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Disponibilização: quarta-feira, 22 de julho de 2015 Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Judicial - 1ª Instância - Interior - Parte I São Paulo, Ano

ulo, Ano VIII - Edição 1929 2408

Processo 0008224-69.2002.8.26.0223 (223.01.2002.008224) - Procedimento Ordinário - DIREITO TRIBUTÁRIO - Luis


Sanchez Zamora - - Thomaz Camanho Netto - - Lucia Anna Camanho - Prefeitura Municipal de Guaruja - expedido MLJ em
favor do autor (R$11148,64+J+CM, adv Allan Kardec Parrilla), estando o mandado à disposição em cartório para retirada. - ADV:
ADRIANO SOUZA DE SOUTO (OAB 304103/SP), ALLAN KARDEC PARRILLA (OAB 123918/SP), DARCY ROSA CORTESE
JULIAO (OAB 18842/SP)
Processo 0008387-05.2009.8.26.0223 (223.01.2009.008387) - Procedimento Ordinário - Compra e Venda - Geniali
Distribuidora de Veiculos Ltda - Espólio de Mozart Ferreira da Silva - Vistas dos autos ao autor para: ( x ) recolher, em 05 dias, a
taxa para expedição de Carta AR. Valor R$ 20,00 - ADV: KLEBER ROBERTO CARVALHO DEL GESSI (OAB 144029/SP)
Processo 0008500-51.2012.8.26.0223 (223.01.2012.008500) - Procedimento Ordinário - Responsabilidade Civil - Rodrigo
da Silva Gonçalves - Pet Shop Planeta Vira Lata - Juiz(a) de Direito: Dr(a). Ricardo Fernandes Pimenta Justo RODRIGO DA
SILVA GONÇALVES, devidamente qualificado nos autos, propôs ação de responsabilidade civil c.c. reparação por danos
materiais e morais em face de PET SHOP PLANETA VIRA LATA, alegando, em estreita síntese, ser proprietário do cachorro de
estimação descrito na exordial, tendo contratado, no dia 27 de fevereiro de 2012, os serviços de “banho e tosa” fornecidos pela
empresa ré. Não obstante, ao buscá-lo no pet shop, teve conhecimento, através de uma terceira pessoa, que seu cão havia
sofrido agressões físicas, razão pela qual o levou a uma clínica veterinária, sendo lá averiguada a ocorrência dos maus-tratos,
o que deu ensejo à propositura da demanda. Pediu, assim, a condenação da ré ao ressarcimento da quantia de R$ 100,00,
despendida com os serviços de banho e tosa e com a consulta veterinária, bem como uma indenização pelos danos morais
sofridos (fls. 2/13). A ré, citada, apresentou contestação a fls. 45/57, refutando a pretensão de mérito do demandante, suscitando
ainda a preliminar de inépcia da inicial. Réplica a fls. 69/72. Na decisão saneadora de fls. 74/75 foi afastada a preliminar
suscitada, sendo determinada a realização prova oral. Na audiência de instrução, foi proposta conciliação entre as partes, a
qual restou infrutífera (fls. 110). Em seguida, o autor e o representante da empresa ré prestaram depoimentos pessoais (fls.
111/112), sendo ainda ouvidas quatro testemunhas (fls. 113/115). Declarada encerrada a instrução, as partes apresentaram
memoriais, ocasião em que foi suscitada a ilegitimidade ativa do autor (fls. 136/137 e 138/143). É o relatório. Fundamento e
decido. Inequívoca, inicialmente, a legitimidade ativa do autor, haja vista ser o mesmo proprietário do animal de estimação. No
mérito, a ação é procedente. A meu ver, o evento narrado na exordial restou suficientemente comprovado nos autos. Com efeito,
a testemunha de fls. 113 foi incisiva ao relatar a ocorrência das agressões físicas desferidas contra o cão do autor: “No dia dos
fatos, eu estava numa academia em frente ao pet shop. Por volta do meio dia, vi o tosador batendo em um cachorro com um
instrumento de lavar, tipo secador, de alumínio ou ferro. Desci para conversar com o dono do pet shop. Contei a ele o ocorrido,
prometendo-me o dono que iria averiguar (...) Passado algum tempo, contei o ocorrido ao dono do cachorro referido. Voltamos
ao pet shop e começou uma confusão no local. As outras pessoas que estavam na academia viram o ocorrido. Só tinha um
Cocker no local (...)”. Além disso, o atestado de fls. 18, firmado pela médica veterinária que atendeu o animal poucas horas após
o evento, corroborou a ocorrência do ilícito: “Atesto para os devidos fins que o animal chegou ao consultório no dia 27/02/2012,
às 17h50min, com alterações comportamentais como agitação e agressividade involuntária, que podem ser condizentes com
stress pós-traumático; no exame físico o mesmo apresentou hipotermia (41º) e teve aumento de volume na região da coluna
cervical (pescoço), além de dor a palpação abdominal (...)”. Configurada, destarte, a responsabilidade objetiva da fornecedora
pelo fato do serviço, nos termos da legislação consumerista. Com efeito, tinha a ré o dever de prestar adequadamente os
serviços de banho e tosa, sem causar qualquer dano ao animal, o que evidentemente não foi feito. De rigor, portanto, a
condenação da mesma ao ressarcimento da quantia de R$ 100,00, despendida com o serviço defeituoso e com a consulta à
clínica veterinária, devidamente comprovada a fls. 17 e 20. Implementados ainda os danos morais, uma vez que dedutíveis o
sofrimento e a angústia vivenciados pelo demandante, em decorrência das agressões físicas suportadas pelo animal, o qual
participa de seu convívio familiar. Trata-se, de fato, de nítido dano in re ipsa, como, aliás, já se decidiu: “RECURSO INOMINADO.
AÇÃO INDENIZATÓRIA. ABALO EXTRAPATRIMONIAL. ANIMAL DE ESTIMAÇÃO QUE SOFRE DANOS FÍSICOS (CORTE NO
PESCOÇO) ENQUANTO ESTAVA AOS CUIDADOS DE PET SHOP PARA BANHO E TOSA. FATOS INCONTROVERSOS. FALHA
NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS. ANIMAL QUE FICOU INTERNADO EM HOSPITAL VETERINARIO NECESSITANDO DE
CUIDADOS ESPECIAIS. ABALO PSICOLÓGICO DA PROPRIETÁRIA DO CÃO. DANO MORAL OCORRENTE. Dano moral
caracterizado, à medida que os fatos comprovados ultrapassaram os meros dissabores inerentes à vida cotidiana, atingindo o
âmago da parte autora (TJ-RS, Relator: Ana Cláudia Cachapuz Silva Raabe, Data de Julgamento: 10/06/2015, Segunda Turma
Recursal Cível) AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. PET SHOP. CÃO QUE APRESENTA
QUEIMADURAS APÓS BANHO E TOSA. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DEVER DE
INDENIZAR. 1. Caso em que a autora contratou os serviços de banho e tosa para sua cachorra de estimação, a qual veio a
sofrer queimaduras abdominais, admitidas pela veterinária da ré, o que evidencia falha na prestação do serviço. Queimaduras
comprovadas por meio de fotografias (fls. 24/25) e atestado médico (fl. 18), sendo o animal submetido a tratamento médico.
Ausência de provas a afastar as alegações da autora, ônus que a ré recaia e do qual não se desincumbiu, cingindo a cogitar
eventual processo alérgico prévio, sem justificar ou comprovar suas alegações. Presentes os requisitos da responsabilidade
civil, tem a ré o dever de indenizar os danos materiais experimentados, com despesa com consulta médica (R$130,00), bem
como o dano moral efetivamente vivenciado, em razão do sofrimento do animal que participa do convívio familiar. 2. Quantum
indenizatório fixado em R$ 2.000,00 que não merece reparo em razão das circunstâncias do caso concreto, bem como diante do
caráter dissuasório-punitivo da medida. Sentença confirmada por seus próprios fundamentos. RECURSO IMPROVIDO (TJ-RS
- Recurso Cível: 71004557351 RS , Relator: Marta Borges Ortiz, Data de Julgamento: 13/11/2013, Segunda Turma Recursal
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 18/11/2013)”. Resta-se, assim, quantificar o valor, o que tem sido fonte de
inúmeros dissensos, tanto na doutrina como na jurisprudência. De fato, como bem assevera Rui Stocco, excluído o sistema
indenizatório fechado, a tendência moderna para a quantificação do dano moral é a aplicação do binômio punição e compensação,
ou seja, a incidência da teoria do valor do desestímulo (caráter punitivo da sanção pecuniária), juntamente com a teoria da
compensação, visando destinar à vítima uma soma que compense o dano moral sofrido. Tal só é possível na adoção do sistema
aberto, adotado pela legislação pátria e fixado segundo critérios de previsibilidade média social e compostos, basicamente, pela
capacidade econômica do ofensor e pela potencialidade de lesividade ao direito subjetivo do ofendido, como já decidiu o STJ: “A
indenização por dano moral deve ser fixada em termos razoáveis, não se justificando que a reparação venha a constituir-se em
enriquecimento indevido, devendo o arbitramento operar-se com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa, ao porte
empresarial das partes, às suas atividades comerciais e, ainda, ao valor do negócio. Há de se orientar-se o juiz pelos critérios
sugeridos pela doutrina e jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e do bom senso, atento à realidade
da vida, notadamente à situação econômica atual e às peculiaridades de cada caso” (STJ 4º T REsp 203.775 Rel. Sálvio de F.
Teixeira j. 27.04.1999 RSTJ 121/409) Assim sendo, convencionando-se que a indenização deve ser fixada por arbitramento,
reputo adequada a estimação de R$ 10.000,00, em decorrência da capacidade econômica da empresa ré e dos intensos e
graves transtornos suportados pelo demandante. Vale frisar, por fim, que não se olvida o relatado pelas testemunhas de fls.

Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º

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