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emergir nas sociedades politicas modernas como relagao dominante, Na génese conceptual do poli- tico, proposta por Lima Vaz, 0 social apresenta-se como aquele nivel das relagies sociais em que se trava a luta pela satisfa te 0 confronto laborioso com a natureza, fonte de das necessidades median- recursos. A racionalidade desse nivel se organiza, assim, como sistema das necessidades, ou como sis- tema econbmico. Neste primeito nivel, as jo equalizad: mente na sua universal dependéncia da jiferengas naturais dos individuos abstrata turera € na sua universal interdependéncia nos vinculos do sistema econdmico. ece no dominio prepolitico, onde reina a desigualdade fundada no privilégio, ou na forga. ele se perm: © prepolitico caracteriza a anomia do social, sub. sistindo como limite inferior e permanente ameaga do politico. © segundo momento na construgio conceptual da comunidade politica por Lima Vaz é 0 do sransito do social ao politico no sentido estrito. Fle tem lugar com advento de novo tipo de rel ao intersubjetiva, regida pela dialética da igualdade de abstrata do social na igualdade concreta em que as diferengas naturais ¢ culturais (adquiridas) so equalizadas na isonomia, ow igualdade perante a lei, que possibili- a a transposigdo para o limiar do politico propria- mente dito 0 avango para a igualdade democritica le de participagi O nivel do politico, para Lina Va, 6 rigorosamen na diferenga, Essa supra-sume a iguald: fundada na liberd: te, o do Estado de Direito, pressuposto nece mas ni suficiente do Estado demoenitico, Aid justiga é a matriz. conceptual do politico. Seu pro- blema maior é 0 da melhor constituigao, ou seja, 0 da No nivel do Estado de Direito das sociedades mo- dernas, levanta-se 0 problema da conciliagio da justiga com a racionalidade administrativa e com a cficdcia do poder executivo. No terceiro momento da estructura conceptual da comunidade politica, ou momento democrdtico, Lima Vaz tematiza um mais justa. aprofundamento decisivo da igualdade na diferenga propria do nivel politico. Aqui se alcanga um nivel qualitativamente novo, jd que todo Estado democritico é um Estado de Di- reito, mas nem todo Estado de Direito é um Estado. democritico. A idéia de liberdade participante (que mattiz. conceptual desse terceiro nivel. A idgia de democracia pode ser consi- derada como pice do edificio conceptual do politico no qual convergem as linhas da Erica e da Pol supde a justiga politica) & OPIA NOS Locke, Joun No nivel do social e do politico, no sentido e to, a dimensio ética, bora regulando intrinseca~ mente a agio ¢ referindo-a, enquanto ago humana (actus bumanus) & consciéncia moral do individuo ¢ a norma objetiva da razao reta, nao é especificativa da agio que, no social, se volta para a satisfagio das necessidades e, no politico, para © reconhecimento do direito segundo a lei, No nivel do demoeritico, a acao do individuo na comunidade politica, sendo politica, é especificada pelo na Fes posta da consciéncia moral do cidado ao apelo da sua consciéncia politica. Apelo de conferir u pli a ex ta intencionalidade moral ao ato politico. > Obras: Aniopooga fli 1. Colegio Filosofia - 15, So Paulo: Taligbes Loyola, 1991. — Antapologe flofinH. Colegio Filo- sofia ~ 22, So Paul Eligies Layola, 1992, ~ Beritas de Fleafia 1 Problema de fronteir, Colegio Filosofia - 3. Sio Paulo: Bai Ges Loyola, 1986. ~ ici de Flo I. Bsicae Culeura, Co Tego Filosofia 8, Sio Paulo: EaigGes Loyola, 1988, = Berto de Filoofi I. Floofa e Cultura, Colegio Filosofia ~ 42 Sto Pau- lo: Faigdes Loyola, 1997, ~ Hurts de Filoofia 1V, Inarodugson A fsca Filosica 1, Colegio Filosofia ~ 47, Sio Paulo: Eaigoes Loyela, 1999. ~ Eirias de Fla V.lnroducto 3 Esica Filosd- fica 2, Colegio Filosofia ~ 50. Sio Paulo: Ealgoes Loyola, 2000, Barts de Filocefa VI. Oncologia e stra, Colegio Filosofia +52, Sin Paul: Edges Loyola, 2001. (edigio de Ontologia «e Histia, ~ Eirias de Filosfia VIL. Rates da Modernidade ‘Coles Filosofia» 55, Sto Paul: Ealgbes Loyola, 200 > Aquino, Marcelo Temandes de, Expergncia ¢ Sento 1, Sinese ‘Nowa Five, Belo Horizon, n. 47, p. 29-50, 1989, = Fx perincia e Sent IL, Sfaer Now Fase, Belo Horizonte, n. 50, p. 31-54, 1990, —__ Siterma ¢Liberdade. A propésivo de On: tologiac Histia,Sintee Nave iu, Blo Horizonte: n, 35, p. 499 504. 1991, ~ Criaivio dos Santos Pedro Paulo, Etc ¢hiudia Belo Horizonte: UMG, 1965. — Cruz, Pero Cunha. Q amen ¢ sc tamsendéncia no penamento de H.C: de Lima Vaz, Rowa: Pon tificia Universita di Santa Croce, 1995. Dissrtggo de Mestado, = Gambin, Paleo. Hivéria¢ abla no pensemento de H.C. de Lima Vaz, Porto Alegre: PUC, 1982, Dissertago de Mesttado. -MARcuto FERNANDES bE AQUINO. > Verbetes correlates: Avstételes; Dieito; Hegel, Georges W. F Liberdade; Tomes de Aquino. LOCKE, John, 1632-1704 Nasceu em Wrington, Somerset. Sua familia perten- Gia 4 pequena burguesia local, possuindo algumas propriedades ¢ algum capital (0 quais seriam ex- pressivamente majorados pela aplicada administ ao dos bens da familia e posteriores investimentos MOS D 9.610/1998 E LEI 10.69! 03, Locke, Jou realizados por Locke ao longo da vida, entre eles al- guns conectados ao trifico de escravos). Favorecido pelo patrocinio de uma poderosa familia parlamen- tar, Locke é admitido na Westminster School, ob- tendo seis anos mais tarde uma bolsa de estudos na conceituada Christ Church em Oxford. Ai conclui ‘© bacharelado ¢ o mestrado em humanidades, o que Ihe permite exercer 0 magistério de Filosofia Moral na mesma instituigio. Interessa-se, ainda, pelo es- tudo da Medicina, alcangando o bacharelado. Ali- 4s, € gragas ao seu oficio de médico que conheceré, em 1666, um personagem de acentuada importin- cia para a construgio de sua obra: Anthony Ashley Cooper, o primeiro Conde de Shaftesbury, 0 qual, @ partir de entio, e até a sua morte em 1683, serd, 20 mesmo tempo, amigo, protetor e inspirador dos principais escritos de Locke. No mesmo ano da morte de seu protetor (ocorrida no exilio), Locke refugia-se na Holanda, pressiona- do pela situagio politica. O rei Carlos II perseguia 5 partidarios whig (que, no futuro, dariam origem 20 partido liberal inglés e que eram contritios & su- cessio do rei por Jaime II), vendo prendido alguns ¢ executado outros. A situagio na Inglaterra nio era segura para Locke, fortemente conectado ao pers guido grupo. Em 1689, porém, apds a deposigio de Jaime Il, Locke retorna para a Inglaterra no mesmo. navio que trazia o novo rei, Guilherme de Orange, ¢ Sua esposa, a rainha Ana, protagonistas da assim di nominada Revolugdo Gloriasa. Locke viveria ainda mais quinze anos, nos quais nao s6 publicou, entre outros escritos, suas duas grandes obras: Dois trata dos sobre o governo e o Ensaio acerca do entendimento /umano, ambas em 1690, como experimentou a fase de maior influéncia e poder de sua vida, Contudo, embora viesse a ser nomeado, em 1696, Comissério da Board of Trade and Plantations, em 1700 pede exoneragéo ¢ mantém-se recluso na propriedade de Sir Francis Masham, em Oates, Essex, onde vem a falecer Durante toda sua vida Locke no reconheceu a au- toria de suas principais obras, demonstrando uma personalidade reservada ¢ cuidadosa, Seus interesses intelectuais cobriam um largo espectro, tendo escri- to sobre economia, pedagogia, tolerincia religiosa, teoria politica ¢ epistemologia. Embora sua reputa- 20 como um dos grandes nomes da histéria da Fi- losofia se deva ao seu Ensaio acerca do entendimento /umano, uma obra de epistemologia, suas contri- buigdes mais expressivas para a’Teoria e a Filosofia do Direito encontram-se, principalmente, nos Dois sratados sobre o gaverno, ‘A Lei Natural Para Locke, a Lei Natural possui comandos obri- gat6rios ¢ deve continuar a ser respeitada apés a instituigao do poder civil (a0 contrario de Hobbes, para quem a Lei Natural no possui efetividade e ¢ substituida toralmente pela lei civil quando da pas- sagem para 0 estado de sociedade). A Lei Natural €a lei da razdo, podendo ser conhecida pela razio humana universal. A obediéncia a esta lei & baliza para as ages morais ¢ para a prépria atuacio do governo civil, uma vez institufdo. As questies mais importantes referentes a esta lei dizem respeito: & sua existéncia, a possibilidade de ela ser conhecida ¢ a demarcagio de sua obrigatoriedad Locke desenvolve esses temas em oito e' a Lei Natural (os quais, embora escritos entre 1660 € 1664, s6 foram publicados em 1954, com 0 nome de Essays on the law of nature), aprofundando alguns aspectos no Ensaio sobre 0 entendimento humano Nestas obras, Locke parte de sua recusa ao inatismo como fonte do conhecimento, Assim, néo accita que 6s homens jé venham com algumas idéias impressas em seu espiri adas pela aio. Assume, ao revés, uma atitude nitidamente empirista. A Lei Natural é algo a ser descoberto ¢ no intuido a partir de idéias inatas, Partindo de sua premissa empirista, Locke afirma que 05 atos humanos podem ser classificados em bons ou maus a partir de sua concordincia ou dis- cordancia em relagio a alguma lei que thes sirva de parimetro. Fstas leis apontam, basicamente, para trés espécies: a divina (onde se insere a Lei Natu- ral), a civil (si0 as leis positivas postas pelo governo) © a opin nente pela comunidade). O que leva o homem a pautar seu comportamento por estas leis ¢ a classifica-lo como bom o prazer ou de dor que tal Ihe proporciona (ética he donista). Cumpre-se uma lei, fundamentalmente, pela re compensa a ser assim alcangada ou pelo receio da punigio no caso do descumprimento. Isto explica por que a lei sem sangio para Locke seria inécua € praticamente inexistente, Neste quadro, a Lei Na tural deve existir, pois, do contririo, nada diferen Giaria 0 mero utilitarismo da virtude ou do vicio Esta lei € 0 mandamento do criador, decorrente de seus direitos de propriedade sobre 0 que criou: 0 tureza, Deus (de cuja existéncia Locke prova em seu Ensaio), como supremo igualmente, as sangdes mais ios sobre o, as quais poderiam ser ac lotados efetiva io (costumes a ruim a partir desta relagio & a sensagio de homem ean: oferece um legislador, estabelece, PUGRSIBIBLIOTECA CENTRAL — COPIA NOS TERMOS DA LEI 9.610/1998 E LEI 10.695/2003. 543 importantes: a m: mais severa (dor). O entendimento racional pode ser utilizado para suspender as inclinagdes mais imediatas, trazidas pela lei da opinido ¢ pelas conveniéncias mais su- perficiais © mesqui cimento de objetivos mais elevados, que, uma vez conhecidos, passario a pautar 0 comportamento humano (é a partir do entendimento que Locke identifica a pessoa livre ¢ responsavel pelos seus pré- prios atos ¢ escolhas, apontando claramente para as teorias modernas da subjetividade), em ultima and- a busca da maior felicidade e a fuga da maior miséria (Locke defende em seu Ensaio a possibili- dade de uma moral demonstrativa, io certa ¢ exata quanto a Matematica, tal, porém, nao passaré de um projeto inacabado). ‘Todavia, como reconheceré em uma de suas dlti- mas obras, The reasonableness of Christianity (1695), a maioria das pessoas ndo se guia pela razao, se por este motivo, de grande valia a revelagio contida nas Sagradas Escrituras (mais acesstveis a pessoas nfo habituadas ao estudo). A Lei Natural, pois, é produto da vontade de Deus ¢ 0 respeito a cla por parte dos homens nao pode ter outro fim senao a glorificagio do criador. O fandamento da obrigagao assinalada na Lei Natural, porém, nao pode ser apenas 0 receio da punigio divina (caso em que nao escaparia de um fundamento utilita- rista), deve obrigar, nao sé constranger, ou seja, & necessiria a consciéncia de sua legitimidade, Esta advém do reconhecimento da existéncia de Deus € do seu direito de propriedade sobre sua cri Isto explica por que Locke nao estendia a tolerin- cia rcligiosa aos atcus — como se 1é em sua Epistola sobre a tolerincia (1689) ~, pois estes nao poderiam vincular-se a uma sociedade civil cujo fundamento é exatamente 0 cumprimento da Lei Natural criada por Deus, Nos Dois Trasados, contrabalangando a tendéncia voluntarista demarcada anteriormente quanto & Lei Natural, Locke se aproximard de um enfoque racio- nalista, deduzindo para tal lei uma série de contet- dos. Assim, se 0 homem ¢ propriedade de Deus, na medida em que é sua obra, pensa Locke que ¢ posst- vel deduzir diretamente um dever de preservagio de de toda a humanidade. E. por isto que o homem niio dispoe de sua propria vida nem da dos outros. Deste dever inicial sio deduzidos outros mais pecificos, como o dever dos pais de criar e prover as necessidades de seus filhos, sem nenhum poder wuas vidas (este argumento jé felicidade (prazer) ¢ a punigéo thas, © proporcionar o conh do, de disposigio sobre Locke, Jou faz parte da polémica contra Robert Filmer ¢ sua justificagio do Estado patriarcal, principal assun- to do Primeiro Tratado). A escravidao, igualmente, niio pode ser objeto de nenhum pacto (a submissio dos stiditos a um governo absoluto é equiparada por Locke & escravidio). Nao se pode transferir 0 que no se tem. Destes pressupostos iniciais, Locke deduz sua teoria politica acerca do governo civil ¢ desenvolve um dos mais eélebres estudos sobre 0 direito de propriedade. direito de propriedade ‘A nenhum outro direito Locke dew tanta impor- tincia quanto ao direito de propriedade, chegan- do a afirmar que a finalidade do governo é a sua protegio. F, ainda controversa a interpretagio con- ferida a esta parte de seu pensamento (descrita no célebre Capitulo V do Segundo Tratado), 0 que se deve, entre outras razbes, & inerente ambigiidade do préprio autor. De qualquer sorte, adotar-se-4, nao ignorando a polémica sobre o assunto, a linha de interpretagio sugerida no conhecido estudo de MacPherson (1979), a qual, alids, é endossada por Bobbio (1997). Enquanto Hobbes havia negado a existéncia do di- reito de propriedade no estado de natureza (36 a lei civil o institui), e Grotius ¢ Pufendorf (este nascido no mesmo ano que Locke) afirmaram sua origem contratual (o que néo difere muito de fundamenté- ivil), Locke empenha-se em defini-lo como um Direito Natural. Surge, pois, 0 problema da origem da propriedade, ou da aquisigio original. Para este fim, nem a he- ranga nem as trocas so explicagbes suficientes, jé {que nfo elucidam a origem da propriedade dos pai nem a dos contratantes. Assim, usando a Bibli como relato das eras iniciais da existéncia humana, Locke retorna até o momento em que Deus con dea Adio a propriedade das terras, frutos e animais Contudo, se todos os homens sio descendentes de Adio, isto nao explica como se originou a propric- dade privada, ou seja, como alguns homens vieram a adquirir direitos de exclusividade sobre bens que antes eram comuns. A explicagio que Locke dé impde mais um passo atris: afinal, qual fundamento da propriedade de Deus para que cle possa legitimamente transferi-la para os homens? A resposta & Deus possui direito de propriedade sobre o que ele fer, Sio direitos de criagio. Ora, se isto vale para Deus, vale também para os homens: tudo o que cles criam ow transfor- PUCRS/BIBLIOTECA CENTRAL — COPIA NOS TERMOS DA LE! 9.610/1998 E LEI 10.695/2003.

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