1
Conteúdo
SEQUENCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO 8
Sequência Rápida de Intubação em DPOC e Asma 10
Sequência Rápida de Intubação em HIC 12
VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA 13
Como Calcular Peso Corpóreo Predito 16
Parâmetros Iniciais de Ventilação Mecânica 17
Ventilação Mecânica na SDRA (SARA) 18
Ventilação Mecânica no DPOC 24
Ventilação Mecânica na ASMA Grave 25
Tabela Resumo Ventilação em Broncoespasmos 27
SEDAÇÃO 28
Fluxograma de Sedação 29
Sedação Padrão 30
Sedação 2 Bombas de Infusão 31
Despertar Diário 32
Prova de Respiração Expontânea 33
CAM-ICU 34
EXTUBAÇÃO 35
SEPSE 36
Manejo de Acidose Lática em Choque Séptico 49
CIVD 40
LESÃO RENAL AGUDA (LRA) 43
Indicações de Diálise de Urgência 44
LRA por Contraste 45
DISTÚRBIOS DE EQUILÍBRIO ÁCIDO- BÁSICO 46
Reposição de Bicarbonato em Acidose Metabólica 48
2
DPOC EXACERBADO 51
CRISE DE ASMA 54
TROMBO EMBOLISMO PULMONAR (TEP) 57
Critérios de Wells Modificado 58
Tratamento de TEP Parte I - Anticoagulação 61
Tratamento de TEP Parte II - Trombólise 63
DERRAME PLEURAL 65
Transudato Vs. Exsudato (Critérios de Light) 66
Indicações de Drenagem 70
ABT em Derrame Parapneumônico 72
VNI 73
SDRA (SARA) 74
CRISE HIPERTENSIVA 78
Tratamento de Urgência Hipertensiva 80
Drogas e Doses de Antihipertensivos
Tratamento da Emergência Hipertensiva 81
Edema Agudo de Pulmão Hipertensivo 81
Dissecção Aguda de Aorta 82
Hipertensão Acelerada Maligna 83
Encefalopatia Hipertensiva 85
IC AGUDAMENTE DESCOMPENSADA 86
Critérios de Framingham 86
Fluxograma IC Perfil B 90
Fluxograma IC perfil C 91
Diuréticos em IC agudo 92
Esquema de Mullens para desmame de Nipride 93
Drogas que mortalidade em IC 95
3
SD. CORONARIANA SEM ELEVAÇÃO- ST 96
Probabilidade 98
Tratamento 99
TIMI Risc 101
Braunwald
Braunwald Risc Score 102
CLASSIFICAÇÃO DE CHILD- PUGH 103
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA (EH) 104
Classificação de West Haven 106
Fluxograma 107
HDA VARICOZA 108
Tratamento 108
Balão de Sengstaken- Blakemore 110
PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA (PBE) 111
GASA / Paracentese 111
Indicações de Albumina 113
PERITONITE BACTERIANA SECUNDÁRIA (PBS) 115
SÍNDROME HEPATORRENAL 116
HEPATITE ALCOÓLICA AGUDA 118
Score de Maddrey 121
ENCEFALOPATIA DE WENICKE 123
Reposição Vitamina B1 126
SÍNDROME DE KORSAKOFF 127
CETOACIDOSE / ESTADO HIPERGLICÊMICO 128
Fluxograma para Cetoacidose 132
Fluxograma para EHH 134
INSULINOTERAPIA EM PACIENTE INTERNADO 136
Escada de correção 137
RAIVA 138
PROFILAXIA TÉTANO ACIDENTAL 142
4
ACIDENTE OFÍDICO (COBRAS) 144
Acidente Botrópico 144
Acidente Crotálico 146
ACIDENTE ARACNÍDEO 148
MANEJO AGITAÇÃO PSICOMOTORA 152
SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA 154
ANAFILAXIA 158
DELIRIUM 159
CRISE CONVULSIVA 161
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS 162
SÍNDROME TORÁCICA AGUDA 170
SÍNDROME VASOOCLUSIVA 173
Analgesia 175
NEUTROPENIA FEBRIL 176
Escore de MAASC 177
Indicações de Vancomicina e Metronidazol 178
Indicações de Tomografia 179
Fluxograma 182
USO DE HEMODERIVADOS EM ADULTOS 184
ANTICOAGULAÇÃO 188
Enoxaparina 188
Heparina não fracionada 189
Varfarina 190
Sangramento e Anticoagulação 196
NUTROLOGIA BÁSICA 200
Nutrição enteral 201
DISTÚRBIOS DO SÓDIO 206
Hiponatremia 208
Hipernatremia 214
5
DISTÚRBIOS DO POTÁSSIO 218
Hipercalemia 220
Hipocalemia 225
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO 229
Hipocalcemia 230
Hipercalcemia 233
TABELAS
Conversão de Corticoesteróides 235
Fornecimento de O2 Suplementar 236
Antagonistas 237
Anti-hipertensivos VO 238
Drogas para controle da Frequencia Cardíaca (EV) 240
Drogas para controle da Frequência Cardíaca (VO) 241
Drogas pra controle do ritmo em FA 242
Antiarrítmicos 243
Sedativos e Analgésicos 244
Bloqueadores Musculares 245
Drogas para Emergência Hipertensiva 246
Aminas vasoativas e inotrópicos 247
Dopamina 248
Noradrenalina 250
Dobutamina 252
Nitroprussiato (Nipride) em Emergência Hipertensiva 254
Nitroprussiato (Nipride) em IC 256
Nitroglicerina (Tridil) 257
CRITICAL CARE PAIN OBSERVATION TOOL (CPOT) 258
ESCALA SEDAÇÃO RASS 259
6
7
Sequência Rápida de Intubação
1) Fentanila (Fentanil®)
0,5mg/10mL = 50mcg/ml
Não diluir
Dose: 3mcg/kg em 60 a 120 seg
PESO Kg DOSE mcg DOSE ml
40 120 2,5
50 150 3,0
60 180 3,5
70 210 4,0
80 240 4,5
90 270 5,2
100 300 6,0
2) Midazolam (Dormonid®)
15mg/3ml
Diluir em 12ml de SF0,9%
Dose: 0,2mg/kg Bolus
PESO Kg DOSE mg DOSE ml
40 8 8
50 10 10
60 12 12
70 14 14
80 16 16
90 18 18
100 20 20
8
Etomidato* (Hipnomidato®)
20mg/10ml = 2mg/ml
Diluir em 10ml de SF0,9%
Dose: 0,3mg/kg Bolus
PESO Kg DOSE mg DOSE ml
40 12 6,0
50 15 7,5
60 18 9,0
70 21 10,5
80 24 12,0
90 27 13,5
100 30 15,0
* se instabilidade ou risco iminente de instabilidade
ou doença cardiovascular significativa
3) Succinilcolina (Quelicin®)
100mg/frasco
Diluir em 10ml de SF0,9%
Contra-indicado em Hipercalemia
Dose: 1,5mg/kg
PESO Kg DOSE mg DOSE ml
40 60 6,0
50 75 7,5
60 90 9,0
70 105 10,5
80 120 12,0
90 135 13,5
100 150 15,0
9
Sequência Rápida em DPOC/Asma
2) Propofol
200mg/20ml
Não diluir
Dose: 2mg/kg Bolus
PESO Kg DOSE mg DOSE ml
40 80 8
50 100 10
60 120 12
70 140 14
80 160 16
90 180 18
100 200 20
10
Quetamina*
10mg/ml 10ml Ampola
50mg/ml (Tabela) Não Diluir
100mg/ml
Dose: 1-2 mg/kg Bolus
PESO Kg DOSE mg DOSE ml
40 40- 80 0,8- 1,6
50 50- 100 1,0- 2,0
60 60- 120 1,2- 2,4
70 70- 140 1,4- 2,8
80 80- 160 1,6- 3,2
90 90- 180 1,8- 3,6
100 100- 200 2,0- 4,0
*outra opção. Não tem na UE-FMRP-USP
3) Rocurônio* (Esmoron®)
50mg/5ml
Não Diluir
Dose: 0,6-1,2 mg/kg
PESO Kg DOSE mg DOSE ml
40 24- 48 2,4- 4,8
50 30- 60 3,0- 6,0
60 36- 72 3,6- 7,2
70 42- 84 4,2- 8,4
80 48- 96 4,8- 9,6
90 54- 108 5,4- 10,8
100 60- 120 6,0- 12,0
* ou succinilcolina
11
Sequência Rápida em
Hipertensão Intracraniana
12
Ventilação Mecânica Invasiva
Principais Indicações de VM
Rêánimáçáó dêvidó á PCR
Hipóvêntiláçáó ê ápnêiá (intóxicáçóês)
Dóênçá Pulmónár Intrínsêcá
Fálênciá mêcánicá dó ápárêlhó rêspirátórió (frá-
quêzá musculár, dóênçás nêurómusculárês, có-
mándó rêspirátórió instávêl cómó êm AVC ê TCÉ)
Tóráx Instávêl
Rêduçáó dó trábálhó dá musculáturá rêspirátóriá
ê fádigá musculár
13
Como Iniciar a Ventilação Mecânica
1) Conhecer o aparelho
2) Checar tubulação e inserir água destilada do reser-
vatório. Optar pelo mínimo de aquecimento do re-
servatório
3) Escolher modo ventilatório:
Assistido/controlado (A/C): toda a ciclagem,
estimulada ou não pelo paciente, ofertará os pa-
râmetros totais de pressão/volume ajustados
Não há pressão de suporte
Polpa a musculatura respiratória
Pode exigir sedações e bloqueadores mus-
culares
Synchronized Intermittent Mandatory Ven-
tilation (SIMV): Além da entrada do ventilador,
quando há drive respiratório pelo paciente, será
ofertado apenas Pressão de Suporte
Bom para iniciar ventilação em Geral
Permite maior conforto do paciente
4) Escolher modo de Ciclagem:
Ciclado a Tempo (Pressão)
Estabeleço a Pressão ofertada e o Tempo para
se atingir esta pressão (tempo Inspiratório)
Ciclado a Volume
Estabeleço o Volume Ofertado e o Fluxo. O Tem-
po insp. será dado indiretamente Há maior risco
de barotrauma
14
5) Calcular o Volume Corrente Alvo. É o alvo de am-
bos os modos de ciclagem. Para este calculo SEM-
PRE utilizar o PESO PREDITO dado pela tabela a
frente. Para se estimar a altura do paciente, realizar
a medida da hemi-envergadura e multiplicar o va-
lor por 2:
15
COMO CALCULAR PESO CORPÓREO PREDITO
O Volume corrente deve ser ajustado sempre em re-
lação ao peso coróreo predito (NUNCA em relação ao
Peso Real). Utilizar a fórmula ou a tabela de consulta
rápida (mais prático) abaixo:
16
17
Ventilação Mecânica na SDRA (SARA)
18
19
CONDUTAS EM HIPOXEMIA REFRATÁRIA (SDRA)
Hipoxemia Refratária:
Se hipoxemia refratária:
20
CONDUTA PARA ACIDEMIA/ALCALEMIA EM SDRA
Controlar o pH conforme o seguinte protocolo
Ajustar FR para atingir meta de pH arterial
21
Conduta para Acidemia Grave (pH < 7,15)
22
DESMAME VENTILATÓRIO EM SDRA
O desmame da PEEP e da FiO2 deverá seguir a tabe-
la de combinações da página 17
OBS:
23
Ventilação Mecânica no DPOC
Ventilação no DPOC
1) Não há estudos de superioridade entre modos. Há
tendência a se ventilar a Pressão Controlada
2) Repouso da musculatura respiratória por 24- 48h.
Modo AC + Sedação (Bloqueio muscular SN)
3) VC = 6-8 ml/kg (página 15)
4) Baixa FR (6 a 12 ipm)
5) Objetivo: 7,20 < pH < 7,40
(não se preocupar com os valores de PaCO2)
6) Quando ventilado a volume, optar pelo fluxo
desace-lerado
7) Curto período ins. Relação I:E < 1:3 (1:4, 1:5 etc).
No modo ventilado a volume aumentar o fluxo ins. e
não utilizar pausa ins.
8) FiO2 mínimo para SaO2 > 90% e PaO2 entre 60 e 80
mmHg. Evitar hiperóxia (PaO2 > 120mmHg)
9) PEEP extrínseca próxima à PEEP intrínseca (PEEP
extrínseca = 85% da PEEP instrínseca). Para medir
PEEP intrínseca, obstruir a válvula expiratória (ma-
nualmente). Há máquinas que já dão este valor
24
OBS: Valores de Pico de Pressão não devem ser utili-
zados isoladamente para guiar mudança nos parâme-
tros ventilatórios, uma vez que não se correlacionam
com a pressão alveolar neste grupo de pacientes. No
entanto, pressões de pico > 45 mmHg sinalizam para
problemas potencialmente graves envolvendo a me-
cânica pulmonar e requerem rápida avalição diag-
nóstica e tratamento
25
Ventilação na ASMA GRAVE
1) Não há estudos de superioridade entre modos. Há
tendência a se Ventilar a Pressão Controlada
2) Objetivo: evitar o barotrauma, mesmo que seja ne-
cessário a hipoventilação e Hipercapnia Permissiva
3) VC = 5-7 ml/kg (página 15)
4) FR entre 7 -11 ipm
5) Se ventilando a volume, utilizar altos fluxos ins. ( >
60l/min) para tempo ins. e o expiratório (4 e 5
seg), mas manter (vale para ambos modos):
26
27
Sedação
Considerações Gerais:
1) Utilizar escalas de dor e otimizar analgesia sempre
antes de iniciar sedação ou elevar dose. Muitos
casos somente a analgesia é suficiente
2) Avaliar dor periodicamente por métodos validados
como o Critical-Care Pain Observation Tool (CPOT)
(final do guia)
3) Sedação ideal: buscar ALVO sedativo, em geral
buscar RASS de zero (final do guia). Em quadros
instáveis pode-se tolerar RASS mais baixos.
Reavaliar de 4/4 a 6/6h
4) Realizar despertar diário (DD) e Prova de respira-
ção espontânea (PRE) em todos os pacientes intu-
bados, salvo exceções (isso tempo de hospitali-
zação e sobrevida)
5) Realizar Screening de Delirium com CAM-ICU e
investigar causa e tratar se presente
6) Caso midazolam seja indicado, o ideal é a adminis-
tração com Fentanil separadamente, na menor do-
se possível. O midazolam transtorno pós traumá-
tico pós hospitalização e delirium (buscar evitar)
Prolongam a meia vida do Midazolam:
a) Tempo de uso > 48h
b) Comprometimento hepático ou renal;
c) Inibidores CYP3A4: amiodarona, fluconazol,
metronidazol e macrolídeos
Diminui a meia vida do Midazolam:
Carbamazepina por ação CYP3A4
28
29
Sedação Padrão UE-FMRP-USP (1 BIC)
Midazolam (50mg/10ml) 200mg (40ml)
Fentanil (0,5mg/10ml) 1,0 mg (20ml)
SF0,9% ou SG5% 140 ml
TOTAL (ml) 200 ml
Midazolam = 1mg/ml
Fentanil = 5 mcg/ml
Velocidade de Infusão
Titular baseado no Midazolam
Velocidade do Midazolam: 0,02 a 0,1 mg/kg/h
30
Sedação com 2 Bombas de Infusão
Midazolam Fentanil
(50mg/10ml) (0,5mg/10ml)
200mg (40 ml) 1,0mg (20 ml)
160 ml de SF ou SG 80 ml de SF ou SG
[ ] = 1mg/ml [ ] = 10 mcg/ml
Iniciar com:
Midazolam a 0,04xPeso (ml/h) +
Fentanil a 0,05x Peso (ml/h)
Reavaliar a cada 2h
31
32
33
34
Extubação
35
Sepse
36
Objetivos meta para as primeiras 6 h quando há hipo-
perfusão secundária a infecção (persistência de hipo-
tensão após prova de volume ou lactato > 4 mmol/L)
a) PVC êntrê 8 – 12 mmHg
b) PAM ≥ 65
c) Diurêsê ≥ 0.5 mL/kg/hr
d) Sáturáçáó Vênósá Cêntrál (vêiá cává supêriór) ≥
70% ou Sáturáçáó venosa periférica ≥ 65%
e) Objetivar normalização do lactato caso elevado
37
7) Manter Hb 7-9g/dL (na ausência de hemorragia,
DAC ou hipoperfusão tecidual) (1B)
8) Manter Dextro <180mg/dL (1A)
9) Profilaxia para TVP (1B)
10) Profilaxia para úlcera de Stresse (1B)
11) Dieta oral ou enteral nas primeiras 48h se
possível (2C)
12) Elevação da Cabeceira de 45° se intubado
13) Clorexidine bucal 2% de 8/8 h se intubado
14) Hipromelose 1 gt por olho de 8/8 h se sedado
38
PVC mmHg = (PVC cmH2O)/1,36
39
Coagulação Intravascular Disseminada
Patologia de base
Ativação sistêmica
da
coagulação
Disfunção de
múltiplos orgãos Sangramentos
40
Patologias de Base
Sepse
Trauma
Destruição orgânica (ex. Pancreatite)
Malignidade (tumores sólidos, leucemias)
Obstétricos (Embolia de líquido amniótico, pré-
eclampsia)
Anormalidades Vasculares (aneurisma)
Falência hepática grave
Toxicidade e insulto imunológico (bicadas de co-
bras, drogas ilícitas, rejeição de transplante e in-
compatibilidade transfusional)
Score:
1) Plaquetas
>100x10³=0 | 50 a 100 x10³=1 | <50x10³=2
2) D-dímeros
normal=0 | moderado=2 | importante=3
3) TP prolongado
<3s=0 | >3s e <6s=1 | >6s=2
4) Fibrinogênio
>100 mg/dl=0 | <100 mg/dl=1
41
Tratamento da CIVD
Tratar causa base. Em caso específico de Leuce-
mia Promielocítica Aguda, utilizar ATRA
1) Transfusão Plaquetária (1-2 Uni/10kg por dia) se:
Sangramento ativo e PLQ < 50.000
Alto risco de sangramento (pós cirurgico ou que
será submetido a procedimento cirúrgico) e
PLQ < 20.000
43
Nefrite Intersticial Aguda (NIA)
LRA Rash Cutaneo
Eosinofilia Eosinofilúria
Leucocitúria estéril Febre
Causas de NIA
Quinolona Penicilina Cefalosporina AINES
Omeprazol Rifampicina Alopurinol
Diálise de Urgência
Hiporexia, náuseas e vô-
mitos, pericardite, neuro-
patia sensitiva (síndrome
das pernas inquietas, se-
Síndrome Urêmica nsação de dor e queima-
ção distal), neuropatia
motora (mioclonias até
paralisia) ou rebaixamen-
to do nível de consciência
Hipervolemia refratária
Acidose Metabólica de
pH < 7,1
difícil controle
LRA Hipercatabólica Vide ao lado
Intoxicações Lítio
44
LRA Hipercatabólica Variação em 24h
Elevação de Uréia > 50 mg/dL
Elevação da Creatinina > 2,0 mg/dL
Queda do Bicarbonato > 2,0 mmol/L
Elevação do Postássio > 1,5 mmol/L
Prevenção:
1) Se risco apenas evitar desidratação
2) Sê riscó (Cr≥1,5mg/dl óu TFG<60ml/1,73m²),
particularmente se DM associado, seguir expan-
são com BIC ou SF0,9% (fazer se expansão volê-
mica não for contraindicada). Vide a seguir:
a) Bicarbonato Isotônico: bolus de 3ml/kg de
Bicarbonato Isotônico 1h antes da exposição e
manter 1ml/kg/h nas 6h pós exposição (150
ml de Bicarbonato de sódio a 8,4% em 850ml
de água para injeção)
b) Salina Isotônica:
45
Distúrbios do Equilíbrio Ácido Básico
Diagnóstico
47
Tratamento da Acidose Metabólica
Se por acúmulo de ácidos (AG):
1) Tratar causa base
2) Não repor Bic se pH > 7,15
3) Se pH <7,15, não há consenso
4) CAD e Ac. Láctica tem protocolos específicos
5) Diálise poderá corrigir o distúrbio como supor-
te terapêutico
48
Como Repor Bic: (BE x Peso x 0,3)/2
Diluir, se o estado de volemia do paciente per-
mitir, na proporção de 150 mL de bic de sódio
8,4% em 850 mL de AD ou SG. Diluindo ou não
sempre passar EV lento (em 4h)
Contraindicações para o uso de Bicarbonato:
Hipocalemia // Hipocalcemia // Hipervolemia
50
DPOC Exacerbado
Diagnótico
Exclusivamente baseada na queixa do paciente, com
piora aguda de 1 ou mais dos três:
Tosse
Dispnéia Basal
Produção de catarro
51
Suporte de Oxigênio
Manter alvo de 88-92% de saturação
Broncodilatadores (nebulização)
Corticoesteróides
Prednisona 30 a 40mg/dia VO por 10-14 dias
Metilprednisolona 30 mg EV 1x dia
EV quando VO contraindicada ou quando há suspeita
de absorção esplâncnica, como no choque. Transici-
onar para VO assim que possível
Dispnéia
do volume do escarro
Mudança da cor do escarro
52
Indicações de ABT
Presença dos 3 sintomas cardinais
Presença de 2 sintomas cardinais, sendo que a mu-
dança de cor está presente
Antibioticoterapia
Espectro para pneumococo, moraxella e hemófilos
Clavulin 1g EV de 8/8h. Se paciente previamente
em ventilação mecânica ou fatores de risco para
Pseudomonas, optar por quinolonas respiratórias
Tratar por 5 a 10 dias
53
Crise de Asma
55
56
Tromboembolismo Pulmonar
57
Critérios de Wells modificado (JAMA 2006)
Critérios Pontos
1) Sintomas clínicos de TVP 3,0
(edema de MI, dor à palpação)
2) Outro diagnóstico menos provável que TEP 3,0
3) FC > 100 bpm 1,5
4) Imóbilizáçãó (≥3 diás) ou cirurgia nas 1,5
prévias 4 semanas
5) TEP ou TVP prévios 1,5
6) Hemoptise 1,0
7) Malignidade 1,0
Score de Probabilidade
TEP provável >4,0
TEP improvável ≤4,0
Solicitar
dímeros- D
Negativo Positivo
Angiografia por TC
TEP submaciço
EP aguda sem hipotensão sistêmica (PA sistólica >
90 mmHg) mas com disfunção do VD ou necrose
miocár-diaca (aumento de troponina)
TEP normal
EP aguda na ausência de disfunção do VD, estabili-
dade e com biomarcadores normais. Prognóstico
excelente, mortalidade se aproxima a 1%
59
Disfunção de VD: pelo menos 1 dos seguintes
1. Alterações no ECG:
Mais Sugestivos: BRD + S1Q3T3
Novo BRD completo ou incompleto
Ondas S em DI e aVL
Zona de transição em V5
Ondas Q em DIII e aVF, mas não em DII
Eixo: desvio direito >90° ou indeterminado
QRS de voltagem nas derivações periféricas
Inversão onda T em DIII e aVF, ou VI-V4
2. Dilatação do VD (diâmetro do VD apical no 4 câ-
maras dividido por diâmetro do VE > 0,9) no ECO
ou no CT
3. Disfunção de VD no ECO
4. Elevação do BNP (>90 pg/ml)
5. Elevação do Pro-BNP N-terminal (>500 pg/ml)
60
Tratamento TEP Parte I – Anticoagulação
Vide capítulo próprio de anticoagulação
61
Risco de sangramento em Anticoagulação
Idade>65 anos Diabetes
Sangramento Prévio Anemia
Trombocitopenia Malignidade
Terapia antiplaquetária Insuficiência Renal
Cirurgia recente Falência Hepática
AVC prévio Etilismo
0 fator de risco: Baixo risco
1 fator de risco: Médio risco
2 ou mais fatores de risco: Elevado risco
62
Tratamento TEP Parte II - Trombolíticos
1. Indicada no TEP maciço, mesmo quando há risco
de sangramento, desde que julgado como aceitável
(IIa, Nível de evidência B)
2. Considerar, pesando risco-benefício, em:
a) Hipoxemia severa
b) Disfunção de VD associado com TEP
c) TVP extensa
d) Defeito perfusinal substancial ao exame
V/Q quando feito
e) Lesão miocárdica
3. Contra-indicado em TEP normal (baixo risco)
4. Não há indicação ou contraindicação em caso de
PCR devido possivelmente a TEP
63
Contra-indicações ao uso de Trombolíticos
ABSOLUTAS
AVC hemorrágicos ou AVC de tipo desconhecido
pregresso
AVC sabidamente isquêmico nos últimos 6
meses
Neoplasia ou lesões encefálicas
Cirurgia ou Trauma ou TCE maior nas últimas 3
semanas
Hemorragia gastrointestinal no último mês
Sangramento ativo
RELATIVAS
AIT nos últimos 6 meses
Anticoagulação plena
Gravidez ou 1° mês do puerpério
Punções não compressíveis
Manobras de ressuscitação caridopulmonar
traumáticas
Hipertensão refratárias (PAS > 180 mmHg)
Insuficiência Hepática
Endocardite Infecciosa
Úlcera péptica ativa
64
Derrame Pleural
Visão Geral
Buscar e tratar causa do derrame
Avaliar necessidade de Toracocentese
Classificar derrame: exsudato Vs. transudato
Avaliar necessidade de drenagem torácica
65
Transudato VS Exsudato
Critérios de Light (exsudato se ao menos 1):
66
67
Transudato
Tratar a causa base. Principais causas de Transudato:
1. Insuficiência Cardíaca (90%)
2. Cirrose com Ascite
3. Síndrome Nefrótica
4. Hipoalbuminemia Grave
5. Diálise Peritoneal
6. Síndrome da Veia Cava Superior
7. Outros: Mixedema, urinotórax, pericardite
constrictiva, atelectasia
Exsudato
Por meio da história, exame físico e exames comple-
mentares realizar HD principais para guiar a investi-
gação seguinte. Os dois exames que auxiliam nesta fase
é a celularidade do líquido pleural e a Glicose
68
Glicose
Se Glicose do derrame < 60 mg/dl ou uma razão Glico-
se do derrame/Glicose plasmático < 0,5, as únicas cau-
sas possíveis são:
1. Derrame parapneumônico complicado ou
empiema (anaeróbios)
2. TB pleural
3. Malignidade
4. Pleurite Reumatóide
5. Pleurite Lúpica
6. Rutura de esôfago
Diagnóstico Diferencial
Quando os exames acima falham em diferenciar Neo
de TB em derrame linfocítico, dosar Adenosino De-
aminase (ADA) do derrame:
< 35 U/L sem conclusões
> 35 U/L e <250 U/l TB pleural
> 250 U/l Empiema ou Malignidade Linfóide
69
Mesmo com todos os exames já citados, pode-se não
chegar a um diagnóstico, sendo indicada CT de tó-
rax com contraste, buscando-se sinais de neoplasia,
infecções ou outra possível causa. Também é útil
para guiar biópsia pleural ou biópsia de imagem
suspeita, passo seguinte da investigação
Amoxicilina- Clavulanato
Ceftriaxone + Clindamicina
Carbapenêmicos
Empiema
ABT por 4-6 semanas, podendo ser prolongado. Dis-
cutir tipo de drenagem com cirurgia. Mas em geral,
se multiloculado ou sem resposta a drenagem co-
mum, estará indicado Toracoscopia vídeo-assistida
para debridamento e drenagem
72
Ventilação Não Invasiva (VNI)
73
SDRA
Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo é
uma síndrome aguda de inflamação pulmonar com
aumento da permeabilidade alvéolo-capilar com e-
dema pulmonar secundário
Clínicamente caracterizado por:
A. Hipoxemia secundária a da complacência pul-
monar e do espaço morto e do shunt artério-
venoso
B. Opacidades pulmonares bilaterais
Esta síndrome, sua definição e seus critérios diag-
nósticos foram revisados recentemente: definições
de Berlin para SDRA (2012)
74
75
Tratamento da SDRA
1. Tratar causa base (fatores de risco)
2. Suporte Ventilatório protetor com Baixo Volume
Corrente (Protocolo ARDS Network, vide capítulo
próprio). Diminuiu a mortalidade em 9%, tempo
de ventilação e internação
3. O gráfico acima resume os tratamentos possíveis
dependendo da gravidade da hipoxemia. Em ama-
relo estão os tratamentos que ainda não foram
validados por estudos adequados
4. HFO: Ventilação de Alta Frequência Oscilatória é
um método promissor de ventilação em casos
graves. Estudos multicêntricos estão em anda-
76
mento, trata-se de um método alternativo ao
ARDSNET mas exige ventilador próprio para atin-
gir altas FR de até 10 ciclos/segundo (10Hertz)
5. ECCCo2-R: Remoção de CO2 extracorpórea
6. ECMO: Oxigenação por membrana extra-corpórea
7. Seguindo o gráfico ao lado temos para a nossa
realidade que devemos:
Buscar Volume Corrente Baixo (4 a 6 ml/kg/
min) e Pressão de Platô ≤ 30cmH2O para to-
dos os casos de SDRA
Seguir o protocolo de altos PEEPs do ARDS-
NET somente nos casos de SDRA Moderados
ou Graves, ou seja, com PaO2/FiO2 ≤ 200,
associando Bloqueadores musculares se
necessário
77
Crise Hipertensiva
Sinais e Sintomas
URGÊNCIA EMERGÊNCIA
22% Cefaleia 29% Dispnéia
17% Epistaxe 26% Dor Torácica
10% Desmaio 23% Cefaléia
10% Agitação PM 20% Alteração de NC
9% Dor Torácica 11% Déficit Neurológico Focal
9% Dispnéia
% Arritmias
% Parestesia
78
Diferencial Urgência VS Emergência
Buscar lesão de órgão alvo (prevalência):
a) AVC (24,5%)
b) Edema Agudo de Pulmão (22,5%)
c) Encefalopatia Hipertensiva (16,3%)
d) IC descompensada (12%)
e) Hemorragia Subaracnóide (HSA)
f) Dissecção Aguda de Aorta
g) IAM
h) LRA
i) Eclâmpsia
j) Hemólise microangiopática (plaquetopenia
junta-mente com elevação de LDH (>220 U/l)
ou presença de esquisócitos
Lembretes:
Investigar histórico da HAS
Medicamentos
Descontinuação abrupta de clonidiná óu β-
bloqueadores (Efeito Rebote)
Drogas ilícitas
Investigar Sinais e sintomas para AVC, IAM, IC,
dissecção de aorta, etc
Mensurar PA com manguito adequado nos 2
membros pensando em dissecção de aorta
Realizar exame neurológico e fundo de olho,
buscando encefalopatia hipertensiva
(papiledema, exsudatos e hemorragias)
Caso cefaléia, questionar sobre característica
(se Trovoada pensar em HSA)
79
Tratamento da Urgência Hipertensiva (UH)
81
Dissecção Aguda de Aorta
MOV+ analgesia com Morfina + controle de FC e em
seguida PA (Doses no final do Guia):
1°) Diminuir FC < 60 bpm se tolerado. Fazer
Metoprolol ou propranolol EV. Se Beta bloqueadores
contraindicados utilizar Verapamil ou Diltiazem EV
2°) Diminuir PA com nitroprussiato. Diminuir PAS
para < 120 mmHg e PAM<80 mmHg em 5-10 min
Avaliar Cirurgia Imediata
82
Hipertensão Acelerada- Maligna
Síndrome clínica caracterizada por hipertensão
com hemorragias retinianas, exsudatos ou papile-
dema (retinopatia Grau III ou IV, vide abaixo)
Pode haver envolvimento renal (nefroesclerose) e
anemia microangiopática
Não há mudança de prognóstico se há ou não papi-
ledema e o tratamento deverá ser igual
Há lesão endotelial difusa, com necrose fibrinóide
das arteríolas, e áreas de intensa vasoconstricção e
outras de vasodilatação
Caso se dê, mesmo com papiledema, sem acometi-
mento renal, cardíaco ou neurológico ou outro a-
chado que configure EH, tratar como Urgência
Hipertensiva
83
84
Encefalopatia Hipertensiva
Síndrome caracterizada por sinais de edema cerebral
secundária a quebra da regulação vascular cerebral
e hiperperfusão devido a súbito e severo da PA
Tríade: PA + alteração de NC + Edema de papila
85
IC Agudamente Descompensada
Diagnosticar IC, buscar e tratar causa da descom-
pensação, classificação de Perfil Hemodinâmico/
exames iniciais e tratamento segundo o perfil
Critérios Diagnósticos de IC - Framingham
Diagnóstico 2 Maiores ou 1 Maior e 2 Menores
MAIORES
1. Ortopnéia ou Dispnéia Paroxística Noturna
2. Turgência Jugular
3. Estertores
4. Cardiomegalia
5. Edema Agudo de Pulmão
6. Galope Protodiastólico (B3)
7. Aumêntó PVC ≥ 16 cmH2O (átrió dirêitó)
8. Refluxo Hepatojugular
9. Tempo Circulátórió áumêntádó (≥25 s)
MENORES
1. Edema perimaleolar
2. Tosse Noturna
3. Dispnéia nos afaseres diários
4. Hepatomegalia
5. Derrame Pleural
6. Capacidade Vital basal diminuida em 1/3
7. Táquicárdiá (FC ≥ 120 bpm)
MAIOR/MENOR
Pêrdá póndêrál ≥ 4,5Kg em 5 dias de tratamento.
Se atribuível ao tratamento de IC é MAIOR, se
não, é MENOR
86
BNP ou N Terminal (NT)-pro BNP
Exame a ser solicitado quando há dúvida diagnóstica
A. Valores compatíveis com IC
BNP > 500pg/ml ou NT-pro BNP >450pg/ml
(<50anos) e >900 pg/ml (>50 anos)
B. Valores incompatíveis com IC
BNP< 100pg/ml ou NT-pro BNP <300pg/ml
87
Medidas Iniciais
1. Monitorização não invasiva (PA, SpO2, T°C, FC)
2. O2 suplementar (minima oferta de O2 necessária
para manter SpO2 >90%)
3. VNI caso taquidispnéia (>25 ipm) e hipoxemia em
despeito de O2 suplementar
4. Balanço hídrico rigoroso (coletor ou SVD) e peso
diário em jejum
5. Exames laboratoriais (HMG, Ur, Cr, eletrólitos,
glucose, lactato e outros exames dependendo do
motivo da descompensação ex. Troponina)
6. BNP ou NT-Pro BNP se diagnóstico incerto
7. ECG e Raio X de tórax
Manejo Geral
Tratar fator desencadeador (se FA ou IAM seguir
manejos específicos dessas condições)
Seguir classificação de Nohria- Stevenson
Tratar sintomas de congestão com Diuréticos
(furosemida) e dispnéia com vasodilatadores.
Inotrópicos se necessário
ECO caso não haja recente
Otimizar terapia medicamentosa segundo classifi-
cação ICFER ou ICFEP
Tratar comorbidades
Orientar paciente
Agendar retorno curto em ambulatório de IC para
seguimento e demais orientações
88
Classificação de Nohria- Stevenson
Congestão
I. Ortopnéia
II. Aumento da Pressão Venosa Jugular
III. Edema
IV. Ascite
V. Refluxo Hepatojugular
VI. Hiponatremia
Hipoperfusão
I. Pressão de pulso diminuida
II. Extremidades frias
III. Sonolência
IV. Disfunção Renal
89
90
91
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93
94
95
Sd. Coronariana Aguda sem Supra ST
Angina Instável e IAM sem supra-ST, cuja diferença
é a severidade da isquemia em liberar ou não de
marcadores de necrose miocárdica
Lembrar também das outras etiologias de dor angi-
nosa (TEP, DRGE, etc)
Conduta Geral
ABC + MOV (manter em leito monitorizado)
História rápida caracterizando a dor, fatores de
risco para aterosclerose (vide a frente) e buscando
afastar dissecção de aorta (PA nos 4 membros, etc)
ECG em até 10 minutos (seriar 4/4 horas)
AAS 300mg (mastigar e engolir), salvo alergias ou
risco de sangramentos (ex. dissecção de aorta)
Realizar Scores de Probabilidade e Risco
Diferenciar adequadamente Angina de IAMSS-ST e
avaliar necessidade de CATE em 24h
96
Fatores de Risco para Atoresclerose
1) TBG
2) HAS
3) DM
4) HDL<40 mg/dL ou LDL aumentado
5) História familiar para DAC prematura
a) Parentes Homens (1° grau)< 55 anos
b) Parentes Mulheres (1° grau)< 65 anos
6) Idádê: hómêns ≥ 45 ánós ê mulhêrês ≥ 55 ánós
7) Fatores relacionados a estilo de vida:
a) Obesidade
b) Sedentarismo
8) Fatores de Risco emergentes:
a) Intolerância a Glicose
b) Fatores protrombóticos
c) Fatores pró-inflamatórios
OBS: Estes fatores de risco serão utilizados no TIMI
Exames Complementares
a. ECG em até 10 minutos e seriar de 4/4h
b. HMG, eletrólitos, função renal, glicemia, TP e TTPA
c. CK-MB de 6/6h + Troponina 12h da dor
d. Lipidograma (na manhã seguinte em jejum
e. RX de tórax
97
98
Tratamento
A. O2 Suplementar: se SpO2< 90%
B. Nitroglicerina (sintomático):
VO: 0,3-0,6 mg sublinguais de 5 em 5 min
(máximo de 3 doses)
EV: se dor após 3 doses VO, se hipertensão ou IC
Contraindicado: Estenose aórtica grave, Infarto
de VD ou uso de inibidores de fosfodiesterase
(viagra®) nas prévias 24h
C. Morfina (sintomático): aliviar dor ou ansiedade
EV: 2-4mg com incremento de 2-8mg em inter-
valos de 5-15 min
D. AAS
Ataque 160-325 mg (mastigar e engolir)
Manutenção de 100mg/dia indefinitivamente
Se histórico de anafilaxia, fazer só clopidogrel
E. Clopidogrel
Indicado se AAS contraindicado ou nos pacien-
tes com IAMSS-ST comprovado ou Angina Ins-
tável de alto risco
Ataque de 300mg*
*600mg se CATE e 75mg se >75 anos
Manutenção de 75mg/dia
F. Anticoagulação plena (vide capítulo próprio)
Duração: se tratamento conservador manter
durante a internação (mínimo de 48h a 8 dias)
Se Angioplastia Primária, cessar pós procedi-
mento se não houverem complicações ou outras
indicações à anticoagulação
99
G. β- Bloqueadores (nas primeiras 24h)
VO (preferência): propranolol tem vantage da
meia-vida curta
- Propranolol 10-80 mg 12/12 ou 8/8h
- Metoprolol 25- 100 mg 12/12h
- Atenolol 25-200 mg 1x dia
- Bisoprolol 2,5- 10 mg 1xdia
EV em raros casos de isquemia progredindo
(dor recorrente) anterior à angioplastia
- Metoprolol (vide tabela final do Guia)
Contraindicações Absolutas:
- Instabilidade Hemodinâmica, mesmo que só
hipotensão sem choque
- Broncoespasmo atual
- Bradicardia severa
- BAV 2-3° exceto se com marcapasso
- IAM secundário a uso de cocaína
- Insuficiência cardíaca descompensada
Tempo: mínimo 3 anos
H. Estatinas (nas primeiras 24h)
Atorvastatina 40mg/dia (evidência)
Sinvastatina 40mg/dia
I. IECA ou BRA II
Após estabilidade, mesmo após 24h
Optar por captopril se início agudo pela menor
meia-vida
Indicações de IECA (usar BRA II se intolerância
a IECA):
- Pós IAM
- HAS ou DM
- Sinais e sintomas de IC ou FE < 40% no ECO
100
Estratificação de Risco Precoce
Busca avaliar os pacientes com maior risco de e-
ventos adversos ou de novos IAMs, estando indi-
cado CATE precoce nos de alto risco (<24h). Se-
guem os escores TIMI e Braunwald
Antes de aplicar os escores seguem achados que
por si só já indicam CATE precoce:
I. Instabilidade Hemodinâmica ou Choque
cardiogênico
II. Disfunção ventricular esquerda grave ou IC
III. Angina de repouso persistente ou recorrente a
despeito do tratamento medicamentoso
otimizado
IV. Regurgitação mitral nova ou com sinais de piora
V. Nova deficiência em septo ventricular
VI. Taquiarritmia Ventricular Sustentada
Escores TIMI (probabilidade de eventos adversos)
1) Idádê ≥ 65 ánós
2) ≥ 3 fátórês dê riscó trádiciónáis
3) CATÉ cóm êstênósê ≥ 50%
4) Dêsvió dó sêgmêntó ST≥0,5mm
5) ≥2 êpisódiós ánginósós êm 24h
6) Uso de AAS nas última semana
7) Aumento das enzimas cardíacas
OBS: Cada item acima vale 1 ponto
0-2 RISCO Baixo (0- 8%)
3-4 RISCO Intermediário (13- 20%)
5-7 RISCO Alto (26- 41%) Indicado CATE em 24h
101
102
Cirrose Hepática
103
Encefalopatia Hepática
Encefalopatia Hepática (EH) é um estado possivel-
mente reversível de déficit cognitivo ou de altera-
ção de nível de consciência em pacientes com doe-
nça hepática ou shunt porto-sistêmico
Diagnóstico
Clínico, baseado na busca, por meio da anamnese e
exame físico, das alterações cognitivas e muscula-
res compatíveis com EH em paciente com patologia
de base predisponente (vide West Haven a frente)
Principais fatores precipitantes
1) de Amônia, absorção ou entrada no cérebro:
Infecção, constipação, sangramento GI, LRA,
ingesta abusiva de proteínas, distúrbios
hidroeletrolíticos, alcalose metabólica
2) Drogas: Benzodiazepínicos, Álcool, Narcóticos
3) Desidratação: paracentese de grande volume,
diuréticos, vômitos, diarréia, hemorragia
4) TIPS/shunts
5) Oclusão Vascular: Trombose de veia Porta ou de
Veia Hepática
6) CHC Primário
Buscar e tratar fator precipitante
Triagem infecção: paracentese diagnóstica
(PBE), HMG, Urina 1, Raio X Tórax
Distúrbios metabólico: Ur, Cr, eletrólitos,
glicemia, gasometria venosa
Suspender diuréticos, sedativos e hipnóticos
Corrigir desidratação
104
Cuidados Gerais
Manter Normoglicemia
(realizar controle de dextros)
Precauções de queda em pacientes desorienta-
dos (considerar restrição com amarras em leito)
Balanço Hídrico
Observar aspecto e número de evacuações
Suporte Nutricional
Grau 1 ou 2: Prescrever dieta assistida e com
cabeceira elevada
Grau 3 ou 4: Utilizar dieta enteral de preferência
em BIC lento com cabeceira elevada
Oferta energética de 35-40 kcal/kg/dia
Oferta protéica de 1,2-1,5 g/kg/dia
Laxativos
Lactulose 15-45ml VO 2-4x/d
Objetivo 2 a 3 evacuações pastosas/dia
(Evitar diarréia e distúrbios hidroeletrolíticos)
Lavagem intestinal (prescrever retal lento):
a) 200ml de lactulose + 800ml de SF0,9% ou
b) 100ml de glicerina + 900ml de SF0,9%
Indicações: lactulose VO não efetiva, VO contra-
indicada ou em pacientes comatosos
Antibioticoterapia
Quando paciente for intolerante a lactulose ou
quando não há resposta satisfatória em 48h
apenas com uso de lactulose, pode-se associar:
a) Neomicina 1 a 1,5g VO de 6/6h por 2 a 3 dias e 1
a 2 g/dia após (oto e nefrotoxicidade)
b) Metronidazol 500mg 8/8h (alternativa)
OBS: O melhor, Rifaximina, não tem no Brasil
105
106
107
Hemorrágia Digestiva Alta Varicosa
Farmacoterapia
1. Terlipressina 1mg (Glypressin)
Dose: 2mg de 4/4h, com de dose até 1mg 4/4h
após controle da hemorragia
Tempo: 5 dias
Contraindicações: não usar se estiver com
Noradrenalina; Doenças Cardiovasculares
2. Octreotide 100 mcg/ml (Sandostatin)
Se Terlipressina contraindicada ou não disponível
Dose: Bolus de 50- 100 mcg EV em 10 min, se-
guido de 25 a 50 mcg/h em BIC por 5 dias
(300 mcg em 300 ml de SG 5% em BIC a 50 ml/h)
3. Omeprazol 40 mg*
80mg EV 12/12h ou Bolus EV de 80 mg, seguido
de 8 mg/h em BIC por 72h (40mg em 10ml de
SF0,9% e fazer 2ml/h)
*Indicações do Omeprazol:
HDA sem etiologia conhecida
Risco de EDA demorar mais que 12h
HDA por doença péptica
108
Antibioticoterapia
1. Em pacientes com ascite realizar punção diagnós-
tica e tratar de acordo com o resultado
2. Em pacientes sem ascite ou com ascite sem crité-
rios para PBE ou suas variantes, realizar a Profi-
laxia Primária de PBE (vale para qualquer HDA
em cirrótico, varicoso ou não)
Profilaxia Primária de PBE (7 dias)
Norfloxacino 400mg VO de 12/12h
Ciprofloxacino 200mg EV 1x/d quando a via oral
estiver contraindicada (transicionar para norflo-
xacino assim que possível)
Ceftriaxone 1g EV 1x/d (escolha em Child B ou C)
Tratamento endoscópico
O mais breve possível após estabilização clínica
(idealmente nas primeiras 12h do sangramento)
Associar ao tratamento farmacológico
Poderá ser feito com paciente intubado
109
β Bloqueadores: Propanolol ou Nadolol
Dose: tolerada para manter FC entre 55-60 bpm
Propanolol: iniciar com 20mg 12/12h
Nadolol: 20-40mg 1x/dia
110
Peritonite Bacteriana Espontânea
Paracentese
GASA Albumina (plasma) - Albumina (ascite)
GASA ≥ 1,1: transudato (prediz presença de
Hipertensão Portal com acurácia de 97%)
GASA < 1,1: exsudato (diz contra presença de SHP)
GASA ≥ 1,1 GASA ˂ 1,1
Cirrose Carcinomatose
Hepatite Alcoolica Aguda peritoneal
IC Aguda TB Peritoneal
Metástases Hepáticas Pancreatitis
Sd. de Budd-Chiari Serositis
Trombose de Veia Porta Sd. Nefrótica
Paracentese > 5L: repor 8 a 10g de albumina por
litro removido, incluindo os 5L iniciais (pg 102)
Líquido Ascítico hemorrágico (> 10.000 Hemácias
/mm3): subtrair 1 PMN para cada 250 Hemácias
111
Condutas
1. Se PBE ou Ascite neutrocítica cultura negativa, tra-
tar da mesma forma ABT EV e repuncionar em
48h para avaliar resposta (vide a frente). A ABT de
escolha é a Ceftriaxone 2g 1xdia ou 1g 12/12h
2. Após tratamento acima, realizar profilaxia secun-
dária para evitar novos episódios. A dita profilaxia
primária se dá pós HDA ou quando a proteína do
líquido ascítico < 1g/dl e PMN < 250/mm³ (vide
algorritmo a frente)
3. Em bacteriascite monomicrobiana não neutrocítica
como há resolução espontânea em mais que 60%
dos casos, não tratar. Repuncionar em 48 h para re-
classificação. Exceção se sintomas de infec-ção (ex.
Febre) sem outro foco definido. Daí estará indicado
o trata-mento conforme esquema para PBE
Repuncionar em 48h
Queda de PMN > 25% sugere terapia adequada
Manter ABT por 5 dias
Se queda, mas < que 25%, avaliar resposta clínica.
Se melhora clínica, mater mesmo ABT por 7 dias.
Se piora clínica, trocar ABT*
Se contagem de PMN ≥ a inicial, considerar germes
resistentes, modificar ABT* e avaliar PBS
Nos casos de Troca de Antibióticos, repuncionar
48h após novamente
* Meropenem 1000mg EV 8/8h ou Imipenem 500mg
EV de 6/6h
112
Albumina na PBE
Objetiva a profilaxia de Sd. Hepatorrenal e diminuição
da mortalidade. Há benefício em Todos os pacientes
com PBE, mas como é caro, segue-se as indicações:
Como Fazer:
113
114
Peritonite Bacteriana Secundária
Suspeitar quando: Dor abdominal localizada ou falha
terapêutica na PBE
Diagnóstico pelo líquido ascítico, se 2 ou mais
1. Coloração pelo Gram com flora mista
2. Glicose < 50 mg/dl
3. Proteínas > 1g/dl
4. LDH > Limite superior da normalidade sérica
Tratamento
A. Buscar a localização da lesão em alça intestinal com
exame de imagem adequada (CT abdominal) (1A)
B. Tratamento cirúrgico quando indicado e iniciar ABT
Peritonite Leve a Moderada (Drogas EV)
Piperacilina-Tazobactam 3.375g de 6/6h
ou
Cefepime 2g de 12/12h
ou
Quinolona (Ciprofloxacino 400mg 12/12h ou Levo-
floxacino 750mg 1x dia) + Metronidazol 1g 12/12h
116
Tratamento para SHR Tipo 1
Considerar Transplante Hepático
Farmacoterapia
A. Albumina na dose de 1g/kg no início do trata-
mento seguida de 20-40g/dia nos dias seguintes
B. Terlipressina (efetiva em 50% dos casos):
1mg/4-6h EV Bolus, com elevação da dose até
2mg/4-6h após 2 a 3 dias se não houver respos-
ta a terapia, definida como: Queda > 25% da cre-
atinina sérica pré tratamento
Manter tratamento por no mínimo 5 dias e máxi-
mo de 15 dias. Em geral há resposta nos primeiros
7-10 dias, e está associada da PA, da diurese e
melhora da hiponatremia
Outras Medidas
Considerar TIPS se não houver resposta ao
vaso-constrictor
Restrição hídrica, restrição de sódio, suporte clí-
nico, tratamento das complicações, suspender
diuréticos e corrigir drogas nefrotóxicas para
clearence de IRA (TFG<10 ml/1,73m²). Indicar
diálise se indicações de diálise de urgência con-
forme visto em capítulo de LRA
117
Hepatite Alcoólica
Aspectos Clínicos
Assintomático até quadro fulminante. As fomas
mais graves (mais raras) podem evoluir para in-
suficiência hepática e óbito em poucos dias
O quadro típico (embora não comum) de HA é do
etilista crônico, com aumento recente de inges-
tão alcoólica, que passa a apresentar dor no hipo-
côndrio direito, febre (38 a 40°C), icterícia e hepa-
tomegalia dolorosa, perda ponderal e má nutrição,
podendo ou não apresentar descompensação he-
pática (ascite, EH e/ou HDA)
118
Sinais Clínicos Prevalência (%)
Icterícia 37-100
Icterícia em HA grave 100
Hepatomegalia 71-81
Sopro arterial hepático 59
Ascite 35
EH (de asterixis a coma) 18-38
Achados Laboratoriais
Na prática, as três alterações mais indicadas de eti-
ologia alcoólica são TGO/TGP>2, Macrocitose e
de Gama GT, com sensibilidade de 35-73 % e espe-
cificidade de 75-86%
Achados:
1. AST (TGO) elevado 2-6x limite superior de
normalidade, com relação TGO/TGP>2 (dife-
rente das hepatites virais)
2. Aumento de bilirrubina (>2mg/dL)
3. Leucocitose as custas de neutrófilos, chegando
até 40.000/mm³, e, em raros casos, podendo
ultrapassar 130.000/mm³ devido a reação leu-
cemóide (pior prognóstico)
4. Formas mais graves poderão apresentar hipo-
albuminemia, elevação do INR, risco maior
para infecções bacterianas e SHR1
5. Também poderão estar presentes alterações
secundárias a ingesta alcoólica inespecíficas,
como anemia megaloblástica e elevação de
Gama GT
119
Diagnóstico
É clínico- laboratorial quando não há riscos para
outras causas de Hepatite Aguda e quando exames
para outras causas possíveis comuns são negativos:
Anti- Hepatite A IgM
HBSAg, anti-HBCAg IgM
Anticorpos Anti-hepatite C (HCV), hepatite C
RNA
US com doppler abdominal para avaliar
obstrução biliar ou Síndrome de Budd- Chiari
Tratamento
Suporte Clínico e Sintomáticos
Suspensão da ingesta de álcool
Terapia Nutriciona e Reposição vitamínica
Omeprazol VO
Correção de Hiperglicemia
Screening Infeccioso e de possível SHR1
Maddrey para indicação de corticóide/pentoxifilina
120
Screening Infeccioso
Febre e Leucocitose podem ser decorrentes da HA
em si, no entanto, é imprescindível descartar qual-
quer possibilidade de Infecção coexistente. Esta bus-
ca não deve, no entanto, adiar o tratamento para
HA. Exames mínimos recomendados:
HMG, Urina I, HMC e URC
Raio X de tórax
Paracentese diagnóstica quando ascite presente
121
Score de Lille (www.lillemodel.com)
Quando o corticóide for iniciado, é necessário verifi-
car se está ou não sendo benéfico, utilizando o Score
online de Lille, aplicado no dia 7 de corticoterapia:
Score ≤0,45: prediz boa resposta ao uso do corti-
cóide e este deverá ser mantido pelos 28 dias
Score >0,45 e ≤0,56: prediz pobre resposta e a
interrupção do corticóide está recomendada (pe-
sar riscos e benefícios)
Score >0,56: prediz resposta nula e o corticóide
deve ser interrompido
Suplementação Doses
Tiamina (B1)* 300mg VO ou IM/dia
Ácido Fólico 400mcg a 1 mg/dia
Piridoxina (B6) 2mg/dia
*Outra dose se encefalopatia de Wernicke, vide
capítulo próprio. Fazer B1 Profilático por 3-5 dias
consecutivos
122
Encefalopatia de Wernicke
123
Diagnóstico de Encefalopatia de Wernicke
Diagnótico puramente Clínico mas subdiagnostica-
do, uma vez que a triade clássica (Anormalidades o-
culares, alterações de estado mental e disfunção ce-
rebelar) aparece em apenas 16% dos casos
Suspeitar do diagnóstico em qualquer paciente que:
Apresente nutrição desbalanceada
Apresente doença subaguda ou crônica que au-
mente o metabolismo ou que altere a ingestão e
absorção alimentar
Apresente apenas 1 componente da Triade Clás-
sica
124
Sinais e Sintomas, DETALHES
Alterações de estado mental (82% dos casos):
a. Estado Confusional Agudo
b. Lentificação de pensamento
c. Apatia
d. Incapacidade de perceber fatos imediatos
e. Incapaciade de concentração
125
Tratamento da Encefalopatia de Wernicke
1. 500mg de Tiamina (B1) diluídos em 100ml de SF-
0,9% EV em 30 minutos 3x/dia por 2-3 dias con-
secutivos
2. Caso haja melhoras, a suplementação deverá ser
continuada com 250mg EV ou IM/dia por 3-5 dias
ou até a cessação da melhora clínica. Poderá ser VO
caso não haja patologia duodenal e via oral estiver
disponível
3. Caso não haja melhora clínica a suplementação po-
derá ser suspensa após os 2-3 dias
4. Manter Tiamina VO 30mg 2x dia por alguns meses
após cessado administração EV ou IM
Outros Detalhes
Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos e outras hi-
povitaminoses, em especial Mg2+ e niacina (B3)
Sempre administrar B1 antes ou concomitante à
administração de Glicose quando há suspeita de
EW, em especial em etilistas com hipoglicemia
Recomenda-se iniciar imediatamente a adminstra-
ção de Tiamina EV em todos os pacientes etilistas
crônicos e mal nutridos mesmo enquanto bêbados
e continuar por tempo adequado se sinais de EW
quando sóbrios
Tratar todos os pacientes com Tiamina EV que se a-
presentem com coma, estado torporoso, hipo ou hi-
pertermia de natureza desconhecida ou taquicardia
e hipotensão intratável de natureza desconhecida
126
Síndrome de Korsakoff
Definição
É definida como comprometimento da memória
desproporcial a outros déficits da função cognitiva,
resultante da deficiência crônica de Tiamina (B1)
80% dos pacientes etilistas que sobreviverem a
EW desenvolverão esta síndrome em algum grau
Achados Clínicos
Amnesia anterograda severa e com dificuldades pa-
ra se recordarem de eventos mesmo que ocorridos
há 30 minutos
Desorientação em Tempo é comum
Mantém aprendizado implícito (habilidades moto-
ras e reações condicionadas a estímulos)
Alterações de Humor são possíveis: apatia, com
pouca ou nenhuma reação a eventos
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por neuroimagem ou achados de
autópsia, que evidenciam atrofia de lobo frontal e de-
generação de tálamo e corpos mamilares
Tratamento
Não há tratamento eficaz. Trata-se de uma fase irre-
versível. A reposição de Tiamina nesta fase não me-
lhora o quadro
127
Hiperglicemias
128
Fatores Precipitantes de descompensação
Infecções (30-50%)
Tratamento Irregular (21-49%)
Primodescompensação (20-30%)
Abdominais: pancreatite, colecistite, apendicite,
vômitos intensos, diarréia, isquemia mesentérica
Doenças vasculares: IAM, AVC
Drogas: corticóides, fenitoína, inibidores de pro-
tease, cocaína, catecolaminas (noradrenalina, a-
drenalina, dopamina, dobutamina, terbutalina)
Gestação
Cirugia e trauma
Não identificados
129
Exames
Diagnóstico:
Glicemia
Gasometria venosa ou arterial
Albumina (correção de Ânion Gap)
Sódio, Potássio, Cálcio iônico, Cloro
Osmolaridade sérica
Cetonúria e/ou cetonemia
Também solicitar:
HMG (leucocitose até 20.000 com desvio a E
poderá ser decorrente da própria descompen-
sação, sem significar infecção)
Urina I
ECG (buscando IAM e alterações secundários a
distúrbios do K+)
Rx de tórax e outros exames para screening in-
feccioso ou para outros diagnósticos (teste de
gravidez, amilase, lipase, US abdominal, etc)
130
Hidratação na CAD e no EHH
1ª Fase: Expansão rápida
SF0,9%: 1.500 ml/h, objetivando correção de hipoten-
são ou choque (podem ser necessários vários litros)
131
CETOACIDOSE
132
DIABÉTICA
133
ESTADO HIPERGLICÊMICO
134
HIPEROSMOLAR (EHH)
135
Insulinoterapia
Protocolo para pacientes internados não críticos
Pontos Chaves: Hipoglicemiantes orais não são
confiávêis. Apênás prótócóló dê “êscádá dê cór-
rêçãó” é fálho para controle de hiperglicemia
Objetivos
Glicemia de 100-140 mg/dL, mas principal-
mente < 180mg/dL evitando Hipoglicemias
Limite tolerável maior de 200mg/dL se há risco
hipoglicemias de repetição, pacientes terminais
ou pacientes assintomáticos para hipoglicemias
(risco de hipoglicemias graves)
136
Correção Insulínica (Escada)
137
Raiva
Soro
Heterólogo (equinos): 40 UI/kg (0,2 ml/kg)
138
Vacina Antitetânica
3 doses completas sendo última dose/reforço < 5
anos nada
3 doses completas sendo última dose/reforço > 5
anos 1 dose de vacina dT de reforço
Não recebeu as 3 doses ou não se tem certeza
iniciar a 1ª das 3 doses da vacina dT ( ou tríplice
bacteriana em caso de crianças < 5 anos)
Outras Informações
Preencher papel da vigilância e fazer contra-
referência para UBS para término do esquema
vacinal antirrábico e para as vacinas antitetânicas
Não se recomenda sutura dos ferimentos. Quando
houver necessidade, aproximar as bordas mas
somente 1h após a infiltração do soro
Ratazana de esgoto, rato de telhado, camundon-
go, cobaia ou porquinho-da-índia, hamster e coe-
lho são considerados de baixo risco e o soro-vaci-
nação só será indicado em mordeduras em situa-
ções suspeitas (como ataque não provocado)
Em Agressões com Morcegos realizar soro-vaci-
nação (ou esquema de revacinação) independen-
temente da gravidade da lesão
139
140
141
Profilaxia de Tétano Acidental
142
143
Acidentes Ofídicos
Em geral o diagnóstico é presuntivo por meio dos
sinais e sintomas
Muitas vezes não há inoculação de veneno (dry bi-
te), com paciente assintomático
Ações do Veneno
1. Proteolítica óu “inflámátóricá Agudá Lócál”: mê-
diadores de resposta inflamatória edema, eri-
tema, dor, calor e bolhas locais
2. Coagulante: consumo de fatores de coagulação
quadro semelhante a CIVD
3. Hemorrágica: hemorraginas sobre endotélio vas-
cular sangramentos
Manifestações Clínicas
Sistêmicas: nauseas, vômitos, sudorese, hipoten-
são postural e até choque (raro). Além de sangra-
mentos locais, pode haver sangramentos a distân-
cia (não ocorre no crotálico) como gengivorragia,
epistaxe, hematêmese, hematúria microscópica
Locais: Dor e edema endurado local e/ou ascen-
dente, precoce, progressivo. Pode haver sangra-
mento local. Pode evoluir para bolhas e necrose
144
Complicações
Locais: abscessos, necrose, Sd. Compartimental
Sistêmicas: choque,hemorragias, LRA
Exames
a. TP, TTPA e Fibrinogênio: importante para segui-
mento não para classificação
b. HMG: Leucocitose e neutrofilia. Plaquetopenia e
anemia, poderá indicar sangramentos
c. Urina I: proteinúria e hematúria
d. Função Renal e eletrólitos
Tratamento
Limpeza local, hidratação rigorosa (para previ-
nir LRA), analgesia, manter elevado e estendido
Não garrotear, cortar, sugar, não romper bolhas
Se infecção secundária optar por Clavulin ou clo-
ranfenicol para cobrir germe da flora da boca de
cobras, dentre elas, Morganella morgani
Classificar a gravidade e iniciar Soroterapia
145
Cascavel Acidente Crotálico
Fosseta loreal + Presas Móveis + guizo ou chocalho
Ações do Veneno
1. Neurotóxica: inibe liberação de acetilcolina pré
sinápticas bloqueio motor (fáscies miastênica)
2. Miotóxica: rabdomiólise
3. Coagulante: atividade tipo trombina, converte fi-
brinogênio em fibrina. Em geral não há plaqueto-
penia e se hemorragia, discreta
Manifestações Clínicas
Locais: não há dor. Se houver é discreta. Há pares-
tesia local ou regional, pode haver leve edema e e-
ritema em local da picada
Gerais: mal-estar, prostração, sudorese, náuseas,
vômitos, secura da boca, sonolência
Neurológicas: ptose palpebral, fáscies miastênica,
alteração do diâmetro pupilar, incapacidade de mo-
vimentação do globo ocular (turvação visual/diplo-
pia), dificuldades de deglutição, alterações em pala-
dar e olfato
Musculares: Mialgia Rabdomiólise (mioglobinú-
ria com urina cor avermelhada a marrom) LRA
Coagulante: de INR e TTPA e queda de fibrinogê-
nio, mas com pouca repercussão. Caso hemorragia
é discreta
146
Complicações
LRA em geral naqueles que não são devidamente tra-
tados para rabdomiólise com hidratação eficaz. Em
geral é LRA hipercatabólica com indicação dialítica
Exames
a. TP, TTPA, fibrinogênio: elucidação diagnóstica e
seguimento
b. HMG: inespecífico, leucocitose e neutrofilia. Sem
plaquetopenia
c. Urina I: proteinúria e heme-pigmento+ na ausên-
cia de hemácias (mioglobina)
d. Outros: de CPK, CK-MB, LDH, TGO e TGP
147
Acidente Escorpiônico
148
149
Acidente por Aranha Phoneutra
150
Acidente por Aranha Loxoceles
151
Manejo da Agitação Psicomotora
Preferir medicação IM
a. Condição médica geral: Haldol 2,5mg IM (1/2
ampola) ou Olanzapina 10mg IM (1 ampola) ou
Ziprasidona 20mg IM (1 ampola)
b. Intoxicação por estimulantes: Midazolam 7,5-
15mg IM (1/2 a 1 ampola) ou Diazepam 5-10mg
EV (1/2 a 1 ampola)
c. Intoxicação por álcool ou outras substânci-
as: Haldol 2,5-5mg IM (1/2 a 1 ampola)
d. Síndrome de abstinência ao álcool: Diazepam
5-10mg EV (1/2 a 1 ampola) atentar nível de
consciência)
152
e. Transtornos psiquiátricos primários: Haldol
2,5-5mg IM (1/2 a 1 ampola) + Midazolam 7,5-
15mg IM (1/2 a 1 ampola) ou Olanzapina 10mg IM
(1 ampola) ou Ziprazidona 20mg IM (1 ampola)
Codições Especiais
Gestantes, paciente com condição médica geral
grave, idosos: evitar benzodiazepínico. Preferir
haldol 2,5mg IM (1/2 ampola)
Pacientes com contra-indicação ao haldol (histó-
ria de impregnação – sintomas extra-piramidais):
Clorpromazina 12,5 a 25mg IM (1/2 a 1 ampola) ou
Olanzapina 10mg IM
153
Síndrome Neuroléptica Maligna
Émêrgênciá nêurólógicá ássóciádó áó usó dê nêu-
rólêpticós óu ánti-êmêticós
Clínica
1. Alteração de estado mental ê ó sintómá iniciál êm
82% dós páciêntês. Dêlirium cóm ágitáçáó óu sin-
tómás dê cátátónismó ê mutismó. Évóluçáó párá
êncêfálópátiá prófundá cóm êsturpór á cómá
2. Rigidez muscular ê gênêrálizádá ê muitás vêzês
êxtrêmá. Rigidêz êm “cánó dê chumbó”. Trêmór ás-
sóciádó (45-92% dós cásós). Mênós cómumêntê:
distóniá, ópistótónus, trismus, córêiá, ê óutrás dis-
sinêsiás, siálórrêiá, disártriá ê disfágiá
3. Hipertermia >38°C ê tipicá (87% dós cásós)
4. Disautonomia táquicárdiá (88%), hipêrtênsáó
(61-77%) ê táquipnêiá (73%). Arritmiás pódêm
ócórrêr. Diáfórêsê prófusá
Laboratório
O êxámê máis êspêcíficó ê ó de CPK >1000
Outrós mênós êspêcíficós:
a. Lêucócitósê 10.000 á 40.000/mm³ (dêsvió á ês-
quêrdá pódê êstár prêsêntê)
b. Élêváçáó módêrádá dê LDH, fósfátásê álcáliná ê
tránsáminásês
c. Disturbiós hidróêlêtrólíticós: hipócálêmiá, hipó-
mágnêsêmiá, hipó ê hipêrnátrêmiá ê ácidósê
mêtábólicá
d. LRA mióglóbinuricá pór rábdómiólisê
e. Fêrró sêricó báixó (Sênsibilidádê dê 92-100%
más póucó êspêcíficó)
154
Diagnótico DSM-IV
A. Usó Nêrólêpticó + Rigidêz Musculár Grávê + Hipêr-
têrmiá + 2 óu máis dós sêguintês:
a) Diáfórêsê
b) Disfágiá
c) Trêmór
d) Incóntinênciá
e) Altêráçáó dó nívêl dê cónsciênciá (cónfusáó á
cómá)
f) Mutismó
g) Táquicárdiá
h) PA instávêl óu êlêvádá
i) Lêucócitósê
j) Lêsáó musculár lábórátóriál (CPK)
B. Éssês sintómás náó sê dêvêm á óutrás drógás cómó
fênciclidiná, cóndiçáó nêurólógicá óu óutrá cóndi-
çáó mêdicá gêrál (êncêfálitê virál), nêm sáó máis
bêm êxplicádós pór tránstórnós mêntáis
Drogas Desencadeantes
A SNM ê umá rêspóstá idiósincráticá dê fisiópátólógiá
dêscónhêcidá. Pódê ócórrêr ná 1° dósê óu ápós mêsês
dê usó
155
Tratamento Geral - Suporte
1. Suspensão da droga suspeita
2. Leito monitorizado
3. Manter estabilidade cardiovascular. Ventilação me-
cânica, agentes antiarritmicos e marcapassos se
indicados
4. Profilaxia contra rabdomiólise casos CPK elevado
(vide capítulo próprio)
5. Diminuir temperatura com sacos de gelo axilares,
cobertores de resfriamento e anti-piréticos
6. Pa se elevado (Nipride pode apresentar vantagens
por também temperatura pela vasodilatação)
7. Benzodiazepínicos para controle de agitação
(lorazepam 0,5 a 1,0 mg)
OBS: Pacientes com rigidez grave e hipertermia
signi-ficativa têm indicação de tratamento em CTI
Tratamento Específico
Nos pacientes com de CPK ou hipertermia na
apresentação e que não respondem a suspensão da
droga e tratamento de suporte nos primeiros 2 dias,
considerar uso de Dantrolene ou Bromocriptina (há
falta de evidência clínica)
A. Dantrolene: relaxante de musculatura esquelética
Dose: 1 a 2,5mg/kg EV (máx. 10mg/kg/dia)
Utilizar por alguns dias ou por 10 dias e desmamar
para evitar rebote
Diluição: Não diluir em SG5% ou SF0,9% ou so-
luções ácidas
Contra-indicação: Alterações importantes das en-
zimas hepáticas
156
B. Bromocriptina: Agonista Dopaminérgico
Dose: 2,5mg (por Sonda Nasogátrica) 6/6h a 8/8h
com titulação ascendente até máximo de 40mg/d
Continuar por 10 dias pós controle da SNM
Desmamar lentamente após
C. Eletroconvulsoterapia: considerar nos pacientes
que não respondem em 1 semana de tratamento ou
que permanecem em estado catatônico após
resolução de todos os outros sinias e sintomas
157
ANAFILAXIA
158
Delirium leve a moderado:
- haldol 1 a 10mg VO ou
- olanzapina 2,5 a 10mg/dia VO em 1 a 2 tomadas
- risperidona 1 a 4mg/dia VO em 1 a 2 tomadas
161
- Sem acesso venoso: Midazolam 0,5mg/kg IM ou 0,25mg/kg
nasal ( 5 a 15mg em adultos)
- Se não houver melhora: fenobarbital sódico: dose 10mg/kg
EV em infusão de 50 a 75mg/min
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS
162
163
Carvão Ativado
- Ataque: 30g diluídos em 300ml de SF ou manitol (fazer solução a 10%)
- múltiplas doses: 0,5g/Kg de 4/4h ou 30g/dose
- Crianças: 1g/kg/dose . Diluir em 5 a 8ml/kg de SF0,9%
164
Lavagem gástrica
- Solução utilizada: SF 0,9%
- Volume por vez: crianças 5ml/kg; Adultos 250ml
- Volume total: RN 500ml; lactentes 2 a 3 litros; pré-escolar 4 a 5litros;
escolar 5 a 5 litros; Adultos 6 a 10 itros
165
Antídotos
166
167
168
169
Síndrome Torácica Aguda
170
Diagnóstico é dado por A + B
A. Evidência de consolidação radiográfica: novo
infiltrado pulmonar segmentar
B. Pelo menos 1 dos seguintes:
a) T ≥ 38,5°C
b) >2% na SpO2 de valores prévios basais
c) PaO2 <60 mmHg
d) Taquipnéia
e) Tiragens, batimento de asas nasais ou uso de
musculatura acessória
f) Dor torácica
g) Tosse
h) Estertores
i) Sibilos
OBS: não há como distinguir do diagnóstico de PNM,
tratando-se empiricamente como STA
Tratamento
1. Internação hospitalar
2. Antibióticoterapia
3. Hidratação
4. Analgesia (vide próximo capítulo)
5. O2 suplementar: se pO2<60 mmHg ou SatO2<90%
6. Broncodilatadores somente se broncoespasmo
Antibioticoterapia
Cobrir típicos (Pneumococo e H. Influenza) e
Atípicos (Clamídia e micoplasma) por no mínimo
7 dias de ABT
Associação de cefalosporina (ex.: ceftriaxona)
associado a macrolídeo (ex.: claritromicina)
Nos casos mais leves: Clavulin
171
Hidratação (cuidado com EAP)
Prevenção de hipovolemia
0,5-1L de SF0,9% em bolus se desitratado
Manutenção com SF0,9% 2-3L/dia + Ingesta VO
estimulada (objetivar balanço hídrico zerado ou
discretamente +)
Transfusão
I. Tx simples se Hb < 5,0g/dL buscando alvo de Hb
10g/dL independente da gravidade do quadro
II. Transfusão de troca se quadro clínico grave, em
geral para aqueles com:
Acometimento de >1 lobo pulmonar e
O2 suplementar ≥4L pór cátêtêr násál para
manter SpO2 ≥92% (PáO2>70mmHg) e/ou
Sinais de deteriorização clínica
Modo: Realizar 2 sangrias de 8-10 ml/Kg inter-
caladas pela infusão SF em volume igual ou su-
perior ao removido na primeira sangria. Em se-
guida, transfundir o CH (5-10 ml/kg). Este es-
quema deve ser repetido diariamente até me-
lhora clínica do paciente. Objetivar Hb 10g/dL
172
Crise Vasooclusiva
Características
Pode surgir a partir dos 6 meses de idade
Intensidade da dor muito variável
Duração ~ 4 a 6 dias, mas pode durar semanas
Desencadeada por infecção, febre, acidose, desi-
dratação, apnéia do sono, exercício físico, exposi-
ção ao frio e a fumaça de cigarro
Comum não haver sinais de flogose! Tratar acredi-
tando nas queixas do paciente
Locais comuns da dor
Dorso superior 63% Braço esquerdo 61%
Pernas 38% Tórax 26%
Lombar 12%
Exames complementares
a. Hemograma completo, função renal, eletrólitos
b. Exames complementares. Buscar Foco infeccioso
(por ex. RX de tórax, gasometria, urina rotina, etc)
Tratamento
1. Hidratação (vide capítulo prévio)
2. O2 Suplementar: se SatO2< 90%
3. Transfusão: raramente necessária (quadro grave)
4. Tratamento de fatores desencadeantes: antibio-
ticoterapia, repouso, hidratação, etc
5. Analgesia intensa
173
Analgesia
O controle da dor deverá ser intensa, adequada,
e iniciada em até 30 minutos uma vez que dimi-
nui mortalidade
Não segurar doses de morfina pela suspeita de
dependência
A prevalência de dependência a morfina é rara,
cerca de 0-9%. Se houver dúvidas quanto a de-
pendência, investigar pós evento agudo com e-
quipe adequada (psiquiatra, etc)
Dolantina é proscrita por desencadear convul-
sões
Utilizar escalas de dor (ex. pontuação de 0 a 10)
e medicar conforme o grau da dor e reavaliar
constantemente (vide pg. seguinte)
Breakthrough pain
Picos de dor nos intervalos entre os horários
fixos com opióides que duram minutos a horas
Prescrever doses de opióides de resgate para
ser administradas prontamente (não elevar do-
ses fixas a não ser que paciente precise constan-
temente de resgate)
174
175
Neutropenia Febril
Neutropenia
PMN ˂ 500/mm3
PMN ˂ 1.000/mm3 com tendência a queda
Exames
a. HMC (2 amostras de sangue periférico ou, se cate-
ter central, 1 amostra de sangue periférico e outra
de sangue do cateter) e URC
b. HMG, Urina I, Eletrólitos, função renal, hepática,
LDH e TTPA
c. Raio-X de tórax. CT Somente em grupos selectos
Conduta Geral
Suporte Clínico. Tratar como sepse se critérios
176
Escore de Risco de Complicações MAASC†
Características Pontos
1. Intensidade dos sintomas:
Assintomático a Leves 5
Moderados a Graves 3
2. Sem Hipotensão 5
3. Sem DPOC 4
4. Presença de TU sólido ou ausência
de infecção fúngica prévia 4
5. Sem Desidratação 3
6. Não hospitalizado ao aparecimento
3
da Febre
7. Idade < 60 anos* 2
Somar os pontos e verificar tabela abaixo
Baixo Risco Alto Risco
MAASC <21
LMA
LLA em indução/ consolidação
MAASC ≥ 21 Transplante autólogo/alogênico
Sem outros Possui disfunção orgânica aguda
critérios de Recebeu ABT profilático
Alto Risco Possui foco pulmonar
Infecção severa de tecido mole
Possui cateter central de longa data
Sepse/ sepse grave/ choque
177
Indicações de Vancomicina (qualquer momento)
a) Infecções graves relacionadas a cateter (ex.: bac-
teremia, celulite)
b) Colonização conhecida do paciente por pneumo-
coco resistente a penicilina e cefalosporina ou S.
aureus oxacilina-resistente
c) Hemocultura positiva em andamento para Gram-
positivo (ainda não identificado)
d) Instabilidade cardiovascular
e) Mucosite grave (grau 3 ou 4) pós-quimioterapia
em altas doses
f) Pacientes em uso profilático de quinolonas
g) Pneumonia
178
179
Reavaliação após 72h (3 dias)
O tempo de defervescência média para pacientes de
risco é de 2 dias e de risco 5 dias (até 7 dias), assim a
febre poderá pendurar sem que signifique falha de
tratamento. Avaliar após 3 dias:
a) Estabilidade Clínica
b) Persistência da Febre
c) Contagem de neutrófilos
d) Isolamento de germes
180
IV. Paciente após 72h de ABT + Germe identificado
por cultura. Ajustar esquema de Antibioticoterapia
SEMPRE cobrindo Gram-negativo, mesmo que o
germe for Gram-positivo:
S. Aureus: Tratar por 14 dias
Enterobactérias: Tratar por 10 dias
181
TEMPO DE ANTIBIÓTICO
182
NA NEUTROPENIA FEBRIL
183
Cada 3ml/kg de CH: aumento do Hb em 1g/dl ou Ht de 3%
184
Plaquetas
- 1 unidade p/ cada 10kg de peso
- 1 aférese = 10 unidades
- cada unidade eleva as plaquetas em 5 a 10.000
185
Obs:
- Leucorreduzido = filtrado: diminui reação transfusional febril
não hemolítica, previne infecção por CMV, previne
aloimunização (TMO, pós-TMO, prematuros, SIDA, onco-
hematológicos, anemia aplásica, transplantados)
- Irradiado: inativa linfócitos T, diminui reação enxerto-
hospedeiro: pacientes imunossuprimidos, prematuros, TX
intra-uterina, onco-hematológicos, imunodeficiências
congênitas, doadores consanguíneos, anemia aplasica, em
QTX
- Lavado: retirada do plasma: deficiência de IgA, transfusão
intra-uterina, neonatos, reações alérgicas graves a transfusões
prévias.
186
187
ANTICOAGULAÇÃO
Enoxaparina (SC)
188
189
Varfarina (Antagonista da Vitamina K)
Para antigoagulação rápida (TVP/TEP), além da
varfarina, anticoagulantes injetáveis deverão ser
iniciados. Caso contrário (ex. FA crônica estável)
fazer varfarina isolada em nível ambulatorial
A Varfarina poderá ser iniciada no mesmo dia do
início da anticoagulação com os anticoagulantes
injetáveis ou após em TEP e TVP:
Fazer um mínimo de 5 dias conjuntamente* com
anticoagulantes injetáveis e até o INR atingir o nível
terapêutico (entre 2-3) em duas medidas seguidas
com espaçamento de 24h
*Varfarina inibe a formação dos fatores II,VII, IX, X.
O tempo de degradação do fator com maior ½ vida
preexistente (fator II) é de 5 dias. O VII tem a ½ vida
mais curta de 7 h, podendo alargar o INR mas sem o
efeito antitrombótico pela a via intrinseca continuar
intacta pelos outros fatores por até 5 dias
Orientações
Uso diário da varfarina no mesmo horário
Prescrição Profilática
Enoxaparina 40mg/dia (considerar menores
dose para paciente com baixo peso)
195
Anticoagulação e Sangramentos
B. Maior
Requer tratamento médico imediato e ou transfusão
de até 2 unidades de sangue:
Sangramento digestivo
Hematomas retroperitoneais, de Sistema muscular
profundo ou sangramentos intraoculares
C. Ameaçador a Vida
Promove alteração dos parâmetros do débito cardíaco
(repercussão hemodinâmica), necessitanto transfusão
de mais de 2 unidades de sangue, intervenção cirurgi-
ca ou angiográfica de emergência ou causando sequela
irreversível:
Sangramento em SNC
Sangramentos previamente classificados como
maior que não respondam à terapêutica
196
197
Reversão de Heparinização com Protamina
1) Neutralização de Heparina não fracionada:
Dose dependerá da dose da HNF e tempo
Dose máxima = 50mg de sulfato de protamina
a) HNF em BIC: considerar as últimas 2-2,5hs e
assu-mir que 1 mg de protamina neutraliza ~
100UI de HNF (Ex. BIC a 1250UI/h, receberá
30mg de protamina)
b) HNF EV em bolus: dependerá do tempo da do-
se de HNF, o qual influenciará na dose necessá-
ria para neutralizar a HNF (vide abaixo)
Tempo da Dose de protamina para
administração neutralizar 100UI de HNF
Imediata 1-1,5mg
30-60 min 0,5- 0,75mg
> 2h 0,25- 0,375mg
c) HNF SC: calcular 1-1,5mg de protamina para
ca-da 100 UI de HNF. Dar metade da dose EV
lento e a outra metade em BIC por 8-16h
2) Neutralização de enoxaparina:
Atividade anti-Xa nunca é completamente
neutralizada (máx. 60-75%)
a) Enoxaparina Administrada ≤8h: 1mg de prota-
mina para cada 1mg de Enoxaparina
b) Enoxaparina Administrada >8h ou se após 2-4h
da dose inicial o TTPa continuar ou há sangra-
mentos ativos: 0,5mg de protamina para cada
1mg de Enoxaparina
Sulfato de Protamina (10mg/ml): diluído (SF ou
SG5%) ou não (bolus em 1-3 min). Importante não
passar de 50mg em período de 10 min
198
199
NUTROLOGIA BÁSICA
Gasto Energético Basal (GEB)
Poderá ser calculado pela fórmula simplista de 25-
30 kcal/kg/dia ou por meio de fórmulas como de
Scholfield, Harris- Benedict, etc.
Harris- Benedict:
a) GEB (Mulheres) = 655,1+9,6 x Peso(kg) + 1,98 x
Altura(cm) – 4,68 x Idade(anos)
b) GEB (Homens) = 66,47 + 13,75 x Peso(kg) + 5 x
Altura(cm) – 6,76 x Idade(anos)
Cálculo de Peso Ajustado
O Peso Ajustado (PA) é importante para pacientes
com IMC>30 ou IMC<18 para se calcular a oferta
energética e proteica
1°) Calcular inicialmente o Peso ideal, utilizando IMC
Ideal= 24,9 para IMC>30 e 18,5 para IMC<18:
Peso ideal = altura² x IMC ideal
2°) Utilizar a fórmula:
PA=[(Peso atual – Peso ideal)x0,25]+Peso ideal
Oferta Calórica
Dependerá da condição clínica do paciente, seu
IMC, e sua condição nutricional
Na indicação de dieta hipercalórica (30-40 kcal/
kg/dia), para um paciente desnutrido, por exem-
plo, iniciar com normocalórica e progredir 50% -
75% - 100%/dia e, por fim, para hipercalórico
200
Para obesos (IMC>30) e em condições críticas,
opta-se por dieta hipocalórica 11-14 kcal/kg
real/dia ou 22-25 kcal/kg ajustado/dia
Oferta Protéica
Dieta normoproteica = 0,8-1,2g/kg/dia
Hiperproteica = 1,2-2,0g/kg/dia (há situações
onde se busca até valores maiores, vide a seguir)
Oferta Proteica
Condição Clínica
(g/kg/dia)
IMC 30-40 e crítico ≥2,0
IMC≥40 ê críticó ≥2,5
Hemodiálise 1,8-2,5
Grande queimado 1,2-2,5
LRA e crítico 1,2-2,0
CTI 1,2-2,0
Presença de escaras 1,2-2,0
Falência Hepática 1,2-2,0
Encefalopatia Hepática 1,2-1,5
Hepatite Alcoólica 1,5
DRC III e IV não dialítico 0,3-0,6
201
Nutrição Enteral (NE) em pacientes críticos
NE sempre que paciente não pode, não deve ou não
quer deglutir e trato gastrointestinal preservado
Mantém integridade intestinal, modula estresse e
resposta imune sistêmica e atenua a severidade da
doença em pacientes críticos
Iníciar logo após rescucitação volêmica e obtenção
de estabilidade hemodinâmica, idealmente entre
24-72h da admissão (até 48h em sepse)
Presença de flatus ou fezes ou RHA não são neces-
sários para se iniciar NE
NE gástrica ou enteral. Optar por enteral se into-
lerância gástrica ou risco de aspiração
Enterostomias deverão ser avaliadas em NE pro-
longada > 6 semanas
Como iniciar NE
A) Optar por 6 horários sem horário de madrugada
B) Iniciar com 50-100ml da dieta escolhida
C) Lavar SNE nos intervalos com 20-30ml de água ou
hidratar com água filtrada nos intervalos da dieta:
- Necessidades de água basais: 30-40ml/kg
- 80% da dieta enteral corresponde à água
D) Administrar as dietas lentamente em ~1,5 horas
E) Se não houverem intercorrências (diarréia, resíduo
gástrico elevado, distensão abdominal), dieta em
50ml/fase/dia
202
Controle de Resíduo Gástrico em NE
A) Objetivo: identificar resíduos gástricos elevados
que possam predispor à broncoaspiração
B) Indicação: quando há progressão da dieta em se
houverem intercorrências (diarréia, distensão ab-
dominal, etc)
C) Método: antes de iniciar a infusão de cada dieta,
aspirar conteúdo gástrico (seringa de 60ml se dis-
ponível):
- Se < 200ml reinfundir o volume aspirado e admi-
nistrar a dieta programada
- Se > 200ml suspender o horário da dieta e man-
ter a sonda fechada
- Se >500ml ou distensão abdominal ou vômitos
ou no pós-op de cirurgia abdominal, manter sonda
aberta em aspiração
D) Associar procinéticos como metoclopramina caso
resíduo>200ml, vômitos, regurgitação ou
broncoaspiração
*Metoclopramida: 5mg 3xdia antes das dietas, po-
dendo-se elevar para 10mg 3xdia
Diarréia em NE
A) Temporariamente o aporte em 25-50%
B) Utilizar BIC para a administração da dieta em 2-3h
C) Colher exames de fezes e investigar outras causas
de diarréia se persistir por mais de 24h apesar das
medidas instituídas:
- uso de medicações hiperosmolares como KCL 6%
- colite pseudomembranosa se história de ABT
D) Considerar modificação da fórmula para elementar
(semi-hidrolisados)
203
204
205
DISTÚRBIOS DO SÓDIO
Íon mais importante do espaço extracelular, deter-
minante da osmolaridade e tonicidade
A regulação da concentração plasmática de Na + é
pelo metabolismo da água por meio do ADH e sede
Osmolaridade Plasmática (OP)
Pode ser estimada pela seguinte fórmula:
Fórmula de Adrogue-Madias
Na+ estimada = Na+ infusão – Na+ paciente
(1L da solução) ACT + 1
206
Limitações da fórmula de Adrogue-Madias
1. Há inúmeras limitações, dentre elas o fato de não
levar em consideração as perdas renais e extra-
renais, que Na+ plasmático
2. Em SIADH, pelo paciente estar euvolêmico, tende a
perder com o tempo o Na+ infundido pela perda de
água em excesso (SRAA) podendo até Na+ no final
3. Assim, utilizar apenas como guia inicial, mas ajus-
tes deverão ser feitos com base em dosagens se-
riadas inicialmente de 2-3h, não excedendo o
limite de variação máximo diário (vide a frente)
207
HIPONATREMIA
A volemia do paciente e a osmolaridade plasmática
são essenciais para se chegar a uma etologia
Geralmente reflete excesso de água relatativa a
concentração de Na+ e não deficiênciade Na+
Manejo Geral
1. Solicitar função renal e eletrólitos, osmolaridade plas-
mática, osmolaridade urinária e Sódio urinário
2. Classificar o grau de volemia do paciente pela história
clínica e exame físico:
a) Hipovolêmico: hipotensão postural, taquicardia,
sem filme lacrimal, saliva escassa, etc
b) Euvolêmico
c) Hipervolêmico: edema, hipertensão, congestão
pulmonar, turgência jugular
3. Se hipovolemia presente, repor com SF0,9%
(relativamente rápido, meia pinça a pinça aberta)
4. Afastar hiponatremia induzida por drogas e pseudo-
hiponatremia (hiperlipidemia e hiperproteinemia)
5. Avaliar gravidade de sintomas
6. Buscar etiologia e tratar de acordo
Antidepressivos
208
209
210
211
Sd. da Secreção Inapropriada do ADH (SIADH)
Normalmente o ADH é secretado por hipovolemia e
hiperosmolaridade por meio de sensores no SNC e
barorreceptores torácicos
Doenças que afetam o SNC, Tórax, e drogas podem
estimular a liberação anômala do ADH
Alguns carcinomas secretam diretamente ADH
Diagnóstico
1. Diagnóstico de exclusão
2. Hiponatremia
3. Ausência de doença cardíaca, renal ou hepática
4. Funções tireóidea e adrenal normais
5. Baixa Osmolaridade Plasmática (<280 mosm/kg)
6. Sódio Urinário em geral > 20mEq/L
7. Urina não diluída como esperado, com osmolari-
dade inapropriadamente alta
(Osmolaridade urinária > 100 mOsm/L)
Outros achados:
Uréia baixa (<10mg/dL)
Hipouricemia (<4mg/dL)
Tratamento
A. Tratar causa base (vide tabela)
B. Restrição Hídrica (<800 ml/dia)
C. Furosemida: mínimo de 20mg VO 2xdia (diminue a
osmolaridade urinária)
D. Infusão salina EV (velocidade dependerá da
sintomatologia, vide a frente)
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Hipernatremia
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DISTÚRBIOS DO K+
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Hipercalemia
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Diagnóstico laboratorial: K > 5,5 mEq/l
Manifestações clínicas:
- parestesias
- fraqueza muscular
Musculoesqueléticas - diminuição de reflexos
- Paralisia flácida ascendente
- insuficiência respiratória
- extrassístoles
Cardíacas - bloqueio AV
- FV e assistolia
Outras Acidose metabólica hiperclorêmica
leve
- Onda T apiculada (tenda)
ECG - Prolongamento do QRS
- Achatamento da onda P
- Onda sinusoidal
221
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Função Medida Observações
Gluconato Ca 10% (10 Não diminui os
a 20ml) + SF 0,9% níveis de K+. Só
100ml, correr em 10 usar se houver
Estabilizar min (repetir SN) alteração do ECG
membrana NaCl 3% 50ml EV em Só usar se
miocárdica bolus hiponatremia
concomitante. Risco
de gerar
hipervolemia
Solução polarizante: Cuidado com
10U de IR + 50g de hipoglicemia
Shift de glicose (SG50% 100ml
extra p/ ou SG 10% 500ml) EV
intracelular der 4/4 ou 6/6h
(efeito B2 agonista inalatório:
Taquicardia e
temporário) fenoterol ou salbutamol
tremores. Resposta
10 gotas até de 4/4h fraca, nunca usar
isoladamente (reduz
até 0,5mEq/l)
NaHCO3: 1 mEq/Kg de Hipervolemia
peso EV até de 4/4h alcalose
223
Função Medida Observações
Diminuição Sorcal 30 a 60g Uso VO ou VR por
de absorçãodiluídos em 100ml de enema de retenção
do TGI manitol a 10 ou 20% de
8/8h até de 4/4h
Aumento da Furosemida 40 a 80mg Pode não funcionar
excreção EV até de 4/4h em IRC. Risco de
renal desidratação
Remoção do Hemodiálise Opção nos casos
K corporal refratários. Diminui
até 2mEq/l em seção
de 3h
224
Hipocalemia
225
Diagnóstico laboratorial: K < 3,5 mEq/l
Manifestações clínicas:
- Mialgia
Musculoesqueléticas - fraqueza muscular
- Tetraplegia flácida
Cardíacas - Extras-sístoles ou taquiarritmias
- Rabdomiólise (pode evoluir com IRA)
Outras - Íleo paralítico
- Poliúria por tubulopatia
- Depressão do segmento ST
- Achatamento da onda T
ECG - Ondas U (concavidade p/ baixo ao final
da T)
- AESP ou assistolia
226
Abordagem da Hipocalemia
227
Tratamento da Hipocalemia
228
DISTÚRBIOS DO Ca++
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Hipocalcemia
230
Tratamento:
Ca total entre 7,5 a 8,5mg/dl ou Cai entre 0,9 a 1,05:
- pouco sintomático: administrar VO de 2 a 4g/dia de cálcio
elementar e reajuste da dose de vit D
- muito sintomático: repor EV de 0,5 a 1mg/Kg/h de Ca
elementar
Ca total entre 7,5 a 7mg/dl ou Cai entre 0,9 a 0,7:
231
- administrar EV de 0,5 a 1mg/kg/h de Ca elementar; iniciar
VO assim que possível
Ca total < 7mg/dl ou Cai < 0,7nmol/L:
- administrar de 10 a 30ml de gluconato de Ca a 10% diluído
em 150ml de SG5% em intervalo de 10min
- infusão contínua de 0,5 a 1,5mg/kg/h de Ca elementar
Solução:
Gluconato Ca 10% ----------------50ml (5amp)
SG5%---------------------------------200ml
= 1,86mg de Ca elementar por ml
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Hipercalcemia
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