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Universidade Católica de Petrópolis

Centro de Engenharia e Computação

Circuitos Elétricos I

Turmas E-ELE-A4/B4
2019-1

Prof. Felipe Baldner


felipe.baldner@ucp.br
Circuitos Elétricos I (2019-1) 2

Bibliografia
Livros disponíveis na biblioteca virtual da UCP:
1. HAYT, Jr., W. H.; KEMMERLY, J. E.; DURBIN, S. M. Análise de Circuitos em Engenharia. 8ª edição.
Porto Alegre: AMGH, 2014.
2. ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de Circuitos Elétricos. 5ª edição. Porto
Alegre: AMGH, 2013.
3. SADIKU, M. N. O.; MUSA, S. M.; ALEXANDER, C. K. Análise de Circuitos Elétricos com
Aplicações. 1ª edição. Porto Alegre: AMGH, 2014.
Outros livros de interesse:
1. CLOSE, C. M. Circuitos Lineares. 2ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 1990.
2. DORF, R. C.; SVOBODA, J. A. Introdução aos Circuitos Elétricos. 9ª edição. Rio de Janeiro: LTC,
2016.
3. NILSSON, J. W.; RIEDEL, S. Circuitos Elétricos. 10ª edição. São Paulo: Pearson, 2016.
4. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física volume 3: Eletromagnetismo. 8ª
edição. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
5. AGARWAL, A.; LANG, J. H. Foundations of Analog and Digital Electronic Circuits. 1ª edição. São
Francisco: Elsevier, 2005.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 3

Metodologia
• As aulas consistem na explicação dos fenômenos e dedução das equações importantes. O material (slides)
apresentam as equações, mas não o raciocínio. O ideal é acompanhar pelos slides e fazer anotações pertinentes;
• Deduções não são cobradas na prova, apenas a aplicação delas dentro do contexto;
• Em sala, serão resolvidos a maioria dos exercícios dos slides, que são retirados das listas. Para os demais
exercícios cada aluno deve raciocinar e tentar resolver os exercícios para descobrir suas deficiências e então poder
tirar dúvidas com o professor ou no Pape;
• Antes de cada prova haverá uma aula de dúvidas;
• As provas são feitas com base no material exposto em sala (slides). Da mesma forma que haverão questões de
aplicação direta do conteúdo, haverão exercícios de interpretação e resolução de problemas, que exigem maior
raciocínio e domínio do conteúdo;
• Unidades fazem parte de uma grandeza, juntamente com os valores. TODO cálculo deve conter os valores e as
unidades não somente nos resultados, mas também no desenvolvimento das equações para que a unidade final
tenha sentido.
• As provas são elaboradas de forma a testar o entendimento dos conceitos envolvidos e não na habilidade de se
decorar procedimentos.
• Durante a prova é permitida a consulta a uma folha A4 (frente e verso) com conteúdo livre (que deve ser,
obrigatoriamente, entregue com a prova).
• Pode usar qualquer tipo de calculadora científica EXCETO smartphones!!
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Avaliação
• Teoria (60%):
• 3 Provas (P1, P2 e P3) (é retirada a menor destas notas)
• Trabalho Computacional (TC)
• Laboratório (40%):
• Prova 1 (P1lab)
• Prova 2 (P2lab)

• Média Final:

MF = 0, 2 ( P1 + P 2 + P3 − min  P1, P 2, P3 + TC ) + 0, 2 ( P1lab + P 2lab )


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Cronograma
08-02-2019 26-04-2019

15-02-2019 03-05-2019

22-02-2019 10-05-2019

01-03-2019 17-05-2019

08-03-2019 Recesso - Carnaval 24-05-2019 Aula + Dúvidas para P2

15-03-2019 31-05-2019 P2

22-03-2019 Aula + Dúvidas para P1 07-06-2019 Vista da P2 + Dúvidas para P3

29-03-2019 P1 14-06-2019 P3

05-04-2019 Vista da P1 21-06-2019 Vista da P3 + Trabalho Computacional

12-04-2019 28-06-2019 Término do período letivo

19-04-2019 Feriado: Sexta-feira santa


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Ementa
0. Conceitos Importantes 2. Circuitos variantes no tempo
1. Análise de Circuitos Lineares 1. Capacitores
1. Elementos e grandezas básicos 2. Indutores
2. Leis de Kirchoff 3. Circuitos de 1ª ordem
3. Análise de Nós 4. Circuitos de 2ª ordem
4. Análise de Malhas 5. Resposta completa de circuitos
5. Linearidade
6. Teorema da Superposição
7. Teorema de Thevenin
8. Teorema de Norton Prova 1: Capítulo 1
9. Máxima Transferência de Potência
Prova 2: Capítulo 2
Prova 3: Capítulos 1 e 2

Não há segunda chamada!


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Trabalho Computacional
Desenvolva um programa (na linguagem que for mais adequada a seus
conhecimentos – Matlab, Python, C, etc) que determine a resposta a uma função
singular de um circuito.
O programa deve determinar a resposta para os seguintes tipos de circuitos:
• Circuito RL
• Circuito RC
As funções singulares podem ser:
• O impulso unitário δ(t);
• O degrau unitário u(t);
• A rampa unitária r(t);
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Trabalho Computacional
O circuito consistirá apenas de uma fonte (de tensão ou corrente), um
resistor e um indutor ou capacitor. Os valores devem ser escolhidos pelo usuário.

Depois que o usuário entrar com estas informações, o programa deverá


exibir um gráfico adequado com a resposta em tensão e/ou corrente, bem como a
equação em sí.

Consulte a bibliografia para fundamentar o desenvolvimento do seu


programa.
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Trabalho Computacional
Planeje como será a entrada de dados: O que seu programa deverá
solicitar ao usuário?

Seu projeto deve estar devidamente documentado com um relatório (que


deve explicar como foi feita esta implementação, em termos matemáticos),
fluxogramas e diagramas de bloco (para explicar a lógica utilizada na
implementação da teoria matemática), guia de utilização, código fonte (devidamente
comentado), e qualquer outra informação pertinente.

PROJETOS IGUAIS SERÃO ANULADOS.


(mudar nome de variável NÃO é fazer um programa diferente)
Circuitos Elétricos I (2019-1) 10

0. Conceitos Importantes
0.1. Unidades de Medida
Um conceito científico se torna concreto quando pode ser expressado
numericamente em uma intensidade.

A unidade de medida é aquilo que dá sentido físico à intensidade que


quantifica um determinado conceito científico.

10 kg Massa

10 ??? 10 m Comprimento

10 kV Tensão Elétrica
Circuitos Elétricos I (2019-1) 11

0. Conceitos Importantes
0.1. Unidades de Medida
Em 1960 a 11º CGPM (Conferência Geral de Pesos e Medidas) criou o Sistema
Internacional de Unidades (SI).

O SI tem o objetivo de nomear as principais grandezas, suas unidades e seus prefixos.

Grandezas e Unidades de São aquelas que não podem ser definidas em função
base de nenhuma outra

Grandezas e Unidades São definidas como uma combinação das


suplementares grandezas/unidades de base, sendo adimensionais

Grandezas e Unidades São definidas como uma combinação das


derivadas grandezas/unidades de base.
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0. Conceitos Importantes
0.1. Unidades de Medida
Unidade
Grandeza
Nome Símbolo
Comprimento metro m

Massa kilograma kg

Tempo segundo s

Corrente elétrica ampere A

Temperatura termodinâmica kelvin K

Quantidade de matéria mol mol

Intensidade luminosa candela cd

Fonte: http://www.bipm.org/en/publications/si-brochure/section2-1.html
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0. Conceitos Importantes
0.1. Unidades de Medida
Unidade Nome Grandeza Relação
rad radiano Ângulo plano m/m
sr esferoradiano Ângulo sólido m2/m2

Unidade Nome Grandeza Relação


m2 metro quadrado Área m·m
m/s metro por segundo Velocidade m/s
m/s2 metro por segundo ao quadrado Aceleração m/s/s

N newton Força kg · m / s / s

Pa pascal Pressão N / m2

J joule Energia N·m

Fonte: http://www.bipm.org/en/publications/si-brochure/section2-2.html
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0. Conceitos Importantes
0.2. Prefixos de Unidades
Os prefixos são utilizados para facilitar a grafia de números muito grandes ou pequenos,
explicitando os algarismos significativos da intensidade de uma dada grandeza.

1.000,0 V 1,0 kV

0,000001 A 1,0 μA

1.000.000 N 1,0 MN
Circuitos Elétricos I (2019-1) 15

0. Conceitos Importantes
0.2. Prefixos de Unidades
Fator Potência de 10 Nome Símbolo
0,000000000001 10-12 pico p
0,000000001 10-9 nano n
0,000001 10-6 micro μ
0,001 10-3 mili m
0,01 10-2 centi c
0,1 10-1 deci d
10 101 deca da
100 102 hecto h
1.000 103 kilo k
1.000.000 106 mega M
1.000.000.000 109 giga G
1.000.000.000.000 1012 tera T
Fonte: http://www.bipm.org/en/publications/si-brochure/chapter3.html
Circuitos Elétricos I (2019-1) 16

0. Conceitos Importantes
0.2. Prefixos de Unidades
Importância da grafia correta:

MPa mPa

kg Kg
Circuitos Elétricos I (2019-1) 17

0. Conceitos Importantes
0.3. Análise Dimensional
Toda grandeza física é composta, inequivocamente, por um número (sua intensidade) e
uma unidade (sua dimensão).
Dessa forma, o resultado de uma equação deve ser dimensionalmente coerente seguindo
duas regras:
1) Apenas grandezas de mesma dimensão podem ser somadas, subtraídas, comparadas
ou igualadas;
2) Grandezas de dimensões diferentes podem ser multiplicadas ou divididas, gerando
novas unidades (dimensões);

Todo cálculo deve utilizar as grandezas junto com os números como


forma de confirmar a dimensão da grandeza final.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 18

0. Conceitos Importantes
0.3. Análise Dimensional
Outras características:
• A razão entre duas grandezas de mesma dimensão e unidade resulta em um valor
adimensional;

• Grandezas infinitesimais tem a mesma dimensão que suas grandezas contínuas, portanto,
tomar a derivada de uma variável em função de outra, alterará a dimensão do resultado;

• Conversões de unidades são simplesmente comparações entre duas unidades de uma


mesma grandeza;

• Funções transcendentais (seno, cosseno, exponencial de base e, log, etc) devem ter como
argumento um valor adimensional;
Circuitos Elétricos I (2019-1) 19

0. Conceitos Importantes
0.3. Análise Dimensional
Algumas regras de acordo com o guia do Sistema Internacional (BIPM, 2014):
• Os nomes de uma unidade, quando escritos por extenso, são substantivos comuns e as
mesmas regras se aplicam (minúscula ao longo do texto, maiúscula no início de uma
frase)
• Exceção: °C se escreve graus Celsius – a unidade é o grau, o Celsius é um
modificador da unidade.
• O nome por extenso de uma unidade nunca pode ser abreviados.
• Os símbolos de unidade são escritos sempre em minúscula;
• Exceção 1: quando a unidade é derivada de um nome próprio, sendo então usada em
maiúsculo para a primeira letra; Exemplos:
• V (volt – homenagem a Alessandro Volta); N (newton – homenagem a Sir Isaac
Newton); K (kelvin – homenagem a Lord Kelvin), etc.
• Exceção 2: Para a unidade litro, recomenda-se utilizar L (letra L maiúscula) para
evitar confusão entre l (letra L minúscula) e 1 (número 1).
Circuitos Elétricos I (2019-1) 20

0. Conceitos Importantes
0.3. Análise Dimensional
• Quando um prefixo de unidade é utilizado ele deve preceder o símbolo da unidade sem
nenhum tipo de separador entre os dois símbolos. Ex.: mV e não m V ou m.V ou m-V
• Quando a unidade é escrita por extenso e um prefixo é utilizado, este também deve ser
escrito por extenso, sem nenhuma separação entre os dois; Ex.: mV = milivolt e não mili
volt ou mili-volt
• Quando uma unidade é formada pela multiplicação ou divisão de duas unidades, o
símbolo da operação deve ser utilizado. Para multiplicação, é aceitável o uso de espaço ou
de um ponto centralizado na vertical. Por extenso, pode-se usar o hífen. Para divisão deve-
se usar a barra ou expoentes negativos. Exemplos:
• Torque = N m ou N∙m. newton metro ou newton-metro
• Aceleração = m/s² ou m∙s−2. metro por segundo quadrado
• Quando acompanhados de seus valores numéricos, é recomendada a utilização de
parênteses. Ex.: (3 A)(2 Ω) = 6 V
Circuitos Elétricos I (2019-1) 21

0. Conceitos Importantes
0.3. Análise Dimensional
• Os símbolos de uma unidade são entidades matemáticas e de forma a evitar erros,
ambiguidades e mal-entendidos deve-se levar em conta:
• As regras algébricas se aplicam tanto aos números quanto às unidades e prefixos em
uma equação;
• Uma unidade composta é gerada a partir da álgebra entre outras unidades!
Exemplo: A unidade de pressão pascal (Pa) é obtida pela divisão entre a unidade
de força newton (N) e a unidade de área metro quadrado (m2).
• Não podem ser abreviados (p.ex.: min para minuto ou mps para metros por segundo);
• Só devem acompanhar um ponto quando estiverem no fim de uma frase;
• Não admitem plural;
• Não se deve misturar símbolos com nomes por extenso;

Fonte: https://www.bipm.org/en/publications/si-brochure/ capítulo 5


Circuitos Elétricos I (2019-1) 22

0. Conceitos Importantes
0.4. Sistemas Lineares
Sistemas lineares são conjuntos de equações lineares, onde um sistema
genérico de n variáveis e m equações pode ser descrito como:

a11 x1 + a12 x2 + + a1n xn = b1


a x + a x + + a x = b
 21 1 22 2 2n n 2


am1 x1 + am 2 x2 + + amn xn = bm

Onde xj são as variáveis, aij são os coeficientes e bij são as constantes.


Circuitos Elétricos I (2019-1) 23

0. Conceitos Importantes
0.4. Sistemas Lineares
Sua solução abrange desde manipulação algébrica a complexos algoritmos
computacionais.

A regra de Cramer é um método de solução de sistemas lineares que parte do


princípio que o sistema linear pode ser representado de forma matricial:

Ax = B
Circuitos Elétricos I (2019-1) 24

0. Conceitos Importantes
0.4. Sistemas Lineares
A matriz A é a matriz dos coeficientes e tem dimensões mxn, x é o vetor das
variáveis e tem tamanho n e B o vetor das constantes com tamanho m.

 a11 a12 a1n   x1   b1 


a a22     
a2 n   x2   b2 
 21 =
    
    
 am1 am 2 amn   xn  bm 
Circuitos Elétricos I (2019-1) 25

0. Conceitos Importantes
0.4. Sistemas Lineares
A solução para uma variável qualquer xi (1<i<n) é dada por:
det Ai
xi =
det A
Onde detA é o determinante da matriz dos coeficientes e detAi é o determinante da
matriz dos coeficientes com a coluna i substituída pelo vetor B.

a11 a12 a1n a11 b1 a1n


a21 a22 a2 n a21 b2 a2 n
det A = det Ai =

am1 am 2 amn am1 bm amn


Circuitos Elétricos I (2019-1) 26

0. Conceitos Importantes
0.5. Resolvendo Sistemas Lineares na HP50G
Utilizando a HP50G, sistemas lineares podem ser resolvidos pelo solucionador
numérico. Deve-se entrar no NUMeric SoLVer ( ) e escolher a opção “4. Solve lin
sys..”.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 27

0. Conceitos Importantes
0.5. Resolvendo Sistemas Lineares na HP50G
A seguir, aparecerá uma tela para que entrem os dados da matriz A, e do vetor
b, que tem a mesma forma descrita anteriormente.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 28

0. Conceitos Importantes
0.5. Resolvendo Sistemas Lineares na HP50G
Utilizando como exemplo o seguinte sistema a matriz A é inserida:

2 x + 3 y − 5 z = 13

 x − 3 y + 8 z = −13
2 x − 2 y + 4 z = −6

Circuitos Elétricos I (2019-1) 29

0. Conceitos Importantes
0.5. Resolvendo Sistemas Lineares na HP50G
E o vetor b:

2 x + 3 y − 5 z = 13

 x − 3 y + 8 z = −13
2 x − 2 y + 4 z = −6

Circuitos Elétricos I (2019-1) 30

0. Conceitos Importantes
0.5. Resolvendo Sistemas Lineares na HP50G
Depois de inseridos os parâmetros, deve-se selecionar o campo do vetor x e
apertar o botão SOLVE ( ):

x = 1

Logo, a solução deste sistema é:  y = 2
 z = −1

Circuitos Elétricos I (2019-1) 31

0. Conceitos Importantes
0.5. Resolvendo Sistemas Lineares na HP50G
Exercício: Resolva o seguinte sistema linear pela regra de Cramer e utilizando a
HP50G:
x + 2 y + z = 8

2 x − y + z = 3
3 x + y − z = 2

 x  1 
 
Resposta: y = 2
 
   
 z   3 
Circuitos Elétricos I (2019-1) 32

0. Conceitos Importantes
0.6. Linearidade
A linearidade é um conceito matemático aplicado a funções que podem ser
representadas por uma reta. Para que uma função seja linear, deve adotar duas
propriedades:
• Homogeneidade:
f ( ax ) = af ( x )

• Aditividade:
f ( x + y) = f ( x) + f ( y)
Circuitos Elétricos I (2019-1) 33

1. Análise de Circuitos Lineares


1.1. Grandezas básicas
Um circuito elétrico é um caminho fechado composto por elementos elétricos
interconectados.

Os elementos destes circuitos podem ser ativos (fontes de tensão ou corrente –


independentes ou dependentes) ou passivos (resistores, capacitores, indutores, etc.).

Componentes mais complexos (amplificadores, transistores, etc.) são


modelados como circuitos utilizando estes componentes mais básicos.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 34

1. Análise de Circuitos Lineares


1.1. Grandezas básicas
O conceito fundamental por trás de um circuito elétrico é o da circulação de
elétrons. A circulação de elétrons a partir de uma fonte, passando por componentes e
voltando à fonte, dá origem às grandezas básicas da análise de circuitos elétricos:

• Corrente [A]

• Tensão [V]

• Potência [W]
Circuitos Elétricos I (2019-1) 35

1. Análise de Circuitos Lineares


1.1. Grandezas básicas
Representação: Em geral, grandezas que variam com o tempo são escritas com letras
minúsculas enquanto grandezas constantes, são escritas com letras maiúsculas.
• i(t), v(t), p(t): Corrente, tensão e potência que variam no tempo (AC, por
exemplo)

• I, V, P: Corrente, tensão e potência constantes (DC, ou AC em regime


permanente)

• R, L, C: Resistência, Indutância e Capacitância (constantes)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 36

1. Análise de Circuitos Lineares


1.1. Grandezas básicas
1) Corrente Elétrica: Representa a variação de elementos portadores de carga em um
dq ( t )
dado intervalo de tempo
i (t ) =  A
dt
Considerando o condutor metálico como a direção dessa corrente, define-se
ainda uma intensidade e sentido para ela, sendo estes dois parâmetros inequívocos para
sua correta parametrização.

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p13)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 37

1. Análise de Circuitos Lineares


1.1. Grandezas básicas
2) Tensão Elétrica: Um circuito é composto por elementos ativos e passivos. Cada
elemento é composto por terminais que permitem sua interligação e, consequentemente,
a passagem de elétrons.
Seja um elemento de dois terminais que, quando uma corrente entra por um
destes terminais e sai pelo outro, há consumo de energia. Neste caso, haverá, em cada
terminal, um potencial elétrico diferente. Entre os dois terminais, diz-se haver uma
diferença de potencial ou uma queda de tensão neste elemento.

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p14)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 38

1. Análise de Circuitos Lineares


1.1. Grandezas básicas
2) Tensão Elétrica:
• Um elemento passivo é aquele que uma corrente circulando por seus terminais provoca
uma tensão elétrica em seus terminais;
• Um elemento ativo é aquele que controla a tensão/corrente em seus terminais;
• A tensão elétrica também é uma grandeza inequivocamente caracterizada por uma
direção e sentido, sendo representada por sinais +/− nos terminais de um componente ou
por uma seta sobre ele;

Fonte: (CLOSE, 1990, p11)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 39

1. Análise de Circuitos Lineares


1.1. Grandezas básicas
3) Potência Elétrica: Um dado elemento de circuito, de acordo com as representações
das tensões e correntes nele, pode estar recebendo energia do circuito ou fornecendo
energia ao circuito. A potência elétrica é a grandeza que caracteriza a taxa de
transferência de energia dentro de um circuito:

p (t ) = v (t ) i (t ) V  A = W 
A determinação de consumo ou fornecimento de potência apenas é possível
quando a tensão e corrente em um elemento são totalmente caracterizadas, com todos os
sentidos e intensidades.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 40

1. Análise de Circuitos Lineares


1.1. Grandezas básicas
3) Potência Elétrica:
• Um elemento que consome potência é aquele que a corrente entra no terminal cuja
tensão é mais positiva;
• Um elemento que fornece potência é aquele que a corrente sai do terminal cuja
tensão é mais positiva.

Fonte: (CLOSE,
1990, p12)
Circuitos Elétricos I (2019-1) 41

1. Análise de Circuitos Lineares


1.1. Grandezas básicas
Todo circuito fechado deve obedecer ao princípio de conservação de energia,
fazendo com que toda potência fornecida seja consumida dentro do próprio circuito.

Esta potência será transformada de acordo com os componentes interligados no


circuito, podendo ser transformada em calor, luz, som, vibração, etc..

Da mesma forma que em um circuito há conservação de potência, isso implica


na conservação de tensão e de corrente.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 42

1. Análise de Circuitos Lineares


1.1. Grandezas básicas
Enquanto todos as grandezas básicas apresentadas até agora são dadas por
fenômenos eletromagnéticos, a teoria de circuitos trabalha apenas com o que se mede
nos terminais dos componentes, e não com os fenômenos internos aos componentes que
permitem, por exemplo, que uma corrente I gere uma diferença de potencial V quando
percorre um resistor R.

Isto também é válido para elementos mais complexos, como fontes, que por si
só são compostas de outros circuitos mais complexos, mas que não serão o foco da
análise do circuito em si, apenas suas características de saída.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 43

1. Análise de Circuitos Lineares


1.2. Fontes de tensão e corrente
Uma fonte é um elemento ativo cuja função é fornecer energia ao circuito. As
fontes podem ser independentes, onde a tensão e corrente pelos seus terminais não são
matematicamente relacionadas ou dependentes (também conhecidas como
controladas), quando há uma expressão matemática relacionando uma tensão/corrente
existente no circuito com aquela sendo gerada pela fonte.
• Fonte (independente) de tensão;
• Fonte (independente) de corrente;
• Fonte dependente/controlada de tensão;
• Fonte dependente /controlada de corrente.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 44

1. Análise de Circuitos Lineares


1.2. Fontes de tensão e corrente
Uma fonte em um circuito sempre fornece tanto tensão quanto corrente,
mudando apenas, internamente, como as duas grandezas são manipuladas:
• Fontes de tensão: Fornece uma tensão constante em seus terminais variando a
corrente fornecida de acordo com o circuito ligado a ela;
• Fontes de corrente: Fornece uma corrente constante variando a tensão em seus
terminais de acordo com o circuito ligado a ela;

Fontes de Fonte de
tensão corrente

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p19)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 45

1. Análise de Circuitos Lineares


1.2. Fontes de tensão e corrente
As fontes controladas podem também fornecer tensão ou corrente constante,
assim como as independentes. O que muda nelas é que uma fonte controlada de tensão
pode ser controlada tanto por tensão quanto corrente, assim como uma fonte controlada
de corrente. As grandezas de controle ix e vx são definidas dentro do circuito.

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p19)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 46

1. Análise de Circuitos Lineares


1.2. Fontes de tensão e corrente
Exercício: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p.20) Determine a potência em cada
elemento.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 47

1. Análise de Circuitos Lineares


1.3. Lei de Ohm
Pela Lei de Ohm, para um material condutor ligado à uma fonte, a razão entre
a queda de tensão sobre seus terminais e a corrente que circula por ele é conhecida
como a resistência elétrica deste material e, matematicamente, é dada por:

v (t )
=R 
i (t )

A resistência R de um resistor é
um parâmetro constante. Desta forma, a
relação tensão x corrente é linear, onde R é
a inclinação da reta.
Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p23)
Circuitos Elétricos I (2019-1) 48

1. Análise de Circuitos Lineares


1.3. Lei de Ohm
A potência dissipada por um resistor pode ser dada em função da tensão v, da
corrente i e/ou da resistência R:

p (t ) = v (t ) i (t )
p ( t ) = R i ( t ) 
2

v ( t ) 
2

p (t ) =
R
Circuitos Elétricos I (2019-1) 49

1. Análise de Circuitos Lineares


1.3. Lei de Ohm
A condutância G de um resistor é dado pelo inverso de sua resistência ou pela
razão entre corrente e tensão:

i (t ) 1
= =G S 
v (t ) R
E a potência:

i ( t ) 
2

p (t ) =
G
p ( t ) = G v ( t ) 
2
Circuitos Elétricos I (2019-1) 50

1. Análise de Circuitos Lineares


1.3. Lei de Ohm
A resistência é um parâmetro sempre positivo, podendo variar de 0 a infinito.

Estes extremos recebem dois nomes especiais:


Curto-circuito Circuito aberto

RSC = 0 ROC = 
Logo: Logo:
vSC = 0 iOC = 0
iSC vOC
Circuitos Elétricos I (2019-1) 51

1. Análise de Circuitos Lineares


1.3. Lei de Ohm
Exercício: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, cap.2, 42) Determine o valor da
resistência para cada caso.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 52

1. Análise de Circuitos Lineares


1.4. Leis de Kirchhoff
Os elementos de um circuito são conectados entre si formando nós, caminhos,
laços, ramos e malhas.
• Um nó (node) é um ponto do circuito onde dois ou mais elementos se conectam;
• Dado um conjunto de nós e elementos de circuito, se não há nó em comum, este
conjunto é chamado de caminho (path). Caso o nó de início e o de fim sejam o
mesmo, este conjunto é um laço laço (loop);
• Um ramo (branch) é um caminho composto apenas por um elemento e os nós de
seus terminais;
• Uma malha (mesh) é um laço que não contém outros laços dentro dele.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 53

1. Análise de Circuitos Lineares


1.4. Leis de Kirchhoff


caminho
ramo

Obs.: Todo ramo é também um caminho, mas


nem todo caminho é um ramo. Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p93)
Circuitos Elétricos I (2019-1) 54

1. Análise de Circuitos Lineares


1.4. Leis de Kirchhoff
laço malha

Obs.: Toda malha é um laço também, mas nem


todo laço é uma malha. Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p93)
Circuitos Elétricos I (2019-1) 55

1. Análise de Circuitos Lineares


1.4. Leis de Kirchhoff
Dois ou mais ramos são ditos em série quando compartilham apenas um nó em
comum, ou seja, a mesma corrente percorre os dois ramos.
Um ramo está em paralelo com outro(s) quando seus dois nós estão ligados
com os dois nós do(s) outro(s) ramo(s), compartilhando os dois nós, fazendo com que a
tensão naqueles ramos seja igual.

Ramos
Ramos


Circuitos Elétricos I (2019-1) 56

1. Análise de Circuitos Lineares


1.4. Leis de Kirchhoff
Lei de Kirchoff de Tensão (LKT): Lei de Kirchoff de Corrente (LKC):

v = 0 i = 0
Convenção de sinais

Elementos Elementos
ativos passivos
i >0
+ +
v i v i i <0
− −
Circuitos Elétricos I (2019-1) 57

1. Análise de Circuitos Lineares


1.4. Leis de Kirchhoff
1. Adota-se um sentido para todas as correntes no circuito. Em geral, toma-se como base as
fontes, com a corrente saindo dos terminais positivos;
2. Define-se as tensões em todos os elementos do circuito:
1. Se for uma fonte, tensão e corrente no mesmo sentido;
2. Se for resistor, tensão e corrente em sentidos opostos;
3. São definidas as equações para as malhas/laços do circuito escolhendo um sentido para as
tensões. Se a tensão naquele elemento estiver no mesmo sentido escolhido, é positiva, caso
contrário, negativa;
4. São definidas as equações para os nós do circuito. Se a corrente estiver entrando no nó, é
positiva, caso contrário, negativa;
5. Resolve-se o sistema encontrado para encontrar as variáveis faltantes;
6. Caso seja encontrado um sinal negativo em alguma resposta, foi arbitrado sentido contrário
para aquela grandeza.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 58

1. Análise de Circuitos Lineares


1.4. Leis de Kirchhoff
Exercício: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, cap.3, 21) Para o circuito da figura,
determine os valores de vx e ix.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 59

1. Análise de Circuitos Lineares


1.4. Leis de Kirchhoff
Exercício: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, cap.3, 19) Para o circuito da figura,
determine os valores de vR e vx, sabendo que v1 = 3 V e v3 = 1,5 V.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 60

1. Análise de Circuitos Lineares


1.5. Associação de Resistores
Quando se tem arranjos complicados de resistores, é interessante a
possibilidade de simplificação. As formas de associação podem ser em série ou em
paralelo.
Em série, os resistores são percorridos pela mesma corrente, tendo tensões
diferentes. logo, pela LKT:
N
Req =  Ri
i =1

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p55)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 61

1. Análise de Circuitos Lineares


1.5. Associação de Resistores
Em paralelo, os resistores têm uma mesma queda de tensão, com correntes
diferentes circulando por cada um. Como estão todos ligados ao mesmo nó, pela LKC:

−1
 N
1
Req =   
 i =1 Ri 

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p57)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 62

1. Análise de Circuitos Lineares


1.6. Divisores de Tensão e Corrente
Em circuitos série e paralelo é possível encontrar os valores de tensão e
corrente sem a necessidade de montar as equações de Kirchoff.
Sejam dois resistores em série, a tensão em cada um deles pode ser dada pelo
divisor de tensão:

R1v R2 v
v1 = v2 =
R1 + R2 R1 + R2

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p62)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 63

1. Análise de Circuitos Lineares


1.6. Divisores de Tensão e Corrente
De forma geral, o divisor de tensão para um conjunto de N resistores em série:

Rx vs
vx = n

R
i =1
i

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p55)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 64

1. Análise de Circuitos Lineares


1.6. Divisores de Tensão e Corrente
Sejam dois resistores em paralelo, a corrente em cada um deles pode ser dada
pelo divisor de corrente:

R2i R1i
i1 = i2 =
R1 + R2 R1 + R2
Circuitos Elétricos I (2019-1) 65

1. Análise de Circuitos Lineares


1.6. Divisores de Tensão e Corrente
De forma geral, o divisor de corrente para um conjunto de N resistores em
paralelo:

−1
Rx is
ix = n

R
i =1
i
−1

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p57)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 66

1. Análise de Circuitos Lineares


1.6. Divisores de Tensão e Corrente
Exercício: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, cap.3, 56) Para o circuito abaixo,
encontre i1, i2 e v3:
Circuitos Elétricos I (2019-1) 67

1. Análise de Circuitos Lineares


1.6. Divisores de Tensão e Corrente
Exercício: (CLOSE, 1990, Exemplo 2.1-4) Para o circuito abaixo, encontre e0:
Circuitos Elétricos I (2019-1) 68

1. Análise de Circuitos Lineares


1.7. Análise Nodal
Pelas leis de Kirchoff, em um circuito com B elementos (B ramos e N nós),
estes terão B tensões sobre eles e B correntes circulando por eles, sendo necessário um
total de 2B equações independentes.

Pela LKC, o circuito teria N−1 equações de corrente independentes e B−N+1


equações de laços que, para serem independentes, precisam que cada equação tenha a
tensão de um ramo que não esteja em nenhuma outra equação.

Estas restrições fazem com que as leis de Kirchoff não sejam de fácil aplicação
a circuitos mais complexos.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 69

1. Análise de Circuitos Lineares


1.7. Análise Nodal
Como já visto, pela LKC, um circuito tem N−1 equações de corrente
independentes. Com isso, pode-se concluir que 1 nó é comum aos demais, podendo ser
denominado como nó de referência.

Por definição, a tensão sobre um elemento é a diferença entre os potenciais


elétricos em cada terminal deste, ou seja, entre cada nó. Estes potenciais elétricos
podem ser, então, denominados tensões nodais.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 70

1. Análise de Circuitos Lineares


1.7. Análise Nodal
Assim, a tensão em um elemento pode ser reescrita, matematicamente como:

va = v1 − v2

Fonte: (DORF, SVOBODA, 2016, p116)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 71

1. Análise de Circuitos Lineares


1.7. Análise Nodal
Conhecendo-se a relação tensão corrente em um elemento, como em um
resistor, a lei de Ohm, em termos das tensões nodais e corrente pode ser dada por:

vR v1 − v2
i= =
R R
A escolha de um nó de referência faz com sua tensão nodal seja zero. Após sua
devida escolha, aplica-se a LKC normalmente, encontrando N−1 equações suficientes
para resolução do circuito. Agrupando as correntes de fonte em um lado da equação,
com as correntes de carga no outro:

i fontes
=  i cargas
Circuitos Elétricos I (2019-1) 72

1. Análise de Circuitos Lineares


1.7. Análise Nodal
Utilizando esta lógica, deve-se ter atenção para que, quando for montada a
equação de um determinado nó, a primeira tensão nodal é sempre do nó sendo
analisado.

v1 − v2
Quando analisando o nó v1: i =
R

v2 − v1
Quando analisando o nó v2: i =
R
Circuitos Elétricos I (2019-1) 73

1. Análise de Circuitos Lineares


1.7. Análise Nodal
Outra forma de analisar a LKC é considerando:

i = 0
Desta forma, deve-se tomar cuidado com o sentido da corrente, pois esta pode
ser positiva ou negativa, dependendo do nó sendo analisado.

iR
v1 − v2 v1 − v2
nó v1 : iR = − nó v 2 : iR =
R R

Pois, em v1, iR está saindo do nó e em v2 está entrando no nó.


Circuitos Elétricos I (2019-1) 74

1. Análise de Circuitos Lineares


1.7. Análise Nodal
Exercício: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, cap.4, 12) Use a análise nodal para
achar vP no circuito abaixo:
Circuitos Elétricos I (2019-1) 75

1. Análise de Circuitos Lineares


1.7. Análise Nodal
Exercício: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, cap.4, 14) Use a análise nodal para
achar i5 no circuito abaixo:
Circuitos Elétricos I (2019-1) 76

1. Análise de Circuitos Lineares


1.7. Análise Nodal
Quando fontes de tensão estão presentes, não é possível determinar a corrente
que circula pela fonte o que faria necessária a aplicação da LKT para a determinação
desta corrente.

Considera-se um supernó os dois nós do ramo da fonte de tensão. Assim, é


possível fazer a mesma análise nodal. Isso é possível pois todas as correntes que entram
em um dos nós da fonte de tensão são iguais à todas as correntes que saem do outro nó.

Para que todas as variáveis sejam consideradas, para o supernó, deve-se


relacionar a tensão da fonte com as tensões nodais, em uma equação da LKT.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 77

1. Análise de Circuitos Lineares


1.7. Análise Nodal
Exercício: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, cap.4, 22) Referente ao circuito
abaixo, obtenha o valor numérico para a potência fornecida pela a fonte de 1 V.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 78

1. Análise de Circuitos Lineares


1.7. Análise Nodal
Exercício: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, cap.4, 23) Calcule a tensão v no
circuito abaixo.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 79

1. Análise de Circuitos Lineares


1.8. Análise de Malha
Enquanto a análise nodal baseia-se na LKC e no conceito de tensões nodais, a
análise de malha baseia-se na LKT e no conceito de corrente de malha.

Como já visto anteriormente, uma malha é um laço que não contém outros
laços dentro dele. A corrente de malha é, então uma corrente que percorre todos os
ramos que constituem esta malha.

Fonte: (DORF, SVOBODA, 2016, p129)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 80

1. Análise de Circuitos Lineares


1.8. Análise de Malha
Em ramos pertencentes a apenas uma malha, a tensão sobre ele é:

v = RiM
Já em componentes em ramos compartilhados por duas malhas, a corrente é
dada pela diferença entre as correntes das duas malhas.

Fonte: (DORF, SVOBODA, 2016, p130)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 81

1. Análise de Circuitos Lineares


1.8. Análise de Malha
Assim como na análise nodal, deve-se prestar atenção aos sinais das correntes quando
montar as equações da LKT.
Na malha 1 (de i1), como i está no sentido de i1:

vR = Ri = R (i1 − i2 )

Na malha 2 (de i2), como i está no sentido oposto a i2:


vR = − Ri = − R (i1 − i2 )
vR = R ( i2 − i1 )
Como regra, pode-se considerar que a corrente na malha sendo
analisada é sempre positiva em um ramo compartilhado para que o resistor
tenha sinal positivo.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 82

1. Análise de Circuitos Lineares


1.8. Análise de Malha
Exercício: (HAYT, p.111, 32) Determine o valor numérico para cada uma das três
correntes de malha do circuito.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 83

1. Análise de Circuitos Lineares


1.8. Análise de Malha
Da mesma forma que, para a análise nodal foi definido o conceito de supernó,
para a análise de malha será definido o conceito de supermalha para um ramo que
contém uma fonte de corrente.

Assim, quando houver uma fonte de corrente presente em duas malhas, o ramo
onde ela está presente deve ser ignorado e as duas malhas serão consideradas como
apenas uma.

Após, deve-se definir mais uma equação para o ramo da fonte de corrente
utilizando a LKC.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 84

1. Análise de Circuitos Lineares


1.8. Análise de Malha
Exercício: (HAYT, p.113, 44) Para o circuito abaixo, determine a corrente de malha i1 e
a potência dissipada pelo resistor de 1 Ω.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 85

1. Análise de Circuitos Lineares


1.9. Ligação Delta/Estrela
Além das ligações série e paralelo, existem outras formas de ligar resistores.
Nestas situações, os resistores podem estar ligados em triângulo (ou Δ ou Π) ou estrela
(ou Y ou T), podendo ser convertidos entre uma e outra ligação.

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p155)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 86

1. Análise de Circuitos Lineares


1.9. Ligação Delta/Estrela

De Y para Δ De Δ para Y
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3 Rb Rc
Ra = R1 =
R1 Ra + Rb + Rc
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3 Ra Rc
Rb = R2 =
R2 Ra + Rb + Rc
R1 R2 + R1 R3 + R2 R3 Ra Rb
Rc = R3 =
R3 Ra + Rb + Rc

Fonte: (ALEXANDER, SADIKU, 2014, p54)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 87

1. Análise de Circuitos Lineares


1.10. Princípio da Superposição
Circuitos lineares são aqueles compostos por fontes independentes, fontes
dependentes lineares e elementos lineares onde as tensões e correntes são linearmente
proporcionais às fontes nele encontradas.

A partir desta definição, pode-se aplicar o princípio da superposição em um


circuito linear com N fontes independentes. Assim, a tensão ou corrente em um dado
elemento é dada pelo somatório das influências individuais de cada fonte em que as
demais estarão desligadas.

A resolução, para cada influência, pode ser feita tanto por análise nodal ou de
malhas.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 88

1. Análise de Circuitos Lineares


1.10. Princípio da Superposição
Uma fonte de tensão é dita desligada quando sua tensão é zero, sendo
representada por um curto-circuito. Uma fonte de corrente é dita desligada quando sua
corrente é zero, sendo representada por um circuito aberto.

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p119)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 89

1. Análise de Circuitos Lineares


1.10. Princípio da Superposição
Exercício: (HAYT, p.154, 3) Encontre a corrente i8 no circuito abaixo primeiramente
sem utilizar o princípio da superposição e a seguir usando-o.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 90

1. Análise de Circuitos Lineares


1.10. Princípio da Superposição
Exercício: (SADIKU, p.163, 4.14) Utilizando o princípio da superposição encontre a
tensão v0.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 91

1. Análise de Circuitos Lineares


1.11. Transformação de Fontes
Fontes ideais são aquelas que conseguem manter tensão e corrente constantes
independente das demais grandezas envolvidas, quando ligados em um circuito. Ou
seja:

• Uma fonte ideal de tensão fornece sempre a mesma tensão, independente da


corrente solicitada pelo circuito;

• Uma fonte ideal de corrente fornece sempre a mesma corrente, independente


da tensão solicitada pelo circuito;
Circuitos Elétricos I (2019-1) 92

1. Análise de Circuitos Lineares


1.11. Transformação de Fontes
No entanto, as fontes reais demonstram perdas em determinados elementos.
Estes elementos são modelados como resistores que, dependendo do tipo de fonte serão
ligados em série (fonte real de tensão) ou em paralelo (fonte real de corrente).

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p134 e p135)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 93

1. Análise de Circuitos Lineares


1.11. Transformação de Fontes
Na análise de circuitos, para efeitos de cálculo e simplificações, uma fonte
real de tensão pode ser transformada em uma fonte real de corrente:

RS = RP
vS = RS iS

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p134 e p135)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 94

1. Análise de Circuitos Lineares


1.12. Teoremas para Análise de Circuitos
Os teoremas de Thevenin e Norton tem como objetivo substituir um
complicado circuito, onde apenas um elemento é de interesse, por um circuito
simplificado que seja eletricamente equivalente ao circuito original, podendo assim
analisar o elemento de interesse de forma isolada.

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p135)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 95

1. Análise de Circuitos Lineares


1.12. Teoremas para Análise de Circuitos
O circuito equivalente de Thevenin consiste em uma fonte de tensão em série
com uma resistência equivalente, enquanto o circuito equivalente de Norton consiste em
uma fonte de corrente em paralelo com uma resistência equivalente.

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p135)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 96

1. Análise de Circuitos Lineares


1.13. Teorema de Thevenin
1. Dado um circuito, rearranjá-lo de forma a explicitar a carga desejada e o restante do
circuito;
2. Desconectar a carga, deixando-a em aberto;
3. Calcular a tensão de circuito aberto voc (ou VTH) onde a carga estava localizada
anteriormente;
4. Desligando todas as fontes independentes (fonte de tensão em curto e fonte de
corrente aberta), calcular a resistência equivalente (RTH) do circuito (sem a carga,
circuito aberto em sua posição);
5. Utilizar o valor de voc e da resistência equivalente, colocando-os em série com a
carga do circuito original e calcular a saída desejada.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 97

1. Análise de Circuitos Lineares


1.13. Teorema de Thevenin
Exercício: (HAYT, p.158, 25) Determine o circuito equivalente de Thevenin do circuito
abaixo e encontre a tensão na carga quando RL=10Ω:
Circuitos Elétricos I (2019-1) 98

1. Análise de Circuitos Lineares


1.13. Teorema de Thevenin
Exercício: (SADIKU, p.167, 4.44) Determine o circuito equivalente de Thevenin do
circuito abaixo em relação aos terminais:
a) a-b
b) b-c
Circuitos Elétricos I (2019-1) 99

1. Análise de Circuitos Lineares


1.14. Teorema de Norton
1. Dado um circuito, rearranjá-lo de forma a explicitar a carga desejada e o restante do
circuito;
2. Desconectar a carga, deixando-a em curto;
3. Calcular a corrente de curto-circuito isc (ou IN) onde a carga estava localizada
anteriormente;
4. Desligando todas as fontes independentes (fonte de tensão em curto e fonte de
corrente aberta), calcular a resistência equivalente (RN) do circuito (sem a carga,
circuito aberto em sua posição);
5. Utilizar o valor de isc e da resistência equivalente, colocando-os em paralelo com a
carga do circuito original e calcular a saída desejada.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 100

1. Análise de Circuitos Lineares


1.14. Teorema de Norton
Exercício: (HAYT, p.158, 26) Determine o circuito equivalente de Norton do circuito
abaixo e encontre a tensão na carga quando RL=10Ω:
Circuitos Elétricos I (2019-1) 101

1. Análise de Circuitos Lineares


1.14. Teorema de Norton
Exercício: (SADIKU, p.168, 4.51) Determine o circuito equivalente de Norton do
circuito abaixo em relação aos terminais:
a) a-b
b) c-d
Circuitos Elétricos I (2019-1) 102

1. Análise de Circuitos Lineares


1.15. Relação entre os Teoremas de Thevenin e Norton
Para um mesmo circuito é possível, a partir ou do circuito equivalente de
Thevenin ou do circuito equivalente de Norton, achar o outro utilizando a seguinte
relação:

vOC = REQ iSC

REQ = RTH = RN
Circuitos Elétricos I (2019-1) 103

1. Análise de Circuitos Lineares


1.15. Relação entre os Teoremas de Thevenin e Norton
Exercício: (SADIKU, p.169, 4.59) Determine os circuitos equivalentes de Thevenin e
Norton do circuito abaixo em relação aos terminais a-b.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 104

1. Análise de Circuitos Lineares


1.15. Relação entre os Teoremas de Thevenin e Norton
Exercício: (SADIKU, p.169, 4.60) Determine os circuitos equivalentes de Thevenin e
Norton do circuito abaixo em relação aos terminais a-b.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 105

1. Análise de Circuitos Lineares


1.16. Máxima Transferência de Potência
Uma carga alimentada por uma fonte real (ou por um circuito equivalente de
Thevenin) dissipa potência com base na seguinte expressão:

2
vS RL
pL =
( RL + RS )
2

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p152)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 106

1. Análise de Circuitos Lineares


1.16. Máxima Transferência de Potência
A condição para que a máxima potência seja entregue à essa carga pode ser
encontrada pela derivada da potência em relação à carga e igualando a zero:

dp L d  vS RL 
2
=  2
=0
dRL dRL  ( RL + RS ) 

RL = RS

Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p152)


Circuitos Elétricos I (2019-1) 107

1. Análise de Circuitos Lineares


1.16. Máxima Transferência de Potência
Assim, para que uma fonte real entregue a maior potência possível para uma
carga, basta que esta seja numericamente igual à sua resistência interna. A potência,
dada em termos dos parâmetros da fonte (ou do circuito equivalente de Thevenin):

vS 2 voc 2
pL( max ) = =
4 RS 4 REQ
ou
2 2
iS RS iSC REQ
pL( max ) = =
4 4
Fonte: (HAYT, KEMMERLY, DURBIN, 2014, p152)
Circuitos Elétricos I (2019-1) 108

1. Análise de Circuitos Lineares


1.16. Máxima Transferência de Potência
Exercício: (SADIKU, p.169, 4.73) Determine a máxima potência que pode ser
transferida ao resistor R.
Circuitos Elétricos I (2019-1) 109

1. Análise de Circuitos Lineares


1.16. Máxima Transferência de Potência
Exercício: (SADIKU, p.169, 4.72) Para o circuito abaixo:
a) Determine o circuito equivalente de Thevenin;
b) Calcule a corrente quando RL = 8 Ω;
c) Determine RL para máxima transferência de potência;
d) Determina a máxima potência.

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