UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ÁLVARO ROGÉRIO DA COSTA ALVES

MAURÍCIO MORAES GAYER
RAFAEL PINTO GOULART
TIAGO DE MATOS BRAGA

“PORTO ALEGRE PUMPKINS”

Porto Alegre
2013
 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................3
2 CONHECENDO O FUTEBOL AMERICANO.........................................................4
3 HISTÓRIA DO FUTEBOL AMERICANO.............................................................11
4 PORTO ALEGRE PUMPKINS COMO TUDO COMEÇOU................................13
5 CONCLUSÃO.............................................................................................................16
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................17
 1 INTRODUÇÃO

Este trabalho será dividido em três partes:

A primeira parte chamamos de conhecendo o futebol americano onde trataremos

dos equipamentos, o campo e principais regras do esporte.

Na segunda parte contaremos um pouco da historia de como começou o futebol

americano no mundo, como chegou ao Brasil e por fim no Rio Grande do Sul, mais
precisamente em Porto Alegre onde nasceu o primeiro time do estado: O Porto Alegre
Pumpkins.

E a terceira e última parte trata da trajetória do time de futebol americano o

Porto Alegre Pumpkins, ainda jovem teve sua fundação em 2004, portanto menos de dez
anos de existência em um esporte pouco conhecido e difundido no Brasil, mas que vem
com muita garra e determinação para ganhar títulos e popularizar o esporte em nosso
país.

Duas vezes ao ano fazem seu try out (seleção de novos jogadores) e a cada ano o
numero de pessoas interessadas em fazer parte da equipe é maior, o que mostra que
temos um grande potencial de crescimento para o futebol americano no Brasil.
2 CONHECENDO O FUTEBOL AMERICANO

 Equipamentos:

Bola: consiste em uma bexiga de poliuretano, inflada, revestida de couro de vaca

e uma rede de corda. De formato oval, seu peso varia entre 397 a 425 gramas, sua
circunferência é de 71,12 cm e possui 27,94 cm de largura.

 Protetores e roupa:
  Campo:

Um campo oficial é um retângulo que tem 110 metros (120 jardas) de

comprimento e 49 metros (53 jardas e 1 pé) de largura. A maioria dos campos é coberta
por grama e instalado em um estádio ao ar livre. Quando encontrados em estádios
cobertos, os campos são feitos com grama artificial.

Linha lateral: É a linha limite de 1,8 metros de comprimento de cada lado do

campo de futebol.

Linha de fundo: É a linha limite de 1,8 metros de comprimento que liga as duas
linhas paralelas laterais. As linhas de fundo e as laterais compõem a forma retangular do
campo.

End Zone (zona de pontuação): São as duas áreas de 9 metros de comprimento

em cada extremidade do campo dentro da linha de fundo.

Linha de Gol: É a linha de 20 cm de comprimento que atravessa a frente da End

Zone.

Linhas de jardas e a divisa de interferência: Ao longo de todo o campo as

divisas de interferência marcam cada jarda em ambos os lados do campo. A cada 45
metros (50 jardas), uma linha branca sólida vai de uma linha lateral à outra e a cada 9
metros (10 jardas) estas linhas são numeradas (por exemplo: 10, 20, 30, 40, etc.).
 Traves Centralizadas: Na parte de trás da End Zone estão os postes com 3
metros de altura conectados por uma barra horizontal atravessada. Em cada extremidade
da barra atravessada de 5,5 metros há um poste perpendicular que se ergue a 9 metros
do solo.

 Posições jogadores

Um time de futebol americano é composto por três equipes: Offense (ataque),

Defense (defesa) e Special Teams (times especiais).

OFFENSE (Ataque)

Quarterback (QB) – É o encarregado de distribuir passes e muitas vezes de

chamar as jogadas, é o cérebro por trás do Ataque.

Wide-Receiver (WR) – Executam rotas infiltrando-se na defesa para receber

passes e conquistar jardas para sua equipe, podem bloquear em casos de corrida.

Tight-End (TE) – Dependendo da jogada pode tanto receber passes como

bloquear adversários alinhando perto da linha ofensiva para proteger seu Quarterback.
 Running Backs (RB) – São os corredores. Responsáveis por carregar a bola
através da defesa, também são aptos a receber passes e bloquear para proteger o
Quarterback.

Halfback (HB) – São corredores ágeis e muito rápidos, carregam a bola por
terra recebendo “handoffs” (passagem de bola do Quarterback para o corredor).

Fullback (FB) – Um corredor mais forte e menos rápido que o Halfback. Sai na
frente abrindo caminho para o Halfback através de bloqueios feitos nos adversários.
Pode bloquear para seu Quarterback ou até mesmo carregar a bola consigo utilizando
sua força para conquistar jardas.

Center (C) – O líder da linha ofensiva, muitas vezes dita os bloqueios e estuda a
linha defensiva, ele é quem começa a jogada realizando o “Snap” (passar a bola por
debaixo das pernas para o seu Quarterback, dando início a jogada).

Offensive Guard (OG) – São sempre dois e ficam posicionados um de cada

lado do Center, são responsáveis por todos os jogadores que tentarem passar por aquele
espaço da linha, seus principais adversários são os Defensive Tackles.

Offensive Tackle (OT) – Também são dois e ficam posicionados ao lado de

cada Offensive Guard sendo cada um o responsável por sua extremidade da linha. O
Offensive Tackle esquerdo é geralmente o jogador mais importante da linha ofensiva,
pois se o Quarterback for destro (e a grande maioria é) ao fazer o movimento de passe
ele gira o corpo e perde o campo de visão esquerdo, passando a não enxergar nada que
vem dali e ficando extremamente vulnerável.

Slotback (SB) – É uma mistura entre um Wide-Receiver e um Runnning Back,

seu alinhamento é perto da linha ofensiva bem atrás dos Offensive Tackles, bloqueiam e
recebem.

DEFENSE (Defesa)

Defensive Line (DL) – Linha defensiva. Alinham-se bem na frente da linha

ofensiva travando uma verdadeira guerra de titãs a cada “down”.

Defensive Tackle (DT) – Jogam bem no centro da linha defensiva tendo como
principal função fechar os “gaps” (espaço entre os jogadores da linha) do centro para
impedir corrida ou, se conseguirem, passar pelos bloqueios da linha ofensiva, atacar o
Quarterback fazendo um “Sack” (quando algum jogador consegue passar pela linha
ofensiva e derrubar o Quarterback ainda com a bola na mão).

Defensive End (DE) – Atua nas extremidades da linha defensiva, seu principal
objetivo é “sackar” o Quarterback e impedir qualquer possibilidade de corridas pelas
laterais.

Linebackers (LB): Jogam logo atrás da linha defensiva e tem diversas funções
dependendo da situação. Atacam o Quarterback, marcam os “Receivers” e param
corridas “tackleando” os Running Backs.

Middle Linebacker (MLB) – Geralmente são os líderes da defesa, muitas vezes

chamam as jogadas defensivas, efetuam Blitz no Quarterback, cobrem passes e
derrubam Running Backs.

Outside Linebacker (OLB) – Podem ter diversas funções dependendo da

formação e do estilo de jogo do time, no lado direito se chamam Right Outside
Linebacker (ROLB) e na esquerda Left Outside Linebacker (LOLB).

Cornerback (CB) – Geralmente são dois e cada um é responsável por cobrir os

Wide Receivers. Cornerbacks devem tentar impedir os passes do Quarterback dando
tapas na bola ou até mesmo fazendo uma interceptação, em situações de corrida eles
devem parar o corredor tanto forçando-o a ir para o meio do campo e ser tackleado
pelos Linebackers, como empurrando-o para fora do campo ou até mesmo derrubando-o
sozinho.

Safety (S) – É a última linha de defesa e geralmente ajudam os Cornerbacks a

cobrir passes em profundidade. Há dois tipos de safety:

o Strong Safety (SS) – É o maior e mais forte dos dois, seu peso e força
extra garantem uma proteção a mais contra corridas ao se
posicionarem no “Strongside” do campo (o lado do tight end).

o Free Safety (FS) – Menor e mais rápido, sempre é o jogador a ficar

mais longe da linha de “Scrimmage” (A linha onde a bola se encontra
no momento) ajudando a cobrir os passes em profundidade.

Dimeback e Nickelback – Raramente são usados, são chamados quando um

time quer uma melhor cobertura no passe pondo-os no lugar de algum Defensive Line
ou Linebackers.
 SPECIAL TEAMS (times especiais)

Kicker (K) – O chutador. Responsável por marcar os “field goals” e os pontos

extras, a bola deve estar no solo durante o momento do chute.

Punter (P) – O “punt” requer que o jogador solte a bola das mãos e chute ela
ainda no ar, normalmente o punt é executado na quarta descida.

Holder (H) – Segura a bola no chão para que o Kicker possa chutar, pode ser o
quarterback do time ou até mesmo o punter.

Long Snapper (LS) – Um tipo de Center especializado em passar a bola

diretamente nas mãos do Holder ou do Punter.

Punt Returner (PR) e Kick Returner (KR) – Retornadores que são

responsáveis por receber as bolas chutadas e tentar correr de volta com ela diminuindo o
máximo possível a distância para seu ataque pontuar.

Gunner – Um jogador que em situações de “Kickoffs” e “punts” é especializado

em correr atravessando o campo o mais rápido que puder e derrubar o Punt Returner
e Kick Returner sem que o mesmo avance muito, geralmente se posicionam próximos
as linhas laterais onde tem menor quantidade de bloqueadores.

Upback – Um bloqueador cuja principal função é proteger o Punter em

situações de punt, pode também receber a bola no lugar do Punter em “fake punts”.

 Regras

O cara ou coroa determina que time vai fazer o "kickoff" (chute que abre a
partida). Em geral, o time que ganha o sorteio prefere receber a posse de bola, para
começar no ataque. O time que chuta começa na defesa.

Durante o jogo, ataque e defesa ficam frente a frente na linha de disputa ("line of
scrimmage"), uma linha imaginária que cruza o campo no ponto em que a bola é
colocada a cada início de jogada. Cada lance começa com o "snap", passe do Center por
baixo das pernas para o Quarterback.

No ataque, o objetivo é chegar até à zona final ("end zone"). Para isso tem que
avançar no campo ganhando jardas. O time tem direito a quatro tentativas ("downs")
tendo que avançar dez jardas e conseguir novo "first down". Se conseguir, tem direito a
mais quatro tentativas e assim sucessivamente. Caso não consiga avançar nas três
primeiras tentativas, em geral o time faz o "punt", ou seja, chuta a bola para longe,
dando a posse ao adversário.

Temos duas formas de atacar. Pode ser a corrida ou o passe. Na corrida, o

quarterback entrega a bola a um companheiro, em geral o Running Back, para que ele
a carregue pelo chão. No passe, o quarterback procura algum recebedor aberto e lança a
bola pelo ar, a longa distância. Se a bola cai no chão sem que ninguém pegue, o passe é
considerado incompleto.

Na defesa, o primeiro objetivo é impedir que o adversário avance, derrubando-o

no chão, o que acontece quando pelo menos um dos joelhos do jogador que tem a bola
toca o chão. Aí a jogada acaba. Se o atacante está dentro de campo, o cronômetro não
pára. Se o atacante sai pela lateral, o relógio é interrompido.

 Pontuação

Há quatro formas de marcar pontos:

Touchdown: É a jogada máxima do futebol americano. Acontece quando o time

consegue ter a posse de bola na zona final, que fica nas extremidades do campo. Vale
seis pontos.

Extra Point: Após cada touchdown, o time tem direito a um chute. Se a bola
passa no meio das traves adversárias, mais um ponto é dado. A equipe, porém, pode
optar por tentar marcar dois pontos. Isso acontece se, depois do touchdwon, o ataque
consegue mais uma vez levar a bola à zona final, seja completando uma jogada de passe
ou através de uma corrida.

Field Goal: se o time avança dentro do campo do adversário, mas não consegue
chegar à zona final depois de três downs, em geral opta por tentar o field goal. É quando
entra em campo o "kicker", chutador especialista, para um chute de longa distância. Se
convertido, o field goal vale três pontos.

Safety: acontece de duas formas. Quando a defesa derruba um adversário que

tem a posse de bola dentro da end zone do oponente. Ou quando o time que está no
ataque perde a posse de bola dentro da end zone e ela sai para fora do campo. Vale dois
pontos.

Vence a partida o time que marcar o maior número de pontos.

 3 HISTORIA DO FUTEBOL AMERICANO

Não se sabe ao certo a origem do futebol americano, há quem diga que se

assemelha ao harpastum, jogo da Grécia Antiga, onde duas equipes jogavam em um
campo retangular, com o objetivo de colocar a bola atrás da linha de defesa do
adversário valia tudo: corrida, passes, chutes e etc.

Mas se tem como mais aceito que o futebol americano é uma variação do Rugby,
e tem seu inicio em disputas universitárias. As primeiras universidades foram a
americana Harvard, a canadense McGill e a também americana Yale. Em 1874 foi
realizada a primeira partida, ela foi disputada entre Harvard e McGill, mas naquele
tempo cada universidade criava suas próprias regras e durante a partida iam se alterando
as regras para que todas fossem favorecidas, mais tarde Columbia e Princeton se juntam
as demais, e em 1876 as cinco universidades se encontraram para discutir a adaptação
das regras do Rúgbi de forma a se ajustar às necessidades deles. A reunião ficou
conhecida como a “Massoit Convention”. As delegações fizeram apenas alguns
pequenos ajustes nas regras, preservando os princípios originais do esporte. No mesmo
encontro, os representantes concordaram em formar o “Intercollegial Football
Association” (Associação de Futebol Intercolegial).

O nome mais importante para o futebol americano foi Walter Camp que ficou
conhecido como o pai do futebol americano, Walter era técnico de Yale e mudou o
numero de jogadores de 15 para 11, introduziu um novo sistema de pontuação onde um
touchdown passaria a valer 6, o que ainda ocorre hoje, também introduziu a maior
diferença entre o Rúgbi e o Futebol Americano o sistema de Downs, no qual a cada time
é dado um número de jogadas, para cobrir uma determinada área do campo, antes que
eles sejam forçados a dar a posse da bola ao time adversário. Além disso, um dos
princípios fundamentais do Rúgbi, em que a bola só pode ser passada para trás, foi
eliminado na nova versão das regras. Walter Camp continuou exercendo uma forte
influência no desenvolvimento do esporte até a sua morte, nos anos 20.

Esta versão do jogo se espalhou rapidamente e outras faculdades foram aderindo

ao novo esporte e os jogos começaram a ser disputados de acordo com as novas regras
de Camp. Mas infelizmente, com o sistema de “downs” de Camp, cresceu o numero de
bloqueios violentos e logo houve uma preocupação se o esporte era ou não seguro para
ser praticado nos campus das universidades. Esta preocupação tinha um motivo: alguns
jogadores haviam sido gravemente feridos, ou mesmo mortos, durante as partidas na
década de 1900. Dezoito jogadores foram dados como mortos. Só em 1905 começou a
preocupação com a segurança dos jogadores, foi o Presidente dos EUA, Theodore
Roosevelt, que implorou a Walter Camp para salvar o esporte, revendo as regras e
sugerindo alternativas que poderiam tornar o jogo mais seguro.

Adaptações foram introduzidas para tornar o jogo mais seguro como exemplo
temos a zona neutra e o fim das formações interligadas, onde os jogadores uniam os
braços formando uma barreira humana com o objetivo de proteger um colega de time
que estava com a posse da bola. Ficou decidido que pelo menos seis jogadores ficariam
na Linha de Scrimmage (o que mais tarde mudou para sete) no início de uma jogada
para evitar bloqueios violentos. As adaptações foram bem sucedidas, já que o número de
mortes e feridos diminuiu muito. Com a mudança nas regras o jogo passou a ser
reconhecido como a versão moderna do esporte. Algumas mudanças nas regras
subseqüentes, ao longo do século, provaram ser apenas pequenas alterações – os
fundamentos do Futebol Americano haviam sido definidos.

Foi no Rio de janeiro em 1986 que se deu ao inicio a prática do futebol

americano no Brasil. O inicio foi marcado por dificuldades, pois não possuíam o
material necessário para reproduzir completamente o futebol americano de campo que
era praticado nos EUA, o único material que tinham era a bola trazida dos EUA e os
protetores bucais comprados nas lojas de esporte no Brasil.

Mas a vontade de praticar o futebol americano no Brasil fez com que Robert
Segal e Thomaz Brasil convencessem outros dezoito amigos a jogar futebol americano
na praia de Copacabana, assim nasceu o futebol americano de praia conhecido
internacionalmente como Beach Football.

O fato da praia de Copacabana ser um dos lugares mais freqüentados por turistas
estrangeiros no Rio de Janeiro e a rede hoteleira garantir, em parte, que muitos
americanos venham se hospedar neste bairro estimulou a propagação desse esporte nas
areias de Copacabana (e atualmente em quase toda região oceânica do estado do Rio de
Janeiro).

Como estes praticantes não tinham campo apropriado, capacete, pad (proteção
peitoral), flack vest (proteção região da cintura pélvica), chuteira, luva e uniformes
apropriados, dentre outros materiais usados para a pratica deste esporte no campo. Eles
então, de forma criativa, buscaram uma maneira de praticar o futebol americano e a
partir dessa criatividade, encontraram em um primeiro momento o Beach Football como
forma de praticar esse esporte.

Porem até o Beach Football se deparou com inúmeras dificuldades, aqui

destacaremos as duas maiores. A primeira foi que de 1986 até 2001 não havia no Rio de
Janeiro lojas que vendessem material relacionado ao futebol americano, principalmente
a bola de futebol americano, fazendo com que os atletas encomendassem pela internet
ou a amigos que fossem para os EUA o que tornava a sua aquisição limitada a poucos
praticantes. E a segunda foi que a partir de 1995 quase todos os campos de futebol na
praia de Copacabana se tornaram campos de Beach Soccer, ou seja, perdiam as medidas
mínimas de um campo de futebol americano.

A falta de espaço físico adequado foi um problema, pois a versão americana é

praticada em campos gramados e a areia das praias cariocas poderia ser uma boa saída
para esses praticantes se não fosse o problema de divisão de espaço que começou a
ocorrer na praia de Copacabana. Entretanto esse fato não foi totalmente negativo para o
esporte, pois devido à falta de espaço tiveram que procurar outras praias no rio de
janeiro fazendo com que o esporte se espalhasse. Antes era só em Copacabana hoje está
presente em outras treze praias.

Com as modificações no espaço físico e de equipamentos protetores, mudou

também as regras de forma a poupar os jogadores de possíveis lesões pela falta de
equipamento, com isso os praticantes solucionam em parte a vontade de jogar o futebol
americano, mesmo que de uma forma adaptada, o Beach Football.

A historia do futebol americano no Rio Grande do Sul mais especificamente em

Porto Alegre tem inicio com o Porto Alegre Pumpkins que veremos na terceira parte
deste trabalho.

4 PORTO ALEGRE PUMPKINS COMO TUDO

COMEÇOU
 O Porto Alegre Pumpkins foi idealizado por um grupo de amigos e colegas do
Colégio Farroupilha no começo de 2004, mas ninguém nunca achou que poderia nascer
dali algo mais serio. No começo, poucas pessoas queriam jogar, e a escola proibia o uso
dos campos.

Com uma pequena pitada de visionismo e uma grande dose de teimosia, Carlos
Augusto Pessoa de Brum levava a bola oval para o colégio, tentando angariar
seguidores para o esporte pouco conhecido. Com o passar do tempo alguns foram
simpatizando, e os jogos foram saindo no campo da escola. O grupo de amigos
continuou jogando, até que, terminou o tempo de colégio, mas o gosto pelo esporte fez
com que em 31 de Outubro de 2004, um Halloween, fosse criado o Porto Alegre
Pumpkins, primeiro time de futebol americano do Rio Grande do Sul, nomeado para
homenagear o Dia das Bruxas, onde várias abóboras são entalhadas nos Estados Unidos.

Com um contingente de jogadores assíduos surpreendentemente pequenos –

Carlos Augusto Pessoa de Brum, Vinicius Bergmann, Daniel Romanenco, Lucas
Moreno, Rafael “Panda” Côrrea e Matheus Rahde – os treinos eram realizados na Di
Primio, um campo indoor de futebol sete, contando com presença esporádica de vários
membros novos e inconsistentes.

No ano seguinte, o time mudou seu campo de batalha para o campo da ESEF,
assim, atraindo a presença de dezenas de novos jogadores, que começavam a formar, de
maneira prematura, mas determinada a Família Pumpkins.

De todos os novos membros, os Pumpkins aprenderam com um, muito mais do

que com qualquer outro – #42, Ernani de Costa Valério, o Strong Safety e coordenador
defensivo, que fez o Pumpkins tornarem-se, de uma vez por todas, o exemplo de
organização e comprometimento que é hoje. Em sua bagagem, Ernani já havia fundado
outros três times e sempre fora um exemplo de liderança e força.

Ao longo de sua história o Porto Alegre Pumpkins já teve várias aparições na

mídia, desde reportagens na Zero Hora (uma delas contando com duas páginas inteiras
dedicadas ao time e ao esporte) até uma aparição no Programa Patrola (Grupo RBS) e
várias citações nas rádios porto alegrenses e sites do esporte na internet.

Como parte do projeto de crescimento da equipe e do esporte no Estado do Rio

Grande do Sul, em 2010 a equipe fez o esforço de comprar seus primeiros
equipamentos, visando à participação da LBFA (Liga Brasileira de Futebol Americano)
em 2010, a primeira edição do campeonato nacional de Futebol Americano.

Apesar das dificuldades e da falta de apoio, os atletas da equipe conseguiram

comprar número suficiente de capacetes e protetores de ombro para que pudessem no
dia 28 de Agosto estrear não apenas no campeonato, mas também sediar a primeira
partida do Esporte como deve ser praticado. O Adversário foi o na época o Barigüi
Crocodiles, que viria a ser, em Dezembro, campeão da "Conferência Sul" da LBFA e
vice-campeão brasileiro.

Apesar da derrota por 26-07 a equipe fez história quando, no 2º quarto da partida
o Running Back Jamal, camisa 23, rompeu as linhas da defesa da equipe paranaense e
marcou o primeiro touchdown da história do Futebol Americano gaúcho. Ainda que a
participação da equipe no torneio não tenha feito jus à história de sucessos e vitórias do
Pumpkins, esse abriu caminho para o crescimento do esporte, levando outras equipes a
se equipar. Em 2011 o maior clássico do esporte no Rio Grande se repetiu pela primeira
vez em uma competição nacional, devidamente equipados, pois o Santa Cruz do Sul
Chacais ingressou também na LBFA para a temporada, que o Pumpkins disputava pela
segunda vez.

Informações importantes:

o Data de fundação: 31/10/2005

o Sede: Porto Alegre/ Rio Grande do Sul
o Site oficial: www.poapumpkins.com.br
o Twitter: http://twitter.com/poapumpkins
o Presidente: Vinicius Bergmann
o Técnico Principal: Carlos Pessoa de Brum

Títulos:

o 2008 - campeão gaúcho

o 2010 - bicampeão gaúcho
o 2012 - tricampeão gaúcho
 5 CONCLUSÃO

Este trabalho mostrou como teve inicio o futebol americano, sendo uma
adaptação do rúgbi, tendo Walter Camp como o nome mais importante para o esporte.
As primeiras partidas ocorreram entre faculdades americanas e canadenses.

Mostramos um pouco sobre o futebol americano quais os equipamentos para

prática, como são o campo, suas principais regras e como funciona a pontuação e as
posições dos jogadores em campo e sua função. Contamos da chegada do futebol
americano ao Brasil, em primeiro nas praias cariocas mais precisamente em Copacabana
e posteriormente se espalhando para outras partes do litoral carioca sofrendo algumas
adaptações e dessa forma surge o Beach Football.

Finalizamos o trabalho com a chegada do esporte ao Rio Grande do Sul

contando a história do Porto Alegre Pumpkins, primeiro time gaúcho de futebol
americano.
 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DUARTE, Orlando. História dos Esportes. 3. ed. São Paulo: Senac, 2003. 559 p.

MAIS, Esportes. A história do Futebol Americano. Disponível em:

<http://esportesmais.webnode.com.br/news/a-historia-do-futebol-americano-/>. Acesso
em: 11 maio 2013

MATHEUS, Jordan. Futebol americano – Entendo as posições dos

jogadores. Disponível em: <http://www.futebol-americano.com/futebol-americano-
entendo-as-posicoes-dos-jogadores.html>. Acesso em: 10 maio 2013.

MATHEUS, Jordan. Termos do Jogo – Vamos aprender um pouco sobre futebol

americano? Disponível em: <http://www.futebol-americano.com/termos-regras-e-
jogadas-vamos-aprender-um-pouco-sobre-futebol-americano.html>. Acesso em: 10
maio 2013.

PORTO Alegre Pumpkins Disponível em: <http://poapumpkins.wix.com/oficial>.

Acesso em: 15 maio 2013.

GLOBO Esporte Disponível em: <http://globoesporte.globo.com/>. Acesso em: 16 maio

2013.

THE Sports Attic Disponível em: <http://www.sportsattic.com/>. Acesso em: 20 maio

2013.