Protendidos
Projeto e Execução
I. PROJETO
II. EXECUÇÃO
III. NOVAS TECNOLOGIAS
IV. CASES
V. CONSIDERAÇÕES FINAIS
I. PROJETO
1. Introdução
2. Premissas
3. Cálculo estrutural
4. Detalhamento
5. Viabilidade
1. Introdução
Porque fazer um projeto de piso?
• Orçamento do novo empreendimento
• Atender as expectativas do empreendimento
• Controlar a execução
• Evitar interferências durante a obra e a utilização
Fonte: PMBOK
2. Premissas
Piso em concreto
Piso em concreto
σ σ k: Módulo de
reação do subleito
Meio elástico e sub-base
Piso de concreto
Sub-Base
Subleito - CBR ≥ 8%, Exp. ≤ 2,0%, GC ≥ 98% PN
K: Tensão / deformação
Fonte: Manual de Pisos Industriais – Fibra de Aço e Protendido, Públio Penna Firme Rodrigues
2. Premissas
Subleito:
Ensaios típicos:
• Sondagens
• CBR e expansão
Ensaios adicionais:
• DMT
• CPT
• Ensaio de placa
• Ensaios deflectométricos
(FWD e Viga Benkelman)
2. Premissas
Sondagens:
• Reconhecimento inicial
• Tipo de material do solo
• Existência de solos compressíveis
• Nível do lençol freático
• Capacidade de carga do terreno
Método simples:
Q (tf/m2) ≤ 2xSPT (para SPT ≥3)
2. Premissas
CBR e Expansão:
F
σ
Sub-base:
Brita graduada simples – Faixas DNIT 141
Funções da sub-base:
Homogeneizar o apoio da placa de concreto
Evitar o efeito de bombeamento de finos
Aumentar a capacidade de suporte do terreno
Auxiliar a drenagem (quando necessário)
2. Premissas
2.3. Carregamento:
• Cargas distribuídas
• Cargas concentradas (cargas pontuais)
• Cargas móveis
2. Premissas
2.3. Carregamento:
Cargas uniformemente distribuídas
• Estoque de bobinas
• Estoque direto de pallets sobre o piso
• Estoque de Grãos
• Estoque de chapas
2. Premissas
Cargas concentradas
Autoportante
Cantilever
2. Premissas
Porta paletes convencionais Drive-in
d1 d2 d1 d1 d1 d1
2. Premissas
Cargas Móveis – Empilhadeiras / paleteiras
2. Premissas
Empilhadeira:
Empilhadeira retrátil de roda rígida
Importante:
Projetos: Dados
Dados do
doterreno
terreno
• Arq.
Cargas
Cargas (Dist. / Pont. / Móveis)
• Est.
• Fund.
• Demais Cálc. Esforços
5,0 tf/apoio 5,0 tf/apoio 5,0 tf/apoio
5,0 tf/m2 6,0 tf no eixo mais carregado
Piso em concreto
k (MPa/m) l
l: Raio de rigidez da placa:
h: Espessura do piso
Fonte: Manual de Pisos Industriais – Fibra de Aço e Protendido, Públio Penna Firme Rodrigues
3. Cálculo Estrutural
Carga aplicada no
canto da placa
Carga aplicada na
borda da placa
Carga aplicada no
interior da placa
Fonte: Manual de Pisos Industriais – Fibra de Aço e Protendido, Públio Penna Firme Rodrigues
3. Cálculo Estrutural
Fonte: Manual de Pisos Industriais – Fibra de Aço e Protendido, Públio Penna Firme Rodrigues
3. Cálculo Estrutural
M = Mneg+ Mpos
Fonte: Manual de Pisos Industriais – Fibra de Aço e Protendido, Públio Penna Firme Rodrigues
3. Cálculo Estrutural
M Infl.
Mtotal = M + Infl.
q q
(tf/m2) (tf/m2)
3. Cálculo Estrutural
(*) A tensão crítica deverá ser a máxima das tensões provocadas por suas respectivas cargas
multiplicadas por seus correspondentes coeficientes de ponderação, sendo necessário avaliar a
combinação destas tensões com as tensões provocadas pela variação térmica e também as
tensões provocadas pela retração (podendo ser calculadas pelo Método de Bradbury).
3. Cálculo Estrutural
3.3. Dimensionamento:
Tensões na seção do piso
Carregamento Protensão
- -
+ ≥
P
+
(*) Recomendação: carga estática: 1,5, cargas dinâmicas: avaliar conforme a frequência
3. Cálculo Estrutural
3.3. Dimensionamento:
Tensão residual:
Fonte: Manual de Pisos Industriais – Fibra de Aço e Protendido, Públio Penna Firme Rodrigues
3. Cálculo Estrutural
3.3. Dimensionamento:
Cálculo da força de protensão
P= σp .Ac + Fat
Ac : Área da seção transversal do concreto
Fat : Força de atrito entre o piso e a sub-base
h: espessura do piso
rc: peso específico do concreto
b: largura da faixa de cálculo (usualmente 1m)
L: comprimento do cabo
f: coeficiente de atrito entre o piso e a sub-base (0,5 a 1,0)
Fonte: Manual de Pisos Industriais – Fibra de Aço e Protendido, Públio Penna Firme Rodrigues
3. Cálculo Estrutural
3.3. Dimensionamento:
Cálculo da força resistente por cabo:
Ancoragem Ancoragem
Ativa Passiva
P
Perdas de protensão
• Atrito ao longo do cabo
• Cravação da cunha
• Encurtamento elástico
• Fluência do concreto
• Retração hidráulica do concreto
• Relaxação do aço.
3. Cálculo Estrutural
3.3. Dimensionamento:
Cálculo das perdas de protensão:
3.3.1. Perda por atrito ao longo do cabo
K: Coeficiente de curvatura acidental para cabos retos, entre 0,001 radiano/m e 0,0066
radianos/m (ACI 318)
Fonte: Bijan O. Aalami - Post-Tensioned Buildings – Design and Construction
3. Cálculo Estrutural
3.3. Dimensionamento:
3.3.2. Perda por cravação: 4 a 7mm
Distribuição de tensões ao longo do cabo, conforme
gráfico abaixo (Leal, 1999):
Tensão no
cabo
σi σw
σCR
σL
w L
Distância
c: Cravação da cunha (entre 0,004 e 0,007m)
Es: Módulo de elasticidade do cabo de protensão (200 GPa)
n: perda por unidade de comprimento em razão do atrito ao longo do cabo
σp,med: é a tensão média ao longo do cabo (σCR, σw, e σL)
Fonte: Manual de Pisos Industriais – Fibra de Aço e Protendido, Públio Penna Firme Rodrigues
3. Cálculo Estrutural
3.3. Dimensionamento:
3.3.3. Perda por encurtamento elástico:
3.3.4. Perda por fluência do concreto: Valor
3.3.5. Perda relativa à retração hidráulica do concreto: estimado
15%
3.3.6.Perda por relaxação do aço (ΔσRE):
Para aço nacionais (baixa relaxação) esta perda é inferior à 3,5%.
Es: Módulo de elasticidade do aço.
Eci: Módulo de elasticidade do concreto no momento da protensão.
KCR: Adotar 1,6 para pisos com protensão não aderente.
KSH: Adota-se de 0,9 a 1,0 (normalmente a protensão é executada dentro do período de cura).
fcpa: tensão média de compressão na placa de concreto ao longo do cabo .
eSH: Retração específica do concreto. Usualmente no Brasil esta retração varia em torno de 400
a 500x10-6m/m.
RH: Umidade relativa média do ambiente.
Fonte: Manual de Pisos Industriais – Fibra de Aço e Protendido, Públio Penna Firme Rodrigues
3. Cálculo Estrutural
3.3. Dimensionamento:
Força final de protensão no cabo (Fpf)
Fpf = (σp,med – ΔσEL - ΔσCR – ΔσSH – ΔσRE) x As
Número de cabos /m =
d d d d
hc
hsb
4. Detalhamento
3 Sequência de concretagem
Notas: características do concreto,
informações do subleito e da sub-
base, índices de planicidade
4. Detalhamento
Concreto
Notas
Sequência
de concret.
Ancoragens ativa
4. Detalhamento
4.2. Concreto:
Característica Especificação Objetivos
1. Resistência à compressão – 28 dias (fck) ≥ 35,0 MPa Estrutural
2. Resistência à comp. em 24 horas (fc24horas) >8,0 Mpa Evitar fissur. retr.
3. Resistência à tração na flexão (fctM,k) ≥ 4,5 MPa Estrutural
4. Abatimento 80±10 ou 100±10 mm Garantir Execução
5. Teor de argamassa 49% ≤ a ≤ 52% Acabamento
6. Consumo de cimento 320 a 380 kg/m3 Limitar retração
7. Consumo de água ≤ 175 litros/m3 Limitar retração
8. Fibra de polipropileno monofilamento (²) 600 gr/m3 Retração 1as horas
9. Retração (8 semanas) ≤ 400 µm/m Limitar retração
10. Teor de ar incorporado ≤ 3% Evitar delaminação
11. Exsudação ≤ 4% Resist. abrasão
12. Relação água / cimento ≤ 0,55 Durabilidade
4. Detalhamento
Juntas de encontro
Juntas de construção
(armadura de fretagem e barras de transferência)
Tratamento das
Reforços em cantos juntas
Faixa de protensão reentrantes
5. Viabilidade
Soluções propostas:
Benefícios indireto:
• Redução nos custos de manutenção de juntas.
• Redução nos custos de manutenção das empilhadeiras devido aos
impactos com as juntas.
II. EXECUÇÃO
1. Pré-Execução
2. Execução
3. Pós-Execução
1. Pré Execução
• Projeto executivo
• Avaliação do substrato
• Reunião técnica
• Verificação do traço
• Placa teste
1. Pré Execução
1.1. Projeto Executivo
Especifica índices (suas variações
limites e frequências) que servirão
para o controle da execução:
• CBR
• Expansão
• Grau de compactação
1. Pré Execução
1.3. Avaliação da sub-base:
Índice usuais de
controle:
• Grau de compactação
• Granulometria
• Espessura
• Variação máxima da
superfície
O que verificar:
• Abatimento
• Perda de abatimento com o tempo
• Evolução da resistência (24horas, 7 dias, 28 dias...)
• Resistência à tração na flexão
• Exsudação
• Teor de ar incorporado
• Retração
• Tempo de início e de fim de pega
1. Pré Execução
1.6. Placa teste
Trecho em tamanho reduzido executado para simular as
operações durante a execução e para avaliar o desempenho Protótipo
do piso acabado.
Objetivos:
• Avaliar os procedimentos executivos
(lançamento e acabamento)
• Avaliar o comportamento do concreto
(tempo de pega, ocorrência de
delaminações).
• Avaliar desempenho do piso acabado
(estética, e F-numbers).
Evitar manifestações patológicas
durante e após a execução
• Montagem
• Etapas da concretagem
• Lançamento do concreto
• Acabamento
• Cura
2. Execução
2.1. Montagem
• Fôrmas
Alinhamento
Nivelamento
Estabilidade
Limpeza
• Cabos de protensão
Integridade da capa
Posicionamento
Alinhamento
• Fretagem
• Reforços em cantos
reentrantes
• Detalhes executivos
2. Execução
2.1. Montagem
Recomendação:
Elaborar Check List
2. Execução
2.2. Etapas da Concretagem
Execução
• Lançamento
• Adensamento e nivelamento:
(vibradores de imersão em conjunto
com réguas vibratórias ou laser
screeds)
• Float
• Rodo de corte
2. Execução
2.3. Lançamento e adensamento do concreto
2. Execução
2.3. Lançamento e Rodo de corte
2. Execução
2.4. Acabamento
• Disco de flotação (puxa
argamassa grossa para Fase que
a superfície) promove o maior
• Rodo de corte ganho de
• Disco de flotação planicidade
• Acabadora dupla
2. Execução
2.4. Acabamento
• Durante o acabamento: 1º) Formação de manchas brancas
evitar aspersão de água
na superfície do concreto 2º) Pequenas fissuras superficiais
durante o acabamento 3º) Delaminação
2. Execução
2.4. Acabamento – Piso desempenado liso
2. Execução
2.5. Cura
Iniciar o processo de cura logo após o fim do acabamento
A cura pode ser:
• Úmida: mantendo a superfície completamente saturada pelo
período mínimo de 7 dias (ou conforme projeto)
• Química, desde que atenda a
norma ASTM C 309
• Protensão
• Leitura dos F-numbers
• Endurecedor de superfície
• Tratamento de juntas
• Inspeção futuras
3. Pós Execução
3.1. Protensão
Protensão inicial:
Objetivo: evitar fissuras de retração nas 1as idades
Dipstick
3. Pós Execução
3.3. Endurecedor de superfície
Objetivos:
• Aumentar a resistência à abrasão (atender a classe especificada no projeto)
• Reduzir a formação de pó
• Garantir a estética esperada
• Garantir as condições necessárias de limpeza do ambiente
Data: O mais tardar possível.
Ideal no fim da obra
(após limpeza para
entrega).
3. Pós Execução
3.4. Tratamento de juntas
Objetivos:
• Estruturar as juntas para garantir o tráfego
• Evitar impregnações dentro das juntas
• Permitir a livre movimentação das placas de concreto
Data: Após o concreto atingir 70% de sua retração (ideal após 90 dias da
execução).
Quando não for possível: prever tratamento provisório e posteriormente o
definitivo.
Agir Planejar
(Act) (Plan)
A P Melhoria
Contínua
C D
Controlar Executar
(Control) (Do)
III. NOVAS TECNOGOLIAS
1. Aditivo Expansor
2. Juntas Metálicas
3. Radar de superfície
1. Aditivo Expansor
1.1. Sulfoaluminato
C3S C-S-H
C2S Ca(OH)2
+ H2O:
C3A Etringita Expansão do
concreto
C4AF
(C6AS3H32)
É importante notar que nesta
C4A3S reação há um grande consumo de
Sulfoaluminatos água, portanto ela só é possível se
CS existir água disponível
S: CaSO4
Cura úmida
Fonte: P. Kumar Metha, e Paulo J. M. Monteiro – Concreto: Estrutura, Propriedades, e Materiais
1. Aditivo Expansor
1.2. Óxido de Cálcio
Expansão do
CaO + H2 O Ca(OH)2 concreto
Supercalcinado
úmida
Expansão
Concreto
de cimento expansivo
0
Contração
Concreto
comum
7 dias 1 ano
Idade
Fonte: P. Kumar Metha, e Paulo J. M. Monteiro – Concreto: Estrutura, Propriedades, e Materiais
1. Aditivo Expansor
1000
900
Expansão em 7 dias (µm/m)
800
700
600
500
400
300
200
100
É possível reduzir a abertura das
juntas – reduzindo custos de
0
0 10 20 30 40 50
execução e de manutenção
Dosagem (kg/m3)
2. Juntas Metálicas
Dispositivo para conexão entre peças (garantir alinhamento,
Ancoragens nivelamento, a abertura da junta, e permitir o movimento horizontal
na direção da junta)
Exemplo prático:
• Depósito para armazenamento de materiais
elétricos
• Carregamento: cantilevers
• Área ≈ 12.000m2.
• Piso de 30cm armado com dupla tela
Histórico:
Durante a instalação das prateleiras foi detectado
que haviam pontos ocos no piso de concreto.
Ação:
Avaliar o piso com o GPR (radar de superfície).
3. Radar de Superfície
Verificações na obra:
3. Radar de Superfície
Planta do piso
1. Centro de Distribuição
Betim / MG
Área: 3.890m2
Carregamento:
• Carga distribuída: 40 KN/m2
• Carga pontual (estantes porta pallets): 56,8 KN/apoio
• Empilhadeiras: 60 KN no eixo dianteiro
Estrutura do piso:
• Sub-base: 10cm de BGS
• Piso em concreto: 15cm (fck ≥ 35MPa, fctM,k ≥ 4,5MPa)
• Cabos de protensão: CP190RB7 Ø 12,7mm espaçados
a cada 45cm (longitudinal) e a cada 50cm (transversal)
Dimensões das placas: 76,25m X 51,05m
4. Piso Industrial
Piçarras / SC
Ano de construção: 2015
Área: 25.230m2
Carregamento:
• Carga distribuída: 50 KN/m2
• Carga pontual (estantes porta pallets): 37,5 KN/apoio
• Empilhadeiras: 50 KN no eixo dianteiro
Estrutura do piso:
• Sub-base: 10cm de BGS
• Piso em concreto: 14cm (fck ≥ 35MPa, fctM,k ≥ 4,5MPa)
• Cabos de protensão: CP190RB7 Ø 12,7mm espaçados
a cada 75cm (longitudinal) e a cada 85cm (transversal)
Dimensões das placas: 32m x 53m
4. Piso Industrial
Piçarras / SC
Planta do piso: Juntas
4. Piso Industrial
Piçarras / SC
Foto durante a execução do piso
4. Piso Industrial
Piçarras / SC
Foto do piso acabado
5. Depósito de Drogaria - MG
Ações:
• Desprotender cabos na região.
• Recortar a região a ser demolida.
• Executar detalhe com grampo para
reprotensão dos cabos.
• Colocar reforços.
• Concretar novamente.
• Reprotender os cabos.
5. Depósito de Drogaria - MG