Aula 02
Prof. Graciano Rocha
SUMÁRIO
,
CICLO ORÇAMENTARIO ............................................................................................ 3
-
QUESTOES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................. 65
GABARITO ............................................................................................................. 91
CICLO ORÇAMENTÁRIO
• previsão da receita;
• processo legislativo;
• sanção da lei;
• execução orçamentária;
• acompanhamento e controle;
• avaliação.
Temos aí nessa sequência uma abordagem detalhista das fases que compõem o
cicl o orçamentá rio.
Elaboração do orçamento
Conforme o Manual Técnico de Orçamento (MTO), editado pela Secretaria de
Orçamento Federal, o processo de elaboração do projeto de lei orçamentária
anual se desenvolve no âmbito do Sistema de Planejamento e de
Orçamento Federal.
Esse sistema foi estabelecido pela Lei 10.180/2001, que elegeu o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão como órgão central. Por sua vez, no
Decreto nº 7.063/2010 (assim como em outros anteriores), a Secretaria de
Orçamento Federal (SOF/MPOG) recebeu do Ministér·io as atribu ições de
órgão centra l desse sistema.
Ass im, o orçamento é prepa rado, na verdade, por uma rede de unidades e
órgãos, segundo suas incumbências e com os limites traçados pela LDO e pela
SOF.
Da mesma forma que a SOF agrega as propostas setoriais recebidas dos órgãos
setor iais, o órgão setorial "atua verticalmente no processo decisório", conforme
o MTO, agrupando as propostas subsetorials, provenientes de suas
unidades orçamentárias.
A questão 1 traz funções cumpridas pela SOF em seu papel de órgão centra l do
sistema de planejamento e orçamento. Vale destacar que esse papel é
desempenhado no tocante aos orçamentos fisca l e da seguridade social, visto
que a e laboraçã.o da proposta do orçamento de investimento fica a cargo de
outra unidade do MPOG, o Departamento de Coordenação e Governança das
Empresas Estata is (DEST). Questão CERTA.
É por situações como esta que se considera a Lei 4.320/64 uma lei
materialmente complementar. Apesa r de ter sido aprovada como lei
ordinária, em 1964, a atual Carta Política indica assuntos nela tratados como
próprios de uma lei complementar.
Por enquanto, não havendo a lei relativa ao disposto no art. 165, § 9º, são
seguidas regras transitórias sobre prazos das leis de matéria orçamentária.
Essas regras estão no art. 35, § 2º, do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT) da CF/88:
IHI - o projeto ,de lei orçamentán"a da União será encaminhado até quatro meses
antes do ence"amento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramenJo da sessão legislativa.
IJ - o plano plurianual;
extraordinários, como veremos) são viabilizados por leis ordinárias. Além disso,
esses projetos são de iniciativa exclusiva do chefe do Executivo.
A partir daí, são enviados ao Senado, onde passam de novo por comissões
temáticas, e depois pelo Plenário (se for o caso). Então, os projetos vão à
sanção presidenci al, se não houver alteração considerável, pelo Senado, do
texto aprovado na Câmara.
L4rt~ 166, § 3º - Ás
emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projeto
que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
b) serviço da divida;
1 - sejam relacionadas:
In icia lmente, note que a primeira condição (compatibi lidade com o PPA e a
LDO, no inciso I ) vale para qualquer emenda. Isso forta lece o caráter de
submissão que a LOA deve ter em relação às outras leis citadas, de alcance
mais amplo. Assim, por exemplo, uma emenda parlamentar ao projeto de LOA
não pode criar um programa, porque isso desrespeitaria a preva lência do
PPA nesse ponto.
Ainda assim , não é toda despesa selecionada inicia lmente pelo Executivo que
pode ser anulada em favor de emendas parlamentares; as dotações indicadas
nas alíneas do inciso II ( pessoal e encargos, serviço da dívida e transferências
Por fim, o inciso III aborda as emendas de receita (alínea 'a') e de t exto (alínea
' b') .
O montant e da rece ita previsto pelo Execut ivo só pode ser modificado no
Legislativo a partir de uma perspectiva técnica. Não se pode alterar a
expectativa de arrecadação com base em critérios políticos ou assemelhados.
Por isso, um erro ou uma omissão, por parte da equipe técnica do Executivo,
devem ser detectados e comprovados, para que seja aprovada uma emenda
de rece ita .
Mu ito bem, o Poder Leg islativo pode alterar, por meio de emendas, o texto
inicial encaminhado pelo Poder Executivo. E o Poder Execut ivo, pode alterar seu
próprio texto origina l?
Por fim, a questão 10 está ERRADA. Apenas enquanto a votação da parte a ser
modificada não for iniciada na CMO, o Presidente da República pode encaminhar
proposta de alteração dos projetos de leis orçamentárias.
• o projeto de LDO deve ser enviado pelo Presidente ao Congresso "até oito
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro", ou seja, 15
de abril;
Pois bem, já vimos que o Executivo deve enviar o projeto de PPA para o
Legislativo até 31 de agosto (do primeiro ano do mandato do Presidente).
Ass im, a equipe que assume o comando do país tem oito meses para
apresent ar um plano para os quatro anos seguintes.
valerão para seu segundo ano de mandato. No caso do PPA~ o último ano
de vigência do plano será o primeiro do mandato seguinte.
Apenas esse projeto, entre todas as hipóteses trazidas pela CF/88, é hábi l para
tanto. Caso o projeto de LDO não esteja aprovado em 17 de j ulho, os
parlamentares não entrarão em recesso. É uma forma de acelerar os prazos,
já que o idea l é que o orçamento esteja aprovado quando se iniciar o ano de
sua execução. E, para existir lei orçamentária, deve haver antes a LDO, que
estabelece, a partir dos programas do PPA, as prioridades para o ano
seguinte, e orienta a elaboração da LOA.
iniciou em outro governo. Dessa forma, tem tempo para conhecer as ações
realizadas no passado, antes de apresentar um novo plano.
A questão 12 refletiu uma das razões para a "invasão" dos PPA's nos mandatos
dos governantes posteriores: a continuidade das ações do poder público.
Questão CERTA.
INSTRUMENTOS ORÇAMENTÁRIOS
Plano Plurianual
O PPA é criação da CF/88, e se constitui como o maior instrumento de
planejamento da esfera pública. Como atualmente o planejamento é
deter minante para o orçamento (lembra-se do orçamento-programa?), o PPA
assume um papel de protagonismo no que diz respeito à execução do
orçamento. Todas as leis e atos de natureza orçamentária, incluindo as
emendas parlamentares, deverão ser compatíveis com o conteúdo do Plano.
Apesar de esta rmos fa lando tanto das despesas de capita l, que rece bia toda a
atenção desde antes do PPA na v igência da CF/88, é necessá rio voltar ao art.
165, § 1º , e verificar duas expressões também importantes, como destacado
abaixo:
rt. 165, § 1º - A lei que instftuir o PPÁ estabelecerá, .de forma tegl'onalizada, as.
diretrizes, objetivos- e metas da administração pública federal para as despesas
Dessa forma , vê-se que a atividade de planejamento fo i eleita pela CF/ 88 como
de extrema importância, alcançando os setores público e privado. A
dimensão que o planejamento público deve assumir é tal que o próprio setor
privado é "aconselhado" a observar as ações governamentais pa ra basear seu
próprio comportamento.
(. ..)
L4rt. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um
mesmo complexo geoeconômico e socilll, visando a sell desenvolvimento e à
red'!-ção das desigualdades regionais.
Para os Estados, DF e Municípios, pode ser mais difíci l a reg ionalização dos
programas do PPA. Entreta nto, essa é a orientação da CF/88 .
do PPA e a seu foco nos programas do gov erno. A alternativa " A" está correta
em sua primeira parte, já que é possível projetos não integrarem o PPA ( basta
terem execução compreendida dentro de um ano) . Ent retanto, a segunda parte
é estranha, já que despesas emergenci ais normalmente não abrangem
investimentos, e não serve como justificativa para a primeira pa rte. Gaba rito:
B.
A questão 17 inverte as relações. São os planos nacionais, reg ionais e setoriais
que devem se compatibiliza r com o PPA. Questão ERRADA.
A LDO t ambém é uma criação da CF/88, que t em como função principal fazer
a intermediação entre o PPA e a LOA. Antes, não existia qualquer instrumento
"pacificador" ent re o planejamento (ca racterizado pelo PPA) e o orçamento (a
LOA).
Pois bem, pa ra que essa parcela anual do PPA seja definida, não se faz apenas
uma distribu ição igua litária de " X parcelas pa ra X anos" . As prioridades do
governo, a cada ano, podem mudar, de maneira que, para atender a essas
mudanças de rumo, certos programas devem passa r por uma aceleração,
enquanto outros ficam mais " na geladeira".
Ass im, a LDO é o instrumento que a Adm inistração utiliza para executar o PPA,
por meios das LOAs, de forma mais sintonizada com as condições sociais,
econômicas, políticas, que venham a alterar as prioridades do governo.
Outros disposit ivos constituciona is que t ratam desse papel orientador da LDO
são os seguintes:
!Art 99, § .5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver
realização de despesas ou a assunção áe obrigações que extrapolem os limite
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.
Diante dessa situação /ótica, as LDO's, a cada ano, têm trazido uma regra
de transição: caso se inicie o exercício financeiro sem que o orçamento
tenha sido aprovado, é possível executar provisoriamente o projeto de
LDA em discussão. A LDD indicará quais despesas, e em que montante,
poderão ser executadas nesse "vácuo", até a publicação da LDA.
A questão 22 está ERRADA. Como vimos, não há influência direta da LDO sobre
a legislação tributária e suas alterações.
Portanto, ações variadas, que vão desde segurança alimentar, passando por
favorecimento a ciência e tecnologia, aquisição de equipamentos milita res, até
distribu ição de renda direta à popu lação por meio de bolsas etc., tudo isso
consta rá do orçamento fiscal, reforçando esse caráter generalista ao qual nos
referimos.
(. ..)
IXI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata.
o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distiptas do pagamento de
beneftcios do regime gerat de previdência social de que trata o art. 201.
A intenção aqui é garantir que o regime geral de previdência (que faz parte
da seguridade) não seja dilapidado para favorecimento de outras despesas.
não resta muito clara a divisão dos recursos e ações que pertencem a
cada um deles.
Por outro lado, empresas estatais cuja atividade não resulte em recursos
suficientes que as perm itam se manter sozinhas {estatais dependentes),
necessitando de transferências de recursos públicos para suas ativ idades
de custeio e de investimento "norma.is", aparecerão beneficiadas por ações
dos orçamentos fiscal e da seguridade, conforme o caso.
Assim, não se pode, com essa peça orçamentária, privilegiar certa região
em detrimento de outra.
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
27. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O
orçamento da seguridade social
compreende todas as despesas com as funções saúde, assistência social,
previdência e educação.
A questão 24 reproduz cor retamente o teor do art. 165, § 6º, da CF/88, que
t rata do demonstrativo de renúncias de receita . Questão CERTA.
C: a LDO é o elo entre o PPA e a LOA, indicando as ações que serão priorizadas
no exercício segu inte.
Gaba rito: D.
O orçamento de investimento das estat ais, como indica sua denom inação,
abrange apenas os recu rsos t ransferidos pela União a tais empresas e a
aplicação correspondente. Assim, as rece itas e despesas próprias das estatais
não são demonstradas no orçamento de investimento. A quest ão 28 está
ERRADA.
C: o PPA diz respeito apenas ao ente federado respectivo. Não há " PPA
nacional".
Gaba rito: B.
A delimitação das ações do governo para atingir seus objetivos resu lta na lista
de programas do PPA, que fornece, por sua vez, o "roteiro", ou o "cardápio",
para as leis orçamentárias anuais.
Nesse caso, o programa não incluído na LOA não poderá ser executado.
Atua lmente, no âmbito do governo federal, com a execução orçamentária
totalmente informatizada, desobedecer a essa vedação nem é possível, pelo
simples fato de não se poder dirigir recu rsos a um código de programa
inexistente no orçamento anua l.
Há autores que enxergam nesse disposit ivo um novo princípio orçamentár io: o
princípio da proibição do estorno.
Existe uma unanim idade na doutrina: ninguém sabe o que vêm a ser realmente
"t ransposição", "remanejamento" ou " transferência ", rsrsrs. Idealmente, esses
conceitos deveriam ser esclarecidos numa lei com plementar, como a aguardada
lei de finanças públicas que substituirá a Lei 4 .320/ 64 .
Pois bem, para que os recu rsos sejam bem controlados, uma despesa não pode
contar com um " lastro infindável", com dinheiro à vontade, para que seja
executada. Até em nome do planejamento e da eficiência, é necessá rio
dimensionar as ativ idades e investimentos públ icos a partir de certa
disponibilidade financeira. E isso deve envolver também a definição da
finalidade da despesa, para atender ao princípio da discrim inação. A
sociedade e seus representantes precisam ser informados sobre o que o
governo pret ende ating ir com os gastos autorizados na LOA.
Como pr incípio, os recursos públicos não servi riam para socorrer entidades que
viessem a assumir um nível crítico de endividamento. Afinal, como visto, há
diversas demandas sociais que exigem a aplicação de recu rsos, e red im ir
admin istrações não muito responsáveis, por exemplo, não seria uma prioridade,
diante dessas necessidades sociais.
C: o correto é "de forma reg ional izada", e não "de fo rma nacional".
Gabarito: A.
CRÉDITOS ADICIONAIS
Nesse sentido, o ponto de partida para o estudo dos créditos adicionais está na
Lei 4.320/ 64. Leia abaixo:
IArt~ 40. São créditos adidonais a,s autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçament~
A questão 36 está ERRADA. Como o trâmite leg islativo dos créditos adicionais
também obedece ao padrão das matérias orçamentárias, sua
apreciação/aprovação se dá no âmbito do Congresso Nacional , t raba lhando
como casa legislativa específica (apreciação na Comissão Mista - votação no
Plenário do Congresso) .
(. ..)
Para esta belecer um contraponto com os outros já vistos, tanto para refo rçar
dotações da LOA (créditos suplementares) quanto pa ra atender a necessidades
não previstas no orçamento, durante o exercício (créditos especiais), é preciso
ter autorização legal, bem como recursos disponíveis.
(..J
'II - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso
de gue"ª' comoção intestina oú calamidade pública.
Dest aquei a conjunção " como" para ressa ltar que a CF/88 abriu esse leque.
Agora ele é exemplificativo, ou seja, ca be ao Poder Executivo, responsável
pela abertura dos créditos extraordi nários, decidir quais situações são
comparáveis a guerra, comoção int erna ou ca lamidade pública.
Inclusive, têm havido críticas diversas ao Poder Execut ivo nos últimos anos,
justamente pela abertura de créditos extraordinários que não apresentariam,
em tese, as características de urgência e imprevisibilidade necessárias.
(E) devem ser autorizados por lei e abertos por decreto do Poder
Executivo.
A questão 42 traz uma incorreção: os créditos que podem ser abertos por
medida provisória, os extraordinários, não servem ao reforço de dotação
orçamentá ria, papel cumprido pelos suplementares. Questão ERRADA.
IArl. 42. Os crédüos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos
wor decreto executivo.
Uma pergunta cu r iosa: e os créditos extraord inários, que são instituídos por
apenas um ato ( medida provisória ou decreto, conforme o caso), são
autorizados E abertos?
Se fizermos uma leitura atenta da Lei 4 .320/64, veremos que ela ao t ratar da
autorização/abertura dos créditos, fez uma sepa ração bem nítida entre os tipos.
Compare o art. 42 acima com o seguinte:
NOVIDADE IMPORTANTE
W:rt. 46. O ato que abrir crédüo adicional indicará' a imporlâneia, a espécie ão
mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível.
&
Jf -
c~~'
44. (FCC/ INSPETOR/ TCE-MG/2007) O ato que abrir crédito adicional não
precisa indicar a classificação da despesa e a importância correspondente.
Ass im, a lei que autorizasse a abertura de um crédito especia l, ou o ato que
abrisse crédito extraordinário, trataria da possibilidade de execução das
correspondentes despesas no exercício posterior ao da abertura.
Mu ito bem, então deixemos bem assentado que essa pro rrogação só se aplica
aos créditos especiais e extraordinários.
Ass im, como regra, os créditos adiciona is (todos eles) devem ser executados no
exercício de sua autorização. Todavia, caso algum crédito especial ou
extraordinário seja autorizado mais para o fim do ano (de setembro para
frente) , já está per mit ida, pela CF/88, a reabertura do eventual saldo desse
crédito no outro exercício.
Como a Constituição deixa cla ro, esse saldo de crédito ad icional será absorvido
pelo orçamento do exercício financeiro seguinte. Essa é a razão pa ra
alguns te.ó ricos classificarem essa transferência de créditos adicionais entre
exercícios financeiros como exceção ao princípio da anualidade.
!Art 43, § 1 º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não
comprometidos:
Além dessas fontes de recursos, devemos buscar outro normativo que t rata do
tema, o Decreto-Lei 200/67:
lifEiif~
superáv
superávit l1. A primeira fonte citada pela Lei 4.320/ 64 é ''o superávit
financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior". O superávit
finance iro é a diferença entre o ativo financeiro (correspondente às
disponi bilidades em moeda, princi palmente) e o passivo financeiro
(obrigações para pagamento em curto prazo), calcu lada no ba lanço patrimonial
de dezembro passado . Dessa forma , pode-se considerar, grosso modo, o
superávit financeiro como recursos livres em caixa no início do ano .
Nessa equação, o superávit e o saldo das operações de crédito são " receita", e
o saldo de créditos adicionais é "despesa".
Espero que minha explicação tenha ficado ma is cl ara que a lei, rsrs.
rt. 43, § 3º - Entende-se por excesso de ª"ecadação, para os fins deste artigo,
o saldo positi.vo, das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação
~revista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
Vale a pena assinalar aqui um detalhe. Assim como o superávit finance iro sofre
um ajuste para se chegar à rea l disponibilidade financeira em caixa, o excesso
de arrecadação também sofre uma dedução.
Tendo isso em v ista, ARO's não podem servir de fonte para créditos
ad icionais. Para tanto, deverão ser contratadas operações normais de créd ito.
que é mais recente, definiu, em seu art. so, que a fo rma de utilização da
reserva de contingência será estabelecida pela LDO.
Antes de fina liza rmos, cabe conside rar a forma como a reserva de contingência
é utilizada, o que nos faz pensa r na última fonte de recu rsos para créditos
ad icionais: a . ' , a ,fã@~.
Por outro lado, num momento mais à frente, a discordância pode se dar por
parte do Presidente da República, vetando dotações incluídas no projeto de LOA
mediante emendas parlamenta res. A partir disso, a LOA seria promulgada com
dotações vetadas.
f c~
49. (ESAF/ANALISTA/SEFAZ- CE/2006) Os créditos suplementares podem ser
abertos mediante cancelamento de outros créditos consignados em lei.
Na questão 52, foi reproduz ido o disposit ivo lega l que discipl ina a utilização do
superávi t financei ro como fonte de recursos para créditos adicionais. Questão
CERTA.
GRACIANO ROCHA
RESUMO DA AULA
6. Não havendo a lei relativa ao disposto no art. 165, § 9º, são segu idas
reg ras transitórias sobre prazos das leis de matéria orçamentária,
dispostas no art. 35, § 2º, do Ato das Disposições Const ituciona is
Transit órias (ADCT) da CF/ 88.
11. O Congresso deve devolver os projetos de PPA e de LOA, para sanção, " até
o encerramento da sessão legislativa" - atualmente, 22 de dezembro.
12. O projeto de LDO deve ser enviado pelo Presidente ao Congresso "até oito
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro", ou seja, 15
de abril.
20. A LDO é uma criação da CF/88, como o PPA, e tem como função principa l
fazer a intermediação entre o PPA e a LOA. É o instrumento que a
Administração uti liza pa ra executar o PPA, por meios das LOAs, de forma
mais sintonizada com as condições socia is, econômicas, políticas, que
venham a alterar as prioridades do governo.
21. As atribuições dadas pela CF/88 à LDO são: indicar as metas e prioridades
da administração pública federa l, incluindo as despesas de capital para o
próximo exercício financeiro; orientar a elaboração da LOA; dispor sobre
alterações na legislação tributária; estabelecer a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento.
27. O orçamento de investimento das estatais, como é conhecido, diz respe ito
às aplicações de recursos no capita l social de empresas das quais a União,
direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com di reito a
voto - ou seja, são empresas em que a União tem supremacia no tocante a
deci sões sobre sua atuação.
30. Segundo a LDO, os créditos adici onais aprovados pelo Congresso Nacional
não necessitam de decreto para sua abertura; a abertu ra é conside rada
real izada com a sanção e publicação da res pectiva lei autorizativa .
36. Os recursos que ficarem sem despesas co rrespondentes, por conta de veto,
emenda ou rejeição do projeto de LOA, podem ser utilizados mediante
créditos especiais ou suplementares.
(B) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos prog ramas
de duração continuada.
26. ( ESAF/ EPPGG/ MPOG/ 2013) O modelo orçamentário brasi leiro é definido na
Con st ituição Federa l de 1988 do Brasil. Compõe-se de três instrumentos: o
Plano Plurianual - PPA, a Lei de Di retrizes Orçamentá rias - LDO e a Lei
Orçamentá ria Anual - LOA, conforme informa o art. 165:
II - as diretrizes orçamentárias;
(E) devem ser autorizados por lei e abertos por decreto do Poder
Executivo.
d) São autorizações abertas por decreto do Poder Executivo até o lim ite
estabelecido em lei.
QUESTÕES ADICIONAIS
55. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) Elaboração, estudo/aprovação, execução e
avaliação são sequências das etapas desenvolvidas pelo processo
orçamentário denom inado
(B) deve ser elaborado por iniciativa da Assem bleia Legislativa Estadual,
que o submeterá à sanção do Governo do Estado.
e) os valores a serem aplicados nos prog ramas não const am do PPA por
serem objeto da Lei Orçamentária Anual - LOA.
(A) I, II e III.
(E) I, apenas.
(A) extraordinários.
(B) suplementares.
(C) especiais.
(D) complementares.
(E) constituciona l, porém de eficácia lim itada, uma vez que o créd ito
somente poderia ser incorporado ao orçamento do exercício fi nanceiro
subsequente.
(C) abrir, por meio de decreto, créd itos suplementares autorizados na Lei
Orçamentá ria.
(D) abrir, por meio de decreto, créditos ext raord inários e dar conhecimento
imediato ao Poder Legislat ivo.
(A) ser abertos, desde que existam recursos disponíveis para ocorrer a
despesa, salvo no caso de guerra, independentemente da sua urgência e
necessidade.
(B) ser abertos, desde que existam recursos disponíveis para ocorrer a
despesa, independentemente da sua urgência e necessidade.
(D) ficar abertos sem a existência de recu rsos disponíveis para ocorrer a
despesa por, no máximo, trinta dias.
GABARITO
1 2 3 4 5 ~ 7 8 9 10
e e E E e E e e E E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E e e E E B E e D e
21 22 23 24 25 26. 27 28 29 30
e E E e E D E E B E
31 32 3-3 34 35 36 3-7, 38 39 40
A E E D e E A E E E
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
B E E E e e e B e E
51 52 53 54 55, 56 57 58 59 60
E e E E e E E e E E
61 62 63 64 65 66 67 .6 8 69 7Ó
E E e E e E e E e e
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
B e E B A B E e B B
81 82 83 84 .as 86 87 88 89 90
e B A D E B A e A D
91 9.2 93 94 95 96 97 98 99 100·
e e B E E e e A D D