Anda di halaman 1dari 3

ESTRUTURA E ESTRATIFICAÇÃO DA COMUNIDADE ARBÓREA DE UM

FRAGMENTO DE FLORESTA ATLÂNTICA DA ILHA DA MARAMBAIA.

Milene Teixeira de Souza1,Ana Carolina Coutinho Moreira1, Daniela Cunha Reis1,


Roberta Bicalho1 , André Felippe Nunes Freitas 1
1
UFRRJ/Departamento de Ciências Ambientais, tsmilenedca@yahoo.com.br

Resumo- O presente estudo foi realizado em um fragmento florestal de Mata Atlântica, localizado na
Ilha da Marambaia-RJ (23º04′ S / 43º53′ W) . A área foi demarcada pelo método de intercepção por
linha, ao longo de 200m, onde foram amostrados 36 indivíduos com DAP superior a 10 cm, sendo estes
distribuídos em 24 espécies. Os parâmetros fitossociológicos adotados para a análise estrutural foram
densidade relativa (DR), freqüência absoluta (FA) e freqüência relativa (FR). As famílias mais
representativas florísticamente foram Myrtaceae apresentado quatro espécies seguidas por Lauraceae
com três espécies. Quanto à estrutura da vegetação, a família Lauraceae apresentou o maior número
de indivíduos seguido pela Vochisiaceae.

Palavras-chave: Ilha da Marambaia, florística, Fitossociologia


Área do Conhecimento: Ciências Agrárias

Introdução recebimento e triagem de escravos, além de ter


sido uma importante fazenda de café,sendo mais
A Floresta Atlântica é um bioma de grande tarde ocupada pela Marinha do Brasil a qual
complexidade biológica e foi considerado pela instalou o Centro de Adestramento e instrução dos
União Internacional para Conservação de Fuzileiros Navais que hoje se denomina Campo de
Natureza como um dos mais ameaçados do Provas da Marambaia.
mundo (IUCN 1986). Antes da colonização, este A vegetação da Ilha, embora tenha sofrido
bioma se estendia em faixa praticamente contínua, interferências diversas, encontra-se relativamente
desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do bem preservada. Nos últimos 50 anos vem
Sul, acompanhando o litoral e ocupando cerca de sofrendo pouca pressão antrópica, quer em
12% do território nacional. Cinco séculos depois, a termos de ocupação do solo, quer em termos de
ocupação territorial reduziu a Floresta Atlântica a extrativismo (PEREIRA et al. 1990).
fragmentos florestais de variados tamanhos, Estudos sistemáticos têm sido realizados por
restando hoje apenas 7,3% de sua cobertura pesquisadores de diversas instituições
original (Fundação SOS Mata Atlântica 1998). No governamentais e não-governamentais. Vários
estado do Rio de Janeiro, ocupa atualmente cerca trabalhos têm sido publicados ou divulgados em
de 17% da cobertura vegetal original localizada, forma de dissertações ou teses, contento listas de
em sua maior parte, nas encostas íngremes da ocorrência de espécies, dados florísticos e
região. fitossociológicos, estudos de aspectos ecológicos
A Floresta Atlântica compreende um conjunto e de recuperação de áreas degradadas. Diante
de formações florestais e ecossistemas disso, objetivou-se com este estudo fornecer a
associados que incluem a Floresta Ombrófila estrutura da comunidade através da densidade,
Densa, a Floresta Ombrófila Mista, a Floresta freqüência e altura das espécies de arbóreas de
Ombrófila Aberta, a Floresta Estacional fragmento florestal na Ilha da Marambaia
Semidecidual, a Floresta Estacional Decidual, os efetuando um levantamento florístico da área.
manguezais, as restingas, os campos de altitude,
os brejos interioranos e os encraves florestais do
Nordeste (SCHAFFER & PROCHNOW, 2002). Metodologia
Neste contexto, a Ilha da Marambaia é
assinalada como pertencente à Área de Proteção
Ambiental (APA) de Mangaratiba. A Marambaia A ilha da Marambaia, localizada no município
sofreu interferências de diferentes tipos e Mangaratiba, (23º04′ S / 43º53′ W) e faz parte
intensidades, como o uso para entreposto integrante da Reserva da Biosfera da Mata
negreiro, abrigo de importante ponto de Atlântica (RAMBALDI et al. 2003).

XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 1


IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba
Segundo a classificação de Köppen (1948), a
região enquadra-se no macroclima Aw (Clima 6
Tropical Chuvoso), com temperaturas do ar típicas
das áreas litorâneas tropicais. Apresentando
médias anuais em torno de 23,7º C, sendo que 4
fevereiro é considerado o mês mais quente (cerca
de 26,8ºC) e agosto, o mais frio (20,9ºC). A taxa
2
média anual referente à precipitação é de
1239,7mm, e o período com maior precipitação em
março (140,6mm) e agosto, o mais seco, com 0
precipitação em torno de 47,4mm. Nectandra Vochysia Ocotea
Área de estudo caracteriza-se como floresta oppositfolia oppugnata schotti
atlântica de encosta, ocupando uma área de
2125,43ha, apresentando-se preservadas alguns
trechos e outros em diferentes estádios de
regeneração. Sendo a vertente voltada para o Fig. 1: Freqüência relativa das espécies mais
oceano atlântico (SW) mais preservada que a ocorrentes.
vertente voltada para a Baia de Sepetiba. 1,5
Foram demarcados 10 transectos de 20x2m,
distantes entre si em 10m. Em cada transecto
foram contabilizados os indivíduos de cada 1
espécie arbórea, cujo DAP mínimo foi de 10 cm.
Estes foram demarcados e identificados em nível
0,5
de espécie. Mediu-se a altura e o DAP das
referidas árvores para a estimativa dos parâmetros
fitossociológicos adotados para a análise 0
estrutural que consistem em densidade relativa Nectandra Vochysia oppugnata Ocotea schotti
(DR), freqüência absoluta (FA) e freqüência oppositfolia
relativa (FR).
Na estratificação da comunidade as alturas Fig. 2: Densidade das espécies mais freqüentes
foram analisadas por classe com intervalos de 5m, na área de estudo
iniciando por altura a partir de 5m.
Observou-se que duas famílias Lauraceae e
Resultados Myrtaceae destacam-se em número de espécies
somando 28% total. As 14 famílias restantes
Foram amostrados 36 indivíduos arbóreos totalizaram 66.7% dos indivíduos amostrados,
distribuídos em 16 famílias, 23 gêneros e 24 conforme se verifica na figura 3.
espécies. As espécies com maior freqüência
relativa foram Vochysia oppugnata (Vochisiaceae)
80
Nectandra oppostifolia e Ocotea schotti
(Lauraceae) representadas na Figura 1. Tal
comportamento foi semelhante quanto a 60

densidade, pois a espécie Vochysia oppugnata foi


a espécie que apresentou maior densidade ao 40
2
longo da área de estudo (1,25 indv/m ) (Figura 2).
A densidade média de todas as espécies na área
20
foi de 0,375 indv/m².

0
M yrtaceae Lauracea Out ras

Fig. 3 Freqüência relativa das famílias

A figura 4 mostra a altura média das três espécies


mais freqüentes, sendo Nectandra oppostifolia
15,67m, Vochysia oppugnata 14,4 e Ocotea
schotti 11,67m.

XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 2


IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba
20
Kurtz, B.C. & Araújo, D.S.D. 2000. Composição
florística e estrutura do componente arbóreo de
15
um trecho de Mata Atlântica na Estação Ecológica
10 Estadual de Paraíso, Cachoeira de Macacu, Rio
de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 51: 69-112.
5
KÖEPPEN, W. 1948. Climatologia. México: Ed.
0 Fundo de Cultura
Nectandra Vochysia oppugnata Ocotea schotti
Econômica.
oppositfolia

Fig. Altura média das três espécies mais


RAMBALDI, Denise, et al. Projeto de Ação
freqüentes
Climática na Região de Ocorrência do Mico-Leão-
Dourado. Rio de Janeiro: Associação Mico-Leão-
Discussão
Dourado, 2003.
De acordo com os resultados obtidos,
PEREIRA., M. C., AMARAL., ZERBINI., N. J.,
observou-se que Myrtaceae e Lauraceae são as
SETZER., A. W. Estimativa da area total de
duas famílias com maior riqueza floristica, neste
queimadas no Parque Nacional das Emas com
fragmento. Em estudo similar na Ilha da
uso de imagens da banda 3 do AVHRR:
Marambaia, Conde et al. (2005) observaram
comparação com estimativas do TM/LANDSAT. In:
Myrtaceae como a família de maior riqueza,
Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto
seguida por Fabaceae (Leguminosae),
Normal, 6. Manaus, AM, Anais, v.2, p.302-310,
Sapindaceae e Rubiaceae.
1990
Apesar de a família Myrtacea mostrar-se
importante na composição florística, não se
comprovou a sua maior representatividade na
Fundação SOS Mata Atlântica. 1998. Atlas da
estrutura da comunidade estudada, já que, o
evolução dos remanescentes florestais e
elavado número de espécies foi registrado para
ecossistemas associados no domínio da Mata
Laurceceae representada pelas espécies
Nectandra oppostifolia e Ocotea schotti e a família Atlântica no período de 1990-1995. São Paulo
IUCN. 1986. Plants in danger. What do we Know?
Vochisiaceae representada por Vochysia
oppugnata. Cambridge
Conforme Kurtz & Araújo (2000) dentro de cada
SCHAFFER, W.B. & PROCHNOW, M. 2002. A
família existem espécies que contribuem mais
Mata Atlântica e você: como preserver, recuperar
para o destaque em número de indivíduos.
e se beneficiar da mais ameaçada floresta
Contribuições diferenciadas de dominância,
brasileira. Brasília, DF.
freqüência e densidade na composição do valor de
importância de cada família traduzem tendências
MARTINS, F.R. 1991. Estrutura de uma floresta
no sentido de diferentes estratégias de ocupação
mesófila. Campinas: Editora da Universidade
do ambiente por parte das espécies mais
Estadual de Campinas.
representativas destas famílias na área estudada.

Conclusão

De acordo com os resultados obtidos, observamos


que Myrtaceae e Lauraceae são as duas famílias
com maior riqueza floristica, na Ilha da
Marambaia-RJ,conforme já apontado por Araujo
(2000). Apesar da família Myrtaceae mostrar-se
importante na composição florística, não se
comprovou a sua maior representatividade na
estrutura da comunidade estudada, já que, o maior
numero de espécies foi registrado para
Vochysiaceae e Lauraceae.

Referências

XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 3


IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba

Anda mungkin juga menyukai