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Administração Pública - Itens 14-18

Aula 02
Prof. Graciano Rocha

SUMÁRIO
,
CICLO ORÇAMENTARIO ............................................................................................ 3

Elaboração do orçamento .........................................................................................................4

Ciclo orçamentário na CF/88 .....................................................................................................9

Processo legislativo orçamentário ............................................................................................ 10

Emendas aos projetos de matéria orçamentária ....................................................................... 12

Prazos das leis orçamentárias .................................................................................................16


,
INSTRUMENTOS ORÇAMENTARIOS........................................................................ 19

Plano Plurianual .....................................................................................................................19

Lei de Diretrizes Orçamentárias ..............................................................................................25

Lei Orçamentária Anual ..........................................................................................................29

Vedações constitucionais relativas ao orçamento ................................................................... 37


,
CREDITOS ADICIONAIS ........................................................................................... 42

Espécies de créditos adicionais ...............................................................................................44

Autorização/abertura de créditos adicionais ...........................................................................49

Reabertura de créditos adicionais ............................................................................................ 52

Fontes de recursos para créditos adicionais ............................................................................54

-
QUESTOES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................. 65

QUESTOES ADICIONAIS .......................................................................................... 76

GABARITO ............................................................................................................. 91

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CICLO ORÇAMENTÁRIO

Detalhando as etapas que compõem o processo orçamentário do governo


federa l, encontraremos as seguintes (mais ou menos distri buídas por critério
tempora l):

• previsão da receita;

• fixação dos va lores pa ra as despesas obrigatórias;

• elaboração das propost as setoriais com a sua consolidação;

• processo legislativo;

• sanção da lei;

• execução orçamentária;

• acompanhamento e controle;

• avaliação.

Temos aí nessa sequência uma abordagem detalhista das fases que compõem o
cicl o orçamentá rio.

A previsão da receita diz respeito à arrecadação de recursos estimada pa ra o


exercício, com base em metodologia específica instituída para tanto. Essa
informação é complementada pelo cálculo das necessidades de
financiamento do governo central, que ind icam quanto de recursos
emprestados deverá ser tomado pelo governo junto ao mercado financeiro .

A fixação das despesas obrigatórias é necessária pa ra que, diante da situação


de contingenciamento de despesas, não haja afetação de todas as ações
governamentais. As despesas obrigatórias e as ressalvadas pela LDO não
serão atingidas pela lim itação de empenho, garantindo-se um mínimo de
desempenho em áreas consideradas mais sensíveis pelo governo .

Tem-se, então, a elaboração das propostas setoriais pelos órgãos e entidades,


compatibilizadas com as cond ições da LDO.

Depois de todo esse desenho, que desemboca no projeto de lei orçamentária


anual, vêm o processo legislativo, que já estuda remos, a execução do

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orçamento em si, o acompanhamento e o controle orçamentários e a


avaliação.

Em seguida, detalharemos as fases do ciclo orçamentário.

Elaboração do orçamento
Conforme o Manual Técnico de Orçamento (MTO), editado pela Secretaria de
Orçamento Federal, o processo de elaboração do projeto de lei orçamentária
anual se desenvolve no âmbito do Sistema de Planejamento e de
Orçamento Federal.

Esse sistema foi estabelecido pela Lei 10.180/2001, que elegeu o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão como órgão central. Por sua vez, no
Decreto nº 7.063/2010 (assim como em outros anteriores), a Secretaria de
Orçamento Federal (SOF/MPOG) recebeu do Ministér·io as atribu ições de
órgão centra l desse sistema.

A elaboração do orçamento, segundo o MTO,

"envolve um conjunto articulado de tarefas complexas, compreendendo a


participação dos órgãos central, setoriais e das unidades orçamentárias áo
sistema, o que pressupõe a constante necessidade de tomada de· decisões nos
seus vários níveis '~

A SOF, como órgão central do sistema de planejamento e orçamento, cumpre


as seguintes atribuições:

• definição de diretrizes gerais para o processo orçamentá rio federa l;

• fixação de normas gerais de elaboração dos orçamentos federa is;

• coordenação do processo de elaboração dos Projetos de Lei de


Diretrizes Orçamentá rias An uais - PLDO e do orçamento anual da União;

• orientação, coordenação e supervisão técnica dos órgãos setoriais de


orçamento;

• fixação de parâmetros e referenciais monetários pa ra a apresentação


das propostas orçamentárias setoriais;

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• análise e validação das propostas setoriais;

• consolidação e formalização da proposta orçamentá ria da União.

Ass im, o orçamento é prepa rado, na verdade, por uma rede de unidades e
órgãos, segundo suas incumbências e com os limites traçados pela LDO e pela
SOF.

Depois de receber todas as propostas orçamentárias setoriais, a SOF condensa


todo o emaranhado numa só peça: o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA),
encaminhado ao Presidente da República para posterior remessa ao Congresso
Nacional.

Pergunta incômoda: e se algum órgão deixar de enviar a tempo sua


proposta setorial para a SOF, ou enviar com erros que exijam correções?

A resposta é dada pelo art. 99 da CF/88 e seus desdobramentos. Apesar


de tratar diretamente do Poder Judiciário, podemos ampliar o
entendimento a seguir exposto às demais unidades. Confira:

!Art 99. Ao Poder Judiciário é· assegurada autonomia administrativa e


!financeira.

§ 1º - Os tribunals elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites


estipulados conjuntamente com. os demais Poderes na lei de diretrizes
orçamentárias.

§ -2.º- O encaminhamento da proposta, ·ouvid.os os outros tribunais interessados,


compete:

l .. no âmbito da União, aos Presiden-tes do Supremo Tribunal Federal e doSi


Tríbunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;

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1 - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Te"itorios, aos


esidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos
tribunais.

§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas


orçamentárias denJro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias,. o
Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da propost
orçamentária an·ual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente,
aj11Stados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1 ºdeste artigo.

§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas


em desacordo com os limites estipulados .n a forma do § 1", o Poder Executivo
iprocederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual

Na elaboração do orçamento, os órgãos setor iais funcionam como


articuladores no seu âmbito de ação. Norma lmente, confundem-se com os
órgãos superiores (tribuna is, m inistérios, casas legislativas).

Da mesma forma que a SOF agrega as propostas setoriais recebidas dos órgãos
setor iais, o órgão setorial "atua verticalmente no processo decisório", conforme
o MTO, agrupando as propostas subsetorials, provenientes de suas
unidades orçamentárias.

As atr ibuições dos órgãos setoriais, portanto, são:

• estabelecimento de diretrizes setoriais pa ra elaboração da proposta


orçamentária.;

• avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das


alterações necessá rias;

• fixação, de acordo com as referenciais


prioridades setoriais, dos
monetários para apresentação das propostas orçamentárias das unidades
orçamentár ias;

• definição de instruções, normas e procedimentos a serem observados


no âmbito do órgão durante o processo de elaboração da proposta
orçamentária;

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• coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no


âmbito do órgão setorial;

• análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das


unidades orçamentárias;

• consolidação e formalização da proposta orçamentá ria do órgão.

Por fim, a unidade orçamentária desempenha o papel de coordenadora do


processo de elaboração da proposta orçamentária no seu âmbito de atuação,
integrando e articulando o traba lho das unidades administrativas componentes.
As funções por ela cumpridas, relativamente às unidades administrativas,
correspondem, em escala menor, às exercidas pelos órgãos setoriais.

Além dos papéis desempenhados pelos dife rentes integrantes do Sistema de


Planejamento e Orçamento, o MTO também estabelece premissas da
elaboração orçamentária. Podemos destacar as seguintes prem issas:

• ênfase na análise pela finalidade do gasto da Administração,


transformando o orçamento em instrumento efetivo de programação
de modo a possibilitar a implantação da avaliação dos programas e ações;

• aprimoramento das metodologias de cálculo das despesas


obrigatórias, qua is sejam, aquelas que constituem obrigações
constituciona is e legais da União;

• adm inistração do processo por meio de cronograma gerencial e


operacional com etapas cla ramente especificadas, produtos definidos e
configurados, participação organizada e responsável dos agentes
envolvidos e divu lgação de infor mações, garantindo o crescimento da
confiança e da credibilidade nos diversos níveis da Adm inistração;

• ciclo orçamentário desenvolvido como processo contínuo de análise e


decisão ao longo de todo o exercício;

• elaboração do projeto, aprovação e execução da lei orçamentá ria rea lizada


de modo a evidenciar a transparência da gestão fiscal, observando o
princípio da publicidade e perm itindo o amplo acesso da sociedade às
informações relativas a cada uma das etapas do processo.

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1. (CESPE/TÉCNICO/ANTT/2013) No processo de elaboração da proposta


orçamentária, a Secretaria de Orçamento Federal coordena, consolida e
supervisiona a elaboração da LDO e da proposta orçamentária da União,
compreendendo o orçamento fiscal e o orçamento da seguridade social.

2. (FCC/ANALISTA/TCE-G0/2009) No ciclo orçamentário, uma das atividades


realizadas durante o processo de elaboração do orçamento é

(A) a proposição pelo poder legislativo de emendas ao projeto de lei do


orçamento.

(B) a aprovação de um quadro de cotas trimestrais de despesa que cada


unidade fica autorizada a utilizar.

(C) a apresentação das premissas, metodologia e memórias de cálculos de


previsões de receita pelo poder executivo.

(D) o estabelecimento da programação financeira e do cronograma de


execução mensal de desembolso.

(E) a publicação resumida do relatório de execução orçamentária.

A questão 1 traz funções cumpridas pela SOF em seu papel de órgão centra l do
sistema de planejamento e orçamento. Vale destacar que esse papel é
desempenhado no tocante aos orçamentos fisca l e da seguridade social, visto
que a e laboraçã.o da proposta do orçamento de investimento fica a cargo de
outra unidade do MPOG, o Departamento de Coordenação e Governança das
Empresas Estata is (DEST). Questão CERTA.

Na questão 2, até pela terminologia, percebe-se que a maior parte das


assertivas diz respeito à execução do orçamento ( B, D e E). A letra A trata do
processo legislativo orçamentário, que é posteri or à elaboração do orçamento
(fase tipicamente adm inistrativa). Por sua vez, os dados e informações sobre a
estimativa de arrecadação fazem parte da elaboração do orçamento,
consistindo, na verdade, na pr imeira atividade desse processo, a partir da qual

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se define o montante de recursos em potencial que poderá ser empregado nas


despesas públicas. Gabarito: C.

Ciclo orçamentário na CF188


Vamos in icia r o estudo desse tópico com o seguinte dispositivo constitucional :

~rt 165, § 9º - Cabe à lei compleme11tar:

- dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e


organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçame11tária anual;

Como se vê, a Constituição reservou à lei complementar o tratamento sobre as


matérias refe ridas, mas, até hoje, o Congresso não aprovou essa lei
(embora um dos projetos com essa pretensão, o ma is adiantado nas
discussões, já esteja há quase 14 anos em pauta).

Outro ponto interessante é que essas matérias discrim inadas na questão


encontram-se, em parte, na Lei 4.320/64, como é o caso de "exercício
financeiro" e "elaboração e organização da lei orçamentária anua l".

É por situações como esta que se considera a Lei 4.320/64 uma lei
materialmente complementar. Apesa r de ter sido aprovada como lei
ordinária, em 1964, a atual Carta Política indica assuntos nela tratados como
próprios de uma lei complementar.

Por enquanto, não havendo a lei relativa ao disposto no art. 165, § 9º, são
seguidas regras transitórias sobre prazos das leis de matéria orçamentária.
Essas regras estão no art. 35, § 2º, do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT) da CF/88:

IADCT, Art. 35, § 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se


refere o art. 165, § 9º,, I e II, serãlJ' obedecidas as seguintes normas:

1 - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício


!financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exetcído financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento:.da sessão legislativa;

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II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado ati oito meses


e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção
até o ence"amento ão primeiro período da sessão legislativa;

IHI - o projeto ,de lei orçamentán"a da União será encaminhado até quatro meses
antes do ence"amento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramenJo da sessão legislativa.

Em momento posterior, falaremos mais a respeito do "calendá rio" que surge


desse texto acima .

Como isso cai na prova?

3. (CESPE/ANALISTA/ANAC/2012) A lei orçamentária anual (LDA), dispõe


sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual da lei de diretrizes orçamentárias e da
proibição para abertura de créditos extraordinários.

A questão 3 está ERRADA. As matérias abordadas no enunciado deverão ser


regulamentadas por lei complementar, conforme o art. 165, § 9º, da CF/88.

Processo legislativo orçamentário


Examinemos mais um trecho da CF/88:

IArt. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

IJ - o plano plurianual;

IJI - as diretrizes orçamentárias;

rnr- os orçamentos anuais.


Vale assinalar que o vocábulo "leis", sem maior detalhamento, significa "leis
ordinárias". Em matéria orçamentá ria, as leis ord iná rias são o lugar comum.
Há poucas exceções, das quais v imos uma acima: a conformação das regras
mais amplas de organização orçamentária se dá por lei complementar. Mas o
PPA, a LDO e a LOA, assim como os créditos adicionais (exceto os

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extraordinários, como veremos) são viabilizados por leis ordinárias. Além disso,
esses projetos são de iniciativa exclusiva do chefe do Executivo.

Vamos fazer uma pequena abordagem do "ciclo orçamentár io" no contexto do


Poder Legislativo. É que, apesar de serem instituídos por leis ordinárias, os
instrumentos orçamentários têm um rito legislativo diferenciado.

Os projetos de lei ordinária "normais", enviados ao Congresso pelo Presidente


da República, dão entrada na Câmara dos Deputados (CF, art. 64, caput) e
lá passam por discussões e votações em diversas comissões temáticas, antes
de ir à apreciação do Plenário da Câmara (às vezes, essa "subida" ao Plená rio
não ocorre, conforme dispuser o Regimento da Casa).

A partir daí, são enviados ao Senado, onde passam de novo por comissões
temáticas, e depois pelo Plenário (se for o caso). Então, os projetos vão à
sanção presidenci al, se não houver alteração considerável, pelo Senado, do
texto aprovado na Câmara.

Caso contrá rio, se a redação fo r significativamente mudada pelo Senado, os


projetos voltam à Câma ra, para apreciação das modificações. Nessa últ ima
hipótese, a Câmara é que encaminha o projeto para sanção do Presidente da
República.

Diferentemente disso, os projetos de matéria orçamentária não passam por


uma série de comissões temáticas antes de ir a Plenário, um passo por vez, e
em ambas as Casas. Nesse âmbito, o projeto é instruído apenas na Comissão
Mista de Orçamento, que recebe simultaneamente pareceres das comissões
temáticas de ambas as Casas e emendas parlamentares, e emite seu próprio
pa recer, encaminhando-o juntamente com o projeto, para votação pelo Plenário
do Congresso Nacional (trata-se das duas Casas em sessão conjunta).

No Plenário do Congresso, pela maioria simples dos


votação da
parlamentares, o projeto é aprovado. Detal he: apesar de se tratar de uma
sessão conjunta, a ma ioria é considerada apenas entre pares (tomam-se
separadamente, na votação, a ma ioria dos deputados e a ma ioria dos
senadores) .

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4. (ESAF/ANALISTA/ANA/2009) A Lei Orçamentária Anual é de iniciativa


conjunta dos Poderes Legislativo e Executivo.

5. (ESAF/ANALISTA/CGU/2012) As emendas aos projetos de lei do Plano


Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual
serão apresentadas na Comissão mista e serão apreciadas pelo Plenário
das duas Casas do Congresso Nacional.

Na questão 4, temos uma clara dissonância com o conteúdo da CF/88: a


iniciativa da lei orçamentária, bem como das dema is leis de matéria
orçamentária, pertence ao Poder Executivo. Questão ERRADA.

A questão 5 está CERTA. Todos os projetos de natureza orçamentária são


apresentados à CMO, pa ra apreciação pelo Congresso Nacional como casa
legislativa própria.

Emendas aos projetos de matéria orçamentária


Este assunto, apesar de também pertencer ao processo legislativo
orçamentário, é tão importante que será tratado assim, em separado.

Primeira observação: é possível ao Legislativo emendar quaisquer projetos de


matéria orçamentária. Entretanto, assim como fez a Constituição, vamos nos
concentrar nas emendas ao projeto de LOA.

Como já dito, a iniciativa em matéria orçamentária é exclusiva do chefe do


Executivo. Entretanto, permite-se que a peça originá ria do Executivo receba
interferências dos representantes eleitos do povo, para, teoricamente, deixar
as propostas orçamentárias mais adequadas aos interesses da população.

Assim, os parlamentares, individualmente ou em grupo, podem apresentar


emendas ao projeto de LOA, que serão apresentadas perante a Comissão Mista
de Orçamento. A CMO, no término das discussões, emitirá parecer sobre tais
emendas, para posterior apreciação pelo Plenário do Congresso.

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Quanto à incidência sobre o projeto de LOA, existem três tipos de emendas:


emendas de receita, de despesa e de texto. Vamos ver o disposit ivo
constitucional que t rata delas (§ 3º do art. 166) :

L4rt~ 166, § 3º - Ás
emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projeto
que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

- sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes


orçamentárias;

1 - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de


anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações parapessoal e seus encargos;

b) serviço da divida;

c) transferências tributárias constih1cionais para Estados, Municípios e Distrito


Federal; ou

1 - sejam relacionadas:

a) com a c.o"eção de e"os ou omissões; ou

b) com os disposinvos do texto do projeto de·lei.

In icia lmente, note que a primeira condição (compatibi lidade com o PPA e a
LDO, no inciso I ) vale para qualquer emenda. Isso forta lece o caráter de
submissão que a LOA deve ter em relação às outras leis citadas, de alcance
mais amplo. Assim, por exemplo, uma emenda parlamentar ao projeto de LOA
não pode criar um programa, porque isso desrespeitaria a preva lência do
PPA nesse ponto.

O inciso II t rata das emendas de despesa. Pa ra que novas despesas sejam


propostas por meio de emenda, deverão ser anuladas despesas inicialmente
selecionadas pelo Executivo, a fim de "l iberar" recursos suficientes.

Ainda assim , não é toda despesa selecionada inicia lmente pelo Executivo que
pode ser anulada em favor de emendas parlamentares; as dotações indicadas
nas alíneas do inciso II ( pessoal e encargos, serviço da dívida e transferências

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constitucionais pa ra os entes fede rados) são despesas obrigatórias, que não


podem ter seus montantes e destinação alterados.

Por fim, o inciso III aborda as emendas de receita (alínea 'a') e de t exto (alínea
' b') .

O montant e da rece ita previsto pelo Execut ivo só pode ser modificado no
Legislativo a partir de uma perspectiva técnica. Não se pode alterar a
expectativa de arrecadação com base em critérios políticos ou assemelhados.
Por isso, um erro ou uma omissão, por parte da equipe técnica do Executivo,
devem ser detectados e comprovados, para que seja aprovada uma emenda
de rece ita .

As emendas de redação dizem respe ito a ajustes de forma (ortografia,


concordância etc. ), pa ra torna r o texto da lei orçamentá ria ma is inteligível.

Mu ito bem, o Poder Leg islativo pode alterar, por meio de emendas, o texto
inicial encaminhado pelo Poder Executivo. E o Poder Execut ivo, pode alterar seu
próprio texto origina l?

A resposta é afirmativa. Essa important e disposição encontra-se no art. 166, §


so, da CF/ 88:

IA.ri 166; § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao


Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a q11e se refere este
artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da: parte cuja
alteração é proposta.

Portant o, depois de ter enviado o projeto de LOA, o chefe do Poder Executivo


tem um prazo pa ra propor alterações a suas " intenções in iciais" . Esse prazo
cor re enquanto não se inicia a votação, na Comissão Mista de Orçamento, da
parte a se altera r .

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Evita-se, dessa forma, que o chefe do Executivo modifique, a seu bel-prazer,


partes do projeto que já tenham sido alteradas pelo Legislativo, contra suas
pretensões.

Esse trecho talvez seja o mais frequentemente cobrado pelas bancas


quando se trata de ciclo orçamentário. Por isso, preste atenção! Não
perca um ponto fácil. Já houve questões, por exemplo, dizendo que a
modificação pode ser proposta enquanto não finalizada a votação da
parte a se alterar. Cuidado!

6. (ESAF/ANALISTA/SENAD/2013) Nos projetos de lei de iniciativa do


Presidente da República, não será admitida, no curso da sua discussão e
votação pelas Casas do Congresso Nacional, emenda parlamentar que
importe em aumento da despesa originalmente prevista, salvo se o autor
da emenda, na mesma oportunidade, indicar os recursos novos ou
adicionais necessários a tal finalidade.

7. (ESAF/ANALISTA/SEFAZ-CE/2006) As emendas parlamentares aos projetos


de lei orçamentária anual não poderão indicar como despesas a serem
anuladas as destinadas ao pagamento de pessoal e seus encargos.

8. (CESPE/PROCURADOR/TCE-G0/2007) Apesar de ser considerado lei, o


orçamento possui características que o diferenciam das leis comuns. Um
exemplo é a limitação constitucional do conteúdo das emendas ao projeto
de lei do orçamento anual.

9. (FCC/AUDITOR/TCE-AL/2008) Nos termos da Constituição da República,


eventual emenda ao projeto de lei do orçamento anual, que indique os
recursos necessários, provenientes de anulação de despesa, e incida sobre
transferência tributária constitucional para Estados e Municípios, poderá
ser aprovada, desde que seja compatível com o plano plurianual e com a
lei de diretrizes orçamentárias.

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10. (ESAF/APO/MPOG/2010) As propostas de alteração dos projetos de lei


relativos ao PPA, a LDO e a LOA podem ser encaminhadas pelo Presidente
da República e apreciadas pelo Congresso a qualquer tempo.

A questão 6 foi considerada ERRADA, embora, na prática, isso seja feito. No


Congresso, os parlamentares norma lmente reveem para cima a estimativa de
receita feita pelo Executivo, aproveitando a "sobra" como fonte de recursos
para suas emendas. A banca prendeu-se à literalidade da CF/88.

Na questão 7, encontra-se uma imprecisão: no âmbit o do Legislativo, os


próprios propositores de emendas ao projeto de LOA deverão indicar quais
despesas serão substituídas para dar lugar às indicadas nessas emendas. Essa
é a lição do art. 166, § 3º, inc. II, acima transcrito. Questão ERRADA.

A questão 8 remete às lim itações às emendas parlamentares quanto aos


projetos orçamentários, limitações estas que nã·o se aplicam a projetos de lei
"normais". Questão CERTA.

A questão 9 está ERRADA: sempre é necessária a compatibi lidade com o PPA e


a LDO, mas, no caso, não se pode .indicar como despesas anuláveis as
referentes a transferências constitucionais, que são ressalvadas pela CF/88 da
incidência de emendas parlamentares (art. 166, § 3º, inc. II, "c").

Por fim, a questão 10 está ERRADA. Apenas enquanto a votação da parte a ser
modificada não for iniciada na CMO, o Presidente da República pode encaminhar
proposta de alteração dos projetos de leis orçamentárias.

Prazos das leis orçamentárias


Mu ito bem, voltemos ao calendá rio orçamentário que introduzimos
anteriormente, simplificando os prazos dispostos no ADCT:

• os projetos de PPA e de LOA devem ser encam inhados pelo Presidente da


Repúbl ica ao Congresso Naciona l "até quatro meses antes do
encerramento do exercício financeiro", ou seja, 31 de agosto;
• o Cong resso deve devolver os projetos de PPA e de LOA, para sanção, "até
o encerramento da sessão legislativa" - atualmente, 22 de dezembro;

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• o projeto de LDO deve ser enviado pelo Presidente ao Congresso "até oito
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro", ou seja, 15
de abril;

• o Congresso deve devolver o projeto de LDO para sanção "até o


encerramento do primeiro período da sessão legislativa" - atualmente, 17
de julho.

Ressalto que, nos primeiros prazos referidos acima, o envio e a devolução do


projeto de PPA não ocorrem anualmente, já que este é uma lei aprovada
para quatro anos.

Uma observação importante, e constantemente cobrada em provas,, diz respeito


justamente aos prazos do PPA.

O plano plu rianua l é a mais importante lei de matéria orçamentária. A


partir dele é que todas as outras se organizarão. As leis orçamentárias anua is
não passam muito de "parcelas do PPA", aplicadas a cada ano de sua vigência
plurianual.

No PPA é que o governo recém-assumido expõe suas intenções, objetivos,


metas, para o prazo de quatro anos. É uma demonstração de grandes
diretrizes, um "projeto de governo".

Pois bem, já vimos que o Executivo deve enviar o projeto de PPA para o
Legislativo até 31 de agosto (do primeiro ano do mandato do Presidente).
Ass im, a equipe que assume o comando do país tem oito meses para
apresent ar um plano para os quatro anos seguintes.

Agora você pode notar que há um descompasso aí. Se o PPA é preparado


durante o primeiro ano do governo, e deve valer para os próximos quatro
anos, ele não acaba invadindo o próximo mandato presidencial?

A resposta é "sim". No primeiro ano do mandato, o Presidente governa


com base no PPA, na LDO e na LDA aprovados por seu antecessor. Os
projetos que esse novo chefe do Ex·e cutivo apresenta quando assume só

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valerão para seu segundo ano de mandato. No caso do PPA~ o último ano
de vigência do plano será o primeiro do mandato seguinte.

Esse calendário é positivo por duas razões associadas. Primeiro, evita-se


um atropelo no início do .mandato, com a preparação "nas coxas" de
projetos de grande importância para o país - o governo não pode agir
sem planos de ação aprova.dos.

Em segundo lugar, ao invés dessa hipótese de "correria" no início do


mandato, dá-se ao novo governante a possibilidade de conhecer, por
alguns meses, e aproveitar parte dos programas instituídos pelo
antecessor, conforme sejam compatíveis com sua orientação de governo
{ou conforme sejam de interrupção impossível, rsrsrs).

Agora, uma curiosidade sobre a LDO. Trata -se da suspensão do recesso


parlamentar, enquanto não aprovado o projeto de LDO.

Apenas esse projeto, entre todas as hipóteses trazidas pela CF/88, é hábi l para
tanto. Caso o projeto de LDO não esteja aprovado em 17 de j ulho, os
parlamentares não entrarão em recesso. É uma forma de acelerar os prazos,
já que o idea l é que o orçamento esteja aprovado quando se iniciar o ano de
sua execução. E, para existir lei orçamentária, deve haver antes a LDO, que
estabelece, a partir dos programas do PPA, as prioridades para o ano
seguinte, e orienta a elaboração da LOA.

11. (FCC/ANALISTA/TJ-AP/2009) De acordo com a Constituição Federal de


1988, o projeto de lei orçamentária anual da União deverá ser
encaminhado ao legislativo para apreciação e aprovação até oito meses
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até
o encerramento da sessão legislativa.

12. (CESPE/ANALISTA/ANS/ 2005) O plano plurianual apresenta a ideia de


continuidade, pois um governo pode dar continuidade a um plano que se

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iniciou em outro governo. Dessa forma, tem tempo para conhecer as ações
realizadas no passado, antes de apresentar um novo plano.

13. (CESPE/ANALISTA/CAPES/2013) A sessão legislativa não será interrompida


sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

O problema da questão 11 é referente a datas. O projeto de LOA deve ser


encaminhado ao Congresso até quatro meses antes do encerramento do
exercício. Questão ERRADA.

A questão 12 refletiu uma das razões para a "invasão" dos PPA's nos mandatos
dos governantes posteriores: a continuidade das ações do poder público.
Questão CERTA.

A questão 13 também está CERTA: é necessário que o projeto de LDO seja


aprovado para que os parlamentares entrem em recesso no meio do ano.

INSTRUMENTOS ORÇAMENTÁRIOS

Plano Plurianual
O PPA é criação da CF/88, e se constitui como o maior instrumento de
planejamento da esfera pública. Como atualmente o planejamento é
deter minante para o orçamento (lembra-se do orçamento-programa?), o PPA
assume um papel de protagonismo no que diz respeito à execução do
orçamento. Todas as leis e atos de natureza orçamentária, incluindo as
emendas parlamentares, deverão ser compatíveis com o conteúdo do Plano.

O trecho constitucional que traz algo como uma "definição do PPA" é o


seguinte:

!Art. J 65, § 1 º - A lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, as


diretrizes, abjefivos e metas da administração pública federal para as despesas,
de capital e outras delas deco"entes e para as relativas aos programas de
duração continuada.

Dica: em provas, é útil empregar o mnemônico DOM (diretrizes, objetivos


e metas) para resgatar o conteúdo do PPA.

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O foco do PPA está nas despesas de capital, ou seja, despesas que


normalmente estão relacionadas ao aumento do patrimônio público.
Enquanto não estudamos despesas públicas, momento em que detalharemos a
abordagem sobre essas ta is " despesas de capita l", vamos simpl ificar o
entend imento, e conside rar que a maior preocu pação do PPA recai sobre
investimentos públicos.

Outro t recho da Constituição que refo rça , ao mesmo tempo, a importância do


PPA e sua " preferência" pelas despesas com investimentos é o art. 167, § 1o:

IArt. 161~ § 1º - Nenhum investimento cuja exeçuçilo ultrapasse um exercício


!financeiro poderá seF iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual,, ou sem
lei que autorize a incb1são, sob pena de crime de responsabilidade.

A prerrogativa do PPA de prever os investimentos a serem executados no país


está confirmada no dispositi vo acima. Veja a importância que o constitu inte
tentou imprimir a esse papel do PPA: const itui crime de responsabilidade
iniciar invest imento com duração superior a um exercício sem a respect iva
inclusão no plano ( prévia ou posterior).

Ap rofundando o entendimento sobre o dispositivo acima , podem-se concl uir


duas coisas:

• investimentos de execução prevista para um só exercício financeiro


podem ter sua execução in iciada sem previsão no PPA;

• "ações não investimentos", da mesma fo rma, podem ser executadas


sem previsão no PPA.

Em ambos os casos, a simples previsão das ações na LOA satisfaz as


exigências constitucionais.

Apesar de esta rmos fa lando tanto das despesas de capita l, que rece bia toda a
atenção desde antes do PPA na v igência da CF/88, é necessá rio voltar ao art.
165, § 1º , e verificar duas expressões também importantes, como destacado
abaixo:

rt. 165, § 1º - A lei que instftuir o PPÁ estabelecerá, .de forma tegl'onalizada, as.
diretrizes, objetivos- e metas da administração pública federal para as despesas

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de capital e outras delas decorrentes e para as relativqs aos programas d


duração continuada.

Assim, as atenções do PPA vão além dos investimentos em si . Também é


necessário prever no Plano as despesas de manutenção que su rgem com os
investimentos - por exemplo, as despesas pa ra o funcionamento de um hospital
público, após sua construção.

Nesse exemplo, a construção do hospital se classificaria t ipicamente como uma


despesa de capital, ou um investimento (criação de um bem de capit al em
favor do patrimônio público) . As despesas com pessoal, luz, materiais, telefone
etc. , próprias das atividades do estabelecimento, seriam despesas decorrentes
da despesa de capital original.

E os tais "programas de duração continuada"?

Segundo o professor James Giacomoni, uma das maiores autoridades em


orçamento público no Brasil, esse termo não foi bem delimitado pela
CF/88. Literalmente, se poderia pensar em qualquer programa cuja
duração se estenda no tempo, mas isso retiraria o caráter estratégico do
PPA (não se pode "planejar tudo" atribuindo a mesma relevância a todos
os elementos). Assim, nos dizeres do professor Giacomoni, enquanto não
há defini.ção, "programas de duração continuada", pelo menos na esfera
federal, são programas de natureza finalística, que correspondem à
prestação de serviços à comunidade.

Outro trecho da CF/ 88 interessante para nosso estudo é o seguinte:

l.Arl. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o EstadQ


exercerá., na forma da. lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento,
sendo este determinante para o setor.público e indicativo para o setor privado.

Dessa forma , vê-se que a atividade de planejamento fo i eleita pela CF/ 88 como
de extrema importância, alcançando os setores público e privado. A

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dimensão que o planejamento público deve assumir é tal que o próprio setor
privado é "aconselhado" a observar as ações governamentais pa ra basear seu
próprio comportamento.

Para a esfera pública, a vinculação é óbvia: o planejamento realizado pelas


unidades e condensado na lei do PPA é determinante para a execução das
ações dos órgãos e entidades.

Na Constituição, ainda se fazem referências a outros tipos de planos. Veja


só:

L4rt. 21. Compete à União:

(. ..)

IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território


e de desenvolvimento econômico e social;

L4rl. 165, § 4º - O.s planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos


nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e
apreciados pelo Congresso Nacional

Os "planos de desenvolvimento econômico e social" estão previstos no art. 21,


inc. IX, da CF/88, como atribuições reservadas exclusivamente à Un ião. É
importante ressa ltar, entretanto, que quaisquer planos ( inclusive os de
duração mais extensa) deverão ter consonância com o PPA, conforme visto
no art. 165, § 4º, transcrito acima.

Ressalta-se também que a lei do PPA deve estabelecer critérios de


regionalização para realização das despesas, lá mesmo no art. 165, § 1o, da
CF/88 ( ... de forma regionalizada ... ). A ideia é transformar o PPA num propulsor
de desenvolvimento econômico e social, alocando recursos nas diferentes
regiões do país, em busca de um crescimento mais harmônico entre elas.

Esse aspecto também está presente no art. 43 da CF/88:

L4rt. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um
mesmo complexo geoeconômico e socilll, visando a sell desenvolvimento e à
red'!-ção das desigualdades regionais.

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Para os Estados, DF e Municípios, pode ser mais difíci l a reg ionalização dos
programas do PPA. Entreta nto, essa é a orientação da CF/88 .

14. (ESAF/ANALISTA/ANA/2009) O Plano Plurianual possui caráter meramente


normativo, não sendo utilizado como instrumento de planejamento
governamental.

15. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2008) Os programas de duração continuada,


constantes dos planos plurianuais (PPAs}, compreendem despesas de
capital destinadas tipicamente à realização das atividades-meio dos órgãos
e entidades integrantes do orçamento público.

16. (ESAF/ANALISTA/RFB/2009) Segundo a Constituição Federal, um dos


instrumentos em que se materializa o. processo de planejamento do
Governo Federal é o Plano Plurianual - PPA. Assinale a opção em que a
afirmação se aplica inteiramente a esse instrumento.

a) Embora de natureza constitucional, o PPA não abrange todos os projetos


do ente, em razão das emergências não possíveis de serem previstas em lei.

b) O PPA tem seu foco nos programas de governo, seu período de


abrangência é de quatro anos podendo ser revisado a cada ano.

c) A elaboração do PPA é feita no nível de cada órgão e sua submissão ao


Congresso Nacional se dá por intermédio da presidência de cada um dos
Poderes da República.

d) O PPA, embora fundamentado em programas de governo, tem como


objetivo definir as modalidades de aplicação de recursos que priorizam o
cumprimento das políticas públicas.

e) A inclusão de novos programas no PPA se dá na revisão anual e está


condicionada ao cumprimento das metas anteriormente aprovadas.

17. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) O plano plurianual deve compatibilizar-se


com os planos nacionais, regionais e setoriais.

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18. (ESAF/AFC/ CGU/2006) Com base no Plano Plurianual, o governo elaborará


e enviará para o Poder Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias.

19. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A lei que instituir o Plano Plurianual


estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas

(A) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos projetos


de investimentos.

(8) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas


de duração continuada.

(C) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas


de duração predeterminada.

(D) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas


de duração continuada.

(E) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas-meio do governo.

A questão 14 está totalmente ERRADA: o PPA serve como maior instrumento de


planejamento governamental, ao qual todos os outros devem ter observância.

A questão 15 se baseou no entendimento do professor Giacomon i: programas


de duração continuada referem-se t ipicamente a ações finalísticas, de
atendimento a necessidades da população por meio de serviços públicos.
Questão ERRADA.

Na questão 16, devemos conside rar o seguinte: a apresentação do projeto do


PPA, como ocorre com os demais instrumentos orçamentários, dá-se por
iniciativa do chefe do Executivo; a definição das modalidades de aplicação da
despesa é uma questão muito operacional, que não diz respeito ao PPA (é feita
por portarias m inisteriais); a inclusão de novos programas no PPA pode se dar
em revisões anuais ou a qualquer tempo, mediante lei específica, e não está
condicionada a cumprimento de metas. Com isso, restam as alternativas A e B.
Como em diversas outras situações, é necessário escolher, em provas da ESAF,
a alternativa "mais certa", que, no caso, diz respeito à possibilidade de revisão

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do PPA e a seu foco nos programas do gov erno. A alternativa " A" está correta
em sua primeira parte, já que é possível projetos não integrarem o PPA ( basta
terem execução compreendida dentro de um ano) . Ent retanto, a segunda parte
é estranha, já que despesas emergenci ais normalmente não abrangem
investimentos, e não serve como justificativa para a primeira pa rte. Gaba rito:
B.
A questão 17 inverte as relações. São os planos nacionais, reg ionais e setoriais
que devem se compatibiliza r com o PPA. Questão ERRADA.

A questão 18 está CERTA. A LDO, assim como os demai s instrument os


orçamentários, devem se compatibilizar com as disposições do PPA, em
cumprimento às disposições constituciona is.

A questão 19, por fim , é decoreba: devemos lembrar quais as prioridades


estabelecidas pelo PPA quanto ao t ipo de despesas e quanto aos ti pos de
programas. Conforme a descrição constitucional, trata-se das despesas de
capita l (e as delas decorrentes) e dos programas de duração continuada.
Gaba rito: D.

Lei de Diretrizes Orçamentárias


As atribuições dadas pela CF/88 à LDO (art. 165, § 2º) são:

• indicar as metas e prioridades da administração pública federal,


incluindo as despesas de capital para o próx imo exercício financeiro;

• orientar a elaboração da LOA;

• dispor sobre alterações na legislação tributária;

• esta belecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de


fomento.

A LDO t ambém é uma criação da CF/88, que t em como função principal fazer
a intermediação entre o PPA e a LOA. Antes, não existia qualquer instrumento
"pacificador" ent re o planejamento (ca racterizado pelo PPA) e o orçamento (a
LOA).

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Ao passo que o PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas para


as despesas de capita l e outras, a LDO indica as metas e prioridades da
Administração, inclu indo as despesas de capita l, para o exercício a que ela se
refere.

Desse modo, enquanto o PPA traça os programas para serem executados em


sua vigência, e que, virtua lmente, levarão ao alcance dos objetivos do governo,
a LOA indica qual a pa rcela desses programas que será executada num
exercício.

Pois bem, pa ra que essa parcela anual do PPA seja definida, não se faz apenas
uma distribu ição igua litária de " X parcelas pa ra X anos" . As prioridades do
governo, a cada ano, podem mudar, de maneira que, para atender a essas
mudanças de rumo, certos programas devem passa r por uma aceleração,
enquanto outros ficam mais " na geladeira".

Ass im, a LDO é o instrumento que a Adm inistração utiliza para executar o PPA,
por meios das LOAs, de forma mais sintonizada com as condições sociais,
econômicas, políticas, que venham a alterar as prioridades do governo.

Outros disposit ivos constituciona is que t ratam desse papel orientador da LDO
são os seguintes:

tt. 99, § 1 º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos


limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei' .d e diretrizes
orçamentárias.

!Art 99, § .5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver
realização de despesas ou a assunção áe obrigações que extrapolem os limite
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

!Art~117, § 3º - O Ministério PúbUco elaborará sua proposta orçamentária


dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

!Art 127, § 6º - Durante a execução orçamentánà do exercício, não poderá


haver a realização de despesas ou a assanção de obrigações que extrapolem os
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

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Destacando os aspectos do processo de elaboração do orçamento, as propostas


setoriais devem ser encaminhadas à Secretaria de Orçamento Federal para
com pilação do PLOA. Essas propostas setoriais deverão estar já orientadas
pelas regras trazidas pela LDO.

Uma novidade que surgiu em concursos ultimamente diz respeito também


ao papel orientador da LDO no tocante à lei orçamentária anual. É o
seguinte: o que fazer no início do ex.ercício caso a LDA ainda não tenha
sido aprovada?

Têm sido registrados vários atrasos na aprovação dos projetos de


natureza orçamentária. Já houve caso de LDA aprovada apenas em maio!
Ou seja, quase metade do ano se passou sem que o orçamento
correspondente estivesse vigendo.

Diante dessa situação /ótica, as LDO's, a cada ano, têm trazido uma regra
de transição: caso se inicie o exercício financeiro sem que o orçamento
tenha sido aprovado, é possível executar provisoriamente o projeto de
LDA em discussão. A LDD indicará quais despesas, e em que montante,
poderão ser executadas nesse "vácuo", até a publicação da LDA.

Passemos a outro papel da LDO: "d ispor sobre alterações na legislação


t ributá ria".

De pronto, uma observação importante: a tarefa de "dispor sobre alterações na


legislação tributária" não torna a LDO uma lei de natureza tributária. Não serão
feitas, por ela, mudanças na legislação t ributária, institu ição de t ributos,
alteração de alíquotas etc.

A ideia é, simplesmente, assinala r os efeitos que potenciais alterações


tributárias (por meio de outras leis) podem ter sobre a previsão de
arrecadação, a constar da LOA. Portanto, não há influência direta da LDO sobre
as alterações da legislação tributária.

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Além disso, a LDO deve trazer " linhas de conduta" pa ra as agências de


fomento. Essas agências, em sua maioria, são bancos estatais, que terão sua
forma de intervenção no mercado baseadas, pelo menos em parte, naquilo que
a LDO houver estabelecido.

A Lei de Responsabil idade Fiscal, para incrementar as iniciativas referentes a


seu tema principal - a responsabilidade na gestão das finanças públicas -,
estabeleceu normas em varias áreas da temática orçamentária. Isso
representou o acréscimo de algumas peças e funções à LDO.

Por fim, a LDO cumpre um importante papel quanto ao preenchimento de


cargos nos órgãos e entidades públicas, bem como quanto a outros fatores que
levam ao aumento da despesa com pessoal. Leia o trecho abaixo:

IArt 169, § 1º -A concessão de qualquer vantagem 01i aumento de remuneração,


a criação de cargos" empregos e funções ou alteração de estrutura de ca"eiras1
bem como a admissão ou c(Jntratação de pessoal.,. a qualquer título, pelos órgãos
e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas.
e mantidas pelo poder público, só poder.ão ser feitas:

I - se houver prévia dotação .orçamentária suficiente par.a atender às pr-0jeções


de despesa de pessoal e aos acréscimos dela deco"entes;

III - se houver autorização específica na b!.i de diretrizes orçamentárias,


ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

20. (ESAF/AFC/CGU/2006) A Lei que instituir o Plano Plurianual definirá


programas, objetivos e metas para o quadriênio, cabendo desta forma, à
LDO definir, com base no PPA, quais serão as metas que serão
desenvolvidas no exercício financeiro subsequente.

21. (FCC/ANALISTA/TCE-G0/2009) O Ministério Público elaborará sua proposta


orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes

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orçamentárias e, caso encaminhada em desacordo com esses limites,


caberá ao Poder Executivo proceder aos ajustes necessários para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual.

22. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) As leis que criem ou majorem tributos


devem ser aprovadas até a aprovação da lei de diretrizes orçamentárias
(LDO).

23. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) A contratação de pessoal pelos órgãos e


entidades da administração, inclusive empresas públicas e sociedades de
economia mista, somente poderá ser feita se houver prévia dotação
orçamentária suficiente e autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias.

A questão 20 está CERTA. As metas estabelecidas pelo PPA para o quadriênio


têm sua execução anua l disciplinada pela LDO, que orienta a forma como o
orçamento custeará as ações relacionadas a tais metas.

A questão 21 reflete a obediência que deve ha.ver à LDO quando da preparação


das propostas orçamentárias setoriais (no caso, destacando-se a situação
relativa às unidades externas ao Poder ·E xecutivo). Questão CERTA.

A questão 22 está ERRADA. Como vimos, não há influência direta da LDO sobre
a legislação tributária e suas alterações.

A questão 23 está ERRADA. No tocante ao papel autorizativo da LDO sobre a


contratação de pessoal e o aumento de remuneração dos servidores públicos,
não são alcançadas as empresas públicas e sociedades de economia mista (art.
169, § 1º, inc. II).

Lei Orçamentária Anual


Para fa lar da LOA em si, partiremos de alguns trechos da Lei 4.320/64 e da
Constituição de 1988.

Começamos, então, com a Lei:

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tt. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de


'forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de traballlo dp
Govêrno, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anual.idade.

Um ponto a se destacar in icialmente é que a evidenciação da " política


econômica e financei ra" e do " programa de t rabal ho do governo", até hoje, é
rea lizada pela LOA, apesar de não ser estabelecida por ela.

Atualmente, como já comentamos, o PPA é a lei orçamentária de maior


importância e abrangência, e, por isso mesmo, é ele quem reflete as
escolhas políti cas e econômicas do governo, além de constituir o " programa de
t raba lho" do governo em si.

E a composição "física" da LOA, como é?

Ao comentarmos o princípio orçamentá ri o da unidade/ totalidade, já ressa ltamos


que a LOA é, na verdade, um conjunto de orçamentos. Vamos rever o trecho
constitucional que t rata disso:

!Art 165, § 5°·-A lei orçamentária anual compteenderâ:

- o orçamento fiscal r,eferente aos Poderes da {Jnião, seus fundos, ór:gãos e


entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;

.7 - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou


indiretQlflente, detenlla ·a maioria do capital social com direito a voto;

71 - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e ór,gão


a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
'fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Tratemos então desses itens individualmente.

O orçamento fiscal é o "orçamento geral", por natureza. A palavra "fisca l",


resgatando a informação lá do Direito Tributá ri o, diz respe ito a "recursos
obtidos pelo Estado". Por exem plo, um tributo fiscal tem por objetivo,
primordialmente, a obtenção de receita. Um tributo extrafiscal nasceria com
intenções pa ra além desta - embora também envolvesse a obtenção de receita.

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Então, o orçamento fisca l abrange os gastos gerais e as receitas sem


arrecadação vinculada com as quais o governo conta. A maior parte dos
programas instituídos pela LOA encontra-se nesse item.

Portanto, ações variadas, que vão desde segurança alimentar, passando por
favorecimento a ciência e tecnologia, aquisição de equipamentos milita res, até
distribu ição de renda direta à popu lação por meio de bolsas etc., tudo isso
consta rá do orçamento fiscal, reforçando esse caráter generalista ao qual nos
referimos.

O orçamento da seguridade social, como indica seu nome, é restrito a


receitas e despesas re lativas à área da seguridade social. Conforme a
Constituição, essa denominação abrange a saúde, a previdência social e a
assistência social. Para assegurar que os recursos permaneçam vinculados a
essas subáreas tão importantes, até um "perfil orçamentário" à parte fo i criado
pela CF/88.

A proibição do desvio de finalidade na apl icação de recursos da segu ridade


social consta do art. 167, inc. XI:

L4rl. 167. São vedados:

(. ..)

IXI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata.
o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distiptas do pagamento de
beneftcios do regime gerat de previdência social de que trata o art. 201.

A intenção aqui é garantir que o regime geral de previdência (que faz parte
da seguridade) não seja dilapidado para favorecimento de outras despesas.

Apesar da separação entre ambos, o orçamento da seguridade tem


características muito semelhantes às do orçamento fisca l, tanto que
diversos documentos do governo referem-se aos dois como se constituíssem
uma unidade, exceto pelo fato de o orçamento da seguridade ter esse caráter
de especialização.

Inclusive, há críticas na doutrina quanto a essa junção dos dois


orçamentos,o fiscal e o da seguridade social, com a argumentação de que

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não resta muito clara a divisão dos recursos e ações que pertencem a
cada um deles.

Por fim, o orçamento de investimento das estatais, como é conhecido, diz


respe ito às aplicações de recursos no capita l social de empresas das quais a
União, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com
direito a voto - ou seja, são empresas em que a União tem supremacia no
tocante a decisões sobre sua atuação. Encontram-se nesse grupo tanto
empresas públicas quanto sociedades de economia mista.

Idealmente, as empresas estatais, por sua natureza de direito privado e sua


atuação geradora de receitas, não precisariam de recursos públicos para
sua manutenção. Aquelas que se enquadram nessa descrição, ou estatais
independentes, estarão beneficiadas pelo orçamento público apenas no
âmbito do orçamento de investimento, ou seja, receberão recursos,
normalmente, para reforço da participação da União em seu capital
social, a título de investimento, como diz o nome da peça.

Por outro lado, empresas estatais cuja atividade não resulte em recursos
suficientes que as perm itam se manter sozinhas {estatais dependentes),
necessitando de transferências de recursos públicos para suas ativ idades
de custeio e de investimento "norma.is", aparecerão beneficiadas por ações
dos orçamentos fiscal e da seguridade, conforme o caso.

Para fechar o ponto, a Constituição determina que o orçamento fiscal e o


orçamento de investimento das estatais desempenhem a função de
reduzir desigualdades interregionais, segundo critério populacional (art.
165, § 7º). Assim, desde a formulação até sua execução, esses dois
orçamentos deverão ser pautados pela alocação de recursos moldada
pelos diferentes estágios de desenvolvimento apresentados pelas regiões
do país, em nome de uma situação socioeconômica mais equilibrada.

O orçamento da seguridade não poderia, por sua própria natureza, atuar


nesse sentido, já que as ações da seguridade social têm como
característica o atendimento universal (art. 194, parágrafo único, inc. /).

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Assim, não se pode, com essa peça orçamentária, privilegiar certa região
em detrimento de outra.

Mais um trecho interessante para a leitura:

L4.rl. 165, § 6º - O projeto de lei orçamentaria será acompanliado de


demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, deco"ente
de isenções, anistias, r.emissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,
tributária e creditícia.

Esses termos (isenções, anistias etc.) referem-se a incentivos que o ente


público pode conceder a atores econômicos, sob a forma tributá ria (ou
simplesmente " incentivos fiscais"), finance ira ou creditícia (facilitação de crédito
ou perdão de dívidas de certa categoria de produtores, por exemplo).

Ações dessa espécie incorrem, normalmente, em diminuição da receita do


ente público (o nome técnico é "renúncia de receita"), o que demonstra o
caráter orçamentário desses incentivos. E, por se refer irem à receita pública,
essas ações de incentivo devem ser demonstradas na LOA.

Por fim, outro aspecto do conteúdo da LOA segue abaixo:

!Arl 165, § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à


previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo 11a proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações
de crédito, ainda quepor antecipação de receita, nos termos da fel

Esse disposit ivo traz duas exceções ao princípio orçamentário da


exclusividade, como já vimos. Entretanto, fica evidente que essas exceções
também se referem a finanças governamentais, não saindo tanto do roteiro
obrigatório da LOA (previsão de receitas - fixação de despesas).

24. (ESAF/PROCURADOR/TCE-G0/2007) O demonstrativo do efeito, sobre as


receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios

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e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia que acompanha o


projeto de lei orçamentária deve ser regionalizado.

25. (ESAF/APO/MPOG/2008) O orçamento da seguridade social, compreendido


na lei orçamentária anual e compatibilizado com o plano plurianual, tem,
entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.

2 6. (ESAF/EPPGG/MPOG/2013) O modelo orçamentário brasileiro é definido na


Constituição Federal de 1988 do Brasil. Compõe-se de três instrumentos : o
Plano Plurianual - PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e a Lei
Orçamentária Anual - LOA, conforme informa o art. 165:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

Acerca do Planejamento no Brasil após a Constituição de 1988, assinale a


opção correta.

a) O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função enunciar as


políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício seguinte.

b) Cabe à LDO estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo


da administração pública.

c) A LOA, ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no


exercício seguinte, torna -se o elo entre o PPA, que funciona como um plano de
médio prazo do governo.

d) A LOA é a lei orçamentária da União que estima receitas e fixa as


despesas para um exercício financeiro . De um lado, permite avaliar as fontes de
recursos públicos no universo dos contribuintes e, de outro, quem são os
beneficiários desses recursos.

e) A LDO tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a


programação das despesas para o exercício financeiro.

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27. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O
orçamento da seguridade social
compreende todas as despesas com as funções saúde, assistência social,
previdência e educação.

28. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento de investimentos das


empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto abrange todas as receitas e despesas de
tais empresas.

29. (ESAF/ANALISTA/MIN. FAZENDA/2013) Quanto ao orçamento público,


assinale a opção correta.

a) A Lei Orçamentária Anual é peça que contém a previsão de receitas e a


fixação das despesas públicas para um exercício financeiro, além de dispor
acerca de alterações na legislação tributária.

b) De acordo com o princípio da universalidade, todas as despesas e


receitas da Administração Pública devem estar previstas na lei orçamentária
anual, com exceção dos tributos criados posteriormente à aprovação dessa peça
orçamentária.

c) O plano plurianual deve espelhar o planejamento das atividades


governamentais, estabelecendo, de forma nacional, as diretrizes, objetivos e
metas da Administração.

d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias deve conter o orçamento fiscal, o


orçamento de investimento das empresas em que a União detém maioria do
capital social e o orçamento da seguridade social.

e) O princípio da exclusividade impede que a Lei de Diretrizes


Orçamentárias contenha dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, excetuando-se a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito.

A questão 24 reproduz cor retamente o teor do art. 165, § 6º, da CF/88, que
t rata do demonstrativo de renúncias de receita . Questão CERTA.

A questão 25 está ERRADA: só os orçamentos fisca l e de investimento devem


contribuir para a redução das desigualdades interregionais.

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Na questão 26, temos as segu intes análises:

A: as prioridades do exercício seguinte são apontadas pela LDO.

B: diretrizes, objetivos e metas de méd io prazo são matéria do PPA.

C: a LDO é o elo entre o PPA e a LOA, indicando as ações que serão priorizadas
no exercício segu inte.

D: o enunciado resume o papel da LOA, destacando de onde se originam e pa ra


onde são direcionados os recursos públicos.

E: a estimação da receita e a fixação da despesa ocor rem na LOA.

Gaba rito: D.

Na questão 27, o enunciado lista as áreas contempladas pelo orçamento da


segur idade social, e que são responsáveis pela elaboração da respectiva
proposta, mas erra ao inclui r a educação nesse rol. Questão ERRADA.

O orçamento de investimento das estat ais, como indica sua denom inação,
abrange apenas os recu rsos t ransferidos pela União a tais empresas e a
aplicação correspondente. Assim, as rece itas e despesas próprias das estatais
não são demonstradas no orçamento de investimento. A quest ão 28 está
ERRADA.

Ana lisando a questão 29:

A: dispor sobre alterações na legislação tributária é um papel confiado à LDO.

B: o princípio da universalidade fo i co rretamente abordado, bem como a


impossibil idade de o orçamento evidenciar arrecadações oriundas de t ributos
aprovados posterior mente.

C: o PPA diz respeito apenas ao ente federado respectivo. Não há " PPA
nacional".

D: os orçamentos listados compõem a LOA.

E: o princípio da excl usividade refe re-se à LOA.

Gaba rito: B.

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Vedações constitucionais relativas ao orçamento


O art. 167 da CF/88 traz algumas vedações que devem ser observadas no
tocante ao orçamento. As provas de concursos têm verdadei ra fixação por elas;
assim, vale examiná-las e memorizá-las com especial ênfase.

Algumas dessas vedações já foram vistas anteriormente, e outras serão mais


bem assimiladas posteriormente. Estudaremos agora aquelas aplicáveis
diretamente à lei orçamentária.

!Art. 167. São vedados:

II - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

Esse dispositivo tem uma preocupação meio que operacional.

A delimitação das ações do governo para atingir seus objetivos resu lta na lista
de programas do PPA, que fornece, por sua vez, o "roteiro", ou o "cardápio",
para as leis orçamentárias anuais.

Cabe à LOA, depois da priorização feita pela LDO, distribuir previsões de


recursos anuais para aplicação nos prog ramas previstos no PPA. Portanto,
pode haver situações em que programas do PPA não estejam previstos na
LOA corrente, a depender das prioridades estabelecidas na LDO.

Nesse caso, o programa não incluído na LOA não poderá ser executado.
Atua lmente, no âmbito do governo federal, com a execução orçamentária
totalmente informatizada, desobedecer a essa vedação nem é possível, pelo
simples fato de não se poder dirigir recu rsos a um código de programa
inexistente no orçamento anua l.

Portanto, a inclusão de programas e ações na LOA é condição prévia para sua


execução orçamentária.

III - a realização de despesas 011 a assunção de obrigações diretas que excedam


os créditos orçamentários ou adiCionais.;

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Nesse ponto, procura-se evita r que as obrigações do ente público assumam


proporções superiores ao orçamento aprovado.

As atividades de planejamento prévio e de acompanhamento da execução do


orçamento tam bém cola boram nesse sentido, de modo a evitar situações de
inadimplência e endividamento descontrolado.

Essa vedação tem a ver também com o já estudado princípio orçamentário


do equilíbrio, que milita a fa vor da manutenção de uma boa situação
finance ira pelo ente público.

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência tÚ! recursos de uma


categoria de progromação para outra ou de um órgão paro outro, sem prévia
autorização legislativa;

Há autores que enxergam nesse disposit ivo um novo princípio orçamentár io: o
princípio da proibição do estorno.

Existe uma unanim idade na doutrina: ninguém sabe o que vêm a ser realmente
"t ransposição", "remanejamento" ou " transferência ", rsrsrs. Idealmente, esses
conceitos deveriam ser esclarecidos numa lei com plementar, como a aguardada
lei de finanças públicas que substituirá a Lei 4 .320/ 64 .

Assim, atualmente, há apenas posicionamentos não muito consolidados sobre o


assunto.

Para não ficarmos no "vácuo", vale a pena considerar um posicionamento


não tão definitivo, que tem aparecido nas Leis de Diretrizes
Orçamentárias: essas modificações .no orçamento inicialmente aprovado
se dariam em situações como extinção, transformação, desmembramento
de órgãos e entidades, ou alteração de suas competências.

Com isso, não podendo ser executadas pelas unidades previstas


inicialmente, algumas dotações orçamentárias seriam destinadas a
outras unidades, por meio dos tais mecanismos de transposição,

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remanejamento e transferência. Mas a LDO não estabelece o significado


desses conceitos.

Não há muito problema com essa indefinição, já que as provas cobram


basicamente a reprodução do inciso VI. Assim, preste atenção na exceção
à vedação: é possível, com prévia autorização legislativa, promover
transposição, remanejamento ou transferência de recursos.

.VII - a concessão ou utilização de créditos üimüados;

Como já ficou bastante cl aro, o orçamento público, apesar de t er se tornado


bem mais complexo do que à época de seu nasciment o, continua
representando uma forma de controle da ação executiva do governo por
pa rte do Poder Legislat ivo. Essa atuação de controle ga nha feições em vários
princípios orçamentários, como vimos também .

Pois bem, para que os recu rsos sejam bem controlados, uma despesa não pode
contar com um " lastro infindável", com dinheiro à vontade, para que seja
executada. Até em nome do planejamento e da eficiência, é necessá rio
dimensionar as ativ idades e investimentos públ icos a partir de certa
disponibilidade financeira. E isso deve envolver também a definição da
finalidade da despesa, para atender ao princípio da discrim inação. A
sociedade e seus representantes precisam ser informados sobre o que o
governo pret ende ating ir com os gastos autorizados na LOA.

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do~


orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir,
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165,
§5º;

Como pr incípio, os recursos públicos não servi riam para socorrer entidades que
viessem a assumir um nível crítico de endividamento. Afinal, como visto, há
diversas demandas sociais que exigem a aplicação de recu rsos, e red im ir
admin istrações não muito responsáveis, por exemplo, não seria uma prioridade,
diante dessas necessidades sociais.

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Entretanto, o inciso acima permite que autorização legislativa específica


conceda a apl icação de recu rsos públicos para "sa lvar" empresas, fundações e
fundos de seu endi vidamento. Assim, ficaria a cargo do principal controlador do
orçamento - o Legislativo - a incumbência de perm iti r, diante das
circunstâncias do caso, esse socorro à entidade deficitária.

!X - a transferência voluntária de -recursos e a concessão de empréstimos,


inclusive por antecipação de receüa, pelos Go-vernos Federal e Estaduais e suas
insfltuições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo
e pensionista, dos-Estados, do Distrito Federal.e dl)s Municípios.

Em nome da responsabilidade na gestão fisca l, não se perm ite que receitas


provenientes de transferências voluntárias (convênios) e de empréstimos sejam
aplicadas em despesas co·m pessoal.

As despesas com pessoa l, por serem obrigatóri as e de caráter continuado,


devem ser custeadas por receitas também sustentáveis no tempo, como as
decorrentes da arrecadação de impostos.

Normalmente, receitas de t ransferências voluntárias e de empréstimos têm


aplicação definida, e certamente não são re lacionadas a despesas com pessoal,
diante dessa vedação.

30. (ESAF/ ANALISTA/ MPU/ 2004) No âmbito da União, é permitida a


transposição, o r emanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, desde
que a ação seja referendada pelo Congresso Nacional.

31. (ESAF/ASSISTENTE/MIN. FAZENDA/ 2012) É correto afirmar, quanto ao


orçamento público, que

a) as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão


ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

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b) a lei orçamentária anual é de iniciativa do Executivo, enquanto que o


plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias são de iniciativa do Poder
Legislativo.

c) a lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma nacional, as


diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de
duração continuada.

d) na forma da lei, pode haver realização de despesa e assunção de


obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais.

e) a lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades


da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração do plano plurianual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras de fomento.

32. (FCC/ANALISTA/TRT-16/2009) É vedada pelo art. 167 da Constituição


Federal a utilização, com autorização legislativa específica, somente de
recursos dos orçamentos da seguridade social para suprir necessidades ou
cobrir déficits de empresas, fundações e fundos, inclusive os mencionados
no art. 165, § 5°.

33. (ESAF/ANALISTA/MPU/2004) É permitida a concessão de empréstimos,


pelo governo federal, aos Estados, Distrito Federal e Municípios, para
pagamento de despesas com seu pessoal ativo, desde que feito o
empréstimo com base em antecipação de receita.

A questão 30 está ERRADA. Tratamos da vedação à transposição, ao


remanejamento e à transferência de recursos entre categorias de programação,
e vimos ser necessária, sempre, a autorização legislativa prévia.

Ana lisando a questão 31:

A: trata-se da reprodução do art. 167, § 40, da CF/88.

B: todos os projetos de natureza orçamentá ria são de iniciativa do Execut ivo.

C: o correto é "de forma reg ional izada", e não "de fo rma nacional".

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D: a CF/88 proíbe a realização de despesa ou a assunção de obr igações que


excedam a autorização de despesas dada pelos créditos
orçamentários/adicionais.

E: a LDO or ienta a elaboração da LOA, não do PPA.

Gabarito: A.

A questão 32 embanana o meio de campo: com autorização legislativa


específica, pode-se utilizar recursos do orçamento fiscal e da segu ridade para
suprir necessidades ou cobrir déficits dos entes citados. O enunciado não fez
menção, também, ao orçamento fisca l. Questão ERRADA.

A questão 33 apresenta uma redação contrária à vedação do art. 167, inc. X, da


CF/88. Questão ERRADA.

CRÉDITOS ADICIONAIS

Em nosso estudo, vamos separar os créditos orçamentários "originais", que


são os autorizados pela própria LOA, dos créditos autorizados por atos
posteriores a ela (créditos adicionais), que vêm corrigir ou ampliar sua
abrangência quanto às despesas autorizadas.

Assim, pa ra um t ratamento bem simples e introdutório do assunto, créditos


ad icionais surgem quando os créditos orçamentários originais (os autorizados
na LOA) não são suficientes para atender as demandas por recursos no
exercício.

Nesse sentido, o ponto de partida para o estudo dos créditos adicionais está na
Lei 4.320/ 64. Leia abaixo:

IArt~ 40. São créditos adidonais a,s autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçament~

Ao tratar de créditos adicionais, pensamos em situações nas quais os recursos


autorizados para rea lizar despesas fixadas na LOA podem se mostra r
insuficientes no momento da execução, pela constatação de que as despesas
necessárias são maiores do que o estimado.

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Por outro lado, durante o exercício financeiro, podem su rgir necessidades


novas, que se traduzem em despesas novas para serem atendidas pelo ente
público. Como essas despesas não constam do orçamento, faz-se necessário
emitir novas autorizações de gastos, que podem substitu ir os créditos originais
ou se acrescenta r a eles.

Vale ressalta r à semelhança dos demais projetos de substância


que,
orçamentá ria, os créditos adicionais também são de iniciativa do Poder
Executivo, que os encaminha ao Poder Leg islativo para apreciação.

Vamos desenvolver nosso estudo sobre as características dos créditos .adicionais


nos tópicos seguintes.

34. (FCC/PROCURADOR/TCE-CE/2006) Ao regular o processo legislativo


orçamentário, a Constituição Federal dispõe que os projetos de lei relativos
ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e aos créditos adicionais
são

(A) de iniciativa do Poder Executivo ou de qualquer membro do Poder


Legislativo, de suas mesas ou comissões.

(B) de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, com base em parecer


técnico do Tribunal de Contas da União.

(C) de iniciativa conjunta dos chefes dos Poderes Executivos da União,


Estado, Distrito Federal e Municípios, concorrendo com os Poderes Legislativos
dos entes federados.

(D) de iniciativa do Poder Executivo, o qual não poderá ser objeto de


medida provisória.

(E) apresentados por um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos


Deputados ou do Senado Federal.

35. (ESAF/ACE/TCU/2006) Os créditos adicionais são autorizações de despesa


não computadas ou insuficientemente dotadas na lei de orçamento.

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36. (FCC/ANALISTA/ TRT- 02/ 2008) A aprovação de abertura de créditos


adicionais será fe ita exclusivamente no Senado da República, por maioria
simples.

Sobre a questão 34, como todos os projetos de matéria orçamentária, a


iniciativa relativa aos créditos adicionais também é exclusiva do Chefe do
Executivo. A impossibi lidade de se uti liza r medida provisória em matéria
orçamentá ria tem uma exceção, como detalha remos ad iante: trata-se da
abertura de créditos extraordinários, como ind icado na própria CF/ 88. Gabarito:
D.

A questão 35 se baseia na literalidade do conceito de crédito adicional. Questão


CERTA.

A questão 36 está ERRADA. Como o trâmite leg islativo dos créditos adicionais
também obedece ao padrão das matérias orçamentárias, sua
apreciação/aprovação se dá no âmbito do Congresso Nacional , t raba lhando
como casa legislativa específica (apreciação na Comissão Mista - votação no
Plenário do Congresso) .

Espécies de créditos adicionais


Também consta da Lei 4.320/ 64 a listagem das espécies de créditos adiciona is:

l.Art. 41. Os créditos adkionais classificam-se em:

l - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;

IJJ - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação


orçamentária específica;

lfll - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso


de guerra., comoção intesti11a ou calamidade pública.

Como visto no inciso I , os créditos suplementares servem tão somente para


reforçar a dotação autorizada na LOA. Portanto, nessa situação, já existe a
despesa autorizada, mas em quantitativo insuficiente .

Essa identidade entre os créditos suplementares e os "créditos


originais" da lei orçamentá ria (já que ambos se referem às mesmas despesas)

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é que perm ite à LOA autorizar, antecipadamente, a abertura dos créditos


suplementares, como já fa lamos (exceção ao princípio da exclusividade). É
como se a LOA autorizasse antecipadamente sua própria "expansão", em certos
pontos.

Os créditos especiais se destinam a despesas não previstas no orçamento


(ou, como diz a Lei, para as quais não haja dotação orçamentá ria específica ) .
Quando da elaboração do orçamento, ainda não se tinha evidenciado a
necessidade que deverá então ser atendida.

Essas duas espécies de créd itos adicionais, os suplementares e especiais,


devem ser autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

Além disso, necessitam da existência de recursos disponíveis para suportar


suas despesas, e sua abertura deve ser precedida de exposição justificativa,
ou seja, da demonst ração da necessidade de uma nova autorização de despesa.
Isso está disci pli nado na Lei 4.320/64:

rl. 4-3. A abertura dos créditos suplemcentares e especiais depend.e da existência


de recursos disponíveis para oco"er a despesa e será precedida de exposi,çâo
ij11stificativa.

A CF/88 tam bém refletiu essas exigências:

L4rl. 167. São vedados:

(. ..)

'V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização


legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; (. ..)

Vamos agora adentrar a certas especificidades dos créditos extraordinários.

Para esta belecer um contraponto com os outros já vistos, tanto para refo rçar
dotações da LOA (créditos suplementares) quanto pa ra atender a necessidades
não previstas no orçamento, durante o exercício (créditos especiais), é preciso
ter autorização legal, bem como recursos disponíveis.

Entretanto, essas condições mais rígidas se aplicam apenas aos créditos


suplementares e espec1a1s. Pa ra os créditos extraordinários, que se
caracterizam por atender a despesas urgentes e imprevisíveis, como dispõe
a CF/ 88, o processo é bem mais flexível. Afina l, as situações às quais os

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créditos extraordiná rios devem atender primam pela urgência, como já


ressa ltamos.

A diferenciação entre os créditos especiais e os extraordinários reside


p.rincipalmente na urgência que envolve a realização das respectivas
despesas. Os créditos extraordinários, segundo a CF/88, servem para
atender a "despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública" (art. 167, § 3~}, e os
especiais, conforme a Lei 4.320/64, são "destinados a despesas para as
quais não haja dotação orçamentária especifica" (art. 41, inc. li).

Um alerta é necessário nesse ponto. Na Lei 4.320/64, as situações


justificado ras da abertu ra dos créditos extr aordinários compu nham uma lista
fechada, ou " rol exaustivo", como dizem os tratadistas. Veja só:

rl. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:

(..J
'II - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso
de gue"ª' comoção intestina oú calamidade pública.

Agora, compa re esse trecho com a atual redação da CF/88:

l4rt. 167, § 3º -A abertura de crédito· extraordinário somente será admitida para


atender a despesas imprevisíveis e urgentes, ~ as decorrentes de guerr.a,
comoção interna ou calamidade pública, observado o di~posto no art. 62.

Dest aquei a conjunção " como" para ressa ltar que a CF/88 abriu esse leque.
Agora ele é exemplificativo, ou seja, ca be ao Poder Executivo, responsável
pela abertura dos créditos extraordi nários, decidir quais situações são
comparáveis a guerra, comoção int erna ou ca lamidade pública.

Inclusive, têm havido críticas diversas ao Poder Execut ivo nos últimos anos,
justamente pela abertura de créditos extraordinários que não apresentariam,
em tese, as características de urgência e imprevisibilidade necessárias.

Bom, retomando a linha de raciocín io, diferentemente dos su plementares e


especiais, os créditos ext raord inários não necessitam de prévia autorização
legal. Sua abert ura, conforme a CF/88, se dá por medida provisória, no caso

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dos entes federados que tenham previsto essa espécie normativa em


sua Constitu ição ou Lei Orgânica.

No caso dos Estados ou Municípios que não tenham instituído a medida


provisória, a abertura do crédito extraordinário se dá por decreto executivo
(art. 44 da Lei 4.320/64). Em qualquer caso, entretanto, exige-se a imediata
comunicação do ato ao Poder Legislativo.

A exigência da indicação de disponibilidade de recursos também não é


observada no caso dos créd itos extraordinários. Enquanto que, no caso dos
suplementa res e especiais, é necessário discriminar as fontes de recursos que
suportarão a abertura do crédito, o ato que abrir o crédito extraordinário pode,
simplesmente, omitir essa informação.

Não obstante, na esfera federa l, tem-se a praxe de indicar, nas medidas


provisórias que abrem créditos extraordinários, a or igem das disponibilidades .

37. (ESAF/TÉCNICO/MPU/2004) Os créditos adicionais são classificados em

a) suplementares, especiais e extraordinários.

b) complementares, específicos e extraordinários.

c) complementares, especiais e extraordinários.

d) suplem.e ntares, específicos e extraordinários.

e) complementares, suplementares e especiais.

38. (ESAF/TÉCNICO/MPU/2004) Entre as características principais dos créditos


suplementares, não é pertinente

a) o reforço de categoria de programação orçamentária já existente.

b) a autorização por lei.

c) a abertura por decreto do Poder Executivo.

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d) a indicação obrigatória dos recursos.

e) a permissão de prorrogação da vigência .

39. (FCC/ANALISTA/TRT-23/2007) Os créditos adicionais especiais

(A) destinam -se ao reforço de dotação orçamentária já existente.

(8) somente têm vigência no exercício financeiro em que forem


autorizados.

(C) têm por objetivo atender a despesas urgentes e imprevisíveis.

(D) independem da prévia existência de recursos para fínanciar o gasto.

(E) devem ser autorizados por lei e abertos por decreto do Poder
Executivo.

40. (FCC/TÉCNICO/TCM-PA/2010) Em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA)


de um governo estadual é correto afirmar que a autorização para abertura
de créditos adicionais especiais poderá ser incluída na LOA.

41. (ESAF/ANALISTA/MPU/2004) De acordo com a classificação dos créditos


adicionais, assinale a opção correta em relação a créditos extraordinários.

a) São autorizados para cobertura de despesas eventuais ou essenciais e,


por isso mesmo, não considerados na Lei do Orçamento.

b) São os destinados a despesas urgentes e imprevistas, como em caso de


guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

c) São os destinados a despesas para as quais não haja dotação


orçamentária específica.

d) São autorizações abertas por decreto do Poder Executivo até o limite


estabelecido em lei.

e) Destinam-se ao reforço de dotações orçamentárias.

42. (ESAF/ACE/TCU/2006) A Constituição Federal autoriza a utilização de


medidas provisórias para a abertura de créditos adicionais destinados a
reforço de dotação orçamentária.

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Na questão 37, a classificação correta dos créditos adicionais, relembrando a


lei, é definida por "suplementa res, especia is e extraordinários" . Gabarito: A.

Na questão 38, a ún ica característica não pertencente aos créditos


suplementares é a possibilidade de prorrogação da vigência, como será
detalhado mais adiante. Gabarito: E.

Na questão 39, as alternativas A e C refe rem-se, respectivamente, aos créditos


suplementares e extraordinários; a letra B contra ria a perm issão constitucional
de reabertura dos créditos especiais; e a letra D afronta a determinação da Lei
4.320/ 64 a respeito da existênci a de recursos disponíveis pa ra a abertura dos
créditos especiais. Gabar ito: E.

Como os créditos especia is dizem respe ito a despesas não previstas no


orçamento, não há como a LOA t razer uma autorização prévia para sua
abertura. Sempre será necessário, nesse caso, a edição de uma nova lei
especial. A questão 40 está ERRADA.

Das características atribuídas aos créditos extraordinários, listadas na questão


41, a única pertinente diz respeito à utilização relativa a despesas urgentes e
imprevistas (no texto constituciona l, "imprevisíveis"), como as situações críticas
listadas: guerra, comoção interna (ou " intestina", nas pa lavras da Lei 4.320/ 64)
e calamidade pública. Gabarito: B.

A questão 42 traz uma incorreção: os créditos que podem ser abertos por
medida provisória, os extraordinários, não servem ao reforço de dotação
orçamentá ria, papel cumprido pelos suplementares. Questão ERRADA.

Autorização/abertura de créditos adicionais


Para sistematizar as dife renças de autorização/abertu ra dos t ipos de créd itos
ad icionais, vamos observar alguns pontos. Começando pelos suplementares e
especiais:

IArl. 42. Os crédüos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos
wor decreto executivo.

Ass im, para início de conversa, a autorização da abertura de um crédito


suplementar ou especia l é um ato do Poder Legislativo, e a abertura em si,

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um ato do Executivo (mesmo quando os créditos se destinam aos outros


Poderes).

Uma pergunta cu r iosa: e os créditos extraord inários, que são instituídos por
apenas um ato ( medida provisória ou decreto, conforme o caso), são
autorizados E abertos?

Se fizermos uma leitura atenta da Lei 4 .320/64, veremos que ela ao t ratar da
autorização/abertura dos créditos, fez uma sepa ração bem nítida entre os tipos.
Compare o art. 42 acima com o seguinte:

rt. 44. Os cr.éditos extraordinários serão abertos por d.ecreto do Poder.


ecutivo, que deles dará imediato conhecimento a.o Poder Legislativo.

Portanto, para os créd itos extraordinários, tecnicamente, não existe ato de


autorização, mas apenas de abertura. Isso reforça o que dissemos
anteriormente, que a autorização é um ato típico do Legislativo. A medida
provisória e o decreto são atos do Executivo.

NOVIDADE IMPORTANTE

Como se vê, tradicionalmente, eram necessários os dois atos para que os


créditos suplementares e especiais fossem instituídos. Entretanto, há
algum tempo, as Leis de Diretrizes Orçamentárias vêm trazendo uma
disposição para simplificar o procedimento: a autorização e a abertura do
crédito adicional se darão pelo mesmo ato (no caso, a lei).

Veja essa modificação no comparativo entre as ementas das seguintes


leis:

LEI N!! 8.839, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1993. Autoriza o Poder Executivo a


abrir aos orçamentos da União, em favor da Justiça Federal, da Justiça

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Militar, da Justiça Eleitoral e da Justiça do Trabalho, créditos adicionais


até o limite de CR$2.064.198.142, 00, para os fins que especifica.

LEI Nº 12.185, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2009. Abre aos Orçamentos Fiscal


e da Seguridade Social da União, em favor da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, das Justiças Federal, Eleitoral e do Trabalho, da
Presidência da República, do Ministério Público da União e do Ministério
da Pesca e Aquicultura, crédito especial no valor global de R$
293.272.036,00, para os fins que especifica, e dá outras providências.

Como essa é uma unovidade" da matéria orçamentária, em detrimento


da abordagem tradicional, vale a pena guardar a informação com
cuidado.

Outra característica da abertura dos créditos adicionais consta da redação do


art. 46 da Lei 4.320/ 64:

W:rt. 46. O ato que abrir crédüo adicional indicará' a imporlâneia, a espécie ão
mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível.

Ass im , o crédito ad iciona l, ao ser aberto, terá certa disponibilidade


quantificada de recursos atribuída a si, deverá ser classificado como
pertencente a uma das t rês espécies aqui t ratadas e deverá t razer a
classificação da despesa, em nome do princípio da discrim inação.

&
Jf -
c~~'

43. (ESAF/ AFC/ STN/ 2008) Os créditos suplementares não necessitam de


autorização legislati va para serem abertos, quando a abertura decorrer de
calamidade pública.

44. (FCC/ INSPETOR/ TCE-MG/2007) O ato que abrir crédito adicional não
precisa indicar a classificação da despesa e a importância correspondente.

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45. (FCC/ANALISTA/TRT-02/2008) Em caso de abertura de créditos


extraordinários, há necessidade de indicação da importância, espécie dos
créditos e classificação da despesa.

46. (FCC/PROCURADOR/TCE-RR/2008) Os créditos extraordinários serão


abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará conhecimento ao
Poder Legislativo.

A questão 43 está ERRADA: os créditos suplementares não são destinados a


atender despesas com calamidades públicas, e sempre necessitam de
autorização legislativa (a exemplo dos especiais).

A questão 44 também está ERRADA, contrariando frontalmente uma das


disposições da mesma Lei.

A regra reproduzida no enunciado da questão 45 se aplica a todas as espécies


de créditos adicionais. Questão CERTA.

A questão 46 trata da regra estabelecida na Lei 4.320/64 para a abertura dos


créditos extraordinários, que, como vimos, não foi superada pela nova
abordagem da CF/88 - apenas complementada. Questão CERTA.

Reabertura de créditos adicionais


Esse tópico va le a pena ser examinado e bem compreendido, porque é muito
cobrado em concursos.

O dispositivo legal aplicável ao assunto era este, da Lei 4.320/64:

L4rt; 45~ Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercicio financeiro em


que forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto ao51
especiais e extraordinários.

Ass im, a lei que autorizasse a abertura de um crédito especia l, ou o ato que
abrisse crédito extraordinário, trataria da possibilidade de execução das
correspondentes despesas no exercício posterior ao da abertura.

Isso já é passado. Ago ra, apl ica-se o entend imento da CF/88:

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tt. 167, § 2º - Os créditos especiais e extraordinários tetlí.o vigência no


exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for,
romulgado n.os últimos quatro meses daquele exercício, caso em qúe, reabertos
nos limites de s~us saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
!financeiro s11bseqüe11te.

Perceba, primeiramente, que, em ambos os momentos, não se abordou a


possibilidade de os créditos suplementares serem execut ados em exercício
posterior . Por quê?

Lembra-se da identidade dos créditos su plementares com a própria LOA, de


que falamos antes? Para todos os fins, os créditos supl.e mentares apenas
"retificam pa ra mais" a LOA, ampliando os montantes da receita e da despesa.
Não são cr iadas despesas novas nesses casos.

Pensando assim, pode-se dizer que a prorrogação dos créditos suplementares


pa ra exercícios posteriores equivaleria à transferência de um orçamento
anual para outro ano, o que desrespeitaria completamente o princípio da
anualidade orçamentária .

Mu ito bem, então deixemos bem assentado que essa pro rrogação só se aplica
aos créditos especiais e extraordinários.

Ass im, como regra, os créditos adiciona is (todos eles) devem ser executados no
exercício de sua autorização. Todavia, caso algum crédito especial ou
extraordinário seja autorizado mais para o fim do ano (de setembro para
frente) , já está per mit ida, pela CF/88, a reabertura do eventual saldo desse
crédito no outro exercício.

Como a Constituição deixa cla ro, esse saldo de crédito ad icional será absorvido
pelo orçamento do exercício financeiro seguinte. Essa é a razão pa ra
alguns te.ó ricos classificarem essa transferência de créditos adicionais entre
exercícios financeiros como exceção ao princípio da anualidade.

47. (FCC/ANALISTA/TRT-18/2008) Os créditos suplementares terão vigência


adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos.

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48. (FCC/PROCURADOR/ TCE-AP/2010) Os créditos adicionais, nas modalidades


especial e extraordinário, poderão ter vigência no exercício financeiro
seguinte ao de sua abertura na hipótese do ato de autorização ter sido
promulgado

(A) no últ imo exercício financeiro do mandato do Chefe do Executivo.

(8) nos últimos quatro m eses do exercício em que foi autorizado.

(C) a partir de agosto do exercício em que foi autorizado.

(D) apenas a partir de dezembro do exercício em que foi autorizado.


superávit
(E) a qualquer época do exercício em que foram abertos, quando não
forem totalmente empregados.

A questão 47 está CERTA. Apenas os créditos suplementa res (além dos


orig inais, claro) sempre terão sua vigência lim itada ao exercício de abertura.

Na questão 48, o prazo correto para a permissão de reabertura dos créditos


especiais e extraordinários é o dos últimos quatro meses do exercício, nos quais
ocorra o ato de autorização ( lei especial ou medida provisória , conforme o
caso) . Gabarito: B.

Fontes de recursos oara créditos adicionais


Vejamos, mais uma vez, a Lei 4.320/ 64:

!Art 43, § 1 º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não
comprometidos:

- o superávii jinancefro apurado em balanço patrimonial do exercício

- os provenientes de excesso de arrecadação;

- os resultanJes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou.


de créditos adicionais, autorizados em Lei;

- o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente


'J'OSsibilite ao poder executivo realizá-las.

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Além dessas fontes de recursos, devemos buscar outro normativo que t rata do
tema, o Decreto-Lei 200/67:

!Art~91. Sob a denominação de Rest!rVa de Contingência, o orçamento anual


ipoderá conter dotação global não especificamente destinada a determinado
órgão, unidade orçamentária, programa 011 categoria econômica, cujos recursos
serão utilizados para abertura de créditos adicionais.

Portanto, temos cinco fontes de recursos para atender os créditos adicionais.


Vamos examiná-las.

lifEiif~
superáv
superávit l1. A primeira fonte citada pela Lei 4.320/ 64 é ''o superávit
financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior". O superávit
finance iro é a diferença entre o ativo financeiro (correspondente às
disponi bilidades em moeda, princi palmente) e o passivo financeiro
(obrigações para pagamento em curto prazo), calcu lada no ba lanço patrimonial
de dezembro passado . Dessa forma , pode-se considerar, grosso modo, o
superávit financeiro como recursos livres em caixa no início do ano .

Mas, para aproveitar os recursos do superávit financeiro na abertu ra de créditos


ad icionais, ainda é necessá rio fazer alguns ajustes.

Acabamos de discutir a possibilidade de transferência de crédi tos


extraordinários e especiais para o orçamento do exercício segu inte, caso eles
tenham sido autorizados no decorrer dos últimos quat ro meses do exercício.
OK, segu re essa informação.

Para fecha r o entendimento sobre o su perávit, vou ad ianta r agora um ponto


sobre outra fonte de recursos para créd itos adicionais: fifif4â W2'ê'f.fd ld.
Isso mesmo, o governo pode pegar dinheiro emprestado para custear
créditos adicionais.

Assim, créd itos especia is e extraordinários abertos com operações de crédito


podem ser executados apenas em parte, no exercício de origem, e ter seu
saldo transferido para absorção pelo orçamento subsequente. Com isso,
haverá um resto de despesa a executar e um resto de receit a correspondente.

Juntando todas as peças, podemos chegar à segu inte situação:

• num dado exercício, temos X de disponibi lidade financeira, correspondente


ao superávit fina nceiro calculado em dezembro passado;

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• ao final do ano, digamos que existam saldos de créditos especiais ou


extraordiná ri os, ainda não executados, que serão integrados ao orçamento
corrente; esses saldos constituem despesas a realizar, que chama remos
de Y·
'
• assuma que esses créd itos especiais/extraordinários fo ram suportados por
operações de crédito;

• já que os créditos ad icionais que se transferiram de exercício foram abertos


à conta de operações de crédito, então, no exercício que se inicia, deve
haver um saldo desses empréstimos ainda sem uso, e que será
empregado para execução comp leta dos créditos adiciona is
correspondentes; essa sobra de rece ita de empréstimos nós chamaremos
de Z.

Considerando todo o exposto, a disponibilidade financeira para abertura de


créditos adicionais, em 2010, por exemplo, será calculada pela expressão [ X - Y
+ ZJ, em que consideramos o superávit finance iro de 2009, as despesas de
créditos adicionais transferidos e os recursos emprestados que as suportarão.

Nessa equação, o superávit e o saldo das operações de crédito são " receita", e
o saldo de créditos adicionais é "despesa".

Nos dizeres da Lei 4.320/64, temos o seguinte:

L4rt. 43, § 2º Entende-se por superàvit financeiro a diferença positiva entre .Q


ativo fmanceiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda,. os saldos dos
créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas.

Espero que minha explicação tenha ficado ma is cl ara que a lei, rsrs.

~liitiifii#ilirêJtl}iãl. Para começar, nada melhor que o conceito legal,


t razido, mais uma vez, pela Lei 4.320/64:

rt. 43, § 3º - Entende-se por excesso de ª"ecadação, para os fins deste artigo,
o saldo positi.vo, das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação
~revista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.

Veja que o excesso de arrecadação é composto por duas vertentes. Uma é


real: a partir da arrecadação mensal esperada pela LOA, acumula-se uma
diferença positiva relativamente ao período considerado . A outra é potencial :

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considerando o comportamento da arrecadação, realiza-se uma série de


cálculos matemáticos e estatísticos, que indicará a tendência do exercício.

Vale a pena assinalar aqui um detalhe. Assim como o superávit finance iro sofre
um ajuste para se chegar à rea l disponibilidade financeira em caixa, o excesso
de arrecadação também sofre uma dedução.

Essa dedução é disciplinada na Lei 4.320/64:

Virt. 43, § 4° - Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de


excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários
abertos no exercício.

Ass im, calculado o excesso de arrecadação, tanto o já obtido quanto a


tendência do exercício, faz-se a dedução do valor dos créditos
extraordinários já abertos no mesmo exercício. O resu ltado dessa dim inuição
poderá ser indicado como fonte de créd itos suplementares ou especiais.

:a:==i::• ==.:i-=·. Acrescentando mais comentários: anteriormente,


fizemos a diferenciação entre operações de crédito normais e operações do tipo
ARO, ou operações por antecipação da receita orçamentária. Lá, dissemos
que as operações normais constituem receitas orçamentárias, que providenciam
recursos para despesas orçamentár ias. Já as operações do t ipo ARO
substituem receitas orçamentárias que não foram arrecadadas na época
própria.

Dessa fo rma, podemos concluir que as ARO's não constituem recursos


livres. Elas são contratadas para atender a despesas previstas no
orçamento, que não tiveram os recu rsos co rrespondentes obtidos a tempo.

Tendo isso em v ista, ARO's não podem servir de fonte para créditos
ad icionais. Para tanto, deverão ser contratadas operações normais de créd ito.

l'~ttJiifiat\Jili. Como já estudamos, a reserva de contingência é


uma dotação genérica, que pode ser empregada para pagamento de "passivos
contingentes" ou outros fatores que afetem as contas públicas. Podemos dizer
que a reserva de contingência é uma "carta na manga" da Admin istração, para
atender a situações de risco para as contas públicas.

Como vimos acima, pelo Decreto-Lei 200/67, temos aí ma is uma fonte de


recursos para créditos adiciona is. Entretanto, a Lei de Responsabilidade Fisca l,

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que é mais recente, definiu, em seu art. so, que a fo rma de utilização da
reserva de contingência será estabelecida pela LDO.

A LDO deverá, portanto, autorizar a utilização da reserva de contingência


como fonte para os créditos adicionais.

Antes de fina liza rmos, cabe conside rar a forma como a reserva de contingência
é utilizada, o que nos faz pensa r na última fonte de recu rsos para créditos
ad icionais: a . ' , a ,fã@~.

Já falamos que a reserva de contingência é uma dotação genérica; caso ela


venha a ser utilizada como fonte para créditos ad icionais, o que se faz é um
cancelamento de dotações dessa rese rva em favor da criação de dotações
em igual proporção para atender à necessidade veiculada no crédito adiciona l
beneficiado.

O cancelamento de dotações orçamentárias é um artifício para destinação de


recursos aos créd itos adicionais. Podem ser canceladas dotações da própria LOA
ou até de créditos adiciona is já abertos, para substituição por novos créditos
ad icionais.

É ma is ou menos isso que ocorre na seguinte hipótese da CF/88:

!Arl. 166~ § 8º - Os rec11,rsos que, em deco"ênda de veto, emenda ou rejeição do


rprojeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas co"espondente .
rp'Oderão ser utilizados, conforme o caso, medianJe créditos especiais ou
isuplementares, c.om prévia e específica autorização legislativa.

In icia lmente, ao receber o projeto de LOA do Presidente, o Cong resso pode, em


tese, aprovar emendas reduzindo/anu lando despesas previstas, sem propor
novas dotações em substituição. Ou então, numa situação extrema, o
Legislativo pode discordar por completo da proposta do Executivo e rejeitar o
projeto de LOA.

Por outro lado, num momento mais à frente, a discordância pode se dar por
parte do Presidente da República, vetando dotações incluídas no projeto de LOA
mediante emendas parlamenta res. A partir disso, a LOA seria promulgada com
dotações vetadas.

Nessas condições, têm-se, ou em parte ou por completo, receitas previstas sem


co rrespondentes despesas fixadas. Se houver veto, emenda ou rejeição do

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projeto de LOA, terem os, no todo ou em parte, recursos previstos sem


despesas correspondentes. Isso porque o vet o, as emendas ou a rejeição do
projeto de LOA levam ao cancelamento de dotações constantes desse
projeto. E os consequentes " recursos livres" poderão ser aproveitados para
abert ura de crédit os suplementa res ou especiais.

f c~
49. (ESAF/ANALISTA/SEFAZ- CE/2006) Os créditos suplementares podem ser
abertos mediante cancelamento de outros créditos consignados em lei.

50. (FCC/ANALISTA/TRT- 02/2008) O Poder Executivo não poderá realizar


operações de crédito para financiar os créditos adicionais.

51 . (ESAF/AFC/STN/2008) Os créditos suplementares somente podem ser


abertos em razão de excesso de arrecadação ou por cancelamento de
créditos consignados na Lei Orçamentária Anual.

52. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2009) Na utilização do superávit financeiro


como fonte para abertura de créditos suplementares e especiais, devem
ser considerados os saldos dos créditos adicionais do exercício anterior e as
operações de crédito a eles vinculadas.

53. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) A apuração dos recursos decorrentes de


excesso de arrecadação não deve levar em conta a importância dos
créditos extraordinários abertos no exercício.

54. (FCC/ANALISTA/TRF-02/2007) Amparam créditos adicionais:

(A) o excesso de arrecadação efetivamente realizado no ano anterior.

(8) o superávit orçamentário do exercício anterior.

(C) os recursos de operações de crédito por antecipação da receita - ARO.

(D) o superávit econômico do exercício anterior.

(E) os recursos que, em decorrência de emenda legislativa, fiquem sem


despesas correspondentes.

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A questão 49 está CERTA: a anulação de dotações é uma das fontes possíveis


de recu rsos para abertura de créd itos adicionais.

A questão 50 está ERRADA. As operações de crédito (com exceção daquelas do


t ipo ARO) são uma das fontes para abertura de créditos.

A questão 51 está ERRADA: não há essa restrição à ut ilização de fontes pa ra


créditos suplemen t ares. Al iás, todas as fontes indicadas pela legislação podem
ser empregadas em qualquer dos tipos de créditos ad iciona is.

Na questão 52, foi reproduz ido o disposit ivo lega l que discipl ina a utilização do
superávi t financei ro como fonte de recursos para créditos adicionais. Questão
CERTA.

A questão 53 peca pela negativa: os créditos extraordinários devem ser


abatidos do montante do excesso de arrecadação. questão ERRADA.

Na questão 54, há imprecisões a observar : o excesso de arrecadação deve ser


observado no exercício corrente; o superávit que serve como fonte é o
financeiro; as ARO, como já dissemos, não compõem as font es de recu rsos para
créditos adicionais. Restam, como fonte possível, os recursos decorrentes de
emenda pa rlamenta r que tenha anulado dotações. Gabarito: E.

Mu ito bem, caro aluno, acabamos aqu i nosso encont ro de hoje.

Na aula que vem, trataremos dos aspectos relacionados à receita e à despesa.

Até lá, e bons estudos !

GRACIANO ROCHA

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RESUMO DA AULA

1. Deta lhando as et apas que compõem o processo orçamentário do governo


federa l, temos as seguintes: previsão da receita; fixação dos valores para
as despesas obrigatór ias; elaboração das propostas setoriais com a sua
consolidação; processo legislativo; sanção da lei; execução orçamentária;
acompanhamen t o e controle; ava liação.

2. Conforme o Manua l Técnico de Orçamento ( MTO) ; o processo de


elaboração do projeto de lei orçamentária anua l se desenvolve no âmbi t o
do Sistema de Planejament o e de Orçament o Federal.

3. A elaboração do orçamento envolve um conjunto articulado de tarefas


complexas, com preendendo a participação dos órgãos centra l, setoriais e
das un idades orçamentá rias do sistema, o que pressu põe a constante
necessidade de t omada de decisões nos seus vários níveis.

4. A Constituição reservou à lei complementa r o tratamento sobre o exercício


financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA, da
LDO e da lei orçamentária anual, mas essa lei ainda não foi ed itada.

5. Considera-se a Lei 4.320/ 64 uma lei materialmente complementar: apesa r


de ter sido aprovada como lei ordinária, a at ual Carta Política indica
assunt os que ela trata como próprios de uma lei complementar.

6. Não havendo a lei relativa ao disposto no art. 165, § 9º, são segu idas
reg ras transitórias sobre prazos das leis de matéria orçamentária,
dispostas no art. 35, § 2º, do Ato das Disposições Const ituciona is
Transit órias (ADCT) da CF/ 88.

7. Apesar de serem instituídos por leis ordinárias, os instrumentos


orçamentários têm um rito legislativo dife renciado. Os respectivos projetos
são discutidos apenas na Comissão Mista de Orçamento (CMO), onde
recebem parecer, e são encaminhados para votação pelo Plenário do
Congresso Nacional.

8. Quanto à incidência sobre o projeto de LOA, exist em t rês t ipos de


emendas : emendas de receita, de despesa e de texto.

9. O Chefe do Executivo pode envia r ao Poder Legislativo modificações do


projeto de lei orçamentária a qualquer tem po, desde que não tenha sido
in iciada a votação da parte a se alterar.

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10. Os projetos de PPA e de LOA devem ser encaminhados pelo Presidente da


Repúbl ica ao Congresso Nacional " até quatro meses antes do encerramento
do exercício finance iro", ou seja, 31 de agosto.

11. O Congresso deve devolver os projetos de PPA e de LOA, para sanção, " até
o encerramento da sessão legislativa" - atualmente, 22 de dezembro.

12. O projeto de LDO deve ser enviado pelo Presidente ao Congresso "até oito
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro", ou seja, 15
de abril.

13. O Congresso deve devolver o projeto de LDO para sanção "até o


encerramento do primeiro período da sessão legislativa" - atualmente, 17
de julho.

14. No primeiro ano do mandato, o Presidente governa com base no PPA, na


LDO e na LOA aprovados por seu antecessor; os projetos que esse novo
chefe do Executivo apresentar só valerão para seu segundo ano de
mandato.

15. Caso o projeto de LDO não esteja aprovado em 17 de julho, os


congressistas não entrarão em recesso parlamentar.

16. O PPA deve estabelecer as diretrizes, os objetivos e as metas da


adm inistração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

17. O PPA é criação da CF/88, constituído como o maior instrumento de


planejamento da esfera pública, e seu foco está nas despesas de capital,
ou seja, despesas que normalmente estão relacionadas ao aumento do
patrimôn io público, embora destaque as despesas de manutenção que
surgem com os investimentos.

18. Na instituição das diretrizes, objetivos e metas da Adm inistração, o PPA


deve leva r em consideração a regiona lização das ações, em nome de um
desenvolvimento equilibrado entre as regiões do país.

19. Nenhum investimento de execução superior a um exercício financeiro pode


ser iniciado sem inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize essa
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

20. A LDO é uma criação da CF/88, como o PPA, e tem como função principa l
fazer a intermediação entre o PPA e a LOA. É o instrumento que a

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Administração uti liza pa ra executar o PPA, por meios das LOAs, de forma
mais sintonizada com as condições socia is, econômicas, políticas, que
venham a alterar as prioridades do governo.

21. As atribuições dadas pela CF/88 à LDO são: indicar as metas e prioridades
da administração pública federa l, incluindo as despesas de capital para o
próximo exercício financeiro; orientar a elaboração da LOA; dispor sobre
alterações na legislação tributária; estabelecer a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento.

22. A evidenciação da "política econômica e financeira" e do "programa de


trabalho do governo" é feita pela LOA, apesa r de não serem esta belecidos
por ela, mas pelo PPA.

23. Ao comentarmos o princípio orçamentário da unidade/totalidade,


ressaltamos que a LOA é, na verdade, um conjunto de orçamentos.

24. A LOA abrange o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das


empresas estatais (empresas em que a União, indiretamente, detenha a
ma ioria do capital social com direito a voto), e o orçamento da seguridade
social.

25. O orçamento fiscal abrange os gastos gerais e as receitas sem arrecadação


vinculada com as quais o governo conta. A maior parte dos programas
instituídos pela LOA encontra-se nesse item.

26. O orçamento da seguridade social, como indica seu nome, é restrito a


receitas e despesas relativas à área da seguridade social. Conforme a
Constituição, essa denominação abrange a saúde, a previdência social e a
assistência social.

27. O orçamento de investimento das estatais, como é conhecido, diz respe ito
às aplicações de recursos no capita l social de empresas das quais a União,
direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com di reito a
voto - ou seja, são empresas em que a União tem supremacia no tocante a
deci sões sobre sua atuação.

28. A LOA deve demonstrar, de forma regionalizada, o efeito decorrente de


isenções, an istias, remissões, subsíd ios e benefícios de natureza financei ra,
tributária e creditícia.

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29 . Os créditos adicionais, conceituados como \\autorizações de despesa não


computadas ou insufici entemente dotadas na LOA" são classificados em
su plementares, especiais e extraord inários.

30. Segundo a LDO, os créditos adici onais aprovados pelo Congresso Nacional
não necessitam de decreto para sua abertura; a abertu ra é conside rada
real izada com a sanção e publicação da res pectiva lei autorizativa .

31. Créditos suplementares são empregados para reforçar dotações constantes


da LOA; créditos especi ais se destinam a despesas não previstas no
orçamento (ou ''despesas para as qua is não haja categoria de programação
orçamentár ia específica"), e créditos extraordinár ios atendem a despesas
im previsíveis e urgentes, como as decorrent es de guerra, comoção interna
ou calamidade públ ica.

32. Os créditos especiais e extraordinários, se o respectivo ato de aut orização


for promulgado nos últ imos quatro meses do exercício, serão reabertos nos
lim ites de seus sa ldos e incorporados ao orçamento do exercício financeiro
su bsequente.

33. As fontes de recursos para abertura de créditos adicionais são: superávit


financeiro, excesso de arrecadação, operações de créd ito, cancelamento de
dotações e reserva de contingência .

34. Na utilização do superávit financeiro como fonte de recursos para créditos


adicionais, devem ser conside rados os saldos dos créd itos adicionais do
exercíci o anterior e as operações de crédito a eles v inculadas.

35. Excesso de arrecadação é o sa ldo positivo das diferenças entre a


arrecadação prevista e a rea lizada, observadas mensalmente, levando-se
em conta também a tendência do exercício.

36. Os recursos que ficarem sem despesas co rrespondentes, por conta de veto,
emenda ou rejeição do projeto de LOA, podem ser utilizados mediante
créditos especiais ou suplementares.

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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA


1. (CESPE/TÉCNICO/ANTT/2013) No processo de elaboração da proposta
orçamentária, a Secretaria de Orçamento Federal coo rdena, consolida e
supervisiona a elaboração da LDO e da proposta orçamentária da União,
compreendendo o orçamento fisca l e o orçamento da seguridade social.

2. (FCC/ANALISTA/TCE-G0/2009) No ciclo orçamentário, uma das atividades


real izadas durante o processo de elaboração do orçamento é

(A) a proposição pelo poder legislativo de emendas ao projeto de lei do


orçamento.

(B) a aprovação de um quadro de cotas trimestrais de despesa que cada


unidade fica autorizada a utilizar.

(C) a apresentação das premissas, metodologia e memórias de cálculos de


previsões de receita pelo poder executivo.

(D) o estabelecimento da programação financeira e do cronog rama de


execução mensal de desembolso.

(E) a publicação resumida do relatório de execução orçamentária.

3. (CESPE/ANALISTA/ANAC/2012) A lei orçamentár ia anual (LOA), dispõe


sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual da lei de diretrizes orçamentárias e da
proibição para abertura de créditos extraordinários.

4. (ESAF/ANALISTA/ANA/2009) A Lei Orçamentá ria Anua l é de iniciativa


conjunta dos Poderes Legislativo e Executivo.

5. (ESAF/ANALISTA/CGU/2012) As emendas aos projetos de lei do Plano


Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anua l
serão apresentadas na Comissão m ista e serão apreciadas pelo Plenário
das duas Casas do Congresso Nacional.

6. (ESAF/ ANALISTA/SENAD/2013) Nos projetos de lei de iniciativa do


Presidente da República, não será admitida, no curso da sua discussão e
votação pelas Casas do Congresso Nacional, emenda parlamentar que
importe em aumento da despesa origina lmente prevista, salvo se o autor

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da emenda, na mesma oportunidade, indicar os recursos novos ou


adicionais necessários a tal fina lidade.

7. (ESAF/ANALISTA/SEFAZ-CE/2006) As emendas pa rlamenta res aos projetos


de lei orçamentária anual não poderão indicar como despesas a serem
anu ladas as destinadas ao pagamento de pessoal e seus encargos.

8. (CESPE/PROCURADOR/TCE-G0/2007) Apesar de ser considerado lei, o


orçamento possui ca racterísticas que o diferenciam das leis comuns. Um
exemplo é a lim itação constituciona l do conteúdo das emendas ao projeto
de lei do orçamento anual.

9. (FCC/AUDITOR/TCE-AL/2008) Nos termos da Constituição da República,


eventual emenda ao projeto de lei do orçamento anual, que indique os
recursos necessários, provenientes de anulação de despesa, e incida sobre
transferência tributária constituciona l pa ra Estados e Mun icípios, poderá
ser aprovada, desde que seja compatível com o plano plurianua l e com a
lei de diretrizes orçamentárias.

10. (ESAF/ APO/MPOG/2010) As propostas de alteração dos projetos de lei


re lativos ao PPA, a LDO e a LOA podem ser encaminhadas pelo Presidente
da República e apreciadas pelo Congresso a qualquer tempo.

11. (FCC/ANALISTA/TJ-AP/2009) De acordo com a Constitu ição Federa l de


1988, o projeto de lei orçamentária anual da União deverá ser
encaminhado ao legislativo para apreciação e aprovação até oito meses
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até
o encerr amento da sessão leg islativa.

12. (CESPE/ANALISTA/ANS/2005) O plano plurianual apresenta a idéia de


continu idade, pois um governo pode dar continuidade a um plano que se
iniciou em outro governo. Dessa forma, tem tempo para conhece r as ações
real izadas no passado, antes de apresenta r um novo plano.

13. (CESPE/ANALISTA/CAPES/2013) A sessão legislativa não será interrompida


sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

14. (ESAF/ANALISTA/ ANA/2009) O Plano Plurianua l possu i caráter meramente


normativo, não sendo uti lizado como instrumento de planejamento
governa menta 1.

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15. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2008) Os programas de duração continuada,


constantes dos planos plurianuais (PPAs), comp reendem despesas de
capital destinadas t ipicamente à real ização das atividades-meio dos órgãos
e entidades integrantes do orçamento público.

16. (ESAF/ANALISTA/RFB/2009) Segundo a Constituição Federal, um dos


instrumentos em que se materializa o processo de planejamento do
Governo Federa l é o Plano Plurianual - PPA. Assina le a opção em que a
afirmação se aplica inteiramente a esse instrumento.

a) Embora de natu reza constituciona l, o PPA não abrange todos os projetos


do ente, em razão das emergências não possíveis de serem previstas em
lei.

b) O PPA tem seu foco nos programas de governo, seu período de


abrangência é de quatro anos podendo ser revisado a cada ano.

c) A elaboração do PPA é feita no nível de cada órgão e sua submissão ao


Congresso Nacional se dá por intermédio da presidência de cada um dos
Poderes da República.

d) O PPA, embora fundamentado em programas de governo, tem como


objetivo definir as modal idades de aplicação de recursos que priorizam o
cumprimento das políticas públ icas.

e) A inclusão de novos programas no PPA se dá na revisão anual e está


condicionada ao cumprimento das metas anteriormente aprovadas.

17. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) O plano plurianual deve com patibiliza r-se


com os planos nacionais, reg ionais e set oriais.

18. (ESAF/AFC/CGU/2006) Com base no Plano Plurianual, o governo elaborará


e env·ia rá pa ra o Poder Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentá rias.

19. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A lei que instituir o Plano Plurianual


esta belecerá, de fo rma regionalizada, as di retrizes, objetivos e metas da
adm inistração pública federal para as despesas

(A) de capita l e outras delas decorrentes e para as re lativas aos projetos


de investimentos.

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(B) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos prog ramas
de duração continuada.

(C) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas


de duração predeterm inada.

(D) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas


de duração continuada.

(E) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos


prog ramas-meio do governo.

20. (ESAF/AFC/CGU/2006) A Lei que instituir o Plano Plurianual definirá


programas, objetivos e metas para o quadriên io, cabendo desta forma, à
LDO definir, com base no PPA, quais serão as metas que serão
desenvolvidas no exercício finance iro subsequente.

21. (FCC/ANALISTA/TCE-G0/2009) O Ministério Público elaborará sua proposta


orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e, caso encaminhada em desacordo com esses limites,
caberá ao Poder Executivo proceder aos ajustes necessários pa ra fins de
consolidação da proposta orçamentária anual.

22. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) As leis que criem ou majorem tributos


devem ser aprovadas até a aprovação da lei de diretrizes orçamentárias
(LDO).

23. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008 ) A contratação de pessoal pelos órgãos e


entidades da administração, inclusive empresas públicas e sociedades de
econom ia m'ista, somente poderá ser feita se houver prévia dotação
orçamentária suficiente e autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias.

24. (ESAF/PROCURADOR/TCE-G0/2007 ) O demonstrativo do efeito, sobre as


receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios
e benefícios de natureza financeira, tributária e creditíci a que acompanha o
projeto de lei orçamentá ria deve ser regiona lizado.

25. (ESAF/APO/MPOG/2008) O orçamento da seguridade socia l, comp reendido


na lei orçamentária anual e compatibilizado com o plano plurianua l, tem,

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entre suas funções, a de reduz ir desigua ldades inter-regionais, segundo


critério populaciona l.

26. ( ESAF/ EPPGG/ MPOG/ 2013) O modelo orçamentário brasi leiro é definido na
Con st ituição Federa l de 1988 do Brasil. Compõe-se de três instrumentos: o
Plano Plurianual - PPA, a Lei de Di retrizes Orçamentá rias - LDO e a Lei
Orçamentá ria Anual - LOA, conforme informa o art. 165:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plu rianua l;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anua is.

Acerca do Planejamento no Brasil após a Constituição de 1988, assina le a


opção co rreta.

a) O PPA, com v1gencia de quatro anos, tem como função enunciar as


políticas públicas e respectivas prioridades pa ra o exercício seguinte.

b) Cabe à LDO estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo


da adm inist ração pública.

c) A LOA, ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no


exercício seguinte, torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um plano
de médio prazo do governo.

d) A LOA é a lei orçamentária da Un ião que estima receitas e fixa as


despesas para um exercício financeiro. De um lado, permite avaliar as
fontes de recu rsos públicos no universo dos contribuintes e, de outro,
quem são os beneficiários desses recursos.

e) A LDO tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a


prog ramação das despesas pa ra o exercício finance iro.

27. ( FCC/ ANALISTA/ TRF-05/ 2008) O orçamento da seguridade social


compreende todas as despesas com as funções saúde, assistência socia l,
previdência e educação.

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28. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento de investimentos das


empresas em que a União, di reta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto abrange todas as receitas e despesas de
tais empresas.

29. (ESAF/ANALISTA/MIN. FAZENDA/2013) Quanto ao orçamento público,


assinale a opção correta.

a) A Lei Orçamentária Anua l é peça que contém a previsão de receitas e a


fixação das despesas públicas para um exercício financeiro, além de dispor
acerca de alterações na legislação tributár ia.

b) De acordo com o pr incípio da universal idade, todas as despesas e


receitas da Admin istração Pública devem estar previstas na lei
orçamentária anua l, com exceção dos t r ibutos criados posteriormente à
aprovação dessa peça orçamentária.

c) O plano plurianua l deve espelhar o planejamento das atividades


governamenta is, estabelecendo, de forma nacional, as di retrizes, objetivos
e metas da Adm inistração.

d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias deve conter o orçamento fisca l, o


orçamento de investimento das empresas em que a União detém ma ioria
do ca pital social e o orçamento da seguridade social.

e) O princípio da exclusividade impede que a Lei de Diretr izes


Orçamentárias contenha dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, excetuando-se a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito.

30. (ESAF/ ANALISTA/MPU/2004) No âmbito da União, é permitida a


transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, desde
que a ação seja referendada pelo Congresso Naciona l.

31. (ESAF/ASSISTENTE/MIN. FAZENDA/2012) É correto afi rmar, quanto ao


orçamento público, que

a) as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão


ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianua l.

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b) a lei orçamentária anual é de iniciativa do Executivo, enquanto que o


plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentá rias são de iniciativa do
Poder Legislativo.

c) a lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma naciona l, as


diretrizes, objetivos e metas da adm inistração públ ica federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e pa ra as relativas aos
prog ramas de duração continuada.

d) na forma da lei, pode haver rea lização de despesa e assunção de


obrigações diretas que excedam os créditos orçamentá rios ou adicionais.

e) a lei de diretr izes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades


da administração pública federa l, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração do plano
plurianua l, disporá sobre as alterações na leg islação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências finance iras de fomento.

32. (FCC/ANALISTA/TRT-16/2009) É vedada pelo art. 167 da Constituição


Federal a utilização, com autorização legislativa específica, somente de
recursos dos orçamentos da seguridade social para suprir necessidades ou
cobrir déficits de empresas, fundações e fundos, inclusive os mencionados
no art. 165, § 50.

33. (ESAF/ANALISTA/MPU/2004) É permit ida a concessão de empréstimos,


pelo governo federa l, aos Estados, Distrito Federal e Municípios, para
pagamento de despesas com seu pessoal ativo, desde que feito o
empréstimo com base em antecipação de rece ita.

34. (FCC/PROCURADOR/TCE-CE/2006) Ao regular o processo legislativo


orçamentário, a Constitu ição Federal dispõe que os projetos de lei relativos
ao plano plu rianual, às diretrizes orçamentárias e aos créditos adicionais
são

(A) de in iciativa do Poder Executivo ou de qua lquer membro do Poder


Legislativo, de suas mesas ou comissões.

(B) de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, com base em parecer


técnico do Tribunal de Contas da União.

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(C) de iniciativa conjunta dos chefes dos Poderes Executivos da União,


Estado, Distrito Federa l e Municípios, concorrendo com os Poderes
Legislativos dos entes federados.

(D) de iniciativa do Poder Executivo, o qual não poderá ser objeto de


med ida provisória.

(E) apresentados por um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos


Deputados ou do Senado Federal.

35. (ESAF/ ACE/TCU/2006) Os créd itos adicionais são autorizações de despesa


não computadas ou insuficientemente dotadas na lei de orçamento.

36. (FCC/ANALISTA/TRT-02/2008) A aprovação de abertura de créditos


adicionais será fe ita exclusivamente no Senado da República, por ma ioria
simples.

37. (ESAF/TÉCNICO/MPU/2004) Os créditos adicionais são classificados em

a) suplementa res, especiais e extraordiná rios.

b) complementares, específicos e extraordinários.

c) comp lementares, especiais e extraordinários.

d) suplementares, específicos e extraordinários.

e) complementares, suplementa res e especia is.

38. (ESAF/TÉCNICO/MPU/2004) Entre as características principais dos créditos


suplementares, não é pertinente

a) o reforço de categoria de programação orçamentária já existente.

b) a autorização por lei.

c) a abertura por decreto do Poder Executivo.

d) a indicação obrigatória dos recursos.

e) a perm issão de prorrogação da vigência.

39. (FCC/ANALISTA/TRT-23/2007) Os créditos adicionais especiais

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(A) destinam-se ao reforço de dotação orçamentária já existente.

(B) somente têm vigência no exercício financeiro em que forem


autorizados.

(C) têm por objetivo atender a despesas urgentes e imprevisíveis.

(D) i ndependem da prévia existência de recursos pa ra financia r o gasto.

(E) devem ser autorizados por lei e abertos por decreto do Poder
Executivo.

40. (FCC/TÉCNICO/TCM-PA/2010) Em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA)


de um governo estadual é correto afirmar que a autorização para abertura
de créditos adicionais especiais poderá ser incluída na LOA.

41. (ESAF/ANALISTA/MPU/2004) De acordo com a classificação dos créditos


adicionais, assinale a opção correta em relação a créditos extraordinários.

a) São autorizados para cobertura de despesas eventuais ou essenciais e,


por isso mesmo, não considerados na Lei do Orçamento.

b) São os destinados a despesas urgentes e imprevistas, como em caso de


guerra, comoção intestina ou ca lamidade pública.

c) São os destinados a despesas para as quais não haja dotação


orçamentária específica.

d) São autorizações abertas por decreto do Poder Executivo até o lim ite
estabelecido em lei.

e) Destinam-se ao reforço de dotações orçamentárias.

42. (ESAF/ACE/TCU/2006) A Constitu ição Federal autoriza a utilização de


med idas provisórias para a abertura de créditos adicionais destinados a
refo rço de dotação orçamentária.

43. (ESAF/ AFC/STN/2008) Os créditos suplementares não necessitam de


autorização legislativa para serem abertos, quando a abertura decorrer de
calamidade públ ica.

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44. (FCC/INSPETOR/TCE-MG/2007) O ato que abrir crédito adiciona l não


precisa ind icar a classificação da despesa e a importância correspondente.

45. (FCC/ANALISTA/TRT-02/2008) Em caso de abertura de créd itos


extraordiná ri os, há necessidade de indicação da importância, espécie dos
créditos e classificação da despesa.

46. (FCC/PROCURADOR/TCE-RR/2008) Os créditos extraord iná rios serão


abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará conhecimento ao
Poder Legislativo.

47. (FCC/ANALISTA/TRT-18/2008) Os créditos suplementares terão vigência


adstrita ao exercício fi nanceiro em que forem abertos.

48. (FCC/PROCURADOR/TCE-AP/2010) Os créd itos adicionais, nas moda lidades


especia l e extraordinário, poderão ter vigência no exercício finance iro
seguinte ao de sua abertura na hipótese do ato de autorização ter sido
promulgado

(A) no último exercício financeiro do mandato do Chefe do Executivo.

(B) nos últ imos quatro meses do exercício em que fo i autorizado.

(C) a partir de agosto do exercício em que foi autorizado .

(D) apenas a partir de dezembro do exercício em que foi autor izado.

(E) a qualquer época do exercício em que foram abertos, quando não


forem totalmente empregados.

49. (ESAF/ANALISTA/SEFAZ-CE/2006) Os créd itos suplementares podem ser


abertos mediante cancelamento de outros créditos consignados em lei.

50. (FCC/ANALISTA/TRT-02/ 2008) O Poder Executivo não poderá realizar


operações de créd ito para financiar os créditos ad icionais.

51. (ESAF/AFC/STN/2008) Os créd itos suplementares somente podem ser


abertos em razão de excesso de arrecadação ou por cancelamento de
créditos consignados na Lei Orçamentária Anua l.

52. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2009) Na utilização do superávit finance iro


como fonte pa ra abertura de créditos suplementares e especiais, devem

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QUESTÕES ADICIONAIS
55. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) Elaboração, estudo/aprovação, execução e
avaliação são sequências das etapas desenvolvidas pelo processo
orçamentário denom inado

(A) plano de diretrizes orçamentárias.

(B) plano plurianual.

(C) ciclo orçamentá rio.

(D) plano de orçamentos anuais.

(E) sistema de planejamento integrado.

56. (CESPE/ANALISTA/TRE-BA/2010) O processo orçamentário é


autossuficiente: cada etapa do ciclo orçamentário envolve elaboração e
aprovação de leis independentes umas das outras.

57. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃ0/2009) As diretrizes setoriais para a


elaboração da proposta de lei orçamentária anual devem ser definidas no
âmbito da Secretaria de Orçamento Federal.

58. (ESAF/ACE/TCU/2006) A Lei do Orçamento, sob forma de projeto, deve ser


encaminhada, no âmbito federal, até quatro meses antes do encerramento
do exercício financeiro (31 de agosto) e devolvida para sanção até o fina l
da sessão legislativa.

59. (CESPE/ANALISTA/TSE/2006) A elaboração da proposta de todos os órgãos


e entidades da administração é tarefa exclusiva do Poder Executivo.

60. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) Nenhum órgão do Poder Judiciário tem


assegurada autonomia administrativa e finance ira para elaborar suas
próprias propostas orçamentárias.

61. (FCC/ANALISTA/TRE-PB/2007) As emendas ao projeto de lei orçamentária


podem se amparar no corte de qualquer despesa prevista.

62. (CESPE/ANALISTA/CENSIPAM/2006) O Congresso Nacional está impedido


de incluir na Lei Orçamentária Anua l receitas que o Poder Executivo tenha
omitido no projeto de lei respectivo.

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63. (FCC/ ANALISTA/TRT-03/2009) Uma das condições para a aprovação das


emendas propostas pelo Poder Legislativo ao projeto de lei orçamentá ria é
que elas sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de
Diretrizes Orçamentá rias.

64. (FCC/ANALISTA/TRE-PB/2007) No processo orçamentário naciona l,


remetido o projeto orçamentário ao Legislativo, o Chefe do Poder Executivo
não pode mais solicitar qualquer modificação.

65. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) O projeto do plano plurianual deverá ter


vigência até o fina l do primeiro exercício financeiro do mandato
presidencial subsequente.

66. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) O projeto da Lei das Diretrizes


Orçamentá rias será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do exercício finance iro ao Poder Leg islativo, pa ra respectiva aprovação.

67. (FCC/TÉCNICO/TJ-PI/2009) O Plano Plurianual de um Estado da Federação

(A) somente pode ser aprovado por lei complementar estadual.

(B) deve ser elaborado por iniciativa da Assem bleia Legislativa Estadual,
que o submeterá à sanção do Governo do Estado.

(C) tem vigência até o fina l do primeiro exercício financeiro do mandato


governamenta l subsequente.

(D) deve ser elaborado de cinco em danos;

(E) conterá as diretrizes, objetivos e metas da administração pú blica


estadual para as despesas correntes dos quatro anos de sua vigência.

68. (ESAF/ANALISTA/SEFAZ-CE/2006) Sobre o Plano Plurianual - PPA de que


trata o art. 165 da Constitu ição Federal é correto afirma r, exceto:

a) sua duração atua l é de quatro anos.

b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da


Adm inistração Pública para as despesas de capital.

c) a elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do governante.

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d) os prog ramas de governo e seus principais elementos constit utivos são


objeto do PPA.

e) os valores a serem aplicados nos prog ramas não const am do PPA por
serem objeto da Lei Orçamentária Anual - LOA.

69. (ESAF/AFC/STN/2008) A Const ituição brasileira atribuí ao Poder Executivo


a responsab ilidade pelo planejamento e orçamento por meio de três
instrumentos pr incipais - o PPA ( Plano Plurianual ) , a LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentá rias) e a LOA (Lei Orçamentária Anual); em relação a essa
estrutura é correto afirma r :

a) O PPA deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo no


primeiro ano de mandato apenas pa ra seu conhecimento e t em duração
até o final do mandato.

b) O Executivo envia conjuntamente os projetos da LDO e da LOA pa ra o


Poder Legislativo, os quais devem ser votados em conjunto antes do
término do ano a fim de serem executados no ano segu inte.

c) Enquanto o PPA é um planejamento para os quatro anos seguintes,


incluindo o primei ro ano do mandato su bsequente, a LDO esta belece as
metas e prioridades para O· exercício financeiro seguinte.

d) O Poder Executivo envia pa ra o Legislativo inicialmente a LOA, depois de


a LOA aprovada e com base nela, o executivo envia ao legislativo a LDO,
que est abelece a prog ramação financeira e o cronograma mensa l de
desembolso.

e) O Legislativo só deve aprovar a LDO, pois o PPA é um indicativo das


metas do executivo e a LOA é apenas um cronog rama de despesas.

70. (CESPE/AUDITOR/ SECONT-ES/2009) As propostas orçamentá rias parci ais


dos Poderes Legislativo e Judiciá rio e do Ministério Pú blico serão
elaboradas respeitando os limites esti pulados na Lei de Di retrizes
Orçamentá rias (LDO).

71. (ESAF/APO/MPOG/2008) O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes


Orçamentá rias e a Lei do Orçamento Anua l são componentes básicos do

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planejamento governamental. Identifique a única opção incorreta no que


diz respeito ao planejamento governamental.

a) O planejamento governamental estratégico tem como documento básico


o Plano Plu rianual.

b) A Lei Orçamentária Anua l compreende o orçamento fiscal e, ainda, o


orçamento das autoridades monetárias e das empresas financeiras de
economia mista.

c) O planejamento governamental operacional tem como instrumentos a


Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento.

d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o conjunto de metas e


prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente.

e) A Lei Orçamentária Anua l (LOA) é o orçamento propriamente dito e


possui a denominação de LOA por ser a consignada pela Constituição
Federal.

72. (ESAF/ APO/MPOG/2010) Na integração do Sistema de Planejamento e


Orçamento Federal, indique qual (ais) instrumento(s) legal (is) explicita(m)
as metas e prioridades para .cada ano.

a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anua l.

b) A Lei de Responsabi'lidade Fiscal.

c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias.

d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual.

e) A Lei Orçamentária Anual.

73. (FCC/ANALISTA/TJ-AP/2009) A lei orçamentária anual compreenderá: o


orçamento fisca l referente aos Poderes da Un ião; o orçamento de
investimento de todas as empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria das ações preferenciais; e o orçamento
da seguridade socia l, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vincu lados, da administração direta ou indireta.

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74. (FCC/ANALISTA/TJ-PA/2009) De acordo com as disposições constituciona is


e legais relativas à Lei Orçamentária Anua l (LOA), é INCORRETO afirmar
que

(A) a iniciativa da elaboração da proposta orçamentá ria é sempre do Poder


Executivo, a qua l deve ser encaminhada ao Poder Legislativo.

(B) o Poder Legislativo discute, vota e aprova a proposta orçamentária,


sem a possibilidade de fazer qualquer tipo de alteração.

(C) a LOA conterá o orçamento fisca l, da seguridade social e dos


investimentos das empresas em que o Poder público, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital votante.

(D) todas as receitas e despesas serão discriminadas na lei orçamentária


pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.

(E) a lei não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação


da despesa, exceto a autorização para abertura de créditos suplementares
e para contratação de operações de crédito.

7 5. ( FCC/ANALISTA/TRT-16/2 009/ADA PTADA) Considere as seguintes


afirmativas:

I. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da


rece ita e fixação da despesa, não se incluindo nessa proibição a
autor ização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da
lei.

II. O projeto de lei orçamentá ria será acompanhado de demonstrativo


regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrentes de
isenções, an istias, rem issões, subsídios e benefícios de natureza financeira,
tributária e cred itícia.

III. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades


da administração pública federa l, incluindo as despesas de capital para o
exerc1c10 financeiro subsequente, orienta rá a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e

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estabelecerá a política de aplicação das agências finance iras oficiais de


fomento.

Está correto o que se afirma em

(A) I, II e III.

(B) I e III, apenas.

(C) I e II, apenas.

(D) II, apenas.

(E) I, apenas.

76. (ESAF/APO/MPOG/2008) Acerca das finanças públ icas na Constituição de


1988, assinale a opção co rreta.

a) É possível anu lar despesas com o serviço da dívida para criar os


recursos necessários à aprovação de emenda ao projeto de lei do
orçamento anual.

b) Investimento, cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, só pode


ser iniciado se previamente incluído no plano plurianual ou se essa inclusão
t iver sido autorizada por lei.

c) Para que o Presidente da República possa propor modificação no projeto


de lei de diretrizes orçamentárias, é imprescindível que este ainda não
tenha sido posto em votação.

d) O orçamento da segu ridade social, com preendido na lei orçamentária


anual e compatibilizado com o plano plur ianua l, tem, entre suas funções, a
de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populaciona l.

e) A autorização pa ra contratação de operações de créd ito por antecipação


de receit a, destinadas a suprir insuficiências momentâneas de caixa,
representa elemento estranho à lei orçamentária anual.

77. (FCC/ANALISTA/TJ-AP/2009) O Orçamento de Investimento compreende

(A) os órgãos e entidades da adm inistração direta, bem como fundos e


fundações instituídos pelo Poder Públ ico, res ponsáveis por investimentos.

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(B) os órgãos e entidades da adm inistração indireta, inclusive fundações


instituídas e mantidas pelo Poder Público.

(C) todos os órgãos e entidades da administração direta e indireta,


empresas e fundações nos quais a União detenha uma parte do capital
social.

(D) as empresas em que a União detenha di retamente a maioria do capital


social.

(E) as empresas em que a União, direta ou ind iretamente, detenha a


ma ioria do capita l social com direito a voto.

78. (ESAF/APOFP/SEFAZ-SP/2009) O modelo de elaboração orçamentária, nas


três esferas de governo, foi sensivelmente afetado pelas disposições
introduzidas pela Constituição Federal de 1988. Anualmente, o Poder
Executivo encam inha ao Poder Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentá rias (LDO), que contém:

a) a receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta.

b) a receita arrecadada nos três últi mos exercícios anteriores àquele em


que se elaborou a proposta.

c) as metas e prioridades da administração pública, inclu indo as despesas


de capital para o exercício financeiro subsequente.

d) o orçamento fiscal, o orçamento da segu ridade social e os investimentos


das empresas.

e) a despesa real izada no exercício imediatamente anter ior.

79. (ESAF/ANALISTA/ANA/ 2009) Considerando as normas que regem o


processo orçamentário, podemos afi rmar que é permitida( o) :

a) a concessão de créditos ilimitados.

b) a abertura de créd ito extraordinário sem prévia autorização legislativa.

c) o início de programas não incluídos na lei orçamentária anual.

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d) a realização de despesas que excedam os créditos orçamentários ou


adicionais.

e) a vinculação de receita tributária, a qualquer título, mediante Decreto do


Poder Executivo.

80. (FCC/ANALISTA/TRT-23/2007) No que diz respe ito aos orçamentos no


regime constituciona l, NÃO é vedado, entre outras situações,

(A) a abertura de crédito suplementar sem prévia autorização legislativa e


sem a indicação dos recursos correspondentes.

(B) a instituição de fundos de qua lquer natureza, com prévi.a autorização


legislativa.

(C) o início de programas ou projetos excluídos da lei orçamentár ia anual.

(D) a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos


orçamentários.

(E) a transferência de recursos de uma categoria de programação para


outra, sem prévia autorização legislativa.

81. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) A Constitu ição Federal de 1988 estabelece


vá rios tipos de vedações ·e m matéria orçamentária, entre elas, a
transposição de recursos de uma modalidade de aplicação para outra, sem
prévia autorização legislativa.

82. (FCC/ANALISTA/MPU/2007) Os créditos adiciona is destinados a despesas


para as quais haja insuficiência de recursos na dotação orçamentária
específica são denominados

(A) extraordinários.

(B) suplementares.

(C) especiais.

(D) complementares.

(E) ilim itados.

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83. (ESAF/ANALISTA/RFB/2009) Assinale a opção fa lsa a respeito dos créditos


adicionais.

a) A abertura de crédito suplementar está condicionada à existência de


despesa já pré-empenhada no exercício.

b) A abertura de créditos especiais exige a indicação da fonte dos recursos.

c) Os créditos adicionais aumentam a disponibilidade de crédito para a


em issão de empenho ou descentralização.

d) É permitida a reabertura de créditos especiais e extraordinários no


exercício seguinte ao da abertura.

e) Créditos extraordinários têm sua abertura submetida a restrições de


natureza constitucional.

84. ( FCC/ TÉCNICO/CÂMARA/ 2007) Constituem créditos adicionais especia is


aqueles destinados

(A) a despesas de custeio com pessoal insuficientemente cobertas no


orçamento.

(B) exclusivamente ao pagamento da dívida pública interna.

(C) a despesas urgentes e imprevistas.

(D) a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.

(E) a reforço de dotação orçamentária.

85. ( ESAF/TÉCNICO SUPERIOR/ENAP/ 2006) Com base no conceito de créditos


adicionais, que são autorizações de despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas na lei do orçamento, identifique a única opção
incorreta.

a) Os créditos extraordinários, pela própria urgência que os motiva, não


comportam autorização legislativa prévia.

b) Os créd itos suplementares podem ser autorizados na própria lei


orçamentária, até determinada importância.

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c) Os créditos especiais destinam-se a atender a despesas para as quais


não haja dotação orçamentária específica.

d) Todos os créditos ad icionais são abertos por decreto do Executivo.

e) Os créd itos especiais são destinados ao atendimento de despesas


imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna
ou calamidade públ ica.

86. (FCC/ANALISTA/MPU/2007) Os créditos adicionais especiais têm por


característica

(A) independerem de autorização legislativa.

(B) dependerem da existência de recursos para financiá-los.

(C) destinarem-se ao reforço de dotação orçamentária insuficiente.

(D) serem previstos na lei orçamentária anual.

(E) atenderem a despesas de caráter urgente e imprevisto.

87. (FCC/PROCURADOR/TCE-CE/2006) Medida provisória que, no mês de ju lho


de determinado exercício finance iro, abrisse crédito extraordinários à lei
orçamentária anual, com o fim de atender a despesas decorrentes de
calamidade pública, seria

(A) compatível com as normas pertinentes da Constituição da República.

(B) inconstitucional, por ser expressamente vedada a edição de medida


provisória para abertura de créd itos adicionais e suplementares em
quaisquer hipóteses.

(C) ilegal, por ofensa à necessidade de previsão de autorização para


abertura de créditos especia is e extraord inários na lei de di retrizes
orçamentárias.

(D) inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade estrita, vigente


em re lação aos órgãos da Administração.

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(E) constituciona l, porém de eficácia lim itada, uma vez que o créd ito
somente poderia ser incorporado ao orçamento do exercício fi nanceiro
subsequente.

88. (ESAF/AUDITOR/TCE-G0/2007) O Poder Executivo, para executar despesa


cuja dotação orçamentár ia seja insuficiente, deve

a) abrir créd ito extraordinário med iante autorização legislativa.

b) obter autorização legislativa prévia e justificar a abertura de crédito


extraordiná ri o para execução da despesa sem dotação orçamentária
específica.

c) abrir créd ito suplementar por decreto, após autoriza,ção legislativa.

d) remanejar recursos de outras dotações e abrir crédito especial destinado


a reforço da dotação orçamentária específica.

e) abrir crédito especial por decreto e da r imediato conhecimento ao Poder


Legislativo.

89. (FCC/ANALISTA/TRT-06/2006) Sobre créditos adicionais, é correto afirmar


que os créditos

(A) especia is criam um novo programa ou evento de despesa não previsto


no orçamento.

(B) suplementares podem ser concedidos independentemente da existência


de recursos disponíveis.

(C) extraordinérios devem ser financiados pelo superávit finance iro


apurado em balanço patrimonial de exercício anterior.

(D) complementares são voltados exclusivamente para o atendimento de


despesas urgentes e imprevistas.

(E) comp lementares destinam-se a despesas para as quais haja dotação


orçamentária específica.

90. (FCC/ANALISTA/PGE-RJ/2009) O Município "A" foi um dos mais ating idos


pelas enchentes do final de ano e, em novembro, fo i decretado estado de
calamidade pública. Um dos principais problemas enfrentados pela

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comunidade foi o desabamento de uma pont e, deixando parte da


popu lação il hada, sem acesso às escolas, postos de saúde, et c. A prefeit ura
precisava urge ntemente constru ir um acesso provisóri o e reconstru ir a
pont e. Entretanto, não existiam créditos orçamentários para t anto. Nesse
caso, o Poder Executivo deve

(A) obter autorização do Poder Legislativo para anu lação de dotações


orçamentárias e, em seguida, abrir, por decret o, créd itos ext raord inários.

(B) obter autorização legislativa pa ra a abertu ra de créditos especiais e


abri-los por meio de decreto.

(C) abrir, por meio de decreto, créd itos suplementares autorizados na Lei
Orçamentá ria.

(D) abrir, por meio de decreto, créditos ext raord inários e dar conhecimento
imediato ao Poder Legislat ivo.

(E) rea liza r a despesa sem a abertura de créditos adicionais e, em seguida,


dar conhecimento ao Poder Legislativo.

91. (ESAF/ACE/ TCU/2006) De acordo com os t ipos de créditos orçamentários,


assina le a única opção falsa.

a) O créd ito suplementar é destinado ao refo rço de dotação já existente no


orçamento em vigor.

b) O crédito especi al destina-se à despesa para o qual não haja previsão


orçamentária espedfica.

c) O crédito extraordinário é aut orizado por lei e aberto por decreto do


Poder Executivo.

d) Os créditos adici onais são autorizações de despesa não computadas ou


insuficientemente dotadas na lei de orçamento.

e) A abertura dos créditos suplemen tares e especiais depende da


existência de recursos disponíveis pa ra acorre r à despesa e será precedida
de exposição justificada .

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92. (ESAF/AFC/STN/2005) É vedada a edição de medida provisória sobre


matér ia relativa a créditos adicionais e suplementares, sa lvo para atender
a despesas imprevisíveis e urgentes.

93. (FCC/INSPETOR/TCM-CE/2010) As dotações previstas na LOA são


chamadas de créditos orçamentários. Entretanto, durante a execução do
orçamento, podem surg ir necessidades que não estavam previstas
in icialmente. Nesse caso, o Poder Público pode utilizar os créditos
adicionais, que são autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na LOA. Os créditos ad icionais classificados
como suplementares e especiais podem

(A) ser abertos, desde que existam recursos disponíveis para ocorrer a
despesa, salvo no caso de guerra, independentemente da sua urgência e
necessidade.

(B) ser abertos, desde que existam recursos disponíveis para ocorrer a
despesa, independentemente da sua urgência e necessidade.

(C) ser abertos sem a existência de recursos disponíveis para ocorrer a


despesa, em razão da sua urgência e necessidade.

(D) ficar abertos sem a existência de recu rsos disponíveis para ocorrer a
despesa por, no máximo, trinta dias.

(E) ser autorizados por decreto, em razão da sua urgência e necessidade.

94. (FCC/ANALISTA/TRT-18/2008) A abertura de créditos extraordinários no


orçamento depende de prévia aut orização leg islativa.

95. (ESAF/AFC/STN/2008) O cancelamento de restos a pagar é fonte para a


abertura de créditos adicionais.

96. (ESAF/ AFC/CGU/2006) A diferença entre ativo financei ro e passivo


financeiro, se positiva, pode ser utilizada como fonte de recursos para
créditos suplementares.

97. (FCC/TÉCNICO/MPU/2007) São considerados recursos, para fins de


financiamento dos créditos adicionais,

(A) as receitas industria is.

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(B) as operações de crédito por antecipação de receita.

(C) os excessos de arrecadação.

(D) os ativos permanentes em va lor superior aos passivos permanentes.

(E) as arrecadações de encargos sobre a dívida ativa.

98. (FCC/ANALISTA/TRT-20/2006) Não são considerados recu rsos pa ra


cobertura de créditos adiciona is os provenientes de:

(A) operação de créd ito rea lizada pa ra atender insuficiência de caixa,


possuindo natureza extraorçamentá ria.

(B) anulação parci al ou total de dotações orçamentárias ou de créditos


autorizados em lei.

(C) superávit financeiro do exercício anterior apurado em balanço patrimonial.

(D) excesso de arrecadação.

(E) empréstimos e financiamentos de natureza orçamentária.

99. (FCC/ANALISTA/TRE-AP/2006) É INCORRETO afirma r que se consideram


recursos, desde que não comprometidos pa ra a abertura de créditos
suplementares,

(A) os provenientes de excesso de arrecadação, assim definido nas normas


gerais de direito financeiro.

(B) o superavit finance iro apurado em balanço patrimonial do exercício


anterior.

(C) os resu ltantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias


ou de créditos ad iciona is autorizados em lei.

(D) os fundos especiais consistentes em receitas que se vinculam à


real ização de determinados objetivos ou serviços.

(E) o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que


juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las.

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GABARITO

1 2 3 4 5 ~ 7 8 9 10
e e E E e E e e E E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E e e E E B E e D e
21 22 23 24 25 26. 27 28 29 30
e E E e E D E E B E

31 32 3-3 34 35 36 3-7, 38 39 40

A E E D e E A E E E

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
B E E E e e e B e E

51 52 53 54 55, 56 57 58 59 60

E e E E e E E e E E

61 62 63 64 65 66 67 .6 8 69 7Ó

E E e E e E e E e e
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
B e E B A B E e B B

81 82 83 84 .as 86 87 88 89 90
e B A D E B A e A D

91 9.2 93 94 95 96 97 98 99 100·
e e B E E e e A D D

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