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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como escopo a análise da efetividade do papel


da norma na vida do homem em sociedade. A função da norma é primordial
para o convívio do indivíduo em sociedade, sendo que é por meio dela que o
indivíduo segue se faz integrante daquele grupo social. A norma nada mais é
do que a sustentação do grupo social, contendo a forma de conduta que os
indivíduos deverão seguir, cada indivíduo segue a norma dentro do seu
círculo social, caso contrário, ele será excluído do convívio em sociedade,
afinal a norma foi criada para facilitar o convívio em grupo.
III – O Homem como aplicador da Norma:
Através da norma a sociedade dá a conhecer a todos o modo que espera
estejam e se conduzam os seus integrantes, a quem a alegação de seu
desconhecimento não é escusa que juridicamente lhes aproveite (art. 21,
primeira parte, do Código Penal Brasileiro). Neste sentido, a norma funciona
como um espelho de conduta e um regulador de relações inter-pessoais e
inter-grupais, pela qual deve o indivíduo pautar sua atuação, já que, como se
viu, a transgressão dessa norma acarreta a desaprovação do grupo e mesmo o
isolamento e exclusão do transgressor.

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DESENVOLVIMENTO
A influência das normas e leis em nossa sociedade contemporânea
Desde os primórdios da civilização humana, vimos que as normas se mostram
presentes na vida do ser humano, podendo influenciar e interferir, em menor ou maior escala,
seu modo de agir e pensar, quer seja individualmente, quer seja coletivamente.
Na visão de Norberto Bobbio (2001), intelectual do direito, filósofo e cientista político
do século XX, a sociedade se desenvolve sob um grande repertório de normas de conduta e
jurídicas, onde o ordenamento dessas normas caracterizaria a civilização. Para ele, essas
regras de conduta podem ter cunho religioso, moral, social, jurídico e até mesmo baseado no
costume local, estabelecendo limites e sanções entre os indivíduos e o próprio Estado.
Segundo Durkheim (1999), sociólogo, antropólogo, cientista político, psicólogo social
e filósofo francês do século XIX, a falta ou a desintegração das normas sociais levaria a
sociedade a um estado que ele chamou de “anomia”, culminado na falta de identidade do
indivíduo.
A ciência bem como o homem médio é inconteste ao fato de que o ser humano precisa
se organizar em sociedade para manter a ordem social. Prova disso, quando nos debruçamos
ao longo da história, marcando uma viagem no tempo até a Mesopotâmia (por volta de 1.700
a.C), onde foram encontrados símbolos, fragmentos e registros de escritas cunhadas em
pedras, que tinham significância normativo jurídica para aquela época. O sistema mais
conhecido entre eles é o que chamamos atualmente de Código de Hamurabi – Lei de Talião
(olho por olho, dente por dente) – estabelecendo uma relação de igualdade de punição em
relação ao crime.
Para o filósofo inglês Hobbes do século XVII, “o homem é essencialmente mau”, com
instintos de sobrevivência, e que devido a tais instintos é capaz de fazer qualquer coisa. É
através desse pensamento que Hobbes acredita que o indivíduo necessita se submeter a um
estado autoritário, de modo a regular o seu convívio social e assegurar a paz.
Independentemente do fato da Inglaterra, estar naquela época vivenciando o período
da Revolução Gloriosa; aqui se pretende esclarecer a relação de proximidade das normas com
a sociedade, regulando e interferindo as relações individuais e coletivas.
Montesquieu (1.973), ao relacionar as leis aos seres vivos, em sua grande obra “O
Espírito das Leis” nos ensina que “as leis, em seu significado mais extenso, são as relações
necessárias que derivam da natureza das coisas; e, neste sentido, todos os seres têm suas leis;
a Divindade possui suas leis, o mundo material possui suas leis, as inteligências superiores ao
homem possuem suas leis, os animais possuem suas leis, o homem possui suas leis. ”
O que se vê ao longo da história, é que a obediência e a transgressão às normas sempre
estiveram presentes em nossa sociedade, daí a expressão que comumente ouvimos: “se está na
lei, deve ser cumprido” – uma expressão cujo alcance nos remete ao significado de obediência
irracional e temor absoluto às liberdades individuais e coletivas. Talvez essa expressão
represente essencialmente o paradigma de que não é a sociedade que deve obediência à lei, e
sim, a lei deve ser o reflexo das necessidades da sociedade.

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Percebe-se, independentemente das correntes absolutistas, socialistas, liberais ou até
mesmo do cristianismo social, em face aos mais diversos momentos históricos da nossa
civilização, que a característica constitutiva das normas e leis expressa complexidade e
ambiguidade, ao mesmo tempo em que transmite uma sensação de inclusão e exclusão,
direitos e obrigações; ora, pela própria sociedade, ora pelo Estado.
Este olhar amplo e difuso indica que as normas de fato vinculam as pessoas,
atribuindo poder a uma parte e dever a outra. Para que isso prevaleça, a norma deve possuir
caráter abstrato, regulando os interesses dos indivíduos que se encontram na mesma situação
jurídica, não possuindo o condão de regular os casos concretos em prejuízo do cometimento
de injustiças ao não prever todas as situações possíveis.
A norma também possui caráter imperativo, ou seja, de se impor seu cumprimento,
afastando a possibilidade de ser apenas uma declaração de conduta. Ao possuir tal
característica, a norma torna-se coercitiva.
Por outro lado, é fundamental que as normas e leis acompanhem os avanços e as dinâmicas
sociais, tecnológicas, econômicas e culturais de uma sociedade. Caso contrário, tende a
crescer a sensação de injustiça.

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CONCLUSÃO
No desenrolar da exposição, afirmou-se que a norma é criada pelo grupo e tem como
destinatário o indivíduo, considerado individualmente ou como componente de grupo ou sub-
grupo determinado, buscando-se os antecedentes históricos dessas construções e fazendo-se
incursões pelos caminhos através dos quais se pôde chegar a elas. Afirmou-se também que a
função da norma, basicamente, é revelar a forma de atuação esperada do indivíduo para que
continue a ter a aceitação do grupo. E que na falta da prática pelo indivíduo da conduta
esperada, a norma socialmente aceita é utilizada para dirimir a tensão resultante do cotejo da
conduta realizada com a idealmente esperada, sendo que a maior repercussão da atividade de
aplicação da norma advém de sua aplicação pelo órgão estatal competente, pela
obrigatoriedade da decisão e pela influência exercida.

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Referência Bibliográfica
BOBBIO, Norberto. Teoria da norma jurídica. Bauru/SP: EDIPRO, 2001.
DURKHEIM, . Le suicide : étude de sociologie, PUF, Paris, 1999.
MONTESQUIEU, Charles Louis de. Do Espírito das Leis – in Coleção Os Pensadores -
Montesquieu. São Paulo, Abril Cultural, 1973.
Edward Tylor, antropólogo britânico. Era irmão do geólogo Alfred Tylor. Tylor filia-se à
escola antropológica do evolucionismo social.

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