du u
25)  a2  u2
 arcsen  C; (u 2  a 2 )
a
du 1 u
26) a 2
u 2
  arctg  C; (a  0)
a a
du 1 u
27) u u2  a2

a
 arc sec  C; (u 2  a 2 )
a
du 1 ua
28) u 2
a 2

2a
 ln
ua
 C; (u 2  a 2 , a  0)

du 1 au
29) a 2
u 2

2a
 ln
a u
 C; (u 2  a 2 , a  0)

du
30)  u a2 2
 ln | u  u 2  a 2 |  C;

du
31)  u a2 2
 ln | u  u 2  a 2 |  C; ( se, u 2  a 2 )

1 1 u
32)  a 2  u 2 du 
2
 u  a 2  u 2   a 2  arcsen  C
2 a
1 1
33)  u 2  a 2 du 
2
 u  u 2  a 2   a 2  ln | u  u 2  a 2 | C
2
1 1
34)  u 2  a 2 du 
2
 u  u 2  a 2   a 2  ln | u  u 2  a 2 | C
2
xdx 1
35)  a  bx  b 2
 [a  bx  a ln (a  bx)]  C

xdx 1 a
36)  (a  bx) 2

b 2
[ln (a  bx) 
a  bx
]C

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BIBLIOGRAFIA

[1] A. C. Chiang, Matemática para Economistas, Editora McGraw-Hill, São Paulo,


1982.
[2] L. D. Hoffmann, Cálculo: Um Curso Moderno e Suas Aplicações, Livros
Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro, 1995.
[3] M. Rosser, Basic Mathematics for Economists, Editora Routledge, Londres,
1993.
[4] Ayres, Frank Jr. & Mendelson, Elliott; Cálculo Diferencial e Integral.
[5] Beirão, João carlos, Intodução à Análise Matemática, Textos Editores, 2006
[6] Nhêze, Ismael Cassamo, Matemática 10ª Classe, Textos Editores, 2006
[7] N. Piskounov, Cálculo Diferencial e Integral, Volume I, Lopes da Silva Editora,
1986
[8] Bucchi, Paulo, Matemática Volume Único, Editora Moderna, São Paulo,1992

[9] James Stewart; Cálculo, 5ª Edição, Editora Pioneira Thomson Learning, São
Paulo 2006

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