As duas forças que operam no homem são a carne e o Espírito, dois modos de vida
conflitantes. Somos governados por um ou por outro. Warren Wiersbe explica que Paulo não
descreve aqui dois tipos de cristão, um carnal e outro espiritual. Antes, contrasta os que têm a
salvação com os que não têm.694 A carne escraviza, o Espírito Santo liberta; a carne produz
tormento, o Espírito Santo, paz; a carne dá para morte; o pendor do Espírito, para a vida e a
paz. William Greathouse destaca, porém, que a vida no Espírito não elimina a possibilidade de
pecar, mas nos confere o poder de não pecar.69'5
Porém quando Paulo fala em sarx, “carne”, ele não se refere ao tecido muscular mole e macio
que cobre o nosso esqueleto.
Ele se refere da nossa natureza humana caída. Então a carne é mais que sensualidade, o
conjunto de desejos. É o homem vivendo no nível terreno e material, separado de qualquer
contato com o espiritual.
Os que são dominados pela carne buscam agradar a carne e praticar suas obras (G1 5.19-21),
mas os que se inclinam para o Espírito, cogitam das coisas do Espírito.
Em quarto lugar, o Espírito Santo habita em nós (8.9). Por causa da obra de Cristo por nós e
da ação do Espírito em nós, fomos feitos morada de Deus, templos do Espírito Santo. Ele habita
em nós. Aquele que nem os céus dos céus podem conter agora habita em nós, vasos frágeis de
barro. Somos a casa de Deus, o templo da sua habitação. A evidência de que somos de Cristo é
a habitação do Espírito Santo em nós. E o Espírito quem aplica a obra da redenção em nós. Sem
sua presença e ação, nenhum homem pode tornar-se um cristão. Passamos a pertencer a Cristo
quando o Espírito habita e opera em nós.
V10
Se Cristo habita em nós
O corpo vai morrer por causa do pecado
O espírito está vivo por causa da justificação
Nosso corpo tornou-se mortal em virtude do pecado de Adão, mas nosso espírito está vivo por
causa da justiça de Cristo. Ganhamos vida em Cristo.
Assim, em meio à nossa mortalidade física, nosso espírito está vivo, pois fomos vivificados; ga-
nhamos vida em Cristo.
Paulo diz não apenas que o Espírito habita em nós (8.9), mas também Cristo está em nós
(8.10). Nosso espírito é vivificado, pois nascemos de novo, do alto, do Espírito, de Deus. O céu
não é apenas nosso destino, mas também nossa origem.
Em oitavo lugar, o Espírito Santo nos capacita a triunfar sobre o pecado (8.13). Só há dois estilos de vida:
viver segundo a carne ou mortificar os feitos do corpo pelo Espírito. Os que vivem segundo a
carne caminham para a morte; os que pelo Espírito mortificam os feitos do corpo têm a garantia
da vida.
Há aqui um paradoxo: os que vivem morrem e os que morrem vivem. Os que vivem na carne
morrem; os que morrem para o pecado vivem. Emprestamos as palavras de Stott: “Existe um
tipo de vida que leva à morte, e há um tipo de morte que conduz à vida”. 707
Uma pergunta solene precisa ser aqui encarada: O que é mortificação? Certamente não é
masoquismo (alegrar-se no sofrimento autoinfligido) nem ascetismo (rejeitar e negar as
necessidades naturais do corpo), mas reconhecer o mal como mal e repudiá-lo veementemente.
E crucificar a carne com suas paixões e desejos (G1 5.24).
Se perguntamos “Como a mortificação acontece?”, a resposta do apóstolo Paulo é clara e
incisiva. O Espírito Santo e só ele pode capacitar-nos a mortificar os feitos do corpo. Embora
sejamos completamente passivos na justificação e na regeneração, somos participativos na
santificação. Embora o poder para o agir e o efetuar emane do próprio Espírito, somos
convocados a mortificar os feitos do corpo. Jesus ilustrou essa mortificação: “Se o teu olho direito
te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e
não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e
lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para
o inferno” (Mt 5.29,30). John Stott corretamente diz que precisamos ser inflexíveis em nossa
decisão: não olhar; não tocar; não ir controlando assim a própria aproximação do mal. 708
Em nono lugar, o Espírito Santo nos orienta como filhos de Deus (8.14). Paulo nos ensina
duas grandes verdades aqui. A primeira é que a paternidade de Deus não é universal. Nem todos
os seres humanos são filhos de Deus, uma vez que só aqueles guiados pelo Espírito de Deus são
filhos de Deus. A segunda verdade é que a paternidade de Deus é real e experimental, uma vez
que podemos ter garantia de que, se somos guiados pelo Espírito de Deus, verdadeiramente
somos filhos de Deus.
O Espírito Santo não apenas habita em nós e nos capacita a triunfar sobre o pecado, mas
também nos toma pela mão e nos guia, dirige, impele pelo caminho da obediência.
O Espírito Santo nos constrange e nos compele a viver como filhos de Deus. Assim, não apenas
nos tornamos membros da família de Deus, mas também agimos como tal. Não apenas somos
adotados como filhos de Deus, somos também orientados a viver como seus filhos. Isso não
significa que o Espírito Santo coage, intimida ou violenta, tirando de nós, nossa liberdade de
escolha. O que ele faz é nos iluminar e nos persuadir, com sua doçura e poder.
(Paulo nos diz que somos devedores, não a carne, que nos leva ao pecado e a morte, mas
nossa divida seria como se por termos o Espírito de Deus, devemos ser constrangidos a viver
de acordo com o Espírito. v.13
Porque se formos viver segundo as vontades da nossa carne, o caminho que ela nos levará
será para a morte, e esta morte aqui é a morte eterna, separação total de Deus.
Mas se temos o Espírito de Deus, este mesmo Espírito nos ajudará a resistir aos desejos
pecaminosos da nossa carne e com isso viveremos (Gálatas 5:16-26).
A conclusão do verso 8 é de que quem é dominado pela carne, não pode agradar a Deus e por isso se
recusará sempre e ainda que não se recuse e tente agradá-lo, torna-se impossível consegui-lo.
No entanto, nós, cristãos, não estamos mais dominados pela carne. Os cristãos não estão dominados pela
carne em Adão, mas sim debaixo do domínio de Cristo, pois o Espírito que habita neles é o Espírito de
Cristo.
Em Cristo, Deus fez o que a lei não podia fazer (3-4). Jesus veio na carne para fazer o que a lei
não fez por causa da fraqueza da carne. Deus, através de Jesus, condenou o pecado. Assim
ele cumpre o propósito da lei em nós. A lei era oposta ao pecado (condenou o pecado), mas
não venceu o pecado. As pessoas sujeitas à lei ainda andavam na carne, sujeitas à morte. Em
Jesus, Deus condenou e venceu o pecado. Aqueles que participam dessa vitória andam
segundo o Espírito, não segundo à carne.
Este trecho apresenta vários pontos de contraste entre a carne e o Espírito (estude a tabela
abaixo).
Carne Espírito
Os que inclinam Os que inclinam
para a carne para o Espírito
cogitam das coisas cogitam das coisas
carnais (5) espirituais (5)
O pendor O pendor do
(inclinação ou Espírito leva à vida
tendência) da carne e à paz (6)
leva à morte (6)
Inimizade contra Os fiéis estão no
Deus (7) Espírito (9)
Não sujeito à lei de hhh
Deus (7)
Não agrada a Deus hhh
(8)
Não pertence a Cristo habita nos
Cristo (9) fiéis (10)
Corpo morto por O espírito é vida por
causa do pecado causa da justiça
(10) (10)
hhhh O Espírito de Deus
ressuscitará o corpo
daqueles em que
ele habita (11)
Aqueles que vivem Aqueles que, pelo
segundo a carne Espírito, matam os
caminham para a feitos da carne,
morte (12) caminham para a
vida (12)
hhh Os filhos são
guiados pelo
Espírito (13)
Aqueles que andam Os filhos andam
segundo a segundo o Espírito
carnesão escravos, e gozam intimidade
atemorizados (14) com Deus (14-16)
hhh Os filhos de Deus
são seus herdeiros,
e serão glorificados
com Cristo (17)
Não obstante a toda a nossa inclinação humana para o pecado, o Apóstolo Paulo inicia o
capítulo 8 nos mostrando uma grande novidade: “Cristo nos liberta dos nossos pecados!”
Título: “Cristo em nós: Uma Vida no Espírito”
1o) Em Cristo somos libertos de toda condenação: (Vv.1-3: 1- Agora, pois, já nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus. 2- Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo
Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. 3- Porquanto o que fora impossível à lei, no que
estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne
pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado...)
O Apóstolo Paulo demonstra um profundo interesse pastoral com essa afirmação. Ele diz aos
seus leitores, à luz do lembrete de que ele mesmo era um pecador em potencial, que agora
gozamos todos da aceitação, da imunidade e da segurança em Cristo Jesus.
O texto nos diz que os que estão em Cristo foram libertos de toda condenação. Aqui
encontramos dois conceitos interessantes: A não condenação e o estar em Cristo.
Com respeito à não condenação, o que a Bíblia quer nos dizer é que todos os que falham em
cumprir a Lei de Deus incorre na condenação divina, uma vez que a Lei não foi revogada.
O verso 3 diz: Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne... Isso
aponta para o fato de que a Lei, na verdade, depende da ação do homem na sua observância e
isso a enfraquece no que se refere à salvação. Ainda o próprio verso 3 continua: isso fez Deus
enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e,
com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado... Cristo cumpriu a Lei e por isso condenou em
sua carne toda ação do pecado nos libertando, n’Ele, na cruz.
Aqui entra o segundo conceito, o estar em Cristo. O sacrifício de Jesus satisfez a ira de Deus e
nos libertou das cadeias do pecado, contudo isso implica em vivermos nossa vida em Cristo. A
Graça não nos isenta da nossa responsabilidade. Temos que entregar o controle da nossa vida
nas mãos de Jesus. A Palavra diz: Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão
em Cristo Jesus. Isso implica em sujeitar nossas vontades à vontade de Cristo. Por exemplo:
4. Todo mundo age de uma certa forma que é errado, também devo agir para tirar vantagem?
Cristo assim agiria?
Em Cristo somos libertos de toda condenação, mas estar em Cristo tem os seus preços e suas
responsabilidades. É fácil? Claro que não, mas seguindo, vemos que o texto nos diz também
que:
A inclinação para o pecado está crucificada juntamente com a nossa carne no calvário, em
contrapartida o Espírito de Deus habita em nós e nos dá vida em Cristo. As nossas vontades, os
nossos desejos são regidos por fazer a vontade de Cristo. Assim, overso 11 declara que: Se
habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que
ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio
do seu Espírito, que em vós habita.
Isso significa que se a nossa carne e a nossa inclinação pecaminosa estão mortificadas pelo
sacrifício de Jesus; também receberemos a mesma ressurreição que Cristo recebeu. N’Ele,
ressuscitaremos no último dia. Receberemos um novo corpo transformado, não mais sujeito
ao pecado e às inclinações da carne. Por fim, então, em Cristo somos vivificados Espírito.
Somos feitos novas criaturas!
Andar No Espírito
ANDAR NO ESPÍRITO
VIVEMOS EM GUERRA VINTE E QUATRO HORAS POR DIA; SETE DIAS POR
SEMANA
Trata-se de uma batalha ininterrupta, não só contra os demônios mas contra a nossa
própria carne. O apóstolo Paulo declarou que via em seu corpo uma guerra entre:
Esta é uma das áreas onde o Espírito Santo veio ministrar em nossas vidas para nos
conduzir a um viver santo, vitorioso. E os benefícios do uso da linguagem de oração no
espírito estão diretamente ligados às áreas de ação do Espírito do Senhor em nós. Em
suma, se é ministério do Espírito nos fazer vencer a carne, então é certo que o falar em
línguas nos auxiliará no tocante a esta área.
SOMENTE ANDANDO NO ESPÍRITO VENCEREMOS OS DESEJOS E INCLINAÇÕES
DA CARNE
No capítulo 7 Paulo declara que passava o conflito interior que todos nós também
passamos:
"Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço
isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que
agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que
em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em
mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que
não quero esse faço.” (Romanos 7:15:19)
”Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?" (Romanos 7:24),
externando assim a sua incapacidade de vencer a carne.
Muitos pensam que esta pergunta ficou sem resposta; mas não! Logo a seguir, ele
mesmo afirma:
“Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o
entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.” (Romanos 7:25)
E o capítulo 8 revela como Jesus Cristo nos dá esta vitória. Temos a provisão de Cristo
para vencermos. E da mesma forma como havia dito aos Gálatas que o segredo de não
cumprir os desejos da carne é ANDAR NO ESPÍRITO, o apóstolo também o diz em
outras palavras aos crentes de Roma.
Enquanto a lei do Espírito vivifica, a lei do pecado mata. No verso 6 lemos: "Porque a
inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.”
Mas na exposição das leis, temos mais do que um mero contraste entre uma e outra; as
Escrituras estão nos dizendo que uma lei é maior e sobrepõe a outra.
“Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de
Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem
agradar a Deus.”
(Romanos 8:7-8)
É viver a vida sem Cristo, desprovida por completo da lei do Espírito. Este não é o caso
dos cristãos verdadeiros, pois o texto prossegue dizendo:
“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita
em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos
8:9)
Depois desta declaração profunda, de que ninguém que serve a Cristo está desprovido
do Espírito Santo para vencer, Paulo estabelece claramente ONDE cada uma das duas
leis opera:
A do pecado: na carne;
E a do Espírito da vida: em nosso próprio espírito.
“E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o
espírito vive por causa da justiça.” (Romanos 8:10)
Fala da operação da lei do pecado na nossa carne; mais à frente o escritor usa o termo
“corpo mortal”. Mas assim como a carne está sob a lei do pecado, nosso espírito, por
sua vez, está sob a vida; ou seja, tem nele a operação do Espírito da vida! Enquanto a
Bíblia chama nossa carne de corpo morto (ou mortal), chama nosso espírito de vivo (ou
vivificado) e diz que esta vida do espírito pode fluir para o corpo, anulando a lei da morte.
“E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que
dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais,
pelo seu Espírito que em vós habita”.
Romanos 8:11
Durante muito tempo achei que este versículo só se aplicava à ressurreição do corpo,
por ocasião da vinda de Jesus. Mas hoje vejo claramente que este “vivificar o corpo
mortal” fala da lei do Espírito da vida anulando a lei do pecado e da morte na carne já
neste tempo presente.
O CATIVEIRO DO PECADO
“Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus
membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levando cativo à
lei do pecado, que está nos meus membros.” (Romanos 7:22-23)
Preste atenção na frase usada pelo escritor “levando cativo”. É nesta linha de raciocínio
que ele declara em Romanos cap 8 verso 15 que não recebemos o “espírito de
escravidão”.
A Bíblia Sagrada está dizendo que assim como a criação e a humanidade gemem,
ASSIM TAMBÉM o Espírito Santo geme! Não geme por necessitar de libertação, mas
geme em nós, levando-nos a uma oração por libertação mais eficaz. E é exatamente
neste ponto que aparece a oração no Espírito Santo ligada ao vencer a carne:
“Do mesmo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que
havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por com gemidos
inexprimíveis.” (Romanos 8:26)
E que fraqueza é esta? O contexto de todo o capítulo - e mesmo dos anteriores - fala de
uma só fraqueza: a inclinação da carne. A única maneira de vencer a carne é com a
ajuda do Espírito. E como Ele nos ajuda? Visto que não sabemos orar como convém, o
Espírito intercede por nós... A linguagem sobrenatural de oração é o auxílio que o Pai
nos deu para que vençamos a carne; é usando o falar em línguas que conheceremos o
toque liberador de vida do Espírito Santo.
É interessante também, o significado desta palavra traduzida como “ajuda” (ou assiste).
No original grego é sunantilambanomai, que quer dizer “pegar firme contra algo,
juntamente com”. Tal palavra cabe bem no exemplo de alguém que ajuda outro a
carregar algo pesado, como um piano. É literalmente “pegar a outra ponta do peso”, o
que reflete, na verdade, uma sociedade. É ajuda em parceria.
Agora veja bem, quando falamos do nosso espírito, pelo Espírito Santo dentro em nós,
orando em línguas, isto não lhe sugere uma sociedade também?
Aleluia! Deus nos deu uma poderosa arma contra a inclinação da carne, e devemos usá-
la dia após dia. Sei muito bem na prática, que, à medida que oramos mais em línguas
nossa carne é enfraquecida. O próprio exercício do espírito nos faz mais consciente da
presença de Deus e nos alerta para as sutis armadilhas da carne.
Orar em línguas é ter a ajuda do Espírito Santo contra as fraquezas da carne; é tê-lo
como parceiro, “pegando a outra ponta do peso” e nos auxiliando quanto a um peso que
não podemos carregar sozinhos. O cativeiro da corrupção da lei do pecado em nossa
carne é quebrado ao gemermos e orarmos no Espírito. Ele intercede por nós, pois de
nós mesmos não saberíamos faze-lo de forma correta. E se Ele ora da forma correta por
nosso meio ao falarmos em línguas, podemos ter a certeza que assim veremos a
resposta!
A Bíblia não diz que o Espírito Santo intercede por nós lá no céu. Mas que o Espírito de
Deus intercede ATRAVÉS de nós QUANDO falamos em línguas. A única incumbência
bíblica do Espírito Santo quanto à oração é nos ajudar a orar, não orar em nosso lugar.
Então, se queremos vencer, devemos intencional e deliberadamente investirmos tempo
na oração no Espírito.