Identificação e avaliação
JULIANO MONTAÑO 01/04/2016 12 COMENTÁRIOS MEIO AMBIENTE
Mas, você sabe executar esta etapa tão importante? Sabe realizar a identificação de um
aspecto ambiental? Sabe qual o impacto associado a este aspecto? Sabe dizer se um
aspecto é significativo ou não?
Não se preocupe. Neste artigo vamos ajudá-lo nesta tarefa! Ao término dele,
você certamenteserá capaz de realizar o levantamento de aspectos e impactos
ambientais de uma atividade.
ANTES DE COMEÇARMOS...
Você realmente sabe a diferença entre um aspecto e um impacto ambiental? Tem os
conceitos bem definidos? Sugerimos que você leia este artigo antes de continuar.
“4.3 Planejamento
1. PLANEJAMENTO INICIAL
Estas e outras perguntas devem ser respondidas, para que não haja trabalhos mal feitos,
ou mesmo retrabalho.
Há quem seja contra o bom e velho procedimento escrito, mas particularmente, eu acho
extremamente importante. O procedimento escrito serve como um manual de como
executar o serviço. Se algum integrante importante da equipe não tiver mais condições
de participar do processo e for substituído, o novo integrante tem um documento sobre o
qual pautar seus trabalhos.
Com certeza esta etapa é a mais trabalhosa. Isto porque você deve conhecer todas as
atividades desenvolvidas em sua organização. Realmente não é uma tarefa simples
pois, normalmente, tende-se a priorizar atividades mais evidentes que são desenvolvidas
pela empresa.
Nesta etapa é interessante buscar o apoio de alguém na empresa que conheça (ou, de
preferência, que já tenha implementado) mapeamento de processos.
Vamos usar um exemplo de uma fábrica de tintas. As atividades mais evidentes são os
processos de produção da própria tinta. Mas a fábrica possui várias
atividades secundáriasque dão suporte à atividade principal: transporte de materiais;
almoxarifado; serviços administrativos...
Deixar de identificar uma atividade desenvolvida na empresa pode resultar em uma falta
de controle dos aspectos associados à ela, o que pode facilmente levar à ocorrência de
um impacto ambiental e, consequentemente, a sanções previstas em lei.
Então, cada etapa será analisada quanto às entradas e saídas (conforme sugere o anexo
A da norma). A seguir, analisamos as etapas da atividade de produção de tintas.
Fluxograma de produção de tinta. Fonte: Guia Técnico Ambiental Tintas e Vernizes -
Série P + L, CETESB (adaptado)
Desta forma, já podemos ter uma ideia dos aspectos ambientais relacionados à etapa de
produção de tintas. Porém, devemos nos lembrar de identificar outros fatores que
podem gerar impactos. Exemplos: problemas em um equipamento podem gerar
vazamento de óleo e contaminação do solo; um incêndio no depósito de tintas provocará
emissões atmosféricas e alteração da qualidade do ar.
3. AVALIAÇÃO
Este é apenas um exemplo, não uma regra. Não há nenhuma normatização para esta
avaliação. Portanto, você pode desenvolver seu próprio método e/ou sua própria
planilha.
Primeiramente realiza-se a caracterização do aspecto. No nosso caso, temos as
seguintes características:
- Esporádica (Es): a operação não é rotineira, mas sua realização é necessária em algum
momento da atividade (manutenções, abastecimentos, etc);
b) Responsabilidade (RESP):
- Indireta (I): aspecto não sujeito ao controle da empresa. Por exemplo, uma empresa
que contrata um serviço de destinação de resíduos não pode controlar os aspectos
diretamente, mas ainda tem responsabilidade por eles.
a) Relevância
OBS: Esta classificação depende do nível de “risco” que a empresa está "disposta" a
assumir. Por exemplo, considerar o resultado 7 como crítico muitas vezes é inviável
para a empresa. Então, pode-se considerar como desprezível a soma entre 3 e 7,
enquanto resultados entre 9 e 15 seriam considerados críticos. Tudo depende dos
critérios utilizados pelo avaliador.
b) Filtros de significância
Aqui são utilizados dois filtros de significância: Requisitos Legais (RL) e Política
Integrada (PI).
4. CONTROLE
- Veja que, apesar de alguns aspectos se “confundirem” com perigos descritos na APR,
outros são distintos. Um exemplo é o monitoramento de ruídos. Para a Segurança do
Trabalho, deve-se monitorar o ruído ocupacional (exposição do trabalhador); já o setor
de Meio Ambiente deve monitorar o ruído perimetral (influência do ruído no entorno);