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ELISEE RECLUS O HOMEM E A TERRA PROGRESSO aes aT Tradugao Plinio Augusto Coétho Impresso no Brasil 2011 PROGRESSO Elisée Reclus O verdadeiro progresso &a conquista ddo Pao e da Instrugao para todos os homens. Definigato do progresso. ~ Epoca de ouro. Evolucao geolégica. ~ Progresso e retrocesso na historia, — Retorno a natureza. Simplicidade primitiva das socedades e complexidade ‘modema. ~ Apoio miituo das nagées. Leis do deslocamento dos foyers. - Conquista do espaco edo tempo. - Conquista do pao. ~ Retomada das energias perdidas. — Afirmagao do progress. ‘Tomado em sentido absoluto, 0 termo “pro- gresso” nao tem absolutuamente significacdo, por quanto 0 mundo é infinito e, na imensido sem li mite, permanecemos sempre igualmente afastado do comego e do fim. © movimento da sociedade tendo de decompor-se naqueles de seus elementos constitutivos que so os individuos, que progresso 10 ELISE RECLUS ‘em si podemos determinar para cada um desses se- res cuja curva total conclui-se em alguns anos, do | nascimento A morte? Que progresso esse que, de ‘uma fafsca surgindo de uma pedra, apaga-se em se~ guida no ar frio! E, portanto, num sentido muito mais restrito que devemos compreender a idéia de “progresso”. ‘O valor usual dessa palavra, tal como geralmente é empregada, é aquele que nos deu o historiador Gibbon ao admitir que, “desde 0 comego do mun- do, cada século aumentou e ainda aumenta a ri- queza real, a felicidade, a ciéncia, ¢ talveza virtude da espécie humana”, Essa definigfio, que encerra uma certa divida do ponto de vista da evolugao moral, foi retomada e diversamente modificada, alargada ou estreitada pelos escritores modernos, disso resta esse fato constante que 0 termo de pro- gresso comportaria, na opiniio comum, a melhoria geral da humanidade durante o perfodo hist6rico. Mas seria preciso evitar atribuir a outros ciclos da vida terrestre uma evolugao necessariamente and- loga aquela que a humanidade contemporinea percorreu. As hipéteses muito plausiveis que se re- portam aos tempos geol6gicos de nosso planeta dio uma grande probabilidade a teoria de um balan- ceamento das eras, correspondendo em vastas pro- "1 PROGRESSO cc porgées ao fenémeno alternando nossos verdes & ‘nossos invernos. Um vaivém compreendendo mi- Ihares ou milhdes de anos ou de séculos traria uma sucesso de periods distintos e contrastantes, de- terminando evolucées vitais muito diferentes umas das outras. O que aconteceria com a humanidade atual em uma erade “grande inverno”, quando, tal- vvez, um novo perfodo de glaciacio teria recoberto as ilhas briranicas e a Escandinavia com um manto continuo de gelo, e os nossos museus e as nossas bi- bliotecas destruidos pelas geadas? Deve-se esperar que os dois pélos nao congelem simultaneamente € que o homem possa sobreviver adaptando-se pouco a poucoas novas condigéese transferindo para 0s paises quentes os tesouros de nossa civilizagio tual? Mas se o esftiamento é geral, € admissivel que uma diminuigio sensivel do calor solar, fonte de toda vida, eo esgotamento gradual de nossas reser- vas de energia possam coincidir com um inces- sante desenvolvimento da cultura no sentido do ‘melhor e com um verdadeiro progresso. No periodo contemportineo, podemos constatar que as conse- atigncias normais da dessecaggo telirica sucedendo ‘a época glacial causaram fenémenos incontestaveis de regressiio nas regides da Asia central. Os rios e 0s lags secos, as fileiras de dunas invasoras provo-

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