Apucarana
2019
BARBARA LOPES BORGES
FRANCIELI CAROLINA SOUZA RIBEIRO
VICTOR EIDY RIBEIRO TAKIGAMI
JUAN CARLO BALLAN SANTOS
Apucarana
2019
RESUMO
A transferência de calor pode ocorrer de diversas formas, como por exemplo por
convecção forçada, que consiste na troca térmica entre uma superfície e um fluido em
movimento. A convecção forçada é realizada por ação de meios externos como,
sopradores, ventiladores ou bombas, por exemplo. O presente trabalho tem o objetivo
de estudar a transferência de calor por convecção forçada ao redor da superfície de
um cilindro aquecido por meio do escoamento de um fluido gasoso. O cálculo da
quantidade de calor trocado entre a superfície e o fluido pode ser realizado utilizando
a Lei de Resfriamento de Newton. Para analisar estas trocas de calor, utilizou-se um
túnel de vento com um anemômetro acoplado e termopares ligados a um cilindro de
alumínio em seu interior. Assim registrou-se a temperatura ambiente e de cada
termopar correspondente, variando a velocidade de escoamento do fluido. Analisou-
se o comportamento dos valores de Nusselt em relação ao número de Reynolds e
calculou-se os coeficientes convectivos e comparou-se os dados experimentais com
valores teóricos de outros modelos matemáticos empíricos propostos por Hilpert
(1993) e por Zhukauskas (1972). Os modelos experimentais e teóricos apresentaram
o mesmo comportamento linear, porém com altos desvios. Os erros causados podem
ser justificados pela posição do anemômetro e imprecisão dos instrumentos.
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 7
2. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................................ 12
2.1. MATERIAIS ......................................................................................................................... 12
2.2. MÉTODOS........................................................................................................................... 14
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................ 14
4. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 25
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 26
7
1. INTRODUÇÃO
Em que:
𝜌𝑈∞ 𝑥 𝑈∞ 𝑥 𝑉𝐷 (2)
𝑅𝑒 = = =
𝜇 𝜈 𝜈
Em que:
𝑈∞ - Velocidade do fluxo livre;
𝑥 - Distância a partir da borda frontal;
𝜇
𝜈 = 𝜌 - Viscosidade cinemática do fluido;
𝜌 - Densidade do fluido.
ℎ𝐿𝑐
𝑁𝑢 = (3)
𝑘
Em que:
𝑘 - Condutividade térmica do fluido;
ℎ - Coeficiente de transferência de calor por convecção;
𝐿𝑐 - Comprimento característico.
ℎ. 𝐷
𝑁𝑢𝑑 = = 𝐶. 𝑅𝑒𝑑𝑚 . 𝑃𝑟 1/3 (4)
𝑘
𝑇𝑠 + 𝑇∞
𝑇𝑓𝑖𝑙𝑚𝑒 = (5)
2
𝑃𝑟 1/4
𝑁𝑢𝑑 = 𝐶. 𝑅𝑒𝑑𝑚 . 𝑃𝑟 𝑛 ( ) (6)
𝑃𝑟𝑠
O modelo proposto acima é calculado com os valores 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑎𝑛𝑡𝑑𝑙 0,7 < 𝑃𝑟 <
500 e 1 < 𝑅𝑒𝑑 < 106 , onde todas as propriedades são calculadas a 𝑇∞ , com
11
exceção de 𝑃𝑟𝑠 que é determinado a 𝑇𝑠. Se 𝑃𝑟 ≤ 10, utiliza-se 𝑛 = 0,37. Se 𝑃𝑟 > 10,
𝑛 = 0,36.
µ
µ𝐶𝑝 𝜌 𝜈 (7)
𝑃𝑟 = = =
𝑘 𝑘/(𝜌𝐶𝑝) 𝛼
Em que:
𝑁𝑢𝑒𝑥𝑝 − 𝑁𝑢𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜(%) = ∙ 100 (9)
𝑁𝑢𝑒𝑥𝑝
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. MATERIAIS
Figura 2 - Equipamento para o ensaio de transferência de calor por convecção forçada ao redor de
corpos sólidos.
2.2. MÉTODOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Sendo que:
𝐸̇ - Energia do sistema;
𝑈2
= ℎ. 𝐴(𝑇𝑆 − 𝑇∞ ) = 𝑞 (12)
𝑅
1202
𝑞= = 113,38 𝑊 (13)
127
𝑇∞ + 𝑇𝑆
𝑇𝑓 = (14)
2
ℎ. 𝐷
𝑁𝑢𝑒𝑥𝑝 = (4)
𝑘
69,12 . 0,044
𝑁𝑢𝑒𝑥𝑝 = = 108,22
0,02811
𝑉∙𝐷
𝑅𝑒 = (2)
𝜈
4,5 ∙ 0,044
𝑅𝑒 = = 10793,343
18,34 ∙ 10−6
Tabela 5 - Dados de coeficiente convectivo, Nusselt e Reynolds a partir dos resultados experimentais
nas velocidades de escoamento
Velocidade hexp
Nuexp Re
(m/s) (W/m2K)
80,0000
70,0000
60,0000
hexp (W/m2K)
50,0000
40,0000
30,0000 y = 34,47x0,4662
20,0000 R² = 0,9962
10,0000
0,0000
0 1 2 3 4 5
V (m/s)
Red C m
4 – 40 0,911 0,385
1
𝑁𝑢𝐻𝑖𝑙𝑝𝑒𝑟𝑡 = 𝐶 ∙ 𝑅𝑒 𝑚 ∙ 𝑃𝑟 3 (15)
1
𝑁𝑢𝐻𝑖𝑙𝑝𝑒𝑟𝑡 = 0,193 ∙ 10793,3430,618 ∙ 0,70363 = 53,3527
𝑃𝑟 1/4 (16)
𝑁𝑢𝑍ℎ𝑢𝑘𝑎𝑢𝑠𝑘𝑎𝑠 = 𝐶 ∗ 𝑅𝑒 𝑚 ∗ 𝑃𝑟 𝑛 ∗ ( )
𝑃𝑟𝑠
𝑁𝑢𝐻𝑖𝑙𝑝𝑒𝑟𝑡 ∙ 𝑘
ℎ𝐻𝑖𝑙𝑝𝑒𝑟𝑡 =
𝐷
53,3527 ∗ 28,11𝑥10−3
ℎ𝐻𝑖𝑙𝑝𝑒𝑟𝑡 = = 34,0851 𝑊/𝑚2 ∗ 𝐾
0,044
20
𝑁𝑢𝑍ℎ𝑢𝑘𝑎𝑢𝑠𝑘𝑎𝑠 ∗ 𝑘
ℎ𝑍ℎ𝑢𝑘𝑎𝑢𝑠𝑘𝑎𝑠 =
𝐷
O cálculo dos desvios foi feito por meio da Equação 17, apresentada a seguir:
𝑁𝑢𝑒𝑥𝑝 − 𝑁𝑢𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜(%) = 𝑥100 (17)
𝑁𝑢𝑒𝑥𝑝
120,0000
100,0000
80,0000
Hilbert
Nu
60,0000
Zhukauskas
40,0000 Experimental
Linear (Zhukauskas)
20,0000
0,0000
0 5000 10000 15000
Re
Uma linearização das equações foi feita para a simplificação dos cálculos,
obtendo-se as seguintes equações:
𝑙𝑛 𝑁𝑢 = 𝑙𝑛 𝐶. 𝑃𝑟 1/3 + 𝑚. 𝑙𝑛 𝑅𝑒 (18)
1
𝑃𝑟 4 (19)
𝑙𝑛 𝑁𝑢 = 𝑙𝑛 𝐶. 𝑃𝑟 0,37 . ( ) + 𝑚. 𝑙𝑛 𝑅𝑒
𝑃𝑟𝑠
1
1
0,37 𝑃𝑟 4
Como 𝐶. 𝑃𝑟 e 𝐶. 𝑃𝑟
3 (𝑃𝑟 ) são constantes nomeou-se o produto como “b” e
𝑆
𝑙𝑛 𝑁𝑢 = 𝑙𝑛 𝑏 + 𝑚 𝑙𝑛 𝑅𝑒
22
5
y = 0,4687x + 0,3377
4,5 R² = 0,9967
4
3,5 ln Nu experimental
3
y = 0,5656x - 1,2933
ln Nu
2,5 ln Nu teorico
R² = 0,9962
2
Linear (ln Nu
1,5
experimental)
1
Linear (ln Nu teorico)
0,5
0
7 8 9 10
ln Re
1
(20)
𝑏 = 𝐶𝑒𝑥𝑝 . 𝑃𝑟 3
𝑏
𝐶𝑒𝑥𝑝 = 1/3
𝑃𝑟
2,00
𝐶𝑒𝑥𝑝 = = 2,2499
0,70241/3
0,26
𝐶𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = = 0,2925
0,70241/3
Convém ainda ressaltar que para a maioria dos cálculos de engenharia não se
deve esperar precisão melhor do que 20%, levando em consideração que as
correlações teóricas não são verdades absolutas, e que são razoáveis dentro de
determinadas faixas de condições (INCROPERA, 2015).
25
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS