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PROPRIEDADE

DO GABINETE
DE INFORMAÇÃO
31 de Maio de 2017 NOTÍCIA 1
J O R N A L

Director: JOÃO MANASSES • Nº 193 • Quarta-feira, 31 de Maio de 2017 • www.portaldogoverno.gov.mz • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

MOÇAMBIQUE MELHORA NO
RANKING MUNDIAL DO TURISMO
Pág. 5

Graduados da UEM desafiados a criar emprego Mais vilas rurais iluminadas no país Luta pelo trabalho digno retrocede
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ESTA EDIÇÃO CONTÉM SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA - UFSA


2 CONSELHO DE MINISTROS 31 de Maio de 2017

ASSEGURADA CONTINUIDADE DA ASSISTÊNCIA


HUMANITÁRIA ÀS VÍTIMAS DAS CALAMIDADES

O esforço de reconstrução pós-Dineo continua, havendo ainda salas por reabilitar

O
Governo moçam- Saúde, das 2222 salas de aula Na mesma sessão, o Conselho vou, ainda, o decreto que re-
bicano anunciou destruídas pelo ciclone Dineo, de Ministros apreciou e apro- define as atribuições e compe-
hoje que está as- foram já intervencionadas 1535, vou, de entre outros documen- tências do Ministério de Trans-
segurada a conti- havendo ainda necessidade de tos, a proposta de lei que altera portes e Comunicações (MTC),
nuidade da assis- intervencionar 687 salas. o regime específico de tribu- que é órgão do Aparelho do Es-
tência humanitária às pessoas Das 118 casas planificadas para tação e benefícios fiscais das tado responsável pela execu-
afectadas pelas calamidades grupos vulneráveis, foram já operações petrolíferas, aprova-
ção da política dos transportes
no país. construídas 75 e, dos sete sis- do pela Lei número 20/2014, e
e comunicações nos domínios
O facto foi avançado à impren- temas de abastecimento de a lei que altera o regime espe-
público e privado, visando ao
sa pelo porta-voz do Governo, água, já foram reabilitados dois, cífico de tributação e benefícios
Mouzinho Saíde, no final da explicou. fiscais da actividade mineira. desenvolvimento integrado e
sessão do Conselho de Minis- Na sessão de ontem, o Conse- Estas duas propostas, a sub- equilibrado do país.
tros de ontem, durante a qual lho de Ministros aprovou o re- meter à Assembleia da Repú- Na ocasião, o Conselho de Mi-
foi apreciado o relatório da si- latório de petições tramitadas blica (AR), têm em vista im- nistros adoptou uma resolu-
tuação de emergência no país na Administração Pública no primir uma maior eficácia na ção que aprova a adjudicação
no período de 16 a 29 de Maio segundo semestre de 2016. acção tributária e assegurar provisória da Concessão para o
corrente, em que se constatou A Constituição da República o uso efectivo da estabilidade Desenvolvimento e Exploração
que não houve ocorrência de prevê o direito de todo o cida- fiscal por projectos que tenham de Jogos de Fortuna e Azar, na
vulto. dão poder apresentar petições realizado investimentos e limi- cidade de Maputo, à socieda-
O Conselho de Ministros foi in- perante a autoridade compe- tar a sua aplicação a elementos de Casino Marina Maputo, S.A.,
formado que está assegurada tente, para defender os seus essenciais de impostos. constituída pelo Grupo SOGE-
a continuidade da assistência direitos e, em caso violação, O Governo apreciou e aprovou
COA Moçambique, Lda; Rank
humanitária às pessoas afec- exigir o seu restabelecimento, também o decreto que aprova o
Holdings (PVT), Lda; e Luís
tadas, disse Saíde, avançando recordou Saíde. Regulamento de Licenciamen-
Wong.
também que o Governo foi in- Comparando com igual período to de Instituições de Educação
formado sobre a desactivação de 2015, segundo a fonte, houve Profissional, que se aplica a Analisou igualmente o relatório
do alerta laranja que vigorava um aumento de 14.537 petições, todas as instituições públi- da recente visita do Presidente
no país no quadro da prontidão situando-se o número total em cas, semipúblicas e privadas, da República, Filipe Nyusi, ao
para emergência. 1.911 mil petições. A capacidade uniformizando-se também a Ministério da Administração
Segundo o porta-voz, que é de resposta também melhorou designação destas instituições. Estatal e Função Pública (MAE-
igualmente vice-ministro da substancialmente, disse. O Executivo apreciou e apro- FP). (AIM)
31 de Maio de 2017 NOTÍCIA 3

Sector do Turismo

REFORMAS MELHORAM RANKING DE MOÇAMBIQUE


Texto: Adelina Mutemba
Fotos: Mário Bento Vasco

O III Conselho Coordenador do MICULTUR avaliou o cumprimento das actividades do sector

da Cultura e Turismo (MICUL- Governo 2015-2019 mostra,


TUR), Silva Armando Dundu- através de dados da Organi-
ro, no decurso do III Conselho zação Mundial do Turismo,
Coordenador do pelouro, este que no contexto internacio-
avanço é resultado dos esfor- nal Moçambique registou um
ços do Governo, em coorde- aumento de quatro por cento
nação com o sector privado, nas chegadas internacionais
na remoção de algumas bar- de turistas. Os mesmos dados
reiras que comprometiam a indicam também que o turis-
competitividade da activida- mo internacional contribui
de turística. Recentemente, hoje no país com cerca de 1,5
o país participou na Feira do mil milhões de dólares para o
Turismo de INDABA 2017, no comércio internacional, em-
contexto do marketing para pregando directa e indirecta-
promoção de Moçambique mente mais de 10 milhões de
como destino turístico prefe- pessoas.
rencial nos mercados regional Lembre-se que o ano de 2017

M
Director-geral do Instituto Nacional do Turismo (INATUR), Albino Mahumana
e internacional, evento que foi declarado pela Assem-
oçambique competitividade turística ao colocou a pérola do Índico no bleia Geral das Nações Uni-
melhorou o nível mundial, ao sair da posi- stand de melhor expositor da das, através da Organização
seu posicio- ção 130, em 2015, para 122, no SADC e de África. Mundial do turismo, “Ano In-
namento em primeiro trimestre de 2017. O balanço de meio-termo ternacional do Turismo Sus-
termos de Segundo explicou o ministro do Programa Quinquenal do tentável”, uma declaração
4 NOTÍCIA 31 de Maio de 2017

que visa estimular os gover- como estratégia a geração de


nos a desenharem projectos renda nas suas instituições,
inclusivos e promoverem um de modo a que estas sejam
ambiente favorável ao desen- sustentáveis, identificando
volvimento das comunidades as áreas que podem criar si-
locais através da diversidade nergias para fazer uso do seu
da economia, geração de em- potencial.
prego, redução das desigual- O uso de produtos nacionais
dades sociais e promoção da para atrair turistas estran-
paz. geiros é um dos mecanismos
O III Conselho Coordenador a serem adoptados, como é
do MICULTUR centrou-se o caso do processamento da
no Plano Estratégico da Cul- mafhilwa, tintsivha, frutos
tura 2012-2022 e no Plano silvestres nacionais, ao invés
Estratégico para o Desenvol- de uma maçã, por exemplo.
vimento do Turismo II 2016- “Este é um assunto urgente,
2025, suas estratégias de im- que vai envolver também os
Ndiça Massinga, Assessora do ministro da Cultura e Turismo
plementação, instrumentos ministérios da Agricultura e
obrigatórios para os gestores da Indústria e Comércio, para
da Cultura e Turismo. Sociocultural (ARPAC), para termos um produto turístico
des orgânicas de nível central
Refira-se que o Governo ele- devem buscar parcerias para sustentar o conhecimento típico moçambicano”.
geu o turismo como uma das auxiliar na realização das oral dos patrimónios até se Mahumana acrescentou que,
quatro áreas prioritárias para actividades. Devem também chegar a uma única versão da depois deste Conselho Coor-
catapultar o desenvolvimen- aproveitar o património do sua história e não só. Pensa- denador, o INATUR irá revisi-
to do país, um turismo res- MICULTUR e torná-lo rentá- -se ainda em formar as co- tar os contratos dos patrimó-
ponsável e sustentável, que vel e, à luz do Regulamento da munidades para que tenham nios para perceber o que se
promova a conservação e Gestão do Património Cultu- sentimento de pertença para torna um encargo de modo a
protecção da biodiversidade ral, fazer gestão descentrali- preservar os monumentos dar o devido encaminhamen-
através da criação de renda, zada dos monumentos, com culturais, explicou Ndiça. to.
valorização do património auxílio das parcerias público- Por sua vez, o director-geral Também serão capacitados
cultural e natural. -privadas. do Instituto Nacional do Tu- os seus recursos humanos e
Segundo a assessora do mi- As províncias onde os pa- rismo (INATUR), Albino Ma- as Direcções Provinciais para
nistro da Cultura e Turismo, trimónios culturais estão humana, afirmou que a apro- atender às estratégias de
Ndiça Massinga, uma das inseridos devem desenvol- vação da estratégia de ma- marketing, como a formação
recomendações saídas do III ver acções para torná-los rketing também irá ajudar na de guias turísticos especiali-
Conselho Coordenador é que sustentáveis, com destaque comunicação entre os parcei- zados e que conheçam a his-
as Direcções Provinciais da para as investigações feitas ros em matéria de marketing, tória dos museus e de outros
Cultura e Turismo e as unida- pelo Instituto de Investigação sendo que o MICULTUR tem patrimónios culturais.
31 de Maio de 2017 NOTÍCIA 5

Defende Nhambiu

GRADUADOS DEVEM SER CRIADORES


DE EMPREGO E NÃO PEDINTES

A
U n ive r s i d a d e
Eduardo Mon-
dlane (UEM)
graduou há dias
vários técnicos
superiores em diversas áreas
de conhecimento, sendo 676
licenciados, 19 mestres e dois
doutores. Muitos dos gradua-
dos são moçambicanos, ha-
vendo alguns estrangeiros
provenientes do Burundi, São
Tomé e Príncipe e Tanzania.
Falando na ocasião, o minis-
tro da Ciência e Tecnologia,
Ensino Superior e Técnico-
-Profissional, Jorge Nhambiu,
defendeu que o país está a
criar condições para a minis-
tração, nas escolas técnicas e
universidades, de cursos pro-
fissionalizantes, que garan-
tam que os estudantes ter- Recém-graduados da Universidade Eduardo Mondlane, entre licenciados, mestres e doutores
minem a formação com ha-
bilidades de saber fazer, com la, nutrição, habitação, saú- serem criativos e a optarem de emprego.
capacidade para criar postos de pública, fornecimento de pelo auto-emprego, assim “O mercado de emprego é
de trabalho, e não pedintes de água, pecuária, saneamento como a trabalharem nos dis- como um campo de batalha,
emprego. do meio, economia domésti- tritos. porque o país não tem políti-
Segundo Nhambiu, são vec- ca, entre outras”, disse o mi- Solange Vilanculos, represen- cas de criação de emprego e
tores que geram o efeito mul- nistro. tante dos graduados, afirmou exige experiência profissio-
tiplicador nas sociedades. Por Já o reitor da UEM, Orlando que os recém-formados es- nal. Para um recém-formado,
isso, o Governo de Moçam- Quilambo, apelou aos estu- tão preparados para os novos a única saída é o auto-em-
bique, comprometido com a dantes para serem versáteis desafios e fazer valer o que prego, o que na minha área é
necessidade de garantir mais de modo a que se enquadrem foi possível reter ao longo da fácil, mas não há condições
acesso à educação, reafirma no mercado de trabalho. “O formação, fruto do empenho para colocar o plano em ac-
o compromisso de sempre mercado de trabalho exi- e dedicação dos estudantes e ção”, desabafou Timba.
criar condições adequadas ge um profissional cada vez docentes. O mesmo sentimento é par-
para o funcionamento das mais versátil, que se adapta Desta forma, os recém-gra- tilhado por Nilza Augusto,
Instituições de Ensino Supe- facilmente a situações novas, duados esperam que com formada em Medicina Geral,
rior (IES), de forma a garantir e a UEM formou-vos exacta- o nível académico alcança- que caracteriza a área como
a continuidade do desempe- mente para se adequarem a do possam contribuir para o sendo de grandes desafios
nho do seu papel social. esse mercado”, referiu. desenvolvimento em diver- por lidar com vidas humanas,
“Constitui um desafio para Quilambo acrescentou que a sos sectores que estruturam e todos os recém-formados
todos nós procurar desenhar instituição de ensino que diri- o país, mas reconhecem os na área da saúde devem ter
e concretizar um novo mo- ge continuará comprometida problemas que irão enfrentar em mente o juramento. “Não
delo para o desenvolvimento em servir a sociedade mo- no mercado de trabalho. importa onde vou ter coloca-
do nosso país, aliando a pro- çambicana, colocando a in- Ricardina Timba, licenciada ção, o importante é honrar o
dução de conhecimento à sua vestigação científica em prol em Psicologia, Orientação em juramento que fiz perante os
aplicação prática na activida- do desenvolvimento do país. Psicologia das Necessidades dirigentes, amigos e familia-
de produtiva que seja útil ao Por sua vez, o presidente da Educativas Especiais, sonha res”, garantiu Nilza.
povo, num processo contínuo Associação dos Estudantes ver o país mais aberto na de- Nesta cerimónia foram pre-
que vise à melhoria das con- da UEM, Salvador Michidão, finição e implementação de miados os melhores estudan-
dições de produção agríco- incentivou os estudantes a políticas favoráveis à criação tes dos respectivos cursos.
6 NOTÍCIA 31 de Maio de 2017

De Maputo, Sofala, Manica e Cabo Delgado

SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS


ILUMINAM CINCO VILAS RURAIS

A energia fotovoltaica é uma opção válida para electrificação

P
elo menos cin- objectivo traçado pelo Gover- com base em sistemas sola- produzido o Atlas das Ener-
co vilas rurais no de expansão gradual de res 201 vilas, 669 escolas, 623 gias Renováveis de Moçambi-
das províncias de energia eléctrica e vai bene- centros de saúde e 77 edifí- que, que visa essencialmente
Maputo, Sofala, ficiar, em primeira instância, cios públicos, num total de dar a conhecer o potencial
Manica e Cabo estabelecimentos hospitala- mais de 3.7 milhões de mo- em energias renováveis.
Delgado serão electrifica- res, escolas e outros. çambicanos nas zonas rurais. Ainda para a electrificação
das dentro de dois anos com A energia eléctrica à base de Lembre-se que uma fábrica do país, foram construídas
recurso a sistemas solares
painéis solares tem sido uma de painéis solares entrou em três centrais térmicas na pro-
fotovoltaicos, ao abrigo de
opção de resposta à procura funcionamento em 2013, es- víncia do Niassa, mais con-
um protocolo assinado esta
terça-feira pelo Fundo de de serviços de energia, parti- tando de alguma forma ace- cretamente nos distritos de
Energia (FUNAE) e a GALP cularmente nas zonas rurais, lerar a electrificação de zonas Muembe, Mavago e Mecula.
Energia. para centros de saúde, esco- distantes da rede nacional de Estas centrais vêm reforçar a
Orçado em mais de 40 mi- las, abastecimento de água e energia. energia da rede eléctrica na-
lhões de meticais e com du- não só. No contexto da electrificação, cional, num esforço do Gover-
ração de dois anos, o acordo Durante o período de 2005- foi realizado o mapeamen- no em melhorar as condições
está em consonância com o 2014, foram electrificados to das energias renováveis e de vida da população.

FICHA TÉCNICA:
Registo N.º 1/GABINFO - DEC/2013
Periodicidade: Semanal
PROPRIEDADE DE:
Director: João Manasses
GABINETE DE INFORMAÇÃO Coordenador Editorial: Mendes José +258 84 34 54 000
Maputo, Av. Francisco Orlando Magumbwe,
Redacção: Brígida Herinque, Líria Samissone, Leonildo Balango e Pilatos Pires
N.º 780, 1.º andar Revisão: Mário Bento Vasco
email: jornalmocambique@gmail.com Maquetização: Januário Magaia
31 de Maio de 2017 NOTÍCIA 7

POTENCIAR USO DE PLANTAS MEDICINAIS


PARA COMBATER DOENÇAS OPORTUNISTAS

M
oçambique é
rico em plan-
tas conside-
radas medici-
nais tanto pe-
los ervanários e curandeiros
quanto pela medicina con-
vencional, apesar de algumas
carecerem de investigações
científicas que provem com
exactidão o seu potencial.
Com efeito, é comum apon-
tarem-se algumas plantas,
incluindo alimentares, como
sendo potenciais remédios de
certas doenças. São os casos
da cacana, beijo da mulata,
folha de amoreira, salsa, mo-
ringa e outras plantas.
Os botânicos e biólogos con-
sideram ser importante que
se invista e se potencialize o
A moringa tem propriedades medicinais, podendo ser consumida de diversas maneiras
uso destas plantas medici-
nais e alimentares, pois au- e combustível de lamparina.
mento botânico Casa ADA, farmacêutico afirma que a
xiliam no combate a doenças Para além de ser medicinal, a
em Maputo, defende a neces- dieta humana ideal apresenta
oportunistas. planta serve como alimento,
sidade de um maior investi- baixo teor de gorduras e ele-
A moringa é das plantas me- podendo-se usar as folhas
mento em plantas alimenta- vado conteúdo de fibras, ricas
dicinais mais privilegiadas do para saladas, chá ou como
res e medicinais de modo a em vitaminas, minerais, água,
mundo e do país, sobretudo tempero.
auxiliar a medicina conven- entre outras componentes
nas comunidades, por ser rica “As folhas da moringa con-
cional no combate e trata- que podem ser consegui-
e possuir potencialidades e têm altos valores nutricionais
propriedades curativas como mento de várias doenças. das com consumo regular de
Segundo a fonte, a moringa e uma elevada concentração frutas, verduras, hortícolas,
fósforo, cálcio, ferro, vitami- de proteínas, vitaminas, an-
nas e proteínas, entre outras. tem vários benefícios e pode cereais e legumes, carnes e
ser ingerida por diabéticos, tioxidantes, aminoácidos, e outros alimentos facilmente
Estima-se que esta planta, de podem ser ingeridas com se-
fácil desenvolvimento, pos- pois mantém os níveis de obtidos nas comunidades, al-
gurança por pessoas de todas
sua cerca de 27 por cento de açúcar normais no organis- gumas vezes a baixo custo. E
as idades”, explicou.
proteínas, podendo-se con- mo, reduz o colesterol, previ- a moringa tem variedades de
As raízes, ainda tenras, po-
sumir toda ela, desde a raiz ne e combate a osteoporose, nutrientes.
dem ser cozidas e consumi-
aos frutos. melhora o funcionamento do Arsénia Soares consome mo-
das. O caule pode-se ferver e
Aliás, esta planta vem sendo coração, ajuda na hipertensão tomar em forma de chá. ringa e outras ervas alimen-
utilizada há milhares de anos, arterial e doenças cardíacas, A fonte disse que tem acon- tares e medicinais há mais
de geração em geração, con- fornece mecanismos anti- selhado os seus clientes, de 12 anos e conta que a sua
tribuindo para o bem-estar -inflamatórios ao organismo, amigos e familiares a conhe- saúde tem estado equilibrada,
físico e mental. regula o trânsito intestinal, cerem a importância destes sem muitas doenças.
Estudos demonstraram sua combate a anemia pelo seu produtos naturais, de modo Sebastião Guale, produtor e
eficácia na cura de dezenas alto teor de ferro, fortalece o a melhorarem a sua saúde e consumidor de moringa, diz
de doenças, sendo hoje uma sistema imunológico, o que dieta alimentar, “porque te- que a planta é poderosa e tem
das apostas da medicina tra- faz aumentar as defesas na- mos essas árvores nas zonas ajudado muito na melhoria
dicional e natural no país e no turais do corpo, e regenera e rurais ou mesmo dentro dos da saúde da população que a
mundo. embeleza a pele. quintais”. consome.
O farmacêutico e botânico Das sementes da moringa, Guiando-se pelas reco- “Esta árvore não precisa de
português Secundino Rodri- extrai-se ainda óleo usado no mendações da Organização ser irrigada, germina em
gues, que gere o estabeleci- fabrico de sabão, cosméticos Mundial da Saúde (OMS), o qualquer espaço”, explicou.
8 NOTÍCIA 31 de Maio de 2017

Venda de roupa usada

UM NEGÓCIO QUE SUSTENTA MUITAS FAMÍLIAS


Texto: Ivan Uamusse
Fotos: Januário Magaia

“Calamidade” é nome
atribuído ao vestuário
importado ou prove-
niente de doações e que
é vendido por infor-
mais em quase todas
as esquinas, mercados
formais ou informais da
cidade de Maputo e um
pouco por todo o país.
Trata-se de uma activi-
dade à qual as autorida-
des fazem vista grossa.
É que esta roupa é doa-
da a países carenciados,
mas transformou-se
num negócio rentável
devido à qualidade das
peças encontradas e ao
preço baixo.
O negócio nos passeios floresce a cada dia, com várias pessoas tentando ganhar a vida

É
um negócio que cro, podendo ser por sema- usada”, manifestou-se. para o sucesso da minha
sustenta muitas fa- na ou menos, visto que há Aconselhou as mulheres actividade. A venda exige
mílias no país e que, muita adesão das pessoas à que ainda não têm empre- dedicação e permanência
acredite-se, não roupa usada. go para que desenvolvam no local. Recordo que pedi
tem fim à vista. Porque calamidade tem alguma actividade, nem que 1500 meticais para comprar
Tal como outros moçam- melhor qualidade que a rou- seja venda de crédito, para o primeiro fardo de roupa e
bicanos que procuram ga- pa nova, a fonte diz que as que possam ter algum ren- após a venda consegui lucro
nhar a vida honestamente lojas de vestuário novo não dimento. suficiente para a continui-
nas ruas ou arredores da são ameaça ao seu negó- Adelaide Saveca, de 34 anos, dade do negócio. Estou feliz
capital, vendendo vários cio, até porque a maioria das é natural da cidade de Ma- porque ajudo no pagamento
produtos, Florinda Cavel, pessoas prefere comprar puto e residente no bairro das despesas do lar”, contou
de 38 anos de idade, vive calamidade. Zona Verde, no município da a vendedora, deixando um
no distrito de Marracuene Sobre os ganhos, Cavel Matola. Abraçou o negócio conselho.
e vende calamidade desde conta que, desde que co- de venda de roupa usada “Gostaria que toda a mu-
2006, na esquina entre as meçou a desenvolver esta para ajudar o marido nalgu- lher moçambicana, mesmo
avenidas Guerra Popular e actividade, a vida melhorou mas despesas da família. casada, pudesse fazer algo
Fernão Magalhães, aonde bastante. “Fico feliz porque A fonte conta que aprendeu para ajudar o marido a ali-
chega sempre às primeiras consigo comprar algo sem a fazer negócio quando ti- viar as despesas de casa,
horas, 7:00 horas, e recolhe ter de depender de homem. nha 22 anos, tendo iniciado para o bem de todos”, subli-
por volta das 18 horas. Tenho meu terreno e estou a com a venda de capulanas, nhou, salientando que a prá-
Cavel conta que adquire a construir graças a este ne- mas actualmente comer- tica de qualquer actividade
mercadoria na baixa da ci- gócio, e nunca posso deixar cializa roupa usada na Bai- por parte da mulher ajuda
dade, a 7 mil meticais o far- de exercer esta actividade xa, porque tem mais saída. até a combater violência
do. Depois da venda conse- porque só sei fazer isto. Es- “Conto com apoio do meu doméstica, uma vez que al-
gue cinco mil meticais de lu- tou feliz vendendo roupa marido, o que ajuda muito guns problemas e dificulda-
31 de Maio de 2017 NOTÍCIA 9

Rupia Erua vende roupa usada há mais de cinco anos

des que uma desempregada “Decidi abraçar este negó- pessoas prefere comprar As roupas são compradas
sofre são supridos. cio para sustentar a família, esta roupa porque é de boa na baixa da cidade e o valor
Na esquina entre as aveni- e consigo fazer cerca de 3 qualidade e resistente, para
das Guerra Popular e Filipe mil meticais por dia, de- além de praticarmos pre- de aquisição varia entre 7 e
Samuel Magaia, encontrá- pendendo do movimento. É ços acessíveis, que variam 9 mil meticais o fardo, de-
mos Rupia Erua, jovem de um negócio rentável, que só de 50 a 180 meticais a peça, pendendo da qualidade.
27 anos de idade, natural exige paciência e dedicação. dependendo da qualidade”.
da Zambézia e residente no Erua também não vê o fac- Sobre o tipo de vestuário, Questionado sobre a pos-
bairro Nkobe, que vende to de o negócio ser desen- a fonte avançou que pre- sibilidade de trocar de ac-
vestuário de segunda mão volvido em frente a lojas fere vender artigos femi- tividade, disse que poderia,
há cinco anos, altura em a de comerciantes de ves- ninos e de crianças porque
mãe teve dificuldades de tuário novo como ameaça, têm mais saída que a roupa mas o outro negócio teria de
pagar seus estudos. visto que “maior parte das masculina. ser mais rentável.
10 NOTÍCIA 31 de Maio de 2017

SANITÁRIOS PÚBLICOS PROPICIAM


IMUNDICE NOS PASSEIOS DE MAPUTO
Texto: Líria Samissone

O
Foto: Mário Bento Vasco

s sanitários públicos
instalados com objectivo
de evitar que se urine
nas acácias e esquinas
de estabelecimentos
comerciais estão a ter um efeito contrário
ao desejado na cidade de Maputo. É que,
ao invés de contribuírem para a melhoria
do ambiente da urbe, estão a propiciar
imundice.
Com efeito, a existência de sanitários
móveis ao longo da Avenida Guerra
Popular, das mais movimentadas da
cidade de Maputo, não melhorou em
nada o saneamento do meio. Pelo
contrário, piorou a situação, uma vez
que não reúnem condições de higiene,
deixando escapar urina, que escorre
pelo pavimento.
Além disso, devido ao valor cobrado,
alguns cidadãos acabam optando por
Os sanitários públicos não têm estado a cumprir a missão para a qual foram instalados
continuar a urinar e defecar em locais
impróprios.
não querem gastar os cinco meticais “Tenho visto muitos vendedores
Alguns entrevistados pela nossa
cobrados pelo uso das sanitas”, contou, informais fazerem necessidades
reportagem defendem a necessidade
salientando que em toda a avenida há maiores dentro dos contentores, porque
de se educarem mais as pessoas a usar
cheiro nauseabundo, apesar de limpezas os nossos sanitários só servem para
os sanitários para a satisfação das suas
necessidades biológicas, mas também constantes. as necessidades menores. Para alguns
é preciso que as sanitas públicas sejam José Mungói, vendedor de roupa num vendedores, ir até ao mercado, onde há
limpas, para que não sejam fontes de dos estabelecimentos comerciais da sanitários para necessidades maiores,
transmissão de doenças. baixa de Maputo, disse que a sua loja é longe, optando por fazê-las a céu
Albertina Manuel, vendedora informal, não tem sanitário, devendo pagar cinco aberto”, lamentou.
conta que os sanitários privados meticais sempre que quiser urinar. Mas Narciso trabalha à noite como guarda
móveis vieram aliviar de certa forma tem notado que o passeio central da dos sanitários, mas também tem a
a inquietação de muitos munícipes, Guerra Popular apresenta urina, o que responsabilidade de recolher a urina dos
principalmente vendedores nos o deixa indignado com os gestores dos baldes para uma fossa que se encontra
passeios, que eram obrigados a urinar sanitários, por não ter certeza de onde é ao longo da Avenida Guerra Popular.
na rua ou a percorrer longas distâncias despejada. Ele garante igualmente que a urina é
à procura de uma “boa esquina” para Aliás, alguns cidadãos acusam os depositada em fossas no período da
se satisfazer, como é caso de árvores, gestores dos sanitários de depositarem noite, não sendo verdade que se deposita
contentores de lixo, entre outros, mas dejectos nos passeios à calada da noite, nos passeios.
ainda há muito trabalho por fazer para a o que faz com que a zona da paragem Refira-se que outro local que deve
melhoria do saneamento da cidade. Vitória tenha um cheiro insuportável. merecer atenção do município é a
“É só ver que daqui do Mercado Entretanto, Joshel Carlos, trabalhador praia da Costa do Sol, para onde afluem
Mandela até à zona da Vitória não num dos sanitários móveis na baixa da muitas pessoas em dias de calor, onde
se vêem grandes mudanças após a cidade de Maputo, nega a acusação de entretanto não há sanitários públicos,
colocação de alguns sanitários móveis, falta de limpeza e deposição de dejectos pelo que as pessoas, sobretudo depois de
pois muitos vendedores, sobretudo na rua, salientando que a limpeza nos consumirem bebidas alcoólicas, fazem
homens, continuam a urinar nos postes, sanitários é bem-feita, apesar de alguns necessidades nas árvores e paredes de
árvores e contentores de lixo, só porque utentes não serem tão higiénicos. edifícios.
31 de Maio de 2017 NOTÍCIA 11

CONSERTAR E ENGRAXAR SAPATOS


SÃO FONTES DE SOBREVIVÊNCIA

A
Texto: Ivan Uamusse

cordar cedo, lutar nos meios


de transporte precários
e depender do estado do
tempo são alguns dos
desafios que caracterizam
o dia-a-dia de muitos moçambicanos
na dura batalha da vida para ter pão na
mesa.
Entre esses lutadores estão os sapateiros
e engraxadores, maior parte adultos
e idosos, mas também alguns jovens
espalhados pelos diversos passeios das
ruas e avenidas da cidade capital.
São trabalhos honestos e saídas para os
que têm ou tiveram pouca sorte na vida,
os menos escolarizados, ou para os que
o destino se encarregou de lhes impor
este caminho. Mas para alguns até é
um caminho para o alcançe da vitória,
pois conseguem sustentar famílias, ter
habitação própria e pagar a escola. E há
inclusive sapateiros que conseguiram
praça ainda trabalham com ele. vento sujando sapatos eu tenha muito
fazer cursos superiores e que não se
Para além do elevado número de trabalho”, contou Matsena.
arrependem de terem abraçado este
concorrentes, outro problema que “Com o pouco que ganho, consigo suprir
caminho para sobreviver.
inviabiliza o negócio de engraxadores é algumas necessidades, embora nem
Arouca Nhasego, de 47 anos de idade,
o elevado custo dos materiais, que tende todos os meses consiga ter um saco de
sai todos os dias da Machava, arredores
a subir a cada dia. arroz. Ainda assim, e independentemente
do município da Matola, para engraxar
Para aumentar os ganhos, Nhasego do tempo, vou ao trabalho sem hora de
sapatos. Encontrámo-lo na zona baixa
vende acessórios para o conserto de entrada nem de saída, porque dependo
da cidade de Maputo, entre as Av. Karl
sapatos, atacadores, pomada e ainda disto”, avançou.
Marx e 25 de Setembro, onde trabalha crédito para telefones celulares. Ele diz ainda que está a garantir a escola
desde 1987, conseguindo sustentar sete O seu sonho é montar uma banca que não teve aos seus filhos, para que
filhos. convencional onde possa oferecer tenham mais opções de escolha na vida.
Explicou que é uma profissão nobre, serviços de sapataria em condções No cruzamento entre as evenidas
que lhe permite lidar com muita gente, confortáveis. Eduardo Mondlane e Romão Fernades
de diferentes estratos, apesar de estar Ainda na zona baixa da cidade de Farinha, está o jovem Amílcar Michango,
sempre exposto a poeiras. “Mas, mesmo Maputo, concretamente na Av. Filipe de 29 anos de idade, sapateiro e
assim, é uma profissão dignificante, que Samuel Magaia, encontrámos Carlos engraxador desde 2008, do bairro
me permite ouvir estórias de vida de Simão Matsena, de 54 anos de idade, que dos Pescadores, onde vive numa casa
muitos clientes”, contou. também engraxa e conserta sapatos, arrendada (1500 meticais por mês) com
Em termos de ganhos, salienta que, desde 1990, quando deixou a tropa. a esposa e dois filhos.
antes, a profissão tinha muito dinheiro Considera que é um trabalho digno, Contou que entrou neste negócio porque
porque a concorrência não era grande. mas duro, tal como todos, que o ajuda a os pais não tinham condições para
“Hoje, todas as esquinas têm mais de sustentar os dois filhos e esposa. sustentar a família, de oito pessoas.
um sapateiro, e isso não é muito bom “Este trabalho é difícil por diversas “Meus pais não tinham condições para
para o crescimento de qualquer negócio, razões, mas principalmente porque sustentar a familia, garantir escola,
mas mesmo assim consigo levar para depende das condições climáticas. Se comida e outras necessidades que
casa 60 a 100 meticais por dia, dos cerca chove ou se faz muita ventania, posso tínhamos, por isso apostei em ser
de 280 meticais que produzo”, disse, voltar para casa quase sem nada no sapateiro para ajudar os meus pais, e até
acrescentando que tem clientes fiéis, bolso, mas vale a pena vir todos os dias, hoje vivo deste trabalho digno”, contou o
que mesmo depois de ter mudado de mesmo com mau tempo, talvez com o jovem.
12 NOTÍCIA 31 de Maio de 2017

Consideram sindicatos

RETIRADA DE PODERES À
MINISTRA DO TRABALHO É RETROCESSO

Nas obras de construção civil há muitos casos de violação da Lei do Trabalho, que nalguns casos terminam em conflitos laborais

O
s sindicatos consideram tinham onde recorrer, que é o Ministério perigo que a medida representa para os
a retirada de poderes até do Trabalho, para disciplinar as pessoas trabalhadores.
então detidos pela ministra com esse tipo de comportamento. Sobre a matéria, João Loforte, secretário-
do Trabalho, Emprego e Assim, as pessoas poderão recorrer a geral da Comissão Consultiva do
Segurança Social (MITESS), outras medidas individuais que não se Trabalho (CCT), disse que, de momento,
sobre estrangeiros que cometem actos sabe quais, para se defenderem, gerando o Governo não tem outra alternativa
que atentem contra a dignidade humana, outro tipo de situações, afirmou Timana. senão conformar-se com a medida do
um retrocesso na luta pelos direitos dos A retirada de poderes pode, segundo Conselho Constitucional.
trabalhadores. Timana, originar actos de xenofobia, No que tange à implantação dos tribunais
O secretário-geral da Confederação entre outros tipos de acções, incluindo de trabalho, matéria abordada na sessão,
Nacional dos Sindicatos Independentes escândalos. Esta medida cria um Loforte disse que o consenso alcançado
e Livres de Moçambique (CONSILMO), precedente perigoso porque o mundo
foi de elevar o nível dos tribunais
Jeremias Timana, diz que o acórdão do do trabalho tem características próprias
distritais para que alguns assuntos não
Tribunal Constitucional que declara no que diz respeito a relações jurídico-
transcendam ao nível provincial.
inconstitucional a cláusula que dá laborais que regem o vínculo entre
O Governo está a trabalhar na revisão
poderes à ministra para sancionar os empregador e empregado.
da lei em vigor para dar importância aos
estrangeiros em questão traz “um vazio. Segundo Timana, os sindicatos estão
Em declarações segunda-feira a desconfortados e não se conformam Tribunais de Trabalho e permitir a sua
jornalistas, em Maputo, no final da com a medida que obriga o trabalhador rápida implantação. Este assunto vai ao
terceira sessão ordinária da Comissão a recorrer à Polícia, tribunais e à Conselho de Ministros ainda este mês,
Consultiva do Trabalho (CCT), Timana Procuradoria da República, caminho afirmou Loforte.
disse que os sindicatos foram colhidos de “bastante sinuoso, quando se trata de A fonte sublinhou a necessidade de
surpresa por esta medida que permite violação de direitos laborais. se darem competências aos tribunais
que os estrangeiros possam abusar”dos Os sindicatos serão obrigados a de trabalho no que toca à resolução de
trabalhadores moçambicanos cientes de realizar acções junto do Conselho conflitos laborais, medida que tem em
que nada lhes vai acontecer. Constitucional, Procuradoria-Geral da vista corresponder à actual dinâmica de
Na eventualidade de um estrangeiro República, Assembleia da República e desenvolvimento do país.
abusar dos trabalhadores, os sindicatos Presidência da República, para mostrar o (AIM)
J O R N A L

31 de Maio de 2017 UFSA SUPLEMENTO

SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA


Suplemento do Jo r nal Mo ça m b i q u e d e 3 1 d e M a i o d e 2 0 1 7 – N. º 1 9 3
PARCERI A GA BI NETE DE I NFORMA ÇÃ O – U NI DA DE F U NCI O NA L DE SU P E RVI SÃ O
DA S A Q U I SI ÇÕES

CONTINUAÇÃO
Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Forneci-
mento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto
n.º 5/2016 de 8 de Março

SECÇÃO III e) Anúncio do posicionamento dos concorrentes;


Concurso Limitado f) Adjudicação, Cancelamento ou Invalidação;
Artigo 69 g) Notificação aos concorrentes;
(Concurso Limitado) h) Reclamação e Recurso; e
1. O Concurso Limitado pode ser adoptado quando i) Celebração do Contrato.
o valor estimado da contratação não for superior
a: Artigo 71
a) Cinco milhões de meticais (5.000.000,00 MT) (Anúncio e Documentos de Concurso)
para empreitada de obras públicas; e 1. A realização de Concurso Limitado exige da En-
b) Três milhões e quinhentos mil meticais tidade Contratante a publicação de Anúncio do
(3.500.000,00 MT) para fornecimento de bens e Concurso, nos termos dos artigos 32 e 33.
prestação de serviços. 2. Os Documentos de Concurso devem observar o
2. Os valores definidos nas alíneas a) e b) do núme- previsto no artigo 47 e devem ainda definir o prazo
ro anterior serão ajustados, sempre que se mostre para apresentação das propostas, que não pode
necessário, por diploma conjunto dos Ministros ser inferior a doze (12) dias a contar da data da
que superintendem as áreas das Finanças, Obras publicação do Anúncio de Concurso.
Públicas e Indústria e Comércio.
3. Ao Concurso Limitado aplica-se, subsidiaria- Artigo 72
mente, o regime do Concurso Público. (Critério de Avaliação e Decisão)
O critério a observar pelo Júri na avaliação, clas-
Artigo 70 sificação, desclassificação e recomendação de
(Fases) Adjudicação é o do Menor Preço Avaliado previsto
O Concurso Limitado observa, pela ordem indica- nos artigos 36 e 37.
da, as seguintes fases:
a) Preparação e lançamento;
b) Recepção das propostas e do documento de in-
scrição no Cadastro Único;
c) Abertura das propostas; SECÇÃO IV
d) Avaliação, classificação e recomendação do Júri; Concurso em Duas Etapas
2 SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA 31 de Maio de 2017

Artigo 73 tidade Contratante, as características fundamen-


(Concurso em Duas Etapas) tais da obra, bens e serviços, as alternativas técni-
1. O Concurso em Duas Etapas pode ser realizado cas admitidas para o objecto do concurso e ainda:
quando: a) O prazo de apresentação da proposta técnica
a) A natureza das obras, bens ou serviços não per- inicial, que não pode ser inferior a trinta (30) dias a
mita à Entidade Contratante definir previamente e contar da data de publicação do Anúncio do Con-
de forma precisa as especificações técnicas mais curso; e
satisfatórias e adequadas ao interesse público a b) O prazo de apresentação, pelos concorrentes
contratar; e seleccionados, dos documentos de qualificação e
b) O interesse público possa ser satisfeito de di- das propostas técnica definitiva e financeira, não
versas maneiras. inferior a trinta (30) dias a contar da data de en-
2. Ao Concurso em Duas Etapas aplicam-se, sub- cerramento da fase de discussão.
sidiariamente, os procedimentos do Concurso 3. Os Documentos de Concurso poderão es-
Público. tabelecer os prazos da fase de discussão para
definição da solução técnica comum e da fase de
Artigo 74 selecção de concorrentes.
(Fases) 4. A solicitação de propostas na segunda etapa
O Concurso em Duas Etapas observa, pela ordem deve ser feita pela Entidade Contratante no prazo
indicada, as seguintes fases: não superior a noventa (90) dias, após a data de
a) Preparação e lançamento; recepção das propostas na primeira etapa, nem
b) Recepção das propostas técnicas iniciais ; superior a trinta (30) dias após a data da decisão
c) Selecção das propostas técnicas iniciais ; final sobre a primeira etapa.
d) Discussão das propostas técnicas iniciais;
e) Definição técnica comum a todos os interveni- Artigo 76
entes; (Competência Específica do Júri)
f) Reclamação e Recurso; 1. Compete ao Júri examinar, classificar e propor
g) Lançamento restrito; a selecção, aceitando ou rejeitando, as propostas
h) Apresentação de documentos de qualificação e técnicas iniciais apresentadas pelos concorrentes
de propostas técnicas definitivas e de preços; de acordo com os critérios definidos nos Docu-
i) Abertura das propostas; mentos de Concurso.
j) Avaliação, classificação e recomendação do Júri; 2. Feita a selecção de propostas técnicas iniciais,
k) Anúncio do posicionamento dos concorrentes; a Entidade Contratante promove discussões com
l) Adjudicação, Cancelamento ou Invalidação; os concorrentes seleccionados, em dia, hora e lo-
m) Reclamação e Recurso; e cal definidos nos Documentos de Concurso ou que
n) Celebração do Contrato. venham a ser fixados na notificação com vista a
definir a solução técnica mais adequada a satis-
Artigo 75 fazer o interesse público em causa.
(Anúncio e Documentos de Concurso) 3. Definida a solução técnica prevista no número
1. A realização de Concurso em Duas Etapas exige anterior, a Entidade Contratante notificará os con-
da Entidade Contratante a publicação de Anúncio correntes:
do Concurso, nos termos previstos nos artigos 32 a) Da solução técnica adoptada; e
e 33. b) Do prazo para apresentação e abertura das
2. Os Documentos de Concurso devem observar propostas técnicas definitivas e financeiras.
o previsto no artigo 47 e definir de forma clara e
precisa, o interesse público prosseguido pela En-
31 de Maio de 2017 SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA 3

Artigo 77
(Critério de Avaliação e Decisão) Artigo 80
1. As propostas devem ser classificadas de acor- (Fases)
do com os critérios definidos nos Documentos de O Concurso por Lances observa, pela ordem indi-
Concurso. cada, as seguintes fases:
2. Devem ser desclassificadas as propostas téc- a) Preparação e lançamento;
nicas definitivas que não se conformem com a b) Recepção de proposta e de documento de in-
solução técnica comum. scrição no Cadastro Único;
c) Abertura de propostas;
d) Apresentação e encerramento de lances;
SECÇÃO V e) Anúncio do posicionamento dos concorrentes;
Concurso por Lances f) Adjudicação, Cancelamento ou Invalidação;
Artigo 78 g) Reclamação e Recurso; e
(Concurso por Lances) h) Celebração do Contrato.
1. O concurso por lances não se aplica a con-
tratação de empreitada de obras públicas, con- Artigo 81
tratação de serviços de consultoria e concessões. (Anúncio e Documentos de Concurso)
2. Ao Concurso por Lances aplica-se, subsidiaria- 1. A realização de Concurso por Lances exige da
mente, o regime do Concurso Público. Entidade Contratante a publicação de Anúncio do
Concurso, nos termos dos artigos 32 e 33.
Artigo 79 2. Os Documentos de Concurso devem observar
(Bens e Serviços) o estabelecido no artigo 47 e devem ainda definir:
1. Compete ao Ministro que superintende a área a) O prazo de apresentação de propostas, que não
das Finanças aprovar a lista de bens e serviços, pode ser inferior a dez (10) dias a contar da data da
bem como estabelecer procedimentos adminis- publicação do Anúncio de Concurso;
trativos e orientações complementares sempre b) A data e hora de abertura das propostas e de
que se mostrem necessárias para o Concurso por apresentação de lances;
Lances, incluindo por meio electrónico. c) O critério de selecção dos concorrentes; e
2. Cabe à Unidade Funcional de Supervisão das d) O critério de fixação da diferença de valores a
Aquisições propor a lista de bens e serviços que partir da melhor proposta para os concorrentes
podem ser objecto de aquisição por meio de Con- participarem na fase de lances.
cursos por Lances, bem como actualização e di-
vulgação, para as Entidades Contratantes, para Artigo 82
sua utilização. (Competência Específica do Júri)
Compete ao Júri:
a) Receber as propostas dos concorrentes e pro-
ceder à sua abertura de acordo com o definido nos
Documentos de Concurso;

Para mais informação consulte:


www.ufsa.gov.mz

UFSA
Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições
“Por uma Contratação pública Transparente”
Rua da Imprensa – Prédio 33 Andares, 7º Andar, nº 701, 702 e 704
Maputo - Moçambique
4 SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA 31 de Maio de 2017

 
República  de  Moçambique  

Ministério  da  Economia  e  Finanças  

Direcção  Nacional  do  Património  do  Estado  

Unidade  Funcional  de  Supervisão  das  Aquisições  


Lista  de  Empreiteiros  de  Obras  Públicas,  Fornecedores  de  Bens  e  Prestadores  de  Serviços  Inscritos  no  Cadastro  
Único,  ao  abrigo  do  Regulamento  aprovado  pelo  Decreto  nº  5/2016,  de  8  de  Março  

Fevereiro  de  2017  

2293/PE/EOP TEC - Telhas Construções, Barro 25 de Junho, Q. 44, casa nº 45, 02-02-2017
Lda Maputo
2313/PE/PS Clean Service Sociedade Av. Eduardo Mondlane, nº 215, Tete 02-02-2017
Unipessoal, Lda
2311/PE/EOP Construções Chame, Lda Bairro de Muhala Expansão, nº 445, 02-02-2017
Nampula
2314/PE/EOP B & B Construções, Lda Rua Rio Luala, nº 177, Bairro Matola 02-02-2017
G, R/C, Matola
2335/PE/FB Artreal Serigrafia, Lda Av. Sebastião Marcos Marcos Mabote, 02-02-2017
nº 25, Q. 11, Maputo
2336/PE/PS Nova Gráfica de Nampula, Rua da Unidade, nº 353, Nampula 02-02-2017
Lda
2333/ME/FB Supermercado July, Lda Av. Karl Marx, nº 1639, Maputo 02-02-2017
2334/PE/FB Computer - IB, Lda Av. Samora Machel, nº 130, R/C, 02-02-2017
Maputo
2337/PE/PS Maguêzi, SA Rua 13.388, Talhão 3944, Bairro da 02-02-2017
Liberdade, Matola
2324/PE/EOP Construções LM & D, Lda Av. Do Trabalho, Bairro Alto-Maé, 02-02-2017
Maputo
2325/PE/FB Stopress, Lda Av. Kwame Nkrumah, nº 1536, 1º 02-02-2017
andar
2321/PE/PSC ACCSYS Moçambique, Lda Rua dos Desportitas, nº833, Prédio Jat 02-02-2017
V1, 14º andar, Maputo
2312/GE/EOP Condor Construção Civil & Av. Das FPLM, nº 3431, Muhala 02-02-2017
Obras Públicas, Lda Expensão, Nampula
2314/PE/PS Gráfica & Papelaria, FJ, Lda Bairro Macurrungo, nº 380, Q. 5, Beira 02-02-2017
2323/PE/PS PIS - Poised It System Rua Mao Tsé Tung, nº 162, Quelimane 02-02-2017
2322/PE/FB African Sport, Lda Rua da Resistência, nº 30, R/C, 02-02-2017
Maputo
 

 
31 de Maio de 2017 SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA 5

 
República  de  Moçambique  

Ministério  da  Economia  e  Finanças  

Direcção  Nacional  do  Património  do  Estado  

Unidade  Funcional  de  Supervisão  das  Aquisições  

Lista  de  Empreiteiros  de  Obras  Públicas,  Fornecedores  de  Bens  e  Prestadores  de  Serviços  Inscritos  no  Cadastro  
Único,  ao  abrigo  do  Regulamento  aprovado  pelo  Decreto  nº  5/2016,  de  8  de  Março  

Fevereiro  de  2017  

2329/MIE/FB FD Informática Av. Samora Machel, Lichinga 02-02-2017


2324/PE/EOP Cármen Transportes & Bairro da Malhangalene, Maputo 02-02-2017
Serviços
2332/PE/FB Rovuma Global, Lda Av. Base Ntchinga, nº 55, R/C 02-02-2017
2330/PE/PSC Ortogonal - Arquitectura & Rua Eusébio da Silva Pereira, nº 474, 02-02-2017
Gestão, Lda R/C
2331/ME/FBPS Inagrico Indústria Agrícola, Av. 25 de Setembro, nº 2542, Beira 02-02-2017
Lda
2328/PS/PSC Orlando Abias Malemba Bairro Tchumene 1, nº 292, Matola 02-02-2017
2316/PE/PS Lupa - Associação para o Rua de Anguane, nº 176, Bairro da 02-02-2017
Desenvolvimento Comunitário Malhangalene, Maputo
2315/MIE/PS Pandora Box, Lda Av. Emília Daússe, nº 872, 2º andar, 02-02-2017
Maputo
2354/PE/EOP Sofil Construções, Lda Bairro Cimento, Rua Tomás Nduda, nº 02-02-2017
49, Pemba
2353/PE/EOP Nizvan Empreiteiros, Lda Av. Josina Machel, Montepuez 02-02-2017
2352/PE/EOP Moz Invetimentos Group, Lda Av. Josina Machel, nº 487, Pemba 02-02-2017
2356/PE/EOP Flávio Construções, Lda Bairro NapaiMontepuez 02-02-2017
2288/GE/FB ADPP Moçambique Rua Massacre do Wiriam, nº 258 02-02-2017
Maputo
2290/PE/PSC Map Macuane Padil & Rua Will Waddington, nº 11, 1º andar, 02-02-2017
Associados Consultores, Lda Maputo
2339/PS/PSC João António Rodrigues Bairro da Malhangalene, nº 130, Largo 02-02-2017
Mortar Rufino Tembe do Alentejo, 1º Andar, Flat 3, Maputo
2340/PE/EOP Lero Construções & Serviços, Bairro Ferroviário, Q.29, nº 139 02-02-2017
Lda Maputo
 

 
6 SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA 31 de Maio de 2017

 
República  de  Moçambique  

Ministério  da  Economia  e  Finanças  

Direcção  Nacional  do  Património  do  Estado  

Unidade  Funcional  de  Supervisão  das  Aquisições  

Lista  de  Empreiteiros  de  Obras  Públicas,  Fornecedores  de  Bens  e  Prestadores  de  Serviços  Inscritos  no  Cadastro  
Único,  ao  abrigo  do  Regulamento  aprovado  pelo  Decreto  nº  5/2016,  de  8  de  Março  

Fevereiro  de  2017  

2342/PE/EOP Mirela Construções & Bairro Cumbeza, Célula D, Q. 1, Casa 02-02-2017


Serviços nº 2, Maputo
2344/MIE/FB Papelaria & Serviços Agenda, Rua Capela, nº 43, R/C, Bairro da 02-02-2017
Lda Malanga, Maputo
2346/PE/FB RJM Produções, Lda Estrada Nacional nº 4, Parcela 338026, 02-02-2017
Bairro de Tchumene 2, Matola
2355/PE/FB Setup, Lda Av. Da Zâmbia, nº 91Maputo 02-02-2017
2347/ME/FBPS Tecap - Tecnologia & Av. Das FPLM, nº 410, Maputo 02-02-2017
Consultoria Agro Pecuária, SA
2349/PE/PSC Tics & Serviços, Lda Campus Universitário da UEM 02-02-2017
Maputo
2350/PE/EOP Topo Construções, EI Bairro da Machava, Km 15 Nkobe, Q. 02-02-2017
05, Matola
2356/PE/EOP Kas Construções Serviços, Bairro 5, Chimoio 02-07-2017
Lda
2366/MIE/EOP CED Construções Serviços, Av. De Moçambique, Bairro do 02-07-2017
Lda Benfica, nº 110
2369/MIE/EOP BCC Construções, EI Bairro Muelé, Inhambane 02-07-2017
2370/PE/EOP Helda Construções, Lda Bairro dos Heróis Moçambicanos, 02-07-2017
Chioio
2373/MIS/PSC Nair - Construções, Lda Av. Samora Machel, Tsalala, nº 581, 02-07-2017
Maputo
2371/ME/EOP Westel Construções, Lda Av. Ho Chi Min, nºn 1979, Bairro 02-07-2017
Central
2315/PE/EOP ISC - Construções Rua da Mutateia, nº 201, Q. 33, Matola 02-07-2017
2373/PE/FB Ajú Chimoio Vilasse Av. 1º de Maio, Chimoio 02-07-2017
2374/ME/PS Grupo Umi Pioneiros Rua General Vieira da Rocha, nº 714, 02-07-2017
Beira
 

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