A relação jurídica institucional que se estabelece entre a Administração
Pública direta, autárquica ou fundamental pública e o respectivo servidor público civil pode romper-se em razão de causas as mais diversas. A quebra põe fim a esse liame, e as partes que por ele se relacionavam voltam á situação que antes vigorava, isto é, de alheamento entre si. Desse modo, a extinção do vínculo é o desaparecimento da relação jurídica institucional e o retorno das partes á situação de alheamento que antes existia entre elas. Nessa oportunidade são feitos os ajustes decorrentes da relação extinta. São, assim, pagos o saldo de vencimento, a indenização das férias e licenças não gozadas, e entregues, ao então servidor, os documentos de libertação e movimentação de depósitos, e a exemplo do PASEP. O servidor, por sua vez, deve ter prestado contas de valores e bens que estavam sob sua responsabilidade. Ademais não pode estar sendo processando administrativamente. Diversas são as razões que podem determinar a extinção dessa relação jurídica. Contam-se as que decorem de um ano da entidade a que se liga o servidor público; as que advêm de um fato natural, como são a morte do servidor público, o atingimento da idade limite e a invalidez; as que se originam em lei, a exemplo da extinção do cargo e da declaração de sua desnecessidade; e as que deveriam de sentença judicial, como é a perda do cargo em razão de condenação penal definitiva. Atente-se que na primeira causa o ato da entidade a que se vincula o servidor público pode ser praticado de ofício ou mediante provocação do servidor público. Quando praticado sem provocação, tem-se a exoneração, a demissão ou a revogação do ato de provimento; quando praticado mediante prévia provocação de servidor público, tem-se a exoneração a pedido ou a aposentadoria facultativa. 5.3. Extinção por força da lei Por força de lei pode romper-se o vínculo existencial entre o servidor público e a Administração pública, autárquica ou fundacional pública. Com efeito, com a extinção do cargo ou com a declaração de sua desnecessidade tem fim o liame que unia o servidor público a uma dessas entidades. Com isso ele é excluído do quadro de pessoal. A extinção é automática, e nada é necessária para configurá-la, salvo no que respeita ás anotações no prontuário do servidor. Nessa oportunidade todos os direitos e obrigações são resolvidas pelas “partes” se decorrentes diretamente de relação extinta. Gasparini, Diógenes, 1934- Direito administrativo / Diógenes Gasparini. – 4. Ed .rev. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 1995. 1. Direito administrativo 2. Direito administrativo - Brasil I. Título.